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Além disso, sua experiência acadêmica inclui a atuação como professor na Pontifícia
Universidade Católica de Goiás (PUC/GO) entre 2010 e 2012.
Sumário
Introdução
o Importância da pré-campanha no contexto eleitoral
3. Proibições e Limitações
o Publicidade por meio de outdoors
o Transmissão ao vivo de prévias partidárias
o Utilização de propaganda partidária
o Restrições em shows e eventos artísticos
6. Recomendações Práticas
o Para candidatos e partidos políticos
o Para eleitores e a sociedade civil
7. Conclusão
o A importância do respeito às normas eleitorais
o Impacto na democracia e na legitimidade das eleições
8. Referências
o Legislação citada
o Jurisprudência relevante
Introdução
Importância da pré-campanha no contexto eleitoral
Art. 36-A. Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam
pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades
pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios
de comunicação social, inclusive via internet: (Redação dada pela Lei nº
13.165, de 2015)
I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas,
programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a
exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de
televisão o dever de conferir tratamento isonômico; (Redação dada pela Lei
nº 12.891, de 2013)
II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a
expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais,
discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias visando às
eleições, podendo tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação
intrapartidária; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
III - a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material
informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a
realização de debates entre os pré-candidatos; (Redação dada pela Lei nº
13.165, de 2015)
IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se
faça pedido de votos; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
V - a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas
redes sociais; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
VI - a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade
civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer
localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias. (Incluído pela
Lei nº 13.165, de 2015
VII - campanha de arrecadação prévia de recursos na modalidade prevista no inciso IV
do § 4o do art. 23 desta Lei. (Incluído dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 1o É vedada a transmissão ao vivo por emissoras de rádio e de televisão das prévias
partidárias, sem prejuízo da cobertura dos meios de comunicação social.
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2o Nas hipóteses dos incisos I a VI do caput, são permitidos o pedido de apoio
político e a divulgação da pré-candidatura, das ações políticas desenvolvidas e das que
se pretende desenvolver. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 3o O disposto no § 2o não se aplica aos profissionais de comunicação social no
exercício da profissão. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
As prévias partidárias são permitidas, assim como a divulgação dos nomes dos filiados
que participarão da disputa eleitoral e a realização de debates internos.
Conforme a Lei das Eleições, a arrecadação de recursos pode ser iniciada a partir de 15
de maio, com a condição de que a liberação desses recursos fique condicionada ao
registro oficial da candidatura.
Existe um limite para o valor que cada pessoa física pode doar para campanhas
eleitorais via crowdfunding. Esse limite é 10% dos rendimentos brutos do doador no
ano anterior à eleição (artigo 23, parágrafo 1º, da Lei nº 9.504/1997, a Lei das
Eleições).
Os recursos arrecadados via crowdfunding podem ser utilizados para diversas despesas
de campanha, como material publicitário, aluguel de espaços para comícios,
pagamento de pessoal, entre outros.
Quer usar adesivo na pré-campanha? Então faça isso com seu slogan:
Conclusão
É crucial que os pré-candidatos e partidos políticos estejam cientes dessas regras para
evitar penalidades e garantir uma competição justa e transparente. A observância
dessas normas contribui para a integridade do processo eleitoral e reforça os
princípios democráticos.
Essa é a regra máxima: o que não pode ser feito na campanha, não pode ser feito na
pré-campanha.
O art. 73 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) estabelece uma série de condutas
vedadas aos agentes públicos em ano eleitoral, visando evitar o uso da máquina
pública em benefício de determinadas candidaturas. Vejamos cada inciso:
Como vimos no Capítulo 2, não pode ser usado adesivo com pedido explícito de voto,
uso de expressões descritas no capítulo 5, número ou nome do pré–candidato.
Conclusão
Este capítulo procura oferecer um guia claro sobre o que não é permitido na fase de
pré-campanha, visando a promoção de um ambiente eleitoral justo e equitativo.
A aderência a estas normas não só protege os candidatos de possíveis penalidades
legais, mas também reforça a confiança do eleitorado no processo democrático.
Capítulo 4
Gastos na pré-campanha: Evitando Caixa 2 e Abuso de Poder Econômico
Cuidado com o valor que será gasto na pré-campanha, pois pode configurar abuso de
poder econômico e, caso eleito, ter o mandato cassado.
Lembre-se que a senadora Selma Arruda, conhecida como 'Moro de Saias', eleita em
2018, foi cassada, pois na pré-campanha ela recebeu um empréstimo de seu suplente,
o fazendeiro Gilberto Possamai, no valor de R$ 1,5 milhão, e tal montante não foi
informado à Justiça Eleitoral. Ela utilizou esse recurso para contratar empresas de
pesquisas e de marketing antes do início da campanha formal, sendo condenada por
"caixa 2" e abuso de poder econômico.
Por essa razão a gestão financeira durante a pré-campanha é uma questão crítica no
contexto eleitoral. Exceder os limites de gastos ou incorrer em práticas irregulares,
como o caixa 2, pode ter sérias consequências legais, incluindo multas, inelegibilidade
e até a cassação do mandato, caso o candidato seja eleito. Este capítulo visa orientar
sobre como gerir de forma responsável os gastos na pré-campanha para evitar esses
riscos.
1. Entendendo o Caixa 2
4. Doações e Financiamento
7. Consequências Legais
Conclusão
Capítulo 5
Pedido de voto na pré-campanha segundo novo entendimento do TSE. “Palavras
mágicas” superadas pela análise do “contexto da obra”
Em razão disso, coube ao TSE, em todos esses anos, definir o liame entre o que era
permitido falar e o que era proibido.
"Vote em mim" ou "Votem em mim": Uma das expressões mais diretas que
indica um pedido explícito de votos.
"Apoie minha candidatura": Solicitação direta de apoio político que pode ser
interpretada como um pedido de voto.
"Conto com seu voto": Indica a expectativa de que o eleitor vote no pré-
candidato.
"Juntos nas urnas": Sugere uma união de esforços para a obtenção de votos na
eleição.
"Rumo à vitória nas eleições": Expressão que pode ser interpretada como uma
mobilização para a conquista de votos.
Em um caso significativo julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas Eleições
2022, o presidente Jair Bolsonaro foi condenado por prática de propaganda eleitoral
antecipada. Este caso serve como um exemplo na jurisprudência eleitoral brasileira,
ilustrando a aplicação da interpretação do TSE sobre propaganda eleitoral antecipada
e a análise do "conjunto da obra" ao invés de focar apenas nas "palavras mágicas".
(Representação 0600229-33.2022.6.00.0000).
Durante o evento, o presidente fez declarações que foram interpretadas como indícios
de campanha eleitoral antecipada. Ele expressou intenções relacionadas à continuação
de sua missão à frente do governo federal e fez comentários que sugeriam a busca de
apoio.
O caso reforçou a posição do TSE de que não é apenas o uso de expressões explícitas
de pedido de voto que configura propaganda eleitoral antecipada. A análise contextual
e a consideração do "conjunto da obra" são essenciais para determinar se uma ação ou
declaração se enquadra nessa categoria.
A análise deste caso pelo TSE demonstra a importância de uma abordagem cuidadosa
na pré-campanha, enfatizando que a propaganda eleitoral antecipada não se limita a
expressões explícitas de pedido de votos, mas abrange o contexto geral das ações e
comunicações dos pré-candidatos.
Ao longo desses 19 anos como advogado, pude navegar com sucesso e insucessos pelo
complexo terreno do direito eleitoral brasileiro, pois requer uma compreensão
detalhada das regras, regulamentos e o objetivo do cliente em conseguir a vitória nas
urnas.
1. Conhecimento da Legislação
Estudo Contínuo: Mantenha-se atualizado sobre a legislação eleitoral,
incluindo as Leis nº 9.504/1997 (Lei das Eleições) e as resoluções do TSE.
Workshops e Seminários: Participe de eventos educacionais sobre direito
eleitoral.
Compreensão do Art. 73: Esteja ciente das restrições impostas pelo Art. 73 da
Lei das Eleições.
Evite Uso de Recursos Públicos: Não utilize bens ou serviços públicos para fins
de campanha.
6. Arrecadação de Recursos
8. Monitoramento e Compliance
9. Equipe
Conclusão
O sucesso nas eleições depende não apenas de uma campanha eficaz, mas também do
estrito cumprimento das regras eleitorais. Candidatos e partidos políticos devem
priorizar a transparência, a ética e a legalidade em todas as suas ações. Ao seguir estas
recomendações, os envolvidos no processo eleitoral podem evitar contratempos legais
e contribuir para a integridade e a legitimidade do processo democrático.
Recomendações Finais
Conclusão
Este capítulo finaliza nosso e-book sobre a pré-campanha no direito eleitoral brasileiro,
destacando a importância crucial do respeito às normas eleitorais. A adesão a essas
regras é fundamental não apenas para a legalidade das campanhas, mas também para
a preservação da integridade e da democracia no processo eleitoral.
Referências