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Sobre o Autor: Leonardo Batista

Perfil Profissional Leonardo de Oliveira Pereira Batista, sócio fundador do Leonardo


Batista Advogados, é um renomado advogado brasileiro, com uma trajetória destacada
no campo do Direito. Inscreveu-se na OAB/GO sob o número 23.188 e na OAB/MG sob
o número 230.231, consolidando-se como uma figura influente no cenário jurídico.

Formação Acadêmica e Profissional Graduado em Direito pela Universidade Salgado


de Oliveira em 2004, Leonardo Batista não se limitou à sua formação inicial. Ele buscou
aprofundamento em diversas áreas do Direito, como demonstram suas
especializações:

 Pós-Graduação em Direito pela PUC/GO.


 Pós-Graduação em Direito Constitucional pela Uni-Anhanguera/LFG.
 Ética e Justiça por Harvard
 Ética pela USP.
 Argumentação Jurídica pela Fundação Getúlio Vargas.
 Licitações e Contratos pelo Tribunal de Contas da União.

Além disso, sua experiência acadêmica inclui a atuação como professor na Pontifícia
Universidade Católica de Goiás (PUC/GO) entre 2010 e 2012.

Experiência em Campanhas Eleitorais Com uma vasta experiência em campanhas


eleitorais, Leonardo Batista atuou em campanhas para Governador, Senador,
Deputado Federal, Deputado Estadual, e em mais de 500 campanhas municipais,
demonstrando sua versatilidade e expertise no Direito Eleitoral. Sua atuação nessas
campanhas destaca sua habilidade em navegar pelas complexidades legais do processo
eleitoral, contribuindo para a condução ética e eficiente dessas importantes iniciativas
políticas.

Contribuições e Reconhecimentos Seu engajamento no meio jurídico vai além da


prática advocatícia. Leonardo Batista ocupou posições de destaque em comissões da
OAB/GO, como a presidência da Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral (Gestão
2019/2021) e da Comissão do Advogado Publicista (Gestão 2013/2015). Também foi
vice-presidente da Comissão de Direito Político e Eleitoral da OAB/GO na gestão de
2013 a 2015.

Como membro associado da Academia Brasileira de Direito do Estado – ABDET, ele


amplia ainda mais sua influência na esfera jurídica nacional.

Publicações e Palestras Leonardo Batista é autor de diversas obras importantes no


campo do Direito Eleitoral, como "Manual das Eleições", "Manual do Legislativo
Municipal" e "Manual das Eleições 2020". Essas publicações refletem seu profundo
conhecimento e experiência na área, sendo referências para estudantes e profissionais
do Direito.

Reconhecimentos e Prêmios Seu trabalho recebeu reconhecimentos significativos,


incluindo homenagens da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, um Diploma de
Honra ao Mérito da Câmara Municipal de Goiânia/GO, e o Selo de Referência Nacional
Advocacia e Justiça pela Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e
Comunicação.

Legado e Impacto A carreira de Leonardo Batista é marcada por um compromisso


inabalável com a justiça, a ética e a excelência no Direito. Seu legado inclui não apenas
suas conquistas profissionais, mas também o impacto que ele tem na formação de
novos advogados e na contribuição para a evolução do sistema jurídico brasileiro.
Como educador, autor e advogado, Leonardo Batista continua a influenciar e moldar o
campo do Direito no Brasil.
Capa
Título: "Pré-Campanha no Direito Eleitoral Brasileiro: Guia para as Eleições 2024"
Subtítulo: "Entendendo as Regras e Evitando Irregularidades"
Imagem: Representação gráfica da democracia brasileira (urna eletrônica, bandeira do
Brasil, etc.)

Sumário

Introdução
o Importância da pré-campanha no contexto eleitoral

1. Marco Legal da Pré-Campanha


o Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997)
o Resoluções e julgados do TSE

2. Atividades Permitidas na Pré-Campanha


o Menção à candidatura e exaltação de qualidades pessoais
o Participação em entrevistas e debates
o Realização de encontros, seminários e congressos
o Prévias partidárias e divulgação de nomes
o Impulsionamento de conteúdo na internet

3. Proibições e Limitações
o Publicidade por meio de outdoors
o Transmissão ao vivo de prévias partidárias
o Utilização de propaganda partidária
o Restrições em shows e eventos artísticos

4. Gastos na pré-campanha: Evitando Caixa 2 e Abuso de Poder Econômico


o Entendendo o Caixa 2
o Abuso de Poder Econômico
o Limites de Gastos na Pré-Campanha
o Doações e Financiamento
o Cuidados na Arrecadação de Fundos
o Monitoramento e Controle Interno
o Consequências Legais

5. Pedido de voto na pré-campanha segundo novo entendimento do TSE.


“Palavras mágicas” superadas pela análise do “contexto da obra”.
o Definição e exemplos
o Interpretação do critério das "palavras mágicas" pelo TSE
o Análise de caso recente

6. Recomendações Práticas
o Para candidatos e partidos políticos
o Para eleitores e a sociedade civil

7. Conclusão
o A importância do respeito às normas eleitorais
o Impacto na democracia e na legitimidade das eleições

8. Referências
o Legislação citada
o Jurisprudência relevante
Introdução
Importância da pré-campanha no contexto eleitoral

A pré-campanha é uma fase crucial no contexto eleitoral, especialmente no sistema


político brasileiro. Embora muitas vezes seja menos visível ao público em geral do que
a campanha eleitoral oficial, a pré-campanha tem implicações significativas tanto para
os candidatos quanto para os eleitores. Vamos discutir sua importância em diferentes
aspectos:

1. Definição de Estratégias e Posicionamentos: Durante a pré-campanha, os


candidatos e partidos políticos têm a oportunidade de definir suas estratégias
eleitorais, incluindo a escolha de temas de campanha, a formação de alianças políticas
e a definição de estratégias de comunicação. Este período permite que eles
estabeleçam suas plataformas e mensagens centrais, que serão fundamentais na fase
oficial da campanha.

2. Construção de Imagem e Reconhecimento: A pré-campanha é um momento


para os pré-candidatos construírem e solidificarem sua imagem pública. Através de
entrevistas, debates, e presença nas redes sociais, eles podem aumentar o
reconhecimento de seu nome e suas propostas junto ao eleitorado. Este período é
particularmente importante para novos candidatos que ainda não são bem conhecidos
pelo público.

3. Engajamento com Eleitores e Sociedade Civil: A pré-campanha permite que os


candidatos iniciem um diálogo com os eleitores e com a sociedade civil. Isso pode
incluir a participação em eventos comunitários, encontros com grupos de interesse e
outras atividades que ajudam a entender melhor as necessidades e expectativas dos
eleitores.
4. Teste de Recepção Pública: As reações do público às ideias e propostas dos
pré-candidatos durante a pré-campanha fornecem feedback valioso. Isso permite que
os candidatos ajustem suas mensagens e estratégias antes do início oficial da
campanha, quando as regras se tornam mais rígidas e o escrutínio público aumenta.

5. Cumprimento da Legislação Eleitoral: A pré-campanha é regulamentada pela


legislação eleitoral, que estabelece o que é permitido e o que é proibido durante este
período. O respeito a essas regras é essencial para evitar sanções legais, como multas
ou até a inelegibilidade. Isso enfatiza a importância de uma compreensão clara da
legislação por parte dos candidatos e partidos.

6. Preparação para a Campanha Oficial: Finalmente, a pré-campanha serve como


um período de preparação para a intensa atividade da campanha oficial. Durante este
tempo, as equipes de campanha podem ser organizadas, voluntários recrutados, e
recursos financeiros e materiais coletados e alocados.

Em resumo, a pré-campanha é um período estratégico que desempenha um papel


fundamental no sucesso ou fracasso de uma campanha eleitoral. Ela oferece uma
janela para os candidatos se posicionarem, ganharem visibilidade, testarem suas
mensagens, e se prepararem para as exigências da campanha oficial, sempre dentro
dos limites estabelecidos pela legislação eleitoral.
Capítulo 1
Fundamento Legal da Pré-Campanha

 Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997):

Art. 36-A. Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam
pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades
pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios
de comunicação social, inclusive via internet: (Redação dada pela Lei nº
13.165, de 2015)
I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas,
programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a
exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de
televisão o dever de conferir tratamento isonômico; (Redação dada pela Lei
nº 12.891, de 2013)
II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a
expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais,
discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias visando às
eleições, podendo tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação
intrapartidária; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
III - a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material
informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a
realização de debates entre os pré-candidatos; (Redação dada pela Lei nº
13.165, de 2015)
IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se
faça pedido de votos; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
V - a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas
redes sociais; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
VI - a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade
civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer
localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias. (Incluído pela
Lei nº 13.165, de 2015
VII - campanha de arrecadação prévia de recursos na modalidade prevista no inciso IV
do § 4o do art. 23 desta Lei. (Incluído dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 1o É vedada a transmissão ao vivo por emissoras de rádio e de televisão das prévias
partidárias, sem prejuízo da cobertura dos meios de comunicação social.
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2o Nas hipóteses dos incisos I a VI do caput, são permitidos o pedido de apoio
político e a divulgação da pré-candidatura, das ações políticas desenvolvidas e das que
se pretende desenvolver. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 3o O disposto no § 2o não se aplica aos profissionais de comunicação social no
exercício da profissão. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

 Resoluções e Julgados do TSE (Recente posicionamento na Representação


0600229-33.2022.6.00.0000)
Capítulo 2
Atividades Permitidas na Pré-Campanha
O que pode na Pré-Campanha

i. Mencionar a Pretensa Candidatura e Exaltar Qualidades Pessoais

De acordo com a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), durante a pré-campanha, é


permitido aos pré-candidatos mencionarem suas possíveis candidaturas e exaltarem
suas qualidades pessoais. Importante destacar que tais menções não devem incluir um
pedido explícito de votos, para não configurarem propaganda eleitoral antecipada.

Sempre use a expressão “PRÉ-CANDIDATO”.

ii. Participação em Entrevistas, Programas, Encontros ou Debates

Pré-candidatos estão autorizados a participar de entrevistas, programas de rádio,


televisão ou internet, e de encontros ou debates. Durante essas aparições, podem
expor projetos políticos, discutir políticas públicas e suas plataformas. No entanto, as
emissoras devem assegurar tratamento isonômico a todos os participantes.

iii. Realização de Encontros, Seminários ou Congressos

Os partidos políticos podem organizar encontros, seminários ou congressos em


ambientes fechados, com despesas pagas pelo partido, para discussão de políticas
públicas, planos de governo ou alianças partidárias. Essas atividades podem ser
divulgadas internamente.
iv. Prévias Partidárias e Divulgação de Nomes

As prévias partidárias são permitidas, assim como a divulgação dos nomes dos filiados
que participarão da disputa eleitoral e a realização de debates internos.

v. Divulgação de Atos de Parlamentares e Posicionamento Pessoal

Os pré-candidatos podem divulgar atos de parlamentares e debater legislações e


posicionamentos pessoais sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais, sem
que isso seja considerado propaganda eleitoral antecipada, desde que não haja pedido
de voto.

vi. Impulsionamento de Conteúdo na Internet

A Resolução nº TSE 23.610 permite o impulsionamento de conteúdo na internet


durante a pré-campanha, desde que respeitado o limite de gastos e sem que haja
pedido explícito de votos.

Cuidado com o valor gasto. Veja o capítulo 4.

vii. Arrecadação de Recursos - Vaquinha virtual" ou crowdfunding

Conforme a Lei das Eleições, a arrecadação de recursos pode ser iniciada a partir de 15
de maio, com a condição de que a liberação desses recursos fique condicionada ao
registro oficial da candidatura.

A "vaquinha virtual", ou crowdfunding eleitoral, é uma modalidade de arrecadação de


fundos para campanhas eleitorais que ganhou popularidade e relevância nos últimos
anos, especialmente com o avanço das tecnologias digitais e mudanças na legislação
eleitoral. Essa prática permite que candidatos e partidos políticos arrecadem recursos
financeiros por meio de plataformas online, contando com o apoio de eleitores e
simpatizantes.

Para realizar a arrecadação, os candidatos e partidos devem utilizar plataformas de


crowdfunding que estejam devidamente cadastradas e autorizadas pelo TSE. Essas
plataformas são responsáveis por garantir a transparência e a legalidade das
transações, incluindo a identificação dos doadores e o cumprimento dos limites de
doação.

Existe um limite para o valor que cada pessoa física pode doar para campanhas
eleitorais via crowdfunding. Esse limite é 10% dos rendimentos brutos do doador no
ano anterior à eleição (artigo 23, parágrafo 1º, da Lei nº 9.504/1997, a Lei das
Eleições).

A transparência é um aspecto crucial do crowdfunding eleitoral. Os candidatos e


partidos são obrigados a manter registros detalhados das doações recebidas e a
declará-las em sua prestação de contas ao TSE. Além disso, as plataformas de
crowdfunding devem fornecer relatórios regulares ao TSE sobre as atividades de
arrecadação.

Os recursos arrecadados via crowdfunding podem ser utilizados para diversas despesas
de campanha, como material publicitário, aluguel de espaços para comícios,
pagamento de pessoal, entre outros.

Se o registro da candidatura não for efetivado, os valores arrecadados devem ser


devolvidos aos doadores ou transferidos para o partido político

viii. Eventos para Arrecadação de Recursos

É permitida a realização de eventos específicos para arrecadar recursos para a


campanha, incluindo shows virtuais (lives), desde que não haja pedido de votos.
Profissionais da classe artística que são candidatos podem realizar suas atividades
profissionais, desde que não promovam suas candidaturas nesses eventos.

ix. Uso de adesivos

Segundo o TSE, é permitido o uso de adesivos em automóveis com o slogan do pré–


candidato, desde que não haja pedido explícito de voto. (TSE - REspEl: 060004918
IBIMIRIM - PE, Relator: Min. Benedito Gonçalves, Data de Julgamento: 10/02/2022,
Data de Publicação: 09/03/2022)

O caso apreciado pelo Tribunal tratou de propaganda extemporânea do pré–candidato


ao cargo de prefeito de Ibimirim/PE em 2020, que usava adesivo em veículo com o
slogan “#segue o líder”, nas cores do partido, sem "número ou nome do pré–
candidato", e por essas razões afastou a multa de R$ 10.000,00.

Para o TSE, o ilícito de propaganda antecipada pressupõe a existência de pedido


explícito de votos (veja capítulo 5) ou, de outro, quando ausente esse requisito,
manifestação de cunho eleitoral mediante uso de formas que são proibidas no período
de campanha ou afronta à paridade de armas.

Quer usar adesivo na pré-campanha? Então faça isso com seu slogan:

 Não faça pedido de voto;


 Não use as expressões “palavras mágicas” descritas no capítulo 5;
 Não use o número do partido
 Não use o nome do candidato.
 Cuidado com os gastos com esse material (leia o capítulo 4)

Conclusão

O período da pré-campanha oferece uma oportunidade única para os pré-candidatos


se posicionarem, divulgarem suas ideias e propostas, e se engajarem com o eleitorado,
sempre dentro dos limites estabelecidos pela legislação eleitoral.

É crucial que os pré-candidatos e partidos políticos estejam cientes dessas regras para
evitar penalidades e garantir uma competição justa e transparente. A observância
dessas normas contribui para a integridade do processo eleitoral e reforça os
princípios democráticos.

Este capítulo, ao detalhar as atividades permitidas na pré-campanha, busca


proporcionar um entendimento claro das ações que podem ser realizadas neste
período crucial, garantindo que pré-candidatos e partidos possam se preparar
eficazmente para a campanha eleitoral oficial, respeitando as diretrizes legais.
Capítulo 3
Proibições e Limitações
O que não pode fazer na Pré-campanha

Essa é a regra máxima: o que não pode ser feito na campanha, não pode ser feito na
pré-campanha.

A legislação eleitoral brasileira estabelece uma série de proibições e limitações para as


atividades dos pré-candidatos e partidos políticos. Este capítulo tem como objetivo
esclarecer quais são essas restrições para ajudar a evitar a prática de atos ilícitos que
podem levar a sanções legais.

i. Publicidade por Meio de Outdoors

Conforme a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), é expressamente proibido o uso de


outdoors, incluindo os eletrônicos, tanto na pré-campanha quanto durante o período
oficial de campanha. A violação desta regra pode resultar em multas significativas e na
obrigação de remover a propaganda irregular.

ii. Transmissão ao Vivo de Prévias Partidárias


A legislação proíbe emissoras de rádio e televisão de transmitirem ao vivo as prévias
partidárias. No entanto, isso não impede a cobertura jornalística desses eventos pelos
meios de comunicação.

iii. Utilização de Propaganda Partidária

O uso do tempo de propaganda partidária em rádio e televisão para promover pré-


candidaturas, mesmo sem um pedido explícito de voto, é considerado propaganda
eleitoral antecipada e, portanto, proibido. Tal prática pode acarretar em penalidades
como multas e a perda do tempo de propaganda.

iv. Restrições em Shows e Eventos Artísticos

A legislação eleitoral proíbe a realização de showmícios e de eventos semelhantes para


promoção de candidaturas. A única exceção é para shows virtuais (lives) e eventos
especificamente organizados para arrecadação de recursos, desde que não haja
pedido explícito de votos.

v. Pedido Explícito de Votos

Qualquer ato que constitua um pedido explícito de votos é terminantemente proibido


durante a pré-campanha. Isso inclui o uso de expressões como "vote em mim", "apoie
minha candidatura" ou similares, seja em discursos, materiais de propaganda, ou nas
redes sociais.

Detalharei o novo entendimento do Tribunal Superior Eleitoral sobre esse tema no


Capítulo 5.

vi. Impulsionamento de Conteúdo com Pedido de Voto

Embora o impulsionamento de conteúdo na internet seja permitido, ele não deve


conter pedido explícito de votos. Além disso, o impulsionamento não deve ser feito de
forma massiva, respeitando o limite de gastos e as regras estabelecidas por Resolução
do TSE.

vii. Uso Indevido de Bens Públicos


Os pré-candidatos devem evitar o uso indevido de bens públicos para promoção de
suas candidaturas. Isso inclui a utilização de instalações públicas, veículos oficiais e
outros recursos do Estado para fins eleitorais.

viii. Condutas Vedadas aos Agentes Públicos

O art. 73 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) estabelece uma série de condutas
vedadas aos agentes públicos em ano eleitoral, visando evitar o uso da máquina
pública em benefício de determinadas candidaturas. Vejamos cada inciso:

Inciso I - Cessão ou Uso de Bens Públicos


 Proibição: É vedada a cessão ou uso, em benefício de candidato, partido
político ou coligação, de bens móveis ou imóveis pertencentes à administração
pública direta ou indireta.
 Exceções: Não se aplica a casos de uso comum do povo, desde que igualmente
acessível a todos os candidatos.
 Sanções: Multas e outras penalidades eleitorais, incluindo a possibilidade de
inelegibilidade.

Inciso II - Uso de Materiais ou Serviços Públicos


 Proibição: Proíbe a utilização de materiais ou serviços públicos em benefício de
candidato, partido ou coligação.
 Sanções: A infração pode acarretar multa e, em alguns casos, a cassação do
registro ou do diploma.

Inciso III - Cessão de Servidores Públicos


 Proibição: Vedação da cessão ou uso de servidores públicos para comitês de
campanha eleitoral durante o horário de expediente normal.
 Sanções: Penalidades podem incluir multa e cassação do registro ou diploma.

Inciso IV - Distribuição de Bens, Valores ou Benefícios


 Proibição: proíbe que agentes públicos distribuam gratuitamente bens, valores
ou benefícios em ano de eleição.
 Exceções:
Programas Sociais: A distribuição de benefícios é permitida quando se trata de
programas sociais que já estavam em execução orçamentária no ano anterior
às eleições e que são executados por meio de programas oficiais e objetivos.
Calamidade Pública ou Estado de Emergência: Em situações de calamidade
pública ou estado de emergência, a distribuição de bens, valores ou benefícios
é permitida para atender às necessidades da população afetada
 Sanções: multas, cassação do registro ou do diploma e inelegibilidade.

Inciso V - Nomeações, Contratações, Demissões e Transferências


 Proibição: Proíbe nomeações, contratações, demissões sem justa causa,
remoções ou transferências de servidores públicos no período de três meses
antes da eleição até a posse dos eleitos.
 Exceções: Nomeações ou exonerações de cargos de confiança e nomeações
para cargos resultantes de concursos públicos homologados antes do período
vedado.
 Sanções: Multa e anulação dos atos praticados.

Inciso VI - Revisão Geral da Remuneração dos Servidores


 Proibição: Vedação da revisão geral da remuneração dos servidores públicos no
período de 180 dias antes da eleição até a posse dos eleitos.
 Sanções: Penalidades podem incluir multa e cassação do registro ou diploma.

Inciso VII - Transferências Voluntárias de Recursos


 Proibição: Restringe a transferência voluntária de recursos da União aos
Estados e municípios e destes aos municípios, exceto para cumprimento de
obrigação formal preexistente ou para atender a situações emergenciais.
 Sanções: Incluem multa e possibilidade de cassação do registro ou diploma.

Inciso VIII - Publicidade Institucional


 Proibição: Proíbe a realização de publicidade institucional dos atos, programas,
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos ou da administração indireta
no trimestre anterior à eleição.
 Exceções: Casos de grave e urgente necessidade pública.
 Sanções: Multa e outras penalidades eleitorais.

Inciso IX - Shows ou Eventos Semelhantes para Promoção de Candidatos


 Proibição: Vedada a realização de showmícios e de eventos similares para
promover candidatos, partidos políticos ou coligação.
 Sanções: Multa e a possibilidade de cassação do registro ou diploma.
Inciso X - Entrega de Obras Públicas
 Proibição: Proíbe a entrega de obras públicas nos três meses anteriores à
eleição, bem como a inauguração de obras com a presença de candidatos,
membros de partidos, ou agentes públicos.
 Exceções: Obras cuja paralisação possa causar prejuízo à comunidade.
 Sanções: Multa e cassação do registro ou diploma.

Inciso XI - Distribuição Gratuita de Bens ou Benefícios por Parte da Administração


Pública
 Proibição: Vedada a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por
parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade pública,
estado de emergência ou programas sociais autorizados em lei e já em
execução orçamentária no ano anterior.
 Sanções: Multa e a possibilidade de cassação do registro ou diploma.

ix. Uso de adesivos com pedido de voto e número do partido

Como vimos no Capítulo 2, não pode ser usado adesivo com pedido explícito de voto,
uso de expressões descritas no capítulo 5, número ou nome do pré–candidato.

Conclusão

A observância das proibições e limitações estabelecidas pela legislação eleitoral é


fundamental para a integridade do processo eleitoral. O não cumprimento dessas
normas pode levar a consequências legais graves, incluindo a inelegibilidade e a
invalidação de votos. Portanto, é essencial que pré-candidatos, partidos políticos e
agentes públicos estejam plenamente informados e conscientes dessas regras, agindo
com responsabilidade e ética durante o período pré-eleitoral.

Este capítulo procura oferecer um guia claro sobre o que não é permitido na fase de
pré-campanha, visando a promoção de um ambiente eleitoral justo e equitativo.
A aderência a estas normas não só protege os candidatos de possíveis penalidades
legais, mas também reforça a confiança do eleitorado no processo democrático.

Capítulo 4
Gastos na pré-campanha: Evitando Caixa 2 e Abuso de Poder Econômico

Cuidado com o valor que será gasto na pré-campanha, pois pode configurar abuso de
poder econômico e, caso eleito, ter o mandato cassado.

Lembre-se que a senadora Selma Arruda, conhecida como 'Moro de Saias', eleita em
2018, foi cassada, pois na pré-campanha ela recebeu um empréstimo de seu suplente,
o fazendeiro Gilberto Possamai, no valor de R$ 1,5 milhão, e tal montante não foi
informado à Justiça Eleitoral. Ela utilizou esse recurso para contratar empresas de
pesquisas e de marketing antes do início da campanha formal, sendo condenada por
"caixa 2" e abuso de poder econômico.

Por essa razão a gestão financeira durante a pré-campanha é uma questão crítica no
contexto eleitoral. Exceder os limites de gastos ou incorrer em práticas irregulares,
como o caixa 2, pode ter sérias consequências legais, incluindo multas, inelegibilidade
e até a cassação do mandato, caso o candidato seja eleito. Este capítulo visa orientar
sobre como gerir de forma responsável os gastos na pré-campanha para evitar esses
riscos.

1. Entendendo o Caixa 2

 Definição: Caixa 2 refere-se à prática de manter recursos financeiros ou bens


fora da contabilidade oficial da campanha. Isso inclui receitas e despesas não
declaradas à Justiça Eleitoral.
 Riscos: Essa prática constitui uma violação grave da legislação eleitoral,
podendo levar a sanções severas como multas, inelegibilidade e a cassação do
diploma.

2. Abuso de Poder Econômico

 Definição: Consiste no uso excessivo de recursos financeiros para influenciar o


resultado das eleições, desequilibrando a disputa.
 Consequências: O abuso de poder econômico pode resultar em ações judiciais
e sanções, incluindo a inelegibilidade e a perda do mandato.

3. Limites de Gastos na Pré-Campanha

 Regulação: A legislação eleitoral brasileira estabelece limites para os gastos de


campanha. Durante a pré-campanha, embora não haja um teto específico, os
gastos devem ser razoáveis e justificáveis.
 Transparência: Todos os gastos devem ser devidamente registrados e
reportados à Justiça Eleitoral, conforme as normas estabelecidas.

4. Doações e Financiamento

 Fontes Legítimas: As doações devem ser feitas exclusivamente por fontes


permitidas pela legislação e dentro dos limites estabelecidos.
 Prestação de Contas: É fundamental manter um registro detalhado e
transparente das doações recebidas e dos gastos realizados.

5. Cuidados na Arrecadação de Fundos

 Vaquinha Virtual: Utilizar apenas plataformas autorizadas para crowdfunding


com registro no TSE.
 Origem dos Recursos: Verificar a origem dos recursos para evitar doações de
fontes proibidas.
6. Monitoramento e Controle Interno

 Equipe Responsável: Ter uma equipe dedicada para monitorar os gastos e


assegurar a aderência às normas eleitorais.
 Auditoria: Considerar auditorias periódicas para revisar as finanças e garantir
transparência.

7. Consequências Legais

 Multas e Sanções: A violação das normas pode resultar em multas elevadas e


outras sanções administrativas.
 Inelegibilidade e Cassação: Em casos mais graves, como o caixa 2 ou abuso de
poder econômico, o candidato pode se tornar inelegível ou, se eleito, ter o
mandato cassado.

Conclusão

A gestão prudente dos recursos na pré-campanha é vital para a integridade do


processo eleitoral. Os candidatos devem agir com total transparência e
responsabilidade, respeitando os limites e normas estabelecidos pela legislação. O
cumprimento destas regras não só assegura a conformidade legal, mas também
fortalece a confiança do eleitorado na candidatura e no processo democrático como
um todo.

Capítulo 5
Pedido de voto na pré-campanha segundo novo entendimento do TSE. “Palavras
mágicas” superadas pela análise do “contexto da obra”

Sempre se discutiu, desde às Eleições de 2016, sobre quais palavras ou expressões


configurariam pedido explícito/expresso de votos.

Em razão disso, coube ao TSE, em todos esses anos, definir o liame entre o que era
permitido falar e o que era proibido.

Assim, surgiu o termo "palavras mágicas" no contexto das decisões do Tribunal


Superior Eleitoral (TSE), que se referem a expressões ou termos específicos que,
quando utilizados por pré-candidatos, podem ser interpretados como pedidos
explícitos de voto e, portanto, configurar propaganda eleitoral antecipada. Aqui estão
alguns exemplos dessas expressões, baseados em decisões e interpretações anteriores
do TSE:

 "Vote em mim" ou "Votem em mim": Uma das expressões mais diretas que
indica um pedido explícito de votos.

 "Apoie minha candidatura": Solicitação direta de apoio político que pode ser
interpretada como um pedido de voto.

 "Elejam-me" ou "Elejam (nome do pré-candidato)": Pedido direto aos


eleitores para que votem no pré-candidato.

 "Conto com seu voto": Indica a expectativa de que o eleitor vote no pré-
candidato.

 "Juntos nas urnas": Sugere uma união de esforços para a obtenção de votos na
eleição.

 "Rumo à vitória nas eleições": Expressão que pode ser interpretada como uma
mobilização para a conquista de votos.

Isso mudou, ou melhor, atualizou!

Em um caso significativo julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas Eleições
2022, o presidente Jair Bolsonaro foi condenado por prática de propaganda eleitoral
antecipada. Este caso serve como um exemplo na jurisprudência eleitoral brasileira,
ilustrando a aplicação da interpretação do TSE sobre propaganda eleitoral antecipada
e a análise do "conjunto da obra" ao invés de focar apenas nas "palavras mágicas".
(Representação 0600229-33.2022.6.00.0000).

O julgamento envolveu a participação do presidente Bolsonaro em uma motociata,


seguida de um evento na Assembleia-Geral das Assembleias de Deus, em Cuiabá, no
dia 19 de abril de 2022. Durante este evento, Bolsonaro realizou discursos que foram
interpretados pelo TSE como atos de campanha eleitoral antecipada.

Análise do Conjunto da Obra: O TSE adotou uma abordagem que considerou o


contexto geral do evento, incluindo o conteúdo das falas e o ambiente em que
ocorreram. Esta abordagem representou uma mudança significativa em relação à
antiga prática de focar em "palavras mágicas" específicas, como "vote em mim".

Durante o evento, o presidente fez declarações que foram interpretadas como indícios
de campanha eleitoral antecipada. Ele expressou intenções relacionadas à continuação
de sua missão à frente do governo federal e fez comentários que sugeriam a busca de
apoio.

O TSE entendeu que as circunstâncias e o conteúdo das falas do presidente


configuravam propaganda eleitoral antecipada, resultando em sua condenação. A
decisão foi baseada na interpretação de que o conjunto das ações e falas durante o
evento constituía um apelo implícito ao voto.

O caso reforçou a posição do TSE de que não é apenas o uso de expressões explícitas
de pedido de voto que configura propaganda eleitoral antecipada. A análise contextual
e a consideração do "conjunto da obra" são essenciais para determinar se uma ação ou
declaração se enquadra nessa categoria.

Este caso é um exemplo significativo de como as ações e declarações de pré-


candidatos, especialmente em posições de alta visibilidade, são rigorosamente
examinadas pelo TSE. Ele serve como um lembrete importante para todos os pré-
candidatos sobre a necessidade de cautela e conformidade com as regras eleitorais
durante a pré-campanha.

A análise deste caso pelo TSE demonstra a importância de uma abordagem cuidadosa
na pré-campanha, enfatizando que a propaganda eleitoral antecipada não se limita a
expressões explícitas de pedido de votos, mas abrange o contexto geral das ações e
comunicações dos pré-candidatos.

A análise contextualizada permite ao TSE uma avaliação mais abrangente, levando em


consideração o ambiente, as circunstâncias e o teor das falas e atos do pré-candidato,
além das palavras específicas usadas.
Capítulo 6
Recomendações Práticas

Ao longo desses 19 anos como advogado, pude navegar com sucesso e insucessos pelo
complexo terreno do direito eleitoral brasileiro, pois requer uma compreensão
detalhada das regras, regulamentos e o objetivo do cliente em conseguir a vitória nas
urnas.

Assim, este capítulo fornece recomendações práticas, simples e objetivas para


candidatos, ajudando-os a conduzir suas pré-campanhas e campanhas de maneira
eficaz e legal.

1. Conhecimento da Legislação
 Estudo Contínuo: Mantenha-se atualizado sobre a legislação eleitoral,
incluindo as Leis nº 9.504/1997 (Lei das Eleições) e as resoluções do TSE.
 Workshops e Seminários: Participe de eventos educacionais sobre direito
eleitoral.

2. Gestão Transparente de Recursos

 Contabilidade Rigorosa: Mantenha registros detalhados de todas as receitas e


despesas.
 Evite o Caixa 2: Nunca recorra a recursos não declarados ou práticas
financeiras ilícitas.
 Limites de Gastos: Respeite os limites de gastos estabelecidos para campanhas.

3. Atenção às Condutas Vedadas

 Compreensão do Art. 73: Esteja ciente das restrições impostas pelo Art. 73 da
Lei das Eleições.
 Evite Uso de Recursos Públicos: Não utilize bens ou serviços públicos para fins
de campanha.

4. Cuidado com a Propaganda Eleitoral Antecipada

 Evite Pedidos de Voto Explícitos: Esteja atento ao conteúdo das suas


comunicações.
 Contexto da Obra: Considere o contexto geral de suas ações e declarações.
5. Preparação para a Campanha Oficial

 Estratégia de Comunicação: Desenvolva uma estratégia de comunicação que


respeite as normas eleitorais.
 Material de Campanha: Prepare materiais de campanha que estejam em
conformidade com a legislação.

6. Arrecadação de Recursos

 Transparência nas Doações: Garanta a legalidade e a transparência de todas as


doações recebidas.
 Crowdfunding: Utilize apenas plataformas de crowdfunding autorizadas pelo
TSE.
7. Treinamento de Equipes

 Capacitação: Certifique-se de que sua equipe esteja bem informada sobre as


leis e práticas eleitorais.
 Responsabilidades Claras: Atribua claramente as responsabilidades
relacionadas à conformidade legal.

8. Monitoramento e Compliance

 Auditorias Regulares: Realize auditorias periódicas para garantir a aderência às


normas eleitorais.
 Consultoria Jurídica: Tenha acesso a consultoria jurídica especializada em
direito eleitoral.

9. Equipe

 Jurídico: Contrate um advogado especializado e experiente.


 Contábil: Contrate um contador especializado e experiente.
 Marketing/publicidade: Contrate profissionais com experiência em marketing
digital e impulsionamento, realizando vídeos com engajamento e post
estáticos.
 Coordenador: Tenha um profissional que auxilie na montagem da estratégia
política.

Conclusão
O sucesso nas eleições depende não apenas de uma campanha eficaz, mas também do
estrito cumprimento das regras eleitorais. Candidatos e partidos políticos devem
priorizar a transparência, a ética e a legalidade em todas as suas ações. Ao seguir estas
recomendações, os envolvidos no processo eleitoral podem evitar contratempos legais
e contribuir para a integridade e a legitimidade do processo democrático.

Recomendações Finais

 Comunicação Aberta: Mantenha um diálogo aberto e honesto com eleitores


sobre as práticas de campanha.
 Prevenção de Conflitos: Evite ações que possam ser interpretadas como
manipulação ou influência indevida no processo eleitoral.
 Resposta a Questionamentos: Esteja preparado para responder a
questionamentos legais ou da mídia de maneira transparente e rápida.
Este capítulo é essencial para orientar candidatos e partidos políticos na navegação
segura e responsável pelo complexo ambiente eleitoral, garantindo que suas ações
estejam em conformidade com as normas legais e éticas e contribuindo para a
manutenção de um processo eleitoral justo e democrático.

Conclusão

Este capítulo finaliza nosso e-book sobre a pré-campanha no direito eleitoral brasileiro,
destacando a importância crucial do respeito às normas eleitorais. A adesão a essas
regras é fundamental não apenas para a legalidade das campanhas, mas também para
a preservação da integridade e da democracia no processo eleitoral.

1. A Importância da Legalidade na Pré-Campanha


 Legitimidade do Processo Eleitoral: O cumprimento das leis eleitorais assegura
a igualdade de oportunidades entre todos os candidatos e mantém a confiança
pública no processo eleitoral.
 Prevenção de Sanções Legais: A observância das normas evita sanções, como
multas, inelegibilidade e a cassação do mandato.

2. Contribuição para um Ambiente Eleitoral Justo

 Equidade na Competição: Respeitar as regras eleitorais promove uma


competição justa entre todos os candidatos, essencial para a escolha
democrática.
 Transparência e Confiança: A transparência nas ações e comunicações
fortalece a confiança dos eleitores no sistema eleitoral.

3. Responsabilidade dos Candidatos e Partidos

 Educação e Conscientização: Candidatos e partidos devem se esforçar para


entender completamente a legislação eleitoral e suas implicações.
 Exemplo para a Sociedade: Como figuras públicas, os candidatos têm a
responsabilidade de dar o exemplo, conduzindo suas campanhas de maneira
ética e legal.

4. O Papel da Sociedade Civil e das Instituições

 Vigilância e Denúncia: A sociedade civil deve permanecer vigilante e ativa no


reporte de quaisquer violações das normas eleitorais.
 Fortalecimento das Instituições: Instituições como o TSE desempenham um
papel crucial na manutenção da ordem e justiça eleitorais.

5. Desafios e Perspectivas Futuras

 Adaptação às Novas Realidades: As leis eleitorais devem continuar evoluindo


para abordar desafios emergentes, como a influência das mídias sociais e as
novas formas de comunicação política.
 Educação Continuada em Direito Eleitoral: A educação constante é essencial
para adaptar-se às mudanças legislativas e tecnológicas.
O respeito às normas eleitorais é um pilar fundamental para as eleições democráticas.
Ele assegura não apenas a legalidade e a legitimidade do processo eleitoral, mas
também fortalece as bases da democracia, promovendo um ambiente de competição
justa e equilibrada. Candidatos, partidos políticos, instituições e cidadãos devem
trabalhar juntos para garantir a integridade e a eficácia do sistema eleitoral brasileiro.
Este capítulo conclui o e-book sobre pré-campanha no direito eleitoral brasileiro,
reforçando a importância da adesão às normas eleitorais para uma democracia
robusta e saudável. A conscientização e o compromisso com a legalidade são
essenciais para todos os envolvidos no processo eleitoral.

Referências

o Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997)


o Resoluções e julgados do TSE

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