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Autor:
Fabiano Pereira
09 de Setembro de 2022
Sumário
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 3
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TSE (Analista Judiciário) Passo Estratégico de Direito Eleitoral - 2022 (Pré-Edital)
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APRESENTAÇÃO
Olá!
A aula de hoje versará sobre dois temas bem práticos, que possuem várias informações que
você conhece simplesmente por participar do processo eleitoral na função de cidadão: propaganda
eleitoral e condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais.
Assim como ocorre em relação aos demais tópicos da Lei 9.504/1997, o assunto envolve
bastante detalhes, principalmente relacionados a prazos. Diante disso, mais uma vez reforço a
necessidade de realizar a leitura de cada artigo de lei e anotá-los em uma planilha ou pedaço de
papel, para revisar na última semana antes da data da prova.
Lembre-se de que no Passo Estratégico o nosso objetivo é focar nos tópicos mais relevantes
e com maior probabilidade de cobrança em prova. Assim, este material deve ser utilizado em
conjunto com o curso completo, para permitir a absorção de todos os detalhes relativos ao tema
estudado.
Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre a organização ou funcionamento do curso, fique à
vontade para esclarecê-las por meio das minhas redes sociais ou do fórum do aluno:
https://www.youtube.com/channel/UC1YEcia-RD3icTwWx5ZBjzw
https://www.instagram.com/fabianopereiraprof
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ANÁLISE ESTATÍSTICA
A fim de que você possa se preparar com mais eficiência e garantir o maior número possível
de acertos no dia da prova, nada mais coerente do que estudar o estilo da banca examinadora.
Entretanto, conforme afirmei nas aulas anteriores, ainda não sabemos qual será a banca
examinadora do Concurso Unificado que será organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Diante disso, optei por fazer a análise estatística levando em consideração as principais
bancas que organizam concursos públicos no Brasil, pois, assim, podemos nos preparar para
qualquer situação provável no concurso unificado.
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Para revisar e ficar bem preparado no conteúdo abordado pela Lei 9.504/1997, lembre-se de
realizar uma leitura de todos os dispositivos mencionados, assim como observar o roteiro abaixo:
1. Ao responder às questões de prova, cuidado para não cair em pegadinhas. A propaganda
eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da eleição, isto é, a partir do dia
16 de agosto do ano eleitoral.
1.1. Independe da obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a
veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, adesivos, volantes e outros
impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do partido, coligação ou
candidato. Caso a propaganda eleitoral seja divulgada em desconformidade com as regras
previstas em lei, incidirão as respectivas sanções.
1.1.1. Também não há necessidade de qualquer tipo de autorização ou licença da polícia.
Todavia, exige-se a simples comunicação de que o evento será realizado, informando-se o local e
o horário, com antecedência mínima de 24 horas.
1.2. Se a propaganda eleitoral foi realizada antes do dia 16 de agosto, caracterizar-se-á
como antecipada, ensejando a aplicação de multa no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais) a
R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou ao equivalente ao custo da propaganda, se este for maior.
1.3. A expressão propaganda política é um gênero, do qual se extraem três espécies:
propaganda intrapartidária, propaganda institucional e propaganda eleitoral.
1.3.1. A propaganda intrapartidária pode ser realizada nos quinze dias anteriores à data
da convenção, possuindo como destinatários, exclusivamente, os demais filiados ao partido
político. Não pode o “pré-candidato”, sob a alegação de que deseja alcançar apenas os filiados à
agremiação, divulgar um outdoor com o seu nome pedindo o voto dos filiados ao PARTIDO X. No
mesmo sentido, não pode realizar divulgações por meio do rádio, televisão ou livremente pela
internet. Nesse caso, não restam dúvidas de que o outdoor alcançaria também vários cidadãos
que não são filiados ao partido político, portanto, configurando propaganda eleitoral
extemporânea (propaganda eleitoral antecipada).
1.3.2. A publicidade institucional encontra amparo no art. 37, § 1º, da CF-88, que dispõe
que a Administração Pública deve divulgar os seus atos para a sociedade, a fim de que possam ser
conhecidos e fiscalizados, desde que tenham caráter educativo, informativo ou de orientação
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos. Em suma, a publicidade institucional nada mais é
do que a propaganda que o governo realiza sobre os projetos e programas que estão sendo
implementados na sociedade.
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2.2. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público (um box do
mercado municipal, um parque de exposições do município, um centro de convenções do Estado,
um prédio público), ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum (ruas, avenidas, praias
etc.), inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes,
paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de
qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas,
cavaletes, bonecos e assemelhados.
2.3.1. Bandeiras ao longo de vias públicas, desde que móveis (apenas entre 6h e 22h) e
que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos. Nas dependências do
Poder Legislativo, a veiculação de propaganda eleitoral fica a critério da Mesa Diretora.
Lembre-se de que faixas e cartazes de papel não podem mais ser afixados em muros
ou janelas de residências. Ademais, a afixação de propaganda eleitoral em
residências tem que ser espontânea e gratuita, vedado qualquer pagamento.
2.4. Não é admitida a veiculação de propaganda eleitoral em bens de uso comum, ainda
que privados ou particulares, tais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos,
ginásios ou estádios. O conceito de bem de uso comum, para fins eleitorais, alcança os de
propriedade privada de livre acesso ao público, como é o caso de uma padaria ou supermercado,
por exemplo.
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2.4.1. Nas árvores e nos jardins localizados em áreas públicas, bem como em muros,
cercas e tapumes divisórios, não é permitida a colocação de propaganda eleitoral de qualquer
natureza, mesmo que não lhes cause dano.
2.5. No que se refere à realização de propaganda eleitoral por meio de material impresso
(panfletos, por exemplo), eis as regras que devem ser observadas:
2.6. No que se refere à utilização de aparelhagem de som nas campanhas eleitorais, devem
ser observadas as seguintes regras:
APARELHAGENS DE SOM
- Não são mais admitidos carros de som (ou assemelhados) divulgando
jingles de campanha, salvo em carreadas ou passeatas.
- O funcionamento de alto-falantes ou amplificadores de som somente é
permitido entre as oito e as vinte e duas horas (caixa de som colocada na
porta do comitê eleitoral, por exemplo).
- A realização de comícios e a utilização de aparelhagens de sonorização
fixas são permitidas no horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte
e quatro) horas, com exceção do comício de encerramento da campanha,
que poderá ser prorrogado por mais 2 (duas) horas.
- Trio elétrico não pode circular pelas ruas divulgando campanha eleitoral de
candidato. Todavia, pode ser usado como palco ou palanque para a
realização de comícios.
- São vedados os showmícios, que nada mais são do que comícios com a
presença de artistas para animar o evento.
- O funcionamento de alto-falantes ou amplificadores de som deve observar
as regras do art. 39, §3º, da Lei 9.504/97, isto é, sendo vedados a instalação
e o respectivo uso em distância inferior a duzentos metros: I – das sedes
dos poderes Executivo e Legislativo da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios, das sedes dos tribunais judiciais, e dos quartéis e
outros estabelecimentos militares; II – dos hospitais e casas de saúde; III –
das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em
funcionamento.
2.7. Para evitar qualquer surpresa no dia da prova, torna-se muito importante memorizar
os prazos limites para a realização das várias espécies de atos de campanha:
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2.9. Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção, de seis meses a um
ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no
valor de cinco mil a quinze mil Ufirs:
CRIMES
I – o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício
ou carreata.
II – a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna.
III – a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos
ou de seus candidatos.
IV - a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos
nas aplicações de Internet, podendo ser mantidos em funcionamento as
aplicações e os conteúdos publicados anteriormente.
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2.12. A propaganda eleitoral pela internet, assim como acontece com as demais modalidades,
também é permitida a partir do dia 16 de agosto do ano da eleição. Nesse sentido, qualquer pedido
expresso de voto, realizado antes dessa data, caracterizará propaganda eleitoral antecipada e
sujeitará o infrator à multa de R$5.000,00 (cinco mil reais) a R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou
ao equivalente ao custo da propaganda, se este for maior.
2.13. O art. 57-B da Lei 9.504/1997 dispõe que a propaganda eleitoral na Internet poderá ser
realizada nas seguintes formas: I - em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à
Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de Internet
estabelecido no país; II - em sítio do partido ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado
à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de Internet
estabelecido no país; III - por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados
gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação; IV – por meio de blogs, redes sociais, sítios de
mensagens instantâneas e aplicações de Internet assemelhadas cujo conteúdo seja gerado ou
editado por: a) candidatos, partidos ou coligações; ou b) qualquer pessoa natural, desde que não
contrate impulsionamento de conteúdos.
2.13.1. As mensagens eletrônicas enviadas por candidato, partido ou coligação, por qualquer
meio, deverão dispor de mecanismo que permita seu descadastramento pelo destinatário, obrigado
o remetente a providenciá-lo no prazo de quarenta e oito horas. Mensagens eletrônicas enviadas
após o término desse prazo sujeitam os responsáveis ao pagamento de multa no valor de R$100,00
(cem reais), por mensagem.
2.14. O art. 36-A, da Lei 9.504/1997, dispõe que não configuram propaganda eleitoral
antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto (vote em mim!), a menção à pretensa
candidatura (se o povo quiser, serei candidato nas próximas eleições!), a exaltação das qualidades
pessoais dos pré-candidatos (eu sou a pessoa mais bem preparada dessa cidade para ocupar
qualquer cargo público, pois tenho experiência!) e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos
meios de comunicação social, inclusive via Internet:
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III – a realização de prévias partidárias (ocorrem antes das convenções partidárias, para
iniciar os debates sobre as eleições) e a respectiva distribuição de material informativo, a
divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de debates entre os
pré-candidatos;
2.15.1. Para responder às questões de prova, atente-se para os seguintes prazos para
pedir o direito de resposta, contados da data da ofensa, pois são as informações mais cobradas
sobre o tema:
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V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou
readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex
officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três
meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito,
ressalvados:
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VI - nos três meses que antecedem o pleito (a vedação não se estende até a data da
posse dos eleitos):
VII – empenhar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos
órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração
indireta, que excedam a 6 (seis) vezes a média mensal dos valores empenhados e não cancelados
nos 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito;
Exemplo: em regra, um Prefeito pode conceder reajuste aos servidores municipais, inclusive
acima da inflação, em ano de eleições estaduais. Todavia, em ano de eleições municipais o
reajuste está limitado à recomposição da perda do poder aquisitivo (inflação). O prazo de vedação
legal à concessão da revisão remuneratória se inicia no 180º dia anterior à eleição e termina na
data da posse dos eleitos.
3.1. É proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3 (três) meses que precedem o
pleito, a inaugurações de obras públicas. No mesmo sentido, nos- que antecederem as eleições,
na realização de inaugurações é vedada a contratação de shows artísticos pagos com recursos
públicos.
3.2. No ano em que se realizar eleição, fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores
ou benefícios por parte da administração pública, exceto nos casos de calamidade pública, de
estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária
no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá promover o acompanhamento
de sua execução financeira e administrativa.
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APOSTA ESTRATÉGICA
No que se refere à terceira parte da Lei 9.504/1997, acreditamos que a banca irá se limitar à
cobrança dos dispositivos legais, sem qualquer tipo de aprofundamento. Todavia, isso não o exime
de fazer a leitura do PDF, para se atentar a todos os detalhes.
PROPAGANDA
ELEITORAL
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É vedado fazer ou permitir uso promocional Nos três meses que antecedem o pleito é
em favor de candidato, partido político ou VEDADO fazer pronunciamento em cadeia de
coligação, de distribuição gratuita de bens e rádio e televisão, fora do horário eleitoral
serviços de caráter social custeados ou gratuito, salvo quando, a critério da Justiça
subvencionados pelo Poder Público. Eleitoral, tratar-se de matéria urgente,
relevante e característica das funções de
governo.
QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar para
a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas questões.
A) Nos trinta dias que antecedem as eleições, permitir uso promocional em favor de candidato,
partido político ou coligação de imóvel público, facultada distribuição de bens e serviços de
caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público.
B) Nos trinta dias que antecedem o pleito, autorizar publicidade institucional dos atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais,
ou das respectivas entidades da administração indireta, mesmo em caso de grave e urgente
necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral.
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C) No ano que antecede a eleição, realizar despesas com publicidade dos órgãos públicos
federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que
excedam a média dos gastos no primeiro trimestre dos dois últimos anos que antecedem o
pleito.
D) Nos três meses que antecedem o pleito, participação de candidato em inauguração de obra
de instituição privada.
E) Nos três meses que antecedem o pleito, fazer pronunciamento em cadeia de rádio e
televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-
se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo.
Comentários
a) Nos termos do art. 73, IV, da Lei 9.504/1997, o servidor público, a qualquer tempo, está proibido
de fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de
distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder
Público. Assertiva incorreta.
b) Nos três meses que antecedem o pleito, é vedado aos agentes públicos em campanhas eleitorais
autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta,
salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral, nos
termos do art. 73, VI, b, da lei 9.504/1997. Assertiva incorreta.
c) Os agentes públicos estão proibidos de realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas
com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades
da administração indireta, que excedam a 6 (seis) vezes a média mensal dos valores empenhados e
não cancelados nos 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito. Assertiva incorreta.
d) Nos termos do art. 77, da Lei 9.504/1997, é proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3
(três) meses que precedem o pleito, a inaugurações de obras públicas. Assertiva incorreta.
e) O enunciado corresponde ao disposto no art. 73, VI, c, da Lei 9.504/1997, portanto deve ser
considerado correta.
Gabarito: “E”.
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A) A situação configura propaganda eleitoral antecipada, pois, mesmo não tendo havido
pedido explícito de votos, houve menção expressa à pretensa candidatura e exaltação das
qualidades pessoais de pré-candidato.
B) Se o pai do eventual candidato a prefeito não for filiado a partido político, tal fato impedirá
sua responsabilização por propaganda antecipada, sendo possível, no entanto, a aplicação de
sanção ao beneficiário da propaganda ilegal.
C) A situação narrada não configura propaganda eleitoral antecipada, uma vez que houve a
simples menção a eventual candidatura e exaltação de qualidades pessoais de possível pré-
candidato, sem pedido explícito de votos.
D) A conduta não se enquadra como propaganda eleitoral antecipada, pois o lapso temporal
existente entre a entrevista e as eleições impede a caracterização da ilegalidade da entrevista.
Comentários
a) Nos termos do art. 36-A, da Lei 9.504/1997, a mera menção à pretensa candidatura e a exaltação
das qualidades pessoais dos pré-candidatos não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde
que não envolvam pedido explícito de voto. Assertiva incorreta.
b) O fato de não haver filiação a partido político não exclui a responsabilização de eventual
propaganda antecipada, a exemplo do que consta no art. 36, § 3º, da Lei 9.504/1997, que prevê
multa para o responsável pela divulgação da propaganda e para o beneficiário. Assertiva incorreta.
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e) A Súmula nº 18 do TSE determina que “conquanto investido de poder de polícia, não tem
legitimidade o juiz eleitoral para, de ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa
pela veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/1997”. Assertiva
incorreta.
Gabarito: “C”.
É VEDADA a
A) manifestação individual e silenciosa de eleitor por candidato, relevada pelo uso de broches
e adesivos no dia das eleições.
B) divulgação na imprensa escrita de propaganda eleitoral paga até a antevéspera das eleições.
Comentários
a) Segundo disposto pelo art. 39-A, da Lei 9.504/1997, “é permitida, no dia das eleições, a
manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou
candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos”. Assertiva
incorreta.
b) O art. 43, da Lei 9.504/1997, permite, até a antevéspera das eleições, a divulgação paga, na
imprensa escrita. Assertiva incorreta.
c) Não existe vedação quanto a contratação direta de pessoal para prestação de serviços nas
campanhas, inclusive essa hipótese é regulada pelo art. 100-A da Lei 9.504/1997. Assertiva incorreta.
d) realização e divulgação de prévias partidárias possui respaldo pelo art. 36-A, III, da Lei 9.504/1997.
Assertiva incorreta.
Gabarito: “E”.
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Comentários
O art. 36-A, da Lei 9.504/1997, estabelece que não configura propaganda eleitoral antecipada, desde
que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das
qualidades pessoais dos pré-candidatos.
Como Bento apenas visa divulgar seu posicionamento pessoal sobre questões políticas, bem como
pedir apoio político e de divulgar sua pré-candidatura a deputado estadual, sua conduta está de
acordo com a lei e será permitida.
Por outro lado, como Mário pretende fixar faixas no cinema de sua cidade, estará violando o disposto
pelo art. 37, §4º, da Lei 9.504/1997, que considera cinema como bem de uso comum, para fins
eleitorais. O que torna sua conduta proibida.
Gabarito: “A”.
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Nos termos do art. 241 do Código Eleitoral, “toda propaganda eleitoral será realizada sob a
responsabilidade dos partidos e por eles paga, imputando-se-lhes solidariedade nos excessos
praticados pelos seus candidatos e adeptos”.
Gabarito: “C”.
Comentários
O art. 37, §2º, da Lei9.504/1997, limita a extensão máxima do adesivo plástico utilizado em 0,5m²
(meio metro quadrado). Vale destacar que o §4º do art. 38 prevê a possibilidade do uso de adesivo
microperfurado que poderá ser ocupar toda a extensão do para-brisas.
Gabarito: “C”.
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D) Não configura propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolva pedido explícito de
voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-
candidatos e outros atos elencados na citada lei, que poderão ter cobertura dos meios de
comunicação social, inclusive via internet.
Comentários
a) Conforme prevê o art. 44, § 2º, da Lei 9.504/1997, no horário reservado para a propaganda
eleitoral, não se permitirá utilização comercial ou propaganda realizada com a intenção, ainda que
disfarçada ou subliminar, de promover marca ou produto. Assertiva correta.
b) O art. 39, § 7º, da lei 9.504/1997 proíbe a realização de showmício e de evento assemelhado para
promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a
finalidade de animar comício e reunião eleitoral. Assertiva correta.
c) Nos termos do art. 45, § 6º, da Lei 9.504/1997, “é permitido ao partido político utilizar na
propaganda eleitoral de seus candidatos em âmbito regional, inclusive no horário eleitoral gratuito,
a imagem e a voz de candidato ou militante de partido político que integre a sua coligação em âmbito
nacional”. Assertiva incorreta.
d) De acordo com o disposto pelo art. 36-A, da lei 9.504/1997, não configuram propaganda eleitoral
antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a
exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura
dos meios de comunicação social, inclusive via Internet. Assertiva correta.
Gabarito: “C”.
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As sanções previstas na lei para o caso de condutas vedadas nas campanhas eleitorais atingem
exclusivamente os agentes públicos responsáveis por elas.
Comentários
O art. 73, §8º, da Lei 9.504/1997, estende a aplicação das sanções previstas pela lei, para casos de
condutas vedadas nas campanhas, aos agentes públicos responsáveis pelas condutas vedadas e aos
partidos, coligações e candidatos que delas se beneficiarem. Assertiva incorreta.
Gabarito: “Errado”.
C) de acordo com a legislação eleitoral, porque não há nenhuma exigência ou proibição desse
tipo de propaganda.
D) de acordo com a legislação eleitoral, desde que o adesivo colado seja microperfurado.
Comentários
Nos termos do art. 38, §4º, da Lei 9.504/1997, é proibido colar propaganda eleitoral em veículos,
exceto adesivos microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro.
Gabarito: “D”.
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Antenor, candidato a Deputado Estadual, reúne-se com seus assessores para decidir sobre a
propaganda eleitoral que será utilizada para a divulgação de sua candidatura. A assessora Laura
propõe: a utilização de espaço para veiculação de propaganda em bens particulares, mediante
o pagamento de um salário mínimo a cada proprietário desses bens; a assessora Leda propõe
a utilização de bandeiras móveis ao longo das vias públicas, sem dificultar o bom andamento
do trânsito de pessoas e veículos; a assessora Lídia propõe a utilização da Linguagem Brasileira
de Sinais − LIBRAS ou o recurso de legenda, na propaganda eleitoral gratuita na televisão,
atingindo, assim, também os eleitores com deficiência auditiva. Nesse quadro, a propaganda
sugerida por Laura
Comentários
Inicialmente, o art. 37, §8º da lei 9.504/1997, determina que a veiculação de propaganda eleitoral
em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em
troca de espaço para esta finalidade. Dessa forma, a propaganda sugerida por Laura será proibida,
haja vista que sua sugestão seria de utilização de espaço para veiculação de propaganda em bens
particulares, mediante o pagamento de um salário mínimo a cada proprietário desses bens.
O art. 37, §6º, da Lei 9.405/1997, por sua vez, permite a colocação de mesas para distribuição de
material de campanha e a utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e
que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos. O que viabiliza a sugestão
de Leda, mas não obriga o seu uso por se tratar de mera faculdade.
Por fim, a sugestão de Lídia, a propaganda eleitoral gratuita na televisão deverá utilizar a Linguagem
Brasileira de Sinais – LIBRAS ou o recurso de legenda, que deverão constar obrigatoriamente do
material entregue às emissoras, nos termos do art. 44, §1º, da Lei 9.504/1997.
Gabarito: “A”.
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B) O uso de alto-falantes e amplificadores de som nas campanhas eleitorais deve obedecer tão
somente a restrições de localização: não pode ocorrer nas proximidades de hospitais, casas de
saúde, escolas e igrejas, entre outros locais.
Comentários
a) Nos termos do art. 37, §6º, da lei 9.504/1997, é permitida a colocação de mesas para distribuição
de material de campanha e a utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e
que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos.
Para fins deste dispositivo, o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos, consiste na
colocação e a retirada dos meios de propaganda entre as seis horas e as vinte e duas horas.
Assertiva correta.
c) O art. 73, III, da Lei 9.504/1997, proíbe os agente s públicos de ceder servidor público ou
empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo,
ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou
coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver
licenciado. Assertiva incorreta.
d) Com base no art. 36-A, a Lei 9.504/1997, para que seja configurada campanha antecipada deverá
haver pedido explicito de votos. Assertiva incorreta.
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e) Para o art. 36-B, da Lei 9.504/1997, Será considerada propaganda eleitoral antecipada a
convocação, por parte do presidente da República, dos presidentes da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, de redes de radiodifusão para divulgação de atos
que denotem propaganda política ou ataques a partidos políticos e seus filiados ou instituições.
Assertiva incorreta.
Gabarito: “A”.
A) Pessoas jurídicas sem fins lucrativos podem manter nos seus sítios peças de propaganda
eleitoral.
D) lei assegura a participação de todos os partidos que tenham apresentado candidatos nos
debates promovidos por redes de televisão.
Comentários
a) O art. 57-C, §1º, I, da Lei 9.504/1997, veda a veiculação de propaganda eleitoral na internet, ainda
que gratuita, em sítios de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos. Assertiva incorreta.
b) Embora seja livre a manifestação do pensamento por meio da rede mundial de computadores,
nos termos do art. 57-D, da Lei 9.504/1997, estas manifestações não podem ser feitas de maneira
anônima durante a campanha eleitoral. Assertiva incorreta.
d) Somente será assegurada a participação de candidatos dos partidos com representação superior
a nove Deputados, e facultada a dos demais nos debates promovidos por redes de televisão,
conforme o art. 46, da Lei 9.504/1997. Assertiva incorreta.
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e) O art. 57-G, da Lei 9.504/1997, determina que “as mensagens eletrônicas enviadas por candidato,
partido ou coligação, por qualquer meio, deverão dispor de mecanismo que permita seu
descadastramento pelo destinatário, obrigado o remetente a providenciá-lo no prazo de quarenta
e oito horas”. Assertiva correta.
Gabarito: “D”.
A) permitida, desde que autorizada pela Justiça Eleitoral e pela Prefeitura, e a pretendida por
Jaime é permitida, independentemente de serem móveis os meios de propaganda utilizados e
que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos.
B) permitida, desde que não dificulte o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos, e a
pretendida por Jaime é vedada.
D) vedada, assim como a veiculação da propaganda pretendida por Jaime, ainda que os meios
de propaganda sejam móveis e não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e
veículos.
E) vedada e a pretendida por Jaime é permitida, desde que os meios de propaganda sejam
colocados e retirados entre às 6h e às 22h e que não dificultem o bom andamento do trânsito
de pessoas e veículos.
Comentários
Nos termos do art. 37, da Lei 9.504/1997, é vedada a veiculação de propagandas de qualquer
natureza em bens de uso comum, como os postes de iluminação pública. Dessa forma, a pretensão
de Joel não será permitida.
Por outro lado, o uso de mesas para distribuição de material de campanha e utilizar bandeiras ao
longo de vias públicas pretendido por Jaime poderá ocorrer, desde que sejam móveis e não
dificultem a mobilidade do trânsito de pessoas e veículos, nos termos do art. 37, §6º, da Lei
9.504/1997.
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Vale frisar que a mobilidade estará caracterizada com a colocação e a retirada dos meios de
propaganda ENTRE AS SEIS HORAS E AS VINTE E DUAS HORAS.
Gabarito: “E”.
A) no mês anterior à escolha pelo partido, propaganda intrapartidária por meio do uso de rádio,
televisão e outdoor.
B) na quinzena anterior à escolha pelo partido, propaganda intrapartidária por meio de uso de
rádio, televisão e outdoor.
C) no mês anterior à escolha pelo partido, propaganda intrapartidária, vedado o uso de rádio,
televisão e outdoor.
Comentários
Gabarito: “D”.
III – É permitida a veiculação de propaganda no interior de lojas e ginásios, desde que seja
propriedade privada e para a qual não haja qualquer tipo de pagamento.
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A) Apenas a I e II.
B) Apenas a I e IV.
C) Apenas a II e III.
D) Apenas a I e III.
Comentários
Item I - O art. 43 da lei 9.504/1997, permite a divulgação paga na imprensa escrita, limitando até 10
(dez) anúncios de propaganda eleitoral por veículo, em datas diversas, para cada candidato, no
espaço máximo, por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e de 1/4 (um quarto) de
página de revista ou tabloide. Assertiva correta.
Item II - o art. 39, §8º, da lei 9.504/1997, veda expressamente a propaganda eleitoral mediante
outdoors, inclusive eletrônicos. Assertiva incorreta.
Item III - O art. 37, da Lei 9.504/1997, proíbe a utilização de bens de uso comum para fins de
propaganda eleitoral. Para fins deste artigo, os bens de uso comum são aqueles conforme definição
do Código Civil, bem como aqueles a que a população em geral tem acesso, tais como cinemas,
clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada.
Assertiva incorreta.
Item IV - Nos termos do que prevê o art. 39, §7º, da lei 9.504/1997, “É proibida a realização de
showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação,
remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral”. Assertiva
correta.
Gabarito: “B”.
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na
sua resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Diante disso, buscaremos, na medida do possível, apresentar questões subjetivas que ajudem
você a conectar melhor os diversos pontos do conteúdo.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a
facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
PERGUNTAS
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3. Platão, conhecido político da cidade de Fabianolândia-PA, não exercendo cargo público à época,
foi convidado para participar de um programa de rádio na primeira semana de janeiro de 2020.
Ao ser perguntado pelo apresentador sobre as suas intenções em relação às eleições de outubro
de 2020, simplesmente respondeu que todos os eleitores conhecem a sua índole e a sua
competência, e que, justamente por isso, lançava ali a sua pré-candidatura ao cargo de Prefeito.
Alguns dias depois, o Ministério Público Eleitoral decidiu propor representação contra Platão por
propaganda eleitoral antecipada, requerendo a aplicação de multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Diante do exposto, existe fundamento jurídico para a propositura de representação eleitoral, pelo
MPE, contra Platão? Explique.
5. Aristóteles, candidato a vereador, reúne-se com seus assessores para decidir sobre a
propaganda eleitoral que será utilizada para a divulgação de sua candidatura. A assessora Maria
propõe a utilização de espaço para veiculação de propaganda em bens particulares, mediante o
pagamento de um salário mínimo a cada proprietário desses bens; a assessora Ana propõe a
utilização de bandeiras nos pontos de semáforos; o assessor Coxinha propõe a distribuição de
panfletos nas igrejas e clínicas de estética, já que Aristóteles também é médico dermatologista e
possui muitos contatos nessa área.
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A nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais ou conselhos de
contas e dos órgãos da Presidência da República (a exemplo da Casa civil) podem ocorrer a qualquer
momento, pois esses órgãos não possuem qualquer restrição. É possível que um concurso para o
Tribunal de Justiça de Minas Gerais seja homologado em 26/09/2022, por exemplo, e a nomeação
dos candidatos aprovados em 28/09/2022, isto é, cinco dias antes do dia da eleição.
Ademais, perceba que o enunciado se refere a um concurso público da esfera federal, enquanto, no
ano de 2020, ocorreram eleições de âmbito municipal (vereador, prefeito e vice-prefeito), o que não
gera qualquer impedimento de realização de concurso público e/ou nomeações dos candidatos
aprovados.
A Lei 9.504/1997, em seu art. 37, § 2º, dispõe que não é permitida a veiculação de material de
propaganda eleitoral em bens públicos ou particulares, exceto de: I - bandeiras ao longo de vias
públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e
veículos; II - adesivo plástico em automóveis, caminhões, bicicletas, motocicletas e janelas
residenciais, desde que não exceda a 0,5 m² (meio metro quadrado). Ao responder às questões de
prova, lembre-se de que não são mais admitidas a afixação de faixas ou pinturas em muros
particulares, ainda que mediante a autorização do proprietário.
No que se refere ao táxi, também existirá impedimento à sua utilização como instrumento de
divulgação de propaganda eleitoral, ainda que no vidro traseiro. É que apenas nos carros particulares
se admite a afixação de adesivo de campanha eleitoral. Os taxistas são permissionários ou
autorizatários de serviços públicos (o instrumento de delegação varia em razão do município),
portanto, estão impedidos de realizar propaganda eleitoral.
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3. Platão, conhecido político da cidade de Fabianolândia-PA, não exercendo cargo público à época,
foi convidado para participar de um programa de rádio na primeira semana de janeiro de 2020.
Ao ser perguntado pelo apresentador sobre as suas intenções em relação às eleições de outubro
de 2020, simplesmente respondeu que todos os eleitores conhecem a sua índole e a sua
competência, e que, justamente por isso, lançava ali a sua pré-candidatura ao cargo de Prefeito.
Alguns dias depois, o Ministério Público Eleitoral decidiu propor representação contra Platão por
propaganda eleitoral antecipada, requerendo a aplicação de multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Diante do exposto, existe fundamento jurídico para a propositura de representação eleitoral, pelo
MPE, contra Platão? Explique.
O art. 36-A, da Lei 9.504/1997, dispõe que não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde
que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das
qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios
de comunicação social, inclusive via Internet: I – a participação de filiados a partidos políticos ou de
pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na
Internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras
de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico.
Analisando-se as informações apresentadas pelo enunciado, constata-se que em nenhum momento
Platão fez pedido expresso de voto. Apenas mencionou que, a partir do dia da entrevista, era pré-
candidato ao cargo de Prefeito e que a população já conhecia a sua índole e competência. Desse
modo, tal conduta não caracteriza propaganda eleitoral antecipada e a representação eleitoral
proposta pelo MPE será julgada improcedente.
Os nomes dos cidadãos que serão lançados candidatos pelos partidos políticos são escolhidos
oficialmente nas convenções partidárias. Todavia, pode ocorrer de dois ou mais cidadãos desejarem
disputar o cargo eletivo de Governador, por exemplo, sendo que apenas um deles pode ser escolhido
no âmbito da agremiação. Nesse caso, o art. 36, § 1º, da Lei 9.504/1997, assegura ao postulante a
candidatura a cargo eletivo, na quinzena anterior à escolha pelo partido, de propaganda
intrapartidária com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor.
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Levando-se em consideração que a convenção partidária estava agendada para o dia 05 de agosto
e que Coxinha passou a realizar propaganda intrapartidária em 26 de julho, constata-se que foi
observado o prazo legal de permissibilidade, isto é, nos quinze dias anteriores à data da convenção.
Ademais, constata-se que as divulgações de Coxinha se limitaram aos grupos de filiados ao partido,
portanto, em conformidade com a legislação eleitoral vigente.
5. Aristóteles, candidato a vereador, reúne-se com seus assessores para decidir sobre a
propaganda eleitoral que será utilizada para a divulgação de sua candidatura. A assessora Maria
propõe a utilização de espaço para veiculação de propaganda em bens particulares, mediante o
pagamento de um salário mínimo a cada proprietário desses bens; a assessora Ana propõe a
utilização de bandeiras nos pontos de semáforos; o assessor Coxinha propõe a distribuição de
panfletos nas igrejas e clínicas de estética, já que Aristóteles também é médico dermatologista e
possui muitos contatos nessa área.
Inicialmente, o art. 37, §8º da lei 9.504/1997, determina que a veiculação de propaganda eleitoral
em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento
em troca de espaço para esta finalidade. Dessa forma, a propaganda sugerida por Maria será
proibida, haja vista que sua sugestão seria de utilização de espaço para veiculação de propaganda
em bens particulares, mediante o pagamento de um salário mínimo a cada proprietário desses bens.
Ademais, a utilização de bandeiras nos pontos de semáforos não contraria a legislação vigente,
desde que não sejam amarradas nos respectivos postes de iluminação, que são considerados bens
públicos e não admitem qualquer tipo de veiculação de propaganda eleitoral.
Por fim, a proposta do assessor Coxinha não poderá ser implementada, pois as igrejas e clínicas de
estética – apesar de se enquadrarem como bens privados e/ou comerciais – não podem ser
utilizados como instrumentos de divulgação de propaganda eleitoral, pois são de acesso público. Em
outras palavras, qualquer pessoa pode entrar e sair dos pontos comuns desses estabelecimentos
sem qualquer tipo de autorização.
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A) Nos trinta dias que antecedem as eleições, permitir uso promocional em favor de candidato,
partido político ou coligação de imóvel público, facultada distribuição de bens e serviços de
caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público.
B) Nos trinta dias que antecedem o pleito, autorizar publicidade institucional dos atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais,
ou das respectivas entidades da administração indireta, mesmo em caso de grave e urgente
necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral.
C) No ano que antecede a eleição, realizar despesas com publicidade dos órgãos públicos
federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que
excedam a média dos gastos no primeiro trimestre dos dois últimos anos que antecedem o
pleito.
D) Nos três meses que antecedem o pleito, participação de candidato em inauguração de obra
de instituição privada.
E) Nos três meses que antecedem o pleito, fazer pronunciamento em cadeia de rádio e
televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-
se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo.
A) A situação configura propaganda eleitoral antecipada, pois, mesmo não tendo havido
pedido explícito de votos, houve menção expressa à pretensa candidatura e exaltação das
qualidades pessoais de pré-candidato.
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B) Se o pai do eventual candidato a prefeito não for filiado a partido político, tal fato impedirá
sua responsabilização por propaganda antecipada, sendo possível, no entanto, a aplicação de
sanção ao beneficiário da propaganda ilegal.
C) A situação narrada não configura propaganda eleitoral antecipada, uma vez que houve a
simples menção a eventual candidatura e exaltação de qualidades pessoais de possível pré-
candidato, sem pedido explícito de votos.
D) A conduta não se enquadra como propaganda eleitoral antecipada, pois o lapso temporal
existente entre a entrevista e as eleições impede a caracterização da ilegalidade da entrevista.
É VEDADA a
A) manifestação individual e silenciosa de eleitor por candidato, relevada pelo uso de broches
e adesivos no dia das eleições.
B) divulgação na imprensa escrita de propaganda eleitoral paga até a antevéspera das eleições.
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D) Não configura propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolva pedido explícito de
voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-
candidatos e outros atos elencados na citada lei, que poderão ter cobertura dos meios de
comunicação social, inclusive via internet.
As sanções previstas na lei para o caso de condutas vedadas nas campanhas eleitorais atingem
exclusivamente os agentes públicos responsáveis por elas.
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C) de acordo com a legislação eleitoral, porque não há nenhuma exigência ou proibição desse
tipo de propaganda.
D) de acordo com a legislação eleitoral, desde que o adesivo colado seja microperfurado.
B) O uso de alto-falantes e amplificadores de som nas campanhas eleitorais deve obedecer tão
somente a restrições de localização: não pode ocorrer nas proximidades de hospitais, casas de
saúde, escolas e igrejas, entre outros locais.
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A) Pessoas jurídicas sem fins lucrativos podem manter nos seus sítios peças de propaganda
eleitoral.
D) lei assegura a participação de todos os partidos que tenham apresentado candidatos nos
debates promovidos por redes de televisão.
A) permitida, desde que autorizada pela Justiça Eleitoral e pela Prefeitura, e a pretendida por
Jaime é permitida, independentemente de serem móveis os meios de propaganda utilizados e
que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos.
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B) permitida, desde que não dificulte o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos, e a
pretendida por Jaime é vedada.
D) vedada, assim como a veiculação da propaganda pretendida por Jaime, ainda que os meios
de propaganda sejam móveis e não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e
veículos.
E) vedada e a pretendida por Jaime é permitida, desde que os meios de propaganda sejam
colocados e retirados entre às 6h e às 22h e que não dificultem o bom andamento do trânsito
de pessoas e veículos.
A) no mês anterior à escolha pelo partido, propaganda intrapartidária por meio do uso de rádio,
televisão e outdoor.
B) na quinzena anterior à escolha pelo partido, propaganda intrapartidária por meio de uso de
rádio, televisão e outdoor.
C) no mês anterior à escolha pelo partido, propaganda intrapartidária, vedado o uso de rádio,
televisão e outdoor.
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III – É permitida a veiculação de propaganda no interior de lojas e ginásios, desde que seja
propriedade privada e para a qual não haja qualquer tipo de pagamento.
A) Apenas a I e II.
B) Apenas a I e IV.
C) Apenas a II e III.
D) Apenas a I e III.
1. E 12. D
2. C 13. E
3. E 14. D
4. A 15. B
5. C
6. C
7. C
8. E
9. D
10. A
11. A
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