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carta de leitor,
carta aberta
resumo
Cartas
Lembre-se da estrutura da carta:
Local e data
Vocativo
Corpo da carta
Despedida
Assinatura
Linguagem formal sempre
Editorial
DEFINIÇÃO: Gênero discursivo que
visa apresentar o ponto do vista do
veículo de comunicação do qual faz
parte, bem como mostrar as matérias que
compõem do jornal ou da revista.
Observação importante: lembro que os exemplos abaixo são oriundos da produção dos
alunos ou de veículos midiáticos, assim tem virtudes e defeitos que serão apontados
em sala de aula, já que respondem a situações de produção diferentes das de
concurso ou mostram dificuldades linguísticas, estruturais e temáticas.
exemplo
"O primeiro grande teste do Itamaraty“
"Brasil tem adotado postura sensata diante do caos venezuelano, reconhecendo Guaidó, enviando ajuda humanitária,
mas rejeitando invasão militar para retirar Maduro“.
"Desabastecimento, fome, desemprego, hiperinflação e desespero de famílias em busca de alimentos, emigração em massa,
violência urbana, opressão da polícia do regime agonizante, corrupção, revoltas e demonstração diária de força por instituições
militares que apoiam o ditador Nicolás Maduro na luta para se manter no poder: a grave situação na Venezuela e a tragédia
econômica, política e humanitária causada pela aplicação do “socialismo do século 21” naquele país são o primeiro grande teste
da política externa brasileira sob o presidente Jair Bolsonaro e o chanceler Ernesto Araújo.
"Em razão de sua condição de vizinho da Venezuela, o Brasil é um dos países mais afetados pelo caos causado por Maduro
e seu antecessor, o falecido caudilho Hugo Chávez. Ainda durante o governo de Michel Temer, o Brasil virou destino de
milhares de refugiados, desesperados e famintos, uma crise humanitária de elevadas proporções que, ainda por cima, colocou
pressão sobre os serviços básicos em um dos estados mais pobres do Brasil, Roraima.O Itamaraty, até agora, tem tratado a
questão com a firmeza necessária, mas sem precipitação. O governo analisou a conjuntura, avaliou as opções, definiu o plano de
ação e deixou claro para a sociedade e para os órgãos internacionais o modo como o Brasil atuaria diante do estágio a que
chegou o problema venezuelano, tanto no plano diplomático quanto no humanitário.
"A dimensão da crise venezuelana atingiu proporções tão elevadas que se tornou um problema humanitário mundial. A
Organização das Nações Unidas (ONU), criada para promover a cooperação internacional, ainda reconhece Maduro,
mantendo o embaixador designado por ele, mas havia pedido ao ditador que autorizasse a entrada da ajuda para a
população faminta e doente. Após os confrontos do sábado, a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, a ex-
presidente chilena Michelle Bachellet, de esquerda, condenou a violência da repressão de Maduro, mas o braço da ONU
não poderá ir muito mais longe que isso. Mesmo que a situação da Venezuela se agrave ainda mais, uma intervenção
estrangeira para depor Maduro dependeria do Conselho de Segurança da entidade, onde a Rússia tem poder de veto e não
hesita em exercê-lo para defender o ditador chavista.Ainda no sábado, Guaidó afirmou que pretendia “sugerir à
comunidade internacional de maneira formal que devemos ter abertas todas as opções para conseguir a libertação desta
pátria que luta e seguirá lutando”, insinuando que poderia solicitar uma intervenção internacional para ajudar as forças
democráticas. Mas, sem a ONU, tal ação ainda seria extremamente temerária. Por isso, o Grupo de Lima, reunido na
Colômbia nesta segunda-feira, insistiu na intensificação da pressão diplomática, com maior reconhecimento internacional a
Guaidó, e em mais sanções econômicas, como congelamento de bens ligados à ditadura ou sua entrega à administração da
equipe de Guaidó.
O vice-presidente brasileiro, general Hamilton Mourão, disse em Bogotá estar consciente de que os venezuelanos não
conseguirão se livrar de Maduro apenas com as próprias forças e precisam da ajuda externa, mas que essa ajuda tem de
ocorrer “sem qualquer medida extrema”. Uma postura que reconhece a dimensão do problema, compreende a necessidade
do envolvimento brasileiro, mas rejeita unilateralismos e agressões que tenderiam a atiçar o barril de pólvora venezuelano.
CARTA DO LEITOR CARTA AO LEITOR
Introdução: pequeno trecho que aborda o assunto que será apresentado e explorado
pelo leitor.
Desenvolvimento: desenvolvimento da argumentação do leitor sobre sua ideia
central.
Conclusão: o leitor arremata suas ideias, e geralmente inclui uma sugestão para o
assunto abordado.
Assinatura: O leitor assina seu nome, o qual pode aparecer em forma de sigla, por
exemplo, Afonso Miguel Pereira dos Santos (A.M.P.S.)
exemplo
São Paulo, 12 de dezembro de 2013
Caros Editores da Revista Viagens e Lazer,
Antes de mais nada, gostaria de agradecer a matéria publicada no mês de
outubro intitulada “Lugares Inóspitos do Planeta” pela riqueza de detalhes e das
fotos acrescidas ao texto.
Após ler a matéria, fiz uma lista dos locais que me interessam conhecer,
uma vez que sou antropólogo e um grande viajante e explorador de lugares.
Quanto a isso, tenho uma sugestão para o próximo mês, a inclusão de uma
matéria sobre as ilhas Fiji. Estive ali durante dois anos de minha vida e pude
contemplar belezas naturais estonteantes. Parabéns pelo trabalho!
Agradeço a atenção!
José
Carta aberta
Para produzir uma carta aberta, devemos estar atentos a seguinte estrutura:
Título: geralmente é acrescentado um título que indica a quem será destinada a carta
(comunidade, associação, instituição, organização, entidade, autoridade municipais, estaduais e
nacionais, etc.)
Despedida: com saudações cordiais e assinatura dos remetentes, a despedida finaliza a carta
aberta.
Carta aberta
Ao Colégio Marista:
Meu pai aposentou-se como porteiro. O mesmo que vocês têm aí na entrada do Colégio, que os pais “que
deram certo” passam e nem cumprimentam.
Então, falando do meu pai, ele trabalhava feito um condenado (aliás, mesmo depois que se aposentou teve
que voltar à portaria pra completar a renda). O que meu pai recebia de salário era uma mensalidade que as
famílias “que deram certo” pagam pra vocês ensinarem essa ética (ou falta dela) aos estudantes.
Ele tinha uma Barra forte preta e com ela ia de sol a sol, chuva a chuva, noite a noite, cuidar de fábricas ou
de condomínios ao estilo que os alunos moram ou que os pais “que deram certo” trabalham como Diretores,
Gerentes.
Aprendi a profissão com meu pai. Fui porteiro por anos. Vi o que é você comer em pé ou no banheiro
porque não tem ninguém pra substituí-lo nos intervalos. Cansei de atender pessoas na guarita enquanto mastigava
um ovo frio.
Já usei papelão como mesa em cima da privada para almoçar.
Colégio Marista, meu pai não deu certo. Criou três filhos junto com a minha mãe que ficava apreensiva em
casa: -” Será que ele volta?” Porque meu pai pegava estradas perigosas de madrugada, aliando-se ao fato
de muitas vezes cuidar de galpões abandonados,que era alvo de bandidos.
Mas ele não deu certo.
Conseguiu sustentar 3 filhos (e minha mãe administrando como uma Economista) com pouco mais de
um salário, hoje todos bem e com família, mas infelizmente ele não deu certo.
Meu pai não é desses pais bacanas que param aí na frente do Colégio, com Cherokees, Tucson,
sorrindo pra quem convém e pisando nos descartáveis.
Meu pai tem um Palio que vive quebrando, e mesmo debilitado pela idade, levava todos os netos às
escolas públicas. Levava e buscava.
Mas, que pena! Meu pai não deu certo.
Quem deram certo foram essas famílias que dependem da faxineira, do porteiro, do zelador, da cantineira,
do gari, da empregada doméstica. Eles deram certo!
Ainda bem que muita gente “dá errado” na vida, senão quem iria preparar o lanche dos filhos que vão para
o Colégio Marista? O pai? A mãe? Não sabem nem como ligar um fogão! Mas deram certo, não é?
Fique um dia sem um gari na sua rua e no dia seguinte você já está ligando na prefeitura fazendo birra! Ué?
Pega uma vassoura e varre! Você não “deu certo”?
Fique sem porteiro no condomínio e mundo para. Não sabem descer pra atender o motoboy? Tem medo de
quem seja? Pode ser um ladrão, não é? Deixa que o porteiro arrisca (sem seguro de vida) a vida por você (com
seguro de vida).
Gente que não deu certo existe pra isso: mimar os que deram certo.
Tenho orgulho de ter um pai que não deu certo, Colégio Marista. E eu tenho orgulho de não ter dado certo
também. Já pensou, criar minha filha num ambiente que debocha de profissões, que em vez de promover a
isonomia e empatia, fomenta a segregação e a eugenia?
Deus me livre!
Aliás, por falar em deus, vocês são de formação católica certo?
Se nada der certo, vocês vão virar carpinteiro também? Embora eu sendo agnóstico, respeito muito um
carpinteiro que “não deu certo” e que vocês finjem amar. Que feio, Colégio! Ensinando crianças a desprezarem
seu Mestre?
Enfim, falei demais. Obrigado pela lição de hoje. Talvez tenha sido o único ensinamento que vocês deixaram:
Se nada der certo, vou para o Colégio Marista. Lá pelo menos eu posso esconder meu ser vazio atrás de um
patrimônio que consegui pisando nos outros.
Viu, a lição de vocês acabou “dando certo”!
RESUMO
RESUMO
Características principais do resumo em vestibulares:
Resumo Indicativo: resume somente os fatos importantes, as principais ideias, sem que haja
exemplos oferecidos do texto original. É o tipo de resumo mais pedido nas escolas.
Resumo Crítico: chamado de resenha crítica, ele resume as informações do texto original os
quais são acrescentados juízos de valor, ou seja, surge argumentos do autor e do escritor do
resumo.
Como fazer
Assim, para auxiliá-lo nessa tarefa, segue abaixo passo a passo para realização de um resumo:
Leia atentamente o texto original: a leitura atenta e calma é muito importante para começar
essa tarefa e assim se familiarizar com o tema ou o assunto que se trata. Não adianta passar os
olhos e querer resumir qualquer informação. Se necessário, leia novamente. Aliás, um resumo
pode ser mais longo (se for de um livro), médio ou curto.
Marque as principais ideias do texto: Depois de lido, você deverá marcar as ideias
principais de cada parágrafo. Mas, cuidado para que não fique muito extenso. Por exemplo, se
for fazer um resumo de um livro, fica impossível resumir cada parágrafo, por isso, pense em
resumir os capítulos.
Sublinhe as palavras-chave: Da mesma forma que a etapa acima, você deve pensar nas
principais palavras do texto para fazer o resumo. Todas elas devem fazer parte do texto
produzido. Geralmente cada parágrafo apresenta uma palavra-chave.
Poder da síntese: sintetizar o texto pode não ser fácil, mas depois de organizar as
principais ideias, escreva de modo claro e coeso. Fique de olho no tema e na conclusão
oferecida pelo autor do texto.
Coesão e coerência: para que um texto seja considerado bom, a coesão e a coerência são
dois recursos básicos e deveras importante na produção de textos. Assim, a coesão está
intimamente relacionada com as regras gramaticais e o bom uso dos conectivos. Por isso,
se não souber o significado de uma palavra procure no dicionário sua concepção ou evite
usá-la. Por conseguinte, a coerência implica a lógica e o contexto em que está inserido o
texto. Lembre que o resumo não é um emaranhado de frases soltas, ele precisa fazer
sentido para o leitor.
Leitura final: Depois de produzido, é muito importante fazer uma leitura final do resumo e
comparar se as ideias sublinhadas estão todas contidas no texto. Por isso, tenha cuidado com as
ideias secundárias, o que pode tornar seu texto prolixo ou extenso. Para facilitar essa etapa, leia
o texto em voz alta ou para um amigo. Se ele compreender tudo, o seu resumo está pronto.
Citar a fonte: É muito importante indicarmos de onde surgiu nosso resumo, ou seja, os dados
do texto que estamos resumindo: autor, obra, páginas, capítulos, editora, ano de publicação,
dentre outros. Geralmente esse tipo de informação é mais utilizada nos textos acadêmicos
sendo chamada de bibliografia.
Exemplos de resumo indicativo
Da mesma forma, se a tarefa for fazer uma resenha crítica de um livro, faz-
se necessário a leitura e uma análise sobre a obra.
Para produzirmos uma resenha devemos seguir os seguintes passos:
Quem nunca ouviu falar do menino que ‘tinha ventos nos pés’, o ‘olho maior que a barriga’,
‘fogo no rabo’, ‘umas pernas enormes (que davam para abraçar o mundo)’ e que ‘chorava escondido
se tinha tristezas’?
É assim, que caracterizamos um dos personagens de Ziraldo que com mais de 30 anos de
existência, corrobora sua atemporalidade.
“O Menino Maluquinho”, lançado em 1980 pelo escritor e cartunista Ziraldo, é um clássico da
literatura e que continua conquistando o universo infanto-juvenil.
Em entrevista ao Diário Catarinense (2011), Ziraldo afirma que a ideia de criar o menino
maluquinho surgiu de considerações e observações pessoais:
“Eu já tinha visto o que tinha acontecido com meninos felizes e infelizes. Os felizes viraram
adultos mais bem resolvidos. Os infelizes e desamados, ficaram adultos mais sofridos.”
No tocante ao uso da inocência e da simplicidade, muitas obras de artes nos leva a recordar da
célebre frase de Leonardo da Vinci quando nos alerta que:
“A simplicidade é o último grau de sofisticação”.
No livro o “Menino Maluquinho”, isso não é diferente e se torna claro, no momento em que
iniciamos a leitura. De partida, já nos familiarizamos com seus desenhos naif, sua linguagem
simples, ‘nada de especial’, diriam alguns, ‘tudo de essencial’, afirmariam outros. Assim, o essencial
e o especial se mesclam numa narrativa fluida, simples e familiar. Isso porque a obra trata de
aspectos do cotidiano, da simplicidade dos momentos, de um menino travesso com uma felicidade
contagiante.
Interessante notar que o sucesso da obra não fora passageiro e seu reconhecimento implicou no
aumento considerável do número de vendas e edições ao longo desse anos.
E, se pensarmos assim, já temos certeza que esse ‘personagem lendário’ adquiriu uma posição de destaque, já
que é considerada uma das maiores obras infanto-juvenis do Brasil.
Atualmente, ela é utilizada nas escolas como ferramenta de acesso e, ainda, para disseminar o gosto pela
leitura.
Além disso, a obra foi adaptada para cinema, série televisiva e desenho animado, expandindo ainda mais
os corriqueiros momentos de travessuras desse menino tão maluquinho.
Nesse momento, surgem as perguntas: o que torna uma obra literária parte do imaginário de um povo? Como
adquire uma posição de destaque?
Para responder essas questões, podemos pensar na psicologia e pressupor uma identificação da personagem
com sua personalidade. Ou ainda, percorrer os caminhos da linguística pra explicar que uma linguagem
simples e cheia de significados absorve a atenção do público. Entretanto, aqui, a ideia não é esta!
Após a leitura, fica claro é que, com uma linguagem e uma narrativa simples, Ziraldo conseguiu transmitir ao
público, a trajetória e os momentos quase universais de uma infância feliz.
Talvez por isso, houve durante essas décadas, enorme aceitação do público. Essa obra vendeu cerca de 2,5
milhões de exemplares ao mesmo tempo que acompanhou nossa era digital.
Assim, hoje encontramos sites do menino maluquinho, com vídeos, jogos, quadrinhos, dentre outros.
“E, como todo mundo, o menino maluquinho cresceu (...) E foi aí que todo mundo descobriu que
ele não tinha sido um menino maluquinho ele tinha sido era um menino feliz!”.
A simplicidade com que o livro termina, nos leva a pensar que, como toda criança travessa, sua infância e
trajetória de vida está repleta de acontecimentos tão ‘humanos’.
Destacam-se: fazer travessuras, ter inquietudes, se apaixonar, brincar com os familiares, tirar nota baixa na
escola, ter bons amigos, algumas namoradas, segredos, jogar futebol, empinar pipa, se machucar, ter
decepções e alegrias...
Todos os acontecimentos que resumem uma vida simples e feliz e que o tornam esse ‘cara legal’, são
desvendadas pelo próprio Ziraldo no final da estória.
O maluquinho revela diante das coisas boas e nem tão boas da vida, que consegue sorrir e ter princípios e
valores.
Segundo o poeta e filósofo estadunidense Henry Thoreau (1817-1862): “Muitos homens iniciaram uma
nova era na sua vida a partir da leitura de um livro”.
Pra mim, essa frase faz sentido na medida em que meu encontro com o “Menino Maluquinho”, foi de extrema
identificação, percepção, magia, catarse.
‘Devorei’ a obra nos espaçosos corredores de uma feira de livros na década de 90 na cidade de São Paulo. Eu
tinha 8 anos.
Naquele momento inebriada com o cheiro de livros, luzes coloridas e brilhantes, vozes em verso e prosa e as
mãos dadas ao papai, que eu iria crescer, igual o menino maluquinho.
Assim, o meu novo desafio a partir daí foi a busca para me tornar aquele ‘cara legal’ descrito por Ziraldo.
Afinal, ‘ventos nos pés’, vontade de 'abraçar o mundo' e 'imaginação' eu já tinha, e bastante.