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Memorex PF (Agente) - Rodada 02

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Memorex PF (Agente) - Rodada 02

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TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

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Rodada 03 16/02
Rodada 04 23/02
Rodada 05 02/03
Rodada 06 09/03

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 14
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 18
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 20
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 28
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 37
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 46
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 54
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 61
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 63

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
*Derivados de TER/VIR → recebem acento agudo no singular e circunflexo no plural:

Ele detém Ele obtém Ele intervém


Eles detêm Eles obtêm Eles intervêm

*crer, dar, ler, ver e derivados perderam o acento gráfico no plural:

Ele crê Ele vê


Eles creem Eles veem

DICA 02

ALGUNS CASOS - USO DO HÍFEN


1. Prefixo + vogal idêntica → COM HÍFEN. Ex.: anti-inflamatório, micro-ondas.

2. Prefixo + vogal distinta → JUNTO. Ex.: autoestima, antiaéreo.

3. CO/RE + vogal idêntica ou distinta → JUNTO. Ex.: coexistência, coordenar, reavaliar,


reescrever.

4. SUPER
HIPER H/R → COM HÍFEN. Ex.: Inter-racial, Super-Homem.
INTER

5. CONTRA H/A → COM HÍFEN. Ex.: Contra-ataque.

6. SUB/SOB + H/B/R → COM HÍFEN. Ex.: sob-roda, sub-reino.

7. RECÉM
AQUÉM SEMPRE COM HÍFEN! Ex.: recém-casado, além-mar.
ALÉM
BEM

8. PREFIXO + RADICAL INICIADO POR R → DUPLICA-SE O R! Ex.: corréu,


contrarrazões.

9. PREFIXO + RADICAL INICIADO POR S → DUPLICA-SE O S! Ex.: ultrassom, minissaia.

10. CIRCUM/PAN + VOGAL, M ou N → COM HÍFEN! Ex.: pan-americano, circum-navegação.

11. Dias da semana e espécies de animais e plantas MANTIVERAM O HÍFEN. Ex.: bem-
me-quer, bem-te-vi, segunda-feira.

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DICA 03

ATENÇÃO! Se a palavra seguinte começar COM R OU S, terá que DOBRAR A LETRA e


NÃO COLOCAR HÍFEN!
Ex.: autorretrato, autossuficiente, antissocial...
DICA 04

SUBSTANTIVO NOMEIAM lugares, objetos, pessoas,


animais, ações, estados ou qualidades
tomadas como seres (ex.: bondade,
feiura).

ADJETIVOS MODIFICA o substantivo. Exprime modo


de ser, aparência ou qualidade.

ARTIGOS DETERMINA OU GENERALIZA o


substantivo. Indicando-lhe o gênero e o
número.

NUMERAIS ENUMERAM, ordenam as coisas.

PRONOMES ACOMPANHAM ou SUBSTITUEM os


nomes.

VERBOS Expressam AÇÃO, ESTADOS OU


FENÔMENOS.

ADVÉRVIOS MODIFICAM verbos, adjetivos ou outros


advérbios.

PALAVRAS DENOTATIVAS ALTERAM o sentido de uma outra palavra


ou da oração.

PREPOSIÇÕES LIGAM dois termos da oração,


subordinando-os. É palavra INVARIÁVEL.

CONJUNÇÕES UNEM termos de uma oração ou orações.


É palavra INVARIÁVEL. Podem ser
coordenativas ou subordinativas.

INTERJEIÇÕES EXPRIMEM emoção, sensação, estado de


espírito. É palavra INVARIÁVEL. Ex.:
Viva! Uau! Nossa! (“frases resumidas”)

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DICA 05
ADVERBIALIZAÇÃO DO ADJETIVO
- Nada mais é do que tornar um adjetivo em advérbio sem o sufixo “mente”.
Ex.: Ela fala rápido. (rápido é adjetivo, mas na frase é advérbio, pois exprime o modo como
ela fala)

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!

Em prova... (CESPE/AGU/TÉCNICO). Os norte-americanos, com todos os problemas de


suas finanças, mantêm a dianteira nos investimentos em desenvolvimento tecnológico: no
governo Obama, decidiram recuperar a autonomia energética, investindo pesadamente no
desenvolvimento de novas modalidades de energia. P: O vocábulo pesado pode ser
empregado no lugar de “pesadamente”, sem que isso acarrete prejuízo ao sentido
e à correção gramatical. R: CORRETO, justifica-se pela adverbialização do adjetivo.
DICA 06
COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Próclise Pronome oblíquo átono ANTES DO


VERBO. Ex.: Sempre o admirei.

Mesóclise Pronome oblíquo átono no MEIO DO


VERBO. Ex.: Mostrar-lhe-ei todos os
animais. Ex.2: Contar-lhe-ia tudo.

É USADA NO FUTURO DO
PRESENTE E NO FUTURO DO
PRETÉRITO! DICA: “EI” e “IA”.
APENAS NESSES DOIS TEMPOS
VERBAIS.

Ênclise Pronome oblíquo átono DEPOIS DO


VERBO. Ex.: Diga-me tudo.

DICA 07
USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE

Sentido Negativo: Ele não se


importa com a mãe.

Advérbios: Ele sempre nos


prejudicou.

Pronomes Demonstrativos
neutros: Aquilo me comoveu muito.

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PALAVRAS ATRATIVAS Pronomes Indefinidos. Ex.: Tudo


se acaba nesse mundo.

Pronomes Relativos. Ex.: Guarda a


rosa que te dei.

Conjunções Subordinadas. Ex.:


Quando se aborreceu saiu.

Conjunção coordenada aditiva


“mas também”. Ex.: Não só falou
alto mas também me xingou muito.

Conjunções coordenadas
alternativas. Ex.: Ora se irrita, ora
se espanta.

 QUEREM UMA QUESTÃO FRESQUINHAS DA BANCA CESPE?!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE /
CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Tecnologia da Informação - Segurança da
Informação e Proteção de Dados)

...

(...) “espaço” é o que se pode percorrer em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa
para percorrê-lo.

QUESTÃO: A próclise observada em “se pode percorrer” e “se precisa”, no segundo período
do segundo parágrafo do texto, é opcional, de modo que o emprego da ênclise nesses dois
casos também seria correto: pode-se percorrer e precisa-se, respectivamente. E ENTÃO?
ERRADOOOO! E qual a justificativa? Ambos os casos tratam de uso OBRIGATÓRIO DA
PRÓCLISE, pois o pronome relativo “que” (negritado) é PALAVRA ATRATIVA.

DICA 08
USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE

FRASES Interrogativas: Quem me chamou?

Exclamativas: Como te chamam!

Optativas (exprimem desejo):

Raios o partam!

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DICA 09
USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE

Gerúndio precedido de preposição


“em”: Em se tratando dela, não
hesite.
VERBOS
Infinitivo flexionado precedido de
preposição. Ex.: As ordens eram
para nos levaram até você.

OBS.: O infinitivo impessoal é


livre, pode ser colocado antes ou
depois do verbo.

DICA 10
O futuro do pretérito e o futuro do presente NÃO ACEITAM ÊNCLISE.
Ex.: Eu contarei-lhe tudo. ERRADO!
Pode ser: Eu lhe contarei tudo. (próclise)
Ou:
Eu contar-lhe-ei tudo. (ênclise)
ATENÇÃO! SE EXISTIR PALAVRA ATRATIVA, A PRÓCLISE SERÁ OBRIGATÓRIA.
Ex.: Eu não lhe contarei tudo.
DICA 11
PARTICÍPIO não aceita ênclise! E, atenção, não podemos começar oração com
pronomes oblíquos, portanto será caso de ÊNCLISE, próclise estaria errado! Veja-se:
Ex.: Levado-a ao pai. (Particípio não aceita ênclise)
Ex.2: Provou ser bom /, nos mostrando o caminho. (Caso de ênclise, mostrando-nos, já
que não podemos começar oração com pronomes oblíquos)
(1ª oração) (2ª oração)
DICA 12
ADVÉRBIO COM VÍRGULA: A ÊNCLISE TORNA-SE OBRIGATÓRIA!
Ex.: Aqui se trabalha muito. (CORRETO)
Palavra Atrativa (advérbio)
Já com o uso da vírgula:
Ex.: Aqui, trabalha-se muito. (CORRETO)
DICA 13
COLOCAÇÃO PRONOMIAL EM LOCUÇÕS VERBAIS
* Verbo auxiliar + verbo principal no INFINITIVO ou no GERÚNDIO

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O pronome é colocado depois do auxiliar OU depois do principal que está no infinitivo


ou no gerúndio.
Ex.: Quero-lhe dizer uma coisa.
Ex.2: Quero dizer-lhe uma coisa.
Na existência de PALAVRAS ATRATIVAS, o pronome é colocado perto da palavra
atrativa OU depois do principal no infinitivo ou gerúndio.
Ex.: Não lhe vinha dizendo tudo.
Ex.2: Não vinha dizendo-lhe tudo.

RESUMO:

- É possível próclise em relação ao


auxiliar. Ex.: se conseguiu livrar
(observar se não é início de
período!)

- É possível ênclise em relação ao


auxiliar. Ex.: conseguiu-se livrar.

- É possível próclise em relação ao


principal. Ex.: Conseguiu se livrar.

- É possível ênclise em relação ao


principal. Ex.: Conseguiu livrar-se.

DICA 14

VERBOS DE LIGAÇÃO: ligam o sujeito a um predicativo do sujeito. Para o verbo ser


de ligação, é necessário estar na lista e ter predicativo do sujeito

OBS1: (se não tiver sujeito, não tem verbo de ligação, não pode ser sujeito inexistente. O
sujeito deve ser existente→ determinado ou indeterminado → Ex.: Era-se feliz no passado)
OBS2: o verbo de ligação tem que ter sujeito e predicativo do sujeito.
OBS3: o verbo de ligação pode vir seguido de adjuntos adverbiais e não admite
OBJETO DIRETO (OD), nem OBJETO INDIRETO (OI).

Ex.: Ela está feliz.


SUJEITO: ela.
PREDICATIVO (característica): feliz (variável) → predicativo do sujeito
VERBO “ESTÁ”

 Verbo de ligação (liga sujeito ao predicativo), para identificá-lo se deve analisar:

*lista de verbos de ligação:

ser,
estar,
permanecer,

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ficar,
continuar,
tornar-se,
parecer,
viver (no sentido de estar),
andar (no sentido de estar),
virar (no sentindo de tornar-se)

*são verbos de ligação quando acompanhados de predicativo do sujeito.

DICA 15

VERBOS INTRANSITIVOS:

 não apresentam objeto direto (OD) e nem objeto indireto (OI).

 Podem vir seguidos de adjuntos adverbiais e/ou predicativos.

 Nem sempre apresentam sentido completo.

Ex.1: Os rapazes estavam na sala de espera.

sujeito VI adjunto adverbial de lugar

Ex2.: Ocorreu um acidente no local.

VI sujeito adjunto adverbial de lugar.

Dica rápida sobre sujeito: 1) Tentou colocar sujeito desinencial (ele, nós) e viu que
não é o caso. 2) Verificou se é algum caso de sujeito inexistente e viu que não se trata 
CONCLUSÃO: o sujeito está expresso na frase “um acidente ocorreu”.

DICA 16

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS (VTD):

 Exigem complemento verbal sem necessidade de preposição, admitem as perguntas


ALGO ou ALGUÉM.

 Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos.

Ex.: Considerou a decisão justa naquele momento


VTD OI pred. Obj. ad. adj.

SUJEITO: Ele (sujeito elíptico, desinencial, oculto).


ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO: naquele momento.
PREDICATIVO DO OBJETO: justa.
PERGUNTA: Quem considera, CONSIDERA ALGO! No caso acima, considera “a decisão”.

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Ex2.: Mudança implica progresso


VTD
SUJEITO: Mudança.
ADJ. ADV: não tem no exemplo.
PREDICATIVO: não tem no exemplo.
PERGUNTA: Implica algo.

(***MUITA ATENÇÃO!!! implicar no sentido de acarretar não tem preposição)
DICA 17

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS VTI:

 Exigem complemento verbal que se liga ao verbo por meio de preposição;


 OBS.: ocasionalmente, a preposição ficará subentendida.
 Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos
 Admitem as perguntas: algo ou alguém? Precedidas de preposição (***principais
preposições: a, de, em, para, com, por, sobre)

Ex1.: Pensava no futuro


VTI OI

SUJEITO: eu (sujeito elíptico, desinencial, oculto).


ADJ. ADVERBIAL: não tem no exemplo.
PREDICATIVO: não tem no exemplo.
PERGUNTA: Quem pensa, pensa em alguma coisa → VTI

Ex2. Não me interessa essa explicação


ad.adv OI VTI sujeito

SUJEITO: essa explicação


ADJUNTO ADVERBIAL DE NEGAÇÃO: Não.
PREDICATIVO: não tem no exemplo.
PERGUNTA: isso interessa você, ou isso interessa A você? R: A VOCÊ → VTI → a
preposição está subentendida. ATENÇÃO!
DICA 18

VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO


 Em suma, possuem conteúdo e EXIGE DOIS COMPLETOS:
 Um com PREPOSIÇÃO OBRIGATÓRIA;
 Outro SEM PREPOSIÇÃO.

Ex.: Luiza ofereceu um presente à Júlia.

- “um presente” → Objeto direto (OD)


- “À Júlia” → Objetivo indireto (OI)
DICA 19

OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO

TOME NOTA! Ex.: Ao avarento, nada lhe satisfaz.

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OI OI PLEONÁSTICO
EXPLICANDO.... O verbo “satisfazer” é transitivo indireto. No exemplo, como se nota há
dois objetos diretos.
- “Ao avarento” → Objeto indireto.
- “lhe” → Objeto indireto pleonástico.
DICA 20

OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO

TOME NOTA! Em certos casos, o objeto direto (OD) costuma vir regido de preposição.
Isso acontece:

COM VERBOS QUE EXPRIMEM CONFIANÇA: Ex.: Amo a Deus.

POR NECESSIDADE DE CLAREZA: Ex.: O sapo matou à rã.


Explicando... se tirarmos a preposição, o sentido fica ambíguo: não
se sabe se foi o sapo que matou a rã ou foi a rã que matou o sapo.

PARA DAR REALCE AO OD: Ex.: O soldado sacou da espada.

QUANDO VEM ANTECIPADO (É OBRIGATÓRIO): Ex.: A Abel


matou Caim.

DICA 21

 ATENÇÃO! Quando o objeto direto (OD) preposicionado for constituído pelos pronomes
oblíquos tônicos (mim, ti, ele, ela, vós, eles, elas) é obrigatório o uso da preposição!
Ex.: Eu ofendi Mauro. (ofender → transitivo direto) / Eu ofendi a ele.
DICA 22

TOME NOTA! Os pronomes oblíquos: o, a, os, as, são sempre objetos diretos. Já os
pronomes oblíquos: lhe e lhes são sempre objetos indiretos. Por sua vez, os demais
pronomes oblíquos (me, te, se, nos, vos) são ora objeto direto, ora objeto indireto,
dependendo sempre da predicação verbal.
DICA 23

PREPOSIÇÃO
* Consiste em uma palavra que liga dois termos da oração, subordinando-os.
* A preposição estabelece várias relações entre tais termos. Veja-se:
Ex.1: Chegou de ônibus. (meio)
Ex.2: Chegou de Belém. (origem)

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Ex.3: Chegou com Júlia. (companhia)


Ex.4: Chegou sem Júlia. (ausência)
Ex.5: Chegou por Júlia. (causa)
DICA 24

LOCUÇÃO PREPOSITIVA
* Conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de preposição. Exs.: acerca
de, abaixo de, a fim de que, ao lado de, através de, em vez de, de acordo com, para com,
junto a, acima de, dentro de, em redor de, graças a, por causa de, a respeito de, embaixo
de.

DICA 25

 O termo que antecede a preposição é chamado regente.


 O termo que sucede a preposição é chamado regido.
Ex.: Chegou de carro.
regente preposição regido
DICA BÔNUS

CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES

ESSENCIAIS: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
perante, por, sem, sob, sobre, trás.
ACIDENTAIS: (podem funcionar como preposições, embora não sejam). Ex.:
conforme, consoante, durante, exceto, salvo, mediante etc.  A encomenda
apenas será entregue mediante pagamento.

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CONTABILIDADE GERAL

DICA 26

Classificação das Contas


São contas instáveis aquelas que podem apresentar saldo tanto devedor quanto
credor. Ex:
→ Resultado do Exercício (PL)
→ Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL)
→ Ajustes Acumulados de Conversão (PL)

DICA 27

Conceito e funções de contas

Conta é o nome técnico que identifica cada componente do patrimônio (bens, direitos
e obrigações ou patrimônio líquido) e cada elemento de resultado (despesas e receitas).

A função da conta é representar a variação patrimonial que um fato promove no


patrimônio de uma empresa. Todo fato mensurável em dinheiro é representado por uma
conta. Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na empresa (como compras,
vendas, pagamentos ou recebimentos) são registrados pela contabilidade em contas
próprias.

Toda movimentação de dinheiro, por exemplo, é registrada em uma conta denominada


Caixa. Os objetos comercializados pela entidade são registrados em uma conta denomina
Mercadorias/Estoques, e assim por diante.

DICA 28

Teoria Personalista de classificação de contas:

Para a escola personalista, o entendimento para a forma de classificação e interpretação


das contas é que podem ser representadas por pessoas com as quais são mantidas
relações jurídicas, ou seja, que se relacionam com a entidade em termos de débito
e crédito.

Todos os débitos efetuados nas contas dessas pessoas representam suas responsabilidades,
enquanto todos os créditos representam seus direitos em relação ao titular do Patrimônio.

Por essa teoria, as contas são classificadas segundo a natureza da relação jurídica que
essas pessoas mantêm com o titular do Patrimônio.

Na Teoria personalista, temos três tipos de contas (pessoas):

a) Proprietários: consiste nos responsáveis pelas contas do patrimônio líquido e suas


variações, como receitas e despesas. São, portanto, contas dos proprietários: Capital
social, Receita de vendas, Custo da mercadoria vendida (CMV), ICMS sobre vendas,
Devoluções de vendas, Receitas financeiras, Reserva legal, etc.

b) Agentes consignatários: consiste nas pessoas (contas) a quem a entidade confia a


guarda os bens (Ativo), ou seja, que representam os bens. São, portanto, contas dos
agentes consignatários: Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc.

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c) Agentes correspondentes: consiste nas pessoas que representam as contas de


direitos (Ativo) ou obrigações (Passivo). São terceiros, que se situam na posição de
devedor ou credor da entidade. São, portanto, contas dos agentes correspondentes as
contas em que a entidade mantém esse tipo de relação jurídica, como por exemplo, Clientes
e Fornecedores. Os clientes devem à empresa o valor correspondente a suas compras a
prazo e os fornecedores são credores da empresa em relação às vendas a prazo que a esta
foram feitas. Daí resulta que Clientes é conta devedora e Fornecedores é conta credora.

DICA 29

Teoria Materialista de classificação de contas:

A escola materialista defende que as contas representam entradas e saídas de valores,


tratando-se de uma relação material em que a conta só deve existir enquanto houver
também o elemento material por ela representado.

Neste sentido, as contas dividem-se em:

a) Integrais (ou Elementares): são as representativas dos bens, dos direitos e das
obrigações da entidade, ou seja, Ativo e Passivo Exigível.

b) Diferenciais (ou Derivadas): são as representativas do Patrimônio Líquido, das


receitas e das despesas da entidade.

DICA 30

Teoria Patrimonialista de classificação de contas:

Segundo a teoria patrimonialista o objeto de estudo da ciência contábil é o Patrimônio de


uma entidade. A contabilidade tem como finalidade controlar este patrimônio e apurar o
resultado das empresas.

Estas contas se classificam da seguinte forma:

a) Contas Patrimoniais: são as contas representativas dos bens e dos direitos (Ativo),
das obrigações (Passivo) e do Patrimônio Líquido (PL) da entidade.

b) Contas de Resultado: são as contas que representam as receitas e as despesas da


entidade.

DICA 31

Livro Razão
O livro razão tem por finalidade informar a movimentação de cada conta escriturada
no livro Diário, seguindo a mesma ordem cronológica que o Livro Diário.
No Razão será demonstrado em cada folha o movimento de uma determinada conta,
sempre trazendo o seu saldo inicial, a movimentação do período e o saldo final,
sendo devedor ou credor.
Para este livro, não existe nenhuma formalidade básica, seja para a sua escrituração
ou para o seu registro.
Para a legislação comercial, ele não é um livro obrigatório para as empresas, sendo um
livro facultativo. Já para os contribuintes do imposto de renda na modalidade Lucro Real
ele é obrigatório.

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DICA 32

Livro Diário
Todos os registros de fatos ocorridos em uma entidade, no decorrer de um exercício, devem
ser escriturados no Livro Diário.
Sendo um dos livros obrigatórios para efeitos de registros e posteriores fiscalizações pelos
órgãos competentes, o Livro Diário deve seguir algumas formalidades para ser escriturado
conforme a seguir.
No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização,
clareza e referência ao documento comprovante, todas as operações ocorridas, e
quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais.
Por ser de registro obrigatório em órgão público, o livro Diário deve apresentar termo
de abertura e termo de encerramento, onde, dentre outras informações, devem constar
as assinaturas do contabilista e do titular ou de representante legal da entidade.
A escrituração deve conter, no mínimo:
→ Data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu.
→ Conta devedora.
→ Conta credora.
→ Histórico que represente a essência econômica da transação.
→ Valor do registro contábil.
→ Informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram
um mesmo lançamento contábil.
DICA 33

Escrituração – Conceitos
A lei 6.404/76 é criteriosa ao definir o conceito de escrituração. De acordo com o art. 177:
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com
obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de
contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis
uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de
competência.
§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou
critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses
efeitos.
§ 2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem
qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas
nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que
constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou
critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a
elaboração de outras demonstrações financeiras.
Neste sentido, a escrituração não é flexível e não possui métodos e critérios
variáveis, mas sim uniforme.

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DICA 34

Folha de Pagamento

Salário Bruto inclui:

→ salário básico (despesa da empresa);

→ horas extra (despesa da empresa);

→ gratificações (despesa da empresa);

→ salário família (despesa do governo);

→ salário maternidade (despesa do governo);

Além do salário bruto a empresa deve recolher FGTS e Contribuição


Previdenciária Patronal.

São despesas do empregado, que a empresa retém do salário: Imposto de


Renda Retido na Fonte e Contribuição Previdenciária do Empregado.

DICA 35

Ativos intangíveis

Os chamados "ativos intangíveis" são aqueles que não têm existência física. Como
exemplos de intangíveis: os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão
ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, direitos autorais adquiridos, softwares
e o fundo de comércio adquirido.

Trata-se de um desmembramento do ativo imobilizado, que, a partir da vigência da Lei


11.638/2007, passa a contar apenas com bens corpóreos de uso permanente.

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 04, um Ativo Intangível pode ser assim considerado
quando:

→ For separável, ou seja, capaz de ser separado ou dividido da empresa, podendo ser
negociado, vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado;

→ Resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais;

→ For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo


sejam gerados em favor da entidade;

→ Puder ter seu custo mensurado com segurança.

Os ativos intangíveis não são depreciados, mas sim amortizados. A amortização é a


redução do valor aplicado na aquisição de ativos intangíveis, de duração limitada ou
de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado.

Segundo o Pronunciamento CPC 04 a amortização inicia-se no momento em que o ativo


estiver disponível para uso e encerra-se na data em que o ativo é classificado como
mantido para venda ou na data em que ele é baixado (o que ocorrer primeiro).

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ESTATÍSTICA

DICA 36

Moda

→ A moda é definida como sendo aquele valor ou valores que ocorrem com maior
frequência em um rol.

→ Baseado neste contexto, um conjunto de valores pode apresentar mais de uma moda.
Nesse caso, dizemos ser plurimodal (ou polimodal), caso contrário, será unimodal
(apenas uma moda), ou ainda, amodal (quando todos os valores das variáveis em
estudo apresentarem uma mesma frequência).

→ Moda para Dados Não-Agrupados:

✓ Para a identificação da moda em um conjunto ordenado de valores não agrupados em


classe, basta verificar, no conjunto, aquele valor que aparece com maior frequência.

→ Moda para Dados Agrupados Sem Intervalos de Classe:

✓ Quando os dados estiverem dispostos em uma tabela com frequências, não agrupados
em classes, a localização da moda é imediata, bastando para isso, verificar na tabela, qual
o valor associado à maior frequência.

DICA 37

Variáveis Aleatórias

- Variável aleatória (v.a.) é uma variável que é associada a uma distribuição de


probabilidade. Ela pode assumir valores de uma maneira completamente aleatória, ou seja,
não temos como prever o seu resultado. Por outro lado, podemos associar valores de
probabilidade a cada um dos possíveis resultados.

- Uma variável aleatória discreta pode assumir apenas certos valores, usualmente
números racionais, e resultam basicamente de contagens.

- Uma variável aleatória contínua é aquela que resulta de uma medida e pode assumir
qualquer valor dentro de um dado intervalo.

DICA 38

A distribuição normal (também conhecida como Distribuição de Gauss ou Distribuição


Gaussiana).

→ A distribuição normal pode ser usada como aproximação para muitos tipos de
distribuições em grandes amostras.

→ A distribuição N(0,1) de média 0 e variância 1 é muito importante e recebe um nome


especial: distribuição normal padrão ou distribuição normal reduzida.

DICA 39

Tipos de Amostragem

✓ Aleatória Simples: elementos são "escolhidos" ao acaso, a probabilidade de um ser


escolhido é a mesma dos outros. Ex.: sorteio dos números da mega-sena.

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✓ Por Estratificação: analisa-se a população dividindo-a em subconjuntos (estratos) com


elementos homogêneos, de cada estrato são retiradas amostras aleatórias simples.

✓ Por Conglomerados: parece, mas não é igual a por estratificação. Aqui também
dividimos a população em subconjuntos, mas os elementos dos subconjuntos não mais se
parecem entre si, a homogeneidade se dá entre um subconjunto e outro. Ex. Se a população
é formada pelos vários funcionários de 5 fábricas de celulares. A amostragem "pegaria" os
funcionários de uma dessas fábricas.

DICA 40

Tipos de Amostragem

✓ Sistemática: os elementos são colocados em alguma espécie de "ordem" e selecionam-


se elementos a cada "x".

✓ Por Conveniência: não há critério na seleção dos elementos, selecionam-se os mais


"fáceis".

✓ Por Julgamento: o elemento é escolhido por alguma razão.

✓ Por cotas: a proporcionalidade entre os "tipos" de elementos na amostra é mantida em


relação às da população. a diferença para amostragem estratificada é que os elementos não
são selecionados por uma amostragem aleatória simples.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 41

LEI Nº 13.445/2017 – LEI DE MIGRAÇÃO

MEDIDAS DE RETIRADA COMPULSÓRIA

Art. 47, da Lei nº. 13.445/17. A repatriação, a deportação e a expulsão serão feitas
para o país de nacionalidade ou de procedência do migrante ou do visitante, ou
para outro que o aceite, em observância aos tratados dos quais o Brasil seja parte.

Art. 48, da Lei nº. 13.445/17. Nos casos de deportação ou expulsão, o chefe da unidade
da Polícia Federal poderá representar perante o juízo federal, respeitados, nos
procedimentos judiciais, os direitos à ampla defesa e ao devido processo legal.

DICA 42

REPATRIAÇÃO

Art. 49, da Lei nº. 13.445/17. A repatriação consiste em medida administrativa de


devolução de pessoa em situação de impedimento ao país de procedência ou de
nacionalidade.

§ 1º Será feita imediata comunicação do ato fundamentado de repatriação à empresa


transportadora e à autoridade consular do país de procedência ou de nacionalidade do
migrante ou do visitante, ou a quem o representa.

§ 2º A Defensoria Pública da União será notificada, preferencialmente por via


eletrônica, no caso do § 4º deste artigo ou quando a repatriação imediata não seja
possível.

§ 3º Condições específicas de repatriação podem ser definidas por regulamento ou tratado,


observados os princípios e as garantias previstos nesta Lei.

MUITA ATENÇÃO AO § 4º!!!

§ 4º Não será aplicada medida de repatriação à pessoa em situação de refúgio ou de


apatridia, de fato ou de direito, ao menor de 18 (dezoito) anos desacompanhado ou
separado de sua família, exceto nos casos em que se demonstrar favorável para a
garantia de seus direitos ou para a reintegração a sua família de origem, ou a quem
necessite de acolhimento humanitário, nem, em qualquer caso, medida de devolução
para país ou região que possa apresentar risco à vida, à integridade pessoal ou à liberdade
da pessoa.

DICA 43

DEPORTAÇÃO

Art. 50, da Lei nº. 13.445/17. A deportação é medida decorrente de procedimento


administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em
situação migratória irregular em território nacional.

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§ 1º A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual


constem, expressamente, as irregularidades verificadas e prazo para a regularização
não inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado, por igual período, por
despacho fundamentado e mediante compromisso de a pessoa manter atualizadas suas
informações domiciliares.

§ 2º A notificação prevista no § 1º não impede a livre circulação em território nacional,


devendo o deportando informar seu domicílio e suas atividades.

§ 3º Vencido o prazo do § 1º sem que se regularize a situação migratória, a deportação


poderá ser executada.

§ 4º A deportação NÃO EXCLUI eventuais direitos adquiridos em relações contratuais ou


decorrentes da lei brasileira.

§ 5º A saída voluntária de pessoa notificada para deixar o País equivale ao cumprimento da


notificação de deportação para todos os fins.

§ 6º O prazo previsto no § 1º poderá ser reduzido nos casos que se enquadrem no inciso
IX do art. 45.

DICA 44

Art. 51, da Lei nº. 13.445/17. Os procedimentos conducentes à deportação devem


respeitar o contraditório e a ampla defesa e a garantia de recurso com efeito
suspensivo.

§ 1º A Defensoria Pública da União deverá ser notificada, preferencialmente por meio


eletrônico, para prestação de assistência ao deportando em todos os procedimentos
administrativos de deportação.

§ 2º A ausência de manifestação da Defensoria Pública da União, desde que prévia e


devidamente notificada, não impedirá a efetivação da medida de deportação.

DICA 45

Art. 52, da Lei nº. 13.445/17. Em se tratando de apátrida, o procedimento de


deportação DEPENDERÁ DE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DA AUTORIDADE
COMPETENTE.

DICA 46

Art. 53, da Lei nº. 13.445/17. Não se procederá à deportação se a medida configurar
extradição não admitida pela legislação brasileira.

DICA 47

EXPULSÃO

Art. 54, da Lei nº. 13.445/17. A expulsão consiste em medida administrativa de retirada
compulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o
impedimento de reingresso por prazo determinado.

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§ 1º Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença transitada em julgado


relativa à prática de:

I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de


agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de
1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002 ; ou

II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a


gravidade e as possibilidades de ressocialização em território nacional.

§ 2º Caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do impedimento


de reingresso e a suspensão ou a revogação dos efeitos da expulsão, observado o disposto
nesta Lei.

§ 3º O processamento da expulsão em caso de crime comum não prejudicará a progressão


de regime, o cumprimento da pena, a suspensão condicional do processo, a comutação da
pena ou a concessão de pena alternativa, de indulto coletivo ou individual, de anistia ou de
quaisquer benefícios concedidos em igualdade de condições ao nacional brasileiro.

§ 4º O prazo de vigência da medida de impedimento vinculada aos efeitos da


expulsão será proporcional ao prazo total da pena aplicada e NUNCA SERÁ
SUPERIOR ao dobro de seu tempo.

DICA 48

Art. 55, da Lei nº. 13.445/17. Não se procederá à expulsão quando:

I - a medida configurar extradição inadmitida pela legislação brasileira;

II - o expulsando:

a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou
socioafetiva ou tiver pessoa brasileira sob sua tutela;

b) tiver cônjuge ou companheiro residente no Brasil, sem discriminação alguma,


reconhecido judicial ou legalmente;

c) tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos de idade, residindo desde então
no País;

d) for pessoa com mais de 70 (setenta) anos que resida no País há mais de 10
(dez) anos, considerados a gravidade e o fundamento da expulsão.

DICA 49

Art. 58, da Lei nº. 13.445/17. No processo de expulsão serão garantidos o contraditório
e a ampla defesa.

§ 1º A Defensoria Pública da União será notificada da instauração de processo de


expulsão, se não houver defensor constituído.

§ 2º Caberá pedido de reconsideração da decisão sobre a expulsão no prazo de 10


(dez) dias, a contar da notificação pessoal do expulsando.

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DICA 50

Art. 60, da Lei nº. 13.445/17. A existência de processo de expulsão não impede a
saída voluntária do expulsando do País. MUITA ATENÇÃO!

DICA 51

LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS)

NÃO ESQUECER!

>> A responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais É POSSÍVEL;


INDEPENDENTEMENTE da responsabilização da pessoa física que agia em seu nome.

>> As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e


penalmente conforme o disposto na Lei de Crimes Ambientais = nos casos em que a
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou
de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

ATENÇÃO! A responsabilidade das pessoas jurídicas NÃO EXCLUI a das pessoas físicas,
autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.

ATENLÇÂO2! Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua


personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade
do meio ambiente.

DICA 52

As penas aplicáveis - isolada, cumulativa ou alternativamente - às PESSOAS


JURÍDICAS são:

MULTA X X

> A suspensão de
atividades será
aplicada quando estas
I - suspensão parcial não estiverem
ou total de atividades; obedecendo às
disposições legais ou
II - interdição regulamentares,
temporária de relativas à proteção do
estabelecimento, obra ou meio ambiente.
RESTRITIVAS DE DIREITOS
atividade;
> A interdição será
III - proibição de aplicada quando o
contratar com o Poder estabelecimento, obra
Público, bem como dele ou atividade estiver
obter subsídios, funcionando sem a
subvenções ou doações. devida autorização, ou
em desacordo com a
concedida, ou com

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violação de disposição
legal ou regulamentar.

A proibição de
contratar com o Poder
Público e dele obter
subsídios, subvenções
ou doações não
poderá exceder o
prazo de dez anos.

I - custeio de
programas e de projetos
ambientais;
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À
COMUNIDADE II - execução de
obras de recuperação de X
áreas degradadas;

III - manutenção de
espaços públicos;

IV - contribuições a
entidades ambientais ou
culturais públicas.

DICA 53

A PESSOA JURÍDICA constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de


permitir, facilitar ou ocultar a prática de CRIME AMBIENTAL terá decretada sua
LIQUIDAÇÃO FORÇADA = seu patrimônio será considerado instrumento do crime e
como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.

DICA 54

Nos CRIMES AMBIENTAIS, a SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA PODE SER


APLICADA nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior A
TRÊS ANOS.

DICA 55

NOS CRIMES AMBIENTAIS:

*Para IMPOSIÇÃO E GRADAÇÃO DA PENALIDADE, a autoridade competente observará:

I - a GRAVIDADE DO FATO, tendo em vista os motivos da infração e suas


consequências para a saúde pública e para o meio ambiente;

II - os ANTECEDENTES DO INFRATOR quanto ao cumprimento da legislação de


interesse ambiental;

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III - a SITUAÇÃO ECONÔMICA DO INFRATOR, no caso de multa.

OBS.: Nos crimes ambientais a ação penal é PÚBLICA INCONDICIONADA.

DICA 56

São CIRCUNSTÂNCIAS QUE AGRAVAM A PENA NOS CRIMES AMBIENTAIS, quando


não constituem ou qualificam o crime:

I - REINCIDÊNCIA nos crimes de natureza ambiental;

II - ter o agente cometido a infração:

a) para obter vantagem pecuniária;

b) coagindo outrem para a execução material da infração;

c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o


meio ambiente;

d) concorrendo para danos à propriedade alheia;

e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato


do Poder Público, a regime especial de uso;

f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;

g) em período de defeso à fauna;

h) em DOMINGOS OU FERIADOS;

i) à NOITE;

j) em épocas de seca ou inundações;

l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;

m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;

n) mediante fraude ou abuso de confiança;

o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização


ambiental;

p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por


verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;

q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das


autoridades competentes;

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r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.

DICA 57

Na lei de CRIMES AMBIENTAIS, as penas restritivas de direito são:

I - prestação de serviços à comunidade;

II - interdição temporária de direitos;

III - suspensão parcial ou total de atividades;

IV - prestação pecuniária;

V - recolhimento domiciliar.

OBS.: LEMBRAR QUE NO CASO DE PESSOA JURÍDICA AS PENAS RESTRITIVAS DE


DIREITOS ESTÃO ESPECIFICADAS DISTINTAMENTE! NÃO CONFUNDIR E CAIR NESSA
PEGADINHA!

OBS.2: NOS CRIMES AMBIENTAIS, a PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA consiste no


pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social, de
importância, fixada pelo juiz, NÃO INFERIOR A UM SALÁRIO MÍNIMO NEM
SUPERIOR A TREZENTOS E SESSENTA (360) SALÁRIOS MÍNIMOS. O valor pago será
deduzido do montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator.

DICA 58

*NÃO É CRIME O ABATE DE ANIMAL, quando realizado:

1. em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua


família; (Algumas bancas já cobraram inclusive animais em extinção,
haja vista que a legislação não faz essa ressalva)

2. para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou


destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado
pela autoridade competente;

3. por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão
competente.

DICA 59

LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS)

Nos CRIMES CONTRA A FLORA, a pena é aumentada de um sexto a um terço se:

I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou


a modificação do regime climático;

II - o crime é cometido:

a) no período de queda das sementes;

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b) no período de formação de vegetações;

c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a


ameaça ocorra somente no local da infração;

d) em época de seca ou inundação;

e) durante a noite, em domingo ou feriado.

DICA 60

LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS)

CRIME DE POLUIÇÃO – Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais
que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, OU que provoquem a
mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, E multa.

*Se o crime é culposo (ATENÇÃO! ADMITE MODALIDADE CULPOSA):

Pena - detenção, de seis meses a um ano, E multa.

*Se o crime:

I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que


momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos
à saúde da população;

III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do


abastecimento público de água de uma comunidade;

IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;

V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou


detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências
estabelecidas em leis ou regulamentos:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

ATENÇÃO! Incorre nas mesmas penas previstas acima (Pena - reclusão, de um a cinco
anos) quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente,
medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental GRAVE ou
IRREVERSÍVEL.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

A criação e extinção de órgãos da Administração Indireta se dá através de LEI EM SENTIDO


FORMAL.

*Poder Executivo → iniciativa de lei cabe ao chefe desse poder (art. 61, §1º, inciso II, alínea
“e”);
*Poder Judiciário → iniciativa de lei cabe ao STF, aos Tribunais Superiores e aos TJs,
conforme o caso, nos termos da CF, art. 96, inciso II, alíneas “c” e “d”;
*Poder Legislativo → ATENÇÃO! Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pela
interpretação do art. 51, IV e XIII, da CF/88, a criação e a extinção de seus órgãos, bem
como as normas sobre sua organização e funcionamento não dependem de lei, não depende
de lei, mas tão somente de atos administrativos praticados pelas respectivas Casas.

ATENÇÃO! É recomendável que o candidato se atente pela regra geral: NECESSIDADE DE


LEI EM SENTIDO FORMAL para criação e extinção. Todavia, se o examinador abordar de
modo expresso o caso específico do Poder Legislativo, recomenda-se o entendimento do
aludido autor.

DICA 62

As fundações públicas são criadas pelo Estado por meio de patrimônio público, já as
privadas são criadas por uma pessoa privada, a partir de patrimônio privado.

DICA 63

Não se considera a publicidade como elemento de formação do ato administrativo


(elemento de validade do ato administrativo). É, na verdade, um requisito de eficácia, ou
seja, o permite a produzir seus efeitos esperados.

DICA 64

SEM X EP

EP SEM
Foro processual Justiça Federal Justiça Estadual
(regra) (regra)
Forma societária Qualquer forma Sempre S.A
Capital 100% público Público + privado,
OBS: é possível a com a maioria do
participação de PJ de capital votando
direito privado, que público.
seja integrante da
administração
indireta.

*Lei das Estatais (Lei n. 13.303/2016)

→ Empresa pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com


criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente
detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios (admite a

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participação de outras PJ de direito público interno bem como de entidades da


Adm. indireta).

→ Sociedade de economia mista: entidade dotada de personalidade jurídica de direito


privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações
com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios ou a entidade da administração indireta.

DICA 65

As autarquias e as fundações públicas de direito público (também denominadas


fundações autárquicas ou autarquia fundacional) adquirem a personalidade jurídica
com a vigência da LEI DE CRIAÇÃO. Logo, não há que se falar em registro do ato
constitutivo.
DICA 66

ATENÇÃO! Os atos praticados pelos administradores de uma sociedade de economia mista,


nesta qualidade, podem ter natureza de ato administrativo, a exemplo de decisões
indeferindo requerimento de informações, formulado por particular, sobre os serviços
públicos prestados pela empresa.

DICA 67

REGULAMENTO AUTORIZADO: são atos normativos que complementam, em especial,


matérias de natureza técnica (discricionariedade técnica); equiparam-se às normas
penais em branco do D. Penal. Carecem de prévia autorização legal para que sejam
editados. Ex.: regulamentos técnicos expedidos pela Anatel.

DICA 68

Classificações dos atos administrativos

● Quanto ao grau de liberdade em sua prática: atos vinculados e atos discricionários;

● Quanto aos destinatários do ato: atos gerais e individuais;

● Quanto à situação de terceiros: atos internos e externos;

● Quanto à formação de vontade: atos simples, complexos e compostos;

● Quanto às prerrogativas com que atua a Administração: atos de império, de gestão


e de expediente;

● Quanto aos efeitos: atos constitutivos, extintivos, modificativos e declaratórios;

● Quanto aos requisitos de validade: atos válidos, nulos, anuláveis e inexistentes;

● Quanto à exequibilidade: atos perfeitos, eficazes, pendentes e consumados.

DICA 69

A discricionariedade também existe quando a lei usa, na descrição do motivo que enseja a
prática do ato administrativo, conceitos jurídicos indeterminados, isto é, expressões de
significado vago, impreciso, tais como “insubordinação grave”, “conduta escandalosa”,
“boa-fé”, “moralidade pública” e outras do gênero.

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Ressalte-se que os conceitos jurídicos indeterminados geralmente possuem zonas de


certeza positivas e negativas, nas quais é possível afirmar, de forma inequívoca, se
determinado fato se enquadra ou não no conceito; assim, nas zonas de certeza não há
discricionariedade. Com efeito, a liberdade do administrador está restrita às
chamadas “zonas cinzentas”, nas quais o conceito jurídico indeterminado permite mais
de uma interpretação legítima.

DICA 70

Os atos gerais são dotados de “generalidade e abstração” ou, em outras palavras, de


“normatividade”. Por isso, também são chamados de atos abstratos, impróprios ou
normativos.

Exemplos de atos gerais: regulamentos, instruções normativas, portarias, circulares,


resoluções, dentre outros.

O conteúdo dos atos gerais é sempre discricionário, limitado, porém, pelo conteúdo
da lei. Ora, se a lei admite regulamentação, por óbvio a Administração tem certa margem
de liberdade para definir as melhores formas de dar cumprimento aos comandos legais; o
ato normativo não pode, contudo, ir além do que a lei prevê.

Uma vez que seu conteúdo é discricionário, os atos gerais podem ser revogados a
qualquer tempo, respeitados os direitos adquiridos durante a sua vigência.

DICA 71

Os atos individuais são os que produzem efeitos jurídicos no caso concreto. Regulam
situações concretas e destinam-se a pessoas específicas. Por isso também são chamados
de atos concretos ou próprios.

Exemplos de atos individuais: nomeação, exoneração, tombamento, decretos de


desapropriação, autorização, licença etc.

Detalhe importante é que o ato individual pode ter um único destinatário (ato singular)
ou diversos destinatários (ato plúrimo). O que caracteriza o ato individual é o fato de
seus destinatários serem certos e determinados.

DICA 72

Atos internos e externos

Nos atos internos, os efeitos do ato atingem apenas os agentes e órgãos da entidade que
o editou.

Exemplos de atos internos: portaria de remoção de um servidor; ordens de serviço em


geral; portaria de criação de um grupo de trabalho; designação de servidor para participar
de um curso etc.

Nos atos externos, os efeitos do ato alcançam os administrados em geral, os contratantes


e, em certos casos, os próprios servidores.

Ressalte-se que os atos externos podem ser destinados tanto aos particulares quanto à
própria Administração; o que os distingue é o fato de produzirem efeitos fora da
repartição que os originou.

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Exemplos de atos externos: atos normativos, nomeação de aprovados em um concurso


público, multas aplicadas a empresas contratadas pela Administração, editais de licitação
etc.

DICA 73

Atos simples, complexos e compostos

● Atos simples são os que decorrem da manifestação de um único órgão, unipessoal ou


colegiado.

● Atos complexos são os que decorrem de duas ou mais manifestações de vontade


autônomas, provenientes de órgãos diversos (há um ato único).

● Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade
de um é instrumental em relação à do outro (existem dois atos).

DICA 74

Ato válido, nulo, anulável e inexistente

O ato válido é aquele que respeitou, em sua formação, todos os requisitos legais relativos
aos elementos competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Por outras palavras, é o ato
que não tem qualquer vício, qualquer ilegalidade.

O ato nulo é aquele com vício insanável em um dos seus elementos constitutivos. Por
exemplo, o ato com motivo inexistente, o ato com objeto não previsto em lei e o ato
praticado com desvio de finalidade.

Ressalte-se que os atos nulos são atos ilegais ou ilegítimos e, por isso, não podem ser
convalidados; ao contrário, devem ser anulados. Lembrando que o administrado não pode
se negar a dar cumprimento ao ato nulo até que a nulidade seja reconhecida e declarada
pela Administração ou pelo Judiciário (atributo da presunção de legitimidade dos atos
administrativos).

O ato anulável é o que apresenta defeito sanável, ou seja, passível de convalidação pela
própria Administração. São sanáveis os vícios de competência quanto à pessoa (e não
quanto à matéria), exceto se se tratar de competência exclusiva, e o vício de forma, a
menos que se trate de forma exigida pela lei como condição essencial à validade do ato.

O ato inexistente é aquele que apenas possui aparência de ato administrativo, mas, na
verdade, possui algum defeito capital que o impede de produzir efeitos no mundo jurídico.

DICA 75

Ato perfeito, eficaz, pendente e consumado

- Ato perfeito é aquele que já concluiu todas as etapas da sua formação.

- Ato eficaz é o ato perfeito que já está apto a produzir efeitos, não dependendo de nenhum
evento posterior, como termo, condição, aprovação, autorização etc.

- Ato pendente é o ato perfeito que ainda depende de algum evento posterior para produzir
efeitos.

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- Ato consumado ou exaurido é o que já produziu todos os efeitos que estava apto a
produzir.

DICA 76

O ato administrativo pode ser:

→ Perfeito, válido e eficaz: quando cumpriu seu ciclo de formação (perfeito), encontra-
se em conformidade com a ordem jurídica (válido) e disponível para a produção dos efeitos
que lhe são típicos (eficaz);

→ Perfeito, inválido e eficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, o ato, ainda que
contrário à ordem jurídica (inválido, portanto), encontra-se produzindo os efeitos que lhe
são inerentes.

→ Perfeito, válido e ineficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, encontra-se em


consonância com a ordem jurídica, contudo, ainda não se encontra disponível para a
produção dos efeitos que lhe são próprios, por depender de um termo inicial ou de uma
condição suspensiva, ou autorização, aprovação ou homologação.

→ Perfeito, inválido e ineficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, o ato encontra-se


em desconformidade com a ordem jurídica, ao tempo que não pode produzir seus efeitos
por se encontrar na dependência de algum evento futuro necessário a produção de seus
efeitos.

DICA 77

Espécies de atos administrativos

Atos normativos são os atos com efeitos gerais e abstratos, e, bem por isso, atingem
todos aqueles que se situam em idêntica situação jurídica (não têm destinatários
determinados).

Os atos normativos não podem ser objeto de impugnação direta por meio de recursos
administrativos ou ação judicial ordinária. Em outras palavras, o administrado não pode
entrar com um recurso administrativo ou com uma ação ordinária na Justiça para requerer
a anulação de um ato normativo; o que ele pode fazer é pedir a anulação dos efeitos
provocados pelo ato sobre a sua situação particular, mas não a invalidação do ato em si.

DICA 78

Principais atos normativos

Decretos: são atos resultantes da manifestação de vontade dos chefes do Executivo


(Presidente da República, Governadores e Prefeitos). Os decretos podem ser gerais ou
individuais.

Regulamentos: são atos normativos que especificam, detalham, explicam os


mandamentos da lei. Destinam-se à atuação externa (normatividade em relação aos
particulares). São postos em vigência, em regra, por Decretos do Poder Executivo.

Instruções normativas: são atos normativos expedidos pelos Ministros de Estado para a
execução das leis, decretos ou regulamentos.

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Regimentos: são atos administrativos normativos de atuação interna, dado que se


destinam a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas.
Derivam também do poder hierárquico da Administração, já que visam à organização
interna de seus órgãos.

Resoluções: são atos, normativos ou individuais, emanados de autoridades de elevado


escalão administrativo como, por exemplo, Ministros e Secretários de Estado ou Município,
ou de algumas pessoas administrativas ligadas ao Governo.

Deliberações: são atos oriundos, em regra, de órgãos colegiados, como conselhos,


comissões, tribunais administrativos etc. Normalmente, representam a vontade majoritária
de seus componentes. Quando normativas, são atos gerais (normativos); quando
decisórias, são atos individuais.

DICA 79

Principais espécies de atos negociais

Licença: ato administrativo vinculado e definitivo, cuja função é conferir direitos ao


particular que preencheu todos os requisitos legais. Trata-se de um direito subjetivo;
portanto, não pode ser negado pela Administração.

Autorização: ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração Pública


possibilita ao particular o exercício de alguma atividade material de predominante interesse
dele e que, sem esse consentimento, seria legalmente proibida (autorização como ato de
polícia), ou a prestação de serviço público não exclusivo do Estado (autorização de serviço
público), ou, ainda, a utilização de um bem público (autorização de uso).

Permissão: ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração faculta


ao particular o uso de bem público. Ressalte-se que a permissão, enquanto ato
administrativo, refere-se apenas ao uso de bem público; caso se refira à delegação de
serviços públicos, a permissão deve ser formalizada mediante um “contrato de adesão”,
precedido de licitação (ou seja, não constitui um ato administrativo).

DICA 80

Os atos punitivos são aqueles que impõem sanções administrativas aos que descumprirem
normas legais ou administrativas. Podem ser de ordem interna ou externa.

Os atos punitivos internos têm como destinatários os servidores públicos. São exemplos
as penalidades disciplinares, como a advertência, suspensão, demissão.

Já os atos punitivos externos têm como destinatários os particulares que pratiquem


infrações administrativas em geral. São exemplos as sanções aplicadas aos particulares
contratados pela Administração Pública, previstas na Lei de Licitações e Contratos, bem
como as penalidades aplicadas no âmbito da atividade de polícia administrativa (interdição
de atividades, destruição de alimentos, substâncias ou objetos imprestáveis, nocivos ao
consumo ou, ainda, proibidos em lei etc.).

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DICA 81

Um ato administrativo extingue-se por:

→ Cumprimento de seus efeitos (extinção natural), por exemplo, o gozo de férias pelo
servidor, a execução da ordem de demolição de uma casa, a chegada do termo final do ato
etc.

→ Desaparecimento do sujeito (extinção subjetiva) ou do objeto (extinção


objetiva), por exemplo, a concessão de licença para tratar de interesse particular a servidor
que, posteriormente, vem a falecer (extinção subjetiva); a permissão para uso de bem
público que vem a ser destruído por catástrofe natural (extinção objetiva).

→ Retirada, que abrange:

● Revogação, em que a retirada se dá por razões de conveniência e


oportunidade;

● Anulação ou invalidação, por razões de legalidade;

● Cassação, em que a retirada ocorre pelo descumprimento de condição


fundamental para que o ato pudesse ser mantido, por exemplo, ultrapassar o
número máximo de infrações de trânsito permitido em um ano, fazendo com
que o infrator tenha sua habilitação cassada.

● Caducidade, em que a retirada se dá porque uma norma jurídica posterior


tornou inviável a permanência da situação antes permitida pelo ato. O exemplo
dado é a caducidade de permissão para explorar parque de diversões em local
que, em face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível com aquele
tipo de uso.

● Contraposição, que se dá pela edição posterior de ato cujos efeitos se


contrapõem ao anteriormente emitido. É o caso da exoneração de servidor, que
tem efeitos contrapostos à nomeação.

● Renúncia, pela qual se extinguem os efeitos do ato porque o próprio


beneficiário abriu mão de uma vantagem de que desfrutava. É o caso, por
exemplo, do servidor inativo que abre mão da aposentadoria para reassumir
cargo na Administração.

DICA 82

Não são passíveis de revogação os atos:

→ exauridos ou consumados: afinal, o efeito da revogação é não retroativo, para o futuro;


como o ato já não tem mais efeitos a produzir, a sua revogação não faz sentido;

→ vinculados: haja vista que a revogação tem por fundamento razões de conveniência e
de oportunidade, inexistentes nos atos vinculados;

→ que geraram direitos adquiridos: é uma garantia constitucional (CF, art. 5º, XXXVI);
se nem a lei pode prejudicar um direito adquirido, muito menos o poderia um juízo de
conveniência e oportunidade;

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→ integrantes de um procedimento administrativo: porque a prática do ato sucessivo


acarreta a preclusão do ato anterior, ou seja, ocorre a preclusão administrativa em relação
à etapa anterior, tornando incabível uma nova apreciação do ato anterior quanto ao seu
mérito;

→ meros atos administrativos: como são os atestados, os pareceres e as certidões,


porque os efeitos deles decorrentes são estabelecidos pela lei;

→ complexos: uma vez que tais atos são formados pela conjugação de vontades
autônomas de órgãos diversos, e, com isso, a vontade de um dos órgãos não pode desfazer
o ato; e

→ quando se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato (ex: o ato foi


objeto de recurso administrativo cuja apreciação compete a instância superior; nesse caso,
a autoridade que praticou o ato recorrido não mais poderá revogá-lo, pois sua competência
no processo já se exauriu).

DICA 83

ATO ADMINISTRATIVO

REVOGAÇÃO ANULAÇÃO CONVALIDAÇÃO

Natureza do Legalidade e
controle De mérito (sem legitimidade Legalidade e
vício) (vícios insanáveis) legitimidade
(vícios sanáveis)

Eficácia Ex nunc (não Ex tunc (retroage) Ex tunc (retroage)


retroage)

Competência Administração Administração e Administração


Judiciário

Atos
Incidência discricionários Atos vinculados e Atos vinculados e
(não existe discricionários discricionários
revogação de ato
vinculado)

A anulação de ato
Natureza do A revogação é um com vício insanável é A convalidação é um
desfazimento ato discricionário. um ato vinculado. A ato discricionário
anulação de ato com (pode-se optar pela
vício sanável passível anulação do ato).
de convalidação é
um ato discricionário.

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DICA 84

A convalidação produz efeitos retroativos (ex tunc), de tal modo que os efeitos
produzidos pelo ato enquanto ainda apresentava o vício passam a ser considerados válidos,
não passíveis de desconstituição. Essa possibilidade de aproveitamento dos atos com vícios
sanáveis é que representa a grande vantagem da convalidação em relação à anulação, pois
gera economia de procedimentos e segurança jurídica.

Ressalte-se que a convalidação não é controle de mérito, e sim de legalidade, incidente


sobre os vícios sanáveis nos elementos competência e forma. Assim, tanto atos
vinculados como discricionários podem ser convalidados.

DICA 85

Súmula Vinculante nº 3 do STF

Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a


ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo
que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de
concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 86

Diferenças entre o Mandado Injunção e a Ação Direta de Inconstitucionalidade

Mandado de Injunção Ação Direta de


Inconstitucionalidade por
Omissão
Objeto Exercício dos direitos e Norma constitucional ainda não
liberdades constitucionais e das plenamente efetiva em razão de
prerrogativas inerentes à omissão total ou parcial de
nacionalidade, à soberania e à qualquer dos Poderes ou órgãos
cidadania ainda não integrados administrativos (mais amplo)
(mais restrito)
Via de controle Controle difuso de Controle concentrado de
Constitucionalidade constitucionalidade
Legitimação Mandado de injunção - o Presidente da República;
ativa individual: - a Mesa do Senado Federal;
- Pessoa física ou jurídica titular - a Mesa da Câmara dos
dos direitos e liberdades Deputados;
Mandado de injunção - a Mesa de Assembleia
coletivo: Legislativa;
- Partido político com - o Governador de Estado;
representação no Congresso - a Mesa de Assembleia Legislativa
Nacional; ou da Câmara Legislativa do
- Organização sindical e Distrito Federal;
entidade de classe; - o Governador de Estado ou do
- Associação que esteja Distrito Federal;
constituída há pelo menos 1 - o Procurador-Geral da República;
ano. - o Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil;
- partido político com
representação no Congresso
Nacional;
- confederação sindical ou
entidade
de classe de âmbito nacional.
Competência STF, STJ e TJs STF e TJs
Efeitos da Mandamental e Constitutiva Mandamental
decisão

DICA 87
O HC 93.050/RJ do STF:

''Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5º, XI, da Constituição da República,
o conceito normativo de "casa" revela-se abrangente e, por estender-se a qualquer
compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou
atividade (CP, art. 150, § 4º, III), compreende, observada essa específica limitação espacial
(área interna não acessível ao público), os escritórios profissionais, inclusive os de
contabilidade''.

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DICA 88
O princípio da razoabilidade destaca-se como importante instrumento de controle da
atividade legislativa, bem como na aplicação no exercício da discricionariedade
administrativa, servindo como garantia da legitimidade da ação administrativa, evitando-se
a prática de atos arbitrários e com desvio de finalidade.

Quanto aos aspectos do princípio da razoabilidade, podem ser apontadas a adequação,


a necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito.

A adequação refere-se à aferição da eficácia do meio escolhido em alcançar o fim público


objetivado, enquanto a necessidade traduz-se na escolha do melhor meio, menos oneroso
e prejudicial aos administrados, e, por fim, a proporcionalidade, que quer significar
equilíbrio entre os meios e os fins públicos a serem alcançados.

Se, por um lado, a atividade discricionária se submete ao binômio da conveniência e da


oportunidade, há situações discrepantes que autorizam a anulação dos atos por
arbitrariedade, enfim, por falta de razoabilidade. Por exemplo: a exigência de pesagem
de botijões de gás no momento da compra não é adequada à finalidade de garantir que o
consumidor pague exatamente pela quantidade de gás existente no botijão, bem como a
concessão de adicional de férias para aposentados.

Como esclarece Gilmar Mendes, não basta verificar se as restrições estabelecidas foram
baixadas com observância dos requisitos formais previstos na Constituição. Cumpre
indagar, também, se as condições impostas pelo legislador não se revelariam incompatíveis
com o princípio da proporcionalidade (adequação, necessidade, razoabilidade).

DICA 89
A liberdade de locomoção no território nacional em tempo de paz e a liberdade de
reunião encontram-se expressamente consagradas pelo art.5º, XV e XVI, da Constituição
Federal como um direito fundamental do indivíduo:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer


pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao


público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente''.

Ambas as prerrogativas constitucionais são passíveis de limitações pois o Constituinte


Originário previu, expressamente, que a durante a vigência do estado de sítio o direito de
locomoção sofrerá restrições e direito de reunião será suspenso. Neste sentido, o
art.139, I, II e IV, da Constituição Federal.

''Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só
poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:

I - obrigação de permanência em localidade determinada;


II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
IV - suspensão da liberdade de reunião''.

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DICA 90
O direito à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem encontra-
se estampado pelo art.5º, X, da Constituição Federal:

''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação''.

A doutrina autorizada entende que a proteção deste dispositivo constitucional ''refere-se a


pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas, abrangendo, inclusive, à necessária
proteção à própria imagem frente aos meios de comunicação em massa (televisão, rádio,
jornais, revistas etc.) (DE MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. Atlas.p.62).

Assim sendo, as pessoas jurídicas, por exemplo, poderão ter sua honra objetiva abalada em
razão de protesto indevido de título cambial, podendo neste caso, requerer indenização pelo
dano extra-patrimonial causado à sua imagem.

Vai neste sentido, a súmula 227 do STJ:

Súmula 227: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

DICA 91
"Não obstante, em determinadas circunstâncias, caso o cumprimento do mandado judicial,
iniciado no período diurno, ultrapasse o limite constitucional como na hipótese de uma
ação de grande complexidade concluída logo após anoitecer não será razoável considerar
as provas obtidas como sendo ilícitas. A admissibilidade do prolongamento da ação após o
ocaso (desaparecimento do sol no horizonte) deve ser analisada de acordo com as
circunstâncias do caso concreto."

(NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 3ed. São Paulo: Método, 2009. p. 411).

DICA 92
É INVIOLÁVEL o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas (a REGRA é o sigilo).
↳ EXCEÇÃO
↦ Sigilo das COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS: A QUEBRA será PERMITIDA
(por ORDEM JUDICIAL) nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ou INSTRUÇÃO PROCESSUAL PENAL.

DICA 93
O Estado de Direito é o Estado submetido ao império da Lei, votada em um parlamento,
com representantes eleitos ou não. É o Estado submetido à vontade da norma e não do
governante. Por isso, se diz que o princípio da legalidade para o Poder Público é mais restrito
do que o princípio da legalidade em geral, para o cidadão (art. 5º, II, CF):

Art. 5º.....
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

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Diz-se que a Administração, além de não poder atuar contra a lei ou além da lei, somente
pode agir segundo a lei (a atividade administrativa não pode ser contra legem nem praeter
legem, mas apenas secundum legem).

Os atos eventualmente praticados em desobediência a tais parâmetros são atos inválidos e


podem ter sua invalidade decretada pela própria Administração que o haja editado ou pelo
Poder Judiciário.

Já o Estado Democrático de Direito é aquele no qual os verdadeiros detentores do Poder


Político são os cidadãos, os eleitores que elegem os representantes que irão estabelecer o
Direito ao qual o Estado e seus Poderes deverão se submeter. Representa a necessidade de
se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões
políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista
e livre, com uma democracia participativa efetiva.

DICA 94
Os direitos fundamentais são normas de conteúdo declaratório, ou seja, os direitos
fundamentais são os bens protegidos constitucionalmente.

Enquanto as garantias são meios que têm como objetivo assegurar (proteger/tutelar)
o exercício desses direitos.

Como exemplos de direitos fundamentais podemos citar o direito à vida, à propriedade, à


informação, entre outros. Em relação as garantias fundamentais, citamos como exemplo o
mandado de segurança, o habeas data e o habeas corpus, que são instrumentos utilizados
para garantir o exercício dos direitos fundamentais.

DICA 95
Diferença entre o princípio da legalidade e o princípio da reserva legal.

O princípio da legalidade se apresenta quando a Carta Magna utiliza a palavra “lei” em


um sentido mais amplo, abrangendo não somente a lei em sentido estrito, mas todo e
qualquer ato normativo estatal (incluindo atos infralegais) que obedeça às formalidades que
lhe são próprias e contenha uma regra jurídica.

Já o princípio da reserva legal é evidenciado quando a Constituição exige expressamente


que determinada matéria seja regulada por lei formal ou atos com força de lei (como
decretos autônomos, por exemplo). O vocábulo "lei" é, aqui, usado em sentido mais restrito.

A reserva legal pode ser classificada como absoluta ou relativa.

Na reserva legal absoluta, a norma constitucional exige, para sua integral


regulamentação, a edição de lei formal, entendida como ato normativo emanado do
Congresso Nacional e elaborado de acordo com o processo legislativo previsto pela
Constituição.

Na reserva legal relativa, por sua vez, apesar de a Constituição exigir lei formal, esta
permite que a lei fixe apenas parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que
poderá complementá-la por ato infralegal, respeitados os limites estabelecidos pela
legislação.

A doutrina também afirma que a reserva legal pode ser classificada como simples ou
qualificada.

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A reserva legal simples é aquela que exige lei formal para dispor sobre determinada
matéria, mas não especifica qual o conteúdo ou a finalidade do ato. Haverá, portanto,
maior liberdade para o legislador.

A reserva legal qualificada, por sua vez, além de exigir lei formal para dispor sobre
determinada matéria, já define, previamente, o conteúdo da lei e a finalidade do ato.

DICA 96
O Brasil é um Estado laico ou secular, isto é, que não possui religião oficial. Perceba
que Estado laico não é o mesmo que Estado ateu, ou que proíbe o exercício de qualquer
culto, como o eram os regimes totalitários comunistas.

Estado laico é o Estado que não tem religião oficial, mas que assegura a liberdade de
crença e de convicção religiosa.

Estado confessional é o que reconhece determinada denominação religiosa como religião


oficial do Estado. Estado teocrático é aquele cujas normas políticas, civis e mesmo
jurídicas são submetidas a regras religiosas, como ocorre em alguns Estados islâmicos.

O Brasil teve um Estado confessional, por exemplo, até a vigência da Constituição Imperial
de 1824, que em seu art. 5º, estabelecia:

Art. 5: A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a religião do Império. Todas
as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casa para
isso destinadas, sem fórma alguma exterior de Templo.

DICA 97
Com relação às formas de gravação e captação de sons e comunicações, o Prof. Luiz Flávio
Gomes (Interceptação Telefônica, ed. Revista dos Tribunais) fez a seguinte classificação:

a) Gravação ambiental: gravação de comunicação ambiente, feita por um dos


interlocutores sem o conhecimento da outra parte;

b) Interceptação ambiental: captação de comunicação ambiente, feita por terceiro, sem


a ciência dos comunicadores.

c) Escuta ambiental: captação de comunicação ambiente, realizada por terceiro, com o


conhecimento de um dos comunicadores e sem conhecimento da outra parte;

d) Gravação telefônica: gravação da comunicação telefônica realizada por um dos


interlocutores sem o conhecimento do outro;

f) Interceptação telefônica: também chamada de interceptação em sentido estrito, é a


captação da comunicação telefônica feita por um terceiro, sem a ciência dos comunicadores;

e) Escuta telefônica: captação de comunicação telefônica por terceiro, com conhecimento


de um dos comunicadores, e sem conhecimento da outra parte.

Todas essas modalidades exigem requisição judicial para sua execução, à exceção da
escuta ambiental e da gravação telefônica realizadas em defesa própria, e feita por um dos
interlocutores ou por terceiros, sem conhecimento do outro interlocutor. O Supremo
Tribunal Federal firmou posicionamento, em sede de repercussão geral, segundo o qual

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é lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem
conhecimento do outro (RE 583937 QO-RG, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento
em 19/11/2009).

O STF considera como excludente de ilicitude, a gravação feita por um dos interlocutores,
sem conhecimento do outro, para o exercício de defesa contra chantagem, ameaça ou
outra prática criminosa a que o interessado esteja submetido. Tal gravação ou
interceptação poderá ser feita inclusive por terceiro, a pedido do interessado:

"Ementa: habeas corpus. Prova. Licitude. Gravação de telefonema por interlocutor. É lícita
a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização,
sem ciência do outro, quando há investida criminosa deste último. É inconsistente e fere o
senso comum falar-se em violação do direito à privacidade quando interlocutor grava
diálogo com sequestradores, estelionatários ou qualquer tipo de chantagista. Ordem
indeferida" (HC 75.338/RJ - Rel. Ministro Nelson Jobim - DJ 25/09/1998).

DICA 98
Segundo o STF, a exigência de depósito ou arrolamento prévio de bens e direitos como
condição de admissibilidade de recurso administrativo constitui obstáculo sério (e
intransponível, para consideráveis parcelas da população) ao exercício do direito de petição
(CF, art. 5º, XXXIV), além de caracterizar ofensa ao princípio do contraditório (CF, art. 5º,
LV). Nesse sentido editou a seguinte Súmula Vinculante:

Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios


de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

Entretanto, de acordo com o STF, o direito de petição não poderá ser utilizado como
sucedâneo (substituto) da ação penal, o que implicaria usurpação de atribuição institucional
do Ministério Público, e nem torna apto o interessado a postular em juízo, em nome próprio.

DICA 99
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos seguintes termos: (...)”

Interpretação dada pela doutrina e pelo STF ao caput do art. 5º, que reconhece que todas
as pessoas, inclusive os estrangeiros sem domicílio no Brasil (ou os apátridas), são
possuidoras de todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação da
dignidade.

Fique atento, entretanto, a um detalhe: nem todos os direitos do art. 5º são aplicáveis
a todas as pessoas. Podemos trazer como exemplo a ação popular, prevista no art. 5º,
LXXIII, que é uma garantia constitucional que admite como autor apenas os cidadãos
brasileiros. Portanto, um estrangeiro não poderia manejar essa ação, pois só um cidadão
(um nacional no exercício dos seus direitos políticos) é legitimado para propor uma ação
popular.

DICA 100
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Universalidade - Esta característica aponta a existência de um núcleo mínimo de direitos


que deve estar presente em todo lugar e para todas as pessoas, independentemente da

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condição jurídica, ou do local onde se encontra o sujeito – uma vez que a mera condição de
ser humano é suficiente para a titularização desse conjunto básico.

Historicidade - Os direitos fundamentais são proclamados em certa época, podem


desaparecer em outras ou serem modificados com o passar do tempo, apresentam-se como
um corpo de prerrogativas que somente fazem sentido se contextualizadas num
determinado período histórico.

Indivisibilidade - Essa característica revela que não podemos compartimentalizar os


direitos fundamentais, seja na tarefa interpretativa, seja na de aplicação às circunstâncias
concretas. Isso porque tais direitos formam um sistema harmônico, coerente e indissociável.

Imprescritibilidade, inalienabilidade - Essa característica nos lembra que os direitos


fundamentais não são passíveis de alienação, deles não se pode dispor, tampouco
prescrevem.

Relatividade - Como todos os direitos são relativos, eventualmente podem ter seu âmbito
de incidência reduzido e ceder (em prol de outros) em casos concretos específicos. Nestas
hipóteses, de aparente confronto e incompatibilidade entre os diferentes direitos, caberá ao
intérprete decidir qual deverá prevalecer, sempre tendo em conta a regra da máxima
observância dos direitos fundamentais envolvidos, conjugando-a com a sua mínima
restrição.

Inviolabilidade - Esta característica confirma a impossibilidade de desrespeito aos direitos


fundamentais por determinação infraconstitucional ou por atos de autoridade, sob pena de
responsabilização civil, administrativa e criminal.

Complementaridade - Direitos fundamentais não são interpretados isoladamente, de


maneira estanque; ao contrário, devem ser conjugados, reconhecendo-se que compõem
um sistema único – pensado pelo legislador com o fito de assegurar a máxima proteção ao
valor “dignidade da pessoa humana”.

Efetividade - A atuação dos Poderes Públicos deve se pautar (sempre) na necessidade de


se efetivar os direitos e garantais institucionalizados, inclusive por meio da utilização de
mecanismos coercitivos, se necessário for.

DICA 101
Por não possuírem caráter patrimonial, os direitos fundamentais são considerados
indisponíveis, vale dizer, insuscetíveis de renúncia absoluta. Contudo, é juridicamente
permitida ao autor a limitação voluntária ao exercício de certos direitos fundamentais.
Ex.: em reality shows, os participantes dispõem temporariamente do seu direito à
intimidade e à vida privada.

DICA 102
Caso o brasileiro nato perca a sua nacionalidade pela aquisição voluntária de outra
nacionalidade, ele estará sujeito à extradição. Perceba que, nesse caso, ele não se
enquadra mais na condição de brasileiro nato.

Por sua vez, o brasileiro naturalizado (que é aquele que nasceu estrangeiro e se tornou
brasileiro), poderá ser extraditado. No entanto, isso somente será possível em duas
situações:

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a) no caso de crime comum, praticado antes da naturalização. Perceba que existe,


aqui, uma limitação temporal. Se o crime comum tiver sido cometido após a naturalização,
o indivíduo não poderá ser extraditado; a extradição somente será possível caso o crime
seja anterior à aquisição da nacionalidade brasileira pelo indivíduo.

b) em caso de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e


drogas afins. Nessa situação, não há qualquer limite temporal. O envolvimento com tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins dará ensejo à extradição quer ele tenha ocorrido
antes ou após a naturalização.

DICA 103
Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado: Essa hipótese
de privação é considerada como sendo de perda dos direitos políticos. Vai atingir apenas
o brasileiro naturalizado (nunca o nato!) que tenha sido condenado definitivamente por
uma sentença judicial em razão da prática de atividade nociva ao interesse nacional.

Como o art. 12, § 4º determina que será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional, é fácil entender a razão de termos a perda dos
direitos políticos nesse cenário.

Se o indivíduo deixa de ser brasileiro, porque sua naturalização foi cancelada, ele passará
à condição de estrangeiro ou apátrida, perdendo, por isso seus direitos políticos.

O examinador tentará lhe confundir dizendo que a perda dos direitos políticos neste caso
pode ser declarada por ato administrativo, todavia ela só pode ser determinada por
sentença judicial definitiva.

DICA 104
São cargos privativos de brasileiro nato, nos termos do art. 12, § 3º, da CF:

§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;


II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.

Cuidado. Os cargos de brasileiro nato incluem os oficiais da carreira diplomática. O Ministro


de Estado das Relações Exteriores não necessariamente será da carreira diplomática,
pois é de livre nomeação e exoneração pela Presidente da República. Outras pegadinhas
relativas a esse tópico:

i) os Ministros do Superior Tribunal Militar não precisam ser todos brasileiros natos,
mas só aqueles oriundos das Forças Armadas (art. 123, CF);

ii) o Presidente do Congresso Nacional deve ser brasileiro nato, pois é o Presidente do
Senado Federal (art. 57, § 5º, CF);

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iii) O Presidente do Conselho Nacional de Justiça é brasileiro nato, pois é o Presidente do


STF (art. 103-B, I, CF);

iv) O Presidente e Vice-Presidente do TSE são brasileiros natos, pois são oriundos do STF
(art. 119, I, "a", CF);

DICA 105
Como regra geral para a outorga da nacionalidade originária, o Brasil adota o critério
do ius solis, ou critério da territorialidade, admitindo, porém, em algumas situações, o
critério do ius sanguinis (origem sanguínea).

BRASILEIRO NATO

Como regra geral prevista no art. 12, I, o Brasil, país de imigração, adotou o critério do ius
solis. Essa regra, porém, é atenuada em diversas situações, ou “temperada” por outros
critérios, como veremos.

■ ius solis (art. 12, I, “a”): qualquer pessoa que nascer no território brasileiro (República
Federativa do Brasil), mesmo que seja filho de pais estrangeiros.

■ ius sanguinis + serviço do Brasil (art. 12, I, “b”): e se o nascimento se der fora do
Brasil? Serão considerados brasileiros natos os que, mesmo tendo nascido no estrangeiro,
sejam filhos de pai ou mãe brasileiros e qualquer deles (o pai, a mãe, ou ambos) esteja a
serviço da República Federativa do Brasil (administração direta ou indireta);

■ ius sanguinis + registro (art. 12, I, “c”, primeira parte): e se o nascimento não
ocorrer no Brasil, filhos de pai brasileiro ou de mãe brasileira (natos ou naturalizados) e os
pais não estiverem a serviço do país? Nesse caso, corrigindo a imperfeição trazida pela ECR
n. 3/94, a EC n. 54/2007 (fruto de conversão da denominada “PEC dos brasileirinhos
apátridas”), resgatando a regra anterior, estabeleceu a possibilidade de aquisição da
nacionalidade brasileira originária pelo simples ato de registro em repartição
brasileira competente e, assim, resolvendo um grave problema dos apátridas;

■ ius sanguinis + opção confirmativa (art. 12, I, “c”, segunda parte): outra
possibilidade de aquisição da nacionalidade brasileira, mantida pela EC n. 54/2007, dá-se
quando o filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira (natos ou naturalizados), que não
estejam a serviço do Brasil, vier a residir no Brasil e optar, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Trata-se da chamada nacionalidade potestativa, uma vez que a aquisição depende da
exclusiva vontade do filho.

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NOÇÕES DE DIREITO PENAL

DICA 106

FURTO

Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia MÓVEL:

Pena - reclusão, de UM A QUATRO ANOS, e multa.

> EQUIPARA-SE À COISA MÓVEL a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.

>A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o REPOUSO NOTURNO.

ATENÇÃO! A doutrina e jurisprudência são pacíficas no sentido de que a causa de


aumento do repouso noturno é aplicada, INDEPENDENTEMENTE, de o local estar
habitado e de as vítimas não estarem dormindo.

>Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, OU APLICAR
SOMENTE A PENA DE MULTA. (FURTO PRIVILEGIADO)

DICA 107
FURTO QUALIFICADO
A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
- com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
- com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
- com emprego de chave falsa;
- mediante concurso de duas ou mais pessoas.
• A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego
de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
• A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor
que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
• A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente
domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da
subtração.
• A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de
substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego.

DICA 108
FURTO DE COISA COMUM
Subtrair o CONDÔMINO, CO-HERDEIRO OU SÓCIO, para si ou para outrem, a quem
legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

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- Somente se procede mediante representação.


- Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a
que tem direito o agente.
DICA 109
ROUBO PRÓPRIO (Art. 157, "caput", CP)
Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade
de resistência:
Pena - reclusão, de QUATRO A DEZ ANOS, e multa.
DICA 110
ROUBO IMPRÓPRIO (Art 157, § 1º, CP)
Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a
detenção da coisa para si ou para terceiro.
>Nesta modalidade, a violência ou grave ameaça é praticada APÓS A SUBTRAÇÃO DA
COISA, como instrumento de garantir a impunidade do crime ou assegurar o seu
proveito. Ex.: Paulo subtrai um celular de uma loja, o que até o momento configuraria o
crime de furto (não houve emprego de violência ou grave ameaça). Ocorre que ao sair do
estabelecimento é abordado por seguranças e, na tentativa de escapar, os agride e foge
com o aparelho. Logo, empregou violência, garantindo a detenção do bem e sua
impunidade.
DICA 111
ATENÇÃO PARA ESSA NOVA CAUSA DE AUMENTO DE PENA NO CRIME DE ROUBO –
LEI 13.964, de 2019 – PACOTE ANTICRIME
*Se a violência ou grave ameaça é exercida com EMPREGO DE ARMA DE FOGO DE USO
RESTRITO OU PROIBIDO, aplica-se EM DOBRO a pena prevista no caput do artigo 157,
CP (Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa).
DICA 112

Crime de Extorsão (art.158, CP)

Caso o agente constranja a vítima, TENTATIVA


porém ela não faz o que foi
exigido. (INFORMATIVO 502, STJ)

Caso o agente constranja a vítima e CONSUMADO


ela faz o que foi exigido, contudo
ele não alcança a vantagem Súmula 96, STJ: O crime de extorsão
econômica pretendida. consuma-se independentemente da obtenção
da vantagem indevida.

Caso o agente constranja a vítima + CONSUMADO


ela faz o que foi exigido + ele

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alcança a vantagem econômica Consiste em crime FORMAL (de consumação


pretendida. antecipada ou resultado cortado). Explique-se:
A extorsão se consuma no momento em que a
vítima, após sofrer a violência ou grave
ameaça, pratica o comportamento desejado
pelo criminoso. ATENÇÃO! A obtenção da
vantagem econômica é mero exaurimento
do delito!

DICA 113

ESTELIONATO

Art. 171, CP - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita (crime material), em
prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil,
OU qualquer outro meio fraudulento:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de
réis.

→ ELEMENTO SUBJETIVO: Não se pune a forma culposa. Ademais, a regra no CP é o dolo,


para ser punível de forma culposa deve vir ESCRITO no tipo.

→ FINALIDADE ESPECIAL DE AGIR: obtenção de vantagem ilícita em detrimento de


outrem.

→ ESTELIONATO PRIVILEGIADO: mesma regra do furto: “Se o criminoso é primário, e


é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. ”

→ ESTELIONATO CONTRA IDOSO (60 anos ou mais): a pena será aplicada em DOBRO.
DICA 114

ESTELIONATO E LEI 13.964, de 2019 (PACOTE ANTICRIME)


→ A ação era pública incondicionada.
→ NOVA REGRA: Diante da inclusão do §5º no art. 171, as ações PROCEDEM MEDIANTE
REPRESENTAÇÃO, salvo se a vítima for:
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
II - criança ou adolescente;
III - pessoa com deficiência mental; ou
IV - maior de 70 anos de idade ou incapaz.

REGRA GERAL (NOVA): AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À


REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO.
EXCEÇÕES (incisos I a IV): AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.

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DICA 115

APROPRIAÇÃO INDÉBITA

Art. 168, CP - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, E multa.

***Aumento de pena

§ 1º - A pena é AUMENTADA de um terço, quando o agente recebeu a coisa:

I - em depósito necessário;

II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante,


testamenteiro ou depositário judicial;

III - em razão de ofício, emprego ou profissão.

DICA 116

APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA

Art. 168-A, CP. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas


dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, E multa.

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de:

I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência


social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros
ou arrecadada do público;

II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado


despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de
serviços;

III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores


já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social.

§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, ESPONTANEAMENTE, declara, confessa e


efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as
informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou
regulamento, antes do início da ação fiscal.

§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena OU aplicar somente a de multa se


o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:

I – tenha promovido, APÓS O INÍCIO DA AÇÃO FISCAL E ANTES DE OFERECIDA


A DENÚNCIA, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou

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II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior


àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.

§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento


de contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele
estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Perito Criminal Federal - Área 1)
“Durante um ano e cinco meses, a empresa L&X recolheu as contribuições previdenciárias
de seus empregados, mas não as repassou à previdência social, o que caracterizou o crime
de apropriação indébita previdenciária. Nessa situação, se os representantes legais da
empresa L&X, espontaneamente, confessarem e efetuarem o pagamento das contribuições
antes do início da ação fiscal, ficará extinta a punibilidade.” E agora? Matamos a questão!
ELA ESTÁ CORRETA! JUSTIFICATIVA: art. 168-A, § 2º, do CP.
DICA 117

DANO

Art. 163, CP - DESTRUIR, INUTILIZAR OU DETERIORAR coisa alheia:

Pena - detenção, de um a seis meses, OU multa.


DICA 118

DANO QUALIFICADO

Art. 163, CP - Parágrafo único - Se o crime é cometido:

I - com violência à pessoa ou grave ameaça;

II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não


constitui crime mais grave

III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município


ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviços públicos;

IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, E multa, além da pena correspondente
à violência.***

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DICA 119

RECEPTAÇÃO

Art. 180, CP - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito


próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro,
de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, E multa.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Agente de Polícia Federal)

... Depois de ADQUIRIR um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José
passou a portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial...

PERGUNTA: A receptação praticada por José consumou-se a partir do momento em que ele
adquiriu o armamento. E AÍ?! CORRETOOOOOO! DENTRE OS VERBOS QUE SE
ENCONTRAM NO TIPO RECEPTAÇÃO ESTÁ O EXPOSTO NA QUESTÃO “ADQUIRIR”!
ATENTEM-SE AOS VERBOS CONSTANTES NO TIPO PENAL!

DICA 120

ESCUSA ABSOLUTÓRIA – Causa pessoal de isenção de pena

São isentos de pena qualquer um que cometer crime contra o patrimônio em desfavor
de:

→ cônjuge, na constância da sociedade conjugal;


→ ascendente ou descendente.

NÃO SE APLICA:

→ se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave


ameaça ou violência à pessoa;

→ ao estranho que participa do crime.

→ se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta)


anos.

DICA 121

Os crimes contra o patrimônio são CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA


INCONDICIONADA (REGRA). Somente se procede mediante representação, se o
crime cometido em prejuízo:

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I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;

II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;

III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

DICA 122

SÚMULA 567, STJ - Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou


por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não
torna impossível a configuração do crime de furto.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Delegado de Polícia Federal)
... “Sílvio, maior e capaz, entrou em uma loja que vende aparelhos celulares, com o
propósito de furtar algum aparelho. A loja possui sistema de vigilância eletrônica que
monitora as ações das pessoas, além de diversos agentes de segurança. Sílvio colocou um
aparelho no bolso e, ao tentar sair do local, um dos seguranças o deteve e chamou a polícia.
Nessa situação, está configurado o crime impossível por ineficácia absoluta do meio, uma
vez que não havia qualquer chance de Sílvio furtar o objeto sem que fosse notado.” AGORA
NÃO ERRAMOS MAIS! RESPOSTA: ERRADO!
DICA 123

VAMOS APROVEITAR E FIXAR O CONCEITO DE CRIME IMPOSSÍVEL!


CRIME IMPOSSÍVEL
Art. 17, CP. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
OBS.: O Código Penal brasileiro adotou a TEORIA OBJETIVA TEMPERADA OU
INTERMEDIÁRIA para a caracterização do crime impossível, em razão da inidoneidade do
objeto ou do meio para a prática do crime. Logo, a ineficácia do meio e a impropriedade do
objeto devem ser ABSOLUTAS para que não ocorra punição. Sendo relativas, pune-se o
delito por tentativa.

*Meios ou objetos RELATIVAMENTE INIDÔNEOS - CRIME TENTADO.

*Meios ou objetos ABSOLUTAMENTE INIDÔNEOS - CRIME IMPOSSÍVEL.

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DICA 124

SÚMULA 582, STJ - CONSUMA-SE O CRIME DE ROUBO com a inversão da posse do


bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo
e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada,
sendo PRESCINDÍVEL a posse mansa e pacífica ou desvigiada.

DICA 125

FIQUEM ATENTOS!!!
*Caso uma pessoa efetue uma ligação clandestina no poste de energia elétrica – o
conhecido “GATO”  COMETEU CRIME DE FURTO MEDIANTE FRAUDE.
*Caso uma pessoa adultere o medidor de energia, para que não marque corretamente o
consumo e diminua o seu consumo  COMETEU O CRIME DE ESTELIONATO.

INFORMATIVO 648 DO STJ: Adulterar o sistema de medição da energia


elétrica para pagar menos que o devido: estelionato (não é furto).

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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 126
TEORIA GERAL DAS PROVAS

*Segundo o conceito GERAL, a prova é tudo aquilo apresentado ao juiz com objetivo de
convencê-lo quando do proferimento da sentença.

*Por sua vez, a doutrina entende que o conceito de prova possui três vertentes:

a) Ato de provar: É a fase probatória, isto é o procedimento em que se vai


verificar a exatidão dos fatos alegados para buscar o convencimento do juiz;
b) Meio de prova: Instrumento utilizado para demonstrar a verdade de algo,
como a prova testemunhal;
c) Resultado: O que se extrai do procedimento probatório e que resulta no
convencimento do juiz.

*A prova a ser produzida deve ser legítima (formalidades processuais) bem como legal
(em conformidade com a Lei).

DICA 127

SISTEMA DE APRECIAÇÃO DA PROVA

*O sistema de apreciação de prova adotado no Brasil é o Sistema de Persuasão Racional


(ou livre convencimento motivado). Neste sistema, o magistrado tem ampla liberdade
na valoração dos elementos probatórios, que, no entanto, devem ser analisados e
fundamentados para explicitar a motivação para a sentença de mérito.

*O sistema de prova tarifada NÃO É ADMITIDO pelo sistema processual brasileiro. Neste,
há uma hierarquia de provas, em que o valor de cada prova já é predeterminado.

*Do mesmo modo, o sistema da íntima convicção também NÃO É ADMITIDO, tendo-se
em vista que o juiz decide de forma livre, não necessitando fundamentar sua decisão e nem
está adstrito a um critério predefinido de provas. Ou seja, o juiz decide com total liberdade.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 -
PC-SE - Delegado de Polícia - Curso de Instrução)

“O juiz detém discricionariedade quanto à valoração dos elementos probatórios, porém é


limitado à obrigatoriedade de motivação de sua decisão, com base em dados e critérios
objetivos.” R: CORRETO!

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DICA 128

ESCLARECENDO... PROVA TARIFADA (sistema legal de provas):

*Trata-se de um sistema hierarquizado, no qual O VALOR DE CADA PROVA JÁ SE


ENCONTRA PREDEFINIDO. Não existe, assim, uma valoração individualizada pelo
julgador. Ex.: a confissão nesse sistema é vista como prova absoluta e irrefutável; somente
com ela pode-se fundamental uma eventual condenação. Logo, é errado dizer que no Brasil
existe supremacia da confissão do réu como meio de prova; pois o sistema acusatório
adotado no nosso país OBSERVA COMO REGRA o sistema do livre convencimento
motivado ou persuasão racional do juiz.

DICA 129

ATENÇÃ0! EXCEÇÕES NO CPP AS QUAIS SE APLICAM A PROVA TARIFADA:

✓ Art. 62, CPP: “No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de
óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade.”
✓ Art. 155, p. único, CPP: Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação
da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas
cautelares, não repetíveis e antecipadas. Parágrafo único. Somente quanto ao estado
das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil.

EXPLICAÇÃO: Nessas duas situações, o Julgador está vinculado ao texto legal, não
podendo admitir, como prova dos casos narrados, elementos outros que não aqueles
determinados na legislação.

DICA 130

DESTINATÁRIOS DA PROVA

O destinatário imediato é o JUIZ, já o destinatário mediato são as PARTES.

DICA 131

ÔNUS DA PROVA

O ônus da prova é daquele que alega!

O juiz não possui ônus da prova, isto é, o dever de provar alguma coisa. No entanto, tendo-
se em vista o princípio da verdade real, o juiz tem iniciativa probatória, ou seja, pode
mandar produzir provas.

Neste caso, o juiz tem iniciativa probatória:

➢ De ofício, ou seja, no processo judicial; e


➢ No inquérito (antes do início da ação penal), desde que haja necessidade,
adequação e proporcionalidade da medida.

Um exemplo da possibilidade de iniciativa probatória antes do início da ação penal, seria a


interceptação telefônica, haja vista a urgência e relevância da prova, pois pode ser que
futuramente este meio de prova não seja mais possível e relevante.

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Art. 156, CPP. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado
ao juiz de ofício:

I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas


consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida;

II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de


diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.

DICA 132

PRINCÍPIO DA BUSCA PELA VERDADE REAL

Este princípio pressupõe que o objetivo da prova é auxiliar o magistrado na busca pela
verdade real. Tanto é assim que o juiz “ex officio” pode determinar a produção de provas,
não devendo ser um mero expectador passivo do processo.

Em que pese o aludido princípio, a doutrina costuma criticar o termo verdade real, vez que
é impossível chegar a uma verdade real, mas apenas processual. A verdade real é o que
aconteceu de verdade no passado, já a verdade processual é aquela que foi construída
ao longo do processo.

DICA 133

OBJETOS DE PROVA E DISPENSA PROBATÓRIA

O OBJETO DAS PROVAS são os fatos ocorridos, já os OBJETOS DE PROVA é tudo aquilo
que precisa ser provado.

Em relação àquilo em que a prova é dispensada, podemos citar:

➢ Direito Federal, Estadual e Municipal local: O juiz tem o dever funcional de


conhecer o direito federal e, portanto, não é necessário provar que uma lei federal
exista. Com relação ao direito Estadual e Municipal do local de sua comarca, o juiz
é obrigado a conhecer não necessitando de provas.
➢ Fatos notórios: aquilo que é nacionalmente conhecido não precisa ser provado,
como por exemplo, um dia de feriado, a localização de algum lugar em uma cidade,
entre outros;
➢ Fatos axiomáticos: fatos autoexplicativos e intuitivos não precisam ser provados.
Ex.: quando uma pessoa é vítima de um homicídio por decapitação, isso não precisa
ser provado;
➢ Presunção legal absoluta: observação de algo à luz da legislação e que não
comportam prova em contrário, como a menoridade penal.
➢ Fatos inúteis: São fatos irrelevantes para a persecução penal.

ATENÇÃO!

Os fatos incontroversos, isto é, aqueles aceitos expressa ou tacitamente pela parte


contrária precisam ser provados. Assim como o direito consuetudinário e o direito
alienígena.

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A presunção relativa (“júris tantum”), são aquelas que podem ser desfeitas pela prova
em contrário, ou seja, admitem contraprova. Assim como a presunção “hominus” admite
prova em contrário.

Independem de prova no Processo Penal:


* Fatos impossíveis;
* Fatos intuitivos;
* Fatos com presunção legal absoluta;
* Fatos irrelevantes;
* Verdades sabidas.
DICA 134

CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS

➢ Quanto ao objeto:

- Direto: O objeto já fala por si, como por exemplo, uma faca ensanguentada.

- Indireto: Trata-se de indícios e presunções, ou seja, fatos que possuem ligação com
o crime.

➢ Quanto à forma/aparência:

- Testemunhal

- Documental

- Material

➢ Quanto ao valor (grau de certeza):

- Certeza plena: Imprime juízo de certeza quanto aos fatos ocorridos.

- Certeza não plena: São indícios de materialidade do fato criminoso.

➢ Quanto ao sujeito:

- Real: Objeto do crime.

- Pessoal: Testemunha.

➢ Quanto a previsão legal:

- Provas nominadas: Os meios de produção da prova estão previstos em lei.

- Provas inominadas: Os meios de produção não estão previstos em lei.

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DICA 135

CLASSIFICAÇÃO DE PROVAS QUANTO A LEGALIDADE

- Provas ilícitas: Provas que vão contra princípios constitucionais, bem como a legislação
penal. A violação de domicílio, por exemplo, para se obter uma prova é uma prova ilícita.

- Provas ilegítimas: São aquelas que ferem conteúdo formar, ofendem o direito processual
penal e a legislação processual penal extravagante. Não submeter a testemunha ao
juramento é uma prova ilegítima.

“Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas


ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais”.

 Neste sentido, as provas ilícitas são desentranhadas e destruídas do processo, a


partir de decisão judicial fundamentada e facultada a presença das partes.

“§ 3º reclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será


inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente”.

ATENÇÃO!

O pacote anticrime incluiu o §5º ao art. 157 entendendo que “O juiz que conhecer do
conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão”.

O magistrado que toma conhecimento de prova ilícita fica impedido de atuar no processo,
vez que ele pode não agir com imparcialidade.


CONTUDOOOOOO! ESSE ARTIGO ENCONTRA-SE com sua eficácia suspensa por
meio de liminar proferida pelo Ministro Luiz Fux no bojo da ADI nº. 6298 em
22/01/2020.
DICA 136

UTILIZAÇÃO DE PROVAS ILÍCITAS

1. Teoria da proporcionalidade: Segundo esta teoria, tendo em vista o direito


fundamental à liberdade, o uso de uma prova ilícita em favor do réu, isto é para absolvê-
lo, PODE ser utilizada.

A teoria dos frutos da árvore envenenada entende que as provas lícitas que se originam
de provas ilícitas também devem ser retiradas do processo, salvo se em benefício do
réu.

Art. 157 CPP: § 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.

2. Teoria da descoberta inevitável: Esta teoria entende que, INDEPENDENTEMENTE,


de a prova ser derivada de uma prova ilícita, ela seria deflagrada através de tramites típicos
e lícitos de uma investigação.

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3. Teoria da prova obtida por fonte independente: Se existirem outras provas no


processo, que são independentes da ilícita, admite-se utilizar a prova derivada da ilícita.

***Isto está previsto no §2° do art. 157 do CPP: “§ 2o Considera-se fonte independente
aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou
instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova”.

DICA 137

PROVA EMPRESTADA

*A prova emprestada é aquela produzida em outro processo, e por economia processual,


celeridade e uniformidade pode servir de prova em outro.

➢ As partes têm que ser as mesmas;


➢ Mesmos fatos;
➢ Nova oportunidade para o contraditório e ampla defesa;
➢ A prova emprestada tem que ser lícita.

ATENÇÃO! O STJ entende que não há necessidade de serem exatamente as mesmas


partes, mas sim o mesmo réu.

DICA 138

INFORMATIVO 960, STF

No tocante à condução coercitiva, prevê o CPP:

“Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou


qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar
conduzi-lo à sua presença. ”

*O STF DECLAROU QUE A EXPRESSÃO “PARA O INTERROGATÓRIO”, PREVISTA NO


ART. 260 DO CPP, NÃO FOI RECEPCIONADA PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

*Logo, caso seja determinada a condução coercitiva de investigados ou de réus


para interrogatório, referida conduta poderá ensejar: • a responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade • a ilicitude das provas obtidas
• a responsabilidade civil do Estado.

DICA 139

O depoimento de policial em juízo é dotado de fé pública, TODAVIA NÃO É exceção


de prova tarifada dentro do sistema adotado no processo penal brasileiro da persuasão
racional do juiz. OU SEJA, POSSUI PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE,
ADMITINDO PROVA EM CONTRÁRIO.

DICA 140

Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se


beneficiarem o réu.

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→ A Doutrina e Jurisprudência têm admitido, excepcionalmente, a utilização de provas


ilícitas em benefício do réu, NOTADAMENTE QUANDO SE TRATAR DA ÚNICA FORMA
DE O RÉU PROVAR SUA INOCÊNCIA, EVITANDO-SE, ASSIM, UMA CONDENAÇÃO
INJUSTA.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-AM)

“Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se beneficiarem o
réu.” CORRETÍSSIMOOOO!

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RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 141

É muito comum que o "se..., então...” apareça representado por outras expressões da
língua portuguesa. Por exemplo:

“Sempre que vou ao cinema, vejo um filme” é o mesmo que “Se vou ao cinema, então vejo
filme”.

“Penso, logo existo” é o mesmo que que “Se penso, então existo”.

“Quando vou à praia, bebo” é o mesmo que “Se vou à praia, então bebo”.

“Todo recifense é pernambucano” é o mesmo que “Se uma pessoa é recifense, então ela é
pernambucana”.

“A, pois B” é o mesmo que “Se B, então A”.

DICA 142

RESUMO DOS CONECTIVOS

DICA 143

Conjunção p ∧ q - As duas proposições p, q devem ser verdadeiras

Disjunção Inclusiva p ∨ q - Ao menos uma das proposições p, q deve ser verdadeira. Não
pode ocorrer o caso de as duas serem falsas.

Disjunção Exclusiva p ∨ q - Apenas uma das proposições pode ser verdadeira. A


proposição composta será falsa se os dois componentes forem verdadeiros ou se os dois
componentes forem falsos.

Condicional p → q - Não pode acontecer o caso de o antecedente ser verdadeiro e o


consequente ser falso. Ou seja, não pode acontecer V(p)=V e V(q)=F. Em uma linguagem
informal, dizemos que não pode acontecer VF, nesta ordem.

Bicondicional p ⇔ q - Os valores lógicos das duas proposições devem ser iguais. Ou as


duas são verdadeiras, ou as duas são falsas.

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DICA 144

Quando uma proposição composta não pode ser verdadeira, ou seja, quando uma
proposição composta é falsa em todas as linhas de sua tabela-verdade, ela é chamada de
CONTRADIÇÃO.

Se a proposição não é tautologia nem é contradição, é chamada de CONTINGÊNCIA. No


caso, se a proposição pode assumir valores V ou F a depender dos valores das proposições
componentes, a proposição é chamada de contingência.

DICA 145

Principais equivalências

p → q ⇔ ~q → ~p
p → q ⇔ ~p ∨ q
p ∨ q ⇔ ~p → q

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INFORMÁTICA

DICA 146

A barra de navegação ou de endereços é o principal componente de um navegador,


pois é através dela que o usuário pode visualizar ou acessar uma determinada URL.
Nos navegadores modernos, a barra de navegação também permite realizar a busca
através de um motor de busca que pode ser o Google, Bing, Yahoo ou outro.

Com essa funcionalidade, o usuário não precisa necessariamente saber a URL da página
que quer acessar, mas pode utilizar os mecanismos de busca para encontrar a página
que deseja.

DICA 147

Bloqueador de Pop-ups

Alguns sites quando abertos abrem uma janela auxiliar chamada popup.

Normalmente trazem propagandas ou alguma informação extra. Como muitas vezes


esses pop-ups podem trazer conteúdo malicioso e muitos usuários consideram muito
os pop-ups muito incômodos, foram desenvolvidas ferramentas bloqueadoras de
pop-ups nos navegadores. Essas ferramentas impedem que os sites consigam
abrir os pop-ups e avisam ao usuário que ele foi bloqueado.

DICA 148

O gerenciador de downloads permite que arquivos de download sejam abertos


automaticamente, ou salvos diretamente no disco. É possível pausar um download
e continuar em outro momento, escolher uma pasta padrão para que os arquivos sejam
gravados. O atalho CTRL + J pode ser utilizado para abrir o gerenciador de downloads.

DICA 149

O recurso de navegação privativa permite que o usuário acesse conteúdos na Internet


sem que sejam salvos dados pessoais, histórico de navegação, cookies, pesquisas, lista
de downloads e arquivos temporários.

DICA 150

Um Cookie é um arquivo de texto, com informações sobre os acessos do usuário


a um dado site. A maioria dos sites armazenam informações básicas, como
endereços IP e preferências sobre idiomas, cores etc. Este pequeno arquivo ficará
armazenado em seu computador até que perca sua validade.

Enquanto o cookie estiver salvo em seu PC, toda vez que você digitar o endereço do
site, o seu navegador irá enviar este arquivo para o site que você está conectado. Desta
maneira, as suas configurações serão aplicadas de maneira automática.

DICA 151

Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre uma guia do programa de navegação
Google Chrome opção “Fixar Guia”, ao ser escolhida, coloca a guia no canto superior

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esquerdo da janela. Essa função serve para manter a guia aberta sempre que você
abrir o Chrome (acesso direto). Essa é uma boa função para e-mail e outros sites
importantes que necessitam de uma checagem contínua.

Essa opção pode ser acessada clicando-se com o botão direito na guia desejada.

DICA 152

Na linha de endereço do Chrome podemos digitar diretamente alguns caminhos para


acessar alguns recursos como em:

▪ chrome://history/ acessa o histórico de navegação


▪ chrome://downloads/ acessa o gerenciador de downloads.
▪ chrome://settings/ acessa as configurações do navegador.
▪ chrome://bookmarks/ acessa os favoritos.
▪ chrome://extensions/ acessa as extensões.

DICA 153

Pocket: permite que salve páginas e vídeos no Pocket com apenas um clique. O Pocket
remove conteúdo desnecessário e salva as páginas de uma forma limpa, com
visualização livre de distrações e lhe permite acessá-los de qualquer lugar através do
aplicativo do Pocket.

DICA 154

Firefox Sync

O Sync conecta todos os dispositivos de um usuário que utiliza o Firefox. Por


exemplo: O usuário utiliza o Firefox em dois computadores e no celular. Através do
Sync, é possível obter informações de histórico, senhas, favoritos e outras
preferências sincronizadas entre todos os dispositivos. Isso pode ser interessante
ao usuário que, por exemplo, precise acessar no trabalho um site que ele já acessou no
seu computador de casa.
Assim, esse site estará no histórico de navegação também do computador do trabalho
desse usuário.

DICA 155

Por padrão, o Mozilla Firefox guarda os arquivos de downloads na pasta padrão de


downloads do usuário. No Windows 8, essa pasta fica em C:\Usuários, em uma
subpasta como nome do usuário e em Downloads, logo: C:\Usuários\<nome de
usuário>\Downloads.

DICA 156

Uma senha é uma combinação de caracteres que serve como mecanismo de autenticação
de um usuário.

- Existem senhas fortes e senhas fracas.

- SENHAS FORTES são aquelas que são difíceis de serem decifradas. Uma senha forte é
formada pelo maior número de dígitos possível e mistura letras (maiúsculas e
minúsculas), números e símbolos especiais.

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DICA 157

MALWARE

É o nome que se dá a todo e qualquer software que possua finalidades maliciosas =


Vírus, Worms, Spywares... todos esses são exemplos de Malwares.

ATENÇÃO! TODO VÍRUS É UM MALWARE, MAS NEM TODO MALWARE É UM VÍRUS.


****Os malwares são amplamente cobrados em provas de concursos públicos. Você
precisa conhecer:

➢ Vírus
➢ Worm
➢ Trojan horse
➢ Spyware
➢ Keylogger
➢ Backdoor
➢ Rootkit
➢ Adware
➢ Sniffer
➢ Hijack

Existem muitos outros malwares, mas esses são os mais citados em provas de concursos
públicos.

DICA 158

CRIPTOGRAFIA

É um SISTEMA DE CODIFICAÇÃO DE CARACTERES QUE IMPEDE QUE UMA


INFORMAÇÃO SEJA ACESSADA POR PESSOAS NÃO AUTORIZADAS.

-Uma comunicação só poderá ser considerada segura se as informações passarem por


processo de criptografia.

- Existem basicamente dois tipos de criptografia: simétrica e assimétrica. Essa


classificação leva em conta o número de chaves que são usadas para cifrar e decifrar as
mensagens.

DICA 159

BIOMETRIA

É UM PROCESSO NO QUAL AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E COMPORTAMENTAIS


DE UMA PESSOA SÃO UTILIZADAS PARA IDENTIFICÁ-LAS UNICAMENTE.
- A biometria é uma das maneiras mais eficientes de autenticar a identidade de um
usuário. A identificação pode ser feita através do escaneamento de veias, olhos,
impressão digital, mãos, etc.

DICA 160

Normalmente, para entrar em um sistema, o usuário precisa fornecer login e senha.

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*A senha é um mecanismo de autenticação. Para que se tenha ainda mais segurança


na proteção das informações de um usuário, muitos sistemas já utilizam a autenticação
de dois fatores. Ao inserir sua senha, o sistema envia uma outra senha ou pede uma outra
confirmação ao usuário e isso pode ser feito utilizando sua conta de e-mail, seu smartphone,
etc. Consegue perceber? São dois fatores de autenticação.

DICA 161

Um vírus é um programa que, QUANDO EXECUTADO, danifica arquivos e outros


programas do computador.

Entra em ação quando, e somente quando, é executado.

OLHA A DICA: Assim como um vírus orgânico, o vírus de computador necessita de


um sistema ou programa hospedeiro para se propagar. A propagação é feita
embutindo cópias de si em outros arquivos e programas instalados no computador
infectado.

DICA 162

Um CAVALO DE TROIA é um programa que pode ser recebido como “presente” na forma
de um Cartão Virtual, um protetor de telas, etc.

- Além de executar a função para qual inicialmente foi projetado, esse programa pode
executar uma outra ação maliciosa como a instalação de um Keylogger ou Spyware
para o roubo de informações ou senhas, por exemplo.

DICA 163

Sabe-se que A DEFESA MAIS EFICIENTE CONTRA VÍRUS É O ANTIVÍRUS.

- Esses softwares analisam os arquivos do computador afim de detectar e eliminar aqueles


que estejam infectados. Você precisa ter um antivírus instalado, mas não mais do
que um.

ATENÇÃO! Caso você instale dois ou mais antivírus, eles podem conflitar entre si e
deixar o sistema vulnerável. Além disso, haverá um consumo excessivo de recursos do
computador.

DICA 164

Princípios da Segurança da Informação

• Confidencialidade: é a garantia de que os dados serão acessados apenas por


usuários autorizados. Geralmente, restringindo o acesso.

• Integridade: é a garantia de que a mensagem não foi alterada durante a


transmissão, ou seja, é a garantia da exatidão e completeza da informação.

• Disponibilidade: é a garantia de que um sistema estará sempre disponível a


qualquer momento para solicitações.

• Autenticidade: é a garantia de que os dados fornecidos são verdadeiros ou que o


usuário é o usuário legítimo.

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• Não Repúdio (Irretratabilidade): é a garantia de que uma pessoa não consiga


negar um ato ou documento de sua autoria.

Essa garantia é condição necessária para a validade jurídica de documentos e transações


digitais. Só se pode garantir o não repúdio quando houver Autenticidade e Integridade (ou
seja, quando for possível determinar quem mandou a mensagem e quando for possível
garantir que a mensagem não foi alterada).

DICA 165

Vírus de script: escrito em linguagem de script, como VBScript e JavaScript, e recebido


ao acessar uma página Web ou por e-mail, como um arquivo anexo ou como parte do
próprio e-mail escrito em formato HTML.

Pode ser automaticamente executado, dependendo da configuração do navegador Web e


do programa leitor de e-mails do usuário.

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