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Aula 01 – 02/08/2022

José Jairo gomes – Direito Eleitoral

Introdução

Conceito: É o ramo do direito público que tem por objeto de estudo as normas jurídicas que
disciplinam o exercício do Direito de sufrágio (votar e ser votado) bem como a organização,
realização e fiscalização das eleições, plebiscitos e referendos.

Fontes:

1 - CF 14 a 17,

2 – Lei Federal (Só a união pode legislar sobre direito eleitoral) tanto ordinária 4737/65 –
código eleitoral, lei 9096/95, lei 9504/97 como complementar ex: 64/90 lei das
inelegibilidades, lei 135/2010 lei da ficha limpa modificou a lei das inelegibilidades.

3 – Jurisprudência principalmente ao tribunal superior eleitoral

4 – Resoluções do TSE. – Resoluções são especificações e detalhes que a lei não trás por ser
mais genérico.

Princípios do Direito Eleitoral

Princípio da lisura das eleições: Eleições limpas e honestas.

Princípio da Moralidade: Art 14, $9 - CF

Art 16 CF - Princípio da anualidade da lei que altere o processo eleitoral: A lei que altera o
processo eleitoral só poderá entrar em vigor se entrar 1 ano antes. (Não precisa ser lei eleitoral
QUALQUER LEI QUE ALTERE O PROCESSO ELEITORAL).

O congresso pode legislar sobre processo eleitoral na véspera da eleição porém aquela lei não
terá poder de alterar o processo nesse prazo de um ano.

Princípio da irrecorribilidade das deciões do T.S.E

‘’Não existe recurso específico do TSE para o supremo em matéria eleitoral bem como que
as decisões do TSE somente são recorríveis quando afrontem a constituição ou quando
deneguem mandado de segurança ou habeas corpus’’.

As decisões do TSE são irrecorríveis salvo se o TSE nesse acordão afrontar a constituição ai
caberá recurso extraordinário alegando a violação da constituição e não discussão do direito
subjetivo.

E decisões que deneguem de habeas corpus e mandato de segurança


04/08/2022 Aula 02

Introdução: Sistemas de organização e realização de eleições

1.1 Sistema de verificação de poderes

Sistema adotado na Inglaterra e em suas ex colonias por exemplo no Brasil no tempo do


império. Onde em vez de confiar a realização da eleições no judiciário entrega isso ao
parlamento. O poder legislativo que organiza, fiscaliza e realiza as eleições.

1.2 Sistema de comissões mistas

Comissões compostas por integrantes da sociedade civil de acordo com a lei local por tempo
que ela determinar que tem função de organizar, fiscalizar e realizar as eleições. Ex: EUA,
Rússia. Tirando assim essa tarefa dos 3 poderes: Legislativo, executivo e judiciário. Que hoje é
o mais adotado.

1.3 Sistema Jurisdicional

A função é exercida por juízes que desempenham funções eleitorais.

2 Organização da justiça eleitoral Brasileira


2.1 Ausência de carreira própria

Não existe carreira de juiz eleitoral é um exercício sempre transitório. O Juiz de direito da
comarca x se torna o juiz eleitoral da determinada comarca. (Juiz de direito comum). Se for
uma comarca com mais de um juiz será rotativo não se repetindo até que todos tenham
exercido.

2.2 Composição hibrida

Recruta 2 desembargadores e 2 juizes de direito, 2 advogados e 1 da magistratura federal.

2.3 Transitoriedade dos exercícios das funções

O Juiz eleitoral exercerá por 2 anos outro assumira na próxima eleição. Os advogados
exerceram por 2 anos e ficaram mais 2 sem poder advogar no eleitoral.

3 Divisão Territorial
Circunscrição Eleitoral – Território em que se realizarão as eleições. Só vota e é votado
quem é alistado nessa circunscrição. A Circunscrição se subdivide em zonas.
Zonas Eleitoral – Semelhante a comarca do juiz de direito sendo que pro Juiz Eleitoral
Seção Eleitoral – As zonas se dividem em seções em princípio de 400 eleitores podendo
variar.
4 Composição dos Tribunais Eleitores

28, sendo 27 TRE e 1 TSE onde todos são compostos por 7 julgadores.

São juízes para todos os efeitos, e estão sob efeitos das regras de suspeição etc...

5 Competência da justiça eleitoral

É absoluta pois não existe competência relativa na justiça eleitoral. Matéria, pessoa, função e
lugar são todos absolutos na justiça eleitoral e violar qualquer regra de competência eleitoral
implicará em imunidade absoluta.
09/08/2022 Aula 03

TSE – Competência absoluta tendo o dever de declarar de ofício quando observar uma
situação. A competência absoluta não preclui podendo ser alegada a qualquer tempo no
processo inclusive em até 2 anos após o trânsito em julgado em ação rescisória.

Consulta Eleitoral – TSE

Determinadas autoridades (Senadores, deputados...) de níveis nacionais e diretórios nacionais


podem peticionar ao tse e formular consulta eleitoral sempre em tese nunca a um caso
específico.

Ex: 2006 logo após as eleições sujeito toma posse e logo depois muda de partido. Um partido
que perdeu 26 deputados formulou uma consulta ao TSE, a quem pertence o mandato ao
partido ou parlamentar? E se for ao parlamentar em que situações ele poderá sair do partido
logo após eleito?

O mandato pertence ao candidato e perde o mandato o eleito que sair sem causa justa.

Grave discriminação pessoal no partido, partido mudar de orientação (socialista -> capitalista).

O TSE decidiu que esses 26 teriam perdido o mandato. Sendo que a consulta eleitoral não cria
vincula podendo ele esclarecer de uma forma e decidir de outra. Não gera vinculo da decisão a
aplicação.

Sistemas Eleitorais

Sistema Majoritário – Elege-se o mais votado. O Brasil é Hibrido pois adota tanto o majoritário
como o proporcional.

Majoritário – Executivo e Senado Federal (Presidente, governador, prefeito e senado)

Podendo existir maioria absoluta ou relativa (O Brasil adota as duas formas)

a) Majoritário Absoluto = 50% dos votos +1 -> Presidencial, Governador, Prefeitos


municipais de municípios de mais de 200mil ELEITORES.
b) Majoritário Relativa = com menos de 200mil = Elege-se aquele que tem mais voto ex:
a 27 b 29 c 31 d 13 c é eleito. Se tiver mais de 200mil B e C iriam para segundo turno.

Sistema Proporcional – Aplica-se a Deputado Federal, Estadual e Vereador.

Voto Válido: Consideram-se válidos os votos que restarem depois de descartados os votos em
branco e os votos nulos.

Voto branco e nulo -> Não são aproveitados para nada. CF – 77 $2º

1º Como calcular quociente eleitoral: Total de votos válidos dividido pelo número de vagas a
serem preenchidas.

Ex: Votos válidos 5.123,464


Vagas: 50
QE: 102.469 (nº de votos necessário para eleger um deputado).

Quociente partidário = Número de votos recebidos do partido em questão dividido pelo


quociente eleitoral calculado anteriormente. (Sempre desprezam-se as frações)
Que responde quantas vagas o partido tem.

Havendo vagas remanescentes estas serão distribuídas uma a uma mediante técnica da maior
média: Divide-se o total de votos cada partido pelo nº de vagas conquistadas por cada partido
+ 1 chegando-se a média de cada partido onde a vaga é atribuída a maior média. Repete-se o
procedimento para cada uma das vagas tendo o cuidado de adicionar a vaga do partido
ganhador na conta.

*Regrinha: Primeiro se da a vaga ao partido e se soma o número de vagas para novo calculo
das medias e só depois de todas distribuídas é que verifica-se se ele realmente ficará com a
vaga pela questão dos 10% dos votos se ele tem ou se outros tem.

*Não se considerará eleito mesmo que arrastado o candidato cujo a votação seja inferior a
10% do quociente eleitoral a não ser que nem um dos candidatos dos partidos tenha atingido
esse % onde serão escolhidos os mais votados.

Aula 04 11/08/2022 -> Exercícios de Quocientes Eleitoral Solicitar

Passo a passo para calcular o quociente.

1. Determinar o número de votos validos / vagas = Quociente Eleitoral


2. Calcular o quociente eleitoral
3. Calcular o quociente partidário = Votos do partido / Quociente Eleitoral
4. Distribuir as vagas remanescente -> (Técnica da Maior média para definir essas vagas
remanescentes).

Sistema proporcional – permitir que as maiorias se manifestem e escolham seus


representantes. (Vereadores, assembleias estaduais e câmara federal) – Leg, municipal,
estadual e federal em parte.

Exercício da Técnica da Maior Média

Em uma eleição o total de votos validos é de 5.123.464 (Já foram descartado brancos/nulos),
nº de vagas 50. Tendo 4 partidos onde A teve 2.131.223 votos / B teve 1.634.000 /C teve
1.256349 / D teve 101.642.

5.123.464/50 = 102.469 -> Quociente Eleitoral

Logo 10.246 votos é o mínimo dos arrastados = 10% do QE

Quociente partidário A = 2.131.223/102.469 = 20,79 (20 vagas)


Quociente Partidário B = 1.634,00/102.469 = 15,90 (15 vagas)
Quociente Partidário C = 1.256.349/ idem = 12
Quociente Partidário D = 101.642 / 102.469 = supostamente 0 vagas.
20 + 15 + 12 = 47 logo temos ainda 3 vagas restantes.

Entretanto das 50 vagas ainda sobraram 3 devidos os arredondamentos.

Disputa das 3 Vagas

A -> 2.131.223 / 20 + 1 = 101.486 (Média do partido A)


B -> 1.634.000/ 15 + 1 = 102.125 (Média do partido B) Primeira Cadeira é do B Media Maior e
o cálculo é feito novamente com a adição de + 1 cadeira para o vencedor da última rodada.
C -> 1.256.349/ 12+1 = 96.642 (Média do Partido C)
D -> 101.642 / 0 + 1 = 101.642 (Média do Partido D)

Segunda Rodada

A -> 2.131.223 / 20 + 1 = 101.486 (Média do partido A)


B -> 1.634.000/ 16 + 1 = 96,117 (Média do partido B).
C -> 1.256.349/ 12+1 = 96.642 (Média do Partido C)
D -> 101.642 / 0 + 1 = 101.642 (Média do Partido D) Ganhou a segunda vaga

Terceira Rodada

A -> 2.131.223 / 20 + 1 = 101.486 (Média do partido A) Ganhou terceira vaga


B -> 1.634.000/ 16 + 1 = 96,117 (Média do partido B).
C -> 1.256.349/ 12+1 = 96.642 (Média do Partido C)
D -> 101.642 / 1 + 1 = 50.815 (Média do Partido D)

Os partidos que receberam as vagas pode selecionar um candidato que tenha menos de 10%
das vagas.

*E se o partido que ganhou a cadeira não tenha um candidato com + de 10% das vagas? Ele
será concedido para o partido com maior media em sequência que tem um candidato com o
mínimo dos 10% do quociente eleitoral. Entretanto se a vaga sobrar e nem um dos partidos
tiver candidatos com + de 10% do QUOCIENTE ELETORAL será selecionado os candidatos mais
votados.

16/08/2022 (FALTEI ESSA AULA)

18/08/2022

Direito de Sufrágio

1. Introdução: Direito Políticos (CF, Art 14 a 17)


1.2 Conceito de Sufrágio: Direito de votar e ser votado nas eleições para os cargos
públicos, não se confundindo com o voto que é o exercício deste direito. Abrangendo a
capacidade eleitoral: Passiva (Elegibilidade) adquirida gradualmente à medida que
envelhece e ativa (Votar) se adquiri instantaneamente ao se alistar.

2. Princípios reitores do direito de sufrágio (cf, 14, caput)


2.1 Universalidade – Não é absoluto, mas as restrições que existirem deverá constar na CF.
2.2 Liberdade – O ato de votar é livre.
2.3 Igualdade e Unicidade – 1 homem 1 voto. Todo voto tem peso igual a qualquer pessoa.
2.4 Sigilo do voto – É um meio para assegurar o voto. E absolutamente protegido.
Irrenunciável. Do Eleitor não do eleito no congresso.
2.5 Periodicidade de seu exercício – Eleições se realizam periodicamente.
2.6 Obrigatoriedade do voto – Comparecer é obrigatório pois você pode votar nulo.
2.7 Imediaticidade – Voto é direto ou seja é eleito diretamente com o voto do eleitor
diferente de outros países que existe intermediários nesse processo. EUA ‘’Se elegem
delegados que elegem presidentes’’.

23/08/2022
Elegibilidade
Quem pode ser eleito? – Condições de elegibilidade e Causas de Inelegibilidade.
Lei das inelegibilidades 64/1990

A pretensão de se candidatar pressupõe a elegibilidade, mas a elegibilidade depende de


um duplo exame feito perante a justiça eleitoral. Onde neste exame verifica-se
primeiramente as condições de elegibilidade (requisitos estabelecidos pelo Art 14 $3 da
CF) tais condições apresentam caráter positivo no sentido de que todas devem estar
presentes.
O segundo exame se refere as causas de inelegibilidade (impedimentos) a capacidade
eleitoral passiva. Estas não podem estar presentes.

Condições de Elegibilidade – Art 14 $3 da CF


1- Nacionalidade Brasileira
2- Pleno exercício dos direitos políticos.
3- Alistado como eleitor 18 -65 anos obrigatório
4- Domicílio eleitoral na circunscrição 6 meses no mínimo exceto o militar
5- Filiação partidária (Para se candidatar) – também pressupõe 6 meses mínimo.
6- Idade Minima 35 presdit, 30 gov, 21 dep, prefet, 18 vereador

OBS: *Não pode haver a cassação (Não pode ser discutido em juízo) dos direitos políticos mas
pode haver a perda e suspensão dos direitos políticos.

Suspensão: Condenação criminal transitada em julgado, ato de improbidade administrativa.


Ficará suspenso pelo tempo da pena do ato cometido.

Perda: Não se sabe a data para terminar.

Causas de inelegibilidade – Art 14 $4 e 7 CF e Art 1 da lei 64/90

Impedimentos a capacidade eleitoral passiva podendo ser absolutas (para todos os cargos) ou
relativas (para alguns cargos).

ABSOLUTA:

1. $4 XIV – São inelegíveis os inalistáveis e analfabetos.


2. A inelegibilidade pelo parentesco é sempre referida ao titular do executivo (fed, est,
munic) bem como a quem o tenha substituído nos últimos 6 meses antes da eleição.
Alcança até o 2º grau e abrange parentesco sanguíneo por afinidade e por adoção.
Resalva-se (exceção) a situação de quem já seja titular de mandato eletivo e seja
candidato a reeleição.
São inelegíveis no território e jurisdição de titular o cônjuge e os parentes
consanguíneos ou afim até segundo grau do PRSIDENTE GOVERNADOR PREFEITO E
DE QUEM OS SUBSTITUIR salvo se já estiver exercendo cargo eletivo e for se
reeleger.
Parentes do Presidente, Governador e prefeito no território administrado pelo titular
Presidente, Nacional, Governador Estado (Regionais) e Prefeito (Município).

Presidente -> Parente não pode ser presidente e vice


Governador -> Parente não pode ser Dep estad, fed, Senador, Governador do estado em
questão.
Prefeito -> Parente não pode ser prefeito e vereador.

25/08/2022 – sdd.ufc – instagram

Inelegibilidades -> Impedimentos a capacidade eleitoral passiva.

São pontos que não podem estar presentes para que o candidato possa se candidatar.

Somente lei complementar estabelecerá situações de inelegibilidade.

Constitucionais: CF 14, $4,7

4- Inalistáveis e analfabetos

7º - Parentesco

Infraconstitucionais: CF Art 14 $ 9, + LC 64/90 (Lei da ficha limpa) Art 1º, I Alíneas:

B – Parlamentares: Esta inelegibilidade se refere exclusivamente a Parlamentares (Congresso,


Assemblei legis, Camara Legis, Camara municipais) -> que tenham perdido os respectivos
mandatos (cassação do mandato por alguma conduta) -> Prazo: Fica inelegível pelo período
remanescente do mandato que cumpria + 8 anos.

C – Governadores/Prefeitos: Se Governador e Prefeitos e seus vices se perder seu cargo idem


item a cima. OBS: Não alcança o presidente da república porque este esta sujeito a
empeachment.

D – Abuso de Poder Econômico ou Político: Os que tenham contra si representação (ação)


julgada procedente julgado pela justiça eleitoral transitada em julgado ou decisão de órgão
colegiado em processo de apuração de abuso de poder econômico (quando se gasta além do
teto da campanha ou caixa 2 – recursos que não estejam dentro da conta da campanha) ou
abuso de poder político (aquele que usa a máquina publica para se beneficiar ou beneficiar
outro) -> Político
E – Crimes Comuns
G – Contas Rejeitadas
J – Crimes Eleitorais
L – Improbidade Administrativa

Ficará inelegível pelos 4 anos que estava em curso + 8 após dele.

E – Condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado (fica


inelegível em segunda instância) desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 anos.
(nos crimes descritos nesse inciso).
Ex: Peculato = 10 anos ele pega 10 anos do peculato (tempo da pena pela suspensão dos
dirietos políticos natural da pena ) +8 da inelegibilidade nos casos descritos em lei.

Porém se o crime não esta nessa lista

G – Rejeição de Contas (Adm Públicos e Gestores públicos)

São inelegíveis o que tiverem suas contas rejeitadas: por a) irregularidade insanável que
configure ato doloso de improbidade administrativa. (Ex: Prefeito recebe verba para escola e
compra apartamento).

a). ‘’Se’’ Por decisão irrecorrível de órgão competente: Ao titulares do executivo o Tribunal de
contas apenas emite parecer que será julgado por: Câmara de vereadores -> Julga contas do
prefeito. Assembleia legislativa -> Julga contas do governador. Congresso Nacional -> Julga
contas do presidente da república. Em relação a todos os demais funções Ministros,
Secretários etc... TC emite decisão.

b) Cont. ‘’Se’’ Salvo se essa decisão não tiver sido recorrida ao judiciário e se recorrida com
decisão suspensa ou anulada.

Fica inelegível para eleições realizadas nos 8 anos seguintes a partir da data da decisão que o
tornou inelegível.

Crime, rejeição e parentesco

01/09/2022

Questão da OAB Eleitoral

Questão 01 – Exame 34 – 14

Letra – A

Questão 02 – Exame 34 – 16

Letra C.

06/09/20222

Desimcompatibilização: Trata-se do afastamento em caráter definitivo daqueles que ecerçam


os cargos mencionados nos incisos II,III,IV,V,VI e VII do Art 1º da lei 65/90 (Partidos Políticos).

08/09/2022

Partidos Políticos

A partir de CF88, os partidos políticos perderam status de pessoa jurídica de direito público
interno e passaram a condição de pessoa jurídica de direito privado, ciados e organizados de
modo semelhante ao previstos na lei civil.
Antes de 88 os PP estavam mais próximos de uma associação público ou autarquia.
Trata-se, teoricamente, de um grupo de pessoas que compartilhou da mesma ideologia e
buscam implantar um sistema de valores e de governo compatível com essa ideologia.

Criação:
A criação é livre nos termos do Art. 17. O ato de criação requer pelo menos 101 eleitores,
representando pelo menos 1/3 das unidades federadas elaborem o estatuto e a ata do partido,
levando-o a registro em um cartório de registro civil.

Requisitos
a) Caráter nacional – Vedado a criação, existência de partidos políticos de caráter regional.
b) Proibição de manutenção de organizações paramilitares.
c) Não pode receber recursos estrangeiros – sob nenhuma hipótese.
d) Obrigação de prestar contas periódicas a justiça eleitoral -> É o fato de ser uma PJ de direito
privado que precisa prestar contas, pois estão se beneficiando diretamente do valor.

Autonomia administrativa dos partidos políticos: O estatuto Partidário

- Autonomia que o partido tem para se auto administrar


- Por isso a ciração de um estatuto, afim de estabelecer regras é lei interna do partido e todos
os seus filiados estão sujeitos a ele.

13/09/2022

Partidos Políticos

4 – Registro dos Partidos Políticos Lei 9096/95, Art 7º

De acordo com o artigo 7º após a criação do partido é necessário registra-lo no TSE – Tribunal
Superior Eleitoral comprovando o apoiamento de pelo menos 0,5% dos votos dados/válidos na
ultima eleição para a câmara dos deputados distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades
federadas como um % mínimo de 0,1% em cada uma dessas unidades.

(Foto copia titulo eleitoral, identidade e cpf, assinatura com firma reconhecida etc..)

OBS: Só o partido que tenha registrado o seu estatuto no TSE pode participar do processo
eleitoral, recursos do fundo partidário e acesso a rádio de televisão.

5 – Cancelamento do Registro: Perda do direito do uso do: (Nome, número, símbolo) podendo
outro posteriormente se apossar disso.

1. O partido pode se auto extinguir, se incorpore ou venha a se fundir. (Respeitada as


regras do estatuto partidário).

A+B+C = D –> Fusão (A fusão extingue os partidos que se fundiram e surge um novo que
precisa de um novo registro)
A + (B e C) -> A Incorporação (Os partidos entram dentro do partido que incorpora e os
incorporados desaparecem).

2. O partido que se comprovar que recebeu recursos estrangeiros.


OBS: Somente o registro assegura a exclusividade de seu nome, símbolo, sigla etc... se cancelar
o registro outro poderá usa-lo.

Ditando: ‘’É possível o cancelamento do registro dos partidos políticos na forma que dispõe o
Art 28 da Lei orgânica dos partidos políticos. Com o cancelamento perde o partido o direito a
exclusividade do uso do seu nome, sigla, número, símbolos etc.

6 – Clausula de desempenho ou de barreira – Art 17 $3 da CF

Partidos que alternativamente a cada 4 anos atenda um dos 2 itens: 1) Obtiverem na eleição
da Câmara dos Deputados mínimo 3% dos votos valido distribuindo em 1/3 das unidades
federadas com pelo menos 2% em cada um ou 2) quem tiverem elegido pelo menos 15
deputados federais distribuindo em pelo menos 1/3 das unidades federadas.

E se não conseguir? Ex se elegeu 13 deputados que foram eleitos terão que deixar o partido
(ficando sem partido mas atuando no parlamento ou migram para outros partidos com o
direito de levar o mandato)

Ditando: ‘’É a exigência de que o partido político a cada 4 anos alcance um desempenho
mínimo previsto em lei na CF 17º como condição para manter seu funcionamento
parlamentar. Originalmente estava prevista no Art 13 da lei orgânica (partidos), mas veio a ser
considerada inconstitucional pelo STF em face das exigências não razoáveis que o referido
artigo impunha. Atualmente esta prevista no artigo 17 $3º da constituição federal do qual
decore as seguintes exigências alternativas:

a) A obtenção de um apoio (voto) de pelo menos 3% do eleitorado da última eleição da


câmara dos deputados distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades federadas (9)
com o % mínimo de 2% em cada uma delas.
b) A eleição de pelo menos 15 deputados federais em pelo menos 1/3 das unidades da
federação.

FALTA AULA ANTERIOR

20/09/2022

Continuação Fidelidade Partidária – É a necessidade que os filiados partidários respeitem o


programa do partido e a orientação da direção partidária, a fidelidade se efetiva mediante a
previsão no estatuto das condutas infratoras e das respectivas sanções, entre as quais: a
suspensão do direito de voto dentro do partido, o desligamento de órgãos do partido e a
exclusão dos quadros partidários.
OBS: O filiado obrigatoriamente terá o direito de defesa.
-> Um membro do partido não pode manifestar-se contra diretrizes do partido. Ex: Partido
contra o aborto não pode candidato levantar bandeira a favor do aborto.

Tal conduta vai ser infração desde que descrita no estatuto e sua sanção. Ex: Suspensão.

Exemplo de sansões: Exclusão do partido, suspensão,

Exemplo. Partido A expulsa deputado por falta grave. De quem é o mandato do partido ou do
deputado?

Deputado Federal, Estadual e Vereador -> Foi eleito pelo quociente partidário e eleitoral logo o
mandato é do Partido.
Causas que o político fica com o mandato e não o partido.: Grave descriminação pessoal,
partido incorporado ou fundido, mudança grave da orientação partidária.

Ditando: ‘’A fidelidade partidária tem importante relação com o tema do pertencimento do
mandato no que diz respeito a filiados excluídos do partidos e detentores de mandatos de
Deputado Federal, Estadual e Vereador. Esse mandato pertence ao partido de modo que em
princípio o excluído perde o mandato. A regra admite exceções: situações em que são
previstas causas justas para a manutenção do mandato com o filiado exemplos: Grave
discriminação Pessoal, Mudança Grave da orientação Partidária, além de outras opções
como: saída do partido para fundar outro e janela de 30 dias.

Acesso a rádio e a TV:


O acesso ao rádio e a TV ocorre sob 2 modalidades: A propaganda eleitoral e a Propaganda
Partidária. A partidária tem entre seus objetivos 1) divulgação do programa do partido 2)
difusão e transmissão de imagens relacionadas ao partido 3) incentivo a filiação.

Tal propaganda é feita mediante o rádio e a TV com inserções diárias de 30 segundos e


a distribuição do tempo se dá pelo critério do nº de deputados federais: A forma de
distribuição se dá da seguinte forma a) a cima de 20 deputados federais o partido terá 20
minutos por semestre em rede nacional e estadual b) Entre 10 e 20 deputados federais o
partido terá 10 minutos rede nacional e estadual c) Até 9 deputados federais 5 minutos por
semestral em rede nacional e estadual.

OBS: 30% desse tempo deve ser destinado ao incremento da participação feminina na política.

Coligação Partidária (Terminou a eleição dissolve-se e aplica-se apenas as eleições


majoritárias) e Federação Partidária (Mínimo de 4 anos obrigatórios e aplica-se a eleições
majoritárias e proporcionais)

Isso serve em busca de mais tempo de propaganda.

13/10/2022 – PROPAGANDA ELEITORAL – Lei 9.504, 36 a 57L

1. Introdução:

Propaganda Política

Partidária – De divulgação das ideias é veiculada não com o objetivo de conseguir voto e
sim de fidelizar o eleitor e trazer o eleitor para o partido. Não é de alcançar voto.

Eleitoral – Busca o voto o eleitor.

2. Princípios da Propaganda Eleitoral

Legalidade: Toda propaganda é regulada e regida por lei.

Lícita

Ilícitas
a) Irregular: Adesivo no carro anterior a 15 de agosto. (Multa e perda de tempo propagan)
b) Criminosa: Propaganda com Fake News.

Liberdade:
A propaganda eleitoral se faz sem censura prévio em princípio e com controle posterior.
A vedação a censura não é absoluta! (Não pode usar propaganda eleitoral para crime).

Controle Judicial:

Pelos excessos você vai responder. (Controle posterior).

Responsabilidade:

Respondendo os partidos e candidatos pelos excessos da propaganda.

Ditando: O conjunto dos princípios que regem a propaganda eleitoral, indica que ela é feita
nos termos da lei sob o signo da liberdade (proibição de censura prévia em princípio com
controle judicial a posteriori respondendo os infratores pelos excessos cometidos.

REGRAS GERAIS

Início: Quando o registro é deferido no dia 16 de agosto a propaganda eleitoral pode


iniciar.

Gratuidade: A propaganda partidária é TODA GRATÚITA. Já a propaganda eleitoral não é


toda gratuita. Rádio e TV sim já as demais não. (Internet, folhetos, bandeiras etc).

Permissões:

Hipóteses que não configuram propaganda antecipada desde que não tenha pedido
explicito de voto:

1 menção a própria candidatura, exaltação das qualidades pessoais, participação em


entrevistas, realização de seminários encontros congressos (em ambientes fechado),
realização de prévias partidárias, propaganda intrapartidária (faixas no prédio dirigida aos
seus filiados), realização de campanhas de arrecadação prévia de recursos mediante
doações

Vedações:

Propaganda por Outdoor, propaganda em bens públicos, showmícios (contratar cantores


para comissão)

18/10/2022

Programa Eleitoral –

a) Propaganda
1 – Na imprensa escrita -> Só se pode pagar 10 espaços por página.
2 - Na rádio e na televisão -> São sempre gratuitas (A veiculação) a equipe é particular.
Não pode comprar mais espaço 90% do tempo distribuído de acordo com o nº de
deputados federais e 10% distribuído de forma igualitária.
3 - Na internet -> Legais: Site de candidato, partido político
b) Direito de reposta

Calunia, difamação, injuria e divulgação informação sabidamente inverídica.

Legitimados a pedir: Candidato, partido, coligação e federação partidária.


Na Imprensa escrita o prazo para direito de resposta é de 72horas e se concedido poderá
publicar no mesmo espaço com mesmos caracteres, mesma chamada as custas do
ofensor.

No rádio e na TV o direito de resposta: O prazo não é proporcional do direito de resposta


poderá ser mais extenso para desmentir.

Na internet o direito de resposta: No prazo de 72horas a contar da data que sessou a


vinculação. Enquanto estiver a noticia na internet vinculada o prazo se reinicia quando for
retirado o conteúdo do ar é que começa a contar o prazo.

Pesquisa Eleitoral

A pesquisa não pode ser divulgada antes de ser registrada no TSE. Quem contratou, quem
pagou, em que período foi realizada, em que bairros, quais os tipos de pessoas
entrevistadas, notas fiscais, qual metodologia etc...
Nulidades Eleitorais (CE, 219 – 224)

Existe distinção entre nulidade de voto e nulidade de votação. O direito ao voto nulo é
tacitamente reconhecido pela constituição federal no $ 2 do Art 77 da CF e não acarreta
qualquer prejuízo para a votação ao prever o descarte dos votos nulos. Já a nulidade de
votação por outro lado pode acarretar em certas hipóteses a necessidade de novas
eleições. No processo eleitoral nulidade é o vício relacionado a prática ou a forma dos atos
eleitorais, distinguindo-se as nulidades relativas das nulidades absolutas.

Nulo = Nulidade absoluta – Pode ser arguida a qualquer tempo.

Anulável = Quando ocasionar prejuízo. – Nulidade Relativa. – tem prazo para ser arguida.

É nulo quando realizada em dia, horário e local diferentes.

É anulável a votação quando houver extravio da folha de votação.

Ditando: Quando uma nulidade é absoluta CE Art 220, presume-se o prejuízo e se excluir a
preclusão. (Pode ser alegada a qualquer tempo), mas quando relativa (CE Art 221 e 222)
aquele que a alega tem o ônus de comprovar o prejuízo e o ônus (necessidade de agir no
próprio interesse para conseguir uma situação de vantagem ou evitar desvantagem) de
alega-la na primeira oportunidade sob pena de preclusão. Tendo em vista essa diferença
compreende-se que não há qualquer consequência negativa quando houver mais votos
nulos do que válidos, mas no caso de nulidade de votação seja a presumida Art 220
(ABSOLUTA) seja as relativas Art 221 e 222 serão realizadas novas eleições se em
decorrência das seções anuladas ficar comprometida mais da metade da votação válida.

Havendo nulidades de votação e for maior que 50% dos votos haverá nova eleição. Não é
votar nulo é ocorrer erro em 50% das seções. (Foi por comprometimento por nulidade de
votação e não por votar nulo)

*Ditando:

1.1 Nulidade de voto x nulidade de votação – Voto nulo é um direito do Cidadão Brasileiro.
Nulidade de votação é quando uma seção de votos é anulada por ir contra a lei.

1.2 Nulidade absoluta x nulidade relativa (ou anulabilidade) –


Funcionamento da campanha eleitoral:

Modelos:
Privado: Nem um recurso é de origem pública pode ser usado nas campanhas. Precisam
arrecadar junto a pessoas e empresas.
Problemas: Acaba corrompendo o sistema e acontece muita troca de favores: doação por
projetos.

Público: Não pode nem um capital privado.

Misto: Brasil adota esse sistema. Empresas não podem doar para campanhas eles só podem
doar para os fundos partidários.

O misto permite a utilização de recursos públicos e privados desde que por pessoa física. As
jurídicas não podem doar para as campanhas. Valores até 1000 FIS sem regulação a cima disso
tem regulação.
Público: Sob a forma de propaganda por exemplo.

Gastos Eleitorais:
Confecção de material impresso, propaganda, aluguel de espaço, despesas postais,
remuneração de pessoal (mkt, bandeiras), realização de comício, programaa de radio e tv
(equipe envolvida), internet, etc...

Arrecadação de Aplicação dos recursos na campanha


Limite de gastos Art 18 – Existe e comete abuso de poder econômico quem extrapola os
limites ou usa recursos por fora (caixa 2).

Conta Bancária Art 22 – Preferencialmente Banco Público – Existirá uma conta bancária da
campanha separada. O banco não pode negar a abertura da conta

Doações de Pequenos Valores Art 27 – Pequenas doações podem ser dadas por fora sem
problemas indo até 1000 UFIR por eleitor (Pode receber diretamente)

Fundo Especial de financiamento de campanha Art 16 (FEFC)

2% - do valor total dos fundos será dividido igualmente


35% - dividido entre os partidos que tenha pelo menos 1 representante na câmara (deputados)
(proporcionalmente aos votos recebidos) na ultima eleição.
48% - Dividido entre os partidos na proporção do número de deputados.
15% - Divididos entre os partidos na proporção de representantes no senado feral.

Prestação de Contas

1 – aprovada
2- aprovada com ressalvas (encontradas irregularidades mas que são sanáveis e simples)
3 – Reprovação – Não perde mandato diretamente pois precisa de ação para isso. Ele exercerá
enquanto não for julgado na ação e permanece elegível também. Se julgado desfavorável
perde o mandato e fica inelegível tempo que resta do mandato + 8 anos.

4 – Não prestação -> quando ele não apresentou as contas.


A eleição

1. Circunscrição Eleitoral – É o território dividido em zonas dentro do qual se realizará a


eleição.
Zona eleitoral: É a área territorial sob a titularidade de um juiz eleitoral. Por resolução
do TSE (23.422 de 2014) nenhuma zona eleitoral terá menos de 12.000 eleitores, mas
poderá alcançar até o número máximo de 200mil eleitores.
Seção eleitoral: Chama-se seção eleitoral a subdivisão da zona eleitoral em que o
eleitor comparece para votar.

2. Medidas preliminares à votação: Trata-se de medias de natureza administrativa


destinadas a realização das eleições. Cabe ao juiz da zona neste contexto a escolha
composição e treinamento dos mesários. Haverá uma mesa em cada seção composta
por 6 membros a saber: Presidente, 2 mesários, 2 secretários e 1 suplente.

Quem não pode ser:


Não podem compor a mesa parentes até o 2º de candidatos, bem como os dirigentes
partidários (membros podem), também não podem compor os agentes policiais e os
servidores da justiça eleitoral e ocupantes de cargo de confiança do executivo.

3. Fiscalização das eleições: Compete aos partidos, ministério publico eleitoral e aos
candidatos. Não é tarefa da justiça eleitoral e nem das forças policia militar. Policia
Federal e civil são investigativa podendo exercer poder fiscalizatório.

4. Garantias eleitorais: O código eleitoral prevê um conjunto de garantias destinadas a


realização normal da eleição e a proteção de eleitores e candidatos.
a) Tipificar penalmente o embaraçamento do exercício do sufrágio. (Ex: Quebrar urna)
b) Tipificar penalmente a retenção do título de eleitor
c) A lei garante o direito ao salvo conduto de qualquer eleitor que se sinta ameaçado
em sua liberdade de ir e vir nas 72horas que antecedem o pleito e nas 48horas
subsequentes. (Requer mediante habeas corpus)
d) Igualmente é vedada a prisão de qualquer eleitor ou candidato salvo em 2
situações: 1) flagrante delito de crime inafiançável 2)para cumprimento de sentença
(Já ouve transito em julgado e ele é encontrado e vai para prisão). -> nos dois casos
com a apresentação imediata a audiência de custódia.

5. Votação e apuração

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