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Memorex TJMG – Oficial de Justiça - Rodada 01

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Memorex TJMG – Oficial de Justiça - Rodada 01

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


INFORMÁTICA .................................................................................................................... 15
RLM ........................................................................................................................................... 20
DIREITO CONSTITUCIONAL....................................................................................... 22
DIREITO CIVIL................................................................................................................... 29
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................. 36
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 47
PROCESSO PENAL............................................................................................................. 52
NOÇÕES BÁSICAS DE CUSTAS E TAXAS JUDICIÁRIAS............................... 58
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA............................................................................................ 60

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
ORTOGRAFIA - DIVISÃO SILÁBICA

CONCEITO DE SÍLABA: é um conjunto de fonemas em uma única emissão sonora.

Ex.: PAI (possui apenas uma sílaba, uma única emissão sonora).
LU-ÍS (possui duas sílabas. Não há uma única emissão sonora).
Quanto à classificação em relação ao número de sílabas:

MONOSSÍLABAS: palavras que têm somente 1 sílaba.

Ex.: flor.

DISSÍLABAS: palavras que têm 2 sílabas.

Ex.: suco (su-co).

TRISSÍLABAS: palavras que têm 3 sílabas.

Ex.: sapato (sa-pa-to).

POLISSÍLABAS: palavras que têm 4 ou mais sílabas.

Ex.: casamento (ca-sa-men-to)


VEJA COMO JÁ FOI COBRADO PELA BANCA IBFC:

QUESTÃO, 2022.
As palavras: pedalada - disco - carretel - céu possuem, respectivamente:
a) 4 sílabas - 2 sílabas - 3 sílabas - 1 sílaba.
b) 3 sílabas - 3 sílabas - 4 sílabas - 2 sílabas.
c) 3 sílabas - 2 sílabas - 5 sílabas - 3 sílabas.
d) 4 sílabas - 3 sílabas - 4 sílabas - 2 sílabas.
Gabarito: Alternativa A.

DICA 02
REGRAS DE DIVISÃO
A consoante solta ficará na sílaba anterior.

Ex.: pos-te-ri-or
É errado separar “posterior” dessa forma: po-ste-ri-or (está errado).
Em toda a sílaba há uma vogal.

Ex.: bí-ceps
Quando há vogais idênticas, elas ficam em sílabas distintas.
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Ex.: cre-em
ATENTE-SE! A banca IBFC gosta de perguntar em qual das alternativas há erro de
separação das sílabas!

QUESTÃO, 2016.
Assinale a opção em que as sílabas das palavras abaixo, retiradas da tirinha, estão
separadas de modo INCORRETO.
a) fe-liz
b) coi-sa
c) e-fei-tos
d) co-la-te-ra-is
Gabarito: altenativa D.
COMENTÁRIO: “COLATERAIS” é um DITONGO. Portanto, a separação correta
seria: CO-LA-TE-RAIS.

DICA 03
REGRAS DE DIVISÃO
Quando há consoantes duplicadas, elas ficam em sílabas distintas.

Ex.: passado (pas-sa-do)


As vogais de hiato também ficam em sílabas distintas.

Ex.: teatro (te-a-tro)


Hiato é o encontro entre duas vogais que pertencem a sílabas distintas. Deve-se
acentuar as vogais "i" e "u" tônicas dos hiatos, quando estão sozinhas na sílaba ou
acompanhadas por "s".
Veja a seguinte afirmação já cobrada em uma questão da banca IBFC:

QUESTÃO, 2019.
“As palavras “saúde” e “saírem” são paroxítonas que possuem vogal tônica (i ou u) em
hiato.” CERTO OU ERRADO?
Gabarito: CERTO.
Veja que “saúde” (sa-ú-de) e “saírem” (sa-í-rem) são hiatos.

ATENÇÃO!

Essa é uma regra de divisão muito importante: Ficam na mesma sílaba  os


DÍGRAFOS CH/NH/QU/LH/GU.
Os dígrafos são 2 letras que forma apenas 1 som.
Ex.: chocolate (cho-co-la-te); trabalho (tra-ba-lho); guitarra (gui-tar-ra).

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DICA 04
REGRAS DE DIVISÃO
Quando existirem os prefixos AB, OB, EX, BIS, TRANS, SOB, SUB e estiverem seguidos
de vogal, formarão sílaba:
Ex.: BI-SA-VÓ
Veja que o prefixo “BIS” está seguido da vogal “A”.
Quando existirem os prefixos AB, OB, EX, BIS, TRANS, SOB, SUB e estiverem seguidos
de consoante, não formarão sílaba:
Ex.: BIS-NE-TO
Veja que o prefixo “BIS” está seguido da consoante “N”. Então, ficarão em sílabas
diferentes. Não formarão sílaba.
Ex.: TRANS-POR-TE
Veja que o prefixo “TRANS” está seguido da consoante “P”. Então, assim como em
“bisneto”, não formarão sílaba.
DICA 05
REGRAS DE DIVISÃO
ATENÇÃO! Essa é uma das regras mais importantes de divisão silábica:
Quando há tritongo ou ditongo, os sons vocálicos ficarão na mesma sílaba.

Exemplos: U-RU-GUAI (tritongo)


HIS-TÓ-RIA (ditongo)
Quando existirem os DÍGRAFOS SS, RR, SÇ, SC, XS, XC, eles ficarão separados (não
ficarão na mesma sílaba):

Exemplos: EX-CE-ÇÃO
DES-CER
PIS-CI-NA
AS-CO
VEJA COMO JÁ FOI COBRADO:

QUESTÃO, 2015.
Considerando as regras para separação silábica, indique a opção em que a palavra
indicada foi dividida de modo ERRADO.
A) “Quando” (Quan - do)
B) “desceram” (des - ce - ram)
C) “diálogo” (diá - lo - go)
D) “atuais” (a-tu-ais)
Gabarito: Alternativa C. O correto seria: di-á-lo-go.

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DICA 06
ABREVIAÇÃO
Abreviação: é uma forma reduzida da palavra, fazendo com que não haja prejuízo na
compreensão desta. Há vários exemplos que caem em prova:

FOTOGRAFIA – FOTO (abreviação)


Ex.: Vamos tirar uma foto?

MOTOCICLETA – MOTO (abreviação)


Ex.: A minha moto estragou.

CINEMA – CINE (abreviação)


Ex.: Fui ao cine com minha amiga.

PNEUMÁTICO – PNEU (abreviação)


Ex.: O pneu do meu carro furou.

OTORRINOLARINGOLOGISTA – OTORRINO
Ex.: Fui atendido pelo otorrino ontem.

Há abreviações que são formadas pelo emprego de somente um prefixo ou de um


elemento de uma palavra composta, representando um todo.

Ex.: “EX” que representa a palavra “ex-namorada”, por exemplo.

→ “Não quero nem saber da minha ex”.


Veja como já foi cobrado em prova:

QUESTÃO.
“V. Exa.; Ba.; Av.; V. Sa. são exemplos de redução, do tipo abreviações.”
CERTO OU ERRADO?
Gabarito: ERRADO, pois são abreviaturas e não abreviações. Essa é uma boa
“pegadinha” de prova.

DICA 07
ABREVIATURA
Abreviatura: é a representação escrita abreviada de alguma palavra. Veja alguns
exemplos de abreviatura:

Sociedade anônima – S.A.

Companhia – Cia.

Limitada – Ltda.

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antes de Cristo – a.C.

Adjetivo – adj.

Metro – m.

Apartamento – apto.

TOME NOTA! A banca pode cobrar a abreviatura dos meses do ano e fazer uma
“pegadinha”:

Janeiro: jan.
Fevereiro: fev.
Março: mar.
Abril: abr.

→ Maio: MAIO (CUIDADO!)


Junho: jun.
Julho: jul.
Agosto: ago.
Setembro: set.
Outubro: out.
Novembro: nov.
Dezembro: dez.

Veja como a banca IBFC já cobrou em prova:

QUESTÃO.
“Moto, metrô, foto, quilo são exemplos de redução do tipo abreviaturas.”
CERTO OU ERRADO?
Gabarito: Errado, pois são abreviações e não abreviaturas. Essa é uma boa
“pegadinha” de prova.

DICA 08
SIGLA

Sigla: é a abreviatura formada com as letras iniciais de nomes de empresas, partidos


políticos, entidades, etc.

Exemplos:

→ ONU – Organização das Nações Unidas. Ex.: Maria é voluntária da ONU.

→ BB – Banco do Brasil. Ex.: Marta é concursada do BB.

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→ INSS – Instituto Nacional da Seguridade Social. Ex.: Joana entrou com uma
ação contra o INSS.

→ CEF – Caixa Econômica Federal. Ex.: Preciso sacar meu salário na CEF.

→ CEP – Código de Endereçamento Postal. Ex.: Meu CEP é 20020-050.

→ REGRAS DA SIGLA: as letras precisam estar em letra maiúscula se a sigla possuir


até três letras ou se todas as letras possuírem um significado distinto, como os exemplos
acima citados.
Se a sigla tiver mais de 3 letras, apenas ficará com a letra maiúscula a primeira letra.

Ex.: Bovespa – Bolsa de Valores do Estado de São Paulo


DICA 09
NOTAÇÃO LÉXICA

Notações Léxicas são sinais que ajudam e indicam a pronúncia exata das palavras.
Os acentos (agudo, circunflexo e grave) são notações léxicas.

ACENTO AGUDO: O acento agudo (´) é um sinal gráfico usado em vogais.


É usado em vogais abertas e semiabertas.
Exemplos: xícara; mínimo; máximo; síntese; ótica; átomo.

ACENTO CIRCUNFLEXO: é usado nas vogais tônicas semi-fechadas.


Exemplos: ônibus, mês, incômodo.

ACENTO GRAVE: é usado em CRASE.


Exemplo: Marina fez referência àquela escola.

DICA 10
NOTAÇÃO LÉXICA
Ainda, o apóstrofo, a cedilha, o trema e o til também são notações léxicas.

APÓSTROFO: é usado para indicar supressão de fonema.

Ex.: Marina comeu o pão d’alho.


“Essa foi a gota d’água, menino!”
“Você precisa limpar a caixa d’água!”

TIL: Indica nasalidade.

Ex.: Usei um sabão muito bom para lavar as roupas. Estão cheirosas!

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CEDILHA: É usada antes de vogais. Possui som de “ss” e jamais vem no


início das palavras.

Ex.: Mário bebeu cachaça no bar.


Preciso parar de comer tanto açúcar!

TREMA: Após a reforma ortográfica, as palavras perderam o trema. Se usa em


nomes próprios de origem estrangeira.

Ex.: Schröder

DICA 11
PARTICULARIDADES LÉXICAS

“MAS” é uma conjunção que exprime adversidade. Você poderá trocá-la por:
porém, contudo, entretanto.

Ex.: Eu descansei muito, mas não quis ir à festa com meus amigos.

→ “porém não quis ir à festa com meus amigos”.


Júlia tem muitos cursos, mas não para de adquirir outros.

→ “entretanto não para de adquirir outros”.


Geralmente, o “MAIS” será um advérbio de intensidade (antônimo de “menos”).

Ex.: Lia tem mais gatos do que cachorros.


VEJA COMO JÁ FOI COBRADO PELA BANCA IBFC:

QUESTÃO, 2015.
No fragmento “Mais um conhecido, mas daqueles que você não pode deixar de ir ao
velório.”(1°§), estão destacadas duas palavras que se aproximam quanto à pronúncia,
contudo diferenciam-se quanto à classificação morfológica. Assinale a opção que indica,
respectivamente, o valor semântico que elas introduzem.
A) intensidade e oposição
B) adição e explicação
C) oposição e conclusão
D) retificação e intensidade
Gabarito: Alternativa “A”.

DICA 12
PARTICULARIDADES LÉXICAS

ONDE: faz referência a um lugar CONCRETO.

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Ex.: Onde Júlia reside?


Marina quer ficar onde está a sua amiga.

AONDE: é utilizado quando o verbo expressa MOVIMENTO. É usado com verbos que
pedem a preposição “a”.

Ex.: Aonde Maria está indo?


Joana foi aonde ontem de manhã?

DONDE: significa a ORIGEM (DE ONDE). Pede a preposição “de”.

Ex.: Veio donde?


Donde vêm esses passarinhos?
DICA 13
PARTICULARIDADES LÉXICAS

O “SENÃO” poderá ser usado quando tiver o significado de:


- MAS SIM: O casaco não era de couro, senão de corino.
- CASO CONTRÁRIO: Devo trabalhar o dia inteiro, senão venderei a casa.
- EXCETO: Todos, senão meus pais, podiam entrar na sala de teatro.

O “SE NÃO” (separado), é uma conjunção condicional e quando está junto com o
advérbio “não” poderá ser utilizada quando tiver o significado de:
- CASO NÃO: Se não for possível ir ao cinema, avise sua amiga.
- QUANDO NÃO: Havia quatro adolescentes no cinema, se não cinco.
DICA 14
PARTICULARIDADES LÉXICAS

“A FIM DE” é uma locução prepositiva e possui o mesmo significado de “COM A


FINALIDADE DE”.

Ex.: Estudei muito de manhã a fim de sair com meu namorado à tarde. = com
a finalidade de
TOME NOTA: Utiliza-se “a fim” para dizer que possui interesse em alguém.

Ex.: Estou a fim de um garoto muito mais velho.

“AFIM” poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são SEMELHANTES. Ainda,
poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são PARENTES.

Ex.: Eu e minhas amigas temos metas afins. = metas semelhantes


Os afins não comparecerão à reunião.

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DICA 15
PARTICULARIDADES LÉXICAS

ACERCA DE: possui o mesmo sentido de “sobre” ou “a respeito de”.

Ex.: As meninas loiras estavam comentando acerca da festa no cinema da cidade.

A CERCA DE: possui o mesmo sentido de “aproximadamente”.

Ex.: Balneário Camboriú fica a cerca de quinze minutos de Itapema.

HÁ CERCA DE: possui o mesmo sentido de “faz aproximadamente”.

Ex.: Joana estuda há cerca de quatro anos para o concurso da Magistratura.


DICA 16
PARTICULARIDADES LÉXICAS

“De mais” é uma locução adjetiva e exprime quantidade. É o contrário de “de


menos”.

Ex.: Há mulheres de mais neste cruzeiro.


Tenho trabalho de mais para fazer.

“Demais” poderá ser um advérbio de intensidade (indicando um excesso) ou


poderá ser um pronome indefinido (terá o significado de “os outros”).

Ex.: Os meninos choraram demais durante a prova. – advérbio


É tarde demais para chorar – advérbio
Aqueles que fizeram a leitura podem ir embora, os demais não estão liberados ainda.

→ “os outros” não estão liberados ainda. – pronome indefinido.

DICA 17
PARTICULARIDADES LÉXICAS

À MEDIDA QUE: será equivalente à “à proporção que”. É uma locução conjuntiva


de proporcionalidade.

Ex.: À medida que estudo, fico mais esperto.

→ “à proporção que estudo”, fico mais esperto.


NA MEDIDA EM QUE: Pode expressar CAUSALIDADE. Terá o significado de “uma
vez que”.

Ex.: Tomar polivitamínico é bom, na medida em que reduz o estresse e melhora a


memória.

→ “uma vez que” reduz o estresse e melhora a memória.


ATENÇÃO! “À MEDIDA EM QUE” NÃO EXISTE!
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DICA 18
PARTICULARIDADES LÉXICAS

DEBAIXO: é um advérbio de lugar e indica a localização de uma pessoa ou


objeto. Está relacionado às seguintes palavras:

→ POR DETRÁS; NA PARTE INFERIOR.


Ex.: Ela encontrou os diários debaixo do sofá amarelo.
O gato jogou a bolinha de papel debaixo do sofá.

DE BAIXO: “De baixo” é o CONTRÁRIO da palavra “cima”.

Ex.: Martiela trabalhará no andar de baixo hoje à tarde.


DICA 19
PARTICULARIDADES LÉXICAS

ABSOLVER X ABSORVER

A palavra ABSORVER, geralmente, significa “consumir”; “sorver”.

Ex.: Mari prestou atenção na aula e absorveu todas as informações importantes.


Ainda, pode significar “concentrar-se”. Exemplo: Mônica absorve-se no trabalho.
A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.

Ex.: O acusado foi absolvido.

EMINENTE X IMINENTE

EMINENTE significa “elevado”; “notável”.


Exemplo: É eminente o fato de que a saúde no Brasil está um caos.
É notável o fato de que...
IMINENTE significa que alguma coisa está próxima de acontecer.
Exemplo: O risco de Jandira falecer por conta daquela doença é iminente!

DICA 20
PARTICULARIDADES LÉXICAS

MAL – ADVÉRBIO – CONTRÁRIO DE “BEM”

MAU – ADJETIVO – CONTRÁRIO DE “BOM”

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O advérbio “mal” é utilizado para indicar que alguma coisa foi feita de modo errado.
Ainda, “mal” pode ser um substantivo quando indicar uma doença, uma maldade, por
exemplo.
Também, “mal” pode significar uma conjunção temporal (com o mesmo sentido de
“assim que”).
O adjetivo “mau” é utilizado para indicar que algo é ruim ou maldoso. Ex.: Os maus
pensamentos não nos fazem bem.
VEJA COMO JÁ FOI COBRADO PELA BANCA IBFC (2014):

QUESTÃO, 2022.
Chapeuzinho Vermelho foi seguida pelo lobo ______. O Apocalipse será a batalha entre
o Bem e o ______. Assinale abaixo a alternativa que preenche corretamente as
lacunas.
A) Mau/Mau.
B) Mau/Mal.
C) Mal/Mau.
D) Mal/Mal.
Gabarito: Alternativa B.

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INFORMÁTICA

DICA 21
EQUIPAMENTOS DE MICROINFORMÁTICA: COMPUTADOR, HARDWARE E
SOFTWARE
O que é o Computador?
É uma máquina com a capacidade de processar diversos tipos de dados e informações,
bem como realizar diversas operações.
Por sua vez, os Hardware são os componentes físicos de um computador (podemos
“pegar” um hardware.

Ex.: Mouse, teclado, webcam, processador, disco rígido etc.


Por fim, o software, é a parte lógica de um computador. Ou seja, são os programas e
aplicativos executados no computador.

Ex.: Jogos, Word, LibreOffice, Mozilla Firefox, Sistemas Operacionais (Microsoft


Windows) etc.
DICA 22
DA UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO (CPU)
A CPU ou unidade central de processamento é conhecida em inglês pelo termo Central
Processing Unit.
A função principal da CPU é executar os programas armazenados na memória do
computador.
A CPU, portanto, é o cérebro eletrônico que processa as informações. Dentro dessa
Unidade Central de Processamento será possível encontrar:

a ULA (Unidade Lógica e Aritmética;

a Unidade de Controle;

Registradores.

DICA 23
DAS PORTAS USB
USB é a abreviação de Universal Serial Bus, em português quer dizer Porta Universal.
Atualmente, esta é a porta mais utilizada para se conectar os dispositivos como
impressoras, mouses, teclados, pen drives dentre outros.
A porta USB serve não apenas para conectar os dispositivos ao computador, mas também
para gerar energia (em pequena escala), servindo, por exemplo para carregar celulares e
outros equipamentos.
Uma grande vantagem da USB é permitir a conexão de dispositivos sem que seja
necessário desligar o computador, isso ocorre devido o padrão Plug and Play (PnP).
O USB 3.0 que é a versão mais utilizada atualmente, foi lançado em 2009, e permite a
transferência de até 625 MB/s.

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DICA 24
PLACA-MÃE - BARRAMENTO E SLOTS
A placa - mãe é a principal placa existente em um computador, sendo formada por um
conjunto de circuitos integrados, presentes em uma única placa, o que possibilita a
integração entre CPU e demais componentes de um computador.

Apesar de a tecnologia sempre evoluir, as placas-mães possuem alguns componentes


que sempre estão presentes:
Chipset (Norte e Sul);
Soquetes;
Slots;
Conectores;
Bios, CMOS;
Bateria.

A placa mãe ainda poderá ser classificada como:


placa-mãe onboard: é aquela na qual os componentes estão integrados à própria
placa-mãe. Visando a redução de custos, placas como de vídeo, rede, som, dentre outras,
podem ser integradas diretamente à placa-mãe.
placa-mãe offboard: é aquela onde não há a integração de componentes à placa-
mãe, neste caso, as placas de vídeo, rede, som etc, são conectadas à placa-mãe e não
integradas como como no caso da onboard.
As placas-mães são dotadas de um Firmware que nada mais é que um software gravado
pelo fabricante à placa mãe, sendo colocado em uma memória permanente (memória
ROM). Portanto, o firmware é essencial ao funcionamento de computadores.

Figura 1 Imagem de uma placa-mãe

Barramento (BUS) é o conjunto de linhas de comunicação que permitem interligar


dispositivos e computador. É função do barramento, por exemplo, conectar o processador
às placas externas que se conectam à placa mãe, bem como demais periféricos como
teclado, mouse etc.
Já os Slots são a junção da placa-mãe com outras placas como de som, vídeo, rede etc.

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DICA 25
MEMÓRIA RAM, MEMÓRIA ROM, MEMÓRIA SECUNDÁRIA (AUXILIAR) E SSD
A Memória RAM (Random Access Memory) é a responsável por armazenar o que está
sendo executado no computador, sendo, portanto, a memória principal no computador.
É uma memória volátil e, portanto, necessita de corrente elétrica para que possa
funcionar.
Por sua a Memória ROM (Read Only Memory), é um tipo de armazenamento não
volátil e tem a capacidade de preservar as informações mesmo se não houver corrente
elétrica.
Existe ainda a chamada Memória Secundária ou Auxiliar, armazenamento não-volátil,
mais barato e mais extenso.
São exemplos de armazenamento secundário:
CDs, DVDs;
Blu-Ray
Disco rígido, HDD (hard disk drive), winchester, ou HD;
Pendrives, cartões de memória;
Discos rígidos externos;

ATENÇÃO!

O HD não faz parte da memória principal, sendo memória secundária.

As denominadas memórias de estado sólido (Solid State Disk - SSD), são feitas com
tecnologia “Flash” para serem utilizadas em substituição ao Disco Rígido.
A memória de estado sólido é mais rápida e mais resistente, consumindo menos energia.
Porém, com tantos atributos positivos, acaba por ter preço mais elevado.
VEJÁ COMO JÁ FOI COBRADO PELA BANCA IBFC:

QUESTÃO, 2019 - IDAM


Este tipo de dispositivo de armazenamento de dados é o mais recente. Utiliza de
tecnologia conhecida como memórias de estado sólido, por não possuir partes mó
apenas circuitos eletrônicos que não precisam se movimentar para ler ou gravar informaç
A) DVD
B) SSD
C) HDD
D) DVR
Gabarito: Alternativa B.

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DICA 26
MS-WINDOWS 10 - WINDOWS 10
É um sistema operacional desenvolvido e mantido pela Microsoft. É um sistema
proprietário, multisessão (capacidade de operar com várias contas de usuários),
multitarefa (execução de várias tarefas simultâneas). Disponível nas versões Home, Pro,
Education, Enterprise.

Home: Versão mais comum presente em computadores domésticos, conta com a


possibilidade de login facial ou biometria.

Pro: Versão que contém as funcionalidades do Home com dispositivos avançados de


segurança como BitLocker para criptografia de HD e suporte a ingresso no domínio
através do Azure Active Directory.

Enterprise: Engloba as funcionalidades da versão Pro e inclui outras opções avançadas


como como o AppLocker.

Education: Versão geralmente utilizada para grandes ambientes de ensino, conta com
as opções da versão enterprise, porém sem algumas opções de configuração de
atualização.
DICA 27
OPÇÕES DE ENCERRAMENTO DO WINDOWS
O Windows possui algumas opções de encerramento. As opções são acessíveis através do
menu iniciar, porém também é possível acessá-las utilizando o atalho ALT + F4 na área
de de trabalho.

As opções são:

Desligar - Fecha todos os aplicativos e desliga o computador.

Reiniciar - Fecha todos os aplicativos, desliga o computador e liga-o novamente.

Suspender - O computador permanece ligado, mas com baixo consumo de energia. Os


aplicativos ficam abertos, assim, quando o computador é ativado, voltará ao ponto em
que estava.

Trocar Usuário - Troca de usuário sem fechar aplicativos.

Sair - Fecha todos os aplicativos e faz logoff do usuário.


DICA 28
CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS
Pastas são utilizadas para agrupar itens, é uma forma de organização. Um diretório tem a
mesma função que uma pasta.
Um arquivo é um componente que tem conteúdo, que tem informação. Ele pode ser do
tipo Texto, Dado, Binário, Executável etc.
No Windows, pastas e arquivos têm permissão de acesso, que é definido no menu de
contexto na opção propriedades ao clicar com botão direito sobre o item, na aba
segurança.

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Arquivos têm extensões, elas representam qual o tipo de arquivo e facilitam qual
programa pode abri-lo.

Por exemplo Arquivo1.docx é um arquivo do Word.


Executavel.exe é um arquivo que será executado pelo Windows.
DICA 29
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS NO EXPLORER, COPIAR, COLAR
Utiliza-se o Windows Explorer para gerenciar arquivos no Windows. É possível copiar
(CTRL + C) arquivos e colá-los (CTRL + V) para outras pastas. Também é possível
mover arquivos e pastas.

Caso um arquivo seja copiado para dentro de uma pasta onde já exista um arquivo com
o mesmo nome, o Windows irá perguntar se deseja:

Substituir o arquivo no destino;

Ignorar este arquivo;

Comparar informações para ambos os arquivos.


No caso de copiar um arquivo e colar na mesma pasta em que o arquivo foi copiado, será
feita uma cópia do arquivo e o nome será alterado para “nome do arquivo - Copia”
É possível copiar arquivos utilizando o botão direito do mouse. Será necessário arrastá-
lo com o botão direito do mouse até a pasta de destino. Terá as seguintes opções: Copiar
Aqui, Mover para Cá, Criar atalhos aqui.
DICA 30
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS NO EXPLORER, MOVER E RECORTAR
A opção de recortar (CTRL + X) um arquivo se assemelha com a de mover, quando se
recorta um arquivo, este irá para a área de transferência e quando for colado no
destino, o arquivo inicial deixará de existir, existindo, agora, somente no destino.
Porém, faz-se necessário uma ressalva, caso a opção de mover seja a escolhida, isto é, o
arquivo seja arrastado utilizando-se o botão esquerdo do mouse de uma pasta para
outra, caso o arquivo esteja em outra partição, ele não será excluído e será feita uma
cópia na partição de destino. Caso o arquivo seja arrastado utilizando o botão direito do
mouse e a opção Mover para Cá seja escolhida, o arquivo também deixará de existir na
pasta de origem.

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RLM

DICA 31
ESTRUTURAS LÓGICAS DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS
Estruturas Lógicas são divididas em Proposições Lógicas e Tabela Verdade.
Chama-se proposição lógica toda oração declarativa que pode ser expressa de forma
afirmativa ou negativa.

A oração declarativa deve conter um sujeito, um verbo e um predicado, podendo ser


uma declaração verdadeira ou uma declaração falsa.
Outro ponto a ser analisado na definição é que a oração declarativa deve ser
classificada em V ou F, mas não as duas;

Ex.: Em 2021 vivemos uma pandemia. (V)


Pelé foi eleito em 2019 como melhor jogador de futebol do mundo;(F)
DICA 32
ESTRUTURAS LÓGICAS
As frases imperativas, interrogativas, exclamativas não são proposições, pois não existe a
possibilidade de julgamento em verdadeiro ou falso.

Ex.: Vá dormir; (Não tem valor V ou F)


Ele viajou? (Não tem valor V ou F, quem viajou? não sabemos)
Passei no concurso!!! (Não tem valor V ou F)

Sentenças abertas também não são proposições;

Ex.: X+4=7; (é uma sentença aberta, pois X pode assumir qualquer valor)

Já a sentença fechada é uma proposição;

Ex.: 1) 7+3=12 (é uma proposição falsa)


2) 5+25=30 (é uma proposição verdadeira);

”Que noite agradável” → é uma sentença exclamativa, portanto não é uma proposição;
”Qual é a sua idade?” → é sentença interrogativa, portanto não é uma proposição;
”Chute a bola” → é uma sentença imperativa (indica uma ordem), portanto não é uma
proposição.
DICA 33
ESTRUTURAS LÓGICAS
Qualquer Proposição ou é Verdadeira ou Falsa, não pode ser verdadeira e falsa
simultaneamente.
Uma proposição se for verdadeira será sempre verdadeira, e se for falsa será sempre
falsa.
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Proposições simples:

Ex.: Pelé é o rei do futebol.

Proposições compostas:

Ex.: Pelé é o rei do futebol e Pelé foi campeão da copa do Mundo em 1970;( temos 2
sentenças).
Frases paradoxais não podem ser proposições justamente porque não pode ser
atribuído um único valor lógico a esse tipo de frase;

Ex.: “Eu sou mentiroso” se a frase for verdadeira, o autor da frase necessariamente
mentiu. Isso significa que a frase é falsa.
DICA 34
ESTRUTURAS LÓGICAS

A lógica proposicional obedece a três princípios, conhecidos também por Leis do


Pensamento que são:
Princípio da Identidade que diz que uma proposição verdadeira é sempre

verdadeira, e uma proposição falsa é sempre falsa;

Princípio da Não Contradição


em que uma proposição não pode ser verdadeira e
falsa ao mesmo tempo;

Princípio do Terceiro Excluído


em que uma proposição ou é verdadeira ou é falsa.
Não existe um terceiro valor talvez.

DICA 35
ESTRUTURAS LÓGICAS

Proposição simples não pode ser dividida proposições menores;

A negação de uma proposição simples p gera uma nova proposição simples ~p;

→ Usa-se o "não" e de expressões correlatas como "não é verdade que", "é falso que";
Ex.: p: “Rio de Janeiro não é a capital do Brasil.", sua negação é ~q: "Rio de Janeiro é
a capital do Brasil."
Para negar uma proposição simples formada por uma oração principal e por orações
subordinadas, devemos negar o verbo da oração principal.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 36
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e


Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

Soberania; Mnemônico:
Cidadania; SO-CI-DI-VA-PLU
Dignidade da pessoa humana;

Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Pluralismo político.

Fique atento!

Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal.

INDEPENDÊNCIA E HARMONIA DOS PODERES


São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.
DICA 37
OBJETIVOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
Garantir o desenvolvimento nacional;
Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
Dica: Fique atento aos verbos. Vale dizer, são normas de eficácia limitada
definidoras de princípios programáticos.
DICA 38
PRINCÍPIOS DE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL
A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
Independência nacional;
Prevalência dos direitos humanos;
Autodeterminação dos povos;

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Não-intervenção;
Igualdade entre os Estados;
Defesa da paz;
Solução pacífica dos conflitos;
Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
Concessão de asilo político.

Fique atento!

A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural


dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.

DICA 39
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Entendidos como cláusulas pétreas, os direitos e garantias fundamentais são o rol
de princípios absolutos e relativos positivados para assegurar aos seres humanos o
estatuto de indivíduos de direito. No ordenamento jurídico brasileiro, estão previstos na
Constituição Federal e são inerentes à pessoa humana
Com o primeiro grande marco histórico sobre direitos fundamentais, que foi a Revolução
Francesa, a Constituição Federal de 1988, desse modo, refletiu o que fora estabelecido na
Carta de Direitos Humanos de 1948. E trouxe um rol de direitos e garantias considerados
fundamentais para a manutenção do ordenamento jurídico. Os direitos e garantias
fundamentais, portanto, são entendidos como este conjunto de preceitos conquistados
com o avanço das sociedades jurídicas e hoje positivados. Portanto, pode-se dizer que os
direitos fundamentais decorrem de uma construção histórica.

ATENÇÃO!

Os Direitos e Garantias Fundamentais são:

Irrenunciáveis: Ninguém pode recusá-los, na medida em que são inerentes –


também são inalienáveis e invioláveis. Isto é, não podem ser vendidos, trocados,
disponibilizados ou violados, sob o risco de punição do Estado.

Imprescritíveis: Não são atingidos pela prescrição e podem ser exigidos a


qualquer tempo. Do mesmo modo são universais, uma vez que aplicados
indistintamente a todos os indivíduos.

DICA 40
PRINCIPAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A Constituição Federal nos traz no seu art. 5º:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade […].

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Portanto, são direitos fundamentais:

Direito à vida

Direito à liberdade

Direito à igualdade

Direito à segurança

Direito à propriedade

DICA 41
DIREITO À VIDA
O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina.
Nota-se que nem o direito à vida é absoluto. No Brasil, em caso de guerra declarada,
admite-se a pena de morte. O aborto, por sua vez, é permitido em casos
excepcionais.

Aborto terapêutico ou necessário: ocorre quando o médico interrompe a gravidez


quando não há outra forma de salvar a vida da gestante.

Aborto sentimental ou humanitário: é a interrupção da gravidez praticada por


médico nos casos de estupro, desde que haja autorização da gestante ou de seu
representante legal quando a gestante dor menor de 18 anos.

Aborto eugenésico ou eugênico: É aquele realizado para evitar o nascimento de uma


criança com grave deformidade genética.

DICA 42
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
A CF/88 preconiza que todos são iguais perante a lei (caput), bem como homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações (inciso I).
A igualdade tem dupla acepção, MATERIAL e FORMAL:
Material: trata-se da igualdade de fato. É o tratar igualmente os iguais e os desiguais
de forma desigual, na medida de sua desigualdade. É aqui que se encontra o fundamento
para as ações afirmativas;
Formal: é a igualdade perante a lei. É dizer, todos os seres humanos são tratados de
igual forma, sem levar em consideração suas especificidades.
DICA 43
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Segundo o inciso II, do artigo 5º, da CF/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei.

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A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.
Por não existir direito fundamental absoluto, a legalidade pode ser afastada nos casos de
legalidade extraordinária, quais sejam, estado de sítio (artigo 137, CF/88) e estado de
defesa (artigo 136, CF/88).
O princípio da legalidade tem duas acepções, uma diz respeito ao Particular e a outra à
Administração. O primeiro é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Já o
segundo pode fazer somente o que a lei permite.
DICA 44
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE CONSCIÊNCIA E DE
EXPRESSÃO (INCS. IV, V e IX)
Segundo o inciso IV, do artigo 5º, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado
o anonimato.
A Vedação do anonimato garante a responsabilização de quem causou danos a
terceiros ao exercer a livre manifestação do pensamento.
A livre manifestação de pensamento não é absoluta, sendo proibido qualquer discurso
de ódio, inclusive a incitação ao racismo.
DICA 45
DIREITO DE RESPOSTA
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem.
Esquematizando:

Aplica-se a pessoas físicas e pessoas jurídicas.

DIREITO DE É proporcional ao agravo.


RESPOSTA

Pode ser acumulado com indenização por dano


material, moral ou à imagem.

DICA 46
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA
O artigo 5º, em seu inciso VIII garante que ninguém terá cerceado seus direitos por
motivo de crença religiosa, de convicção filosófica ou política.

Trata-se de garantia ao direito de liberdade assegurado pela CF/88.


Contudo, caso o indivíduo se exima de obrigação legal a todos impostas e recusar-se a
cumprir prestação alternativa fixada em lei, haverá restrição de seus direitos.
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DICA 47
INVIOLABILIDADE DA CASA

Segundo o inciso XI, do artigo 5º, a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial.
Da leitura do dispositivo extraímos que nos casos de flagrante delito, desastre e para
prestar socorro, o agente pode entrar em qualquer horário na residência. Já quando se
tratar de determinação judicial, o agente somente poderá entrar na residência durante o
dia.

Entende-se como “casa”:


Qualquer compartimento habitado;

Qualquer aposento ocupado de habitação coletiva;

Qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão
ou atividade pessoal.

SISTEMATIZANDO

REGRA:
A casa é inviolável;

EXCEÇÃO:
Consentimento do morador;
Flagrante delito;
Desastre;
Prestar socorro;
Determinação Judicial.

JURISPRUDÊNCIA

O ingresso regular da polícia no domicílio, sem autorização judicial, em caso de


flagrante delito, para que seja válido, necessita que haja fundadas razões (justa
causa) que sinalizem a ocorrência de crime no interior da residência. A mera intuição
acerca de eventual traficância praticada pelo agente, embora pudesse autorizar
abordagem policial, em via pública, para averiguação, não configura, por si só, justa
causa a autorizar o ingresso em seu domicílio, sem o seu consentimento e sem
determinação judicial. STJ. 6ª Turma. REsp 1574681-RS, Rel. Min. Rogério Schietti
Cruz, julgado em 20/4/2017 (Info 606).
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DICA 48
LIBERDADE PROFISSIONAL
Segundo o inciso XIII, do art. 5º, é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
É inconstitucional a previsão de cancelamento automático de registro em conselho
profissional por inadimplência da anuidade. Antes, em acatamento ao princípio do
processo legal, deve haver a oitiva do associado.
A inexistência de lei regulamentadora NÃO IMPEDE o exercício da profissão.

ATENÇÃO!

Bacharel em Direito que exerce o cargo de assessor de desembargador NÃO pode


exercer a advocacia.

DICA 49
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – LIBERDADE DE REUNIÃO
Previsão constitucional (art. 5º, inciso XVI):
“XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;”

Ao analisar esse direito fundamental, extrai-se os seguintes requisitos:

Reunião pacífica;

Sem armas;

Em locais abertos ao público – o que não veda a realização de reuniões em espaços


privados;

Independentemente de autorização;

Não frustrem outra reunião marcada anteriormente para o mesmo local;

Exige-se prévio aviso.

JURISPRUDÊNCIA

O PRÉVIO AVISO, segundo a jurisprudência do STF, não exige uma comunicação


formal, pois “eventual ausência de prévio aviso para o exercício do direito de reunião
não transforma a manifestação em ato ilícito e que o Poder Público pode
legitimamente impedir o bloqueio integral de via pública para assegurar o direito de
locomoção de todos” (Notícias STF de 19.12.2018).

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Como os demais direitos fundamentais, o direito de reunião não é absoluto e pode
ser restringido na vigência de estado de defesa (art. 136, § 1.o, I, “a”) e de estado de
sítio (art. 139, IV).

JURISPRUDÊNCIA – Fique atento

Sobre o requisito do AVISO, o STF, por meio do Recurso Especial n° 806339/SE,


cujo Relator foi o Ministro Marco Aurélio, já entendeu que para que o aviso seja
cumprido não há nenhum tipo de forma pré-estabelecida, bastando apenas que chegue
o conhecimento da reunião ao Poder Público. A saber: “A exigência constitucional de
aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de
informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de
forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”. STF. Plenário.
RE 806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin,
julgado em 14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).

DICA 50
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO

Encontra-se positivada nos incisos:

XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter


paramilitar;

XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de


autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas


atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
julgado;

XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade


para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.

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DIREITO CIVIL

DICA 51
DA PESSOA NATURAL
De acordo com o art. 1º do CC, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na vida civil.

A capacidade civil pode ser dividida de três formas: capacidade de fato, capacidade
de direito e capacidade plena.

CAPACIDADE DE CAPACIDADE DE CAPACIDADE PLENA


FATO/EXERCÍCIO DIREITO/GOZO

Capacidade para exercer Capacidade para ser sujeito Legitimação: capacidade


direitos na órbita civil; de direitos e deveres na especial para determinado
ordem civil; ato ou negócio jurídico;
Nem todas as pessoas
naturais possuem Toda pessoa natural possui; Legitimidade: capacidade
(incapazes do art. 3º e 4º, processual;
Termina com a morte.
CC);
Personalidade: soma dos
Adquire-se com a caracteres ou aptidões da
maioridade civil ou pessoa.
emancipação.

DICA 52
ESTADO DA PESSOA NATURAL

O estado pode ser:

INDIVIDUAL:
- é o modo de ser do indivíduo no que diz respeito ao sexo, à idade, à cor, à saúde...
- O Estado Individual se refere a aspectos da constituição orgânica do indivíduo que
possuem influência sobre a capacidade civil, se ele é homem ou mulher, se é maior de
idade, entre outros.

FAMILIAR:
O Estado Familiar tem a ver com a situação do indivíduo no que diz respeito ao
matrimônio, se ele é solteiro, casado, viúvo... e tem a ver com o parentesco, se ele é
filho, pai, irmão...

POLÍTICO:
diz respeito à posição da pessoa na sociedade política, que pode ser nacional (nato ou
naturalizado) e estrangeiro.

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DICA 53
CARACTERÍSTICAS DO ESTADO DA PESSOA NATURAL

INDISPONIBILIDADE:

O estado civil NÃO pode ser comercializado. É INALIENÁVEL e IRRENUNCIÁVEL.

Contudo, pode MUDAR. O solteiro pode passar a ser casado. O casado pode passar a
ser divorciado...

IMPRESCRITIBILIDADE:

O estado NÃO se perde, tampouco se adquire o estado pela prescrição. Não é possível
obtê-lo por usucapião.

INDIVISIBILIDADE:

Regra: Ninguém pode ser casado e solteiro ao mesmo tempo, por exemplo.

EXCEÇÃO: dupla nacionalidade.

DICA 54
INCAPACIDADES

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES RELATIVAMENTE INCAPAZES

Apenas os menores de 16 anos. Não Maiores de 16 anos e menores de 18


existem maiores de idade que sejam anos;
absolutamente incapazes. (art. 3º CC)
Ébrios habituais e viciados em tóxicos;
Pessoas que, por causa transitória ou
definitiva, não puderem expressar
vontade;
Pródigos. (art. 4º, CC)

OBS.: Os absolutamente incapazes devem ser representados enquanto os


relativamente incapazes devem ser assistidos.
DICA 55
PESSOA NATURAL E JURÍDICA

PESSOA: é o ser físico ou coletivo, que pode adquirir direitos e contrair obrigações. A
pessoa é sujeito de direito;

PESSOA NATURAL: é dotada de personalidade e capacidade;

PESSOA JURÍDICA: sujeito das relações jurídicas. Por ser a PJ um objeto, ela pode ser
vendida;

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DICA 56
PERSONALIDADE E CAPACIDADE DE DIREITO
Para sua prova, é importante que você saiba o que é a personalidade, e o que é a
capacidade de direitos. Não confundam em? Veja só:

PERSONALIDADE: aptidão de adquirir direitos e possuir obrigações. Toda pessoa possui


personalidade jurídica;

CAPACIDADE DE DIREITO: CAPACIDADE NÃO É PERSONALIDADE!


A capacidade de direito é condição do próprio homem. Todos os indivíduos possuem, sem
distinção.
Artigo 1º do Código Civil dispõe que: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na
ordem civil.”
DICA 57
CAPACIDADE

A capacidade pode ser:


De direito ou gozo: todos possuem pelo simples fato de serem humanos.
De fato ou exercício: somente alguns indivíduos possuem. Em regra, é adquirida aos
18 anos.

→ CAPACIDADE PLENA: capacidade de direito + capacidade de fato.


→ CAPACIDADE LIMITADA: só capacidade de direito.

Artigo 543 do CC: Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação,


desde que se trate de doação pura.

QUESTÃO
Joaquim, de 10 anos, é contemplado, em testamento deixado por seu tio avô, Antônio,
com um pequeno apartamento no Município de Florianópolis. Surpresos com a deixa, os
genitores de Joaquim procuram assistência jurídica.
Nesse caso, Joaquim:
A) não poderá receber a propriedade do imóvel, visto ser absolutamente incapaz;
B) não possui personalidade civil, assim seus pais receberão a propriedade do bem;
C) poderá receber a propriedade do imóvel, mediante a assistência dos pais;
D) poderá receber a propriedade do bem, já que possui capacidade de direito;
E) poderá receber a propriedade do bem quando atingir a maioridade civil.
Gabarito: Alternativa D.
COMENTÁRIO: CERTO, pois Joaquim possui capacidade de direito e não de fato. Ainda,
está de acordo com o artigo 543 do CC: Se o donatário for absolutamente incapaz,
dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação pura.

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DICA 58
PESSOA NATURAL

Artigo 2º do CC: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida;


mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

NASCITURO: É o ser que é concebido e se encontra no ventre materno. Possui


proteção jurídica.

NATIMORTO: Nasceu, mas após o parto não manifestou sinais de vida.

QUESTÃO
Maria, grávida de 5 meses, preocupa-se com a proteção dos direitos do seu futuro
bebê. O marido de Maria, pai da criança, está hospitalizado em quadro de saúde
gravíssimo e a relação de Maria com a família do seu marido não é harmoniosa.
A afirmação que melhor reflete a situação do nascituro é:
A) nascituro goza de proteção jurídica;
B) nascituro tem personalidade civil plena;
C) nascituro não é titular de direitos subjetivos;
Gabarito: Alternativa A.

DICA 59
NASCITURO E EMBRIÕES EXCEDENTÁRIOS

NASCITURO é o ser que já foi concebido, mas que ainda não nasceu. Quanto à sua
natureza jurídica, o nascituro não é uma pessoa. É um sujeito de direito
despersonificado. O nascituro possui os direitos da personalidade, tais como: direito à
vida e direito à alimentos. No que tange aos direitos patrimoniais, estes ficam sob
condição suspensiva. Além disso, a lei põe a salvo os direitos do nascituro desde a
concepção.

Os EMBRIÕES EXCEDENTÁRIOS são considerados OBJETOS de direito. Quanto ao


conceito, são os embriões humanos produzidos por meio de fertilização in vitro e não
utilizados. Por essa razão, não são pessoas, bem como não são sujeitos de direito
despersonificados.
DICA 60
O TRATAMENTO JURÍDICO DO NASCITURO
Nascituro é aquele que já está concebido, no ventre materno, mas ainda não nasceu. É
aquele que ainda está no corpo da genitora.
Devido à imprecisão do art. 2º do CC ao estabelecer a natureza jurídica do nascituro,
foram arquitetadas três teorias sobre o tema: natalista, condicionalista e
concepcionista.

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TEORIAS SOBRE A NATUREZA JURÍDICA DO NASCITURO

Teoria Natalista: defende que a personalidade jurídica se inicia com o


nascimento com vida, seria uma interpretação literal do art. 2º do CC.

Teoria Condicionalista: defende que a personalidade jurídica do nascituro está


condicionada ao nascimento com vida. Ou seja, há uma condição pendente para
sua personalidade jurídica, que é o nascimento com vida.

Teoria Concepcionista: entende que o nascituro já titulariza desde a concepção


os direitos da personalidade. No entanto, os direitos patrimoniais estão
condicionados ao nascimento com vida (teoria que prevalece no STJ).

OBS: Nascer com vida significa o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório do


recém-nascido, e isso se verifica por meio de um exame denominado docimasia
hidrostática de galeno.
DICA 61
ABSOLUTAMENTE E RELATIVAMENTE INCAPAZES

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES:

São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida


civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

RELATIVAMENTE INCAPAZES:

São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:


I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade;
IV - os pródigos.

QUESTÃO

Três irmãos pretendem comprar juntos um automóvel: Caio, 20 anos, pessoa com leve
deficiência mental; Joana, 16 anos, graduada em Turismo; e Natália, 17 anos, casada
civilmente com Jorge.

Para a celebração do negócio, deve-se levar em conta que Caio, Joana e Natália são,
respectivamente:

A) absolutamente capaz, absolutamente capaz e absolutamente capaz;

B) absolutamente incapaz, absolutamente capaz e absolutamente incapaz;

C) relativamente incapaz, relativamente incapaz e absolutamente incapaz;


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D) absolutamente incapaz, absolutamente capaz e relativamente incapaz;

E) relativamente incapaz, absolutamente incapaz e absolutamente capaz.

Gabarito: Alternativa A.

DICA 62
MAIORES DE 16 ANOS E MENORES DE 18 ANOS
Podem participar das relações jurídicas, até mesmo assinando documentos.
Entretanto, não podem fazê-lo sozinhos, mas assistidos por seu representante legal,
assinando ambos os documentos que se referem ao ato ou negócio jurídico.
No que se refere a ações judiciais, os maiores de 16 anos e menores de 18 anos
precisam de assistência, devendo ser citados, quando forem réus, juntamente com o seu
assistente. Em algumas situações, precisam constituir procurador junto com o assistente.

ATENÇÃO!

Art. 1.692, CC: Sempre que no exercício do poder familiar colidir o interesse dos pais
com o do filho, a requerimento deste ou do Ministério Público o juiz lhe dará curador
especial.

DICA 63
MAIORES DE 16 ANOS E MENORES DE 18 ANOS
ATENÇÃO! Os artigos abaixo são muito importantes e podem ser cobrados.

Art. 180, CC: O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de
uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela
outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

Art. 105, CC: A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela
outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se,
neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.

Art. 181, CC: Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a
um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.

DICA 64
DIREITOS DA PERSONALIDADE

São características dos direitos da personalidade:

Intransmissibilidade e irrenunciabilidade

Não limitação (rol exemplificativo)

Absolutismo (erga omnes)

Impenhorabilidade

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Imprescritibilidade

Vitaliciedade

Não sujeição a desapropriação


O rol de direitos da personalidade elencados no CC/02 não é um rol taxativo, mas sim
exemplificativo.
A pessoa jurídica pode sofrer dano moral?
Sim. A base para aplicabilidade é a Súmula 227 do STJ: “A pessoa jurídica pode sofrer
dano moral”.

ATENÇÃO!

Pessoa jurídica não sofre dano moral presumido, o dano moral da pessoa jurídica deve
ser provado (STJ).

DICA 65
DIREITOS DA PERSONALIDADE

Os direitos da personalidade são aqueles inerentes à pessoa humana e a sua dignidade.


Via de regra são intransmissíveis, irrenunciáveis e indisponíveis (art. 11, CC). Entretanto,
podem sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral.

SÚMULA 227 do STJ

A pessoa jurídica tem direitos da personalidade por equiparação legal e, em razão


disso, pode sofrer dano moral (posicionamento do STJ).

A súmula 227, do STJ, poderá ser questão de prova.

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PROCESSO CIVIL

DICA 66
DOS PROCEDIMENTOS - DO PROCEDIMENTO COMUM

Regra: Aplica-se a todas as causas o procedimento comum.

Exceções: Salvo, disposição em contrário contida no Código de Processo Civil ou em


lei específica.
O procedimento comum aplica-se subsidiariamente:
aos demais procedimentos especiais e
ao processo de execução.
Portanto, sempre que NÃO for previsto em lei o procedimento especial tratar-se-á do
procedimento comum, sendo este procedimento o ordinário do Código de Processo Civil.
Procedimento Especial: é aquele previsto em legislação específica ou no Código de
Processo Civil, exclusivamente, para os temas que sejam diversos do procedimento
comum.
Os procedimentos especiais são disciplinados pelos arts. 539 a 770 do Código de Processo
Civil, NÃO estando previsto no atual edital.
DICA 67
PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial indicará (deverá conter):
O juízo a que é dirigida;

Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o


número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CPF ou CNPJ), o endereço eletrônico (e-mail), o domicílio e a residência do autor
e do réu;

O fato e os fundamentos jurídicos do pedido


O pedido com as suas especificações;
O valor da causa;
As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
A opção do autor pela realização ou NÃO de audiência de conciliação ou de mediação.
Caso NÃO disponha das informações previstas no item 2 (qualificação das partes), poderá
o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
Além disso, mesmo que a qualificação do réu NÃO contenha todas as informações
preconizadas, sendo possível sua citação, o magistrado NÃO poderá indeferir a petição
inicial. Bem como, se a se a obtenção de tais informações tornar impossível ou
excessivamente oneroso o acesso à justiça.

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DICA 68
PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da
ação.
O juiz, ao verificar que a petição inicial NÃO preenche os requisitos previstos nos
artigos 319 e 320 do CPC/15 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de
dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze)
dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.
Se o autor NÃO cumprir a diligência, pelos motivos expostos acima, o juiz indeferirá a
petição inicial.
DICA 69
DO PEDIDO
O pedido deve ser certo.
Compreendem-se no (pedido) principal:
os juros legais;

a correção monetária;
as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
DICA 70
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio
da boa-fé.
A intenção do legislador com a imposição da precisão do pedido é EVITAR que partes
requeiram algo ampliativo ou extensivo.
Ressalta-se, que, ao prever a observância do princípio da boa-fé na interpretação do
pedido pelo magistrado, o legislador se preocupa com a ética processual em que se busca
NÃO apenas o pedido em si, mas se analisa o sentido desse pedido, quando NÃO expresso
de maneira satisfatória, devendo-se buscar sempre a solução mais justa.
Portanto, o pedido NÃO poderá ser interpretado, exclusivamente, de maneira literal, mas
através de uma interpretação sistêmica, ou seja, analisando-se de maneira mais ampla
frente a todo o processo.

Múltiplas interpretações do pedido: Se o pedido comporta mais de uma


interpretação, deve-se recorrer a causa petendi (causa de pedir) para a respectiva
compreensão.
DICA 71
DO PEDIDO
O pedido deve ser determinado.
É lícito (permitido), porém, formular pedido genérico:
nas ações universais, se o autor NÃO puder individuar os bens demandados;
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quando NÃO for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que
deva ser praticado pelo réu.

ATENÇÃO!

O mesmo aplica-se à reconvenção.

Entende-se por determinado a estipulação dos limites da pretensão, ou seja, a parte que
realizar o pedido deverá fazê-lo da maneira mais clara e precisa. A parte autora do pedido
deverá ter em mente exatamente o que pretende que seja pronunciado pela sentença e,
baseada nisso, realizar o pedido.

Objeto imediato do pedido: de forma alguma poderá ser realizado de maneira


genérica, deverá sempre ser específico/determinado. Por exemplo: uma condenação, uma
constituição, uma declaração, uma execução, uma medida cautelar.

Objeto mediato do pedido: trata-se da utilidade prática visada pelo autor do pedido,
este, como citado acima poderá ser genérico, desde que se enquadre nas especificações
supracitadas. Porém NÃO há de se falar em generalidade total ou absoluta, dentro dessa
indeterminação o pedido deverá ser sempre certo e determinado.
Por exemplo, não é legítimo pleitear a condenação a qualquer prestação, sendo permitido,
porém, o pedido pela entrega de certa coisa indicada apenas pelo gênero ou algum
pagamento cujo valor ainda não está apurado.
DICA 72
DO PEDIDO
Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas,
essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração
expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o
devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
O principal exemplo deste caso é o contrato de aluguel. Nele a obrigação, usualmente,
consiste em diversas prestações periódicas (aluguéis mensais), o mesmo ocorre com os
juros ou outros encargos que estejam previstos em obrigação de maneira a se prolongar
no tempo.
Pedidos implícitos: se a causa versa, por exemplo, sobre ressarcimento de alguma
obrigação de pagamento recorrente que NÃO estiver sendo cumprida, é patente a
existência de parcelas, com periodicidade anual, a vencerem após o ajuizamento da ação
e, por isso mesmo, implícitas no pedido inicial, devem ser incluídas na condenação, nos
termos do art. 290 do CPC

ATENÇÃO!

A banca poderá adotar o termo doutrinário: obrigação de trato sucessivo.

Segundo o professor Carlos Roberto Gonçalves “é a que se prolonga no tempo, sem


solução de continuidade ou mediante prestações periódicas ou reiteradas. No último
caso, tem-se uma obrigação de trato sucessivo, que é aquela cuja prestação se renova

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em prestações singulares e sucessivas, em períodos consecutivos, como sucede na
compra e venda a prazo, no pagamento mensal do aluguel pelo locatário, etc”.
DICA 73
DO PEDIDO
O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder
cumprir a prestação de mais de um modo.
Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o
direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor NÃO tenha
formulado pedido alternativo.
Pedido alternativo é aquele que possibilita prestações disjuntivas: ou uma prestação ou
outra. A alternatividade refere-se ao pedido mediato, ou seja, ao bem jurídico que o autor
pretende extrair da prestação jurisdicional.
Pedidos alternativos x obrigações alternativas: é entendimento pacífico na
doutrina que o artigo que trata da possibilidade de pedidos alternativos aplica-se a
obrigações alternativas, as quais têm ‘por objeto uma pluralidade de bens reciprocamente
heterogêneos e acidentalmente reunidos pelo contrato’.
DICA 74
DO PEDIDO
É lícito (permitido) formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o
juiz conheça do posterior, quando NÃO acolher o anterior.
É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um
deles.
Enquanto a alternatividade se acena somente à prestação que é objeto do pedido
mediato, no episódio de pedidos subsidiários a substituição pode também se referir ao
pedido imediato, ou seja, à própria tutela jurisdicional. Portanto, o autor do pedido
poderá, por exemplo, pedir a rescisão do contrato com perdas e danos ou, se NÃO
configurada razão para tanto, a condenação do réu a pagar a prestação vencida.

Tratando-se de litígios matrimoniais poderá ser realizado o pedido alternativo mediante


formulação de pretensão que vise a anulação do casamento, ou, NÃO sendo possível, que
seja decidido pela decretação do divórcio.
Os pedidos subsidiários podem, inclusive, ser alternativos, conforme supracitado,
para que fique a critério do magistrado decidir sobre um deles.

Pedido sucessivo no recurso de apelação: como visto, é permitida a formulação de


pedidos sucessivos, inclusive na apelação, ou seja, no recurso utilizado quando o réu for
vencido em 1° grau. Se o Tribunal, por maioria, dá provimento (aceita) à apelação e
reforma a sentença (do 1° grau) para julgar improcedente o pedido indenizatório, o réu
(que apresentou a apelação) NÃO terá mais interesse no exame do 2° pedido, sucessivo,
de redução proporcional da indenização, pois a indenização em si já foi julgada
improcedente. Porém, caso o autor apresente embargos infringentes e estes sejam
acolhidos (aceitos) pelo Tribunal, o interesse no exame do pedido sucessivo ressurge, haja
vista que estar-se-á reestabelecendo a sentença que declarou inteiramente procedente o
pedido indenizatório. Então, perceba, que nesse 2° caso o pedido sucessivo, antes
desconsiderado, voltará a ser considerado.

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DICA 75
DO PEDIDO
Em um único processo, contra o mesmo réu, é lícita a cumulação de vários pedidos,
ainda que entre eles NÃO haja conexão.

São os 03 (três) requisitos de admissibilidade da cumulação que:


Os pedidos sejam compatíveis entre si (NÃO se aplica às cumulações de pedidos de
que trata o art. 326 do CPC/15);

Seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;


Seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a
cumulação se o autor empregar o procedimento comum, SEM prejuízo do emprego
das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a
que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que NÃO forem incompatíveis com as
disposições sobre o procedimento comum.
O código de Processo Civil NEM sempre impõe como requisito de admissibilidade da
cumulação que os pedidos sejam compatíveis entre si. Quando, por exemplo, se tratar de
pedidos subsidiários (art. 327, § 3º, do CPC/15), o requisito NÃO prevalece porque
eles serão submetidos a exame sucessivo e nunca serão deferidos simultaneamente.
Como citado acima, via de regra, a cumulação de pedidos se dá contra “o mesmo réu”,
entretanto, caso haja conexão por objeto ou causa de pedir, nada impede o
litisconsórcio passivo (art. 113, II, do CPC/15), quando pedidos diversos poderão ser
endereçados, desde que observados os requisitos 1 e 2 supracitados.
DICA 76
DO INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
03 (três) espécies de indeferimento da petição inicial:
(de ordem formal) A petição inicial será indeferida quando:
for inepta;

indeferida quando NÃO atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.


(de inadmissibilidade da ação, por faltar-lhe condição necessária ao
julgamento de mérito) A petição inicial será indeferida quando:
a parte for manifestamente ilegítima;
o autor carecer de interesse processual.
(por motivo excepcional de improcedência do próprio pedido – mérito)
Considera-se inepta a petição inicial quando da narração dos fatos NÃO decorrer
logicamente a conclusão;
Entende-se por inepta a petição inicial quando:

lhe faltar pedido ou causa de pedir;


o pedido for indeterminado, RESSALVADAS as hipóteses legais em que se permite o
pedido genérico;
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da narração dos fatos NÃO decorrer logicamente a conclusão;
contiver pedidos incompatíveis entre si.
Pedido juridicamente impossível: NÃO estando previsto no rol, NÃO se considerará
inepta a inicial, deste modo essa matéria é constantemente tratada como pertencente ao
mérito da causa, ou, às vezes, se confunde com a falta do interesse.

ATENÇÃO!

O indeferimento liminar e imediato da petição inicial, antes da citação do réu, deverá


sempre ser tratado como exceção, pois a regra é a audiência bilateral, respeitando-se
assim o contraditório.

DICA 77
DO INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação
do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar (taxativo):
Enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de
Justiça;
Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça
em julgamento de recursos repetitivos;

Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de


assunção de competência;
Enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
O juiz também PODERÁ julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar,
desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
NÃO interposta a apelação: o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença,
nos termos do art. 241, do CPC/15.

Interposta a apelação: o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.


Se houver retratação: o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a
citação do réu, e, se NÃO houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar
contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Trata-se de uma medida drástica (decretação da improcedência do pedido, antes de citado
o réu) tal medida visa preservar o princípio da economia processual, bem como visa uma
valorização e até mesmo conhecimento da jurisprudência, mormente sobre os casos de
demandas ou recursos repetitivos.
Deste modo, para se julgar liminarmente o mérito da causa devem ser atendidos
os seguintes requisitos:

Preexistência de:
enunciado de súmula dos tribunais superiores ou do tribunal de justiça local;
acórdão proferido pelo STJ ou STF em julgamento de recursos repetitivos; ou

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entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência; e
A matéria controvertida deve prescindir (dispensar) de fase instrutória.
DICA 78
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E DE MEDIAÇÃO
Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência
liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com
antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20
(vinte) dias de antecedência.
O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de
conciliação ou de mediação, observando o disposto no CPC/15, bem como as disposições
da lei de organização judiciária.
Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, NÃO podendo
exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que
necessárias à composição das partes.
A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.

A audiência não será realizada:


Se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição
consensual;
Quando NÃO se admitir a autocomposição.

Desinteresse na autocomposição:

O autor deverá indicar, na petição inicial.


O réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência,
contados da data da audiência.
Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado
por todos os litisconsortes.
A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos
termos da lei.
O NÃO comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é
considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até
2% (dois por cento) da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida
em favor da União ou do Estado.

As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.


A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com
poderes para negociar e transigir.
A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a
respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da
seguinte.

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DICA 79
DA CONTESTAÇÃO
Incumbe ao réu alegar, na CONTESTAÇÃO, toda a matéria de defesa:
expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e
especificando as provas que pretende produzir.
Tal previsão é abalizada pelo princípio da eventualidade ou concentração, por isso
previsto este ônus de arguir toda a matéria. Consistindo na preclusão do direito de
invocar em fases posteriores do processo matéria de defesa NÃO manifestada na
contestação.
Na prática o réu deverá apresentar, de uma única vez, todos os seus argumentos e
apontamento de provas para sua defesa, de caráter formal ou material. Deste modo, caso
o réu NÃO apresente alguma argumentação defensiva nesta fase, restará impedido de
apresentá-la posteriormente. Salvo, entretanto, as questões de ordem pública, como as
condições da ação e os pressupostos processuais, que NÃO precluem e podem ser
apreciadas a qualquer tempo, a requerimento ou de ofício.
Há, porém, hipóteses em que o Código abre EXCEÇÃO ao princípio da eventualidade
ou concentração da defesa, para permitir que o réu possa deduzir novas alegações no
curso do processo, depois da contestação. Como se vê abaixo.

Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:


relativas a direito ou a fato superveniente;

competir ao juiz conhecer delas de ofício;


por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de
jurisdição.
DICA 80
DA REVELIA
Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.

A revelia NÃO produz o efeito supramencionado se:


havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
o litígio versar sobre direitos indisponíveis;

a petição inicial NÃO estiver acompanhada de instrumento que a lei considere


indispensável à prova do ato;
as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em
contradição com prova constante dos autos.
Os prazos contra o revel que NÃO tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação
do ato decisório no órgão oficial.
O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que
se encontrar.

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ATENÇÃO!

Inclui-se na ideia de “NÃO contestar a ação” NÃO apenas a abdicação de apresentar


contestação, mas, também, quando o réu NÃO comparece ao processo no prazo
da citação.

Justamente por isso torna-se obrigatório que o mandado de citação alerte o citado
sobre a gravidade da revelia, devendo conter o termo: “do prazo para contestar, sob pena
de revelia” (art. 248, II, do CPC/15).
Configurada a revelia admite-se a realização do julgamento antecipado da lide, haja
vista NÃO ser mais necessário que se provem os fatos nos quais o autor baseou seus
pedidos originalmente.
DICA 81
DO FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO, OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR
Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este
será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
Defesa de mérito: ocorre quando o réu, de fato, enfrenta o fato jurídico que constitui
o interesse principal da causa (mérito).
Defesa de mérito indireta: ocorre quando, embora se reconheça a existência e a
eficácia do fato jurídico pautado pelo autor, o réu invoca outro fato novo que seja
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.

ATENÇÃO!

Havendo defesa indireta de mérito, em respeito ao princípio do contraditório, o juiz


deverá oportunizar a manifestação do autor sobre essa defesa do réu, no prazo de 15
(quinze) dias.

Do mesmo modo que, caso o réu se defenda indiretamente e apresente fato novo, antes
da defesa do mérito, compete ao juiz ouvir o autor, facultando-lhe a produção de prova
documental.
DICA 82
DAS ALEGAÇÕES DO RÉU
Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará
sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.
Buscando sempre a resolução da lide, o juiz NÃO deverá extinguir o processo sem
apreciação do mérito meramente porque deparou-se com um defeito nas questões
preliminares de formação da relação processual.
Pois, tratando-se de vício perfeitamente sanável, ou seja, que pode ser resolvido pela
parte, tal conduta acabaria por desconfigurar o objetivo maior do processo e a função
jurisdicional.

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ATENÇÃO!

No caso da defesa indireta supracitada, depois de ouvida a réplica do autor, se o juiz


entender que as irregularidades ou nulidades comprovadas são sanáveis, marcará
prazo de até trinta dias para que sejam supridas.

Um exemplo de vício perfeitamente sanável seria a qualificação do réu com a omissão de


algum dos seus sobrenomes ou a grafia incorreta do nome cujo a fonética NÃO seja
sequer prejudicada, por exemplo: Washington, Washinton, Uoshinton, Woshinton, etc.
portanto, sendo possível a identificação da parte ré, e, ocorrendo regularmente a sua
citação inexistirá qualquer prejuízo às partes e ao processo.
DICA 83
DA CONTESTAÇÃO E SEU TERMO INICIAL
Contestação é a defesa do réu no procedimento comum, deve ser feita por petição escrita
e oferecida no prazo de 15 dias úteis.

Quanto ao prazo, o termo inicial será a data:


da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação,
quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
Caso ocorra mais de uma sessão, será contado da última delas – se houve audiência,
independente do comparecimento ou não das partes.
do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação
apresentado pelo réu;
Nesse caso, ambas as partes manifestam desinteresse pela realização da audiência,
hipótese em que ela é cancelada.
LEMBRE-SE: Em caso de litisconsórcio passivo com manifestação deles em datas
distintas, o prazo será contado individualmente.
Hipótese em que não se admite a realização de audiência (direitos que não admitem
autocomposição – réu já é citado para contestar): a contagem é realizada de acordo com
os prazos do art. 231 do CPC.

Quando há desistência em relação a réu não citado, não se contará o prazo da última
citação, mas sim da intimação acerca da homologação da desistência.
OBS.: Oposição de embargos de declaração não interrompe o prazo para contestar.
DICA 84
ESPÉCIES DE DEFESA QUE PODEM SER APRESENTADAS PELO RÉU EM
CONTESTAÇÃO - DEFESA PRÉVIA
Existem algumas espécies de defesa que podem ser trazidas pelo réu na
CONTESTAÇÃO, uma delas é a denominada defesa prévia.

DEFESAS PRÉVIAS: antes do debate acerca do mérito;


Preliminares: questões processuais.
Prejudiciais: réu contesta o fundamento jurídico do pedido do autor.
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Ex.: Em determinada ação de alimentos o réu nega a relação de paternidade.


Apesar de não dizer respeito ao mérito, o juiz tem que, necessariamente, passar por
isso antes de decidir o mérito.

DICA 85
ESPÉCIES DE DEFESA QUE PODEM SER APRESENTADAS PELO RÉU EM
CONTESTAÇÃO - DEFESA DE MÉRITO

Em se tratando de defesa do réu, você precisa ter em mente que há as defesas prévias e
as defesas de mérito. Quanto a essa última, vejamos:

DEFESAS DE MÉRITO: dizem respeito ao objeto da questão discutida:


Defesa de mérito DIRETA:
réu nega os fatos;
réu reconhece os fatos, mas nega a consequência jurídica buscada pelo autor.
Ex.: autor requer indenização por danos morais, o réu concorda com os fatos, mas
explicita que não são passíveis de gerar dano, configurando mero aborrecimento.
Defesa de mérito INDIRETA: réu traz novo fato modificativo, impeditivo ou
extintivo do direito do autor.
Ex.: autor aviou uma ação de cobrança, em sua defesa, porém, o réu alega o
pagamento (novo fato extintivo).

DICA 86
CONTESTAÇÃO- PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DA DEFESA
O princípio da concentração da defesa exige do réu que alegue, na contestação, tudo aquilo
que sirva para resistir à pretensão inicial. A contestação é o contraposto da petição inicial:
nesta, o autor deve formular todos os pedidos e apresentar os respectivos fundamentos;
naquela, o réu deve oferecer todas as defesas que tiver.

Um ponto importante sobre a contestação: Ela deve conter as defesas processuais


(preliminares que, em regra, poderiam ser conhecidas de ofício, exceto a
incompetência relativa e o compromisso arbitral). E também as defesas substanciais ou
de mérito, que se classificam em diretas ou indiretas. As diretas são aquelas que
negam os fatos em que se baseia o pedido do autor; e as indiretas são aquelas que,
conquanto não negando os fatos, apresentam outros impeditivos, extintivos ou
modificativos do direito do autor.

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DIREITO PENAL

DICA 87
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA: CRIMES FUNCIONAIS
Crimes funcionais são os próprios que exigem a condição de funcionário público para
figurar como sujeito ativo (autor do crime).

Apenas DOIS crimes contra a fé pública são próprios de funcionário público:

Falso reconhecimento de firma ou letra - Art. 300, CP

Certidão ou atestado ideologicamente falso - Art. 301, CP

ATENÇÃO!

Não confunda com o crime de falsidade ideológica, que é um crime COMUM.

Fique atento!

CRIMES DOLOSOS
CUIDADO: todos os crimes contra a fé pública são dolosos, ou sejam, só podem ser
praticados com intenção do agente;
LOGO, qualquer alternativa que traga um crime contra fé pública que tenha sido
praticado por negligência, imprudência ou imperícia estará ERRADO!
DICA 88
PAPÉIS PÚBLICOS
Não confunda o crime de falsificação de documento público com o crime de falsificação de
PAPEL PÚBLICO.
São PAPÉIS PÚBLICOS:

Selo tributário

Crédito Público (exceto moeda de curso legal)

Cautela de penhor

Caderneta da Caixa Econômica

Papel de arrecadação de renda pública

Ex: alvará, guia judicial

Passe estudantil

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Vale-postal

DICA 89
PENAS E COMPETÊNCIA

Os crimes de Falsificação de Títulos e papéis públicos são punidos com RECLUSÃO;

O crime de petrechos de falsificação é de menor potencial ofensivo (da competência


dos Juizados Especiais);

O crime de petrechos de falsificação tem causa de aumento de 1/6 se praticado por


FUNCIONÁRIO PÚBLICO, logo, na figura do CAPUT é crime COMUM, que pode ser
praticado por qualquer pessoa.
DICA 90
FIGURAS PRIVILEGIADAS
O crime de falsificação de papéis públicos tem três condutas privilegiadas.

Duas delas são: suprimir carimbo de que indicava a inutilização do título para
utilizá-lo novamente; usar esse título com o sinal suprimido; nessas, a pena será de
RECLUSÃO de 1 a 4 anos E multa;

A terceira é devolver à circulação os papéis alterados ou falsificados depois de


receber de boa-fé e perceber a sua falsificação; esta tem a pena ainda menor, de
detenção de seis meses a dois anos OU multa;

A pena do crime de falsificação de papéis públicos é de reclusão de dois a oito anos


E multa.
DICA 91
USO E RESTITUIÇÃO DA CIRCULAÇÃO DE SELO FALSIFICADO
ATENÇÃO!
O art. 293 estabelece que será punido com a mesma pena da falsificação (reclusão, de
2 a 8 anos) aquele que usa ou restitui à circulação selo falsificado destinado a
controle tributário.
PORÉM, segundo o §4º do mesmo artigo, quem usa ou restitui à circulação, embora
recebido de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, depois de conhecer a
falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou
multa.
OU SEJA, se a questão disser que o agente recebeu de boa-fé e somente depois percebeu
a falsificação do selo destinado a controle tributário e colocou de volta à circulação
será aplicada a pena de detenção de 6 meses a 2 anos.
Por outro lado, se não disser que recebeu de boa-fé, será punido com a pena de
reclusão, de 2 a 8 anos.

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O ESQUEMA É ASSIM:

RECEBEU DE BOA- RECEBEU DE MÁ-


----------- -----------
FÉ FÉ

*D, de 6 meses a 2
USAR PAPEL PÚBLICO **R, 2 a 8 anos
anos

SELO D, de 6 meses a 2
USAR R, 2 a 8 anos
TRIBUTÁRIO anos

RESTITUIR À D, de 6 meses a 2
PAPEL PÚBLICO -----------
CIRCULAÇÃO anos

RESTITUIR À SELO D, de 6 meses a 2


R, 2 a 8 anos
CIRCULAÇÃO TRIBUTÁRIO anos

*D = Detenção
**R = Reclusão
DICA 92
USO DE PAPEL PÚBLICO COM SINAL DE ADULTERAÇÃO SUPREMIDO
ATENÇÃO! Usar papel público com sinal de adulteração suprimido responderá por
pena de 1 a 4 anos.

USAR Papel público falsificado que *D, de 6 meses a 2 anos


recebeu de boa-fé

USAR Papel público com sinal de **R, de 1 a 4 anos


inutilização suprimido

USAR Papel público falsificado que R, de 2 a 8 anos


recebeu de boa-fé

*D = Detenção
**R = Reclusão
DICA 93
ATIVIDADE COMERCIAL
Responderá pela mesma pena da falsificação (reclusão, de 2 a 8 anos) o agente que
utilizar papel público com selo tributário falsificado ou sem selo obrigatório na atividade
comercial ou industrial.
IMPORTANTE: atividade comercial é considerada qualquer forma de comércio irregular
ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em
residências, como por exemplo camelô, venda residencial, ambulante e etc.

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DICA 94
PETRECHOS DE FALSIFICAÇÃO
O crime se perfaz com a prática de qualquer uma das condutas listadas na tabela abaixo:

CONDUTAS

FABRICAR

ADQUIRIR

FORNECER

POSSUIR

GUARDAR

Em relação a OBJETO que seja ESPECIALMENTE destinado à falsificação de


QUALQUER papel público.
DICA 95
FALSIDADE DOCUMENTAL: DOCUMENTOS PÚBLICOS EQUIPARADOS
O Código Penal elenca cinco documentos que são equiparados a documento PÚBLICO.

São eles:

L LIVROS MERCANTIS

A AÇÕES DE SOCIEDADE COMERCIAL

T TÍTULO AO PORTADOR OU TRANSMISSÍVEL POR ENDOSSO

T TESTAMENTO PARTICULAR

E ENTIDADE PARAESTATAL

ATENÇÃO!

Atenção redobrada ao testamento PARTICULAR.

CUIDADO

A falsificação de CHEQUE é crime de falsificação de documento público;

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A falsificação de cartão de crédito ou débito é crime de falsificação de documento
particular.

DICA 96
FALSIDADE IDEOLÓGICA

No crime de FALSIDADE IDEOLÓGICA o documento é materialmente VERDADEIRO,


sendo falso apenas o seu conteúdo;

Os verbos do tipo são: OMITIR, INSERIR ou FAZER INSERIR a informação;

Para que haja o crime, o agente deve ter um dentre três objetivos: prejudicar
DIREITO, criar OBRIGAÇÃO ou ALTERAR A VERDADE sobre um fato.

É crime COMUM, pois pode ser praticado por QUALQUER pessoa, mas se for praticado
por FUNCIONÁRIO PÚBLICO utilizando-se do cargo, a pena será aumentada em
1/6.
Na falsidade ideológica há a falsidade de uma informação dentro de um documento
público ou particular verdadeiro;

Ex.: o indivíduo que vai tirar um documento de identidade e mente sobre a sua idade,
por exemplo. O Documento gerado será verdadeiro, mas a informação ali contida (data de
nascimento) será falsa!

Se o agente for funcionário público ou se a falsidade se der em assento de registro civil a


pena será aumentada em 1/6.

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PROCESSO PENAL

DICA 97
JURISDIÇÃO E CARACTERÍSTICAS

Conceito: é o poder de o Estado de dizer o direito no caso concreto, resolvendo


conflitos e substituindo a vontade das partes.

São características da jurisdição:

Substitutividade: significa a atuação do Estado em substituição à vontade das partes


na resolução de conflitos.

Inércia: os órgãos jurisdicionais precisam ser provocados para atuarem.

Existência de lide: a lide é conceituada como um conflito de interesses qualificado


pela pretensão resistida. Todavia, esse conceito não encontra amparo no processo
penal, tendo em vista que não há conflito de interesses, pois todos buscam um justo
provimento jurisdicional.

Atuação do direito: é objetivo da jurisdição a aplicação do direito no caso concreto.

Imutabilidade: após a conclusão do exercício da jurisdição por meio de uma sentença,


em regra, não há como alterar o que foi resolvido.

DICA 98
PRINCÍPIOS

A Jurisdição é regida pelos seguintes princípios:

Investidura – para exercer a jurisdição é necessário ser magistrado (juiz), o qual deve
estar legalmente investido no cargo, por meio de concurso público.

Indeclinabilidade – o juiz não pode deixar de julgar os casos submetidos a


apreciação.

Inevitabilidade ou Irrecusabilidade – a jurisdição não está sujeita a vontade das


partes, ela se impõe.

Improrrogabilidade – as partes, ainda que desejem, não podem retirar do juiz


natural o conhecimento de determinado caso, na esfera criminal.
DICA 99
PRINCÍPIOS

A Jurisdição é regida pelos seguintes princípios:


Indelegabilidade – o juiz não pode delegar a sua função jurisdicional a quem não
possui.

Juiz natural – este princípio apresenta duas facetas. A primeira dispõe que ninguém
será processado e nem sentenciado senão pela autoridade competente. A segunda é que
não haverá juízo ou tribunal de exceção.

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Inafastabilidade – a lei não excluirá da apreciação do judiciário lesão ou ameaça a
direito.

Devido Processo Legal – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal.

Unidade – A jurisdição é única, do Poder Judiciário. O que há é a diferença no tocante


a sua aplicação e grau de especialização (cível, criminal; estadual, federal, militar,
trabalhista, eleitoral e etc).
DICA 100
COMPETÊNCIA
A competência, por sua vez, é a medida da jurisdição. Jurisdição todo juiz possui, mas a
sua competência é limitada.

A competência pode ser determinada em razão da:

Matéria (ratione materiae): leva em consideração a natureza da infração a ser julgada.


Exemplo: crime comum, federal, militar, eleitoral.
Prerrogativa da função (ratione personae): considera a o cargo público ocupado
pela pessoa que cometeu a infração (foro por prerrogativa de função).

Funcional: considera a distribuição dos atos processuais praticados e envolve três


critérios:

Fase do processo – por exemplo um juiz cuida da fase inicial do processo até a
sentença e outro da execução penal.

Objeto do juízo – quando há distribuição de tarefas dentro de um mesmo processo.


Exemplo: Tribunal do júri (o juiz cuida das questões de direito, dosimetria da pena,
sentença; enquanto compete aos jurados a votação dos quesitos).

Grau de jurisdição – resulta do duplo grau de jurisdição. É a distribuição VERTICAL


da competência.

Territorial (ratione loci) – considera o local do crime.


DICA 101
COMPETÊNCIA ABSOLUTA X COMPETÊNCIA RELATIVA

COMPETÊNCIA ABSOLUTA COMPETÊNCIA RELATIVA

Envolve interesse público Envolve o interesse das partes

Não permite prorrogação, pode ser Admite prorrogação. Pode ser arguida pelas
arguida a qualquer tempo e grau de partes.
jurisdição.

Pode ser declarada de ofício pelo juiz Pode ser declarada de ofício pelo juiz, até a
fase da absolvição sumária.

Implica NULIDADE ABSOLUTA de todos Implica NULIDADE RELATIVA dos atos


os atos decisórios e instrutórios do

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processo decisórios (art. 567, CPP)

Espécies: competência em razão da Espécie: competência territorial.


matéria, por prerrogativa de função e
funcional.

DICA 102
COMPETÊNCIA

O art. 69, do CPP, dispõe que “Determinará a competência jurisdicional:

o lugar da infração:

o domicílio ou residência do réu;

a natureza da infração;

a distribuição;
a conexão ou continência;
a prevenção;
a prerrogativa de função.”
A regra geral para definição da competência é o lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
Com essa regra, o CPP adotou a TEORIA DO RESULTADO.

ATENÇÃO!

NÃO confundir a regra adotada para fixação da competência territorial, que é a


TEORIA DO RESULTADO, com a teoria adotada para o lugar do crime no Código
Penal, que foi a TEORIA DA UBIQUIDADE.

DICA 103
EXCEÇÕES
Em regra, a competência é firmada pelo local onde se consuma a infração penal ou onde
for praticado o ÚLTIMO ATO DA EXECUÇÃO, nos crimes tentados.

Todavia essa regra possui algumas exceções:

Crimes a distância ou de espaço máximo – é aquele em que a conduta e o


resultado ocorrem em países distintos, gerando um conflito de competência internacional.
Essa é a regra que está prevista no Código Penal, como lugar do crime e segue a Teoria
da Ubiquidade.
Incerteza do limite territorial entre duas ou mais jurisdições ou incerteza da
jurisdição – segue a teoria da ubiquidade.

Infração continuada ou permanente – Teoria da UBIQUIDADE.

Crime plurilocal de homicídio – segue a Teoria da ATIVIDADE (entendimento


jurisprudencial).

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Juizado Especial Criminal – nas infrações de menor potencial ofensivo, a regra de
competência é do local onde foi praticada a conduta (Teoria da ATIVIDADE).
DICA 104
COMPETÊNCIA PARA OS CRIMES DE ESTELIONATO

ATENÇÃO PARA A ALTERAÇÃO DO CPP

A Lei 14.155/2021 incluiu o §4º no art. 70 do CPP e disciplinou a competência para os


crimes de estelionato. Confira-se:
“Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques
sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado
ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do
domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á
pela prevenção.”

DICA 105
CONEXÃO

Art. 76. A competência será determinada pela conexão:

INTERSUBJETIVA:

→ Por simultaneidade - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido


praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas;

→ Concursal - várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar;


→ Reciprocidade - várias pessoas, umas contra as outras;
OBJETIVA:

→ Teleológica – se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar;
→ Consequencial – ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em
relação a qualquer delas;

INSTRUMENTAL:

→ quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares


influir na prova de outra infração.

DICA 106
CONTINÊNCIA
A continência está prevista no art. 77, do CPP, e determina que “A competência será
determinada pela continência quando:

duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;

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no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1º, 53, segunda
parte, e 54 do Código Penal.”
DICA 107
CONTINÊNCIA

CONTINÊNCIA

SUBJETIVA Duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração

Concurso formal
OBJETIVA
Aberratio ictus
ART. 77, II, CPP
Aberratio criminis

DICA 108
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO DOMICÍLIO DO RÉU
O CPP dispõe que não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-
á pelo domicílio ou residência do réu.
Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção (que
significa a situação em que concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou
com jurisdição cumulativa, um deles antecede o outro na prática de algum ato do
processo ou de medida a este relativa).
Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o
juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.
Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de
domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
Neste caso, nas AÇÕES DE EXCLUSIVA AÇÃO PRIVADA, o querelante pode OPTAR
entre o lugar da infração ou domicílio do réu.
DICA 109
FORO PREVALECENTE

Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas


as seguintes regras:

FOROS FORO PREVALECENTE

JÚRI + JURISDIÇÃO COMUM JÚRI

JURISDIÇÕES IGUAIS 1. INFRAÇÃO COM PENA MAIS GRAVE;


2. MAIOR NÚMERO DE INFRAÇÕES;
3. PREVENÇÃO

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Deve ser observado o número 1, em caso de penas
iguais, adota-se o critério 2; em caso de penas iguais
e mesmo número de infrações, adota-se o critério 3.

JURISDIÇÃO COMUM + JURISDIÇÃO ESPECIAL (EX.: justiça comum e justiça


JURISDIÇÃO ESPECIAL militar)

JURISDIÇÃO DE DIVERSAS A DE MAIOR GRADUAÇÃO


CATEGORIAS

DICA 110
SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE PROCESSOS
Observadas as regras de conexão ou continência, os processos deverão ser reunidos no
juízo prevento para julgamento comum. Todavia há hipóteses em que essa reunião não
poderá ocorrer.

Vejamos:

Quando ocorrer crime da jurisdição comum e a militar. Os processos deverão


seguir separados.

Quando ocorrer crime de competência da jurisdição comum e ato infracional


análogo a crime. Os processos seguirão separados.

Quando algum dos réus vem a sofrer de doença mental (superveniência de doença
mental). Neste caso, o processo fica suspenso em relação ao réu acometido pela doença,
até que se recupere.
Quando houver réu foragido que não possa ser julgado à revelia. É o que ocorre nos
casos do art. 366, do CPP (suspensão do processo e do prazo prescricional, quando o réu
não é citado e nem constitui defensor).
DICA 111
SEPARAÇÃO FACULTATIVA DE PROCESSOS
Observadas as regras de conexão ou continência, os processos deverão ser reunidos no
juízo prevento para julgamento comum. Todavia há hipóteses em que essa reunião poderá
ou não ocorrer, de acordo com a manifestação das partes ou, de ofício, pelo juiz.

Vejamos:

Quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de


lugar diferentes, o juiz reputar conveniente a separação.

Quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão
provisória, o juiz reputar conveniente a separação.

Quando ocorrer motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.

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NOÇÕES BÁSICAS DE CUSTAS E TAXAS JUDICIÁRIAS

DICA 112
LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: DA CONTAGEM
Para o cargo de oficial de justiça do TJ MG, a disciplina: "Noções básicas de custas
judiciais e taxa judiciária" apresentou os seguintes tópicos: (i) Contagem, Cobrança e
Pagamento; (ii) Não Incidência e Isenções; e (iii) Prazo para Pagamento.

Esses assuntos estão elencados na Lei Estadual nº 14.939/2003, que dispõe sobre as
custas devidas ao Estado no âmbito da Justiça Estadual de primeiro e segundo graus. Dito
isso, passaremos a análise dessa disciplina.

O que são custas judiciais?

Custas são despesas com atos judiciais praticados em razão de ofício, especificados
nas tabelas constantes no Anexo da Lei 14.939/03.

Tome nota!

As custas judiciais referem-se ao registro, à expedição, ao preparo e ao


arquivamento de feitos (dos processos).

DICA 113

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: DA CONTAGEM

Além dos valores estabelecidos nas tabelas constantes no Anexo da Lei 14.939/03,
incluem-se na conta de custas finais:

os serviços postal, telegráfico, telefônico e de transmissão por fax ou fax-modem, a


cópia reprográfica e o protocolo integrado;

a veiculação de aviso, edital ou intimação;

a remuneração do perito, do intérprete, do tradutor, do assistente técnico, do


agrimensor, do psicólogo judicial, do assistente social judicial e do médico judicial,
arbitrada pelo Juiz;

as certidões, os alvarás e os instrumentos;

a indenização de transporte e hospedagem de oficial de justiça, de Juiz ou de outro


servidor judicial por este requisitado, para realizar atividades externas vinculadas e
indispensáveis ao processo.

o arrombamento, a demolição ou a remoção de bens;

o sequestro, o arresto, a apreensão e o despejo de bens;

o documento eletrônico;

a comunicação por meio eletrônico;

o reembolso do pedágio quando houver locomoção de servidores em rodovias federais


ou estaduais;

o reembolso de despesas com a travessia de rios e lagos.


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DICA 114

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: DA CONTAGEM

São contadas ao final contra o causador ou requerente do ato as custas de:


termo ou ato desnecessário ao regular andamento do feito ou de escritas supérfluas;
despesa com andamento protelatório, impertinente ou supérfluo do feito ou de que já
houver, nos autos, exemplar, certidão ou traslado;

diligência, se o ato que a determinou pudesse ser praticado no auditório do Juízo ou no


cartório ou se fosse desnecessário;

retardamento.

Fique atento!

Essas custas não contam contra quem as houver impugnado.

O Juiz ou relator fundamentará a decisão em que aplicar essas custas.

DICA 115

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: DAS CUSTAS DE RETARDAMENTO

As custas de retardamento são devidas:

Pelo excipiente que decai da exceção;

Excipiente é a parte da ação que opõe qualquer espécie de exceção, como, por exemplo, a
de incompetência relativa, suspeição, impedimento, dentre outras.

Pelo agravante, quando o Juízo a quo negar seguimento ao agravo, ou quando o Juízo
"ad quem" dele não conhecer ou não lhe der provimento.

DICA 116

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: DA CONTAGEM

A quem compete apurar as custas e as demais despesas processuais?

Compete ao Serviço Auxiliar da Contadoria-Tesouraria apurar as custas e as demais


despesas processuais, assim como orientar as partes e seus procuradores sobre o
recolhimento dos valores na rede bancária credenciada.

Fique atento!

Nas comarcas informatizadas, o preenchimento e a emissão do documento de


arrecadação ficarão a cargo do setor competente.

Nas comarcas não informatizadas, o preenchimento do documento de arrecadação é de


responsabilidade da parte interessada.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

DICA 117
LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N.º 59/01 (ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO
JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS) - DAS CIRCUNSCRIÇÕES
Segundo o art. 1º da LC 59/01, o território do Estado, para a administração da justiça, em
primeira instância, divide-se em comarcas, conforme as relações constantes nos
Anexos desta Lei Complementar.
Importante ressaltar que, como o edital do presente certame previu os artigos exatos a
serem cobrados, não há a necessidade, para fins de realização da prova, de conhecer as
comarcas previstas no anexo mencionado acima.
Vale lembrar que comarca não se confunde com município, afinal existem comarcas que
abrangem mais de um município.
O § 1º do art. 1º prevê que a prestação jurisdicional no Estado, em segunda instância,
compete aos Desembargadores e Juízes convocados do Tribunal de Justiça e aos
Juízes do Tribunal de Justiça Militar.
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos
tribunais a que se refere o § 1º será exercida pela Assembleia Legislativa, na forma
definida em seu Regimento Interno (§ 2º do art. 1º). Portanto, não há fiscalização da
atividade jurisdicional pela Assembleia Legislativa.
DICA 118
DA AMPLIAÇÃO DA JURISDIÇÃO DOS JUÍZES DE PRIMEIRO GRAU
Conforme previsto no art. 2º da LC 59/01, o órgão competente do Tribunal de
Justiça, nas condições e limites que estabelecer, poderá estender a jurisdição dos
Juízes de primeiro grau para comarcas, contíguas ou não, visando aos seguintes
objetivos:

solução para acúmulo de serviço que não enseje criação de vara ou comarca; e
produção mínima que justifique o cargo.
DICA 119
DA CONSTITUIÇÃO DAS COMARCAS
Institui o art. 3º da LC 59/01 que a comarca se constitui de um ou mais municípios, em
área contínua, sempre que possível, e tem por sede a do município que lhe der o
nome.
As comarcas poderão subdividir-se em distritos e subdistritos judiciários (§ 1º).
De acordo com o § 2º, a relação das comarcas e dos municípios que as integram é a
constante no Anexo II da LC 59/01.
DICA 120
DO DISTRITO E SUBDISTRITO JUDICIÁRIO
Segundo previsão do art. 4º da Lei Complementar nº 59/01, o distrito e o subdistrito
judiciários constituem-se de um ou mais distritos ou subdistritos administrativos,
assim criados em lei.
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Prevê ainda em seu parágrafo único que o Juiz poderá transferir a realização de atos
judiciais da sede para os distritos.
Um detalhe importante é que essa transferência cabe ao próprio Juiz e não ao
Tribunal.
DICA 121
DOS REQUISITOS PARA A CRIAÇÃO DE COMARCA
De acordo com o art. 5º da LC 59/01, são requisitos para a criação de comarca:
população mínima de 18 mil habitantes na comarca;
número de eleitores superior a 13 mil na comarca;
movimento forense anual, nos municípios que compõem a comarca, de, no mínimo,
400 feitos judiciais, conforme estabelecer resolução do órgão competente do Tribunal
de Justiça;
DICA 122
DOS REQUISITOS PARA A INSTALAÇÃO DE COMARCA
O art. 5º da LC 59/01 prevê, em seu inciso II, requisitos para a instalação de
comarca. Vejamos:

edifício público de domínio do Estado com capacidade e condições para a instalação


de:
Fórum;
delegacia de polícia;
cadeia pública;
quartel do destacamento policial.
O preenchimento dos requisitos (tanto para criação quanto para a instalação) será
comprovado por meio de certidões expedidas pelas repartições públicas
competentes ou, conforme o caso, por inspeção local pelo Corregedor-Geral de
Justiça.
Muita atenção para não confundir os requisitos de criação com os de instalação. A
criação vem antes e é fruto de lei complementar, enquanto a instalação será por meio
de resolução.
DICA 123
DA ENTREGA DA DOCUMENTAÇÃO E DA INSPEÇÃO PELO CORREGEDOR GERAL
De acordo com o art. 6º da LC n° 59/01, entregue a documentação a que se refere o art.
5º (certidões comprovando o preenchimento dos requisitos para criação ou instalação), o
Corregedor-Geral de Justiça fará inspeção local e apresentará relatório
circunstanciado, dirigido ao órgão competente do Tribunal de Justiça, opinando
sobre a criação ou a instalação da comarca.
Se o órgão competente do Tribunal de Justiça decidir pela criação da comarca,
elaborará projeto de lei complementar e o encaminhará à Assembleia Legislativa ou, se
decidir pela instalação, expedirá resolução, determinando-a. (§ 1º).
Determinada a instalação, o Presidente do Tribunal de Justiça designará data para a
respectiva audiência solene, que será presidida por ele ou por Desembargador
especialmente designado. (§ 2º).
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Será lavrada ata da audiência, em livro próprio, e dela serão feitas cópias autenticadas
para remessa ao Tribunal de Justiça, à Corregedoria-Geral de Justiça, ao Tribunal
Regional Eleitoral, ao Governador do Estado e à Assembleia Legislativa,
destinando-se o livro à lavratura de termos de exercício de magistrados da comarca. (§
3º)
Instalada a comarca e especificados seus distritos judiciários, ficarão
automaticamente criados os seus serviços notariais e de registro. (§ 4º).
DICA 124
DOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO NA SEDE DA COMARCA INSTALADA
Prevê o art. 6º em seu § 5º que haverá, na sede da comarca instalada, os seguintes
serviços notariais e de registros:
2 Serviços de Tabelionato de Notas nas comarcas de primeira e segunda
entrância, e, nas de entrância especial, mais um Tabelionato de Notas por vara
acima de 10, até o máximo de 10 Tabelionatos de Notas na comarca;
1 Serviço de Registro de Imóveis;
1 Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais, Interdições e Tutelas;
1 Serviço de Protesto de Títulos;
1 Serviço de Registro de Títulos e Documentos e das Pessoas Jurídicas.

ATENÇÃO!

Embora a recente Lei Complementar nº 166, de 30/6/2022, tenha alterado


substancialmente esse artigo, o item 14.7 do edital, prevê que: “Legislação com
entrada em vigor após a data de publicação deste Edital, bem como as alterações em
dispositivos de lei e atos normativos a ela posteriores, não serão objeto de avaliação
nas provas do concurso.”. O edital foi publicado em 24/06/2022 (antes da referida Lei).
Assim, muito cuidado ao ler a legislação com as alterações posteriores.

DICA 125
DA COMARCA QUE DEIXAR DE ATENDER OS REQUISITOS MÍNIMOS DA CRIAÇÃO
De acordo com o art. 7º da LC 59/01, o órgão competente do Tribunal de Justiça
suspenderá as atividades jurisdicionais da comarca que, por 3 anos consecutivos,
segundo verificação dos assentamentos da Corregedoria-Geral de Justiça, deixar de
atender aos requisitos mínimos que justificaram a sua criação, anexando-se seu
território ao de sua comarca de origem.
Após a suspensão, o Tribunal de Justiça encaminhará ao Poder Legislativo projeto de
lei complementar que estabeleça a extinção da comarca (Parágrafo único).
DICA 126
DA CLASSIFICAÇÃO DAS COMARCAS
Conforme o art. 8º da LC n° 59/01, as comarcas classificam-se como:
de entrância especial as que têm 5 ou mais varas instaladas, nelas compreendidas
as dos Juizados Especiais, e população igual ou superior a 130 mil habitantes;
de primeira entrância as que têm apenas 1 vara instalada; e
de segunda entrância as que não se enquadram nos incisos I e II deste artigo.
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Para fins de classificação da comarca, nos termos do inciso I do caput, a comprovação do
número de habitantes se dará por estimativa anual, publicada pela Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, nos termos do art. 102 da Lei Federal nº
8.443, de 16 de julho de 1992 (Parágrafo único).
DICA 127
DOS ÓRGÃOS DE JURISDIÇÃO
Os Órgãos de Jurisdição encontram-se elencados no art. 9º da LC n° 59/01:
Tribunal de Justiça;
Tribunal de Justiça Militar;
Juízes de Direito;
Tribunais do Júri;
Conselhos e Juízes de Direito do Juízo Militar;
Juizados Especiais.
Cuidado para não confundir os órgãos de jurisdição do Estado de Minas Gerais,
contidos na LC n° 59/01 com os órgãos do Tribunal, previstos no Regimento Interno.
DICA 128
DOS JULGAMENTOS DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO E DAS DECISÕES
ADMINISTRATIVAS DO TRIBUNAL
O art. 9º da LC59/01, em seu §1º, afirma que os julgamentos dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos e as suas decisões serão fundamentadas, sob pena de
nulidade, sem prejuízo de, em determinados atos, a presença ser limitada aos advogados
e Defensores Públicos e às partes, ou somente àqueles, nas hipóteses legais em que o
interesse público o exigir.
As decisões administrativas dos Tribunais serão motivadas, e as disciplinares,
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou do respectivo órgão
especial. (§ 2º).
Ressalvado o disposto no art. 10 da LC 59/01 (trata sobre juízes nas comarcas do
Estado), em cada comarca haverá um Juiz de Direito, Tribunal do Júri e outros órgãos que
a lei instituir. (§ 3º).
O órgão competente do Tribunal de Justiça determinará a instalação dos órgãos
jurisdicionais de primeiro e segundo graus instituídos por Lei no Estado, incluídos os dos
Juizados Especiais. (§ 4º)
Fica assegurada sustentação oral aos advogados, aos Defensores Públicos e, quando for o
caso, aos Procuradores de Justiça, nas sessões de julgamento, nos termos do regimento
interno (§ 5º).
DICA 129
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O Tribunal de Justiça, de acordo com o Art. 11 da LC n° 59/01, é um órgão supremo do
Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais, tem sede na Capital e jurisdição em todo
o território do Estado.
São 150 os cargos de Desembargador do Tribunal de Justiça, dos quais:
1 será o de Presidente;

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3 serão Vice-Presidentes;
1 Corregedor-Geral de Justiça.
1/5 dos lugares do Tribunal de Justiça será preenchido por advogados e membros
do Ministério Público, em conformidade com o disposto na Constituição Federal.
No mais, o acesso ao cargo de Desembargador dar-se-á mediante promoção por
antiguidade e por merecimento, alternadamente, apurados entre os Juízes de Direito
integrantes da entrância especial, é o que prevê o art. 12.
DICA 130
DOS CARGOS DE DIREÇÃO.
De acordo com o art. 13, são cargos de direção:
Presidente;
Vice-Presidente; e
Corregedor-Geral de Justiça.
O Presidente, os Vice-Presidentes e o Corregedor-Geral de Justiça terão mandato
de 2 anos, vedada a reeleição, e serão eleitos entre os Desembargadores mais antigos
do Tribunal, pela maioria de seus membros.
É obrigatória a aceitação do cargo, salvo recusa manifestada antes da eleição.
Não poderá concorrer aos cargos de Presidente, de Vice-Presidente e de
Corregedor-Geral de Justiça nem ao de membro do Tribunal Regional Eleitoral o
Desembargador que não estiver com o serviço em dia, e, se votado, o voto será
considerado nulo.
O Desembargador que tiver exercido cargo de direção por 4 anos não figurará entre os
elegíveis até que se esgotem todos dos nomes na ordem de antiguidade.
Havendo renúncia de cargo ou assunção não eventual do titular a outro cargo de direção
no curso do mandato, considerar-se-ão, para todos os efeitos, como completados os
mandatos para os quais foi eleito o Desembargador.
DICA 131
DO AFASTAMENTO DURANTE O EXERCÍCIO DO MANDATO
Conforme previsão do art. 14 da LC n° 59/01, o Presidente, os Vice-Presidentes e o
Corregedor-Geral de Justiça afastar-se-ão das suas Câmaras durante o exercício do
mandato, mas ficarão vinculados ao julgamento dos processos que lhes tenham sido
distribuídos até o dia da eleição, participando, também, da votação nas questões
administrativas.
Serão convocados, observadas as normas pertinentes, para a substituição do
Desembargador, durante o exercício de cargo de direção do Tribunal de Justiça do Estado,
Juízes de Entrância Especial ou, se for o caso, por resolução do Órgão Especial, serão
providos cargos de Desembargadores para esse fim.
O 3º-Vice-Presidente receberá distribuição de processos no Órgão Especial, em igualdade
de condições com os demais Desembargadores dele integrantes.
DICA 132
DA CONVOCAÇÃO DE JUÍZES PARA SERVIREM COMO AUXILIARES
O art. 14-A da LC 59/01 autoriza ao Presidente do Tribunal de Justiça convocar até 4
Juízes de Direito para servirem como auxiliares da Presidência e 1 para cada Vice-
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Presidência, os quais ficarão afastados de suas funções, sem prejuízo da antiguidade
e do direito à promoção.
O Presidente do Tribunal poderá convocar Juízes Auxiliares acima do limite previsto, desde
que se justifique a medida, após autorização do órgão competente do TJMG e
observada a legislação nacional pertinente.
A competência e as atribuições do Presidente, dos Vice-Presidentes e do Corregedor-Geral
de Justiça serão estabelecidas no Regimento Interno do Tribunal de Justiça.
DICA 133
DOS ÓRGÃOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
O Art. 16 da LC 59/01 enumera os órgãos do Tribunal de Justiça:
Tribunal Pleno;
Órgão Especial do Tribunal de Justiça;
Corregedoria-Geral de Justiça;
Comissões;
câmaras e os demais órgãos que forem previstos em seu Regimento Interno.
Os órgãos do Tribunal de Justiça terão sua composição, atribuições e competências
estabelecidas no Regimento Interno.
DICA 134
DA CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA
A Corregedoria-Geral de Justiça, de acordo com o Art. 23 da LC 59/01, tem funções
administrativas, de orientação, de fiscalização e disciplinares, a serem exercidas
em sua secretaria, nos órgãos de jurisdição de primeiro grau, nos órgãos auxiliares da
Justiça de primeiro grau e nos serviços de notas e de registro do Estado, observado o
disposto nesta Lei Complementar e, no que couber, no Regimento Interno do Tribunal de
Justiça.
Já sobre os órgãos auxiliares do Tribunal de Justiça, a Corregedoria-Geral de Justiça terá
funções fiscalizadora e disciplinar
O Corregedor-Geral de Justiça fica dispensado das funções jurisdicionais, exceto
em declaração de inconstitucionalidade.
DICA 135
DOS AUXILIARES DO CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA.
Dispõe o art. 25 da LC 59/01: São auxiliares do Corregedor-Geral de Justiça:
os Juízes Auxiliares da Corregedoria;
os Juízes de Direito.
Os Juízes Auxiliares da Corregedoria exercerão, por delegação, as atribuições do
Corregedor-Geral de Justiça relativamente aos Juízes de Direito, aos servidores do Poder
Judiciário e aos notários e registradores e seus prepostos.
O Corregedor-Geral de Justiça poderá indicar até 10 Juízes de Direito titulares de
varas, de unidades jurisdicionais ou Auxiliares da Comarca de Belo Horizonte
para exercerem a função de Juiz Auxiliar da Corregedoria, os quais serão
designados pelo Presidente do Tribunal de Justiça.

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A designação será feita para período correspondente ao mandato do Corregedor-Geral de
Justiça que fizer a indicação, permitida a recondução, ficando o Juiz Auxiliar da
Corregedoria afastado das funções jurisdicionais.
A vara ou o cargo da unidade jurisdicional de que o Juiz designado for titular ou o cargo
de Juiz de Direito Auxiliar por ele ocupado permanecerão vagos durante o período de seu
exercício na função de Juiz Auxiliar da Corregedoria.
Cessado o exercício da função de Juiz Auxiliar da Corregedoria, o Juiz de Direito
reassumirá, imediatamente, o exercício na vara ou no cargo da unidade jurisdicional de
que é titular, e o Juiz de Direito Auxiliar retornará à sua função anterior.
DICA 136
DAS ATRIBUIÇÕES DO JUIZ AUXILIAR DA CORREGEDORIA.
Segundo o art. 29 da LC 59/01, são atribuições do Juiz Auxiliar da Corregedoria:
exercer, quando designado pelo Corregedor-Geral de Justiça, a direção do foro da
Comarca de Belo Horizonte;
fazer as sindicâncias e correições que lhe forem especialmente cometidas;
auxiliar em inspeção e correição;
exercer a delegação que o Corregedor-Geral de Justiça lhe fizer.
DICA 137
DA CORREIÇÃO EXTRAORDINÁRIA E ORDINÁRIA.

A correição está prevista no art. 30 da LC 59/01:

I - extraordinária,
quando realizada pelo
Corregedor-Geral de
Justiça;
Art. 30. A correição será:

II - ordinária, quando
realizada por Juiz de
Direito, no limite de sua
competência.

DICA 138
DA DEFINIÇÃO DE CORREIÇÃO.
Segundo o art. 31 da LC 59/01, a correição consiste na fiscalização para verificar a
regularidade e para conhecer de reclamação ou denúncia apresentada sobre os
seguintes serviços:
do foro judicial;
notariais e de registro;
da Justiça de Paz;

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da polícia judiciária; e
dos presídios.
O procedimento da correição será estabelecido pela Corregedoria-Geral de Justiça e
ocorrerá anualmente.
O Juiz de Direito da comarca fiscalizará o cumprimento das determinações do Corregedor-
Geral ou do Juiz Auxiliar da Corregedoria, prestando-lhes as informações devidas.
DICA 139
DA JURISDIÇÃO DE PRIMEIRO GRAU.

O Art. 52 da LC 59/01 trata sobre a jurisdição de primeiro grau.

I - Juiz de Direito;

Art. 52 - A jurisdição de
primeiro grau é exercida II - Tribunal do Júri;
por:

III - Juizados Especiais.

DICA 140
DA INVESTIDURA.
Segundo previsão do art. 53 da LC 59/01, a investidura inicial ocorrerá com a posse e
o exercício nas funções do cargo de Juiz de Direito Substituto, decorrente de
nomeação pelo Presidente do Tribunal de Justiça.
O Juiz de Direito Substituto exercerá as funções que lhe forem atribuídas pelo Presidente
do Tribunal de Justiça, observada a conveniência e a oportunidade de sua lotação em prol
do interesse público, essa é a previsão do art. 54.
DICA 141
DOS JUIZADOS ESPECIAIS - DOS ÓRGÃOS QUE INTEGRAM O SISTEMA DOS
JUIZADOS ESPECIAIS

Segundo previsão do Art. 82 da Lei Complementar 59, são órgãos que integram o
Sistema dos Juizados Especiais:
a Turma de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais;
as Turmas Recursais; e
os Juizados Especiais.

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DICA 142
DA SUPERVISÃO DAS ATIVIDADES DO SISTEMA DOS JUIZADOS ESPECIAIS

A Lei Complementar 59 de 2001, prevê em seu art. 83, que as


atividades do Sistema dos Juizados Especiais serão supervisionadas
por órgão colegiado específico do Tribunal de Justiça, o qual terá
sua composição e suas atribuições previstas no regimento
interno do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

DICA 143
DAS TURMAS RECURSAIS
É previsto no art. 84 da LC 59/01 que, para o julgamento dos recursos interpostos
contra decisões dos Juizados Especiais, as comarcas poderão ser reunidas em
grupos jurisdicionais, constituídos por uma ou mais Turmas Recursais, mediante
proposta e aprovação dos órgãos competentes do Tribunal de Justiça.
Cada Turma Recursal será composta por, no mínimo, 3 Juízes de Direito, escolhidos
entre os que atuam nas comarcas integrantes do respectivo grupo jurisdicional e que,
preferencialmente, pertençam ao Sistema dos Juizados Especiais.
Os integrantes da Turma Recursal serão designados para um período de 2 anos, vedada
a recondução, salvo quando não houver outro Juiz na sede do respectivo grupo
jurisdicional.
É vedada ao Juiz de Direito indicado para integrar Turma Recursal a recusa à indicação
e à primeira recondução.
Mediante proposta e aprovação dos órgãos competentes do Tribunal de Justiça, poderá o
Juiz de Direito ser designado para atuar, de forma exclusiva, em Turma Recursal,
desde que o Presidente do Tribunal de Justiça previamente designe Juiz Auxiliar ou
Substituto para responder por suas atribuições enquanto durar o afastamento.
Quando não houver designação para atuar de forma exclusiva, o número de
processos julgados pelo Juiz de Direito como relator de Turma Recursal será
compensado na distribuição de processos da sua vara de origem.
O Tribunal de Justiça, por seus órgãos competentes, poderá criar Turmas Recursais,
definindo, no ato da criação, sua sede e competência territorial.
A designação dos Juízes de Turma Recursal será precedida de edital, obedecidos os
critérios de antiguidade e merecimento. Essa exigência será dispensada no caso de
não haver candidatos inscritos para a designação dos Juízes de Turma Recursal.
Os processos em que o Juiz atuar como relator serão contados no seu mapa de
produtividade.
A cada grupo jurisdicional corresponderá uma Secretaria, na forma de ato normativo
expedido pelo órgão competente do Tribunal de Justiça.

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DICA 144
DA COMPETÊNCIA DA TURMA RECURSAL PARA PROCESSAR E JULGAR
De acordo com o Art. 84-A da LC 59/01, compete à Turma Recursal processar e julgar
recursos, embargos de declaração de seus acórdãos e mandados de segurança
contra atos de Juízes de Direito do Sistema dos Juizados Especiais e contra seus
próprios atos, bem como o habeas corpus impetrado contra atos de Juízes de
Direito do Sistema, além de outros previstos em lei (este rol é exemplificativo, podendo
haver outras competências).
Compete ao Juiz-Presidente de Turma Recursal processar e exercer o juízo de
admissibilidade de recursos extraordinários contra decisões da Turma e presidir o
processamento do agravo de instrumento interposto contra suas decisões.
Prevê ainda o art. 84-B que, os serviços de escrivania das Turmas Recursais, serão
realizados na respectiva Secretaria de Juízo de cada Turma Recursal da comarca-sede,
conforme disposto em ato expedido pelo Tribunal Justiça.
DICA 145
DOS JUIZADOS ESPECIAIS E SUAS UNIDADES JURISDICIONAIS
Determina o art. 84-C que os Juizados Especiais são constituídos de unidades
jurisdicionais compostas por, no máximo, 03 Juízes de Direito.
Nas comarcas onde houver um só cargo de Juiz do Sistema dos Juizados Especiais, haverá
uma unidade jurisdicional.
Já, nas comarcas onde houver dois ou mais cargos de Juiz do Sistema dos Juizados
Especiais, haverá uma ou mais unidades jurisdicionais, conforme dispuser o órgão
competente do Tribunal de Justiça.
E nas comarcas onde houver apenas uma unidade jurisdicional? A competência
será plena e mista.
Nas comarcas onde houver mais de uma unidade jurisdicional, o órgão competente do
Tribunal de Justiça fixará a distribuição de competência entre elas. As unidades
jurisdicionais de mesma competência serão numeradas ordinalmente.
Poderão atuar nas unidades jurisdicionais, quando necessário, Juízes de Direito Auxiliares
e Juízes de Direito Substitutos, designados pelo Presidente do Tribunal de Justiça, com a
mesma competência dos titulares.
Cada unidade jurisdicional contará com uma secretaria, cuja lotação será definida
pelo órgão competente do Tribunal de Justiça, mediante resolução.
Na Comarca de Belo Horizonte, um dos Juízes de Direito do Sistema dos Juizados
Especiais será designado pelo Corregedor-Geral de Justiça para exercer a função
de Juiz-Coordenador dos Juizados Especiais no Estado. Essa designação será feita
para período correspondente, no máximo, ao mandato do Corregedor-Geral de Justiça que
fizer a indicação, permitida nova indicação.
O cargo de Juiz de Direito do Sistema dos Juizados Especiais de que seja titular o Juiz
designado para a função de Juiz-Coordenador, permanecerá vago durante o período em
que seu titular exercer a função. Cessado o exercício da função de Juiz-Coordenador dos
Juizados Especiais, o Juiz reassumirá, imediatamente, o exercício do cargo de que é
titular.

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A critério do Tribunal de Justiça, um dos Juízes de Direito do Sistema dos Juizados
Especiais poderá, temporariamente, ser dispensado de suas atividades jurisdicionais, a fim
de auxiliar o Juiz-Coordenador, na hipótese de excesso de trabalho a cargo deste.
DICA 146
DA NUMERAÇÃO DOS CARGOS DE JUIZ QUE INTEGRAM O SISTEMA DOS
JUIZADOS ESPECIAIS DE UMA MESMA COMARCA
Prevê o art. 84-D da LC 59/01 que, os cargos de Juiz de Direito que integram o Sistema
dos Juizados Especiais de uma mesma comarca, serão numerados ordinalmente. A
titularização do Magistrado nos Juizados Especiais dar-se-á, em cada comarca, mediante
promoção ou remoção para um dos cargos referidos.
Se o interesse da prestação jurisdicional o recomendar, o Tribunal de Justiça poderá
determinar a movimentação do Juiz de Direito de uma para outra unidade jurisdicional da
mesma comarca.
Atuarão nos Juizados Especiais, como auxiliares da Justiça, conciliadores, sem vínculo
estatutário ou empregatício, escolhidos entre pessoas de reconhecida capacidade e
reputação ilibada. As atividades do conciliador são consideradas serviço público
honorário de relevante valor.
Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais têm competência para o processamento, a
conciliação, o julgamento e a execução por título judicial ou extrajudicial das causas
cíveis de menor complexidade e de infrações penais de menor potencial ofensivo
definidas na legislação federal pertinente.
Na comarca onde não existir ou onde não tiver sido instalada unidade jurisdicional de
Juizado Especial, os feitos da competência dos Juizados Especiais tramitarão perante o
Juiz de Direito com jurisdição comum e a respectiva secretaria, observado o procedimento
especial estabelecido na legislação nacional pertinente.
DICA 147
DOS JUIZADOS ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA
Conforme o art. 84-H da Lei Complementar 59/01, os Juizados Especiais da Fazenda
Pública são competentes para processar, conciliar, julgar e executar causas cíveis de
interesse do Estado e dos municípios, e das autarquias, fundações e empresas
públicas a eles vinculadas, até o valor de 60 salários mínimos, nos termos da
legislação nacional pertinente.
DICA 148
DO FUNCIONAMENTO DOS JUIZADOS ESPECIAIS.
O art. 85 da LC 59/01 estipulou que os Juizados Especiais poderão funcionar
descentralizadamente, em unidades instaladas em municípios ou distritos que
compõem as comarcas, bem como nos bairros do município-sede, até mesmo de forma
itinerante, conforme disposto em ato expedido pelo Tribunal de Justiça.
Os Juizados Especiais funcionarão em dois ou mais turnos, conforme horário fixado pelo
órgão indicado no Regimento Interno do Tribunal de Justiça. Os Serviços Auxiliares da
Justiça sem prejuízo do desempenho de suas atribuições, darão apoio aos Juizados
Especiais.

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DICA 149
DA MAGISTRATURA COMUM
Elenca o art. 163 da LC 59/01 que a magistratura da justiça comum compreende os
cargos de:

Juiz de Direito Substituto;

Juiz de Direito de Primeira Entrância;


Juiz de Direito de Segunda Entrância;

Juiz de Direito de Entrância Especial;

Desembargador.

DICA 150
DOS ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DOS TRIBUNAIS
Nos Tribunais e nos Fóruns haverá órgãos auxiliares da Justiça, é o que preconiza o art.
236 da LC 59.

São órgãos auxiliares dos Tribunais (Art. 237):


a Secretaria do Tribunal de Justiça;

a Secretaria da Corregedoria-Geral de Justiça;


a Secretaria do Tribunal de Justiça Militar.
DICA 151
DOS ÓRGÃOS AUXILIARES DOS JUÍZOS

São órgãos auxiliares dos Juízos (Art. 238):

as Secretarias do Juízo;
os Serviços Auxiliares do Diretor do Foro;

os Auxiliares de Encargo;

as Secretarias de Juízo Militar, previstas no art. 198 desta lei;

as Secretarias das unidades jurisdicionais do Sistema dos Juizados Especiais,


previstas no art. 84-C, § 7º, da Lei Complementar 59.

as Secretarias dos grupos jurisdicionais de Turmas Recursais.


Não confundir com os órgãos auxiliares dos Tribunais.

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