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Memorex TSE – TJAA – Rodada 01

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Memorex TSE – TJAA – Rodada 01

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Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


INFORMÁTICA .................................................................................................................... 11
NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS ................................... 14
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 21
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 29
DIREITO ELEITORAL ....................................................................................................... 33
ARQUIVOLOGIA ................................................................................................................. 46

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Coerência: Relação de ideias, lógica textual, ausência de contradição.

Sentido do texto/Semântica: Significado das palavras.

Morfologia: Estrutura, Forma e classificação das palavras. Classificadas como


substantivos, artigos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, preposição, numeral,
conjunção, interjeição.
Sintaxe: Função das palavras, o que a palavra faz dentro de cada frase, oração,
período. Sujeito, Predicado, adjunto adverbial, complemento do verbo, complemento
nominal.
DICA 02

DICIONÁRIO DAS PALAVRAS-CHAVE NO ENUNCIADO (COMANDO) DAS


QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA

ASSOCIAR (relacionar)  Estabelecer uma correspondência (ligação entre os


elementos). Unir ideias que apresentem traços comuns.

CARACTERIZAR  Distinguir aspectos, assinalar traços, pôr em evidência os


elementos de destaque.

COMENTAR (discutir)  Expressar opiniões, posicionar-se com argumentação,


desenvolver um assunto com desenvoltura.

CONTRAPOR (confrontar)  Expressar as diferenças, mostrar traços diferenciados,


pontos adversos.

DETERMINAR  Afirmar com clareza, distinguir com exatidão os elementos.

ESTABELECER PARALELO  Organizar elementos (ideias) com base em


diferenças ou semelhanças, conforme a natureza do assunto abordado.

EXEMPLIFICAR  Citar, mencionar com exemplos, interpretar com palavras de


quem escreve, basear-se no texto.

EXPLICAR  Expor com clareza as intenções, motivos, razões (porquês),


objetivos e até causas acerca de um assunto.

DICA 03
ERROS COMUNS NAS ASSERTIVAS – COMO ELIMINÁ-LAS?

Extrapolam o texto, ACRÉSCIMO de informações alheias ao texto.

Limitam o texto, CARÊNCIA de informações essenciais.

NÃO ABORDAM o texto!

CONTRADIZEM o texto.
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Emitem JUÍZO DE VALOR DIVERSO do autor  parcialidade!
DICA 04

AFIRMAÇÕES FALSAS E AFIRMAÇÕES VERDADEIRAS

São consideradas afirmações falsas quando:

Generaliza;

Extrapola;

Tom desprezível junto ao raciocínio do autor do texto em tela.

São consideradas afirmações verdadeiras quando:

Especifica o pensamento, usando pronomes demonstrativos;

Literalidade, usando sinônimos;

Geralmente a afirmação condiz com a conclusão do texto, ou seja, o último parágrafo.


DICA 05
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Compreensão: No caso de compreensão de texto, o leitor deve visualizar dentro do


texto e se limitar a responder as questões conforme aquilo que está explicitamente
escrito.
Exemplos de comandos de compreensão de texto: ESTÁ ESCRITO NO TEXTO

De acordo com o texto...


Segundo o texto...
Na linha...

Interpretação: No caso de interpretação de texto, o leitor deve olhar para fora do


texto, uma vez que a interpretação vai além do texto.
Exemplos de comandos de interpretação de texto:

Interpreta-se...
Infere-se...

DICA 06
CONCEITOS

Para o estudo de texto são importantes três conceitos:

TEXTO

Conjunto de palavras e frases encadeadas (ou elementos imagéticos) visando a


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transmissão de uma mensagem.

CONTEXTO

Relação semântica (de significação e sentidos) dos diversos elementos que formam um
texto, considerando a situação de comunicação.

DICA: Se uma frase é analisada isoladamente, fora de seu contexto original,


essa poderá assumir um significado diferente, por isso o contexto é tão importante.

COMPREENSÃO DE TEXTO

Consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito.

DICA 07
COMPREENSÃO DE TEXTOS
Os conceitos de compreensão e interpretação são importantes para que o candidato
entenda o que identificar no texto de acordo com o enunciado da questão.
Questões de compreensão exigem que o candidato assinale a resposta a partir das
informações expressas no texto, para responder não é preciso buscar informações fora
do texto.

QUESTÃO.
Texto I
“A maior alegria do brasileiro é hospedar alguém, mesmo um desconhecido que lhe
peça pouso, numa noite de chuva.”
(Cassiano Ricardo, in O Homem Cordial)
1) Segundo as ideias contidas no texto, pode-se afirmar que o brasileiro:
a) põe a hospitalidade acima da prudência.
b) hospeda qualquer um, mas somente em noites chuvosas.
c) dá preferência a hospedar pessoas desconhecidas.
d) não tem outra alegria senão a de hospedar pessoas, conhecidas ou não.
e) não é prudente, por aceitar hóspedes no período da noite.
Gabarito: Letra A.
Comentário: Pois no desejo de ser hospitaleiro, o brasileiro hospeda, não mantendo
prudência, abrigando pessoas desconhecidas.

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DICA 08
COMPREENSÃO DO TEXTO
FIQUE ATENTO!

Nas provas, a compreensão do texto costuma ser cobrada com enunciados que
utilizam as seguintes expressões:

De acordo com o texto...

Segundo o texto...

O texto informa que...

O no texto...

Tendo em vista o texto...


OBS.: A resposta deverá levar em conta o que está escrito literalmente no
texto a ser avaliado.
DICA 09
INTERPRETAÇÃO
As questões de interpretação exigem que o candidato deduza, ou seja, levante
hipóteses acerca das informações presentes no texto, para responder é necessário que o
candidato consulte (mentalmente) seus conhecimentos prévios (conhecimentos de
mundo), processo chamado inferência.

QUESTÃO.
Texto II
“Salustiano era um bom garfo. Mas o jantar que lhe haviam oferecido nada teve de
abundante.
- Quando voltará a jantar conosco? - perguntou-lhe a dona da casa.
- Agora mesmo, se quiser.”
(Barão de Itararé, in Máximas e Mínimas do Barão de Itararé)
1) A partir do texto, é possível deduzir que o personagem Salustiano:
a) come pouco.
b) é uma pessoa educada.
c) ficou insatisfeito com o jantar.
d) é um grande amigo da dona da casa.
e) decidiu não mais comer naquela casa.
Gabarito: Letra c.
Comentário: Pois ele era bom de garfo (comia bastante) e a comida era pouca, motivo
que o levou a querer repeti-la, assim, aceitando o convite.

DICA 10
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
FIQUE ATENTO!
Geralmente nos enunciados de questões sobre interpretação de texto são usadas
expressões como:
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EXPRESSÕES USADAS EM INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Podemos deduzir...
Ao falar sobre X...
O autor quis dizer que...
Com o apoio do texto...
Infere-se que...
Diante do que foi exposto...
Pode-se concluir que...
O texto nos permite entender que...
O texto encaminha o leitor para...
DICA 11
TIPOLOGIA TEXTUAL - TIPOS TEXTUAIS X GÊNEROS TEXTUAIS
A tipologia textual é a classificação de um texto de acordo com as informações
que aparecem nele, considerando suas características internas.
Já, os gêneros textuais são a classificação de acordo com a relação entre a
função do texto na sociedade e as características internas desse texto.

GÊNEROS TIPOS TEXTUAIS

Notícia Narrativo, Descritivo

Receita culinária Injuntivo

Bula de remédio Injuntivo, Descritivo

Reportagem Narrativo, Dissertativo

DICA 12
TIPO NARRATIVO
Na narração, o objetivo do autor é contar um fato, relatar acontecimentos (reais ou
imaginários).
Há a predominância de verbos no pretérito perfeito, mas poderá haver verbos no
presente, referindo-se ao passado (presente histórico).
Há evolução cronológica (antes e depois).
Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo narrativo:
Evolução cronológica: independentemente se o verbo está no passado ou no
presente.
Intenção do autor: contar uma história!

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QUESTÃO, 2010.
Campanha ataca os abusos do “juridiquês”
“Encaminhe o acusado ao ergástulo público.” Com essa frase o juiz Ricardo Roesler
determinou a prisão de um assaltante de Barra Velha, comarca de Santa Catarina. Dois
dias depois, a ordem não tinha sido cumprida. Ninguém havia compreendido onde era o
tal do “ergástulo”, palavra usada como sinônimo de cadeia.
Quando Roesler descobriu que nem seus subordinados entendiam o que ele falava,
decidiu substituir os termos pomposos e os em latim por palavras mais simples. Isso foi
há 17 anos. Hoje, presidente da Associação dos Magistrados Catarinenses, ele é um dos
defensores da linguagem coloquial nos tribunais.
Preocupada com o excesso de “juridiquês”, a Ajuris (Associação dos Juízes do Rio
Grande do Sul) organizou um guia destinado a leigos para tentar desmitificar o jargão
da Justiça. O presidente da entidade, Carlos Rafael dos Santos Júnior, tem estimulado
os magistrados a participarem de debates em escolas com pais e alunos.
A ideia, encampada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), é uma gota num
oceano de discursos herméticos que tomam conta dos tribunais, onde o simples talão
de cheque vira “cártula chéquica”, o viúvo, “cônjuge supérstite”, e a denúncia (peça
formal), “exordial acusatório”.
(Folha de S. Paulo, 23 jan. 2005 / com adaptações)
De acordo com os aspectos tipológicos predominantes no texto, prevalecem as
seguintes características:
Alternativas:
A) Injuntivas.
B) Argumentativas.
C) Narrativas.
D) Expositivas.
E) Descritivas.
Gabarito: C.

DICA 13
TIPO DESCRITIVO
Na descrição há características de uma pessoa, de um objeto, de uma paisagem, de
uma situação. Há detalhamentos e simultaneidade.
Ex.: O amor estava de chambre azul, recostado no sofá cheio de almofadas coloridas.
Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo descritivo:
Simultaneidade: não há antes e depois.
Intenção do autor: caracterizar pessoas, objetos, situações...
DICA 14
TIPO INJUNTIVO
O tipo injuntivo possui a finalidade de instruir e orientar o leitor. Desse modo é
utilizado verbo no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, com
indeterminação do sujeito.
Onde podemos encontrar textos injuntivos?
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Em manuais de instruções, receitas, bulas, regulamentos, editais, códigos e leis.

RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

Verbo no imperativo;
Utilização de pronomes de tratamento e verbos modalizadores, como “dever”, “ter
que”, “precisar”.
Predominância da coordenação.
Sequências de instruções ou comandos.

DICA 15
TIPO EXPOSITIVO
O tipo expositivo tem por finalidade informar o leitor por meio da exposição de ideias e
razões de um tema específico.
Não há a intenção de convencer o leitor e é utilizada uma linguagem clara. O intuito é
simplesmente expor pontos de vista e conhecimento sobre o assunto.
Ex.: prova discursiva de Direito; artigo científico; reportagem.

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Características dos tipos textuais:

Descrição:
• Configura um retrato verbal daquilo que se quer mostrar
• Focaliza estados ou características, e não transformações
• Tempos verbais privilegiados: presente e pretérito imperfeito
• Predominância de adjetivos
• Tempo estático
• Pode ser objetivo ou subjetivo

Narração:
• Configura a apresentação de fatos ocorridos
• Focaliza transformações
• Tempo verbal privilegiado: pretérito perfeito
• Tempo dinâmico (passagem do tempo)
• Sequência temporal

Dissertação:
• Apresenta um ponto de vista
• Focaliza uma opinião
• Tempo verbal privilegiado: presente do indicativo
• Uso dos pronomes na 3ª pessoa

A dissertação pode ser:


→ Argumentativa: busca convencer o leitor de uma tese a partir de argumentação, exemplos, fatos
→ Expositiva: exposição de ideias, teorias, conceitos; sem necessariamente tentar convencer o leitor

Tipologia Textual

Narração - Personagens, Enredo, Espaço…

Descrição - Enumeração, Comparação, Retrato Verbal...

Dissertação - Expositiva, argumentativa, debater...

Injunção - Instrucional (Manuais, Receitas, Bulas...)

Exposição - Fatos, Impessoal (Notícias Jornalísticas)

A função conativa ou apelativa é um recurso amplamente utilizado em textos que têm como intenção convencer o destinatário da mensagem. O emprego do modo
imperativo é característico da função conativa da linguagem, típica do gênero propaganda.

✓ Função Conativa (Apelativa) é caracterizada por verbos no imperativo, outras de suas características:
• o receptor é o centro da mensagem, na qual ele é estimulado, provocado, seduzido, amparado etc.;
• normalmente o interlocutor é conduzido a adotar uma determinada postura;
• é um texto normalmente claro e objetivo que visa à persuasão;
• algumas marcas gramaticais: verbos e pronomes de 2ª pessoa (ou 3ª pessoa – você), vocativos, imperativos, perguntas ao interlocutor etc.;
• é a linguagem das músicas e dos poemas românticos, das propagandas e afins.

EMOTIVA➡ COMOVER
CONATIVA➡ CONVENCER
REFERENCIAL➡ INFORMAR
POÉTICA➡ ENFEITAR
FÁTICA➡ MANTER
METALINGUÍSTICA➡AUTOEXPLICAR
Pegadio –
1. Que tem profundo apego.
2. Afeição, amizade íntima.

Diferença entre textos:

Instrucionais: estritamente a sequência de passos para se chegar ao fim. Ex.: manual de instruções: como ligar a TV o micro-ondas etc. (Q633825)

Normativos: determinam/definem normas e regras de procedimentos, deveres, direitos, obrigações e liberdades fundamentais. Ex. Leis, Regulamentos etc.
(Q917817, Q633825)

Informativo: tão só informar. Sem pessoalidade, sem opiniões. Não esclarece o que está sendo tratado. (Q587854)

Didático: ensinar diferenças de conceitos. Trabalho técnico sobre conceitos. Ex.: livros escolares (Q621503)

Ainda há o gênero definição (Q574808, Q588591, Q501367, Q483683). Fiquem ligados esse é um dos que mais cai.
Passagem do discurso direto para discurso indireto

Para fazer a passagem do discurso direto para o discurso indireto, precisamos fazer as seguintes mudanças.
Pessoas e pronomes
A 1ª pessoa no discurso direto passa para a 3ª pessoa no discurso indireto. Você deve mudar a pessoa do verbo e todos os pronomes da frase. Exemplos:
Eu -> ele/ela
Nós -> eles/elas
Meu, nosso -> seu, seus
e assim por diante...
Tempos verbais
Discurso diretoDiscurso indireto
Presente do indicativopretérito imperfeito do indicativo
Pretérito perfeito do indicativopretérito mais-que-perfeito
Futuro do presente do indicativofuturo do pretérito do indicativo
Presente do subjuntivopretérito imperfeito do subjuntivo
Futuro do subjuntivopretérito imperfeito do subjuntivo
Imperativopretérito imperfeito do subjuntivo
Pontuações
Frases interrogativas, exclamativas e imperativas no discurso direto passam para frases declarativas no discurso indireto.

Noções temporais e espaciais


Ontem -> no dia anterior
Hoje -> naquele dia
Amanhã -> no dia seguinte
Aqui -> ali
Aí -> lá
Este -> aquele
Isto -> aquilo
Exemplos
Discurso diretoDiscurso indireto
Sou a pessoa com quem falou há pouco.Disse que era a pessoa com quem tinha falado há pouco.
Eu comecei meu tratamento ontem.Ele disse que começara seu tratamento no dia anterior.
Nós viajaremos amanhã.Eles disseram que viajariam no dia seguinte.
Não me ligues mais!Pediu que não lhe ligasse mais.

Discurso direto e indireto

Discurso direto e indireto são tipos de discursos para inserir falas e pensamentos de personagens no gênero narrativo.
Discurso direto
Este é o mais comum e natural entre os tipos de discurso. Consiste na transcrição exata da fala dos personagens, sem participação do narrador.
É uma forma de dar vida própria aos personagens, fazendo o leitor ficar mais interessado e mergulhar na história. No discurso
direto são utilizados dois pontos, aspas ou travessão de diálogo. Exemplos:
O aluno afirmou:
- Preciso estudar muito para a prova.
O réu afirmou: "Sou inocente!"
No discurso direto, são utilizados os "verbos de elocução", ou seja, relacionados ao verbo "dizer", como por exemplo: falar, afirmar, perguntar, declarar, responder,
indagar, entre outros.
Discurso indireto
O discurso indireto é caracterizado pela intervenção do narrador no discurso, ao utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas dos personagens. Esse tipo
de discurso sempre é feito na 3ª pessoa. Exemplos:
O aluno afirmara que precisava estudar muito para a prova.
O réu afirmou que era inocente.
Além disso, também são utilizados verbos de elocução para anunciar o discurso, além de conjunções que separam a fala do narrador das falas dos personagens (que
e se).
Discurso indireto livre
É caracterizado pela aderência do narrador ao personagem. Ou seja, além de dizer as falas de outra pessoa, o narrador também toma o lugar dela para relatar seus
sentimentos e desejos. Faz isso ao mesmo tempo em que coloca sua própria narrativa.
No discurso indireto livre há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), não havendo marcas que mostrem a mudança do discurso. Assim, podem ser
confundidas as falas dos personagens e do narrador. Exemplos:
João Fanhoso fechou os olhos, mal-humorado. A sola dos pés doía, doía. Calo miserável! (M. Palmério)

O chefe, impaciente, perguntou a João o motivo do atraso. João estava nervoso, mas não tinha o que fazer além de dizer a verdade. Contou que o carro havia
estragado, já imaginando que o chefe não acreditaria nele.
Perceba que o discurso indireto livre corresponde à fala dos personagens, porém expressa pelo narrador (discurso indireto) e reproduzidos na forma como os
personagens diriam (discurso direto).
As orações do discurso indireto livre podem usar ou não verbos de elocução (ao usá-los, fica mais nítido que a frase não é do narrador, mas do personagem).
Existe discurso direto livre?
Costumamos ouvir com frequência os termos discurso direto (DD), discurso indireto (DI) e discurso indireto livre (DIL). Mas, por ser menos comum, são poucas as
fontes que falam sobre o discurso direto livre (DDL).
Neste tipo particular de discurso, ocorre uma espécie de intrusão de frases do discurso direto de um personagem no meio da voz do narrador. Assim como no DIL,
também pode ocorrer sem recursos gráficos (dois pontos, aspas, travessão ou nova linha) ou verbos de elocução, porém possui uma diferença fundamental: o DDL
apresenta marcas de 1ª e 2ª pessoa inseridas no relato do narrador, enquanto no DIL as marcas são de 3ª pessoa. Veja exemplos de DDL:
A mulher do médico desviou os olhos, mas era tarde demais, o vômito subiu-lhe irresistível das entranhas, duas vezes, três vezes, como se o seu próprio corpo, ainda
vivo, estivesse a ser sacudido por outros cães, a matilha da desesperação absoluta, aqui cheguei, quero morrer aqui. (Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago)
O Russo ligou para a portaria. Não dera ordens para não ser incomodado? Não pedira, expressamente, que não passassem chamadas telefônicas para o seu quarto?
Mas, senhor, nenhuma chamada foi passada para seu quarto.

Nenhuma! O Russo perdeu o sono. (A proposta, Luís Fernando Veríssimo)


TIPOS DE TEXTOS
Conto: É uma narrativa curta. O tempo em que se passa é reduzido e contém poucas personagens que existem em função de um núcleo. É o relato de uma situação
que pode acontecer na vida das personagens, porém não é comum que ocorra com todo mundo. Pode ter um caráter real ou fantástico da mesma forma que o tempo
pode ser cronológico ou psicológico.
Fábula: É semelhante a um conto em sua extensão e estrutura narrativa. O diferencial se dá, principalmente, no objetivo do texto, que é o de dar algum ensinamento,
uma moral. Outra diferença é que as personagens são animais, mas com características de comportamento e socialização semelhantes às dos seres humanos.
Notícia: A notícia possui características narrativas. O fato ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas
personagens. Essas últimas e também o local são, muitas vezes, minuciosamente descritos.
Carta: Quando a carta se tratar de “carta ao leitor” ou “carta aberta”, seu tipo será dissertativo-argumentativo, isto é, com uma linguagem formal, se escrevendo tanto
para a sociedade quanto para o leitor. Se a carta se tratar de “carta pessoal”, encontraremos aspectos narrativos ou descritivos, além de uma linguagem pessoal, mais
corriqueira e comum. A estrutura da carta também traz características marcantes, pois é fixa, com componentes básicos como: saudação, corpo da carta e por último
a despedida.
Poesia: A Poesia é um texto poético, geralmente em verso, que faz parte do gênero literário denominado "lírico". Ela combina palavras, significados e qualidades
estéticas. Nela, prevalece a estética da língua sobre o conteúdo, e forma que utiliza de diferentes dispositivos fonéticos, sintáticos e semânticos. A poesia é dividida
em versos que, agrupados, são chamados estrofes. As origens literárias da poesia apontam que ela nasceu para ser cantada, por isso a preocupação com a estética,
a métrica e a rima.
Retroatividade: A lei nova retroage para fatos que aconteceram antes de sua vigência.
Ultratividade: A lei anterior (mais benéfica) continua em vigor para fatos que ocorreram durante sua vigência.
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INFORMÁTICA
DICA 16
WINDOWS 10
É Windows-10 é um sistema operacional desenvolvido e mantido pela Microsoft, sendo
um sistema proprietário, de multisessão (capacidade de operar com várias contas de
usuários) e de multitarefa (execução de várias tarefas simultâneas).

Destaca-se que esse tipo de sistema está disponível nas versões Home, Pro, Education,
Enterprise. Vejamos cada um deles:

Home - Versão mais comum presente em computadores domésticos, conta com a


possibilidade de login facial ou biometria.

Pro - Versão que contém as funcionalidades do Home com dispositivos avançados de


segurança como BitLocker para criptografia de HD e suporte a ingresso no domínio
através do Azure Active Directory.

Enterprise - Engloba as funcionalidades da versão Pro e inclui outras opções


avançadas como como o AppLocker.

Education - Versão geralmente utilizada para grandes ambientes de ensino, conta com
as opções da versão enterprise, porém sem algumas opções de configuração de
atualização.
DICA 17
OPÇÕES DE ENCERRAMENTO DO WINDOWS
O Windows possui algumas opções de encerramento. As opções são acessíveis através do
menu iniciar, porém também é possível acessá-las utilizando o atalho ALT + F4 na área
de trabalho.

As opções são: NÃO TEM A OPÇÃO DE HIBERNAR

Desligar - Fecha todos os aplicativos e desliga o computador.

Reiniciar - Fecha todos os aplicativos, desliga o computador e liga-o novamente.

Suspender - O computador permanece ligado, mas com baixo consumo de energia. Os


aplicativos ficam abertos, assim, quando o computador é ativado, voltará ao ponto em
que estava.

Trocar Usuário - Troca de usuário sem fechar aplicativos.

Sair - Fecha todos os aplicativos e faz logoff do usuário.


DICA 18
CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS
As pastas são utilizadas para agrupar itens, sendo, portanto, uma forma de organização.
Assim, um diretório, por exemplo, tem a mesma função que uma pasta.

Um arquivo é um componente que tem conteúdo, que tem informação. Ele pode ser do
tipo:

Texto;
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UM ARQUIVO PODE SER DO TIPO:

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TEXTO
Dado;

Binário;

Executável etc.
No Windows, pastas e arquivos têm permissão de acesso, que é definido no menu de
contexto na opção propriedades ao clicar com botão direito sobre o item, na aba
segurança.
É importante destacar que os arquivos têm extensões, as quais representam qual o tipo
de arquivo e facilitam qual programa pode abri-lo.

Por exemplo Arquivo1.docx é um arquivo do Word.


Executavel.exe é um arquivo que será executado pelo Windows.
DICA 19
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS NO EXPLORER, COPIAR, COLAR
O gerenciamento de arquivos no Windows é feito através do Windows Explorer. É possível
copiar (CTRL + C) arquivos e colá-los (CTRL + V) para outras pastas. Também é
possível mover arquivos e pastas.

Caso um arquivo seja copiado para dentro de uma pasta onde já exista um arquivo com
o mesmo nome, o Windows irá perguntar se deseja:

Substituir o arquivo no destino;

Ignorar este arquivo;

Comparar informações para ambos os arquivos.


No caso de copiar um arquivo e colar na mesma pasta em que o arquivo foi copiado, será
feita uma cópia do arquivo e o nome será alterado para “nome do arquivo - Copia”
É possível copiar arquivos utilizando o botão direito do mouse. Será necessário arrastá-
lo com o botão direito do mouse até a pasta de destino.

Terá as seguintes opções: Copiar Aqui, Mover para Cá, Criar atalhos aqui.
DICA 20
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS NO EXPLORER, MOVER E RECORTAR
A opção de recortar (CTRL + X) um arquivo se assemelha com a de mover, quando se
recorta um arquivo, este irá para a área de transferência e quando for colado no
destino, o arquivo inicial deixará de existir, existindo, agora, somente no destino.
Porém, faz-se necessário uma ressalva, caso a opção de mover seja a escolhida, isto é, o
arquivo seja arrastado utilizando-se o botão esquerdo do mouse de uma pasta para
outra, caso o arquivo esteja em outra partição, ele não será excluído e será feita uma
cópia na partição de destino. Caso o arquivo seja arrastado utilizando o botão direito do
mouse e a opção Mover para Cá seja escolhida, o arquivo também deixará de existir na
pasta de origem.

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DICA BÔNUS
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS, EXCLUSÃO
Para excluir um arquivo, basta selecionar o arquivo e pressionar a tecla delete. Assim, o
arquivo será enviado para a Lixeira e deste modo pode ser recuperado
posteriormente. Porém, caso deseje excluir o arquivo definitivamente, pressione em
conjunto as teclas SHIFT + DEL. Assim, o arquivo não será enviado para a Lixeira. Caso
um atalho seja deletado, utilizando a tecla DEL ou a combinação SHIFT+ DEL, isto não
irá afetar os arquivos originais, apenas o atalho será excluído.
Ao deletar um arquivo de um Pen-Drive ou outra mídia externa, mesmo utilizando apenas
a tecla DEL, o arquivo não será enviado a Lixeira, será excluído definitivamente. Sendo
possível somente a sua recuperação com ferramentas especializadas.

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NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS
DICA 21
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
A Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, trata-se do Regime Jurídico Único para os
servidores públicos federais da administração direta, autárquica e fundacional é uma
Lei Federal e, portanto, aplica-se exclusivamente à União. Logo, os Estados e
Municípios devem possuir leis próprias estabelecendo o regramento para os seus
servidores públicos;
As regras da Lei 8.112/1990 só alcançam os órgãos da administração direta, das
autarquias e das fundações públicas, não se aplicando às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, cujos empregados públicos submetem-se às regras da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);
Essa Lei é chamada de Estatuto dos Servidores Públicos, os chamados servidores
estatutários, pois sua relação profissional se dá por meio das regras previstas em um
estatuto que, no caso, é a Lei 8.112/1990;
Tal Lei é chamada de Estatuto dos Servidores Públicos da União (Regime Jurídico);
Sabe-se que o vínculo dos empregados públicos é contratual (Sociedade de
economia mista e empresa pública), e a relação entre os servidores públicos e o poder
público é legal;
DICA 22
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O servidor público não tem direito adquirido ao regime jurídico, o que,
consequentemente, significa que não há violação a direito, quando se altera a jornada
de trabalho anteriormente fixada por lei;

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo
público;

Logo, servidor é toda pessoa legalmente investida em cargo público;

Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas


na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros e são criados por lei, com
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento
em caráter efetivo ou em comissão;
Portanto, cargos públicos são providos em caráter efetivo ou em comissão(efecom);
DICA 23
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
Dessa forma, tanto os servidores aprovados em concurso público (efetivos) quanto os
chamados servidores comissionados (em comissão) submetem-se às disposições do
Regime Estatutário (efecom);

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Os militares se submetem ao Estatuto dos Militares, os ocupantes de emprego
público (Banco do Brasil, Petrobras, Caixa econômica Federal) seguem a Consolidação das
Leis Trabalhistas e os servidores temporários, que seguem legislação própria;
O concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, podendo ser
realizado em duas etapas, conforme dispor a lei do respectivo plano de carreira;
O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, podendo ser prorrogado
uma única vez, por igual período;
DICA 24
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

São requisitos básicos para investidura em cargo público: ROL EXEMPLIFICATIVO

a nacionalidade brasileira;

o gozo dos direitos político;

a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

a idade mínima de dezoito anos;18 ANOS

aptidão física e mental;


As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos
estabelecidos em lei;
Assim, não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade,
inscrição em concurso para cargo público;
Somente por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a
cargo público;
Devem ser reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso público para
pessoas portadoras de necessidades especiais; ATÉ 20% PARA PCD
DICA 25
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O provimento dos cargos públicos será feito mediante ato da autoridade competente
de cada Poder e a investidura em cargo público ocorrerá com a posse;

São formas de provimento de cargo público:

nomeação;

promoção;

readaptação;

reversão;

aproveitamento;

reintegração;
RECONDUÇÃO
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recondução.
As formas de provimento dividem-se em provimento originário e provimento derivado;
O provimento originário é o que se faz através da nomeação, constituindo o
preenchimento inicial do cargo sem que haja qualquer vínculo anterior com a
administração;
A nomeação é a única forma de provimento originário;
DICA 26
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
Todos os outros tipos de provimento, com exceção da nomeação, constituem
hipóteses de provimento derivado, pois pressupõem a existência de prévio vínculo com
a Administração. No provimento derivado, há uma modificação na situação de serviço
da pessoa provida, que já possuía um vínculo anterior com o poder público;
São formas de provimento derivado previstas na Lei 8.112/1990, a promoção, a
readaptação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução;

Ex.: A reintegração é forma de provimento derivado, prevista no art. 41, §2º, da


CF, em que o servidor estável é reintegrado ao serviço público em decorrência de
invalidação de sua demissão. Nesse caso, o servidor estável foi reintegrado ao
serviço público, ou seja, já existia uma prévia relação com o poder público, procedendo-
se apenas a invalidação de sua demissão, com consequente reintegração;
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-
se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo
que não integra a carreira na qual anteriormente investido;
DICA 27
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
Nomeação é a única forma de provimento originário admitida em nosso
ordenamento jurídico, podendo dar-se para provimento de cargo efetivo ou em comissão
(efecom);
A nomeação como forma de provimento originário independe de prévio vínculo com a
Administração e em regra, o nomeado não possui nenhum vínculo com o Poder Público
antes de sua nomeação;
Existirão situações em que a pessoa já ocupará algum cargo, de provimento efetivo ou em
comissão, mas isso não muda a natureza de provimento originário da nomeação.
Isso porque a nova nomeação não possui nenhuma relação com o vínculo anterior;
No caso de cargo efetivo, a nomeação dependerá de prévia aprovação em concurso
público de provas ou de provas e títulos;
Já quando for para provimento de cargo em comissão, não depende de aprovação em
concurso, uma vez que se trata de cargo de livre nomeação ou exoneração;
DICA 28
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O candidato aprovado em concurso público, dentro do número de vagas previstas no
edital, possui direito subjetivo à nomeação;
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Promoção é forma de provimento derivado existente nos cargos organizados em
carreiras, em que é possível que o servidor ascenda sucessivamente aos cargos de
nível mais alto da carreira, por meio dos critérios de antiguidade e merecimento;
A promoção deve ocorrer dentro de uma mesma carreira;
Readaptação é forma de provimento derivado constante no art. 24 da Lei 8.112/90,
representando a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental verificada em inspeção médica;
Assim, na readaptação, o servidor público estava investido em determinado cargo, mas
posteriormente veio a sofrer alguma limitação em sua capacidade física ou
mental, devidamente verificada em inspeção médica. Nesse caso, o servidor será
investido em outro cargo, que possua compatibilidade com a sua limitação;
DICA 29
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
Reversão é forma de provimento derivado, constante no art. 25 da Lei 8.112/1990,
consistindo no retorno à atividade de servidor aposentado;

Existem duas modalidades de reversão no Estatuto dos Servidores da União:

reversão de ofício: quando junta médica oficial declarar que deixaram de existir os
motivos que levaram à aposentadoria por invalidez permanente;

reversão a pedido: aplicável ao servidor estável que se aposentou voluntariamente


e, daí, solicitou a reversão de sua aposentadoria;
Na reversão a pedido, ou seja, no interesse da administração, o servidor que se
aposentou voluntariamente faz o pedido para retornar à ativa, e depende dos
seguintes requisitos: o servidor deve solicitar a reversão, a aposentadoria tenha sido
voluntária, o servidor era estável quando estava na atividade, a aposentadoria tenha
ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação, desde que haja cargo vago e o
servidor tenha menos de 70 anos de idade.
No caso de reversão de ofício a decisão da administração é vinculada, já na reversão a
pedido a decisão é discricionária, ou seja, a administração pode ou não conceder
a reversão ao servidor público;
DICA 30
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O aproveitamento é forma de provimento derivado com previsão na Constituição
Federal (art. 41, §3º) e na Lei 8.112/1990 (arts. 30 a 32);
O art. 41, §3º da CF/88 estabelece que uma vez extinto o cargo ou declarada a sua
desnecessidade, o servidor estável que o ocupava o cargo ficará em disponibilidade,
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo;
O aproveitamento é o retorno à atividade do servidor que estava em disponibilidade,
devendo ocorrer em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado;

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Sabe-se que para o servidor estável, se for extinto seu cargo público, ele não
poderá ser demitido, com isso a Constituição lhe assegura o direito à disponibilidade,
isto é, o direito a ficar sem exercer suas funções temporariamente, mantendo-se o
vínculo com a Administração e assegurando-lhe o direito a receber remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até que seja adequadamente aproveitado em outro
cargo;
DICA 31
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DAS
VANTAGENS

Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: IGA

indenizações; I - INDENIZAÇÕES
G - GRATIFICAÇÕES
gratificações; A - ADICIONAIS
adicionais.
As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
DICA 32
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DAS
INDENIZAÇÕES

Constituem indenizações ao servidor: NÃO SE INCORPORAM AO VENCIMENTO OU PROVENTO PARA


QUALQUER EFEITO
ajuda de custo; DATA
diárias; D - DIÁRIAS
transporte. A - AJUDA DE CUSTO
T - TRANSPORTE
auxílio-moradia A - AUXILIO-MORADIA

DICA 33
SUBSÍDIOS
REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES VENCIMENTOS
SALÁRIOS
Os servidores públicos podem ser remunerados por meio de subsídios, vencimentos ou
salários.

Subsídio: forma de remuneração fixada em parcela única, sem acréscimo de qualquer


gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória. É remuneração obrigatória para os agentes públicos.

Vencimentos: é a remuneração percebida pelos servidores públicos, em sentido


estrito.

Salários: é a forma remuneratória paga aos empregados públicos, contratados sob o


regime celetista.

TETO REMUNERATÓRIO CONSTITUCIONAL (art. 37, inc. XI):


Segundo dispõe esse dispositivo:

A remuneração de todo funcionalismo público está sujeita a um teto remuneratório,


que é o subsídio dos Ministros do STF.

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Existem subtetos remuneratórios nos Estados, Distrito Federal e Municípios.

Estados e no Distrito Federal, o subteto é variável por Poder.

Poder Executivo, o limite é o subsídio do Governador.

Poder Legislativo, o limite é o subsídio dos deputados estaduais e distritais.

Poder Judiciário, o limite é o subsídio dos desembargadores do Tribunal de


Justiça (esse limite também se aplica aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos).

Municípios, a remuneração DE TODOS os servidores e empregados públicos têm


como limite o subsídio do Prefeito.

Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário NÃO poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para


o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.
O artigo 37, inciso XV, garante a irredutibilidade salarial.
DICA 34
CARGOS EM COMISSÃO E NEPOTISMO
O nepotismo ofende os princípios da moralidade e da impessoalidade, devendo a
vedação a esta prática ser observada por todos os Poderes da República e por todos os
entes da Federação, independentemente de lei formal.
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta, em qualquer dos poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, caracteriza NEPOTISMO.
DICA 35
INGRESSO SEM CONCURSO PÚBLICO
Pode haver ingresso em cargo público sem concurso? sim! Nas hipóteses de cargos
em comissão;

Contudo, é importante não confundir o cargo em comissão com a função de


confiança;
O cargo em comissão pode ser ocupado por qualquer pessoa e não depende de
concurso, pois é de livre nomeação e exoneração;
A função de confiança também não depende de concurso público, todavia, devem ser
exercidas apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo;
Importante saber também que PARTE dos cargos em comissão devem ser preenchidos
por servidores de carreira, em percentual definido em lei;

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CARGO EM COMISSÃO FUNÇÃO DE CONFIANÇA

Prescinde de concurso público Prescinde de concurso público

Podem ser ocupados por qualquer pessoa,


Exercidas EXCLUSIVAMENTE por ocupantes
mas parte dos cargos será reservado a
de cargo efetivo
servidores de carreira (cargo efetivo)

Atribuições de direção, chefia e Atribuições de direção, chefia e


assessoramento assessoramento

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 36
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e


Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

Soberania; Mnemônico:
Cidadania;
SO-CI-DI-VA-PLU
Dignidade da pessoa humana;

Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Pluralismo político.
FIQUE ATENTO!
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal.

QUESTÃO.
Sobre os poderes do Estado, é CORRETO afirmar que
a) emanam das Forças Armadas.
b) emanam do povo.
c) pertencem às autoridades que o exercem.
d) somente podem ser exercidos pelo povo indiretamente, através de representantes
eleitos.
Gabarito: B.
Comentário: No caso dessa questão, o candidato deveria saber que, segundo o artigo
1º, parágrafo único, da Constituição de 1988, todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.
Desse modo, por eliminação seria possível encontrar a resposta da questão.

Independência e Harmonia Dos Poderes: São Poderes da União, independentes e


harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
DICA 37
PRINCÍPIOS DE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL

A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos


seguintes princípios:

Independência nacional;

Prevalência dos direitos humanos;


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Autodeterminação dos povos; OBJETIVOS: CONGA ERRA PRO

CONSTRUIR UMA SOCIEDADE LIVRE E


NÃO-INTERVENÇÃO; SOLIDÁRIA

Igualdade entre os Estados; GARANTIR DESENVOLVIMENTO NACIONAL

ERRADICAR A POBREZA E A MARGINALIZAÇÃO


Defesa da paz; E REDUZIR AS DESIGUALDADES SOCIAIS E
REGIONAIS
Solução pacífica dos conflitos;
PROMOVER O BEM DE TODOS SEM
PRECONCEITO DE RAÇA, SEXO, COR, IDADE E
Repúdio ao terrorismo e ao racismo; QUAISQUER OUTRAS FORMAS DE
DISCRIMINAÇÃO
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO.


FIQUE ATENTO!
A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
DICA 38
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS - DIREITO À VIDA
O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina. Nota-se que nem mesmo
o direito à vida é absoluto. Isso porque, por exemplo, no Brasil, em caso de guerra
declarada, admite-se a pena de morte, portanto, não o direito à vida não é um direito
absoluto. De mais a mais, o aborto, por sua vez, é permitido em casos excepcionais.

Para sua prova do TSE, é importante que você conheça essas terminologias. Veja só:

Aborto terapêutico ou necessário: ocorre quando o médico interrompe a gravidez


quando não há outra forma de salvar a vida da gestante.

Aborto sentimental ou humanitário: é a interrupção da gravidez praticada por


médico nos casos de estupro, desde que haja autorização da gestante ou de seu
representante legal quando a gestante dor menor de 18 (dezoito) anos.

Aborto eugenésico ou eugênico: É aquele realizado para evitar o nascimento de uma


criança com grave deformidade genética.

DICA 39
IGUALDADE/ISONOMIA

O principal dispositivo constitucional sobre o direito de liberdade é o art. 5º, inciso I,


da CF, que assim dispõe: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição”.
O objetivo deste dispositivo não é somente garantir a igualdade formal, mas
principalmente a igualdade material ou substancial.
A igualdade formal busca tratar todos os indivíduos da mesma maneira, garantindo-se
os mesmos direitos e deveres. Contudo, a igualdade material busca o mesmo

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tratamento igualitário, com a observação de que todos devem ser tratados de maneira
igual, na medida das suas desigualdades.
Nesse sentido, a própria Constituição em algumas situações já materializa a igualdade
material ou substancial, como no art. 5º, inciso L, da CF: “às presidiárias serão
asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação”.
Com base também no princípio da igualdade material é que se legitima as chamadas
ações afirmativas, que representam medidas de compensação para grupos com
realidade histórica de marginalização ou discriminação. São exemplos de ações
afirmativas: Cotas raciais, PROUNI e a lei maria da penha.

JURISPRUDÊNCIA

A lei que veda o exercício da atividade de advocacia por aqueles que desempenham,
direta ou indiretamente, atividade policial, não afronta o princípio da isonomia. STF.
Plenário. ADI 3541/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 12/2/2014 (Info 735).

DICA 40
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da reserva legal impõe a necessidade de que determinadas matérias sejam
disciplinadas por LEI FORMAL, ou seja, aquelas espécies normativas encontradas no
artigo 59, da CF/88. O princípio da legalidade, por sua vez, traduz a necessidade de
obediência à lei em SENTIDO AMPLO.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.

A reserva legal pode ser classificada em:

Absoluta: a norma constitucional necessita lei formal para sua regulamentação.

Relativa: em que pese a necessidade de lei formal, é possível a edição de espécies


infralegais para regulamentação da norma constitucional.
O princípio da irretroatividade das leis preconiza que a lei penal NÃO retroagirá,
exceto em benefício do réu.
Para o indivíduo, o princípio da legalidade significa que ele não será obrigado a fazer ou
deixar de fazer algo, senão em virtude de lei. Em outras palavras, o indivíduo apenas fará
ou não fará algo se tiver uma lei obrigando ou desobrigando a fazer tal coisa.
Em relação ao Estado, o princípio da legalidade apresenta outro significado, na medida em
que a Administração Pública poderá fazer apenas o que a lei permitir. A doutrina chama
esse princípio de legalidade estrita.
Dessa forma, a Administração Pública deve atuar nos limites da lei, não sendo legítimo
atuar em situações não reguladas em lei.

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DICA 41
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA

Nos termos da Constituição (art. 5º), é assegurado:

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre


exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de
culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas
entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

O Brasil é um país leigo, laico ou não confessional, o que significa a separação oficial
entre o Estado e a religião. Assim, o Estado não permite a interferência de correntes
religiosas em assuntos estatais.

JURISPRUDÊNCIA

A imposição legal de manutenção de exemplares de Bíblias em escolas e


bibliotecas públicas estaduais configura contrariedade à laicidade estatal e à
liberdade religiosa consagrada pela Constituição da República de 1988. STF.
Plenário. ADI 5258/AM, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 12/4/2021 (Info 1012).

É constitucional a obrigatoriedade de imunização por meio de vacina que,


registrada em órgão de vigilância sanitária, (i) tenha sido incluída no Programa
Nacional de Imunizações ou (ii) tenha sua aplicação obrigatória determinada em lei ou
(iii) seja objeto de determinação da União, estado, Distrito Federal ou município, com
base em consenso médico-científico. Em tais casos, não se caracteriza violação à
liberdade de consciência e de convicção filosófica dos pais ou responsáveis,
nem tampouco ao poder familiar. STF. Plenário. ARE 1267879/SP, Rel. Min.
Roberto Barroso, julgado em 16 e 17/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 1103)
(Info 1003).

É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade


religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz
africana. STF. Plenário. RE 494601/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
Min. Edson Fachin, julgado em 28/3/2019 (Info 935).

CF/88 prevê que “o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina


dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.” (art. 210, § 1º).
[...] O STF julgou improcedente a ADI e decidiu que o ensino religioso nas
escolas públicas brasileiras pode ter natureza confessional, ou seja, pode sim
ser vinculado a religiões específicas. A partir da conjugação do binômio Laicidade
do Estado (art. 19, I) e Liberdade religiosa (art. 5º, VI), o Estado deverá assegurar o
cumprimento do art. 210, § 1º da CF/88, autorizando na rede pública, em igualdade
de condições o oferecimento de ensino confessional das diversas crenças, mediante
requisitos formais previamente fixados pelo Ministério da Educação. Assim, deve ser
permitido aos alunos, que expressa e voluntariamente se matricularem, o pleno
exercício de seu direito subjetivo ao ensino religioso como disciplina dos horários
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normais das escolas públicas de ensino fundamental, ministrada de acordo com os
princípios de sua confissão religiosa, por integrantes da mesma, devidamente
credenciados a partir de chamamento público e, preferencialmente, sem qualquer
ônus para o Poder Público. Dessa forma, o STF entendeu que a CF/88 não proíbe
que sejam oferecidas aulas de uma religião específica, que ensine os dogmas
ou valores daquela religião. Não há qualquer problema nisso, desde que se
garanta oportunidade a todas as doutrinas religiosas. STF. Plenário.ADI
4439/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 27/9/2017 (Info 879).

JURISPRUDÊNCIA

“[...] nos termos do artigo 5º, VIII, da Constituição Federal é possível a realização de
etapas de concurso público em datas e horários distintos dos previstos em edital, por
candidato que invoca escusa de consciência por motivo de crença religiosa, desde que
presentes a razoabilidade da alteração, a preservação da igualdade entre todos os
candidatos e que não acarrete ônus desproporcional à Administração Pública, que
deverá decidir de maneira fundamentada”.

DICA 42
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE CONSCIÊNCIA E DE
EXPRESSÃO (INCS. IV, V e IX)
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem.
ESQUEMATIZANDO:

Aplica-se a pessoas físicas e


pessoas jurídicas.

DIREITO DE É proporcional ao agravo.


RESPOSTA

Pode ser acumulado com


indenização por dano
material, moral ou à
imagem.

DICA 43
SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E COMUNICAÇÕES

A Constituição Federal dispõe: “É inviolável o sigilo da correspondência e das


comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último

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caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal.”

A inviolabilidade de sigilo abrange quatro situações: correspondências, comunicações


telegráficas, comunicações de dados e comunicações telefônicas.
O próprio dispositivo da Constituição excepciona a regra, ao afirmar que o sigilo das
comunicações telefônicas pode sofrer restrição por ordem judicial para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal, nos termos da lei.

ATENÇÃO!

A exceção que a Constituição Federal traz corresponde apenas a comunicações


telefônicas.

O fato de a Constituição Federal trazer apenas exceção quanto às comunicações


telefônicas, NÃO significa que as outras inviolabilidades são ABSOLUTAS, pois NÃO
existem direitos fundamentais absolutos.
A título de exemplo, as inviolabilidades de correspondência e de comunicações telegráficas
podem ser restringidas nas hipóteses de decretação de estado de defesa e de sítio (art.
136, §1º, inciso I; e art. 139, inciso III, ambos da CF).
DICA 44
LIBERDADE DE REUNIÃO
Segundo o inciso XVI, do art. 5º, todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio
aviso à autoridade competente.

As condições para o exercício do direito de reunião são as seguintes:

Locais abertos ao público;


Finalidade pacífica;

Não pode frustrar reunião já convocada para o mesmo local;

Ausência de armas;

Prévia comunicação às autoridades competentes.

ATENÇÃO!

Não confundir prévio AVISO com prévia AUTORIZAÇÃO.


Sobre o requisito do AVISO, o STF, através do Recurso Especial n° 806339/SE, cujo
Relator foi o Ministro Marco Aurélio, já entendeu que tal aviso seja cumprido, não há
nenhum tipo de forma pré estabelecida, bastando apenas que chegue o conhecimento
da reunião ao Poder Público. A saber: “A exigência constitucional de aviso prévio
relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação
que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma
pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”. STF. Plenário. RE
806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado

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em 14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).
Um grande exemplo desse aviso (sem nenhuma forma em si), com base no
entendimento firmado pelo STF, seria uma reunião agendada e amplamente divulgada
através das redes sociais, as quais, a maioria da sociedade tem acesso. Assim, dada a
alta veiculação, obviamente, o Poder Público teria conhecimento.

Sobre isso, redobre a atenção! Caso a Banca cobre a literalidade da Constituição, precisa
apenas que haja o aviso prévio (sem especificar de que maneira). Entretanto, caso a
banca cobre o recente entendimento jurisprudencial, o aviso não precisa ser
necessariamente formal, bastando apenas que, de alguma forma, chegue ao
conhecimento do Poder Público.
DICA 45
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
Segundo o inciso XV, do art. 5º, é livre a locomoção no território nacional em tempo de
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
com seus bens.
Durante a excepcionalidade do estado de sítio, defesa ou intervenção federal, o direito de
liberdade de locomoção pode ser cerceado.
Qualquer pessoa, brasileiro ou estrangeiro, pode transitar livremente pelo território
nacional com seus bens.
O “habeas corpus” é o remédio adequado para combater cerceamento ilegais do direito da
liberdade de locomoção.
DICA BÔNUS
CRIMES INAFIANÇÁVEIS, IMPRESCRITÍVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU
ANISTIA

Crimes inafiançáveis e imprescritíveis – Racismo e Ação de grupos armados contra


a ordem constitucional e o Estado Democrático.
Para lembrar, basta pensar na RAÇÃO (Racismo e Ação de grupos armados).

Crimes Inafiançáveis e Insuscetíveis de Graça ou Anistia:


Utiliza-se a sigla 3TH:

3T T Tortura

T Tráfico de drogas

T Terrorismo

H H Crimes Hediondos

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Podemos encontrar mandados de criminalização nos seguintes incisos:

XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível;


XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e
indulto a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores
e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armado civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 46
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA; CONCEITOS, ELEMENTOS,
PODERES E ORGANIZAÇÃO; NATUREZA, FINS E PRINCÍPIOS

SUPREMACIA DO O interesse público prevalece em


INTERESSE detrimento dos interesses particular, por
PÚBLICO exemplo, a desapropriação.

Voltado à atuação do administrador, posto


que este deve exercer suas funções sempre
INDISPONIBILIDADE DO
buscando garantir o interesse público, não
INTERESSE PÚBLICO
devendo desistir dos feitos ou dispor de
suas prerrogativas.

DICA 47
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS

Estão previstos no caput do artigo 37, são eles:


L egalidade
I impessoalidade
M oralidade “L I M P E”
P ublicidade
E ficiência
Esses princípios balizam a atuação de toda Administração Pública, seja Direta (União,
Estados, Distrito Federal e Munícipios) ou Indireta (autarquia, fundação pública,
sociedade de economia mista e empresa pública) dos três Poderes (Judiciário, Executivo e
Legislativo).
DICA 48
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Trata-se de expoente máximo do Estado Democrático de Direito. Traduz a submissão do
Poder Público à lei.

O princípio da legalidade possui dupla acepção, uma que diz respeito à Administração
Pública e outra aos particulares, vejamos:

Particulares: é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

Administração pública: pode fazer apenas o que a lei determina (ato vinculado) ou
autoriza (ato discricionário).
FIQUE ATENTO!
Em que pese ser o expoente máximo do Estado Democrático de Direito, o princípio da
legalidade, excepcionalmente, pode ser relativizado, permitindo que o Poder Público ladeie
às disposições legais. Nos casos de decretação do estado de defesa e de sítio; e de

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edição de medida provisória, o Chefe do Poder Executivo detém maior liberdade de
atuação.
DICA 49
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
É conhecido também como princípio da isonomia e princípio da finalidade.

Possui 03 acepções, vejamos:

Finalidade: a finalidade precípua da Administração Pública é buscar satisfazer o


interesse público. Caso o ato seja praticado com finalidade distinta a essa, restará
NULO por desvio de finalidade.
Em sentido amplo, o princípio da impessoalidade busca o atendimento do interesse
público.
Já em sentido estrito, visa atender a finalidade específica prevista em lei para o ato
administrativo.

Vedação à promoção pessoal: não é permitido ao agente público se valer de


realizações da Administração Público como se fossem próprias. Assim, é vedado, por
exemplo, constar símbolo de partido político em obra pública. Trata-se de proibição
expressamente prevista no parágrafo 1º, do artigo 37, da CF/88.
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.

Isonomia: a Administração Pública deve se relacionar com os particulares de forma


imparcial.

DICA 50
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Impõe aos agentes públicos o dever de atuar de forma honesta. Sua atuação dever
pautar-se pelos princípios da boa-fé e probidade.
A ação popular, prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, é instrumento de controle da
moralidade administrativa.
Caso o agente público não atue com a probidade prevista, o parágrafo 4º, do artigo 37,
prevê que os atos de improbidade acarretarão em suspensão dos direitos políticos;
perda da função pública; indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.
DICA 51
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ATOS DE IMPROBIDADE ACARRETARÃO:

SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS


Trata-se do dever de transparência na atuação pública. PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA
INDISPONIBILIDADE DOS BENS
Possui dupla acepção: RESSARCIMENTO AO ERÁRIO

Requisito de eficácia dos atos administrativos;


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Transparência da atuação administrativa, de forma a possibilitar o controle pelos
administrados.
O princípio da publicidade não é absoluto, encontra limites no direito à inviolabilidade da
intimidade e da vida privada; e as informações indispensáveis à segurança do Estado e da
SOCIEDADE
DICA 52
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Foi introduzido na CF/88 a partir da EC nº 19/98. Com o advento da emenda citada,
passou-se do modelo de administração burocrática para o de administração gerencial.
O agente público deve conjugar a busca da melhoria da qualidade dos serviços públicos
com a racionalidade dos gastos públicos.

Princípio da economicidade: em síntese, ordena que seja feita avaliação do custo e


benefício dos gastos públicos.
DICA 53
FUNCIONAL de SP ao PA dá FOME
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SENTIDO FOM OBJETIVO SENTIDO
FORMAL
ORGÂNICO
ÓRGÃOS
ATIVIDADE
MATERIAL FOS
SUBJETIVO BENS
A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura
administrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento
do interesse público.
O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública)
executa o rumo adotado.

Sentido material/objetivo: é a atividade estatal exercida sob um regime jurídico, por


meio de serviço público, polícia administrativa, fomento à iniciativa privada ou
intervenção.

Sentido formal/subjetivo: são os sujeitos que atuam em nome da Administração


Pública, se dividindo em Administração Pública Direta (entes da federação) e
Administração Pública Indireta (órgãos e entidades).
DICA 54
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O artigo 2º, da CF/88 dispõe, expressamente, sobre a separação de poderes. Trata-se de
doutrina nascida na obra “Espírito das Leis” de Montesquieu. Segundo preconiza o
dispositivo em apreço, são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Judiciário, o Executivo e o Legislativo.

Administração Direta (Entes Políticos): União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Administração Indireta (Entes Administrativos): Autarquia, Sociedade de Economia


F - FUNDAÇÃO PÚBLICA
Mista, Fundação Pública e Empresa Pública. A - AUTARQUIA
S - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
E - EMPRESA PÚBLICA
Quanto à criação das entidades da Administração Indireta, a CF/88, nos incisos XIX e XX,
do artigo 37, dispõe que somente por lei (ordinária) poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, no caso da fundação, definir as áreas de sua
atuação.
Nota-se que a lei ordinária cria (direto) a autarquia e autoriza a criação dos demais
entes administrativos.
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DICA 55
CENTRALIZAÇÃO, DESCONCENTRAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Na administração direta, os entes praticam as atividades através de órgãos, de forma
centralizada, desconcentrada, concentrada e descentralizada.

Centralização: Na centralização a pessoa política (União, Estados, DF ou Municípios)


pratica suas atividades por meio de seus órgãos, realizado diretamente a atividade
administrativa, sem interferência de outra entidade.

Desconcentração: Na desconcentração há uma distribuição interna de competência,


dentro da mesma pessoa jurídica.
Há o controle hierárquico, pois os órgãos de menor hierarquia ficam subordinados aos
seus superiores.

Concentração: A concentração ocorre quando um único órgão desempenha todas as


funções do ente político, sem divisão com órgãos menores.

Descentralização: A atividade é prestada por pessoa diversa. O Estado resolve


repassar a atividade para outra pessoa executar em seu lugar.
DICA BÔNUS
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

A administração indireta é composta por pessoas jurídicas, com personalidade


jurídica:
F - FUNDAÇÃO PÚBLICA
A - AUTARQUIA
Autarquias; S - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
E - EMPRESA PÚBLICA

Fundações;

Empresas Públicas;

Sociedades de Economia Mista;


As pessoas jurídicas que se enquadram na administração indireta necessitam de lei para
sua existência.

Autarquia – criada por lei – A publicação de lei cria a autarquia. A autarquia possuí
personalidade jurídica de direito público.

Empresa Pública ( Ex.: Caixa Federal) e Sociedade de Economia Mista ( Ex.:


Banco do Brasil) são autorizadas por lei, necessitando do registro de seu ato
constitutivo nos órgãos responsáveis para que ganhem vida.
EP / SEM – Possuem personalidade jurídica de direito privado.

Fundação Pública - são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.

Fundação – personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito


privado. Se público é criada por lei como a autarquia; Se privado, é autorizada por
lei como EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida.

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DIREITO ELEITORAL
DICA 56
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL
São órgãos da Justiça Eleitoral:

Tribunal Superior Eleitoral;

Tribunais Regionais Eleitorais;


Juízes Eleitorais;

Juntas Eleitorais.

ATENÇÃO!

Além de um juiz eleitoral, as Junta Eleitorais são compostas de dois ou quatro cidadãos
de notória idoneidade, nomeados pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, após
aprovação pela Corte Regional.

A Junta é sempre presidida por um magistrado, o juiz eleitoral. Sua existência é


provisória, já que é constituída apenas nas eleições, sendo extinta após o término dos
trabalhos de apuração de votos.

ATENÇÃO!

Nas eleições municipais a Junta permanece formada até a diplomação dos eleitos.

DICA 57
COMPOSIÇÃO DO TSE – TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
O Tribunal Superior Eleitoral é composto de 7 membros titulares e outros 7 substitutos
chamados de Ministros:

03 Ministros são escolhidos mediante eleição por voto secreto dentre os Ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF);

02 Ministros são também escolhidos mediante eleição por voto secreto dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ);

02 Ministros são nomeados pelo Presidente da República dentre uma lista de seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral indicados pelo Supremo
Tribunal Federal.

ATENÇÃO!

O Presidente e o Vice-Presidente são eleitos dentre os Ministros do STF e o Corregedor


Eleitoral, dentre os Ministros do STJ.

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DICA 58
COMPOSIÇÃO DOS TRE’s - TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS

Há um TRE na Capital de cada Estado e no Distrito Federal, e são compostos de:

02 Desembargadores são escolhidos mediante eleição por voto secreto dentre os


Desembargadores do Tribunal de Justiça.

02 Juízes de direito são escolhidos mediante eleição por voto secreto dentre juízes
de direito escolhidos pelo Tribunal de Justiça.
01 Juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou Distrito
Federal, escolhido pelo Tribunal Regional Federal respectivo.

02 Juízes nomeados pelo Presidente da República dentre uma lista de seis


advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral indicados pelo Tribunal de
Justiça.

ATENÇÃO!

O Presidente e o Vice-Presidente são eleitos dentre os Desembargadores.

Nos TRE’s os Vice-Presidentes são os Corregedores.


DICA 59
JUÍZES ELEITORAIS
JUÍZES ELEITORAIS: Os juízes eleitorais atuam na primeira instância da Justiça
Eleitoral.

ATENÇÃO!

Constituição é expressa ao dizer que devem ser juízes de direito (artigo 121, parágrafo
primeiro).

Embora a Justiça Eleitoral seja um ramo especializado do Judiciário e seja considerada


uma Justiça Federal, na primeira instância a totalidade de seus membros é formada por
juízes de direito de carreira do Judiciário Estadual.
DICA 60
DIREITO ELEITORAL

DIREITO ELEITORAL: conjunto de normas jurídicas referente às eleições e às


consultas populares (plebiscito e referendo).
O Direito Eleitoral tem relação direta com a democracia representativa.

Democracia representativa: regime no qual o povo elege representantes para, em


seu nome, exercer o poder.
Fazem parte do Direito Eleitoral as disposições acerca de: direitos políticos, sistemas
eleitorais, partidos políticos, alistamento de eleitores, sufrágio, voto, elegibilidades e
inelegibilidades, abuso de poder econômico, propaganda eleitoral, financiamento e

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prestações de contas de campanha, condutas proibidas aos agentes públicos e crimes
eleitorais.
DICA 61
DE QUEM É A COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO ELEITORAL?
Pela Constituição Federal, as normas de Direito Eleitoral são de competência Federal.
IMPORTANTE!

São vedadas para regulamentar matéria eleitoral: Lei Delegada (art. 68, §1º, inciso
II), bem como a Medida Provisória (artigo 62, §1º, inciso I, “a”).
Estados só poderão legislar sobre questões específicas de Direito Eleitoral se houver
lei complementar da União autorizando.
OBS.: Atualmente não há este tipo de lei complementar da União autorizando.
IMPORTANTE! Municípios NÃO podem legislar sobre matéria eleitoral.

JURISPRUDÊNCIA

As chamadas “posturas municipais” são válidas para impor limitações à propaganda


eleitoral (Resp. n.º 34.515/2011 - TSE).

DICA 62
FONTES NORMATIVAS DO DIREITO ELEITORAL

São fontes normativas do direito eleitoral:

Constituição da República Federativa do Brasil;


Emendas Constitucionais;

Código Eleitoral (Lei n.º 4.737/65);


Lei das Eleições (Lei n.º 9.504/97;

Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90, modificada pela Lei da Ficha Limpa –
Lei Complementar 135/2010);

Lei dos Partidos Políticos (Lei n.º 9.096/95);

Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral – que não podem restringir direitos ou impor
sanções diversas daquelas previstas em lei (artigo 105, da Lei n.º 9.504/97);

Consultas às Cortes Eleitorais (artigo 23, inciso XII e artigo 30, inciso VII, todos do
Código Eleitoral) - sem caráter vinculante e não podem se referir a casos concretos;
Regimentos internos dos Tribunais.

ATENÇÃO!

Sobre a Constituição da República Federativa do Brasil, são normas materialmente


constitucionais aquelas que tratam sobre o modo de escolha dos representantes
do povo.

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O povo é o titular da soberania (artigo 1º, parágrafo único, da Constituição).
DICA 63
NORMAS ELEITORAIS NA CONSTITUIÇÃO

As normas eleitorais encontradas na Constituição Federal, e os respectivos artigos que


tratam dessas normas, são as seguintes:

Pluralismo político (artigo 1º, inciso V);

Democracia representativa (artigo 1º, parágrafo único);

Perda e suspensão de direitos políticos (artigo 5º, VIII e artigo 15);


Exercício dos direitos políticos ativos e passivos (artigo 14);

Inelegibilidades (artigo 14, parágrafos 7º e 9º);

Partidos políticos (artigo 17);

Sistema eleitoral (artigos 45 e 46);

Justiça Eleitoral (artigos 118 a 121);


Voto direto, secreto, universal e periódico como cláusula pétrea (artigo 60, parágrafo
4º, inciso II);
Prazo dos mandatos e o momento no qual as eleições deverão ocorrer (artigos 44 a 46
e 77).

Princípio da Anualidade Eleitoral (artigo 16).

Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (artigo 14, parágrafo 10).


DICA 64
POVO, HABITANTES, NACIONAIS, CIDADÃOS e ELEITORES.

POVO: Pessoas que possuem vínculos linguísticos, culturais, históricos e


afetivos com uma comunidade.

HABITANTES (ou Aqueles que permanentemente ou em caráter precário residem no


população): país, sejam brasileiros ou não.

NACIONAIS: Incluem os brasileiros natos e naturalizados.

CIDADÃOS: → São cidadãos em sentido amplo todos aqueles que vivem sob
a proteção constitucional brasileira, mesmo que residam fora de
nosso território ou sejam estrangeiros em solo nacional.
→ Em sentido restrito constituem apenas os eleitores.
ELEITOR: É o brasileiro com capacidade eleitoral ativa.

IMPORTANTE!

Na Constituição o conceito de CIDADÃO é utilizado nos dois sentidos:


AMPLO: artigo 1º, inciso I.
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RESTRITO: artigo 5º, inciso LXXIII.
DICA 65
RELEMBRANDO NACIONALIDADE - NATA X NATURALIZADA

BRASILEIROS NATOS (artigo 12, inciso I):

Os nascidos no Brasil, mesmo que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país;

Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que


qualquer deles esteja a serviço do Brasil;

Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que


sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir no
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;
BRASILEIROS NATURALIZADOS (artigo 12, inciso II):

Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos


originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto
e idoneidade moral;

Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de quinze


anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.

ATENÇÃO!

BRASILEIROS NATOS BRASILEIROS NATURALIZADOS

Nascidos no Brasil (solo) = pais brasileiros Portugueses e outros lusófonos (nacionais


ou estrangeiros (que não estejam a de países que falam português) precisam
serviço de seus países). residir apenas um ano ininterrupto +
idoneidade moral.

Nascidos no estrangeiro (sangue) = pai ou Outras nacionalidades estrangeiras:


mãe brasileiros (qualquer um a serviço do residência por mais quinze anos
Brasil). ininterruptos + ausência condenação
penal.

Nascidos no estrangeiro (sangue) = pai ou


mãe brasileiros + registro em repartição
brasileira + opção a qualquer tempo após
a maioridade.

DICA 66
PARTICIPAÇÃO POPULAR NA CONSTITUIÇÃO

As formas de participações populares na Constituição Federal são: PRI

Plebiscito (artigo 14, inciso I) P - PLEBISCITO


R - REFERENDO
I - INICIATIVA POPULAR
Referendo (artigo 14, II)
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Iniciativa popular (artigo 14, III)
OBS.: Plebiscito e Referendo NÃO podem ser convocados pelos eleitores.
IMPORTANTE!
Apenas o Congresso Nacional pode convocar a consulta aos cidadãos antes da adoção de
alguma medida legislativa (PLEBISCITO) ou depois dela, como condição para sua
eficácia ou aplicabilidade (REFERENDO).

ATENÇÃO!
SÃO
plebiscitos não necessários para subdivisão de Estados e Municípios, desmembramento
de áreas para a formação de novas unidades ou incorporação de umas nas outras
(artigo 18, parágrafos 3º e 4º, da Constituição).

DICA 67
EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA DAS NORMAS JURÍDICAS.

norma existente: Presentes seus elementos nucleares.

Ex.: norma promulgada pelo órgão competente que seguiu os requisitos previstos para
sua elaboração.
norma válida: Presentes seus elementos complementares. Trata-se de norma vigente.

norma eficaz: Presentes seus elementos integrativos, a norma pode produzir efeitos.
Ou seja, a norma PODE gerar efeitos por tempo limitado (leis temporárias ou
excepcionais) ou ilimitado (até que seja revogada por outra norma).

ATENÇÃO!

As normas jurídicas podem ser existentes ou inexistentes:


As existentes podem ser válidas ou inválidas.
Tanto as normas válidas quanto as inválidas podem ser eficazes ou ineficazes.

DICA 68
INICIATIVA POPULAR
Concede ao cidadão comum o direito de deflagrar um processo legislativo sem o
intermédio direto de um representante.

REQUISITOS (artigo 61, §2º, da Constituição):


1º. Subscrição de 1% do eleitorado nacional;

2º. Distribuído por ao menos 5 Estados;

3.º Pelo menos 0,3% dos eleitores de cada Estado.

Exemplo: O Brasil tem um eleitorado apto em 2022 de 156.454.011.

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Logo, um projeto de lei de iniciativa popular precisa ser subscrito por ao menos
1.564.540.
Se o projeto colher assinaturas de eleitores dos Estados do Rio de Janeiro (12.827.296),
São Paulo (34.667.793), Minas Gerais (16.290.870), Espírito Santo (2.921.506) e
Paraná (8.475.632), precisará que pelo menos 0,3% de seus eleitores assinem. Ou seja,
no mínimo 38.482 (RJ), 104.003 (SP), 48.873 (MG), 8.765 (ES) e 25.427 (PR)
eleitores.
DICA 69
LEIS DE INICIATIVA POPULAR COM CONTEÚDO ELEITORAL

Lei 9.840/1999: Inclusão do artigo 41-A na Lei n.º 9.504/97 - Captação ilícita de
sufrágio - a popular “compra de votos”.

Este dispositivo permite a cassação do registro de candidatura a cargo eletivo daquele


que oferece vantagens em troca do voto dos eleitores.

Lei Complementar n.º 135/2010 (Lei da Ficha Limpa):


Aprimorou o sistema de inelegibilidades para melhorar a proteção da moralidade e
probidade administrativas.
DICA 70
AÇÃO POPULAR
Meio para proteção do meio ambiente, do patrimônio histórico, da moralidade e do
patrimônio público.
Legitimado ativo (quem pode propor): qualquer eleitor (precisa ter inscrição eleitoral,
ou seja, título de eleitor).

ATENÇÃO!!

NÃO cabe ação popular perante a Justiça Eleitoral.


Se a administração ofender o patrimônio público, a moralidade administrativa ou o
patrimônio histórico e cultural de bens públicos ligados à Justiça Eleitoral, o
conhecimento de eventual ação popular competirá à Justiça Federal.

DICA 71
CLÁUSULA DE BARREIRA

ATENÇÃO!!

Reintroduzida no ordenamento jurídico pela Emenda Constitucional n.º 97.


Limita o acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio
e na televisão aos partidos políticos que NÃO contarem (válido a partir de 2030):
1. nas eleições para a Câmara dos Deputados, com no mínimo, 2,5% (dois e meio por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos em
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
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cada uma delas; ou
2. tiverem elegido pelo menos treze Deputados Federais distribuídos em pelo menos
um terço das unidades da Federação.

ATENTE-SE!!

O Congresso eleito em 2022 precisou se adequar às regras abaixo:

nas eleições para a Câmara dos Deputados, atingir no mínimo, 2% (dois por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação,
com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou

tiverem elegido pelo menos onze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação.
DICA 72
SOBERANIA
A Soberania é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos.

Sufrágio é um direito e ao mesmo tempo seu modo de exercício. Significa que os


representantes não serão escolhidos por um sorteio ou competição, mas com a coleta da
opinião dos eleitores.

Sufrágio universal significa que todos votam.


Embora haja restrições (idade, por exemplo), não existem restrições discriminatórias
forjadas para retirar o direito das minorias.

ATENÇÃO!!

Sufrágio censitário: exige capacidade econômica para votar.


Sufrágio capacitário: exige condição intelectual para o voto.

DICA 73
VOTO DIRETO

Voto direto significa que os representantes do povo são escolhidos sem


intermediários.

Exceção: eleição indireta para Presidente da República se o cargo ficar vago nos dois
últimos anos do mandato (artigo 81, parágrafo primeiro, da Constituição). O Congresso
Nacional é que escolherá o novo Presidente para completar o mandato.

Voto de valor igual para todos significa que cada voto equivale exatamente a um,
não havendo pesos diferentes entre os votos dos eleitores.

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DICA 74
VOTO SECRETO
Voto secreto significa que somente o eleitor é senhor da informação sobre sua escolha.
CUIDADO: o eleitor pode revelar seu voto se quiser, porém, não pode filmar o ato do
voto.
Proibição de o eleitor portar aparelhos de gravação dentro da cabina de votação (artigo
91-A, parágrafo único, da Lei n.º 9.504/97).
Violação do sigilo do voto e sua tentativa constituem crime com pena de detenção de até
dois anos (artigo 312 do Código Eleitoral).

EXCEÇÃO: A Lei Brasileira de Inclusão (Lei n.º 13.146/2015) assegura às pessoas


com deficiência o pleno recurso a auxílios, inclusive tecnológicos, para assegurar seu
direito à participação política.
Além disso, prevê em seu artigo 75, parágrafo primeiro, que sempre que necessário e a
seu pedido, a pessoa com deficiência pode ser auxiliada na votação por pessoa de
sua escolha. Esta pessoa poderá, inclusive, digitar o voto na urna para a pessoa com
deficiência.
DICA 75
PERIODICIDADE DO VOTO
A periodicidade do voto tem previsão constitucional (artigo 60, parágrafo 4º) e é uma
cláusula pétrea.

ATENÇÃO!!

Cláusulas pétreas são dispositivos da Constituição que não podem ser abolidos por
Emenda Constitucional. Não pode haver sequer deliberação no Congresso.
Como o maior mandato eletivo previsto na Constituição é o dos Senadores, com oito
anos, a maioria dos autores entendem que o voto periódico corresponde àquele
exercido em intervalos regulares menores ou iguais a este prazo (oito anos).

DICA 76
ALISTAMENTO ELEITORAL

É o ato de inscrição no cadastro eleitoral.

Art. 14, CF. (....)


§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: OBRIGATÓRIOS

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;


MAIORES DE 18 ANOS

II - facultativos para:
FACULTATIVOS

ANALFABETOS

a) os analfabetos;
MAIORES DE 70 ANOS
MAIORES DE 17 E MENORES DE 18 ANOS

b) os maiores de setenta anos; FCC - 65 (E\0

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c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

O brasileiro naturalizado tem o prazo de um ano após a naturalização para se


alistar como eleitor, sob pena de multa.

O alistamento eleitoral obrigatório é anterior ao voto obrigatório. O Código de


1932 previa o alistamento obrigatório, mas não aplicava punição para o não exercício do
voto.
DICA 77
MULTA POR ALISTAMENTO ELEITORAL TARDIO
O artigo 8º do Código Eleitoral prevê a aplicação de multa por alistamento eleitoral tardio.
Atualmente essa multa corresponde em seu valor máximo a R$ 3,51 (três reais e
cinquenta e um centavos).

ATENÇÃO!!

Casos de dispensa da aplicação de multa por alistamento tardio (artigo 33, parágrafo
primeiro da Resolução TSE n.º 23.659/2021)
Brasileiro nato que requerer sua inscrição eleitoral até o 151º dia anterior à eleição
subsequente à data em que completar 19 anos;
Brasileiro naturalizado que requerer sua inscrição eleitoral até o 151º dia anterior à
eleição subsequente à data em que se completar um ano de sua opção pela
nacionalidade;
Pessoa que se alfabetizar após a idade de 18 anos;
Pessoa que declarar, perante qualquer juízo eleitoral, sob as penas da lei, seu estado
de pobreza.
Indígenas também estão dispensados do recolhimento da multa por alistamento
tardio (Ac. TSE, de 6.12.2011, PA n.º 180681).

DICA 78
DOMICÍLIO ELEITORAL
O alistamento eleitoral deve ser feito no local de residência do eleitor. Se tiver mais de
uma, poderá optar por uma delas.

Domicílio: residência com ânimo definitivo.

Domicílio eleitoral: residência escolhida pelo eleitor em relação a qual ficará


vinculado para votar.

Para fins de fixação do domicílio eleitoral no alistamento e na transferência, deverá


ser comprovada a existência de vínculo residencial, afetivo, familiar, profissional,
comunitário ou de outra natureza que justifique a escolha do município (artigo 23 da
Resolução do TSE n.º 23.659/2021).

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DICA 79
TRANSFERÊNCIA DE DOMICÍLIO ELEITORAL
A transferência de um eleitor só pode ser realizada após um ano de permanência no local
original e três meses de residência no novo endereço.

EXCEÇÕES: servidor público civil, militar ou autárquico que tiver sua lotação
alterada (artigo 55, parágrafo segundo, do Código Eleitoral) e seus familiares que o
acompanharem na mudança.

ATENÇÃO!!

Nos anos eleitorais, as alterações no cadastro eleitoral cessam 150 dias antes das
eleições (artigo 91, caput, da Lei n.º 9.504/97).
Isso significa que tanto o alistamento eleitoral quanto as transferências não podem ser
realizadas nesse período.

DICA 80
VEDAÇÕES AO ALISTAMENTO ELEITORAL
Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros (artigo 14, parágrafo segundo, da
Constituição).

Exceção: portugueses residentes no Brasil podem votar e ser votados (artigo 12,
parágrafo primeiro, da Constituição e artigo 17 do Decreto n.º 3.927/2003 - Tratado de
Amizade, Cooperação e Consulta).

A Constituição prevê que os cargos a seguir são privativos (ou seja, só podem ser
ocupados) por brasileiros NATOS:

Presidente e Vice-Presidente da República;

Presidente da Câmara dos Deputados;

Presidente do Senado Federal;

Ministro do Supremo Tribunal Federal;

Carreira diplomática;

Oficial das Forças Armadas.

Ministro de Estado da Defesa.


DICA 81
CONSCRITOS (SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO)
Não podem alistar-se como eleitores os conscritos (artigo 14, parágrafo segundo, CF).

Conscritos são aqueles que estão no período de serviço militar obrigatório (duração
de 12 meses).

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ATENÇÃO!!

Lei do Serviço Militar (Lei n.º 4.375/64):


Art. 5º A obrigação para com o Serviço Militar, em tempo de paz, começa no 1º dia
de janeiro do ano em que o cidadão completar 18 (dezoito) anos de idade e subsistirá
até 31 de dezembro do ano em que completar 45 (quarenta e cinco) anos.
Art. 6º O Serviço Militar inicial dos incorporados terá a duração normal de 12 meses.

DICA 82
VOTO OBRIGATÓRIO

Fundamentos: artigo 14, parágrafo primeiro, inciso I, da Constituição e artigo 6º,


caput, do Código Eleitoral.

EXCEÇÕES: analfabetos, maiores de 70 anos e maiores de 16 e menores de 18 anos.


O artigo 7º do Código Eleitoral prevê a justificativa perante o juiz eleitoral até 30 (trinta)
dias após a realização da eleição e a possibilidade do recolhimento de multa
(atualmente fixada em seu valor máximo em R$3,51 por turno eleitoral perdido).
DICA 83
CANCELAMENTO DO ALISTAMENTO ELEITORAL

Art. 71, do Código Eleitoral. São causas de cancelamento:


I - a infração dos artigos. 5º e 42; NÃO RECEPCIONADA
II - a suspensão ou perda dos direitos políticos;
III - a pluralidade de inscrição;
IV - o falecimento do eleitor;
V - deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas.

CUIDADO!
O inciso I não é compatível com a Constituição de 1988. Neste caso, diz-se que a
norma NÃO foi RECEPCIONADA pelo Novo Ordenamento Constitucional.
O inciso acima previa a proibição do alistamento de analfabetos e pessoas com
deficiência que não conseguiam se exprimir na língua nacional.
DICA 84
PRESIDENTE
VOTO NO EXTERIOR VICE-PRESIDENTE

Possível apenas para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República (artigo


225, do Código Eleitoral).

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ATENÇÃO!!

Quem gerencia as seções eleitorais instaladas no exterior é o Tribunal Regional


Eleitoral do Distrito Federal (artigo 232, do Código Eleitoral).
A Resolução do TSE mais recente a regulamentar a questão é a Resolução n.º 23.669,
de 14 de dezembro de 2021.
Segundo o artigo 65 desta Resolução, para instalação de seção eleitoral no
exterior, é necessário que, na circunscrição sob a jurisdição da missão diplomática ou
da repartição consular, haja, no mínimo, 30 eleitores inscritos.
Caso o número de eleitores supere 800, instala-se uma nova seção eleitoral.
Se o número de eleitores da seção no exterior não atingir o mínimo de 100, NÃO
serão instaladas urnas eletrônicas, devendo a eleição ocorrer com cédulas.

DICA 85
SEÇÕES ELEITORAIS
Os Tribunais Regionais Eleitorais podem propor a subdivisão de sua circunscrição (Estado,
Município) em zonas eleitorais e organizar os eleitores em seções eleitorais.

Limites das seções eleitorais (art. 117 do Código Eleitoral): 400 eleitores nas
capitais e 300 eleitores nas demais localidades.
As seções não podem contar com menos de 50 eleitores (neste caso, as seções são
agregadas a seções maiores).
OBS: Os limites acima podem ser ultrapassados em casos excepcionais, autorizados
pelo Tribunal Regional respectivo.

ATENÇÃO!!

A Resolução do TSE mais recente a regulamentar a questão é a Resolução n.º 23, de 19


de abril de 2022. Segundo ela:
Art. 4º O limite máximo de eleitoras ou eleitores por seção, para efeito de agregação e
Transferência Temporária de Eleitores (TTE) de ofício, será de 350 para o interior e de
450 para a capital.

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ARQUIVOLOGIA
DICA 86
ARQUIVÍSTICA: PRINCÍPIOS, CONCEITOS E LEGISLAÇÃO - ARQUIVO

Para iniciarmos o estudo em arquivologia é necessário entender os conceitos dados ao


termo arquivo:
Arquivo é a acumulação ordenada dos documentos, em sua maioria textuais, criados
por uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e preservado para a consecução
de seus objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no futuro. - Marilena Leite
Paes
Dá-se o nome de arquivo não só ao lugar onde se guarda a documentação, como à
reunião de documentos guardados. Portanto arquivar é guardar qualquer espécie de
documento, visando à facilidade de encontrá-lo, quando procurado. - Heloísa Almeida
Prado.
Arquivo é o conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade
coletiva, pública ou privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades,
independentemente da natureza do suporte. - Dicionário de terminologia Arquivística.
Arquivo Nacional.
DICA 87
PRINCIPAIS CONCEITOS – ARQUIVO, ARQUIVO SETORIAL E ARQUIVO CENTRAL

Como o assunto é importante para sua prova, mencionado aqui, mais alguns conceitos:

Arquivo – De acordo com a Lei n° 8.159/1991, arquivo é o conjunto de documentos


que, independentemente do suporte (material físico), são produzidos e(ou) recebidos no
desenvolvimento das atividades de uma pessoa física ou jurídica.

Arquivo Setorial – São os arquivos instalados dentro de cada setor da instituição


que a autora chamou de órgãos operacionais.

Arquivo Central - Aquele que reúne os documentos correntes dos diversos setores em
um mesmo local.
DICA 88
PRINCIPAIS CONCEITOS – DOCUMENTO, SUPORTE E BIBLIOTECA

Documento - Os documentos de arquivo podem ser aqueles acumulados por uma


pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dele.

Suporte – Material em que a informação foi gravada no momento de se criar o


documento, ou seja, é a parte física do documento. Por exemplo, o papel, mídias digitais,
fitas de vídeos, argila, pergaminho. PAPEL FOTOGRÁFICO

Biblioteca - local em que são guardados livros, documentos tridimensionais, e demais


publicações para o público estudar, ler, e consultar tais obras.

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DICA 89
PRINCIPAIS CONCEITOS – PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS E MASSAS
DOCUMENTAIS

Produção de documentos - Refere-se à elaboração dos documentos em decorrência


das atividades de um órgão ou setor.

Massas Documentais - Grandes volumes de documentos acumulados sem o


tratamento arquivístico adequado.

QUESTÃO
Os suportes dos documentos incluem:
a) papel, papel fotográfico, película videográfica.
b) plantas, mapas, fotografias.
c) mídia eletrônica, película filmográfica, iconográfico.
d) negativo fotográfico, diapositivo, audiovisuais.
GABARITO: Alternativa A.

DICA 90
FUNÇÕES E FINALIDADES DO ARQUIVO

Neste ponto entenderemos o arquivo como o setor da empresa responsável pela


guarda dos documentos. Vejamos os conceitos abaixo:
A função básica do arquivo é tornar disponível as informações contidas no acervo
documental sob sua guarda. - Marilena Leite Paes
A principal finalidade do arquivo é servir à administração, constituindo-se, com o
decorrer do tempo, em base do conhecimento da história. - Marilena Leite Paes.

FUNÇÃO DO ARQUIVO FINALIDADE DO ARQUIVO

A finalidade do arquivo é servir à


instituição. É tornar disponível os
A função do arquivo é a efetiva guarda documentos que estão armazenados
dos documentos acumulados pela nos arquivos e para dar suporte às suas
instituição. atividades cotidianas, fornecendo
informações necessárias de forma rápida
e segura.
FINALIDADE ADMINISTRATIVA

ATENÇÃO!

É muito comum questões afirmando que o arquivo é uma coleção de documentos. Este
tipo de questão está incorreto, pois o termo coleção caracteriza as bibliotecas, pois é
justamente o oposto do caráter orgânico dos documentos de arquivo.

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QUESTÃO
Os documentos de arquivo distinguem-se de outros conjuntos documentais em razão de
a sua finalidade original ser:
a) histórica
b) social
c) política
d) cultural
e) administrativa
GABARITO: Alternativa E.

DICA 91
ARQUIVO X BIBLIOTECA
É muito comum os examinadores cobrarem conceitos e diferenças entre arquivo e
biblioteca. Vejamos o quadro abaixo!

ARQUIVO BIBLIOTECA

Conserva documentos para fins Conservam documentos para fins


funcionais culturais

São acumulados organicamente Os documentos são colecionados e


(refletem as atividades da entidade adquiridos por meio de compra,
acumuladora) doação ou permuta

Os documentos existem em um único Os documentos existem em numerosos


exemplar ou limitado número de cópia exemplares

Cada arquivo tem sua lógica própria Classificação padronizada

DICA 92
DOS PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS - PRINCÍPIO DA ORGANICIDADE
A partir de agora abordaremos os PRINCÍPIOS DA ARQUIVOLOGIA, um assunto muito
cobrado em provas e que merece total atenção. Falaremos somente do princípio da
organicidade.

PRINCÍPIO DA ORGANICIDADE: Relação NATURAL ENTRE DOCUMENTOS de um


arquivo em decorrência das atividades da entidade produtora.

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DICA 93
DOS PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS - PRINCÍPIO DA CUMULATIVIDADE E
PRINCÍPIO DA PROVENIÊNCIA OU DO RESPEITO AOS FUNDOS

PRINCÍPIO DA CUMULATIVIDADE: Os arquivos resultam de um processo


progressivo e espontâneo de sedimentação de documentos. O Arquivo é uma formação
progressiva, natural e orgânica.

PRINCÍPIO DA PROVENIÊNCIA OU DO RESPEITO AOS FUNDOS: Princípio básico


da arquivologia segundo o qual o arquivo produzido por uma entidade coletiva,
pessoa ou família não deve ser misturado aos de outras entidades produtoras. Também
chamado princípio do respeito aos fundos.
DICA 94
DOS PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS- PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE
PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE: Princípio segundo o qual os arquivos públicos,
próprios de um território, seguem o destino deste último. Para que os arquivos
permaneçam vivos, sejam utilizados e melhor entendidos, devem ser conservados o mais
próximo possível do local emanado ou que influenciaram a sua produção. Esse local pode
ser nacional, regional e institucional.
DICA 95
DOS PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS- PRINCÍPIO DA PERTINÊNCIA TERRITORIAL E
PRINCÍPIO DA UNICIDADE

PRINCÍPIO DA PERTINÊNCIA TERRITORIAL: Princípio segundo o qual, sem se ter


em conta o seu lugar de criação, os arquivos deveriam ser entregues ao serviço de
arquivo com jurisdição arquivística sobre o território a que o conteúdo deles se refere.

PRINCÍPIO DA UNICIDADE: Os documentos de arquivos devem conservar o seu


CARÁTER ÚNICO, em função do seu contexto de produção, independentemente de sua
forma, gênero, tipo ou suporte.
DICA 96
DOS PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS- PRINCÍPIO DO RESPEITO À ORDEM
ORIGINAL E PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE OU INTEGRIDADE

PRINCÍPIO DO RESPEITO À ORDEM ORIGINAL: Princípio segundo o qual o arquivo


deveria conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu.
PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE OU INTEGRIDADE: Os fundos de arquivo
devem ser preservados sem dispersão, mutilação, alienação, destruição não autorizada ou
adição indevida.
DICA 97
DOS PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS- PRINCÍPIO DA PERTINÊNCIA E PRINCÍPIO
DA REVERSIBILIDADE

PRINCÍPIO DA PERTINÊNCIA: Princípio segundo o qual os documentos deveriam ser


reclassificados por assunto sem ter em conta a proveniência e a classificação original.
Também chamado princípio temático.

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PRINCÍPIO DA REVERSIBILIDADE: Princípio segundo o qual todo tratamento
empreendido em arquivos possa ser revertido, se necessário.

QUESTÃO
A relação natural entre documentos de um arquivo é dada pela sua
a) autenticidade
b) unicidade
c) veracidade
d) organicidade
e) imparcialidade
GABARITO: Alternativa D.

QUESTÃO
O princípio arquivístico segundo o qual os documentos acumulados por pessoa física
ou jurídica não podem ser misturados a conjuntos documentais produzidos e(ou)
recebidos por outras pessoas ou organização é o
a) princípio da proveniência
b) princípio da ordem original
c) princípio da territorialidade
d) princípio da pertinência
e) princípio da estrutura interna.
GABARITO: Alternativa A.

DICA 98
LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA - NORMA NACIONAL NOBRADE
Esta norma estabelece diretivas para a descrição no Brasil de documentos
arquivísticos, e visa facilitar o acesso e o intercâmbio de informações em âmbito
nacional e internacional. Embora voltada preferencialmente para a descrição de
documentos em fase permanente, a NOBRADE pode também ser aplicada à descrição em
fases corrente e intermediária.
As normas para descrição de documentos arquivísticos objetivam garantir descrições
consistentes, apropriadas e autoexplicativas. Assim como as normas internacionais
demandam normas nacionais, a norma brasileira busca uma padronização de
procedimentos em sistemas de arquivos e/ou em entidades custodiadoras. Da mesma
maneira que aquelas normas internacionais, a NOBRADE não preceitua formatos de
entrada ou saída de dados em sistemas de descrição automatizados ou manuais. Tem por
objetivo estruturar a informação a partir de elementos de descrição comuns, buscando
interferir o mínimo possível na forma final em que as descrições são apresentadas.

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DICA 99
LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA - NORMA NACIONAL NOBRADE - PRESSUPOSTOS
BÁSICOS

A NOBRADE tem como pressupostos básicos o respeito aos fundos e a descrição


multinível, tais pressupostos são:

Descrição do geral para o particular: tem por objetivo de representar o contexto


e a estrutura hierárquica do fundo e suas partes componentes;

Informação relevante para o nível de descrição: objetiva representar com rigor o


contexto e o conteúdo da unidade de descrição;

Relação entre descrições: busca explicitar a posição da unidade de descrição na


hierarquia;

Não repetição da informação: busca evitar redundância de informação em


descrições hierarquicamente relacionadas.
DICA 100
NORMAS INTERNACIONAIS - ISAD(G)
A ISAD(G) – GENERAL INTERNATIONAL STANDARD ARCHIVAL DESCRIPTION, OU
NORMA GERAL INTERNACIONAL DE DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA é uma norma
desenvolvida pelo Conselho Internacional de Arquivos/International Council on Archives
(ICA) que estabelece diretrizes gerais para a descrição arquivística, devendo ser usada em
conjunto com normas ou recomendações nacionais existentes em cada país.
DICA 101
NORMAS INTERNACIONAIS - ISAD(G)- OBJETIVOS DA ISAD(G)

Os OBJETIVOS da ISAD(G), são:

Assegurar a produção de descrições consistentes, apropriadas e autoexplicativas;

Facilitar a recuperação e troca de informação sobre documentos de arquivo;

Possibilitar a partilha de dados de autoridade;

Tornar possível a integração de descrições provenientes de diferentes entidades


detentoras num sistema unificado de informação.
DICA 102
NORMAS INTERNACIONAIS - ISAD(G)- PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA NORMA
ISAD(G)

São PRINCÍPIOS orientadores da norma ISAD(G):

A descrição arquivística baseia-se no respeito pela proveniência e pela ordem original e


é um reflexo da organização da documentação;

A organização da documentação de arquivo estrutura-se em níveis hierárquicos,


relacionados entre si;

Os níveis de descrição são determinados pelos níveis de organização;

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A descrição arquivística aplica-se a toda a documentação de arquivo,
independentemente da sua forma e suporte;

A descrição arquivística aplica-se a todas as fases de vida da documentação de arquivo,


podendo variar apenas os elementos de informação considerados na descrição, e a
exaustividade com que são preenchidos;

A descrição arquivística aplica-se igualmente a toda a documentação de arquivo,


independentemente de ser produzida por uma pessoa coletiva, uma pessoa singular ou
por uma família. Regras gerais:

Descrição feita do geral para o particular, com o objetivo de representar o contexto e a


estrutura hierárquica do fundo e das partes que o compõem;

Informação pertinente para o nível de descrição, com o objetivo de representar com


rigor o contexto e o conteúdo da unidade de descrição;

Ligação entre descrições, com o objetivo de tornar explícita a posição da unidade de


descrição na hierarquia;

Não repetição da informação, com o objetivo de evitar redundância de informação em


descrições arquivísticas hierarquicamente relacionadas.
DICA 103
ZONAS DE INFORMAÇÃO DESCRITIVA E ELEMENTOS ASSOCIADOS - ISAD(G)

A ISAD (G) possui 07 (sete) zonas de informação, com seus respectivos elementos
associados. São elas: I - ZONAS DE IDENTIFICAÇÃO
II - ZONA DE CONTEXTUALIZAÇÃO

ZONA DE IDENTIFICAÇÃO:
III - ZONA DE CONTEÚDO E ESTRUTURA
IV - ZONA DE CONDIÇÕES DE ACESSO E DE USO
V - ZONA DE FONTES RELACIONADAS
VI - ZONA DE NOTAS
Código(s) de referência; VII - ZONA DE CONTROLE DA DESCRIÇÃO

Título;

Data(s);

Nível de descrição;

Dimensão e suporte.
ZONA DE CONTEXTUALIZAÇÃO:

Nome(s) do(s) produtor(es);

História administrativa/biográfica;

História custodial e arquivística;

Fonte imediata de aquisição ou transferência.

ZONA DE CONTEÚDO E ESTRUTURA:

Âmbito e conteúdo;

Avaliação, seleção e eliminação;

Ingresso(s) adicional(ais);

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Sistema de organização.

ZONA DE CONDIÇÕES DE ACESSO E DE USO:

Condições de acesso;

Condições de reprodução;

Idioma/Escrita;

Características físicas e requisitos técnicos;

Instrumentos de descrição.
ZONA DE FONTES RELACIONADAS:

Existência e localização de originais;

Existência e localização de cópias;

Unidades de descrição relacionadas;

Notas de publicação.

ZONA DE NOTAS:

Notas.

ZONA DE CONTROLE DA DESCRIÇÃO:

Nota do(s) arquivista(s);

Regras ou convenções;

Data(s) da(s) descrição(ões).


DICA 104
GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DE DOCUMENTOS - GESTÃO DE DOCUMENTOS

A Lei n° 8.159/1991 afirma que o poder público tem a obrigação de implementar


uma gestão de documentos a seus arquivos, e define gestão de documentos no seu artigo
terceiro como sendo:
“o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação,
uso, avaliação e arquivamento de documentos nas fases corrente e intermediária, visando
a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.”
Dessa forma, A GESTÃO DE DOCUMENTOS PODE SER ENTENDIDA COMO O
CONJUNTO DE TODAS AS ATIVIDADES DE CONTROLE ARQUIVÍSTICO. Em muitos
países, o curso superior de Arquivologia é chamado de curso de Gestão de Documentos.
Ao analisarmos o conceito citado na lei, encontraremos o controle da produção, tramitação
(onde entraria a atividade de protocolo), uso (onde entra o controle de acesso e sigilo),
avaliação (onde entraria a criação e aplicação da tabela de temporalidade), o
arquivamento (onde entra a definição dos métodos de arquivamento a serem adotados, o
controle da preservação e o controle do que deve ser digitalizado ou microfilmado).

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ATENÇÃO!

O artigo da Lei deixa claro que a gestão de documentos engloba os procedimentos a


serem executados nas fases corrente e intermediária visando o destino final. Assim,
entende-se que a gestão de documentos engloba estas duas idades do ciclo de
vida dos documentos: corrente e intermediária.

QUESTÃO
É correto afirmar que a gestão da documentação arquivística
a) contempla procedimentos e operações técnicas referentes a produção, tramitação,
uso, avaliação e arquivamento de documentos.
b) possibilita apenas a eliminação dos documentos, no âmbito da destinação final, em
tempo maior ou menor.
c) perpassa exclusivamente a primeira fase de vida dos documentos.
d) é inaplicável à guarda permanente dos documentos, por ser uma área da
administração
GABARITO: Alternativa A.

DICA 105
FASES DA GESTÃO DE DOCUMENTOS
A bibliografia arquivística afirma que um programa de gestão de documentos é
subdividido em três fases ou etapas: (i)produção, (ii)utilização e (iii)destinação. A
etapa de utilização também é citada na bibliografia como utilização e conservação e a fase
de destinação também é como avaliação e destinação.

Assim, teríamos a gestão de documentos dividida em três fases distintas: PUD

1ª FASE: produção;

2ª FASE: utilização (ou utilização e conservação);

3ª FASE: destinação (ou avaliação e destinação).

ATENÇÃO!

Em questões de prova, não confundir as três fases ou idades do ciclo vital dos
documentos (corrente, intermediária e permanente) com as três fases do
programa de gestão de documentos. São assuntos distintos, apesar de
relacionados.

FASE - IDADES DO CICLO VITAL DOS DOCUMENTOS

CORRENTE
INTERMEDIÁRIA
PERMANENTE

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DICA 106
FASES DA GESTÃO DE DOCUMENTOS - 1ª FASE: PRODUÇÃO

A primeira fase, chamada de produção, está relacionada à criação dos


documentos. As atividades que estão vinculadas a esta fase são:

Criar apenas os documentos essenciais à administração;

Evitar duplicação e emissão de vias desnecessárias;

Consolidar os atos normativos alterados ou atualizados com certa frequência;

Criar ou extinguir modelos de documentos e formulários;

Adequar e melhorar o aproveitamento de recursos reprográficos (para cópias de


documentos) e informáticos;

Escolher de forma adequada materiais e equipamentos ligados à produção de


documentos;

Selecionar de forma adequada recursos humanos na instituição.


DICA 107
2ª FASE: UTILIZAÇÃO
Na fase de utilização estão incluídas as atividades de protocolo (recebimento,
classificação, registro, distribuição, tramitação), de expedição, de organização e
arquivamento de documentos em fase corrente e intermediária, bem como a elaboração
de normas de acesso à documentação (empréstimo, consulta) e à recuperação de
informações, indispensáveis ao desenvolvimento de funções administrativas, técnicas ou
científicas das instituições. PROTOCOLO
ORGANIZAÇÃO E ARQUIVAMENTO DOS DOCUMENTOS NO ARQUIVO
ELABORAÇÃO DE NORMAS DE ACESSO
Portanto as atividades da fase de utilização são: ELABORAÇÃO DE NORMAS PARA RECUPERAÇÃO

Protocolo - que visam o controle da tramitação dos documentos;

Organização e arquivamento dos documentos no arquivo – engloba a escolha


dos métodos a serem adotados e cuidados na conservação e preservação dos
documentos);

Elaboração de normas de acesso - tanto para empréstimo como para consulta);

Elaboração de normas para recuperação – localização das informações.


DICA 108
AVALIAÇÃO E DESTINAÇÃO DE DOCUMENTOS

3ª FASE: DESTINAÇÃO
Avaliação e destinação de documentos: talvez a mais complexa das três fases da
gestão de documentos, se desenvolve mediante a análise e avaliação dos documentos
acumulados nos arquivos, com vistas a estabelecer seus prazos de guarda, determinando
quais serão objeto de arquivamento permanente e quais deverão ser eliminados por terem
perdido seu valor de prova e de informação para a instituição. - Marilena Leite Paes
Na terceira fase da gestão de documentos, chamada de destinação ou avaliação e
destinação, temos a atividade de avaliação, que consiste na definição dos prazos de
guarda e destinação final dos documentos (eliminação ou guarda permanente).
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VALE LEMBRAR!
Aqui a atividade RESULTA NA CRIAÇÃO DA TABELA DE TEMPORALIDADE DA
INSTITUIÇÃO. Onde são identificados os documentos de valor histórico a serem
preservados e quais serão eliminados após o término do prazo de guarda.
DICA 109
VANTAGENS DA GESTÃO DE DOCUMENTOS
A implementação de um programa de gestão de documentos traz inúmeras vantagens
para a instituição, uma vez que serão desenvolvidas atividades de controle em todos os
momentos de vida do documento.

Podemos citar, como exemplo, as seguintes:

Controle da produção dos documentos;

Maior agilidade na tramitação e acesso das informações;

Controle de acesso e sigilo dos documentos;

Garantia de preservação dos documentos históricos;

Economia de recursos humanos e materiais.


DICA 110
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ARQUÍVISTICA
Para que a implementação de um programa de gestão de documentos seja correta, é
interessante realizar um estudo da situação do arquivo da instituição, a fim de identificar
seus problemas e a melhor forma de solucioná-los. Este estudo é chamado de diagnóstico.
Para tanto, é essencial contar com profissional habilitado na área de Arquivologia, que
normalmente contará com uma equipe que o auxiliará nesta atividade.
O diagnóstico abordará aspectos como: recursos humanos disponíveis para a área de
arquivo, recursos materiais, informáticos e tecnológicos. Uma vez concluído o
diagnóstico, é feito o planejamento para a implementação do programa de gestão de
documentos na instituição.

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