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E.E.E.M.T.I.

JOSINO BRITO
LÍNGUA PORTUGUESA – 1º BIMESTRE
PROF.ª TÁSSYLA MACHADO
1º ANO
REVISANDO O CONTEÚDO
Estudante: __________________________________________________________
GRAMÁTICA NORMATIVA E INTERNALIZADA, ADEQUAÇÃO LINGUÍSTICA,
VARIANTE E VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

QUESTÃO 01 – (ENEM/2012)
TEXTO I
Antigamente Copo d’água Lanche oferecido pelos
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua amigos
diante dos pais e se um se esquecia de arear os Treteiro de topete Tratante atrevido
dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era Abrir o arco Fugir
capaz de entrar no couro. Não devia também se Bilontra Velhaco
esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir.
Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista
debicar os mais velhos, pois levava tunda. Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).
Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e
Na leitura do fragmento do texto Antigamente
logo voltava aos penates. Não ficava mangando
constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que
na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que
itens lexicais outrora produtivos não mais o são no
não entendesse patavina da instrução moral e
português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que
cívica. O verdadeiro smart calçava botina de
(A) a língua portuguesa de antigamente carecia de
botões para comparecer todo liró ao copo
d’água, se bem que no convescote apenas termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano.
lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é (B) o português brasileiro se constitui evitando a
que eram um precipício, jogando com pau de ampliação do léxico proveniente do português
dois bicos, pelo que carecia muita cautela e europeu.
caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de (C) a heterogeneidade do português leva a uma
molho diante de um treteiro de topete, depois de
estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
fintar e engambelar os coiós, e antes que se
pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco. (D) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês
para ser reconhecido como língua independente.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de (E) o léxico do português representa uma realidade
Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).
linguística variável e diversificada.
TEXTO II
QUESTÃO 02 – Qual variedade linguística (culta
Expressão Significado
formal, informal ou coloquial-popular) podemos ou
Cair nos braços de Morfeu Dormir devemos usar nas seguintes situações sociais:
Debicar Zombar
a) Falando sobre política num canal de televisão.
Tunda Surra Culta formal
b) Numa pequena mensagem de celular para um
Mangar Caçoar amigo próximo.
Coloquial-popular
Tugir Murmurar
c) Numa pequena mensagem de celular para o seu
Liró Bem-vestido professor de português.
Culta informal
Convescote Piquenique d) Numa carta de reclamação para o presidente. CF
e) Numa conversa na praça entre amigos. Não, pois tendo a gramática internalizada e
Coloquial-popular usando-a é possível entender a variante, mesmo
f) Um debate numa conferência nacional sobre que sendo coloquial.
meio ambiente.
Culta formal e) Reescreva essa mesma mensagem usando a
g) Uma mensagem de Whatsapp para irmã norma culta da língua.
explicando que você foi à padaria comprar pão. Oi. Tudo bem? Estou com saudade de você.
Coloquial-popular [...]
h) Um bilhete para a diretora da sua escola f) Qual a intenção das pessoas ao usarem esse tipo
explicando o porquê da sua falta de hoje. de escrita nas redes sociais?
Culta informal
As redes sociais exigem uma comunicação mais
i) Um artigo de opinião solicitado pelo
dinâmica e rápida, logo abreviar as palavras facilita
professor de português.
Culta formal
a escrita e acelera a comunicação.
j) Na redação do ENEM.
Culta formal QUESTÃO 04 – Observe a imagem acima para
responder as questões por escrito.
QUESTÃO 03 – Leia o texto retirado do
Facebook de uma adolescente e responda as
perguntas.

a) O anúncio acima segue a norma culta da língua?


Por quê?
Não, porque a ortografia foge da convenção escrita
do idioma.

b) Como deveria ter sido escrita este anúncio?


Seja bem-vindo. Experimente a linguiça.
c) Qual fator você acha que contribui para que o
sujeito que escrevesse inadequadamente este
a) A linguagem deste texto é considerada culta anúncio?
ou coloquial? Provavelmente quem escreveu o anúncio não teve acesso às
Coloquial informações sobre a gramática normativa.
b) Por que o autor desta mensagem escreveu d) A situação permite que este anúncio seja escrito
para o colega usando essa escrita? assim? Por quê?
A adequação foi feita devido o canal de comunicação Não. Apesar do lugar parecer simples, um anúncio exige que
(rede social) e o interlocutor ser uma pessoa próxima. a escrita siga pelo menos a variante culta informal da língua.
c) Essa escrita pode ser usada nos trabalhos
escolares? Por quê?
Não, pois eles exigem que a adequação siga a variante QUESTÃO 05 – Considerando os tipos de
culta da língua portuguesa. variação linguística, analise o texto abaixo e
d) Essa escrita atrapalhou o seu entendimento classifique-a.
do texto? Justifique.
(C) ao fato de ambos terem nascido em
Uberlândia (Minas Gerais).
(D) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer
seu nome completo
(E) ao seu interesse profissional em financiar o
veículo de Júlio.

Variação geográfica, pois a imagem traz


exemplos de expressões que são típicas de uma
região, o Nordeste.

QUESTÃO 06 – Leia o texto abaixo.

Gerente – Boa tarde. Em que eu posso


ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em
financiamento para compra
de veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias
modalidades de crédito.
O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura,
também sou
funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui
é a Helena! Cê tá
em Brasília? Pensei que você inda
tivesse na agência de
Uberlândia! Passa aqui pra gente
conversar com calma.

(BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua


materna.
São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado))

Na representação escrita da conversa telefônica


entre a gerente do banco e o cliente, observa-se
que a maneira de falar da gerente foi alterada de
repente devido

(A) à adequação de sua fala à conversa com um


amigo, caracterizada pela informalidade.
(B) à iniciativa do cliente em se apresentar como
funcionário do banco.

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