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Que

gênero textual
sou eu?
• 1. Sou uma petição subscrita por várias
pessoas, ou seja, documento coletivo, de
caráter público ou restrito, que torna
manifesta a opinião de grupo e/ou
comunidade, ou representa os interesses dos
que o subscrevem. O conteúdo requerido vem
no início do documento, como uma espécie de
cabeçalho, geralmente curto e objetivo,
seguido da data e das assinaturas, com ou
sem registro de documento de identidade dos
subscreventes, dependendo do caráter
público ou restrito do documento.
Abaixo-assinado
• 2. Sou um aviso por meio do qual se divulga
algo ao público, ou seja, a criação de alguma
mensagem com objetivos comerciais,
institucionais, políticos, culturais, religiosos
etc. Procuro transmitir ao público, por meio
de recursos técnicos e através dos veículos de
comunicação, as qualidades e os eventuais
benefícios de determinada marca, produto,
serviço ou instituição.
Anúncio publicitário/propaganda/banner
• 3. Sou um documento jurídico, passado por
pessoa qualificada afirmando/ atestando/
declarando a veracidade de um fato ou de
uma situação. Sou conferido por médico que
atesta se alguém goza ou não de boa saúde
física e mental ou moléstia infectocontagiosa.
Atestado médico
• 4. Sou uma assinatura ou rubrica de pessoa
célebre, oferecida a admiradores como
lembrança de um contato pessoal,
antecedidas ou não de uma dedicatória.
Geralmente sou escrito em pedaços de papel,
agendas, livros, roupas etc. dos fãs.
Autógrafo
• 5. Sou toda e qualquer espécie de
comunicação, informação ou declaração, oral
e escrita, curta e objetiva, prestada a outrem.
Presto serviços bancários como: informação
ao correntista sobre o movimento de sua
conta corrente. Presto serviços escolares
como: levar informações da escola aos pais
dos estudantes ou vice-versa etc.
Bilhete / aviso / recado
• 6. Sou muito usado em instituições financeiras
ou ligado à economia, como as instituições
bancárias ou firmas e as bolsas de valores. Em
bancos ou firmas, sou impresso em lâminas de
pagamento como forma de registro de dívida
e a efetuação de seu pagamento em data
determinada. Geralmente tenho no rodapé a
impressão de um código de barras.
Boleto bancário
• 7. Sou um conjunto de dados onde registram
informações devidamente classificadas (dados
pessoais, profissionais, patrimoniais,
comerciais, financeiros, acadêmicos etc).
Geralmente impresso e, hoje, muitas vezes,
disponível on-line, sou muito usado em
instituições públicas ou privado para a
execução de cadastramentos que são
devidamente classificados, arquivados e
armazenados.
Cadastro / ficha cadastral
• 8. Sou um sistema que apresenta o ano e
meses, conforme as regras estabelecidas por
cada povo ou nação ou instituição. Uma folha,
tabela ou impresso em que se indicam os dias,
as semanas e os meses do ano, geralmente
destacando os feriados, as festas nacionais e
as fases da lua.
Calendário
• 9. Vivo entre bares, lanchonetes, sorveterias,
restaurantes e afins. Apresento a lista das
iguarias, bebidas e sobremesas disponíveis
para consumo, quase sempre seguidas de seus
preços, colocados à direita, e, muitas vezes,
com a descrição sucinta da sua composição.
Cardápio
• 10. Sou uma ilustração ou desenho
humorístico, com ou sem legenda ou balão,
veiculado pela imprensa, que tem por
finalidade satirizar e criticar algum
acontecimento do momento. Focaliza, por
meio de caricatura gráfica, com bastante
humor, uma ou mais personagens envolvidas
no fato político-social que lhe serve de tema.
Charge ou Cartum
• 11. Sou um anúncio, geralmente de pequeno
formato com ou sem ilustração, com
mensagem de compra, venda ou aluguel,
oferta ou procura de empregos ou serviços
profissionais etc. As mensagens são expressas
em linguagem curta e objetiva, às vezes
abreviadas e de fonte pequena.
Classificado
• 12. Sou como a novela e o romance, uma
narrativa, porém de extensão curta. Trago um
número reduzido de personagens e de poucas
ações. Concentro as ações em poucos eventos
e não permito intrigas secundárias como no
romance ou novela.
• VERÔNICA FUNKEIRA
• Por Elisandro Félix de Lima

Favela Dos Maracás, madrugada de sexta-feira. Três badaladas no velho


relógio de parede acordou Verônica. Sentiu-se úmida, a cama estava molhada,
até pensou que fosse água da chuva, o barraco apresentava muitas brechas,
tanto nas paredes como no teto. Não somente ali, também no chalé de toda a
vizinhança. Um cheiro de carne espalhava-se pelos ares. Verônica certificou-se
que um líquido escorria de suas entranhas. Esticou o braço, alcançando o
interruptor da lâmpada, que clareou todo aquele quarto-sala-cozinha. E em
seu ventre, uma pontada de dor. Parecia que uma espada lhe entrara pelo
umbigo. Estava impossibilitada de levantar. Agoniada, com as dores que a cada
minuto multiplicava em seu útero, juntou o lençol, fez dele uma rolha de pano
e mordeu fortemente. O trapo impedia que seus vizinhos acordassem com os
gritos de desespero. A água que agora molhava a cama era sua transpiração. A
moça soprava o travesseiro, espremia-se, gemia e a cólera não cessava.

• (Continue lendo em: http://teoliterias.blogspot.com.br/search?q=%C3%A0+queima-


roupa)

Conto
• 13. Sou uma solicitação da presença ou
participação de alguém em algum evento
social, esportivo, literário etc., feita por meio
de suportes variados impressos. Posso ser
usado como sinônimo de bilhete que dá
ingresso gratuito em um espetáculo.
Convite
• 14. Sou qualquer texto oralizado, isto é, lido
em voz alta pelo professor para os alunos o
reproduzirem por escrito. Como exercício
escolar, geralmente é efeito com o objetivo de
se fixar a ortografia de palavras. Ainda sou
usado na educação básica por boa parte dos
professores que, quando dita um parágrafo ou
mais, os sinais de pontuação também são
mencionados.
Ditado escolar
• 15. Sou uma ordem ou aviso que se prende
em local próprio e visível ao público ou se
anuncia na imprensa (também disponível on-
line), para conhecimento geral ou dos
interessados.No meio jurídico, às vezes, sou
usado para publicação efetuada pelo juiz,
precedente à arrematação, designando o dia e
a hora da praça ou leilão onde devem constar
o valor e as características do objeto a ser
leiloado ou arrematado. Também sou muito
usado para divulgação de concursos públicos.

Edital
• 16. Sou um gênero mais rápido que a
correspondência postal comum, fácil de ser
usado. Comigo não há perda de tempo, nem
fórmulas convencionais. Vai-se diretamente ao
assunto, sem obrigatoriedade de começos
formais, como acontece também no bilhete.
Às vezes sou definido como mensagem
eletrônica escrita.
E-Mail
• 17. Sou uma narrativa, quase sempre breve,
em prosa ou versos, de ação muito tensa, de
grande simplicidade e cujos personagens
(muitas vezes animais irracionais que agem
como seres humanos) não são de grande
complexidade. Aponto sempre para uma
conclusão ética e moral.
Fábula
• 18.Surgi há mais de 110 anos, tive grande
repercussão nos anos 30, nos Estados Unidos
quando me destaquei como cultura de massa.
Combinado a linguagem verbal (narrativa
escrita e falada, colocadas em balões e
legendas) e visual (imagem gráfica) torno a
comunicação mais rápida e atraente.
Conquistei leitores de todas as idades como
meio de diversão.
Histórias em quadrinhos (HQs)
• 19. Sou uma representação gráfica e
convencional, em papel, cartolina, tela etc.,
dos dados referentes à superfície do globo
terrestre, a uma região dessa superfície, à
esfera celeste, ao movimento de ventos, a
fenômenos geológicos, hidrográficos, etc. Uso
uma linguagem técnica específica e muitos
ícones para representar esses dados e
fenômenos.
Mapa geográfico
• 20. Sou um relato ou narrativa de fatos,
acontecimentos, informações, recentes ou
atuais, do cotidiano, ocorridos na cidade, no
campo, no país ou no mundo, os quais tem
grande importância para a comunidade e o
público leitor, ouvinte ou espectador. Esses
fatos são veiculados em jornal, revista, rádio,
televisão, internet etc.
Notícias
• 21. Tipicamente anônima, sou caracterizada
por ser uma história curta de final
surpreendente, às vezes picante ou obscena,
contada para provocar risos. Possuo temática
variada (sexualidade, racismo, etnias,
profissões etc).
Piada
• 22. Sou uma afirmação de algo que pode
acontecer no futuro, ajudado por alguma
inspiração de ordem sobrenatural ou divina.
Predomina aí uma linguagem de tom profético
e místico.
Profecia
• 23. Sou um conjunto, relação ou sequência,
oral ou escrita, de perguntas ou questões
feitas para diversos fins: para servir de guia,
por exemplo, a uma investigação, a uma
entrevista, a um trabalho de pesquisa escolar
etc.
Questionário
• 24. Às vezes chamado de teste, oral ou escrito,
sou composto de uma série de perguntas
abertas ou fechadas, cuja finalidade é avaliar
os conhecimentos dos estudantes.
Prova (também é um instrumento portador de gêneros)
• 25. Sou uma prescrição médica referente a
medicações ou cuidados a serem
administrados aos pacientes. Sou
predominantemente instrucional com uso de
formas verbais de valor imperativo e
impessoal. Em culinária apresento a descrição
de ingredientes e modo de preparo.
Receita
• 26. Sou um texto escrito em que se reconhece
(pessoa física ou jurídica) que se recebeu
dinheiro, valores, documentos etc., como
forma de quitação ou de pagamento de uma
dívida ou de entrega de documentos. De texto
curto, na qual constam o nome de quem se
recebe, o valor e a referência ao objeto
quitado (dívida). Depois se colocam local e
data, seguidos de a assinatura de quem
recebeu.
Recibo
• 27. Sou um breve comentário crítico ou uma
avaliação de uma obra que deve conter o
assunto e como ele é abordado e tratado, a
organização, a ilustração, se houver etc. Devo
ser elaborada levando-se em consideração os
conhecimentos prévios sobre o assunto.
Permito comentários e opiniões, incluindo
julgamentos de valor, comparações com
outras obras da mesma área e avaliação da
relevância da obra.
RESENHA SOBRE O LIVRO DISCURSO E TEXTO

• Discurso e texto: formulação e circulação dos sentidos


(218 páginas), de Eni Puccinelli, publicado em 2001,
pela Editora Pontes de Campinas, é uma obra
composta de 13 capítulos. Entre eles ressaltam-se:
análise de discurso e interpretação; a escrita da análise
de discurso; os efeitos de leitura na relação do
discurso/texto. O estatuto do texto na história da
reflexão sobre a linguagem [...] divulgação científica e
efeito do leitor: uma política social urbana; a
textualização política do discurso sobre a terra.
• [...]

Resenha
• 28. Sou um texto objetivo e minucioso,
impresso, que vem afixado em recipientes e
embalagens. Geralmente trago informações
sobre o produto ali contido: marca, principais
características, apelos mercadológicos, nome
e endereço do fabricante, peso, composição,
teores etc.
Rótulo
• 29. Sou a tabela das quatro operações
fundamentais, entre os números de um a dez.
esta tábua de números, metodologicamente
organizados, permite obter, por consulta
direta, o resultado de uma operação de
multiplicação, adição, subtração ou divisão.
Tabuada
• 30. Sou um texto jornalístico (escrito, filmado,
televisionado), que é veiculado por órgãos da
imprensa, resultado de uma atividade
jornalística (pesquisa, cobertura de eventos,
seleção de dados, interpretação e
tratamento), que basicamente consiste em
adquirir informações sobre determinado
assunto ou acontecimento para transformá-las
em noticiários.
Reportagem

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