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Memorex PRF - Rodada 03

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TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
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Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ........................................................................................................ 4


RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO ..................................................................... 15
INFORMÁTICA ....................................................................................................................... 17
FÍSICA ........................................................................................................................................ 20
ÉTICA E CIDADANIA .......................................................................................................... 22
GEOPOLÍTICA ........................................................................................................................ 24
LÍNGUA INGLESA ................................................................................................................. 25
LÍNGUA ESPANHOLA ......................................................................................................... 28
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO ........................................................................................... 31
DIREITO ADMINISTRATIVO .......................................................................................... 47
DIREITO CONSTITUCIONAL .......................................................................................... 53
DIREITO PENAL .................................................................................................................... 59
DIREITO PROCESSUAL PENAL ..................................................................................... 68
LEGISLAÇÃO ESPECIAL .................................................................................................... 75
DIREITOS HUMANOS ......................................................................................................... 82

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01

HOMONÍMIA
→ consiste em palavras que possuem o mesmo som e/ou mesma grafia.
→ divide-se em:
- Homófonas: palavras que possuem a mesma pronúncia.
- Homógrafas: palavras que possuem a mesma grafia.
*Homógrafas heterofônicas: mesma grafia e pronúncia diferente:

Ex.: DESTE (PRONOME) X DESTE (VERBO)

*Homófonas heterográficas: Na língua oral, necessitam estar contextualizadas:

Ex.: HÁ (VERBO) x a (preposição/artigo)

*Homônimos perfeitos: palavras IDÊNTICAS na grafia e no som, PORÉM COM


SIGNIFICADOS DIFERENTES.

Ex.: MANGA!

Eu amo manga (fruta)

A manga da blusa está molhada (parte da roupa)

Ex.2: caminho → substantivo / caminho → verbo

Ex.3: cedo → verbo / cedo → advérbio

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!

... Gramaticalmente, são consideradas homógrafas palavras que têm a mesma grafia, mas
sentidos diferentes. São exemplos disso as palavras “sessão” (ℓ.2) e cessão.
E AÍ? ESTÁ... ERRADO! SÃO HOMÓFONAS = PALAVRAS COM A MESMA PRONÚNCIA!
Muita atenção em sua prova!
DICA 02

PARONÍMIA
→ consiste em palavras PARECIDAS no som e na grafia, entretanto com SIGNIFICADOS
DIFERENTES!

Ex.: Eminente (importante) ≠ Iminente (próximo)

Questão: “O temporal estava eminente, não demoraria mais...” ERRADO! O correto


seria IMINENTE!

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DICA 03

Homônimos e Parônimos

*Alguns exemplos:

Expectador (aquele que tem Espectador (aquele que assiste)


esperança, que espera, que tem
expectativa)
Tachar (censurar, notar defeito em) Taxar (estabelecer o preço ou o
imposto)
Concerto (sessão musical) Conserto (reparo)
Incipiente (principiante) Insipiente (ignorante)
Cerrar (fechar) Serrar (cortar)
Cheque (ordem de pagamento) Xeque (incidente no jogo de xadrez,
contratempo)
Espiar (espreitar) Expiar (sofrer pena ou castigo)

DICA 04

SOBRE O USO DOS DOIS PONTOS:


Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída.
* Introduzir uma citação;
* Introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma oração
subordinada substantiva apositiva;
* Introduzir uma explicação ou enumeração após as expressões por exemplo, isto é, ou
seja, a saber, como etc.
* Marcar uma pausa entre orações coordenadas;
* Marcar a invocação em correspondências.
DICA 05

A VÍRGULA é utilizada para:

* marcar inversões

* separar termos coordenados (em enumeração)

* Marcar elipse do verbo. Ex.: Eu prefiro arroz; ele, feijão.


ATENÇÃO! QUESTÃO DE PROVA: QUEM MARCA A ELIPSE DO VERBO É A VÍRGULA E
NÃO O PONTO E VÍRGULA, OK? NÃO CAIAM NESSA PEGADINHA!

* Isolar vocativo
* Isolar aposto (termo de natureza explicativa) e pode ser isolado também por
travessões, parênteses ou por dois pontos.
* Isolar expressões de natureza explicativa (ou seja, isto é, ou melhor, vale dizer, quer
dizer etc.) Ex.: O Brasil é um país rico, ou seja, dispõe de muitos recursos naturais.

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DICA 06

O "E" DEPOIS DE VÍRGULA pode ocorrer pelos seguintes casos:

* Determinando sujeitos diferentes.

Ex.: os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

* Ter função diferente de adição.

Ex.: Estudou muito, e ainda assim não passou no concurso.

* Usar para dar ênfase na repetição.

Ex.: e chora, e ri, e grita.


DICA 07

SINAIS DE PONTUAÇÃO

→ RETICÊNCIAS ...
São usadas para indicar: supressão de um trecho, interrupção na fala, ou dar ideia de
continuidade ao segmento.
→ PARÊNTESES ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples
indicações. Isolar informações acessórias as quais não se encaixam na sequência lógica do
enunciado.  ISOLAR REFLEXÃO, COMENTÁRIO, EXPLICAÇÃO PARALELA.
Ex.: Em dezembro (nos EUA talvez seja o mês mais frio do ano), acendem-se lareiras nas
casas dos americanos.
→ TRAVESSÃO

* Indica a fala de um personagem no discurso direto.

Ex.: Mariana disse:

– Amigo, preciso pedir-lhe algo.

* Isola um comentário no texto (sentença interferente).

Ex.: Aquela pessoa – eu já havia falado isso – acabou de mostrar que tem péssimo caráter.

* Isola um aposto na sentença.

Minha prima – a dona da loja – ligou para você.

* Reforçar a parte final de um enunciado:

Ex.: Para passar no concurso você deve estudar muito – muito mesmo!

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DICA 08

CASOS PROIBIDOS DO USO DA VÍRGULA

1- Não se usa vírgula entre sujeito e predicado. Termo pode vir intercalado entre
vírgulas, entre o sujeito e predicado.

Ex.: Quem ama não trai.


sujeito predicado

Ex.: As pessoas, que vivem em função do trabalho, não são felizes. → altera o
sentido.

CUIDADO!!! *com vírgula → todas as pessoas → generaliza


*sem vírgula → restritiva é uma parte

2- Não se usa vírgula entre o verbo e seu complemento.

Ex.: Informaram aos funcionários o ocorrido naquela ocasião.


VTDI OI OD Adj. adv.

3- Não se separa por vírgula o nome de seu complemento, nem o nome de seu
adjunto.

Ex.: Um belo dia de calor escaldante (adj. Adn.) é frequente em países de clima
tropical.

Ex.2: A crítica do diretor aos funcionários foi vista como produtiva.


Substantivo adj. Adn. CN
Abstrato
DICA 09

PONTO E VÍRGULA
Notavelmente, o ponto e vírgula sugere uma pausa mais longa – encontra-se entre
a vírgula (pequena pausa) e o ponto final (pausa final).
É usado, dentre suas principais funções:
* Para separar itens em uma enumeração. Muito comum nas legislações estudadas, não
é?! Também receitas, livros didáticos, manuais de instrução, dentre outros.
Ex.: “Art. 1º da CR/88. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.”

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* Na OMISSÃO DE VERBOS. EXPLICANDO... Nesse caso específico a omissão do verbo é


marcada por uma vírgula, havendo pausa, anterior ao sujeito, esta será exatamente marcada
pelo ponto e vírgula. VISUALIZANDO... Ex.: Eu prefiro museu; ele (sujeito anterior à
pausa), (vírgula que substitui o verbo) teatro.  Eu prefiro museu; ele, teatro.
* Em casos de USO EXCESSIVO DA VÍRGULA EM PERÍODO LONGO. Nesta situação o
ponto e vírgula será utilizado para separar as orações no período e a vírgula as outras pausas
que aparecerem no meio das orações.
DICA 10

ADJUNTOS ADVERBIAS DESLOCADOS:

*CURTA EXTENSÃO → Vírgula facultativa. (Até 2 palavras) Ex.: Minutos depois,


chega o funcionário do banco com outra chave digital.

*LONGA EXTENSÃO → Vírgula obrigatória. (3 ou mais palavras) Ex.: Na reunião de


ontem, os deputados federais aprovaram a lei.

DICA 11

SUBSTANTIVO NOMEIAM lugares, objetos, pessoas,


animais, ações, estados ou qualidades
tomadas como seres (ex.: bondade,
feiura).

ADJETIVOS MODIFICA o substantivo. Exprime


modo de ser, aparência ou qualidade.

ARTIGOS DETERMINA OU GENERALIZA o


substantivo. Indicando-lhe o gênero e o
número.

NUMERAIS ENUMERAM, ordenam as coisas.

PRONOMES ACOMPANHAM ou SUBSTITUEM os


nomes.

VERBOS Expressam AÇÃO, ESTADOS OU


FENÔMENOS.

ADVÉRVIOS MODIFICAM verbos, adjetivos ou


outros advérbios.

PALAVRAS DENOTATIVAS ALTERAM o sentido de uma outra


palavra ou da oração.

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PREPOSIÇÕES LIGAM dois termos da oração,


subordinando-os. É palavra
INVARIÁVEL.

CONJUNÇÕES UNEM termos de uma oração ou


orações. É palavra INVARIÁVEL. Podem
ser coordenativas ou subordinativas.

INTERJEIÇÕES EXPRIMEM emoção, sensação, estado


de espírito. É palavra INVARIÁVEL. Ex.:
Viva! Uau! Nossa! (“frases resumidas”)

DICA 12
VERBOS DE LIGAÇÃO: ligam o sujeito a um predicativo do sujeito. Para o verbo ser
de ligação, é necessário estar na lista e ter predicativo do sujeito

OBS1: (se não tiver sujeito, não tem verbo de ligação, não pode ser sujeito inexistente. O
sujeito deve ser existente→ determinado ou indeterminado → Ex.: Era-se feliz no passado)
OBS2: o verbo de ligação tem que ter sujeito e predicativo do sujeito.
OBS3: o verbo de ligação pode vir seguido de adjuntos adverbiais e não admite
OBJETO DIRETO (OD), nem OBJETO INDIRETO (OI).

Ex.: Ela está feliz.


SUJEITO: ela.
PREDICATIVO (característica): feliz (variável) → predicativo do sujeito
VERBO “ESTÁ”

 Verbo de ligação (liga sujeito ao predicativo), para identificá-lo se deve analisar:

*lista de verbos de ligação:

ser,
estar,
permanecer,
ficar,
continuar,
tornar-se,
parecer,
viver (no sentido de estar),
andar (no sentido de estar),
virar (no sentindo de tornar-se)

*são verbos de ligação quando acompanhados de predicativo do sujeito.

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DICA 13

VERBOS INTRANSITIVOS:

 não apresentam objeto direto (OD) e nem objeto indireto (OI).

 Podem vir seguidos de adjuntos adverbiais e/ou predicativos.

 Nem sempre apresentam sentido completo.

Ex.1: Os rapazes estavam na sala de espera.

sujeito VI adjunto adverbial de lugar

Ex2.: Ocorreu um acidente no local.

VI sujeito adjunto adverbial de lugar.

Dica rápida sobre sujeito: 1) Tentou colocar sujeito desinencial (ele, nós) e viu que
não é o caso. 2) Verificou se é algum caso de sujeito inexistente e viu que não se trata 
CONCLUSÃO: o sujeito está expresso na frase “um acidente ocorreu”.

DICA 14

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS (VTD):

 Exigem complemento verbal sem necessidade de preposição, admitem as perguntas


ALGO ou ALGUÉM.

 Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos.

Ex.: Considerou a decisão justa naquele momento


VTD OI pred. Obj. ad. adj.

SUJEITO: Ele (sujeito elíptico, desinencial, oculto).


ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO: naquele momento.
PREDICATIVO DO OBJETO: justa.
PERGUNTA: Quem considera, CONSIDERA ALGO! No caso acima, considera “a decisão”.

Ex2.: Mudança implica progresso


VTD
SUJEITO: Mudança.
ADJ. ADV: não tem no exemplo.
PREDICATIVO: não tem no exemplo.
PERGUNTA: Implica algo.

(***MUITA ATENÇÃO!!! implicar no sentido de acarretar não tem preposição)

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DICA 15

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS VTI:

 Exigem complemento verbal que se liga ao verbo por meio de preposição;


 OBS.: ocasionalmente, a preposição ficará subentendida.
 Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos
 Admitem as perguntas: algo ou alguém? Precedidas de preposição (***principais
preposições: a, de, em, para, com, por, sobre)

Ex1.: Pensava no futuro


VTI OI

SUJEITO: eu (sujeito elíptico, desinencial, oculto).


ADJ. ADVERBIAL: não tem no exemplo.
PREDICATIVO: não tem no exemplo.
PERGUNTA: Quem pensa, pensa em alguma coisa → VTI

Ex2. Não me interessa essa explicação


ad.adv OI VTI sujeito

SUJEITO: essa explicação


ADJUNTO ADVERBIAL DE NEGAÇÃO: Não.
PREDICATIVO: não tem no exemplo.
PERGUNTA: isso interessa você, ou isso interessa A você? R: A VOCÊ → VTI → a preposição
está subentendida. ATENÇÃO!
DICA 16

VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO


 Em suma, possuem conteúdo e EXIGE DOIS COMPLETOS:
 Um com PREPOSIÇÃO OBRIGATÓRIA;
 Outro SEM PREPOSIÇÃO.

Ex.: Luiza ofereceu um presente à Júlia.

- “um presente” → Objeto direto (OD)


- “À Júlia” → Objetivo indireto (OI)
DICA 17

OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO

TOME NOTA! Ex.: Ao avarento, nada lhe satisfaz.


OI OI PLEONÁSTICO
EXPLICANDO.... O verbo “satisfazer” é transitivo indireto. No exemplo, como se nota há
dois objetos diretos.
- “Ao avarento” → Objeto indireto.
- “lhe” → Objeto indireto pleonástico.

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DICA 18

OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO

TOME NOTA! Em certos casos, o objeto direto (OD) costuma vir regido de preposição.
Isso acontece:

COM VERBOS QUE EXPRIMEM CONFIANÇA: Ex.: Amo a Deus.

POR NECESSIDADE DE CLAREZA: Ex.: O sapo matou à rã.


Explicando... se tirarmos a preposição, o sentido fica ambíguo: não
se sabe se foi o sapo que matou a rã ou foi a rã que matou o sapo.

PARA DAR REALCE AO OD: Ex.: O soldado sacou da espada.

QUANDO VEM ANTECIPADO (É OBRIGATÓRIO): Ex.: A Abel


matou Caim.

DICA 19

 ATENÇÃO! Quando o objeto direto (OD) preposicionado for constituído pelos pronomes
oblíquos tônicos (mim, ti, ele, ela, vós, eles, elas) é obrigatório o uso da preposição!
Ex.: Eu ofendi Mauro. (ofender → transitivo direto) / Eu ofendi a ele.
DICA 20

TOME NOTA! Os pronomes oblíquos: o, a, os, as, são sempre objetos diretos. Já os
pronomes oblíquos: lhe e lhes são sempre objetos indiretos. Por sua vez, os demais
pronomes oblíquos (me, te, se, nos, vos) são ora objeto direto, ora objeto indireto,
dependendo sempre da predicação verbal.
DICA 21

PREPOSIÇÃO
* Consiste em uma palavra que liga dois termos da oração, subordinando-os.
* A preposição estabelece várias relações entre tais termos. Veja-se:
Ex.1: Chegou de ônibus. (meio)
Ex.2: Chegou de Belém. (origem)
Ex.3: Chegou com Júlia. (companhia)
Ex.4: Chegou sem Júlia. (ausência)
Ex.5: Chegou por Júlia. (causa)

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DICA 22

LOCUÇÃO PREPOSITIVA
* Conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de preposição. Exs.: acerca
de, abaixo de, a fim de que, ao lado de, através de, em vez de, de acordo com, para com,
junto a, acima de, dentro de, em redor de, graças a, por causa de, a respeito de, embaixo
de.

DICA 23

 O termo que antecede a preposição é chamado regente.


 O termo que sucede a preposição é chamado regido.
Ex.: Chegou de carro.
regente preposição regido
DICA 24

CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES

ESSENCIAIS: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
perante, por, sem, sob, sobre, trás.
ACIDENTAIS: (podem funcionar como preposições, embora não sejam).
Ex.: conforme, consoante, durante, exceto, salvo, mediante etc.  A
encomenda apenas será entregue mediante pagamento.

DICA 25

ENDOFÓRICA (Dentro do texto) - Se divide em anafórico e catafórico


ANAFÓRICO (esse, essa, aquilo) - É o termo que precede, evita repetição.
Ex.: Ana brigou comigo. Ela não vem mais aqui.
* Ana = Referente
* Ela = Anafórico.
CATAFÓRICO (este, esta, isto) - É o termo que se segue, anuncia o referente.
Ex.: Ele afirmou-me isto: que você é mentiroso.
* Isto = Catafórico
* que você é mentiroso = referente.
Bizu:
* ANafórico = ANterior
* CATAfórico = CATApulta (lança pra frente)
DICA BÔNUS

COESÃO EXOFÓRICA (externa ao texto) - Referem-se aos dêiticos = referente fora do


texto.

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*Consistem em elementos que possuem como objetivo localizar o fato no tempo e espaço
sem defini-lo. Alguns pronomes demonstrativos podem ser expressões dêiticas, bem como
certos advérbios.
Ex.: Lá, cá, onde, aqui, etc.
Ex.2: Os planos das autoridades responsáveis por esses centros são de ampliar o número de
vagas para 54 mil alunos ainda este ano. (Qual ano? Não havendo referentes no texto, a
função do pronome demonstrativo é dêitica. No caso, por exemplo, apenas saberíamos se,
por exemplo, fora do contexto do texto, observássemos a data na qual o texto fora elaborado)

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE...

(Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Luís - MA Prova: CESPE -
2017 - Prefeitura de São Luís - MA - Professor Nível Superior/PNS-A - Língua Portuguesa)

... Na terceira estrofe do texto 10A1BBB, os vocábulos “cá” e “lá” são elementos:
R: dêiticos.

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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

DICA 26

Função

• Função é uma relação entre elementos de dois conjuntos, que liga cada elemento (sem
exceção) de um conjunto a um ÚNICO elemento do outro conjunto.

• Domínio da função (D): é o conjunto onde a função é definida, ou seja, contém todos os
elementos que serão ligados a elementos de outros conjuntos.

• Contradomínio da função (CD): é o conjunto onde se encontram todos os elementos


que poderão ser ligados (ou não) aos elementos do Domínio.

• Imagem da função (I): é formado apenas pelos valores do Contradomínio efetivamente


ligados a algum elemento do Domínio.

• Função Injetora: se cada elemento do conjunto Imagem estiver ligado a um único


elemento do Domínio

• Função Sobrejetora: se não sobrarem elementos do Contradomínio que não fazem parte
do conjunto Imagem, temos uma função sobrejetora. Isto é, Contradomínio = Imagem.

• Função Bijetora: se a função for injetora e sobrejetora ao mesmo tempo, a função é dita
bijetora.

• As funções bijetoras são as únicas que sempre permitem inverter, ou seja, só elas têm
uma “função inversa”

DICA 27

Além do ângulo reto (90o), os ângulos podem ser classificados em:

- Ângulos agudos: são aqueles ângulos inferiores à 90o. Ex.: 30o, 45o, 60o.

- Ângulos obtusos: são aqueles ângulos superiores à 90o. Ex.: 100o, 120o, 140o.
* os ângulos de 0 e 180o são denominados de ângulos rasos.

DICA 28

- Ângulos congruentes: 2 ângulos são congruentes se possuem a mesma medida

- Ângulos complementares: 2 ângulos são complementares se a sua soma é 90o

- Ângulos suplementares: 2 ângulos são suplementares se a sua soma é 180o

DICA 29

Um polígono qualquer possui os seguintes elementos:

- lados: são os segmentos de reta que formam o polígono.

- vértices: são os pontos de junção de dois segmentos de reta consecutivos.

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- diagonais: são os segmentos de reta que unem dois vértices não consecutivos, isto é, não
devemos considerar que os lados do polígono são também diagonais.

DICA 30

Retângulo

Chamamos de paralelogramo qualquer quadrilátero (polígono de 4 lados) que possua os


lados opostos paralelos.

O retângulo é um paralelogramo especial, onde, além dos lados opostos


serem paralelos, todos os ângulos internos são iguais a 90º, isto é, são ângulos
retos. Chamamos o lado maior de base, e o lado menor de altura.

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INFORMÁTICA

DICA 31

DIAL UP é o nome oficial de uma das principais modalidades de conexão com a Internet.

- Também conhecida como conexão discada, essa modalidade de conexão já não é tão
utilizada quanto foi na década de 90, mas ainda assim, é muito utilizada.

- Baixa velocidade e alto custo são duas de suas características. Usa a linha
telefônica e a mantém ocupada enquanto a conexão estiver ativa. O modem
utilizado nessa conexão é o fax/modem.

DICA 32

ADSL é uma modalidade de conexão com a Internet.

- Embora use uma linha telefônica para envio e recebimento de dados, não mantem
essa linha ocupada durante a conexão.

- Trata-se de uma CONEXÃO ASSIMÉTRICA, ou seja, apresenta diferentes velocidades


para download e upload.

DICA 33

A conexão via Rádio recebe esse nome devido ao seu modo de transmissão.

- A transmissão por rádio é feita através de estações emissoras, receptoras e


retransmissoras, sendo que elas devem estar em linha da colimação (visada direta).

IMPORTANTE!!! Essa conexão torna-se instável na ocorrência de variações climáticas.

DICA 34

Hoje em dia é comum encontrar redes Wi-Fi em aviões, shoppings, ônibus, pontos turísticos,
hotéis, etc. Os locais que disponibilizam redes desse tipo são denominados HOTSPOTS.

DICA 35

O domínio é um endereço simbólico que foi criado para facilitar a localização dos recursos
na Web.

- Os recursos encontram-se hospedados em servidores e esses, são identificados por um


endereço IP. Para acessar um site por exemplo, seria necessário digitar o endereço IP do
servidor onde ele se encontra hospedado (armazenado). O problema maior seria memorizar
o endereço IP de cada servidor hospedeiro (host). Para facilitar e agilizar o acesso aos
recursos, foi criado o domínio, que, na verdade, é um endereço amigável e que está
associado ao endereço IP do servidor hospedeiro.

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DICA 36

Uma Rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações,
conectadas por um ou vários tipos de relações, que compartilham valores e objetivos comuns.

A intensificação da formação das redes sociais reflete um processo de fortalecimento da


Sociedade Civil, em um contexto de maior participação democrática e mobilização social,
portanto, pode ser utilizada pelos órgãos governamentais como um verdadeiro instrumento
democrático.
DICA 37

Sistemas Operacionais (ou SO) são softwares de sistema complexos que fornecem
uma interface entre o hardware e o usuário final. Eles são responsáveis pela ligação
entre as requisições do usuário e o envio de dados ao hardware.

DICA 38

O núcleo do sistema operacional, e sua parte mais importante, é o Kernel ou core. É o kernel
que faz a interface entre os programas (softwares) utilizados pelo usuário e o
hardware. O Kernel tem como principais funções gerenciar o processador, a memória, o
sistema de arquivos e os dispositivos de entrada e saída.

DICA 39

O Windows, desde a versão Windows 98, é um Sistema Operacional multitarefas e


multiusuário.

▪ Multitarefa: pode executar mais de uma tarefa por vez, ficando os vários processos
carregados em memória, sendo gerenciados pelo sistema operacional.

▪ Multiusuário: pode ser utilizado por vários usuários de modo compartilhado.

DICA 40

Windows 7 Enterprise: edição voltada para as empresas de médio e grande porte e,


portanto, normalmente não é encontrada nas prateleiras de lojas, pois sua aquisição requer
a assinatura de um contrato. Além da questão da contratação, a Enterprise se diferencia das
outras por possuir um forte sistema de segurança e por trazer ferramentas de
criptografia para assegurar o sigilo de informações importantes.

DICA 41

O Windows 7 possui seis versões, cada uma diferente da outra, indicada para um tipo de
usuário, uso doméstico ou para empresas. São elas:
Starter, Home Basic, Home Premium, Professional, Enterprise e Ultimate.

DICA 42

Um atalho é um link que pode ser criado para um item (como um arquivo, uma pasta
ou um programa) no computador. Os atalhos são criados justamente para que não seja
necessário percorrer o caminho até o local de armazenamento do aplicativo ou arquivo.

DICA 43

No Windows 7 Starter Edition não é possível alterar o papel de parede

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DICA 44

Os Gadgets são miniprogramas que tem como função auxiliar o usuário em pequenas
tarefas do dia-a-dia, como ler notícias ou se informar da utilização dos componentes do
computador. Eles ficam na área de trabalho do Windows, numa barra lateral ou
espalhados pela tela. Eles podem ser jogos, atalhos para redes sociais, noticiários ou
utilidades como calendário, temperatura, relógio, medidor de cpu e muito mais.

DICA 45

No Windows 7, a barra de tarefas fica, por padrão, na parte inferior da tela e


normalmente visível, mas é possível movê-la para os lados ou para a parte superior da área
de trabalho, desde que ela esteja desbloqueada.

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FÍSICA

DICA 46

A Equação da VELOCIDADE MÉDIA no M.R.U.V. é:

𝑽 𝟎 + 𝑽𝒇
𝑽𝒎é𝒅𝒊𝒂 =
𝟐
A Equação Horária da VELOCIDADE no M.R.U.V. é:

𝒗 = 𝒗𝟎 + 𝒂 × 𝒕

A Equação Horária da POSIÇÃO no M.R.U.V. é:

𝒕𝟐
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝟎 × 𝒕 + 𝒂 ×
𝟐

DICA 47

A Equação de TORRICELLI é usada para resolver problemas que não oferecem informações
sobre o tempo:

𝑽𝟐 = 𝑽𝟐𝟎 + 𝟐𝒂 × ∆𝑺

DICA 48

A Equação da Trajetória de um LANÇAMENTO OBLÍQUO:

𝒈𝒙𝟐
𝒚 = 𝒚𝟎 + 𝒕𝒂𝒏(𝜽) × 𝒙 −
𝟐𝒗𝟎 𝟐 𝒄𝒐𝒔𝟐 (𝜽)

A Equação do Alcance de um LANÇAMENTO OBLÍQUO:

(𝟐𝒗𝟐𝟎 × 𝒔𝒆𝒏(𝜽) × 𝒄𝒐𝒔(𝜽))


𝑨 =
𝒈

DICA 49

FÓRMULAS DO MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (M.C.U.)

Fórmula do DESLOCAMENTO ANGULAR (∆𝝋):

∆𝑺
∆𝝋 =
𝑹

Fórmula da VELOCIDADE ANGULAR (𝝎):

∆𝝋 𝟐𝝅
𝝎= = = 𝟐𝝅𝒇
∆𝒕 𝑻

20
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Fórmula da VELOCIDADE LINEAR (v):

∆𝝋 × 𝑹 𝟐𝝅𝑹
𝒗 = 𝝎𝑹 = = = 𝟐𝝅𝑹𝒇
∆𝒕 𝑻
Fórmula da ACELERAÇÃO CENTRÍPETA (𝑎𝑐𝑡𝑝 ):

𝒗𝟐
𝒂𝒄𝒕𝒑 =
𝑹
DICA 50

O PERÍODO e a FREQUÊNCIA são INVERSAMENTE PROPORCIONAIS:

A unidade de medida do PERÍODO (𝑇) é o segundo (𝑠) e a sua fórmula é:

𝟏
𝑻 =
𝒇

A FREQUÊNCIA (𝑓) é medida em Hertz (𝐻𝑧), 1𝐻𝑧 = (1𝑠 −1 ), e a sua fórmula é:

𝟏
𝒇=
𝑻

21
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ÉTICA E CIDADANIA

DICA 51

O SERVIDOR DEVE PRESTAR TODA A SUA ATENÇÃO ÀS ORDENS LEGAIS DE SEUS


SUPERIORES, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, EVITANDO A
CONDUTA NEGLIGENTE. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se,
às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da
função pública.

DICA 52

Toda AUSÊNCIA INJUSTIFICADA DO SERVIDOR DE SEU LOCAL DE TRABALHO é fator


de desmoralização do serviço público, o que quase sempre CONDUZ À DESORDEM NAS
RELAÇÕES HUMANAS.
A FALTA SEM JUSTIFICATIVA:

- Fator de DESMORALIZAÇÃO do serviço público

- Conduz à DESORDEM das relações humanas

DICA 53

O SERVIDOR

DEVE:

- PAGAR a “dívida” com a sociedade, que o remunera

- OBEDECER às ordens de seus superiores

- SER ZELOSO dentro e fora do trabalho

- VISAR o bem comum

- TRABALHAR em harmonia com o órgão

- SER CORTÊS

- Considerar o TRABALHO seu MAIOR PATRIMÔNIO

NÃO DEVE:

- DESPREZAR o ELEMENTO ÉTICO

- OMITIR ou FALSEAR A VERDADE

- DEIXAR qualquer PESSOA ESPERANDO por seu ATENDIMENTO

- CAUSAR FILAS

- SE AUSENTAR INJUSTIFICADAMENTE DO LOCAL DE TRABALHO

22
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DICA 54

A PENA APLICÁVEL ao servidor público PELA COMISSÃO DE ÉTICA É A DE CENSURA


e sua fundamentação constará do respectivo parecer, ASSINADO POR TODOS os seus
INTEGRANTES, COM CIÊNCIA DO FALTOSO.

DICA 55

PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE

Observa-se sobre 2 PRISMAS:

- FINALIDADE de TODA ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA. Todo ato praticado pela


administração deve visar o interesse da coletividade, caso contrário será nulo por
desvio de finalidade. Portanto, nessa acepção da impessoalidade, O INTERESSE
PÚBLICO DEVE SER BUSCADO da forma estabelecida em lei, INDEPENDENTEMENTE DE
QUEM EXERCE A FUNÇÃO PÚBLICA.

- VEDAÇÃO A PROMOÇÃO PESSOAL DO AGENTE PÚBLICO. Tem a intenção de PROIBIR


a tentativa de VINCULAÇÃO DE ATIVIDADE desempenhada pela Administração Pública À
PESSOA DOS ADMINISTRADORES E GESTORES PÚBLICOS, evitando a utilização de
propaganda oficial em favor próprio.

23
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GEOPOLÍTICA

DICA 56

ATENÇÃO!

A DIFICULDADE DE FISCALIZAÇÃO E DEFESA, devido à grande expansão territorial e a


grande biodiversidade foram os motivos que levaram o Brasil a criar a POLÍTICA DE
DEFESA NACIONAL (PND).

A PND está voltada, prioritariamente, contra AMEAÇAS EXTERNAS e é o documento


condicionante de mais alto nível do planejamento de defesa.

DICA 57

ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA

Os limites atuais da ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA foram definidos na Convenção das


Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), em vigor desde 1994.

Porém, o Brasil pleiteia a extensão da plataforma continental na ONU desde 2004.

DICA 58

IMPORTANTE!

O BRASIL POSSUI:

- MAR TERRITORIAL: Soberania absoluta – 12 milhas (22 Km) da orla.

- ZONA CONTÍGUA: Controle administrativo – até 24 milhas (44 Km) da orla.

- ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA: Direitos econômicos exclusivos e


responsabilidade sobre a gestão ambiental – até 200 milhas (370 Km) do mar
territorial.

- PLATAFORMA CONTINENTAL: Compreende o solo e o subsolo das áreas submarinas,


além do mar territorial, podendo estender-se além das 200 milhas até o limite exterior da
margem continental.

DICA 59

SEMPRE É BOM RELEMBRAR...

A DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO BRASIL compreende 27 Unidades


Federativas, sendo: 26 Estados e o Distrito Federal.

DICA 60

O BRASIL É UM ESTADO FEDERAL, em que União, Estados, Distrito Federal e


Municípios são IGUALMENTE AUTÔNOMOS e ocupam, juridicamente, o MESMO PLANO
HIERÁRQUICO, devendo receber tratamento jurídico-formal isonômico.

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LÍNGUA INGLESA

DICA 61

NUMEROS CARDINAIS e ORDINAIS

1 – 1º one, first (1st)


2 – 2º two, second (2nd)
3 – 3º three, third (3rd)
4 – 4º four, fourth (4th)
5 – 5º five, fifth (5th)
6 – 6º six, sixth (6th)
7 – 7º seven, seventh (7th)
8 – 8º eight, eighth (8th)
9 – 9º nine, ninth (9th)
10 – 10º ten, tenth (10th)
11 – 11º
eleven, eleventh (11th)
12 – 12º
twelve, twelfth (12th)
thirteen, thirteenth
13 – 13º
(13th)
fourteen, fourteenth
14 – 14º
(14th)
15 – 15º fifteen, fifteenth (15th)
sixteen, sixteenth
16 – 16º
(16th)
seventeen, seventeenth
17 – 17º
(17th)
eighteen, eighteenth
18 – 18º
(18th)
nineteen, nineteenth
19 – 19º
(19th)
twenty, twentieth
20 – 20º
(20th)
21 – 21º twenty-first (21st)
22 – 22º twenty-second (22nd)
23 – 23º twenty-third (23rd)
30 – 30º thirty, thirtieth (30th)
40 – 40º forty, fortieth (40th)
50 – 50º fifty, fiftieth (50th)
60 – 60º sixty, sixtieth (60th)
seventy, seventieth
70 – 70º
(70th)
80 – 80º eighty, eightieth (80th)
90 – 90º ninety, ninetieth (90th)
[a/one] hundred,
100 – 100º
hundredth (100th)
[a/one] hundred [and]
101 – 101º one, hundredth [and]
first (101th)
[a/one] thousand,
1000 – 1000º
thousandth (1,000th)
1,000,000 – [a/one] million,
1,000,000º millionth (1,000,000th)

25
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DICA 62

CONJUNÇÕES DE CONTRASTE

CONJUNÇÃO DE CONTRASTE TRADUÇÃO

although embora

but mas

despite apesar disso/de

however entretanto

in contrast [to/with] ao contrário de

in spite of apesar disso/de…

instead of ao invés de/em vez de

nevertheless apesar disso/de…

por um lado); on the other


on the one hand hand (por outro lado

rather than ao invés de/em vez de


still apesar disso/de…
though embora

unlike ao contrário de

whereas enquanto que/ao passo que

while enquanto que/ao passo que

yet apesar disso/de…

DICA 63

CONJUNÇÕES DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA

CONJUNÇÃO DE CAUSA E TRADUÇÃO


CONSEQUÊNCIA
as a result of como resultado de

because porque

because of por causa de

consequentemente, por
consequently tanto, por conseguinte
since visto que/uma vez que
so por isso/assim
so that a fim de que

therefore portanto

26
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thus portanto

DICA 64

CONJUNÇÕES DE TEMPO, SEQUÊNCIA CRONOLÓGICA

CONJUNÇÕES DE TEMPO, TRADUÇÃO


SEQUÊNCIA CRONOLÓGICA

after depois, em seguida

afterwards em seguida

before antes

currently atualmente

finally finalmente

first/ly primeiro, primeiramente

formerly anteriormente

next em seguida

nowadays hoje em dia, atualmente

prior to antes de

second/ly segundo, em segundo lugar

then em seguida, então

third/ly terceiro, em terceiro lugar

when quando

while enquanto

DICA 65

CONJUNÇÕES DE EXEMPLIFICAÇÃO

CONJUNÇÕES DE TRADUÇÃO
EXEMPLIFICAÇÃO

exempli gratia,
e.g.
por exemplo
for example por exemplo

for instance por exemplo

i.e. id est, isto é

like como

such as tal/tais como

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LÍNGUA ESPANHOLA

DICA 66

CASOS PARTICULARES DE ARTIGOS

- Emprega-se el no lugar de la diante de um substantivo iniciado por a ou por ha.

Exemplos:

El agua (a água) / el hacienda (a fazenda)

DICA 67

CASOS PARTICULARES DE ARTIGOS

- Diante de um substantivo feminino iniciado por a ou ha tônico, o a final do artigo una não
é pronunciado e, na linguagem escrita, pode ser conservado ou omitido.

Exemplos:

Una alma ou un alma (uma alma)

- Não se usa artigo antes de adjetivos possessivos. Em português, para esse caso o uso

do artigo é facultativo.

Exemplos:

Mi familia es enorme. (Minha família é enorme).

Me entregaron su diario. (Entregaram-me seu jornal).

DICA 68

PARTES DO CORPO HUMANO

antebraço antebrazo
axila axila
barriga barriga
boca boca
bochecha mejilla
braço brazo
cabeça cabeza
cabelo cabello / pelo
cílios pestañas
cintura cintura
coluna columna
coração corazón
costelas costillas
cotovelo codo
coxa muslo
dedão do pé dedo gordo del pie
dedo anular dedo anular
dedo indicador dedo índice

28
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dedo médio dedo medio


dedo mínimo dedo meñique
dedo polegar dedo pulgar
dentes dientes
garganta garganta
joelho rodilla
lábios labios
língua lengua
mão mano
nádegas nalgas
nariz nariz
olhos ojos
orelha oreja
ouvido oído
ossos huesos
pé pie
peito pecho
pele piel
perna pierna
pescoço cuello
pulmão pulmón
pulso muñeca
queixo mentón / barbilla
seios senos
sobrancelha ceja
testa frente
tornozelo tobillo
umbigo ombligo
unha uña

DICA 69

SUBSTANTIVOS HETEROGENÉRICOS

Ao tratarmos de conceitos e de seres inanimados, o gênero passa a ser determinado de


forma arbitrária (gênero gramatical).

Devido à origem comum do vocabulário, o gênero dos substantivos espanhóis costuma ser o
mesmo que em português, mas isso não ocorre sempre.

Nestes casos, chamamos estes substantivos de heterogenéricos, pois possuem um


gênero em espanhol e outro em português.

DICA 70

SUBSTANTIVOS HETEROGENÉRICOS

ESPANHOL PORTUGUÊS
la baraja o baralho
la costumbre o costume
la cumbre o cume
la sonrisa o sorriso

29
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la risa o riso
la nariz o nariz
la sal o sal
la leche o leite
la sangre o sangue
la labor o trabalho
la percha o cabide
la alarma o alarme
la coz o coice
la crema o creme
la paradoja o paradoxo
la legumbre o legume
la miel o mel
la pesadilla o pesadelo
la protesta o protesto
la señal o sinal
las gafas os óculos

30
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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

DICA 71
O conceito de trânsito está atrelado a três perguntas:

O quê?
•Utilização das vias

Por quem?
•pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não

Para quê?
•circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga

DICA 72
PARADA é a imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente
necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros.

ESTACIONAMENTO é a imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para


embarque ou desembarque de passageiros.

Repare que os dois conceitos são tipos de imobilização do veículo, e estão atrelados ao
tempo necessário para embarque e desembarque de passageiros:
• Operações de carga e descarga, que incluem tanto objetos quanto animais, é
considerada estacionamento;
• Não há nenhuma disposição no CTB que permita inferir que o tempo de parada
inclui o tempo de retirada das bagagens pessoais dos passageiros. Qualquer atividade
neste sentido será considerada como estacionamento – entendimentos diversos são
fruto de interpretação da doutrina, as quais, por mais ponderadas que sejam, não
constituem objeto de prova.
• Há momentos em que o próprio CTB utiliza o termo “parar” de forma inapropriada,
para se referir simplesmente à ação de imobilizar o veículo:
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de
transporte coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque
de passageiros, deverá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção
redobrada ou parar o veículo com vistas à segurança dos pedestres.
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direita, para aguardar
a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à esquerda, onde não houver local
apropriado para operação de retorno:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea:
Infração - gravíssima;

31
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Penalidade - multa.

Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva marcha for
interceptada:
I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas, desfiles e
outros:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
II - por agrupamento de veículos, como cortejos, formações militares e
outros:
Infração - grave;
Penalidade - multa.

DICA 73
Responsabilidade civil dos órgãos de trânsito:

Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito


respondem, no âmbito das respectivas competências,

objetivamente

por danos causados aos cidadãos em virtude de

ação omissão erro

na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que


garantam o exercício do direito do trânsito seguro.

Ou seja, para que haja o direito à indenização pelos órgãos de trânsito, não é
necessário demonstrar a existência de dolo ou culpa por parte da Administração,
mesmo quando se tratar de omissão administrativa.

32
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DICA 74
Conceitos notáveis:

AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou policial militar,


credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das atividades de fiscalização,
operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento.

AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou entidade executivo


integrante do Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada.

FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na


legislação de trânsito, por meio do poder de polícia administrativa de trânsito, no
âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as
competências definidas neste Código.

INFRAÇÃO DE TRÂNSITO - inobservância de qualquer preceito o CTB ou da legislação


complementar, e o infrator sujeita-se às penalidades e às medidas administrativas
indicadas em cada artigo do CTB.

NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o nascer do sol.

PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária Federal com o objetivo de


garantir obediência às normas de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando
acidentes.

POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida pelas Polícias Militares


com o objetivo de prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança pública e de garantir
obediência às normas relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre circulação e
evitando acidentes.

SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se utilizam de placas,


marcas viárias, equipamentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos,
destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres.

SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados


na via pública com o objetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor
fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam.

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DICA 75
O Presidente da República designará o ministério ou órgão da Presidência responsável pela
coordenação máxima do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o
CONTRAN e subordinado o órgão máximo executivo de trânsito da União -
DENATRAN.

Atualmente, o coordenador máximo do SNT é o Ministério da Infraestrutura.

O CONTRAN NÃO É o coordenador máximo!

Poderão ser convidados a participar de reuniões do Contran, sem direito a voto,


representantes de órgãos e entidades setoriais responsáveis ou impactados pelas propostas
ou matérias em exame

DICA 76

UNIÃO - SNT no âmbito federal

CONTRAN DENATRAN DNIT PRF

órgão de
órgão máximo órgão segurança
órgão máximo
normativo e executivo pública nas
executivo do
consultivo do rodoviário de rodovias e
SNT
SNT trânsito estradas
federais

Câmaras Possui Possui


Não tem JARI autoridade de autoridade de
Temáticas
trânsito - trânsito -
autuação e autuação e
aplicação de aplicação de
penalidades e penalidades e
medidas adm. medidas adm.

Tem JARI - Tem JARI -


recursos de 1º e recursos de 1ª e
2º instância 2 instância

34
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DICA 77

SNT no âmbito dos ESTADOS e Distrito Federal

Departamentos
CETRAN ou Estaduais de
DETRAN PM
CONTRANDIFE Estradas
(DAER/DER)

Órgão
Polícias
normativo Órgão executivo Órgão executivo
militares dos
coordenador e de trânsito rodoviário
estados
consultivo

julga recursos Possui Possui atuam apenas


de penalidades autoridade de autoridade de mediante
em 2ª instância trânsito - trânsito - convênio
autuação e autuação e
aplicação de aplicação de
penalidades e penalidades e
medidas adm medidas adm Não possuem
autoridade de
trânsito, não
aplicam
Tem JARI - Tem JARI - penalidades,
recursos de 1º e recursos de 1º e apenas medidas
2º instância 2º instância adm.

Não tem JARI

DICA 78

SNT no âmbito dos MUNICÍPIOS

Órgãos Órgãos
executivos executivos
de trânsito rodoviários

Possui autoridade de Possui autoridade de


trânsito - autuação e aplicação trânsito - autuação e aplicação
de penalidades e medidas adm de penalidades e medidas adm

Tem JARI - recursos de 1º e 2º Tem JARI - recursos de 1º e 2º


instância instância

35
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DICA 79
O CONTRAN possui as seguintes competências consultivas e decisórias:

• Responder às consultas que lhe forem formuladas, relativas à aplicação da legislação


de trânsito;

• Avocar, para análise e soluções, processos sobre conflitos de competência ou


circunscrição, ou, quando necessário, unificar as decisões administrativas;

• Dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no âmbito da União,


dos Estados e do Distrito Federal.

o Contra estas decisões, cabe recurso, o qual será instruído pelo DENATRAN.

Dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no âmbito dos


Municípios é atribuição dos CETRAN/CONTRANDIFE, e não do CONTRAN.

DICA 80

Câmaras Temáticas

Composta por
Objetivo: estudar Coordenação
especialistas indicados
e oferecer exercida por
segundo regimento
Órgãos sugestões e representantes
específico do CONTRAN
técnicos embasamento do DENATRAN
e designados pelo
vinculados técnico sobre ou dos
ministro ou dirigente
ao CONTRAN assuntos específicos Ministérios
coordenador máximo
para decisões do representados
do Sistema Nacional
CONTRAN no Contran
de Trânsito

pessoas jurídicas
representantes dos
pertencentes ao Sistema
diversos segmentos da
Nacional de Trânsito
sociedade relacionados
com o trânsito

Em igual conforme
número requisitos do
CONTRAN

representantes
de órgãos e
entidades
executivos da
União, dos
Estados, ou do
Distrito Federal e
dos Municípios

36
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DICA 81
Compete ao DENATRAN a organização e manutenção de todos os sistemas de registro:

✓ Registro Nacional de Carteiras de Habilitação - RENACH;

✓ Registro Nacional de Veículos Automotores - RENAVAM;

✓ Registro Nacional de Estatística do Trânsito – RENAES;

✓ Registro Nacional de Infrações de Trânsito - RENAINF

✓ Registro Nacional Positivo de Condutores - RNPC

DICA 82
O Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC) tem a finalidade de cadastrar os
condutores que não cometeram infração de trânsito sujeita à pontuação prevista no
art. 259 do CTB, nos últimos 12 (doze) meses, conforme regulamentação do Contran.

✓ O RNPC deverá ser atualizado mensalmente.

✓ A abertura de cadastro requer autorização prévia e expressa do


potencial cadastrado.

✓ Após a abertura do cadastro, a anotação de informação no RNPC


independe de autorização e de comunicação ao cadastrado.

✓ A exclusão do RNPC dar-se-á:

o I - por solicitação do cadastrado;

o II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação por infração;

o III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso;

o IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastrado estiver


cassada ou com validade vencida há mais de 30 (trinta) dias;

o V - quando o cadastrado estiver cumprindo pena privativa de


liberdade.

✓ A consulta ao RNPC é garantida a todos os cidadãos, nos termos da


regulamentação do Contran.

✓ A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão utilizar o


RNPC para conceder benefícios fiscais ou tarifários aos condutores
cadastrados, na forma da legislação específica de cada ente da Federação.

DICA 83
Ao condutor identificado como responsável por uma infração será atribuída pontuação pelas
infrações de sua responsabilidade, exceto (1ª hipótese):

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Em viagens de longa distância

Infrações praticadas
por passageiros de Trânsitando em
rodovia intermunicipal
TRANSPORTE
RODOVIÁRIO
Com utilização de
ônibus em linhas interesadual
regulares

NÃO
COMPUTAM Fretamento internacional
PONTOS na Infrações
CNH do praticadas por
condutor passageiros de
Turismo
VIAGENS DE
LONGA
DISTÂNCIA por: Qualquer
modalidade

EXCETO infração de uso do cinto de segurança, regulamentada pelo


CONTRAN

DICA 84
Ao condutor identificado como responsável por uma infração será atribuída pontuação pelas
infrações de sua responsabilidade, exceto (2ª hipótese):

As infrações previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do art. 230 e nos arts. 232, 233, 240
e 241 do CTB, sem prejuízo da aplicação das penalidades e medidas administrativas
cabíveis:

Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em desacordo com


as especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização e apreensão
das placas irregulares.

Art. 230. Conduzir o veículo:


VII - com a cor ou característica alterada;
XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais inscrições
previstas neste Código;
Infração - média;
Penalidade - multa.

Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório


referidos neste Código:

38
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Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação do
documento.

Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias,


junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art.
123:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.

Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do registro de veículo


irrecuperável ou definitivamente desmontado:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de Registro e do
Certificado de Licenciamento Anual.

Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de


habilitação do condutor:
Infração - leve;
Penalidade - multa.
DICA 85
As infrações puníveis de forma específica com suspensão do direito de dirigir (infrações
autossuspensivas) também não computam pontos na CNH do condutor responsabilizado
(3ª hipótese de exceção ao cômputo da pontuação).

DICA 86
São atribuições das Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – JARI:
✓ Julgar os recursos interpostos pelos infratores;
o A JARI é o órgão que sempre julga os recursos em 1ª instância de
todos os órgãos de trânsito;

o A competência para julgamento de recursos de 2ª instância contra


penalidades aplicadas por órgãos federais (PRF e DNIT) é de colegiado
especial da JARI;

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▪ Esse colegiado especial é composto pelo Coordenador-Geral da


Jari, pelo Presidente da Junta que apreciou o recurso e por mais
um Presidente de Junta

o A competência para julgamento de recursos de 2ª instância contra


penalidades aplicadas por órgãos estaduais, municipais ou do DF é
dos CETRAN ou CONTRANDIFE.

✓ Solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários


informações complementares relativas aos recursos, objetivando uma melhor
análise da situação recorrida;
✓ Encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos
rodoviários informações sobre problemas observados nas autuações e
apontados em recursos, e que se repitam sistematicamente.

DICA 87
A aplicação da penalidade de CASSAÇÃO do documento de habilitação é de competência
exclusiva dos Órgãos Executivos de Trânsito dos Estados Ou Distrito Federal – DETRANs.

DICA 88
A aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir - SDD sofreu modificações pela
Lei nº 14.071/2020, passando a ser distribuída da seguinte forma:

A competência será do órgão responsável


pela aplicação da penalidade de multa
SDD por infrações
autossuspensivas
O processo da SDD será instaurado
concomitantemente ao processo de
aplicação da penalidade de multa

SDD por acúmulo de


Competência EXCLUSIVA dos DETRANs
pontos

A imposição da penalidade de suspensão do direito de dirigir elimina os pontos computados


para fins de contagem subsequente.

DICA 89
A penalidade de suspensão do direito de dirigir por acúmulo de pontos será imposta
sempre que o infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de
pontos:

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caso constem 2 ou mais infrações gravíssimas na


20 pontos
pontuação

30 pontos caso conste 1 infração gravíssima na pontuação

caso não conste nenhuma infração gravíssima na


pontuação

40 pontos
caso se trate de condutor que exerce atividade
remunerada ao veículo, independentemente da
natureza das infrações cometidas e da ctegoria de
habilitação

DICA 90
Ao condutor que exerce atividade remunerada ao veículo é facultado participar de
curso preventivo de reciclagem sempre que, no período de 12 meses, atingir 30 pontos
no seu prontuário.

✓ Concluído o curso de reciclagem, o condutor terá eliminados os pontos que


lhe tiverem sido atribuídos, para fins de contagem subsequente.

✓ O motorista que optar pelo curso não poderá fazer nova opção no período
de 12 meses.

✓ A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de serviço público tem o


direito de ser informada dos pontos atribuídos aos motoristas que
integrem seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao
volante, na forma que dispuser o Contran.

DICA 91
No caso de suspensão do direito de dirigir imposta em razão do cometimento de infração
autossuspensiva, o prazo da penalidade será de:

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Exceto para as infrações com prazo descrito no


2 a 8 meses dispositivo infracional (165, 165-A, 165-B e 253-
A)

Respeitadas as
hipóteses de
cassação, caso em
No caso de
8 a 18 que a competência
reincidência no
meses para aplicação da
período de 12 meses
penalidade passa a
ser exclusiva do
DETRAN

DICA 92
A cassação do documento de habilitação ocorre:
✓ quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo
o Art. 162, II. Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação,
Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada
ou com suspensão do direito de dirigir

✓ no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infrações previstas


no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175:
o Art. 162, III - Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação ou
Permissão para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja
conduzindo;
o Art. 163 - Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições
previstas no artigo anterior;
o Art. 164 - Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do
art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via;
o Art. 165 - Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência;
o Art. 173 - Disputar corrida;
o Art. 174 - Promover, na via, competição, eventos organizados, exibição
e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles participar,
como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com
circunscrição sobre a via;
o Art. 175 - Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra
perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com
deslizamento ou arrastamento de pneus.

DICA 93
O CTB também prevê a cassação do direito de dirigir quando o infrator é
“condenado judicialmente por delito de trânsito”

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Ocorre que esta é uma disposição contraditória presente no CTB, pois ao condenado por
crime de trânsito se impõe, em regra, pena de suspensão ou a proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Assim, neste caso, sugerimos que você memorize a letra fria da lei a respeito dos impactos
na CNH daquele que comete crime de trânsito, apesar de algumas disposições serem
contraditórias:

• Art. 263, III: A cassação do documento de habilitação dar-se-á quando


condenado judicialmente por delito de trânsito, observado o disposto no art.
160. (esfera administrativa)

• Art. 160: O condutor condenado por delito de trânsito deverá ser submetido a
novos exames para que possa voltar a dirigir, de acordo com as normas
estabelecidas pelo CONTRAN, independentemente do reconhecimento da
prescrição, em face da pena concretizada na sentença. (esfera administrativa)

• Art. 268, IV: O infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma


estabelecida pelo CONTRAN, quando condenado judicialmente por delito de
trânsito. (esfera administrativa)

• Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação


para dirigir veículo automotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente
com outras penalidades. (esfera criminal)

DICA 94
Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de Habilitação, o infrator
poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à
habilitação, na forma estabelecida pelo CONTRAN.

Ou seja, conforme o CTB, para que o condutor reative a sua CNH após a sua cassação é
necessário o cumprimento do prazo (2 anos) e a realização dos exames necessários
à sua habilitação:
✓ O candidato à habilitação deverá submeter-se a exames realizados pelo órgão
executivo de trânsito, na seguinte ordem (art. 147):
o de aptidão física e mental;
▪ O exame de aptidão física e mental incluirá avaliação
psicológica preliminar e complementar sempre que a ele se
submeter o condutor que exerce atividade remunerada ao veículo,
incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos apenas no
exame referente à primeira habilitação.
o escrito, sobre legislação de trânsito;
o de noções de primeiros socorros, conforme regulamentação do
CONTRAN;
o de direção veicular, realizado na via pública, em veículo da categoria
para a qual estiver habilitando-se.
Já para que o condutor reative a sua CNH após uma suspensão, é necessário o
cumprimento do prazo (conforme a SDD imposta) e a realização do curso de
reciclagem, não havendo necessidade de realizar os exames.

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DICA 95
O infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma estabelecida pelo CONTRAN:

✓ quando suspenso do direito de dirigir;

✓ quando se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído,


independentemente de processo judicial;

✓ quando condenado judicialmente por delito de trânsito;

✓ a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está colocando em


risco a segurança do trânsito;

DICA 96
O art. 20 do CTB elenca 12 competências da PRF – você precisa saber todas:
I - Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no
âmbito de suas atribuições;
II - Realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações
relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de preservar a
ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros;
III - executar a fiscalização de trânsito, aplicar as penalidades de
advertência por escrito e multa e as medidas administrativas cabíveis,
com a notificação dos infratores e a arrecadação das multas aplicadas
e dos valores provenientes de estadia e remoção de veículos,
objetos e animais e de escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas; (L14071)
IV - Efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos
serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas;
V - Credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de
segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e
transporte de carga indivisível;
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar
ao órgão rodoviário a adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo
cumprimento das normas legais relativas ao direito de vizinhança,
promovendo a interdição de construções e instalações não
autorizadas;
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de
trânsito e suas causas, adotando ou indicando medidas operacionais
preventivas e encaminhando-os ao órgão rodoviário federal;
VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Segurança e
Educação de Trânsito;
IX - Promover e participar de projetos e programas de educação e
segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;

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X - Integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de


Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na
área de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento, à
simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários
de condutores de uma para outra unidade da Federação;
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos
veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no
art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às ações específicas dos
órgãos ambientais.
XII - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir, quando
prevista de forma específica para a infração cometida, e comunicar
a aplicação da penalidade ao órgão máximo executivo de trânsito
da União. (L14071)
DICA 97
A L14071 permitiu que os agentes das polícias da Câmara e do Senado pudessem
lavrar autos de infração de trânsito, remetendo-os ao órgão competente, desde que
sejam observadas as disposições a seguir:

Deve ser celebrado convênio com o órgão ou entidade de trânsito com


circunscrição sobre a via;

LOCAL - A infração deve ter sido cometida:

✓nas adjacências do Congresso Nacional ou


✓ nos locais sob sua responsabilidade;

OBJETO - A infração deve:

✓ comprometer objetivamente os serviços ou


✓ colocar em risco:
✓ a incolumidade das pessoas ou
✓ o patrimônio das respectivas Casas Legislativas;
Os agentes devem ter recebido treinamento específico para o exercício
dessas atividades

DICA 98
Ao DENATRAN (órgão máximo executivo de trânsito da União) estão atribuídas uma série
de competências que envolvem questões internacionais:

➢ expedir a permissão internacional para conduzir veículo e o certificado


de passagem nas alfândegas mediante delegação aos órgãos executivos dos
Estados e do Distrito Federal ou a entidade habilitada para esse fim pelo poder
público federal;

➢ promover a realização periódica de reuniões regionais e congressos nacionais


de trânsito, bem como propor a representação do Brasil em congressos
ou reuniões internacionais;

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➢ propor acordos de cooperação com organismos internacionais, com


vistas ao aperfeiçoamento das ações inerentes à segurança e educação de
trânsito;

➢ opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito interestadual e


internacional;

A normatização destas questões, entretanto, advém do CONTRAN, e não do DENATRAN.

DICA 99
A circulação de veículo no território nacional, independentemente de sua origem, em
trânsito entre o Brasil e os países com os quais exista acordo ou tratado
internacional, será regida pelas disposições do CTB, pelas convenções e acordos
internacionais ratificados.

As repartições aduaneiras e os órgãos de controle de fronteira comunicarão


diretamente ao RENAVAM a entrada e saída temporária ou definitiva de veículos.

DICA 100

Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do território nacional

sem o prévio pagamento ou o depósito,

judicial ou administrativo,

dos valores correspondentes

às infrações de trânsito cometidas

e ao ressarcimento de danos que tiverem causado ao patrimônio público ou


de particulares,

independentemente da fase do processo administrativo ou judicial


envolvendo a questão.

Assim, quando a infração for cometida com veículo licenciado no exterior, em trânsito no
território nacional, a multa respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País,
respeitado o princípio de reciprocidade.

Os veículos que saírem do território nacional sem o cumprimento destes dispositivos


e que posteriormente forem flagrados tentando ingressar ou já em circulação no
território nacional serão retidos até a regularização da situação.

Em caso de aplicação da medida administrativa de remoção a veículo licenciado no exterior,


em razão do cometimento de infração de trânsito, a notificação será feita por edital.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 101

Teoria da culpa civil – teoria da responsabilidade subjetiva

Após a superação da distinção entre os atos de império e de gestão para fins de


responsabilização do Estado, emergiu a teoria da culpa civil, ou da responsabilidade
subjetiva.

Por essa teoria, a responsabilidade do Estado dependia da comprovação de dolo ou,


pelo menos, a culpa na conduta do agente estatal. Assim, a responsabilização do
Estado, isto é, o dever de indenizar danos causados a terceiros, dependia da comprovação
de dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia), cabendo ao particular
prejudicado o ônus de comprovar a existências desses elementos subjetivos.

DICA 102

Teoria da culpa administrativa

A teoria da culpa administrativa, também conhecida como culpa do serviço ou culpa


anônima (faute du servisse) é a primeira teoria publicista, representando a transição entre
a doutrina subjetiva da culpa civil e a responsabilidade objetiva adotada atualmente na
maioria dos países ocidentais.

Por essa teoria, a culpa é do serviço e não do agente, por isso que a responsabilidade do
Estado independe da culpa subjetiva do agente. A culpa administrativa se aplica em três
situações:

a) o serviço não existiu ou não funcionou, quando deveria funcionar;


b) o serviço funcionou mal; ou
c) o serviço atrasou.

Em qualquer uma dessas situações, ocorrerá a culpa do serviço (culpa administrativa,


culpa anônima), implicando a responsabilização do Estado independentemente de qualquer
culpa do agente.

DICA 103

Teoria do risco administrativo

Pela teoria do risco, basta a relação entre o comportamento estatal e o dano sofrido pelo
administrado para que surja a responsabilidade civil do Estado, desde que o particular não
tenha concorrido para o dano. Ela representa o fundamento da responsabilidade objetiva
ou sem culpa do Estado.

Essa teoria surge de dois aspectos:

a) a atividade estatal gera um potencial risco para os administrados;

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b) é necessário repartir tanto os benefícios da atuação estatal quanto os encargos suportados


por alguns, pelos danos decorrentes dessa atuação (solidariedade social).

Dessa forma, se um particular for prejudicado pela atuação estatal, os danos decorrentes
deverão ser compartilhados por toda a sociedade, justificando o direito à indenização
custeada pelo Estado.

Nesse caso, não é preciso cogitar se o serviço funcionou, se funcionou mal, se demorou ou
se não existiu, uma vez que se presume culpa da Administração. Além disso, não se
questiona se houve culpa ou dolo do agente, se o comportamento foi lícito ou ilícito, se o
serviço funcionou bem ou mal. Basta que seja evidenciado o nexo de causalidade entre o
comportamento estatal e o dano sofrido pelo terceiro para se configurar a responsabilidade
civil do Estado.

Pode-se dizer ainda que se exige a presença de três requisitos para gerar a
responsabilidade do Estado:

a) dano;
b) conduta administrativa – fato do serviço; e
c) nexo causal.

DICA 104

Responde objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros:

• a administração direta, as autarquias e as fundações públicas de direito público,


independentemente das atividades que realizam;

• as empresas públicas, as sociedades de economia mista, quando forem prestadoras de


serviços públicos;

• as delegatárias de serviço público (pessoas privadas que prestam serviço público por
delegação do Estado – concessão, permissão ou autorização de serviço público).

DICA 105

Requisitos para a demonstração da responsabilidade do Estado

A responsabilidade objetiva do Estado exige a presença dos seguintes pressupostos:


conduta, dano e nexo causal. Dessa forma, se alguém desejar obter o ressarcimento por
dano causado pelo Estado, em decorrência de uma ação comissiva, deverá comprovar que:
(a) existiu a conduta de um agente público agindo nessa qualidade (oficialidade da
conduta causal); (b) que ocorreu um dano; e (c) que existe nexo de causalidade entre
a conduta do agente público e o dano sofrido, ou seja, que foi aquela conduta do agente
estatal que gerou o dano.

DICA 106

A teoria do risco administrativo admite as seguintes hipóteses de exclusão da


responsabilidade civil do Estado:

a) caso fortuito ou força maior;


b) culpa exclusiva da vítima; e
c) fato exclusivo de terceiro.

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DICA 107

Os efeitos da ação regressiva movida pelo Estado contra o agente que causou o dano
transmitem-se aos herdeiros e sucessores, até o limite da herança, em caso de morte
do agente.

DICA 108

Responsabilidade civil por ato legislativo

Em regra, o Estado não responde civilmente pela atividade legislativa, uma vez que
esta se insere no legítimo poder de império. Assim, se a atividade legislativa ocorrer dentro
dos parâmetros normais, ainda que traga obrigações ou restrinja direitos, não há que se falar
em dever de indenizar.

No entanto, existem três hipóteses que o Estado poderá ser responsabilizado civilmente
pelo exercício da atividade legislativa, são elas:

a) edição de lei inconstitucional;


b) edição de leis de efeitos concretos;
c) omissão legislativa.

DICA 109

Segundo o entendimento do STF, a responsabilidade civil do Estado pela morte de detento


sob sua custódia é objetiva, com base na teoria do risco administrativo, em caso de
inobservância do seu dever constitucional específico de proteção, tanto para as condutas
estatais comissivas quanto para as omissivas.

DICA 110

Agente de fato é um gênero que designa formas de investidura na função pública com
alguma irregularidade ou excepcionalidade. Ela se subdivide em:

→ agente putativo: aquele que teve uma irregularidade na investidura no cargo, emprego
ou função, mas a sua situação tem aparência de legalidade. Ocorre quando, por exemplo,
um servidor não prestou concurso para um cargo em que isso era necessário, ou não
preenche os requisitos, mas mesmo assim está exercendo o cargo, ou quando exerce as
funções mesmo estando suspenso ou tendo vencido o prazo de sua contratação ou já passou
a idade limite da aposentadoria compulsória;

→ agente necessário: é aquele que é investido em situação de extrema emergência, como


um médico que é “convocado” pelo comandante dos Bombeiros ao passar na frente de um
prédio que acabou de desabar.

DICA 111

Modalidades de licitação:

Quanto ao valor: Concorrência, tomada de preços e convite;


Quanto à natureza: Leilão, concurso, concorrência (em casos específicos) e pregão.

DICA 112

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Julgamento Objetivo

Na fase de julgamento das propostas, deverão ser utilizados os critérios estritamente


objetivos definidos pela lei e pelo edital da licitação, não sendo permitido levar em
consideração aspectos pessoais de nenhum licitante.

A lei define previamente quais são os critérios de julgamento (tipos de licitação) e quando
cada um deles será utilizado.

São critérios objetivos e não há liberdade para o agente público escolher qual o critério a
ser adotado, uma vez que a lei define sua utilização. Desse modo, decorre do princípio da
legalidade.

DICA 113

O interessado vencedor da licitação não se manifestando após decurso do prazo fixado no


edital, é facultada à Administração convocar os licitantes remanescentes para
eventual contratação.

DICA 114

FASES DA LICITAÇÃO
Fase Interna
abertura do processo administrativo
especificação do objeto e elaboração do projeto
orçamento estimado
indicação dos recursos orçamentários
elaboração do edital
designação da comissão

Fase Externa
publicação do aviso do edital
impugnação
habilitação
julgamento e classificação
homologação
adjudicação

OBS.: audiência pública para licitações de grande vulto.

DICA 115

É dispensável a licitação nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando


caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos
ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial
ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo
máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da
ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;

OBS: Licitação dispensável é aquela em que o legislador permite que o administrador


opte entre licitar ou contratar diretamente.

Trata-se, portanto, de decisão discricionária da autoridade competente.

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DICA 116

Disk licitação:

33176-1430

Para obras e serviços de engenharia

1- modalidade convite: até R$ 330 mil;


2- modalidade tomada de preços: até R$ 3,3 milhões;
3- modalidade concorrência: acima de R$ 3,3 milhões.

Para compras e serviços que não sejam de obras ou de engenharia:

1- modalidade convite: até R$ 176 mil;


2-modalidade tomada de preços: até R$ 1.430.000,00; e
3-modalidade concorrência: acima de R$ 1.430.000,00.

OBSERVAÇÃO:

10% dos valores máximos previstos para a modalidade convite (33mil x 17,6 mil)
= licitação dispensável

5% dos valores máximos previstos para a modalidade convite (compras e serviços que não
sejam de obras ou de engenharia) (8,8mil) = contrato verbal

DICA 117

São três os casos de inexigibilidade (rol exemplificativo):

>> Fornecedor exclusivo (vedada a preferência de marca);

>> Contratação de serviços técnicos de natureza singular (vedada a inexigibilidade para


serviços de Publicidade e divulgação); cai muito!

>> Contratação de músicos ou artistas consagrados pela opinião pública;

Mnemônico

ARTISTA EXNobE

- ARTISTA consagrado;
- Fornecedor EXclusivo
- Profissional/empresa de Notório Especialização.

DICA 118

Regimes de Execução Indireta - o órgão ou entidade contrata com terceiros


mediante qualquer dos seguintes regimes:

• Empreitada por preço global: preço certo para a totalidade do objeto (construção de
uma escola).

• Empreitada por preço unitário: preço certo de unidades determinadas (pagamento a


cada km de estrada construída, a cada posto de serviço entregue etc).

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• Empreitada integral: todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias (uma
escola pronta para funcionar, com as carteiras, quadros, bebedouros, extintores de incêndio
etc).

• Tarefa: pequenos trabalhos por preço certo (mão de obra).

DICA 119

Recurso em sentido estrito - Prazo de 5 dias úteis (2 na modalidade convite) quando


o interessado não concordar com as seguintes decisões: Habilitação/inabilitação de licitante;
Julgamento de proposta; Anulação/revogação de edital Indeferimento de pedido de inscrição
no registro cadastral; Rescisão unilateral de contrato; Aplicação de penas de advertência,
suspensão temporária ou multa

Habilitação e julgamento de proposta: caráter suspensivo, e a licitação só prossegue


após proferida decisão. Nos demais casos, o efeito suspensivo fica a critério da autoridade
competente.

Procedimento – redigido a autoridade superior àquela que proferiu o ato, mas antes esta tem
prazo de 5 dias para reconsiderar sua decisão. Caso não a faça, possui mais 5 dias para
enviar a autoridade superior, e está mais 5 dias para se pronunciar sobre o assunto.

Representação: Possível quando não cabe recurso hierárquico (em sentido estrito) e
tem os mesmos prazos do recurso.

Reconsideração: Cabível nos casos de declaração de inidoneidade. Dirigido ao Ministro de


Estado ou Secretário Estadual ou Municipal. Prazo de 10 dias úteis para qualquer
modalidade.

DICA 120

O que é projeto básico?

Reúne os elementos que definem a obra, o serviço ou o complexo de obras e serviços que
fazem parte do empreendimento. O objetivo é definir com precisão as características básicas
do empreendimento e o desempenho almejado na obra para que seja possível estimar o
custo e prazo de execução.

É uma fase caracterizada por estudos preliminares, anteprojeto, estudos de viabilidade


técnica e econômica, além da avaliação do impacto ambiental.

O que é projeto executivo?

É a etapa posterior que consiste no conjunto dos elementos necessários e suficientes para a
execução completa da obra ou do serviço, de acordo com a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT).

Os componentes da obra, como materiais descritivos, cálculos estruturais, desenhos,


especificações técnicas e executivas, cronograma e planilhas de orçamento, são reunidos no
projeto executivo.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 121
Os direitos políticos podem ser POSITIVOS ou NEGATIVOS.

POSITIVOS se subdividem em ativos ou passivos. Eles habilitam a participação do cidadão


no processo eleitoral, votando ou sendo votado.

Por direitos políticos ativos (ou capacidade eleitoral ativa) se entende a possibilidade de o
cidadão de participar diretamente do processo eleitoral, por meio do voto, seja em eleições,
seja em plebiscitos ou em referendos (direito de votar).

Já os direitos políticos passivos (capacidade eleitoral passiva) guardariam ligação com a


elegibilidade da pessoa, o direito de ser votado.

Por outro lado, os direitos políticos NEGATIVOS contemplam as hipóteses de


inelegibilidade (absoluta e relativa), e os casos de perda ou suspensão de direitos
políticos. De antemão, já adianto a você que não é permitida cassação de direitos
políticos.

DICA 122
No âmbito federal, a iniciativa popular de lei deve ser exercida por meio de 1% do
eleitorado, dividido em cinco Estados, com não menos do que 0,3% em cada um deles.
O povo pode propor a edição de Leis Ordinárias (LO) e Complementares (LC), mas não de
Emendas à Constituição (EC).

Já na esfera estadual, o art. 27 da CF/1988 dispõe que as regras estarão estabelecidas na


Constituição Estadual. Nesse ponto, vale lembrar que as CEs podem prever a iniciativa
popular para LO, LC e para EC, diferentemente do modelo federal.

Por fim, quanto à esfera municipal, o art. 29 da CF/1988 define que a Lei Orgânica do
Município (LOM) definirá a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do
Município, da cidade ou de bairros, por intermédio de manifestação de, pelo menos, 5% do
eleitorado.

DICA 123

DIFERENÇA ENTRE PLEBISCITO E REFERENDO


Plebiscito Referendo
Consulta prévia ao povo, a respeito de Consulta posterior ao povo, para
determinado ato legislativo ou saber se ratifica ou rejeita ato
administrativo. legislativo ou administrativo.
Congresso Nacional convoca. Congresso Nacional autoriza.
Ex.: plebiscito que decidiu forma e sistema Ex.: referendo sobre comércio de armas
de governo e o plebiscito que decidirá se a De fogo e munição.
população quer – ou não – a divisão do
Estado do Pará.

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DICA 124
IDADE MÍNIMA PARA CONCORRER A CARGOS ELETIVOS

Idade Exigida Cargo Pleiteado

35 anos Presidente da República e Senador.

30 anos Governador de Estado e do DF.

21 anos Deputados (todos); prefeito; e juiz de paz.

18 anos Vereador.

DICA 125
Segundo o STF, os estrangeiros residentes no País, uma vez atendidos os requisitos
constitucionais, são beneficiários da assistência social, fazendo jus ao denominado
benefício de prestação continuada (BPC).

O BPC é um benefício assistencial devido à pessoa com deficiência e ao idoso que


comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua
família.

DICA 126
A nacionalidade primária é unilateral: a Constituição do Estado fixa os critérios para a
sua outorga, pouco importando o ânimo do indivíduo em adquiri-la.

Já a nacionalidade secundária é bilateral: a Constituição do Estado fixa determinados


critérios. Se o indivíduo os atender, poderá obtê-la mediante requerimento.

DICA 127
Povo é a denominação que alcança apenas os nacionais (natos ou naturalizados) de um dado
Estado.

População, por sua vez, engloba os nacionais e os estrangeiros e apátridas (aqueles que
não possuem nacionalidade).

Por fim, cidadania é o status que qualifica o nacional (nato ou naturalizado, este com
ressalvas) para gozar de direitos políticos ativos (votar) e passivos (ser votado). Portanto,
estrangeiros e apátridas não são cidadãos brasileiros.

DICA 128
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país;

O critério territorial determina que será brasileiro nato o indivíduo que nascer no
território nacional, independentemente da nacionalidade dos seus pais. Deste modo,

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como regra, qualquer pessoa nascida em nosso território, pouco importando se os pais são
nacionais ou estrangeiros, será considerada brasileira nata.

Este critério não traz uma regra absoluta! Ou seja, nem todos os nascidos em nosso território
serão brasileiros natos! Por que não? Ora, porque o critério territorial comporta uma
exceção, não sendo aplicado no seguinte caso: se o indivíduo nascer em nosso território,
mas for filho de (ambos) pais estrangeiros e qualquer deles (ou ambos) estiver no Brasil a
serviço do país de origem, ele não receberá a nossa nacionalidade originária.

ATENÇÃO: a não incidência do critério territorial depende da presença de dois requisitos que
são cumulativos (os dois devem estar presentes):

1- os dois pais devem ser estrangeiros; E

2- qualquer um deles, ou ambos, deve estar na República Federativa do Brasil a serviço do


país de origem (e não a serviço de uma empresa privada, ou por interesses pessoais).

DICA 129
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

Veja que a alínea “b” da nossa Constituição estabelece que serão brasileiros natos os nascidos
no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer um deles esteja no
exterior a serviço da República Federativa do Brasil.

O texto constitucional abraçou, nesta alínea, o critério sanguíneo associado ao critério


funcional: um dos pais (ou ambos) será brasileiro, e qualquer um deles (ou ambos) deverá
estar no estrangeiro a serviço da República Federativa do Brasil – o que significa
desempenhar uma função ou prestar um serviço público de natureza diplomática,
administrativa ou consular, a quaisquer dos órgãos da administração centralizada ou
descentralizada da União, dos Estados-membros, dos Municípios ou do Distrito Federal.

DICA 130
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;

Nesta 1ª parte da alínea “c”, determinou nosso texto constitucional que será brasileira nata
a criança que nasce no estrangeiro, filha de pai ou/e mãe brasileiros, desde que seja
registrada em repartição consular brasileira competente (associação do critério
sanguíneo + registro).

Neste caso, um dos pais (ou ambos) tem a nacionalidade brasileira, mas não está no exterior
a serviço da República Federativa do Brasil: deve então registrar a criança em repartição
consular competente para que ela adquira nossa nacionalidade nata.

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Muito cuidado com questões que digam que a criança nascida no exterior, filha de pai
brasileiro/mão brasileira (ou ambos brasileiros), registrada em repartição consular
competente é brasileira naturalizada. Não, não é. É nata! Pois preenche os requisitos para
adquirir nossa nacionalidade primária.

DICA 131
Cargos Privativos de Brasileiros Natos

• Presidente e Vice-Presidente da República;


• Presidente da Câmara dos Deputados;
• Presidente do Senado Federal;
• Ministro do STF;
• membro da carreira diplomática;
• Oficial das Forças Armadas;
• Ministro de Estado da Defesa.

DICA 132
Naturalização extraordinária (ou quinzenária)

Art. 12. São brasileiros:

II - naturalizados:

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil


há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram
a nacionalidade brasileira.

Da leitura do artigo, você deve ter observado que a naturalização extraordinária só será
obtida pelo indivíduo que, possuindo capacidade civil, observar 3 condições:

1) residência ininterrupta no território nacional por mais de quinze anos;


2) ausência de condenação penal e
3) apresentação do requerimento de naturalização.

Perceba que os 3 requisitos são cumulativos (não alternativos), ou seja, todos devem
ser cumpridos para que o indivíduo possa se naturalizar: não adianta cumprir só um deles!

DICA 133
Sobre a residência ininterrupta na República Federativa do Brasil por mais de 15 anos, é
bom lembrar que ela não é prejudicada em razão de meras ausências temporárias –
decorrentes, por exemplo, de viagens de férias no exterior ou compromissos de trabalho fora
do país.

DICA 134
O art. 222 da CF/88 estabelece algumas restrições referentes ao direito de propriedade
de empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora de sons e imagens.

Seguindo a lógica de que “quem tem informação tem poder”, nossa Constituição prevê que
só poderão ser proprietários desse tipo de empresa os brasileiros natos ou então os que
estejam naturalizados há mais de 10 anos.

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E tem mais: se essa empresa for uma sociedade, no mínimo 70% do capital total e
votante deverá pertencer aos brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos.

DICA 135
Naturalização ordinária: pela via ordinária poderão se naturalizar brasileiros:

1) os estrangeiros (ou apátridas) que cumprirem os requisitos da Lei nova de Migração (Lei
nº 13.445/2017);

2) os indivíduos originários de países de língua portuguesa desde que, possuidores de


capacidade civil, tenham residência ininterrupta por um ano e idoneidade moral;

Vale destacar que não se pode falar em direito público subjetivo à obtenção da naturalização
ordinária.

Naturalização extraordinária: pela via extraordinária o indivíduo poderá se naturalizar se


respeitar os seguintes requisitos:

1) possuir residência ininterrupta no território nacional por mais de quinze anos;


2) não tiver sido condenado penalmente e
3) apresentar o requerimento de naturalização.

Há direito público subjetivo à obtenção da naturalização extraordinária, o que significa


que se os requisitos forem corretamente preenchidos a naturalização será concedida.

DICA 136
PERDA DO DIREITO DE NACIONALIDADE

A perda da nacionalidade brasileira só poderá ocorrer nas duas hipóteses previstas na


Constituição da República:

Perda-punição - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada


sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse
nacional.

Perda-mudança - Pode-se dizer que ocorrerá quando o indivíduo, voluntariamente,


adquirir outra nacionalidade. Entretanto, existem exceções à ideia central de que a
aquisição de nova nacionalidade ocasionará a perda da nacionalidade brasileira, pois um
brasileiro pode adquirir outra nacionalidade sem perdê-la, bastando, para tanto, que referida
aquisição importe:

1) em recebimento de nacionalidade primária por Estado estrangeiro, ou


2) seja fruto de imposição do Estado estrangeiro no qual o brasileiro reside, como condição
para que ele possa permanecer no território ou para exercer direitos civis.

DICA 137
Inelegibilidades Absolutas e Relativas

As inelegibilidades absolutas impedem o cidadão de disputar qualquer mandato eletivo.


Em outras palavras, o candidato não poderia concorrer a nada.

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Já as inelegibilidades relativas apresentam vedações mais pontuais, restringindo o acesso


em alguns cargos, ou situações ligadas a parentesco, ou ainda temporárias.

Uma distinção importante é que as absolutas só estão previstas no texto constitucional,


enquanto as relativas também podem ser tratadas em leis complementares (nunca
ordinárias!).

DICA 138
RELAÇÃO DE PARENTESCO

• primeiro grau: pai e mãe, filhos, sogro e sogra, além de enteados, padrastos e madrastas;
• segundo grau: avós, netos, irmãos e cunhados;
• terceiro grau: bisavós, bisnetos, tios e sobrinhos;
• quarto grau: tios-avós, sobrinhos-netos e primos. Não há parentesco entre cônjuges ou
companheiros.

DICA 139
Súmula Vinculante 18

A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a


inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

Art. 14. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes


consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição.

DICA 140
Ação de Impugnação de Mandato Eletivo – Aime

O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias
contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude.

Essa Ação de Impugnação de Mandato Eleitoral – Aime tramitará em segredo de justiça,


respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
A competência para o julgamento da Aime dependerá do cargo ocupado pelo titular do
mandato eletivo.

Tratando-se de ação envolvendo o Presidente ou Vice-Presidente da República, a


competência será do TSE; na hipótese de o sujeito passivo ser Governador e Vice-
Governador, Senador ou Deputado, caberá ao TRE o julgamento; por fim, será dos juízes
eleitorais a competência para julgamento de ações envolvendo prefeito, vice-prefeito ou
vereador.

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DIREITO PENAL

DICA 141
A TEORIA DA UBIQUIDADE, além dos crimes conexos, também, não se aplica nos
seguintes casos:

*CRIMES PLURILOCAIS: consistem naqueles que envolvem duas ou mais comarcas/seções


judiciárias dentro do país. Regra: aplicação art. 70, CPP. Exceção: Homicídio Culposo ou
Doloso (STJ e STF) – Teoria da Atividade.

*INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: art. 63 da Lei 9.099/1995 -


adotou a teoria da atividade: “A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que
foi praticada a infração penal. ”

*CRIMES FALIMENTARES: Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido


decretada a falência, concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de recuperação
extrajudicial, conhecer da ação penal pelos crimes falimentares (art. 183, Lei 11.101/2005).

*ATOS INFRACIONAIS: “Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do


lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção. ” (art.
147, § 1.º, ECA).
DICA 142
ATENÇÃO! Essa expressão pode cair em sua prova!

CRIME À DISTÂNCIA (OU DE ESPAÇO MÁXIMO): é o crime que envolve o território de


dois países. A ação ou omissão ocorre em um país e o resultado, em outro. Ou seja, são
aqueles em que conduta e resultado ocorrem em países diversos. Ex.: tráfico de drogas
provenientes de Assunção (Paraguai) com destino a Manaus (Brasil).
DICA 143

PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE MITIGADA OU TEMPERADA

*Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito


internacional, ao crime cometido no território nacional. Como são admitidas algumas
exceções, aplica-se a teoria da territorialidade mitigada ou temperada.

*TERRITÓRIO BRASILEIRO: mar territorial, espaço aéreo e subsolo.


*TERRITÓRIO BRASILEIRO POR EXTENSÃO: navios e aeronaves públicas brasileiras,
onde quer que se encontrem e navios e aeronaves particulares, que se encontrem no espaço
aéreo ou em alto-mar.

INDO MAIS FUNDO... Artigo 17 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do
Mar (assinada pelo Brasil): Direito de passagem inofensiva - Salvo disposição em contrário
da presente Convenção, os navios de qualquer Estado, costeiro ou sem litoral, gozarão do
direito de passagem inofensiva pelo mar territorial. A Doutrina sustenta que se um crime for
praticado a bordo de uma embarcação amparada pela “passagem inocente”, não será
aplicável a lei brasileira a este crime, desde que o crime em questão não afete em nada
interesse jurídico nacional e o brasil não seja o país de destino.

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DICA 144

EXTRATERRITORIALIDADE - crimes que mesmo cometidos fora do Brasil, sujeitam-


se às leis brasileiras.

EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA → Crimes cometidos:

*contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;


*contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território,
de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação
instituída pelo Poder Público;
*contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
*de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil (p. da justiça
universal);
OBS.: O AGENTE É PUNIDO SEGUNDO A LEI BRASILEIRA, AINDA QUE ABSOLVIDO
OU CONDENADO NO ESTRANGEIRO.
DICA 145

EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA → Crimes:

*que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;


*praticados por brasileiro;
*praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

CONDIÇÕES CONCOMITANTES (REUNIDAS):

*entrar o agente no território nacional;


*ser o fato punível também no país em que foi praticado;
*estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
*não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
*não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
***** TAMBÉM SE APLICA A LEI BRASILEIRA AO CRIME cometido por estrangeiro
contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições traçadas anteriormente e as
seguintes: (alguns doutrinadores a chamam de extraterritorialidade hipercondicionada)
*não foi pedida ou foi negada a extradição;
*houve requisição do Ministro da Justiça.

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DICA 146

CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS


Ocorre quando duas normas aparentemente incriminadoras são aplicáveis a uma mesma
conduta e ao mesmo tempo. Ou seja, mesma conduta desafia dois tipos penais.
Ex.: art. 121 CP (crime de homicídio) x art. 123 CP (infanticídio) = ambos são crimes
de homicídio, conduto o artigo 123 é norma especial.
*PREVALECERÁ o princípio da PROIBIÇÃO DO NON BIS IN IDEM, já que um fato não
pode desafiar dois tipos penais diversos, sendo proibida dupla punição por um mesmo
fato.
DICA 147

PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS

Princípio da - Norma especial afasta aplicação de norma


Especialidade geral.

-Especial é a norma que possui elementos que a


individualiza, independentemente da gravidade
do crime.

- Ex.: art. 121 e 126 – o crime de infanticídio


prevalece sobre a mãe que, sob o estado puerperal,
mata o filho após o parto.

Princípio da - Norma primária afasta a aplicação da norma


Subsidiariedade subsidiária.

- Primária é a norma que prevê uma violação


mais ampla e grave aos bens jurídicos tutelados.
Pode ser aplicado de forma EXPRESSA e TÁCITA:

*EXPRESSA: quando o próprio tipo penal se declara


subsidiário. Ex.: art. 132 CP: crime de perigo a vida
ou a saúde, com detenção de 3 meses a 1 ano, SE O
FATO NÃO CONSTITUIR CRIME MAIS GRAVE.

*TÁCITA: um tipo penal serve como causa de


aumento, qualificadora, ou elemento constitutivo de
outro. Ex.: art. 163 (crime de dano) x art. 155, § 4º, I
(crime de furto qualificado por rompimento de
obstáculo). Pois bem, no crime de furto houve crime
de dano ao romper obstáculo (que é causa de
aumento de pena), mas o artigo 163 será aplicado
somente de forma subsidiária, ou seja, se o ato
praticado não for mais gravoso.

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DICA 148

PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS

Princípio da Em suma, a conduta que serve como meio de


Consunção (ou preparação, execução ou mero exaurimento de
absorção) outra, é por esta absorvida. Se aplica,
principalmente, quando uma conduta delituosa serve
como meio para praticar outra.

ANTEFATO IMPUNÍVEL = quando um crime serve


de preparação para outrem. Ex.: art. 155 CP (furto)
+ art. 150 (invasão de domicílio). O crime de invasão
de domicilio será o delito meio, e será absorvido pelo
crime de furto – SÚMULA 17 STJ (crime de
falsificação documento publico é absorvido pelo crime
de estelionato se for mero meio para o segundo
crime).

PÓS-FATO IMPUNÍVEL – agente pratica uma


segunda conduta violando o mesmo bem jurídico
para obter vantagem que queria com a primeira
conduta. Neste caso, o agente viola o bem jurídico
com a primeira conduta, e a segunda é mera
conseqüência. Ex.: art 289 CP (falsificar moeda) +
art. 289, § 1º, CP (uso de moeda falsa) = responderá
apenas pelo crime de falsificação.

Princípio da Nos tipos penais mistos alternativos (os que


Alternatividade possuem vários núcleos que descrevem a
conduta), a prática de vários núcleos no mesmo
contexto, gera crime ÚNICO.

Ex.: tráfico de drogas = possui diversos núcleos:


traficar, fabricar, repassar, transportar, possuir, etc
(...). Nessa lógica, aquele que fabrica e transporta
responde por um único crime.

DICA 149

FURTO

Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia MÓVEL:

Pena - reclusão, de UM A QUATRO ANOS, e multa.

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> EQUIPARA-SE À COISA MÓVEL a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.

>A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o REPOUSO NOTURNO.

ATENÇÃO! A doutrina e jurisprudência são pacíficas no sentido de que a causa de aumento


do repouso noturno é aplicada, INDEPENDENTEMENTE, de o local estar habitado e de as
vítimas não estarem dormindo.

>Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, OU APLICAR
SOMENTE A PENA DE MULTA. (FURTO PRIVILEGIADO)

DICA 150
FURTO QUALIFICADO
A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
- com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
- com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
- com emprego de chave falsa;
- mediante concurso de duas ou mais pessoas.
• A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver
emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
• A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo
automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
• A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de
semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes
no local da subtração.
• A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração
for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente,
possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.

DICA 151
FURTO DE COISA COMUM
Subtrair o CONDÔMINO, CO-HERDEIRO OU SÓCIO, para si ou para outrem, a quem
legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
- Somente se procede mediante representação.
- Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a
que tem direito o agente.
DICA 152
ROUBO PRÓPRIO (Art. 157, "caput", CP)
Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência
a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:

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Pena - reclusão, de QUATRO A DEZ ANOS, e multa.


DICA 153
ROUBO IMPRÓPRIO (Art 157, § 1º, CP)
Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção
da coisa para si ou para terceiro.
>Nesta modalidade, a violência ou grave ameaça é praticada APÓS A SUBTRAÇÃO DA
COISA, como instrumento de garantir a impunidade do crime ou assegurar o seu
proveito. Ex.: Paulo subtrai um celular de uma loja, o que até o momento configuraria o
crime de furto (não houve emprego de violência ou grave ameaça). Ocorre que ao sair do
estabelecimento é abordado por seguranças e, na tentativa de escapar, os agride e foge com
o aparelho. Logo, empregou violência, garantindo a detenção do bem e sua impunidade.
DICA 154
ATENÇÃO PARA ESSA NOVA CAUSA DE AUMENTO DE PENA NO CRIME DE ROUBO –
LEI 13.964, de 2019 – PACOTE ANTICRIME
*Se a violência ou grave ameaça é exercida com EMPREGO DE ARMA DE FOGO DE USO
RESTRITO OU PROIBIDO, aplica-se EM DOBRO a pena prevista no caput do artigo 157,
CP (Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa).
DICA 155

Crime de Extorsão (art.158, CP)

Caso o agente constranja a vítima, TENTATIVA


porém ela não faz o que foi
exigido. (INFORMATIVO 502, STJ)

Caso o agente constranja a vítima e CONSUMADO


ela faz o que foi exigido, contudo
ele não alcança a vantagem Súmula 96, STJ: O crime de extorsão
econômica pretendida. consuma-se independentemente da obtenção
da vantagem indevida.

Caso o agente constranja a vítima + CONSUMADO


ela faz o que foi exigido + ele
alcança a vantagem econômica Consiste em crime FORMAL (de consumação
pretendida. antecipada ou resultado cortado). Explique-
se: A extorsão se consuma no momento em
que a vítima, após sofrer a violência ou grave
ameaça, pratica o comportamento desejado
pelo criminoso. ATENÇÃO! A obtenção da
vantagem econômica é mero
exaurimento do delito!

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DICA BÔNUS

ESTELIONATO

Art. 171, CP - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita (crime material), em
prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, OU
qualquer outro meio fraudulento:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de
réis.

→ ELEMENTO SUBJETIVO: Não se pune a forma culposa. Ademais, a regra no CP é o dolo,


para ser punível de forma culposa deve vir ESCRITO no tipo.

→ FINALIDADE ESPECIAL DE AGIR: obtenção de vantagem ilícita em detrimento de


outrem.

→ ESTELIONATO PRIVILEGIADO: mesma regra do furto: “Se o criminoso é primário, e é


de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção,
diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. ”

→ ESTELIONATO CONTRA IDOSO (60 anos ou mais): a pena será aplicada em DOBRO.
DICA BÔNUS

ESTELIONATO E LEI 13.964, de 2019 (PACOTE ANTICRIME)


→ A ação era pública incondicionada.
→ NOVA REGRA: Diante da inclusão do §5º no art. 171, as ações PROCEDEM MEDIANTE
REPRESENTAÇÃO, salvo se a vítima for:
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
II - criança ou adolescente;
III - pessoa com deficiência mental; ou
IV - maior de 70 anos de idade ou incapaz.

REGRA GERAL (NOVA): AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À


REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO.
EXCEÇÕES (incisos I a IV): AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.

DICA BÔNUS

APROPRIAÇÃO INDÉBITA

Art. 168, CP - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, E multa.

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***Aumento de pena

§ 1º - A pena é AUMENTADA de um terço, quando o agente recebeu a coisa:

I - em depósito necessário;

II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante,


testamenteiro ou depositário judicial;

III - em razão de ofício, emprego ou profissão.

DICA BÔNUS

APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA

Art. 168-A, CP. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas


dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, E multa.

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de:

I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência


social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros
ou arrecadada do público;

II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado


despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de
serviços;

III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já


tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social.

§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, ESPONTANEAMENTE, declara, confessa e


efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as
informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento,
antes do início da ação fiscal.

§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena OU aplicar somente a de multa se o


agente for primário e de bons antecedentes, desde que:

I – tenha promovido, APÓS O INÍCIO DA AÇÃO FISCAL E ANTES DE OFERECIDA


A DENÚNCIA, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou

II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior


àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo
para o ajuizamento de suas execuções fiscais.

§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento


de contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele
estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

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(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Perito Criminal Federal - Área 1)
“Durante um ano e cinco meses, a empresa L&X recolheu as contribuições previdenciárias de
seus empregados, mas não as repassou à previdência social, o que caracterizou o crime de
apropriação indébita previdenciária. Nessa situação, se os representantes legais da empresa
L&X, espontaneamente, confessarem e efetuarem o pagamento das contribuições antes do
início da ação fiscal, ficará extinta a punibilidade.” E agora? Matamos a questão! ELA
ESTÁ CORRETA! JUSTIFICATIVA: art. 168-A, § 2º, do CP.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 156
O DIREITO DE QUEIXA não pode ser exercido quando renunciado expressa ou
tacitamente.

OBS: Importa RENÚNCIA TÁCITA AO DIREITO DE QUEIXA a prática de ato


incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o
ofendido a indenização do dano causado pelo crime.

*A RENÚNCIA ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime,


a todos se estenderá.

*A RENÚNCIA EXPRESSA constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu


representante legal OU procurador com PODERES ESPECIAIS.

*A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito)


anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o
direito do primeiro.

*A renúncia tácita e o perdão tácito ADMITIRÃO TODOS OS MEIOS DE PROVA. FIQUEM


LIGADOS SOMENTE TÁCITOS, NÃO ERREM POR DESATENÇÃO!
DICA 157
E AÍ?

AS FUNDAÇÕES, ASSOCIAÇÕES OU SOCIEDADES LEGALMENTE CONSTITUÍDAS


PODEM OU NÃO exercer a ação penal?


PODEM SIM!  Art. 37, CPP. As fundações, associações ou sociedades legalmente
constituídas PODERÃO EXERCER A AÇÃO PENAL, devendo ser representadas por
quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes,
pelos seus diretores ou sócios-gerentes.

DICA 158
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL

Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e


circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e
com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o MP poderá propor acordo de não
persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime,
mediante as seguintes condições ajustadas CUMULATIVA E ALTERNATIVAMENTE:

I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de


fazê-lo;

II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo MP como


instrumentos, produto ou proveito do crime;

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III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período


correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois
terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);

IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do


Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade
pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha,
preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos
aparentemente lesados pelo delito; ou

V - cumprir, POR PRAZO DETERMINADO, outra condição indicada pelo MP,


desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada.

ATENÇÃO! Para aferição da pena mínima cominada ao delito, SERÃO CONSIDERADAS AS


CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO APLICÁVEIS AO CASO CONCRETO.
DICA 159
Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e
circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e
com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o MP poderá propor acordo de não
persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime,
CUMPRIDAS AS EXIGÊNCIAS ACIMA INDICADAS. NÃO SERÁ APLICADO NAS SEGUINTES
HIPÓTESES:

I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais


Criminais, nos termos da lei;

II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios


que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto
se insignificantes as infrações penais pretéritas;

III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento
da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou
suspensão condicional do processo; e

IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou


praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em
favor do agressor.

DICA 160
*O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo
membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor

*Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na


qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado
na presença do seu defensor, e sua legalidade.

*Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas


no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que
seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e seu

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defensor. O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos
requisitos legais ou quando não for realizada a aludida adequação.

*Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos


ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução
penal.

*Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a


análise da necessidade de complementação das investigações OU o oferecimento da
denúncia.
*A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de seu
descumprimento.
DICA 161
ATENÇÃO! A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não
constarão de certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no
inciso III do § 2º do art. 28-A, CPP.

ATENÇÃO2! Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo


competente decretará a extinção de punibilidade.

ATENÇÃO3! NO CASO DE RECUSA, POR PARTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO, EM


PROPOR O ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL, O INVESTIGADO PODERÁ
REQUERER A REMESSA DOS AUTOS A ÓRGÃO SUPERIOR, na forma do art. 28, CPP.
DICA 162
Quando a infração deixar vestígios, SERÁ INDISPENSÁVEL o exame de corpo de
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

* Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime


que envolva:

I - violência doméstica e familiar contra mulher;

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.

* Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os


vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

DICA 163
ATENÇÃO! A jurisprudência firmou-se no sentido que não APENAS a prova testemunhal
pode suprir o exame de corpo de delito na hipótese de impossibilidade de sua realização
quando desaparecidos os vestígios, mas também, como exemplo, provas documentais.
OU SEJA, qualquer prova em direito admitida.
DICA 164
 EXAME DE CORPO DE DELITO DIRETO: como o nome diz, realizado pelo perito
diretamente pelo vestígio deixado.

 EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO: realizado pelo perito – baseado em


informações verossímeis a ele fornecidas. (NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 350).

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NÃO CONFUNDIR JAMAIS COM PROVA TESTEMUNHAL, pois aqui haverá um laudo
técnico firmado por perito!

DICA 165
- O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador
de diploma de curso superior.

- Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica,
dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

- Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o


encargo.

- Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao


querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.

- O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão
dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas
desta decisão.

 E TEM QUESTÃO CESPE NA ÁREA!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Delegado de Polícia Federal)

... Na falta de perito oficial para realizar perícia demandada em determinado IP, é suficiente
que a autoridade policial nomeie, para tal fim, uma pessoa idônea com nível superior
completo, preferencialmente na área técnica relacionada com a natureza do exame.

R: ERRADOOOOOOOO! A DICA ACIMA É CLARA: 2 (duas) pessoas idôneas...

VAMOS APROFUNDAR...

OLHA COMO OCORRE NA LEI DE TÓXICOS (E ESSA LEGISLAÇÃO CAI NA SUA PROVA)

 Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade


do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado
por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

DICA 166
- Se HOUVER DIVERGÊNCIA ENTRE OS PERITOS, serão consignadas no auto do exame
as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu
laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade
poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.

MAS... ATENÇÃO! O juiz não ficará adstrito ao laudo, PODENDO ACEITÁ-LO OU


REJEITÁ-LO, NO TODO OU EM PARTE.

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DICA 167
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

CADEIA DE CUSTÓDIA

- Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para


manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em
vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu
reconhecimento até o descarte.

- O INÍCIO DA CADEIA DE CUSTÓDIA dá-se com a preservação do local de crime ou


com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de
vestígio.

- O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a


produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.

- Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que
se relaciona à infração penal.

DICA 168
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas SEGUINTES ETAPAS:

I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse


para a produção da prova pericial;

II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e
preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de


crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada
por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo
pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,


respeitando suas características e natureza;

V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é


embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas
e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem
realizou a coleta e o acondicionamento;

VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as


condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a

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garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua


posse;

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser
documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e
unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o
vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo,
assinatura e identificação de quem o recebeu;

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo


com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim
de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por
perito;

IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia,
descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente;

X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

DICA 169
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

- Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à


guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao
órgão central de perícia oficial de natureza criminal.

- Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar
condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio.

- Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas,


consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.

- Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e
deverão ser registradas a data e a hora do acesso.

- Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser registradas,
consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a data e horário
da ação.

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DICA 170
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

- Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia,


devendo nela permanecer.

- Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar


determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as
condições de depósito do referido material em local diverso, mediante requerimento do
diretor do órgão central de perícia oficial de natureza criminal.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 171

TRÁFICO DE DROGAS PRIVILEGIADO

→ É privilegiado o tráfico quando o agente é primário, tem bons antecedentes, não se dedica
às atividades criminosas e não integra organização criminosa. Nessa hipótese, descrita
no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, a pena do réu será reduzida de 1/6 a 2/3.

OBS.1: “Atividades criminosas” mencionadas no artigo acima indicado não precisam estar
relacionadas com o tráfico de drogas.

OBS.2: O STF, em sede de controle difuso, declarou inconstitucional a vedação da


conversão da pena do tráfico privilegiado em penas restritivas de direitos (Habeas
Corpus nº 97.256/RS). E, com isso, o Senado editou a Resolução nº 5/2012: “Art. 1º É
suspensa a execução da expressão "vedada a conversão em penas restritivas de direitos" do
§ 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, declarada inconstitucional por
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal nos autos do Habeas Corpus nº 97.256/RS”.

DICA 172

- TRÁFICO INTERESTADUAL

Súmula 587, STJ: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06,
é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da federação,
SENDO SUFICIENTE A DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA INTENÇÃO DE REALIZAR
O TRÁFICO INTERESTADUAL.

- TRÁFICO TRANSNACIONAL

Súmula 607, STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei
11.343/06) se configura com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não
consumada a transposição de fronteiras.

DICA 173

INTERNAÇÃO (LEI DE DROGAS) – NOVIDADE TRAZIDA LEI Nº. 13.840/2019

VOLUNTÁRIA - aquela que se dá com o consentimento do


dependente de drogas;

- deverá ser precedida de declaração escrita


da pessoa solicitante de que optou por este
regime de tratamento;

- seu término dar-se-á por determinação do


médico responsável ou por solicitação
escrita da pessoa que deseja interromper o
tratamento.

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INVOLUNTÁRIA - aquela que se dá, sem o consentimento do


dependente, a pedido de familiar ou do
responsável legal OU, NA ABSOLUTA FALTA
DESTE, de servidor público da área de
saúde, da assistência social ou dos órgãos
públicos integrantes do Sisnad, com
exceção de servidores da área de
segurança pública, que constate a existência
de motivos que justifiquem a medida;

- deve ser realizada após a formalização


da decisão por médico responsável;

II - será indicada depois da avaliação


sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso
e na hipótese comprovada da
impossibilidade de utilização de outras
alternativas terapêuticas previstas na rede
de atenção à saúde;

III - perdurará apenas pelo tempo


necessário à desintoxicação, no prazo
máximo de 90 (noventa) dias, tendo seu
término determinado pelo médico responsável;

IV - a família ou o representante legal


poderá, a qualquer tempo, requerer ao
médico a interrupção do tratamento.

 QUESTÃO CESPE NA ÁREA!

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA –
Conciliador)

... Conforme as disposições da Lei n.º 11.343/2006 — Lei Antidrogas — e suas alterações, a
internação de dependentes de drogas: R: poderá ser requerida pelo assistente social se
for INVOLUNTÁRIA e desde que na absoluta falta de familiar ou responsável legal.
(ESTÁ NA DICA ACIMA, MAS SE QUISEREM CONFERIR, É O ART. 23-A, § 3º, INC. II)

DICA 174

DA INVESTIGAÇÃO NO CRIME DE DROGAS – PRISÃO EM FLAGRANTE

• Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará,


imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto
lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e
quatro) horas.

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• Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da


materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e
quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa
idônea.

• O perito que subscrever o laudo não ficará impedido de participar da elaboração


do laudo definitivo.

• Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias,


certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição
das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo
definitivo.

• A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente


no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade
sanitária.
DICA 175

CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (drogas)


INDICIADO PRESO Prazo de 30 (trinta) dias
INDICIADO SOLTO Prazo de 90 (trinta) dias

DICA 176

É ISENTO DE PENA o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito,


proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, INTEIRAMENTE INCAPAZ
DE ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DO FATO OU DE DETERMINAR-SE DE ACORDO
COM ESSE ENTENDIMENTO. (art. 45)

DICA 177

LEIS PENAIS NO TEMPO – LEI DE DROGAS

Em relação a sucessão de leis penais no tempo (art. 5º,XL, CF), foi consolidado pelo STJ na
súmula 501 o entendimento de que não se admite a combinação da antiga Lei nº
6.368/76 com o privilégio contido no §4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006, que
prevê sobre o crime de tráfico.

Art. 33 (...) § 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão
ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.

Súmula 501 STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que
o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.

Neste caso, o magistrado deve analisar casualmente para definir qual das leis é mais
vantajosa ao acusado.

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DICA 178

AGENTE POLICIAL DISFARÇADO – PACOTE ANTICRIME

Segundo o art. 33, §1º, IV:

Art. 33 (...) § 1º Nas mesmas penas incorre quem:

IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à


preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal
ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

A conduta do policial disfarçado deve ser analisada com cuidado e precedida de elementos
prévios de investigação. Em muitos casos o agente policial induz o agente a praticar o crime,
logo não haverá crime pelo fato de um flagrante ter sido provocado, aplicando-se aí a súmula
145 do STF:

“Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua
consumação”.

Portanto, para a descaracterização do crime do agente policial disfarçado devem estar


presentes os seguintes requisitos:

➢ O policial tem que ser o agente provocador; e


➢ Elementos prévios de informação.

DICA 179

INDUZIR, INSTIGAR OU AUXILIAR ALGUÉM AO USO INDEVIDO DE DROGA

 O art. 33, §2º da Lei de Drogas traz o tipo penal de induzir, instigar ou auxiliar alguém
ao uso indevido de droga.

Induzir significa criar uma ideia que até então era inexistente, instigar significa fomentar
uma ideia já existente, já auxiliar significa promover a ajuda, criar os meios.

***O STF ao analisar a ADPF 187/DF entendeu que a manifestação da marcha da maconha
não configura o tipo penal mencionado, mas constitui o direito de livre exercício de direito
de reunião e exposição do pensamento. Nada obstante, para que estes movimentos
sejam realizados deve haver:

➢ Reunião pacífica e sem armas, previamente notificada a autoridade, sem


incitação à violência;
➢ Não pode haver incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes;
➢ Não pode haver consumo de entorpecente, apenas manifestação do pensamento;
e
➢ Não podem participar crianças e adolescente.

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DICA 180

CONDUÇÃO DE EMBARCAÇÃO OU AERONAVE APÓS O CONSUMO DE DROGAS

Segundo o art. 39 da Lei de Drogas é crime “conduzir embarcação ou aeronave após o


consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo,


cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena
privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos)
dias-multa”.

Neste sentido, configura-se crime quando o agente expõe um terceiro ao perigo. A


autocolocação em risco, após o consumo de drogas, não é passível de punição.

As penas previstas são de privação de liberdade, apreensão do veículo, cassação da


habilitação ou proibição de obtê-la e multa.

DICA 181

ART. 44 - LEI DE DROGAS

O art. 44 da Lei de drogas prevê que “os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a
37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade
provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.

Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento
condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente
específico”.

MUITA ATENÇÃO! O STF declarou inconstitucional o trecho do artigo “vedada a conversão


de suas penas em restritivas de direitos”. Em atenção ao princípio da individuação da pena
entendeu-se que pode haver SIM conversão da pena em restritivas de direito, bem
como o regime inicial fechado NÃO é obrigatório.

DICA 182
São CRIMES HEDIONDOS (Lei nº. 8.072/1990):

*CONSUMADOS OU TENTADOS, de acordo com as alterações trazidas pelo Pacote


Anticrime (Lei nº. 13.964/2019):

Homicídio por grupo de extermínio (ainda que cometido por um só agente), e


homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII, CP);

Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima e lesão corporal seguida de


morte, quando praticadas contra autoridade ou agente das Forças Armadas e polícias;
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição;
Roubo com restrição de liberdade da vítima, com uso de arma de fogo comum
ou de uso proibido ou restrito, além do qualificado pelo resultado lesão corporal
grave ou morte;

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Extorsão qualificada pela restrição de liberdade, lesão corporal grave ou morte

Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e


3o,, CP);

Estupro simples e de vulnerável;

Epidemia com resultado morte;

Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins


terapêuticos ou medicinais;

Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de


criança ou adolescente ou de vulnerável;

Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause


perigo comum;

Genocídio;

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido;

Comércio ilegal de armas de fogo;

Tráfico internacional de arma de fogo;

Organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou


equiparado.

DICA 183

ATENÇÃO! Rol taxativo  NECESSIDADE DE INCLUSÃO NA LEI para que seja


considerado crime hediondo. Ou seja, apenas os acima elencados são considerados crimes
hediondos. (Art. 1º, da Lei de Crimes Hediondos).

*O ordenamento jurídico nacional adotou o CRITÉRIO LEGAL para a tipificação dos crimes
hediondos, sendo vedado ao juiz, em caso concreto, fixar a hediondez de um delito
ou excluí-la em razão de sua gravidade ou forma de execução.

DICA 184

CRIMES EQUIPARADOS AOS HEDIONDOS:

3T:

Tortura
Tráfico de drogas
Terrorismo

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DICA 185

Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e


drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:

I - Anistia, Graça e Indulto;

II - Fiança.

LEMBRANDO QUE ... O STF não MAIS RECONHECE o caráter hediondo do tráfico de
drogas privilegiado.

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DIREITOS HUMANOS

DICA 186

Etapas da incorporação dos tratados e das convenções internacionais sobre direitos


humanos ao ordenamento jurídico brasileiro

ASSINATURA DO TRATADO

É de competência privativamente do Presidente da República, como Chefe de Estado,


celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional.

Desta forma, os tratados, as convenções e os atos internacionais sobre direitos humanos não
se tornam obrigatórios a partir da assinatura. É necessária, ainda, a aprovação
(referendo) pelo Congresso Nacional, o que demonstra que o Brasil adota o modelo da
duplicidade de vontades para se obrigar internacionalmente (vontade do Poder
Executivo somada com a vontade do Poder Legislativo) e, ainda, o cumprimento das etapas
restantes para sua incorporação.

DICA 187

Etapas da incorporação dos tratados e das convenções internacionais sobre direitos


humanos ao ordenamento jurídico brasileiro

APROVAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL

É da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre


tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos
ao patrimônio nacional.

Com a aprovação pelo Congresso Nacional, materializada via Decreto Legislativo, o Brasil é
autorizado a se obrigar internacionalmente. No entanto, é necessário, ainda, que o Chefe de
Estado ratifique o tratado internacional para que ele se aperfeiçoe.

DICA 188

Etapas da incorporação dos tratados e das convenções internacionais sobre direitos


humanos ao ordenamento jurídico brasileiro

RATIFICAÇÃO E DEPÓSITO DO TRATADO

É um ato de competência do Presidente da República. A ratificação se dá com o depósito


da assinatura junto ao órgão responsável pelo tratado internacional, sendo esta a etapa
necessária para que o ato se torne um documento normativo internacional obrigatório.

O depósito se assemelha a CERTIDÃO DE NASCIMENTO JURÍDICA do tratado, da


convenção ou do ato internacional. Antes da ratificação, o Brasil ainda não está obrigado a
cumprir o tratado internacional.

DICA 189

Etapas da incorporação dos tratados e das convenções internacionais sobre direitos


humanos ao ordenamento jurídico brasileiro

PROMULGAÇÃO NA ORDEM JURÍDICA BRASILEIRA

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Memorex PRF - Rodada 03

É de competência do Presidente da República, que se dá por meio de um Decreto


Executivo, que autoriza a execução, no plano interno, do tratado, da convenção ou do ato
internacional.

O STF possui entendimento, de que é necessária a promulgação na ordem interna pelo


Presidente da República, para que o tratado, a convenção ou o ato internacional de direitos
humanos possa valer efetivamente e, a partir deste momento, ser aplicado na República
Federativa do Brasil.

DICA 190

O quórum para deliberação da Corte Interamericana de Direitos Humanos é de cinco juízes.

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