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Edital esquematizado: 70% jurisprudência TSE (Informativos a partir de janeiro de 2017). Letra
de lei com crimes eleitorais, novidades de legislação e súmulas do TSE.
Temas mais importantes:
Regramento Constitucional (LENZA – Direitos políticos, capacidade eleitoral ativa e
passiva, perda e suspensão dos direitos políticos. Princípio da anualidade).
Justiça Eleitoral – composição e competência. Magistratura temporária. Regramento
especial do TST (Sempre julga em plenário e situações em que é necessário todos os
membros). Competência consultiva e administrativa da Corte. Juízes e junta.
MPE – entender como funciona e qual membro atua em cada eleição.
Alistamento e domicílio eleitoral. Revisão do eleitorado. Pluralidade e duplicidade de
títulos.
Elegibilidade e inelegibilidade (LC 64). Incompatibilidades e desincompatibilização.
Inelegibilidades constitucionais e legais. Ficha Limpa e julgado do STF quanto ao tema.
Sistemas eleitorais - Majoritário e proporcional. Entender o sistema proporcional.
Quociente eleitoral e coligações (mandato pertence a quem). Sistema de sobras.
Convenções e coligações. Candidatura nata e registro de candidatura. Substituição de
candidatos. Com as alterações da reforma eleitoral de 2017 e Emenda constitucional
que extinguiu as coligações para eleições proporcionais além de criar várias barreiras
para novos partidos (clausula de desempenho)
Campanha eleitoral - arrecadação e gastos, doações, gastos com campanhas e
prestação de contas.
Propaganda política - propaganda eleitoral e partidária. Acesso ao rádio e a TV
(distribuição das formas de acesso). Inserções e disponibilização em cadeia.
Propaganda irregular e antecipada. Consequências. Proibições. Atenção especial para
rádio e televisão mesmo.
Partidos políticos - criação e apoiamento mínimo. Filiação partidária e fidelidade
partidária (perda do mandato). Acesso ao fundo partidário e à proporção. Alterações
promovidas no art. 17, da CRFB/1988 pela EC 97/2017.
Ações eleitorais - tema mais importante. Saber procedimento, e qual lei é aplicada.
Cuidado especial para as hipóteses de cabimento, bem como as consequências da
procedência de cada uma das ações.
Recursos eleitorais - atenção para as diferenças do procedimento comum.
Características e prazos. Efeitos e hipóteses restritas de cabimento.
Muita atenção com os julgados paradigmas do STF (Ex: candidatura nata, infidelidade
partidária, proibição de doações de pessoas jurídicas, divisão do tempo no rádio e na
televisão, se o mandato pertence a coligação ou ao partido, prefeito itinerante, ADI
do Humor que trata da liberdade de expressão e sátiras a candidatos etc).
Cuidado agora com a jurisprudência do TSE (janeiro/2017 até agora).
Leis indispensáveis:
1. Lei das Eleições
2. Lei dos Partidos Políticos
3. Lei das inelegibilidades
CF e súmulas do TSE
Novidades:
Alterações promovidas pela Lei 13.165/2015 - Minirreforma
Alterações do NCPC – Resolução 23.478/2016
Lei 13.488/2017 – alterações LE, LPP e CE e revogou algumas da Minirreforma
Lei 13.487/2017 – Fundo Especial de Financiamento de Campanha e extinguiu
propaganda partidária na rádio e televisão. (ANTES E DPS –
DIZER O DIREITO “Análise da reforma de 2017”)
João Heliofar. Vídeos no youtube. Jurisprudência.
Blog acachaçaeleitoral
Livro: José Jairo Gomes.
JURIS RECENTE
Não há responsabilidade solidária entre os diretórios partidários municipais, estaduais e
nacionais pelo inadimplemento de suas respectivas obrigações ou por dano causado, violação
de direito ou qualquer ato ilícito. (ADC 31/DF)
Lei 9.096/1995: “Art. 15-A. A responsabilidade, inclusive civil e trabalhista, cabe
exclusivamente ao órgão partidário municipal, estadual ou nacional que tiver dado
causa ao não cumprimento da obrigação, à violação de direito, a dano a outrem ou a
qualquer ato ilícito, excluída a solidariedade de outros órgãos de direção partidária.”
Vedação à recondução em mesa não é norma de reprodução obrigatória, MAS
‘“(i) a eleição dos membros das mesas das assembleias legislativas estaduais deve observar o
limite de uma única reeleição ou recondução, limite cuja observância independe de os
mandatos consecutivos referirem-se à mesma legislatura; (ii) a vedação à reeleição ou
recondução aplica-se somente para o mesmo cargo da mesa diretora, não impedindo que
membro da mesa anterior se mantenha no órgão de direção, desde que em cargo distinto; e
(iii) o limite de uma única reeleição ou recondução, acima veiculado, deve orientar a
formação das mesas das assembleias legislativas que foram eleitas após a publicação do
acórdão da ADI 6.524, mantendo-se inalterados os atos anteriores.”
É vedada a fusão ou incorporação de partidos políticos que tenham obtido o registro
definitivo do TSE há menos de 5 anos
lei nº 13.107/2015 acrescentou o § 9º ao art. 29 da Lei nº 9.096/95
ADI 6044/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 6/3/2021 (Info 1008).
O TSE decidiu por maioria que a desaprovação pode ensejar, além da sanção de devolução da
importância tida por irregular – acrescida de multa de até 20% (art. 36, II) –, a sanção de
suspensão do recebimento de cotas do Fundo Partidário Recurso Especial Eleitoral no
0600012-94, Florianópolis/SC, redator para o acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em
10.9.2020.
DHs e direitos políticos: jusnaturalismo = liberdade, inclusive de opressão. Alexy diz que os
direitos do homem são: universais, morais (independe de positivação); preferenciais;
fundamentais; abstratos (colisão gera ponderação). 1ª Geração (liberdade): direitos políticos
nas primeiras declarações:
Declaração de Direitos do Bom Povo de Virgínia, 1776: votar e ser votado, e decisões
políticas sujeitas ao crivo dos representantes
Declaração de Independência dos EUA, 1776: princípios democráticos (1ª)
Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão, 1789: lei é vontade geral e
todos cidadãos concorrem, pessoalmente ou por mandatários, para sua formação
DUDH, 1948: vontade do povo, acesso, liberdade, sufrágio universal, eleições
periódicas, voto secreto, processo equivalente
PIDCP, 1966: participação; votar e eleito; sufrágio universal e igualitário; voto secreto;
acesso às funções públicas
DIREITO AO SUFRÁGIO
É o direito de manifestação de vontade. Ou seja, é um direito público subjetivo democrático de
participação do povo, de votar e ser votado.
a. Sufrágio Universal: atribuído ao maior número possível de nacionais.
Restrições são excepcionais e fundam-se em circunstâncias que naturalmente
impedem os indivíduos de participar.
b. Restrito: minoria participa
i. Censitário – Europa no séc. XIX e Brasil – CF Imperial de 1824 e
moderadamente pelas CF de 1891 e 1934
ii. Cultural ou capacitário – CF88 acolheu em parte (analfabetos são
inelegíveis, mas podem votar)
iii. Masculino
c. Igual: isonomia (one man, one vote)
i. Tem exceções na cidadania passiva: limites etários (Presidente e Vice
e Senador: 35; Governador e Vice: 30; Deputado, Prefeito e Vice: 21;
Vereador: 18)
d. Desigual: elitistas, oligárquicos, aristocráticos, com prevalência de classes ou
grupos sociais (voto familiar, voto plúrimo de um mesmo eleitor na mesma
circunscrição; voto múltiplo, em várias circunscrições)
ADI 5525: novas eleições podem ser realizadas quando a matéria for apreciada pelo TSE,
sendo inconstitucional aguardar-se o trânsito em julgado para tanto. Há julgamento no TSE
falando que basta encerramento das instâncias ordinárias, salvo medida cautelar do TSE.
São duas etapas do processo de cassação do Chefe do Executivo quando mais da metade dos votos
são anulados por fraude – 224 CE:
1) Afastamento do Governador (TSE: colegiado 2ª instância) e posse do próximo na linha
sucessória
2) Realização de novas eleições e posse do vencedor.
- Até 2015 – se o cassado tivesse tido +50% dos votos, havia nova eleição para alcançar de novo ou o 2º
era eleito
- Após 2015 (Minirreforma) – sempre novas eleições, mas após o trânsito em julgado do TSE
- ADI 5525: inconstitucionalidade do Trânsito em julgado, pois esvaziaria a eficácia da busca de
legitimidade por eleições
Após a CF/88 art. 92, I, do CP não mais se aplica, cabendo suspensão somente com o trânsito
em julgado. Mas há atualização quanto a necessidade de trânsito em julgado:
Execução provisória de pena criminal (ADC 43 e 44) após condenação em segundo grau, não
havendo ofensa a presunção de inocência.
Execução provisória restringe-se ao efeito principal da condenação penal. A depender do
crime cometido pelo réu, poderá haver restrição da cidadania pela LC 64/90 “proferida por
órgão judicial colegiado”.
ALISTAMENTO ELEITORAL
Conceito: procedimento administrativo-eleitoral pelo qual se qualificam e se inscrevem os eleitores (organização
do eleitorado). Adquire-se somente capacidade eleitoral ativa (jus suffragii).
Alistamento obrigatório:
Alistamento originário não exige tempo mínimo de residência no local.
Direito à falta abonada (2 dias) para alistamento.
Pessoas obrigadas: +18-70. Brasileiro nato tem de se alistar até 19 anos e naturalizado até um
ano após a aquisição da nacionalidade, sob pena de multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada
no ato da inscrição e privação de direitos políticos.
A) Analfabeto: alistamento facultativo. Após, alfabetização, 1 ano, sob pena de
multa.
B) Absolutamente incapazes (-16): impedidos
C) Relativamente incapazes (+16-18; ébrios; por causa transitória ou permanente
não puderem exprimir sua vontade; pródigos): devem alistar-se, salvo -18
(facultativo).
D) PcD: devem alistar-se, salvo impedimento de manifestação de vontade.
E) Brasileiro residente no exterior: devem alistar-se.
F) Indígena: integrado na sociedade, deve alistar-se, MAS não estão sujeitos à
multa por alistamento extemporâneo.
a. Alistamento deve ser facilitado. Fala-se em faculdade dos indígenas em
se alistar
TSE: “os indígenas têm assegurado o direito de se alistar como eleitores e de votar,
independentemente de categorização prevista em legislação especial infraconstitucional”
“Assegurou-os, em caráter facultativo, a todos os indígenas, independentemente da
categorização, observadas as exigências de natureza constitucional e eleitoral. Os índios que
venham a se alfabetizar, devem se inscrever como eleitores, não estando sujeitos ao
pagamento de multa pelo alistamento extemporâneo”.
RECURSOS: Decisão de defere o alistamento (10 DIAS, por delegado de Partido ou membro do
MP) ou indefere (5 DIAS) alistamento: recurso ao TRE (Res. TSE 21538/2003). Nesse caso, o
procedimento administrativo transforma-se em judicial. Cabe MS.
Sigilo do cadastro eleitoral: RES. TSE 21.528/2003 – permite às instituições públicas e privadas e às
pessoas físicas o acesso às informações nele contidas, mas não se fornecerão informações de caráter
pessoal (filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, escolaridade, telefone e endereço), salvo
se a pedido:
a) do próprio eleitor;
b) por autoridade judicial;
c) por autoridade policial;
d) por MP (Lei de Organização Criminosa e Lei de Lavagem de Dinheiro – independentemente de
autorização judicial);
e) pelo órgão de direção nacional de partido político relativamente aos seus próprios filiados;
f)bentidades autorizadas pelo TSE, desde que exista reciprocidade de interesses.
h) TSE – Res. 22.059/2005: Já se atendeu a pedido do Ministério da Previdência Social para informação
sobre óbito.
Cancelamento = exclusão: art. 71 CE (atualmente nem todas são cancelamento, mas, com o
advento do sistema eletrônico, são apenas suspensão da eficácia).
a) Infração às regras relativas ao domicílio eleitoral
b) Suspensão ou perda de direitos políticos
c) Pluralidade de inscrição: 1º cancela-se a mais recente; 2º cancela-se a que não
corresponda ao domicílio eleitoral; 3º naquela cujo título não foi entregue; 4º não
votou na última eleição; a mais antiga.
d) Falecimento do eleitor
e) Deixar o eleitor de votar, injustificadamente, em três eleições consecutivas (conta
qualquer eleição, 1º e 2º turno. Só não conta eleição anulada). Salvo justificativa no
prazo de 60 dias ou 30 dias do retorno ao país.
b. Não se aplica à PcD ou doença que impossibilite voto
Processo de cancelamento pode iniciar-se ex officio pelo juiz eleitoral (Exceção ao princípio da
inércia de jurisdição). Pode pleitear: delegado de partido político, eleitor ou MP. É matéria de
ordem pública (inexiste preclusão).
Cabe recurso ao TRE. Durante o curso do processo, eleitor pode votar. Se houve decisão de
deferimento, e o TR ou TSE revisar, serão nulos os votos se o nº for suficiente para alterar
eleição.
FRAUDE NO ALISTAMENTO
Inscrição pode ser negada ou cancelada. Crime do Código Eleitoral (também se aplica para a
transferência fraudenta, usada para a formação de currais eleitorais). Induzir à inscrição
fraudulenta também é crime (eleitor é partícipe).
REVISÃO DO ELEITORADO
Verificação do domicílio. São chamados pessoalmente a comprovar domicílio e razões do
domicílio.
DENÚNCIA DE FRAUDE NO ALISTAMENTO TRE
CE – Art. 71 § 4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma
zona ou município, o Tribunal Regional poderá determinar a realização de correição e,
provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará a revisão do eleitorado
obedecidas as Instruções do Tribunal Superior e as recomendações que, subsidiariamente,
baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não
forem apresentados à revisão.
EX OFFCIO QDO HOUVER REQUISITOS TSE
Lei das Eleições. Art. 92. O Tribunal Superior Eleitoral, ao conduzir o processamento dos
títulos eleitorais, determinará de ofício a revisão ou correição das Zonas Eleitorais sempre
que:
TSE - CUMULATIVOS
I - o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja dez por cento
superior ao do ano anterior;
TSE: Em se tratando de abuso de poder, examina-se a gravidade da conduta (vendeu imóveis
a preço de banana para pessoas se mudarem) e não sua potencialidade para interferir no
resultado da eleição
II - o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de
idade superior a setenta anos do território daquele Município;
III - o eleitorado for superior a sessenta e cinco por cento da população projetada para
aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Res. 21.538 TSE: Não pode em ano eleitoral, salvo autorização do TSE.
Res. 22.616 – Revisão de eleitorado. NÃO COMPETE AO TSE determinar a revisão de
eleitorado, sob o fundamento de irregularidades no alistamento eleitoral.
Compete ao TRE!!
BIOMETRIA
150 dias antes do pleito, data final para o fechamento dos dados que constarão das urnas
eletrônicas. Corregedoria Geral Eleitoral decide os municípios que adotarão. Quem não se
cadastrou teve título cancelado. HÁ UMA ESPÉCIE DE REVISÃO DO ELEITORADO EM
DECORRÊNCIA DA EXIGÊNCIA DA IDENTIFICAÇÃO BIOMÉTRICA.
ADPF 541 – STF reputou constitucional -“O fato de alguém não comparecer à biometria não
resulta automaticamente na perda do título. O funcionamento da revisão e a possibilidade de
se cancelar o título baseiam-se em lei. Eventuais cancelamentos são objetos de sentença
eleitoral, comportam recurso e permitem regularização”. Por isso é proporcional.
VOTO ELETRÔNICO
1996 começou, 2002 implantou geral. Embora haja situações de mal funcionamento, elas se
submetem a testes públicos de segurança e não são conectadas à internet, sendo um
instrumento confiável e avançado para a colheita de votos.
ADI 5889 – Inconstitucionalidade do voto híbrido (impresso), pois permite a identificação de
quem votou (viola o voto secreto). PGR autor da ADI: “contramão da proteção da garantia
do anonimato do voto e significa verdadeiro retrocesso”. Traz risco a confiabilidade do
sistema eleitoral. PcD (cegos) não conseguirão aferir sem auxílio de terceiros.
Mas já tem lei de 2017. TSE não aplicou em 2018 (STF suspendeu)
Voto impresso criptografado (Scantegrity)
MESAS RECEPTORAS
Cada seção 1 mesa.
1 Presidente. 2 mesários. 2 secretários. 1 suplente. Nomeados pelo juiz eleitoral 60 dias antes
da eleição, em audiência pública ( partidos podem impugnar em 2 dias desta ou da publicação dos
nomes dos candidatos - da decisão do juiz eleitoral cabe recurso ao TRE em 3 dias ), anunciada com 5
dias de antecedência. Preferencialmente, eleitores da própria sessão, professores, diploma e
serventuários da Justiça. Pode pedir dispensa por motivos justos em 5 dias. Se não
comparecer, leva multa e se for servidor, suspensão de até 15 dias (dobro se a mesa deixar de
funcionar/se abandonar no dia).
Impedimento deve ser declarado: a) parente em até 2º grau de candidato; b) candidato; c)
função diretiva em diretório de partido político; d) cargo de confiança no poder executivo;
policial ou autoridade ou pertencer ao serviço eleitoral (não podem ser funcionários da Justiça
Eleitoral ou do Ministério Público Eleitoral).
Se todas mesas sumirem, TRE determinará outro dia (entre 15 e 30 dias) e instaurará inquérito.
Ac.-TSE, de 17.12.2019, no AgR-AI nº 4184, de 28.4.2009, no HC nº 638 e, de 10.11.1998, no
RHC nº 21: o não comparecimento de mesário no dia da votação não configura o crime
estabelecido no art. 344 do CE.
FISCALIZAÇÃO
Partidos e Ministério Público Eleitoral:
A) podem nomear dois delegados para cada zona eleitoral e dois fiscais para cada
seção eleitoral. Não podem pertencer às mesas nem serem menores de 18.
B) Podem constituir sistema próprio de fiscalização, apuração e totalização dos
resultados, inclusive com empresas de auditoria de sistemas, credenciadas junto à
Justiça Eleitoral, que receberão os programas e dados alimentadores do sistema
oficial.
Impugnação: colocada na Ata. Presidente que não a colocar responde por crime.
APURAÇÃO
Juntas: sua jurisdição (Vereador e prefeito). 10 dias. Partido: 3 fiscais que se revezem,
permitida a atuação de 1. Durante a apuração, fiscais, delegados e candidatos podem impugnar para a
Junta (cabe recurso imediato, verbal ou por escrito, fundamentado no prazo de 48h). Recontagem só
será deferida pelo TRE se houver impugnação imediata da urna. Junta manda em 24h para o TRE: ata
do que fez + infos da competência do TRE.
TRE: Governador, vice, senador, deputado federal e estadual. 30 dias.
TSE: Presidente e vice. 5 dias.
Seções: distribuição dos eleitores para fins de votação. Justiça Eleitoral. “TSE estabelecerá o
nº de eleitores das seções eleitorais em função do nº de cabinas nelas existentes. Cada seção
terá, no mínimo, duas cabinas”. (Res. 14250/1988 – 250 eleitor/cabina nas capitais e 200 no
interior). Presos provisórios e adolescentes submetidos à medida sócio-educativa de
internação: mínimo de 20 aptos.
1A. DIREITO À DEMOCRACIA. CONCEITO FORMAL E MATERIAL DE
DEMOCRACIA. ELEMENTOS ESSENCIAIS DA DEMOCRACIA.
DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS.
DEMOCRACIA
a. Direta
b. Indireta
i. Partidos políticos (Inglaterra, impulsionados pelos socialistas, são capazes de captar,
assimilar, catalisar e organizar a opinião pública). Mandato pertence à agremiação
política, e não ao eleito (salvo majoritário).
ii. Modelo em crise: exponencializada pela internet. Desobrigação de manter propostas
e alinhamento com partido e campanha. Uma efetiva democracia representativa
permite o recall (risco de perda de mandato).
c. Semidireta: CF – plebiscito, referendo e iniciativa popular.
b) Estado democrático de direito
a. Kelsen: ordem jurídica coercitiva
b. De Direito: paute-se por critérios jurídicos, não pela força, prepotência ou arbítrio
c. Democrático: participam da elaboração e são os destinatários das normas
SISTEMAS ELEITORAIS
São os critérios utilizados para a eleição dos representantes, variando em relação à
circunscrição eleitoral, aos métodos para formação das maiorias e para a proteção das
minorias políticas e, também, em relação ao papel dos partidos políticos.
a) SISTEMA MAJORITÁRIO: mera vantagem numérica (Executivo e Senado Federal)
a. Majoritário absoluto: depende da obtenção de mais da metade dos votos –
Presidente e Vice; Governadores e Prefeitos+200.
Art. 77 § 2º Será considerado eleitor Presidente o candidato que, registrado por partido
político, obtiver a maioria absoluta de votos (válidos), não computados os em branco e
nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova
eleição em até 20 dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais
votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
ADI 4947: O Nº de deputados federais deve ser fixado por meio de lei complementar, não
podendo ser feito pelo TSE. A CF/88 previu que o nº total de deputados, bem como a
representação por Estado e pelo DF, deve ser estabelecido por LC, proporcionalmente à
população.
TSE: Os parlamentares licenciados devem ser substituídos por suplentes das coligações
partidárias, e não dos partidos políticos.
Brasil-problema: i) não há partidos ideológicos; ii) custo das campanhas eleitorais. O voto
distrital reduz custo (proximidade). Mas ao longo de todo Império e Rep. Velha, nosso voto
foi distrital: eleição só de oposição; prevalência do critério geográfico sobre o ideológico;
gerrymandering (manipulação eleitoral na formação dos distritos).
LCSG defende sistema proporcional de lista fechada (aprimoramento da
representação popular e fortalecimento dos partidos, reduz custos). Mas deve haver
regras internas democráticas para os partidos, privilegiando filiados em detrimento
de lideranças autocráticas, assegurando diversidade de gênero; cor; minorias. Também
propõe um sistema proporcional de dois turnos: 1º lista fechada para quociente eleitoral, com
alternância de gênero; 2º partido lança o dobro de candidatos das vagas que obteve, para
eleitor escolher, entram os que receberem o QE, depois, pelos votos do partido, entram os de
maior votação nominal, em alternância de gênero.
Macaco Tião (RJ, 1988) e Rinoceronte Cacareco (SP, 1959). Voto escrito. Mais votados.
Protesto. Voto nulo em massa. Utilidade?
NÚMERO DE REPRESENTANTES
1. Deputados Federais: LC, proporcionalmente à população, não menos que 8 nem mais que
70. É norma constituinte originária, não cabe controle. LC previu que TSE manipularia vagas
de deputados federais conforme dados do IBGE. STF julgou inconstitucional, pois deveria ser
pré-fixado por LC e não variável (Medo de Estados de perderem cargos).
3. Vereadores: (ANTES) proporcionais à população. STF - Caso Mira Estrela (ACP do MP, uma
vez que havia grande desproporção na interpretação da CF). A partir desse caso, foram
formulados critérios matemáticos para assegurar proporção por meio de Resolução do TSE
(Considerada constitucional pelo STF). Grande controvérsia sobre a possibilidade do TSE fazer
isso. Em 2009, houve EC fixando 24 faixas, ampliando o que havia sido limitado pelo TSE
(gastos para os Municípios). A EC 58/2009 teve eficácia retroativa, que STF julgou
inconstitucional. A CF não fala mais em proporcionalidade à população, que escolhe segundo
limites das faixas, segundo sua Lei Orgânica Municipal (que não se sujeita ao princípio da
anualidade, devendo ocorrer até o termo final do período das convenções partidárias - TSE).
LCSG discorda, é evidente que deveria se sujeitar à anualidade.
AMBOS:
B) São convocados por DECRETO LEGISLATIVO, por proposta de, no mínimo 1/3 de
qualquer Casa. SUSTA a tramitação de projetos de lei e medidas
administrativas
C) São decididos por MAIORIA SIMPLES do CN
D) Luiz Carlos são vinculativos.
INICIATIVA POPULAR
Só um assunto pode ser emendada por Parlamentar, desde que no assunto. Não poderá ser
rejeitado por vício de forma – cabendo a Câmara dos Deputados corrigir eventual
impropriedade técnica. Exemplos: homicídio qualificado crime hediondo; tipo cível da compra
de votos, Lei da Ficha Limpa.
E) FEDERAL: projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, 1%
do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5 Estados, com não menos de
0,3% dos eleitores de cada um deles (busca incentivar medidas que interessem a
todo o país)
F) ESTADUAL: CF falou que “lei disporá”. Mas não há lei. Cabe as Constituições
Estaduais então.
G) MUNICIPAL: CF falou que “lei orgânica municipal” cuidará da iniciativa popular de
projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, por
meio de manifestação, de, no mínimo, 5% do eleitorado.
AÇÃO POPULAR
Art. 5º, LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe (U, DF, E,
autarquias, SEM, sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados
ausentes, EP, Serviços sociais autônomos, instituições ou fundações para cuja criação ou
custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da
receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da U,DF,E,M,e de quaisquer pessoas
jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos), à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Lei 4.717/1965
H) Patrimônio público: bens e direitos de valor econômico, artístico, estético,
histórico ou turístico
I) Menos de 50%: as consequências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão
por limite a repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos.
J) Cidadania: título eleitoral
K) Pode pedir docs. Prazo de 15 dias para apresentarem. Só pode ser negada no caso
de sigilo e a ação poderá ser proposta desacompanhada.
5.A* CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
“Para a Teoria do fato jurídico, do registro nasce a elegibilidade; para a Teoria Clássica, com o registro nasce o
candidato".
A Ação de Impugnação do Pedido de Registro pode ser ajuizada por partidos, coligações,
candidatos e MPE, no prazo de 5 dias da publicação do Rol de candidatos pela JE - PRAZO
COMUM a todos legitimados, inclusive MP (Exceção à regra da intimação pessoal e não se
interrompe em FDS/feriado).
Indeferido o registro, cabe recurso com efeito suspensivo: candidato pode fazer tudo, ficando
a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por
instância superior (votos serão considerados nulos, implicando no recálculo do quociente eleitoral,
divisão dos votos válidos pelas vagas em disputa, e no quociente partidário ). Problemas de
instabilidade. Proporcionais que subiram com o voto do registro indeferido perdem cargo;
maioria absoluta (PR, GOV, PREF+200) exige nova eleição.
FILIAÇÃO:
Prazo: L – 6 meses do pleito, SALVO:
A) Militares, PM e Bombeiros: NÃO É EXIGÍVEL. só escolha como candidato nas
convenções partidárias (20 de julho até 5 de agosto do ano eleitoral);
B) MP – antes de 1988: momento da desincompatibilização (6 meses antes do pleito)
sem exoneração;
C) Juízes e MP após 5/10/1988: no momento da desincompatibilização e demanda
exoneração.
Prazo de filiação no estatuto do partido pode ser maior. Só não pode ser majorado em ano de
eleição (diminuir pode, mas LCSG discorda). A Lei exige que os partidos enviem rol de filiados
2x por ano; na omissão, prevalece envio anterior E prevalecerá a filiação mais recente,
havendo coexistência.
Súmula 2 TSE: Assinada e recebida a ficha de filiação partidária até o termo final do prazo
fixado em lei, considera-se satisfeita a correspondente condição de elegibilidade, ainda que
não tenha fluído, até a mesma data, o tríduo legal de impugnação.
Prejudicados poderão recorrer ao juiz - intimação do partido para que cumpra ou provar por
documentos a filiação:
Súmula 20 TSE: se não constou na lista de filiados, cabe prova de filiação por outros meios,
salvo quando se tratar de documentos produzidos unilateralmente, destituídos de fé pública.
Espécies de inelegibilidade:
a) Absolutas (qualquer cargo): inalistáveis e analfabetos.
b) Relativas: funcional (Executivo) e reflexa.
Art. 14.
ABSOLUTAS
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis (estrangeiros e conscritos) e os analfabetos
Analfabetos: ler e escrever minimamente (analfabetismo funcional não é óbice).
Comprovação de conclusão do Ensino Fundamental é suficiente. CNH gera presunção
de escolaridade(sum 55) Titularidade de cargo eletivo anterior NÃO É SUFICIENTE
(sum 15). Prova no juiz eleitoral: discreta e não constrangedora. LUIZ CARLOS: não
aplicável aos indígenas nem aos surdos (libras), pois há autorização constitucional
(art. 210, § 2º)
Súmula-TSE nº 15
O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a
condição de alfabetizado do candidato.
RELATIVAS
Inelegibilidade Funcional (REELEIÇÃO):
§ 5º O Presidente da República, os Governadores e os Prefeitos e quem os houver sucedido,
ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período
subsequente.
1 PR + 2 PR = Não pode 3 Vice
1 Vice + 2 Vice = Não pode 3 vice (ainda que com titulares diferentes)
Não gera inelegibilidade a ocupação a título precário (substituição), salvo se 6 meses
antes do pleito (incidirá inelegibilidade por ausência de desincompatibilização, caso
em que SÓ PODERÁ CONCORRER à REELEIÇÃO PARA O CARGO QUE SUBSTITUIU! (Se
o Presidente da Câmara substituir o Presidente, só poderá se reeleger para
Presidente)
TSE: se ocupou em sucessão por só três dias pode
INELEGIBILIDADE REFLEXA
§ 7º São inelegíveis, no território da jurisdição circunscrição do titular, o cônjuge e os
parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau ou por adoção, do Presidente da República,
Governador e Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Vice não gera inelegibilidade reflexa
Dissolução do vínculo conjugal não afasta inelegibilidade (SUM VIN 18 STF)
Alcança parentes do cônjuge
Súmula-TSE nº 6
São inelegíveis para o cargo de Chefe do Executivo o cônjuge e os parentes, indicados no §
7º do art. 14 da Constituição Federal, do titular do mandato, SALVO SE ESTE, REELEGÍVEL,
tenha FALECIDO, RENUNCIADO ou SE AFASTADO DEFINITIVAMENTE do cargo ATÉ SEIS
MESES ANTES DO PLEITO.
Súmula-TSE nº 12
São inelegíveis, no município desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e os
parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do
município-mãe, ou de quem o tenha substituído, dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo.
INELEGIBILIDADES INFRACONSTITUCIONAIS
LEI COMPLEMENTAR 135/2010 (LEI DA FICHA LIMPA – ALTEROU LC
64/90)
Art. 14, § 9º, da CF, autoriza LC no caso de: a) probidade administrativa; b) moralidade,
considerada a vida pregressa; c) normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na adm púb direta e
indireta. Mas não é autoaplicável (S13 TSE).
Por fim, não ofende o princípio da confiança, pois é norma prevista na CF desde 1994.
LCSG discorda: inelegibilidade pode (efeito de condenação por ilícito) ou não ter caráter
sancionatório. Melhor seria reservar a condenações colegiadas ocorridas após a vigência, ante
o grau de controvérsia gerado.
Principais inovações:
MAJORAÇÃO DO PRAZO COMUM de inelegibilidade: de 3 para 8 anos
subsequentes à eleição em que se verificou.
Início do prazo
S 19 TSE: “O prazo de inelegibilidade decorrente de condenação por abuso de poder
econômico ou político tem início no dia da eleição em que este se verificou e finda
no dia de igual número do 8º ano seguinte”
S 69 TSE: “Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do I do art. 1º da LC
64/90 têm termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final no dia de
igual número do 8º ano seguinte”
S 70 TSE: O encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição
constitui fato superveniente que afasta a inelegibilidade.
SUSPENSÃO DA INELEGIBILIDADE: Pode ser ad quo (em decisões modificativas, como agravo
interno, mas não em decisões aclaratórias como ED e Embargos Infringentes ou de Nulidade
que verse somente sobre o quantum da pena) e ad quem (Lei Colegiado; TSE Relator)
Art. 26-C. O ÓRGÃO COLEGIADO DO TSE: Relator do tribunal ad quem pode
TRIBUNAL AO QUAL COUBER A APRECIAÇÃO suspender inelegibilidade – “não afasta o
DO RECURSO CONTRA AS DECISÕES poder geral de cautela concedido ao
COLEGIADAS a que se referem as alíneas de, magistrado pelo CPC”
e, h, j e n do incido I do art. 1º poderá, em LCSG Discorda, apontando
caráter cautelar, suspender a inelegibilidade interpretação restritiva e como
sempre que existir plausibilidade da cláusula de reserva de plenário - Art.
pretensão recursal e desde que a providência 26-C da LC 64/90 (FICHA LIMPA)
tenha sido expressamente requerida sob
pena de preclusão, por ocasião da
interposição do recurso.
Mantida a decisão, serão desconstituídos o registro/diploma eventualmente concedidos; atos
protelatórios revogam o efeito suspensivo (art. 26-C LC 64/90)
RES. 22.610 TSE e Ll 9096/95: A perda por infidelidade partidária não gera
inelegibilidade.
Incidência: publicação da decisão de perda do mandato.
Início da inelegibilidade: José Jairo defende que para Senadores e Deputados só inicia
o prazo de oito anos após o fim do mandato.
o Federal: maioria absoluta dos membros da Casa (votação aberta com ampla
defesa) por provocação da Mesa ou Partido com representação no CN. Não
surtirá efeito eventual renúncia.
Casos (Art. 55, I e II):
Quebra de decoro: abuso das prerrogativas; vantagens
indevidas e Regimento Interno
Firmar ou manter contrato com PJ DPúb, EP,SEM,
Concessionária, salvo se o contrato obedecer cláusulas
uniformes.
Aceitar cargo remunerado inclusive demissível ad nutum,
nestas entidades.
Proprietário ou no controle de empresa com contrato com
PJDPU ou nela exercer função remunerada.
Patrocinar causa em que seja interessada PJDPU.
Mais de um cargo ou mandato público-eletivo
Essa redação exclui de sua abrangência a perda de mandato por crime de responsabilidade,
pois, de acordo com a Súmula 722 do STF só podem ser previstos em Legislação da União
Federal:
S 722 STF: São da competência legislativa da União a definição dos crimes de
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e
julgamento.
O Presidente não é mencionado. Se perder o cargo por crime de responsabilidade, ficará (se o
SF assim decidir) inabilitado para qualquer cargo público (eletivo ou não) por 8 anos (é mais
abrangente), mas no caso de Dilma, não houve inabilitação. Se perder por outro motivo, não
haverá inelegibilidade (tipo se ausentar por período superior a 15 dias)
Observações:
Não mencionou abuso no uso dos meios de comunicação social
Não incidirá se o candidato foi cassado somente em razão da
unicidade/individualidade da chapa (TSE)
Diferença para alínea h: esta só abrange agente público e condenação pode vir de
qualquer justiça, enquanto a “d” – agora estudada – abrange candidatos e
beneficiários; e condenação deve vir da Justiça Eleitoral.
Lei Eleitoral prevê crimes que não gerarão inelegibilidade, como divulgação
de pesquisa fraudulenta e boca de urna,
Graça (individual) e indulto (coletivo): PR (delegável aos Ministros, PGR e AGU); pessoas e
não fatos; sentença penal condenatória; total ou parcial. Só afetam pena, não abrange
efeitos secundários e extrapenais. NÃO AFASTAM INELEGIBILIDADE.
Abolitio Criminis
JJG: Abole inelegibilidade. Só mantém efeito extrapenal de indenização.
Reabilitação criminal
Não afasta inelegibilidade, pois o instituto visa apenas assegurar o sigilo dos registros
processuais e da condenação e atingir alguns efeitos secundários da condenação.
Abrangência material:
TSE: abrange Licitações; Contra a ordem tributária; Desenvolvimento clandestino de
atividades de telecomunicação (Adm. Púb); violação do direito autoral (pat. Privado);
Tribunal do Júri.
Crime de adulteração de combustível Economia Popular
Crime de exploração ilegal de atividade de telecomunicação Adm. Pública
LCSG: escravidão inclui o tipo análogo de frustrar, mediante fraude ou violência, direito
assegurado pela legislação do trabalho (crime contra a organização do trabalho), que
inclui escravidão por dívida e retenção de documentos pessoais ou contratuais (art.
203)
Considera-se organização criminosa a associação de 4 (QUATRO) ou mais pessoas
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente,
com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a
prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que
sejam de caráter transnacional.
Presunção de Inocência
Para STF(2008), art. 14, § 9º, CF (vida pregressa), não é autoaplicável, demandando Lei
Complementar, de modo que na ausência de trânsito em julgado, não há inelegibilidade
(ADPF 144/DF).
6) INDIGNIDADE DO OFICIALATO
f) MILITARES: os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis,
pelo prazo de 8 anos. NÃO FALA EM COLEGIADO, PORTANTO SÓ O TJ!
Art. 142, § 3º, CF: VI – O oficial só perderá o posto e a patente se for julgado
indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de
caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de
guerra.
VII – o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de
liberdade superior a 2 anos, por sentença TJ, será submetido ao julgamento
previsto no inciso anterior.
Só oficialato: tenente, capitão, major. Não atinge praças: soldado, cabo, sargento e
subtententes.
7) REJEIÇÃO DE CONTAS
g) os que tiverem as contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas *rejeitadas
por irregularidade insanável* que configure ato *doloso de improbidade administrativa*, e
por *decisão irrecorrível do órgão competente*, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo
Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 anos seguintes, contados a partir da data da
decisão (de rejeição – portanto, se superveniente ao registro, não se aplica àquela eleição),
aplicando-se o disposto no 71, II da CF a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de
mandatários que houverem agidos nessa condição.
Marco inicial: Publicação da Decisão irrecorrível (coisa julgada formal: não caiba mais recurso
modificativo) do órgão competente rejeitando as contas.
TSE cancelou súmula que falava que bastava propor ação de desconstituição de decisão que rejeitou
contas para suspender inelegibilidade. Deve haver suspensão por antecipação de tutela ou sentença do
juiz (se suspender, também suspende o prazo de inelegibilidade que contaria da decisão de rejeição).
Decreto-legislativo é ato jurídico perfeito (não pode ser revogado em nova
circunstância política - TSE) – só poderá ser revisto se houver ação anulatória do
Decreto-legislativo no Judiciário, abrindo espaço para uma nova deliberação do
Legislativo.
Órgão Competente.
1ª Hipótese: Político-jurídica CN
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da
União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá
ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento
Art. 51. Compete exclusivamente à CD: II – proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não
apresentadas ao CN dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa.
Cabe ao Poder Legislativo pois são os representantes do povo que averiguam o cumprimento
da Lei. Ex.: Lei Orçamentária.
TC exerce papel meramente técnico-auxiliar por meio de parecer prévio. Mesmo se
aprovadas pelo Legislativo, não liberta o ordenador das despesas tidas por irregular
de suas irresponsabilidades, prevalecendo o julgamento técnico:
Em razão da demora da condenação por corrupção eleitoral, surgiu a tipificação cível. Veio de iniciativa popular
(Lei da Ficha Limpa) e deu início ao Movimento de Combate à Corrupção eleitoral (ONG).
Candidato e quem ajudou
Gera multa e cessação do registro ou diploma
Desnecessário o pedido explícito, bastando dolo (especial fim de agir)
Além da vantagem abarca ameaça
Representação deve ser ajuizada até a data da diplomação
Recurso das decisões no prazo de 3 dias
o S 41 TSE: NÃO CABE a Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das
decisões proferidas por outros Órgãos do Judiciário ou TCs que configurem
causa de inelegibilidade.
TSE: PRINCÍPIOS (ART. 11) NÃO gera inelegibilidade.
Início: 8 anos após o cumprimento da pena: após suspensão e pagamento das sanções
patrimoniais fixadas na condenação (tem início quando todas as sanções forem cumpridas).
CF: PR, GOV e PREF, salvo se para o mesmo cargo (STF, TSE). LCSG: crítica, se o objetivo é não
usar a máquina administrativa, também não deveria poder para reeleição.
3 meses para Funcionários Públicos (estatuários ou não), fazendo jus aos vencimentos
Se sair pra tirar férias, é crime de falsidade eleitoral e improbidade administrativa
Inclui serventia extrajudicial (servidor público em sentido amplo)
i. SALVO: 6 meses se o FP tiver competência ou interesse, direta,
indireta ou eventual, no lançamento etc. de impostos, taxas e
contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais, ou para
aplicar multas relacionadas com essas atividades. Aqui não faz jus a
remuneração por todo período, só 3 meses de remuneração.
ii. S 54 TSE:
A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em
comissionado é de 3 meses antes do pleito e pressupõe a
exoneração do cargo comissionado, e não apenas seu
afastamento de fato.
ANULAÇÃO DAS ELEIÇÕES: Prazos são mitigados (desconsiderados) em razão do art. 224
(nova eleição dentro do prazo de 20 a 40 dias)
“o prazo de desincompatibilização do candidato que não participou do pleito
anulado é de 24 horas, contadas da escolha em convenção”
O PRÉ-CANDIDATO.
Candidato: nasce com a escolha nas convenções partidárias (20 de julho a 5 de agosto).
Antes, é pré-candidato, que: 1) não pode realizar propaganda eleitoral (pedido explícito de
voto), vez que esta é permitida somente a partir do dia 15/agosto (após o pedido de registro);
2) não pode realizar gastos de campanha eleitoral.
Reforma 2016: permitiu a divulgação dos programas de governo do futuro candidato,
exaltação de suas qualidades pessoais (inclusive com cobertura dos meios de
comunicação social) e a participação em reuniões, entrevistas e debates, desde que
não peça explicitamente voto
Reforma 2017: permitiu a arrecadação de recursos por “vaquinha/crowdfunding” a
partir de 15/MAIO, desde que só gaste após o pedido de registro (outros
procedimentos só após o pedido e abertura da conta-corrente de campanha)
CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
CANDIDATURA NATA
Ou seja, aquele que foi efeito na legislatura antecedente (eleição antecedente) teria o direito
de automaticamente concorrer ao pleito subsequente, independentemente do resultado da
convenção partidária. Ex: sou vereador eleito em 2016, tenho direito a automaticamente
concorrer em 2020.
Assim, não importa se o sujeito é vereador ou deputado, se quiser disputar novo pleito terá
de ser novamente escolhido pelo partido em convenção. Não há direito automático a
concorrer novamente.
Convenções Partidárias
Finalidade: escolher candidatos e coligações, segundo as regras do estatuto (autonomia) e
limitações legais/constitucionais.
Data: 20/JULHO – 5/AGO, podendo usar prédios públicos (SÓ PRA ISSO!). A lei dos Partidos também
permite o uso de prédios públicos para reuniões, mas foi revogado pela Lei 9504, que só permite para convenções .
Propaganda intrapartidária:
36-A. Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de
voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais e os seguintes atos, que
poderão ter cobertura dos meios de comunicação social, inclusive via internet:
III – a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material informativo, a
divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de debates entre os
pré-candidatos.
Critérios para escolha de candidatos (em regra, permanentes): (não se confundem com
normas para formação de coligações, que são flexíveis)
REGRA: Autonomia partidária. Questão interna corporis ou política. Em regra, não
judicializável.
Existem limites legais, como a 30/70% no máximo de cada um dos sexos, e
limites jurisprudenciais, como o STF declarou inconstitucional a figura do candidato
nato (já tinha mandato parlamentar e pode concorrer sem participar das convenções).
EXCEÇÃO: Justiça Eleitoral (questão apta a interferir no processo eleitoral) é competente para
analisar requisitos formais e externos da convenção (são “autênticas normas jurídicas e, como
tais, dotadas de imperatividade e caráter vinculante”)
PRAZO: Deverão estar previstos no estatuto partidário, se não estiverem, a direção nacional
poderá dispor até 180 dias antes das eleições, publicando no DOU.
NACIONAL: A Direção Nacional (SÓ! Estadual não pode anular municipal) pode anular
convenções estaduais e municipais que não seguirem tais diretrizes:
Art. 7º, § 2º Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre
coligações, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos
termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação e os atos dela
decorrentes.
TSE: Deve haver o mínimo de direito de defesa para essa intervenção na comissão
municipal + se ocorrer anulação, Justiça Eleitoral deve ser notificada em 30 dias após
o prazo para registro dos candidatos (15/ago) ou 10 dias seguintes a anulação, se
decorrer a necessidade de escolha de novos candidatos.
COLIGAÇÕES
Resolvida na convenção partidária.
SOMENTE O ÓRGÃO NACIONAL PODE ANULAR COLIGAÇÕES ESTADUAIS E MUNICIPAIS.
ESTADUAL NÃO PODE. – TSE fala em “indesejável risco de regionalização” mesmo que
previsto no estatuto a possibilidade do órgão estadual o fazer => “É ilegítima a delegação
estabelecida pelo diretório nacional do PSDB ao órgão estadual, por descentralizar
competência expressamente prevista, com afronta, por conseguinte, ao caráter nacional da
grei”. Não macula autonomia partidária pois ofende a CF!
STJ (2019 - (REsp 1.484.422). Diretórios nacionais de partidos podem ajuizar ações
indenizatórias. deu prosseguimento a ação do PT contra o senador José Serra (PSDB-SP). A
decisão é da terça-feira (28/5).
Súmula-TSE nº 53
O filiado a partido político, ainda que não seja candidato, possui legitimidade e
interesse para impugnar pedido de registro de coligação partidária da qual é integrante, em
razão de eventuais irregularidades havidas em convenção.
JE atuará em atividade ADMINISTRATIVA (não jurisdicional) – por essa razão pode examinar
requisitos de OFÍCIO (S 45 TSE) e NÃO HÁ AMPLA DEFESA, mas oportunidade de resposta aos
questionamentos judiciais e recurso (a ampla defesa tradicional surgirá se algum dos
legitimados ajuizar AIPRC).
É o momento de aferição das condições constitucionais e legais de elegibilidade (salvo idade
mínima na posse, com exceção do vereador, que é no registro)
Art. 11, § 10 da Lei das Eleições. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade
devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura,
ressalvadas alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que AFASTEM
INELEGIBILIDADE.
Legais: precluem se não arguidas por ocasião do pedido de registro. Arguição será por
meio de AIPRC (MPE legitimado, por meio de PARECER NOS AUTOS).
CF: não precluem, podendo ser alegadas, em caso de vitória, por meio de Recurso
Contra a Expedição do Diploma (é uma AÇÃO de impugnação)
o O RECED pode ser manejado em face de inelegibilidades supervenientes ou
perda ulterior de condição de elegibilidade – restrição deve ter surgido após
o registro, não sendo suficiente o mero conhecimento posterior.
o É justamente porque cabe o RECED para prejudicar, que a lei permite que
eventos supervenientes favoráveis ao candidato também sejam alegados
S 43 TSE
As alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao registro que beneficiem o
candidato, nos termos da parte final do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/97,
também devem ser admitidas para as CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE.
DOCUMENTOS EXIGIDOS:
Art. 11, § 1º
I – cópia da ata a que se refere o art. 8º
Ata das deliberações da Convenção Partidária, devidamente rubricada pela Justiça Eleitoral
e publicada
V – cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato é
eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo
previsto no art. 9º
A falta de domicílio é CF RECED
O prazo de 6 meses é LEI AIRC (Preclui)
§ 8º Para fins de expedição da certidão de que trata o § 7º, considerar-se-ão quites aqueles
que:
I – condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da formalização do seu pedido de
registro de candidatura, comprovado o pagamento ou parcelamento da dívida regularmente
cumprido
II – pagarem a multa que lhes couber individualmente, excluindo-se qualquer modalidade de
responsabilidade solidária, mesmo quando imposta concomitantemente com outros
candidatos e em razão do mesmo fato
III – o parcelamento das multas eleitorais é direito dos cidadãos e das PJ e pode ser feito em
até 60 meses, salvo quando o valor da parcela ultrapassar 5% da renda mensal, no caso de
cidadão, ou 2% do faturamento, no caso de pessoa jurídica, hipótese em que poderá
estender-se por prazo superior, de modo que as parcelas não ultrapassem os referidos
limites;
IV – o parcelamento das multas eleitorais e de outras multas e débitos de natureza não
eleitoral imputados pelo poder público é garantido também aos partidos políticos em até 60
meses, salvo se o valor da parcela ultrapassar o limite de 2% do repasse mensal do Fundo
Partidário, hipótese em que poderá estender-se por prazo superior, de modo que as parcela
snão ultrapassem o referido limite.
VII – certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal e
Estadual
Somente do domicílio do candidato (não precisa nacional, o que é
preocupante, pois pode haver inelegibilidade em outro M/E)
Nome dos candidatos: nome do registro ou apelido (não ridículo, irreverente ou atentatório
ao pudor). No caso de homonímia pode a JE pedir prova de que é conhecido pelo apelido e
terá preferência o que tiver concorrido antes com aquele nome (se não bastar, JE notifica
para acordo ou fará o registro no nome do primeiro que requereu).
Apelido: pode usar nome social, sem necessidade de alteração do registro civil ou
exames médicos
CANCELAMENTO DO REGISTRO
Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os candidatos que, até a data da eleição,
forem expulsos do partido, em processo no qual seja assegurada ampla defesa e normas
estatutárias.
PU. O cancelamento do registro do candidato será decretado pela Justiça Eleitoral, após
solicitação do partido.
SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS
Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado
inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu
registro indeferido ou cancelado.
§ 1º A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que
pertencer o substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 dias contados do fato ou da
notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição.
§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá fazer-se
por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados,
podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que o partido ao
qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.
§ 3º Tanto nas eleições MAJORITÁRIAS COMO NAS PROPORCIONAIS, a substituição só se
efetivará se o novo pedido for apresentado ATÉ 20 DIAS ANTES DO PLEITO, exceto em caso
de falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo.
*AIRC*
A AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE REGISTRO DA
CANDIDATURA
Prazo: 5 dias da publicação da lista. MPE não tem prazo distinto nem intimação pessoal.
Municipais: no lugar de costume (fórum, onde publicam-se editais) e na imprensa oficial
TRE: a publicação não é feita de uma vez, mas em dias seguido (Resolução)
Legitimados ativos da AIPRC: MPE, partidos políticos não coligados, coligações e os candidatos
(mesmo que pretendente a cargo diverso) (partido coligado só coligação)
ELEITOR NÃO É PARTE LEGÍTIMA. Só pode apresentar à JE a “notícia de
inelegibilidade”.
Juiz pode conhecer de OFÍCIO:
S 45 TSE
Nos processos de registro de candidatura, o JUIZ eleitoral PODE CONHECER DE OFÍCIO
da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de
inelegibilidade, desde que resguardados o contraditório e ampla defesa.
Súmula-TSE nº 51
O processo de registro de candidatura não é o meio adequado para se afastarem os
eventuais vícios apurados no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias.
Súmula-TSE nº 52
Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que
examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor.
Rito ordinário da AIPRC: admite produção de prova (docs e testemunhas, que deverão ser
levadas pelas partes, sob pena de preclusão).
Proposta, a defesa terá 7 dias para se manifestar.
Testemunhas deverão ser ouvidas em audiência única, no prazo de 4 dias após a defesa.
Juiz poderá dar prazo de 5 dias para diligências (ofício ou requerimento).
Prazo comum de 5 dias para alegações finais após instrução.
Autos vão conclusos para decisão.
Art. 8. Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoral
apresentará a sentença em cartório 3 dias após a conclusão dos autos, passando a correr
deste momento o prazo de 3 dias para a interposição de recurso ao TRE.
Não importa se decidir antes. Se depois, 3 dias da publicação por Edital, em cartório.
*Tudo é nos próprios autos, sem incidentes. Duas impugnações a um candidato serão
apensadas.
Embargos de Declaração
Art. 275. São admissíveis embargos de declaração nas hipóteses previstas no CPC.
§ 1º Os ED serão opostos no prazo de 3 dias, contados da data de publicação da decisão
embargada, em petição dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto que lhes deu
causa.
§ 2º Os ED não estão sujeitos a preparo.
§ 3º O juiz julgará no prazo de 5 dias.
§ 4º Nos tribunais:
I – O relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto
II – não havendo julgamento na sessão referida no inciso I, será o recurso incluído em pauta
III – vencido o relator, outro será designado para lavrar o acórdão
No recurso inominado:
JUIZ: Prazo de 3 dias contados do prazo de baixa dos autos conclusos (se o juiz decidir
antes, mantém-se esse prazo)
S 10 TSE No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em
cartório antes de três dias contados da conclusão ao juiz, o prazo para o recurso
ordinário, salvo intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele
tríduo.
Prazo dos embargos declaratórios TAMBÉM.
Se recorrer para o TRE, da decisão do TRE caberá Recurso Especial (CF, lei e
jurisprudência)
No recurso especial/ordinário:
TRE (deputados, senadores e gov): a decisão da ação é publicada em sessão e daí se
inicia o prazo para os dois recursos.
Não há juízo de admissibilidade no recurso ao TSE
Em ambos:
o Cabe retratação
o Prazo de 3 dias para contrarrazões
RECURSO ORDINÁRIO
V – denegarem HC, MS, HD ou MI
É aquele que tem o registro negado em 1ª (juiz ou TRE) ou 2ª instância (provimento do recurso
do MPE)
Prazo final: somente RO tem efeito suspensivo no Código Eleitoral (art, 257, § 2º - o caput
diz, “os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo, aplicando-se ao RE ao STF ou TSE).
Eleições municipais – Decisão do TRE (1ª decisão de ED – o 2º ED, se declarado
protelatório, retroage para a 1ª decisão)
o “A partir dessa manutenção de procedência, restará ao interessado postular
a concessão de efeito suspensivo na via própria – liminar no TSE/STF”
Eleições gerais – Decisão do TSE (independentemente de RE ou RO, pois não se
prestigia a via processual, mas o duplo grau de jurisdição) (Independentemente de
embargos de declaração)
Art. 16-A O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à
campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e
ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a
validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por
instância superior.
PU. O cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos atribuídos ao candidato
cujo registro esteja sub judice no dia da eleição fica condicionado ao deferimento do registro
do candidato
Art. 16-B. O disposto no art. 16-A quanto ao direito de participar da campanha eleitoral,
inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito, aplica-se igualmente ao candidato cujo pedido
de registro tenha sido protocolado no prazo legal e ainda não tenha sido apreciado pela JE.
Crítica: induz a erro o eleitor; autorizar recursos sem lastro para depois transferir votos a outra pessoa
(por isso há a proibição de substituição no prazo de 20 dias para o pleito).
Prazo final da condição sub judice: pronunciamento do TSE (Não se exigindo coisa julgada –
embargos de declaração ou decisão no RE – STF, ADI 5525).
Na ADI 5525, relativa ao art. 224 do CE 92015), que exige novas eleições se eleito no
Executivo candidato que viesse a perder registro/diploma condicionando as novas
eleições ao trânsito em julgado da decisão cassatória – STF entendeu que bastava
pronunciamento do TSE, INDEPENDENTE do julgamento dos ED!
TESE DA ADI 5525
Declarar a inconstitucionalidade da locução “após o trânsito em julgado” do art. 224,
§ 3º, CE, e para conferir interpretação conforme ao § 4º de modo a afastar do seu
âmbito de incidência as situações de vacância nos cargos de Presidente da República
(vacância nos últimos dois anos é eleição indireta), bem como de Senador da
República (chama o próximo mais votado)
ADI 5619
Mas julgou constitucional para governadores e prefeitos, até em municípios com
menos de 200 mil habitantes.
“é constitucional legislação federal que estabeleça novas eleições para os cargos
majoritários simples – isto é, Prefeitos de Municípios com menos de 200 mil eleitores e
Senadores da República (se não der pra chamar o suplente) – em caso de vacância por
causas eleitorais.”
Logo, se as novas eleições forem realizadas por causas não eleitorais, por
exemplo, morte ou crime de responsabilidade, valerá o que constar nas
respectivas constituições e leis orgânicas.
O CASO:
Thiago postulava o registro de sua candidatura a senador. Mas não se
desincompatibilizou de cargo de assessoramento (≠comissão simples, que é 4) no
prazo de 6 meses antes do pleito.
Subsecretário de políticas públicas para juventude: “DIREÇÃO
GERAL/GERENCIAL E ASSESSORAMENTO. SUBSECRETARIA ESTADUAL.
POLÍTICAS PÚBLICAS. JUVENTUDE. PRAZO MÍNIMO. SEIS MESES.”. É de
natureza política, de nomeação direta pelo chefe do Executivo
A TESE:
A condição de candidato sub judice, para fins de incidência do art. 16-A da Lei
9.504/97, nas eleições gerais, cessa (i) com o trânsito em julgado da decisão de
indeferimento do registro ou (ii) com a decisão de indeferimento do registro proferida
pelo TSE.
TSE
a) Compatibilidade do art. 15
b) Fixou-se regra geral, não taxativa, de submissão ao plenário
II - cujo registro esteja deferido na data do pleito, porém tenha sido posteriormente
cassado por decisão em ação autônoma, caso a decisão condenatória seja publicada
depois das eleições;
III - que concorreu sem apreciação do pedido de registro, cujo indeferimento tenha
sido publicado depois das eleições.
Art. 219. Serão nulos, para todos os efeitos, inclusive para a legenda, os votos dados:
I - a candidato inelegível na data do pleito (Código Eleitoral, art. 175, § 3º; e Lei nº
9.504/1997, art. 16-A);
II - a candidato que, na data do pleito, esteja com o registro indeferido, ainda que o
respectivo recurso esteja pendente de apreciação;
III - a partido político ou coligação, bem como a seus respectivos candidatos, cujo
Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) esteja indeferido, ainda
que haja recurso pendente de apreciação;
Parágrafo único. A validade dos votos descritos nos incisos II e III ficará condicionada
ao deferimento do registro, inclusive para o cômputo para o respectivo partido político
ou coligação (Lei nº 9.504/1997, art. 16-A, caput e parágrafo único).
7.B* PROPAGANDA ELEITORAL E SUAS MODALIDES. PODER DE POLÍCIA E
A PROPAGANDA ELEITORAL. PROPAGANDA ANTECIPADA, REGRAMENTO
DA PROPAGANDA ELEITORAL EM BENS PÚBLICOS, DE USO COMUM E
BENS PARTICULARES. MEIOS DE VEICULAÇÃO DE PROPAGANDA E
RESTRIÇÕES. (6.A)*
No âmbito da ADI 5122 (2018), o STF definiu julgou improcedente o pedido formulado em
ação direta ajuizada em face do art. 25, § 2º, da Resolução 23.404/2014 do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), que proíbe a realização de propaganda eleitoral via “telemarketing", em
qualquer horário.
PESQUISAS ELEITORAIS
Tem que evitar fraude. Código Eleitoral proíbe 15 dias antes do pleito, mas STF julgou
inconstitucional.
Lei 9504:
PROIBIÇÃO de pesquisas informais, “ENQUETES”, no período eleitoral (15/AGO até
ELEIÇÃO) – gera multa (independentemente de constar que é informal)
o Pesquisas na net:
COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL (Telegram, zap): O julgador deve
aferir se houve legítimo direito de expressão e comunicação ou se
houve aptidão para levar ao “conhecimento público” o resultado que
interfira ou desvirtue a legitimidade ou equilíbrio do pleito
COMUNICAÇÃO NÃO INTERPESSOAL, mas DESTINADA À GRUPOS DE
PESSOAS: “FACEBOOK sem prévio registro insere-se na vedação”
PESQUISA DE TERCEIRO: CANDIDATO É RESPONSÁVEL PELO
CONTEÚDO DE SUA PÁGINA, INCLUSIVE POR MATERIAL POSTADO POR
TECEIRO QUANDO DEMONSTRADAS A SUA CIÊNCIA PRÉVIA E
CONCORDÂNCIA COM A DIVULGAÇÃO
Exigência de atendimento a requisitos técnicos para a coleta das informações (locais,
faixas etárias, níveis de renda, gênero, idade)
Acesso, fiscalização e publicidade dos recursos empregados, dados obtidos e
metodologia
Criminalização da obstrução do acesso a tais dados
Sanção à divulgação de pesquisa sem registro na JE
Criminalização da divulgação de pesquisa fraudulenta e de ato para dificultar a
fiscalização Inclusive empresa
o Se não tiver registro, também há ilícito civil
Registro deve identificar quem contratou, valor e origem dos recursos despendidos
JE publicará na internet, à disposição de partidos e coligações com candidatos ao
pleito, para livre acesso pelo prazo de 30 dias
Majoritária: todos os candidatos
Boca de urna: só após encerramento da eleição
PROPAGANDA ELEITORAL
Binômio dos custos
Economizo e facilito o controle Diminuo o direito de oposição e renovação
política, favorecendo quem já está no poder
ou pessoas conhecidas por atividade
anterior ao pleito (apresentadores de TV,
líderes religiosos)
Muitas restrições ocupam a pauta da JE
Conceito: “ato que leva ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a
candidatura, mesmo que apenas postulada, a ação política que se pretende desenvolver ou as
razões que induzam a concluir que o beneficiário é o mais apto ao exercício da função
pública”.
SUPERADA, hoje se difere PROPAGANDA (após registro) de PROMOÇÃO PESSOAL
(qualquer tempo).
PROPAGANDA ANTECIPADA
TSE (2019 – NOVO ENTENDIMENTO - GUINADA) A INSTALAÇAÕ DE OUTDOORS EM APOIO A
PRÉ-CANDIDATO AINDA QUE SEM PEDIDO EXPRESSO DE VOTO, CONFIGURA PROPAGANDA
ELEITORAL ANTECIPADA.
Art. 35-A. NÃO CONFIGURAM PROPAGANDA eleitoral antecipada, desde que não
envolvam pedido explícito de voto (E o TSE exige que seja bem explícito)¸ a menção à
pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os
seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de comunicação social, inclusive
internet:
VII – campanha de arrecadação prévia de recursos SÓ neste caso NÃO pode pedir apoio
político e divulgar pré-candidatura, salvo se for profissional da comunicação social no
exercício da profissão.
É PROPAGANDA ANTECIPADA: já em cargo, convoca TV-rádio pra fazer propaganda ou falar
mal.
MPE sempre se debateu na linha de que explícito é o que não enseja dúvidas, nem se
conforta em ambiguidades, sendo claramente percebido pelo eleitor como propaganda.
LIMITAÇÕES À PROPAGANDA
Bens públicos (incluído de uso comum, como igrejas e cinemas, e árvores) – só
pode bandeiras móveis nas vias e adesivo em automóveis e janelas (não pode
cavalete)
o Poder Legislativo: autorização da Mesa
o Notificação para retirada Multa
MULTA SÓ à pedido (MP, PP, C): MULTA NÃO
PODE DE OFÍCIO (S 18 TSE) (retirada pode de
ofício)
S 18 TSE: Conquanto investido de poder de polícia, não
tem legitimidade o juiz eleitoral de ofício, para instaurar
procedimento com a finalidade de impor multa pela
veiculação de propaganda eleitoral...
STF: Nas Universidades, estudantes podem debater (autonomia universitária e livre debate de
ideias).
Em regra, notifica para retirar. Mas o TSE mitiga a necessidade de prévia notificação em:
a) Propaganda em templos religiosos
b) Derramamento de folhetos na madrugada da eleição
TIPOS DE PROPAGANDA:
Folhetos: prescinde de licença. Mas deve conter CNPJ/CPF de quem fez e quem
contratou pra fazer.
Comícios: comunicação à autoridade policial com 24h. Pode ser das 8h à 00:00h,
salvo de encerramento, até as 2:00h. Somente nos comícios é permitido trio
elétrico.
o Proibido showmício. TSE: proibiu candidato cantor de
cantar em comício (pode continuar a fazer shows sem
aludir campanha)
Excesso: abuso de poder econômico
CARRO DE SOM somente em carreata ou evento coletivo.
Requisitos:
Majoritário: nome do vice ou suplentes (Senador), legível
Coligação-prefeito: legendas de todos os partidos sob coligação
Coligação-vereador: legenda do partido sob coligação
Internet:
O impulsionamento só foi permitido em 2017, desde que diretamente com o
provedor. Candidato deve informar à JE os endereços.
O provedor só será responsabilizado após determinação judicial para retirada
descumprida.
Pessoa apoiadora não pode impulsionar.
Proibido:
o Contratar pessoas, boots e perfis falsos (tsc)
o Sites de pessoas jurídicas e da Adm. Pública, ainda que
gratuitamente (tsc!)
o Anonimato e fake News (tsc!)
Imprensa escrita:
Pode, com limitação do tamanho (1/8 em jornais; ¼ em revista). Mas o que
acontece é a propagação velada pelo veículo.
Rádio e TV:
Restringida ao horário gratuito, VEDADA PAGA.
Libras + legenda.
90% proporcional ao nº de deputados. 10% igualitariamente entre os que possuem
representação.
No horário da proporcional, não pode falar da majoritária (salvo legenda ou no
fundo). Se houver invasão, será subtraído do tempo do majoritário.
Não pode ridicularizar candidato. Pode gerar perda do dia de propaganda.
Cidadão pode participar (desde que não filiado a outro PP ou mediante
remuneração)
Perdedor no 1º turno não pode aparecer com outro no 2º turno
Emissoras ficam com restrições nas suas programações, mas STF [sátiras]
“também podem fazê-lo no período eleitoral. Eleição não é estado de sítio”
NO DIA DA ELEIÇÃO
É CRIME:
a) Auto falante
b) Arregimentação de eleitor ou boca de urna
c) Qualquer espe´cie de propaganda
d) Publicação de novos conteúdos ou impulsionamento de antigos
SÓ PODE:
a) Manifestação individual e silenciosa (pode camiseta, boné, broche)
Direito de resposta
MPE NÃO POSSUI LEGITIMIDADE (direito individual disponível)
TSE: NÃO enseja: crítica genérica, inespecífica, despida de alusão clara; conteúdo passível
de dúvida, controvérsia ou discussão na esfera política; não perceptível de plano; crítica
política.
Legitimidade: TSE - Apenas PP, COL e C: não pode por terceiro prejudicado (Justiça Comum).
Prazo:
Horário gratuito: 24 horas da veiculação da ofensa.
Programação normal da rádio/TV: 48 horas.
Imprensa escrita: 72 horas.
Internet: a qualquer tempo ou 72h da retirada.
Documentos:
Imprensa escrita: exemplar
R-TV: notificada para apresentar fita em 24 h. Resposta
veiculada em 48 h.
Net: Cópia da página + URL. Resposta disponível por tempo
não inferior ao dobro em que disponível a ofensa.
Horário gratuito: não pode veicular propaganda, só resposta.
Obs.: propaganda feminina – só o TSE faz alertas de até 5 minutos diários sobre a participação
feminina, de jovens e negros, bem como sobre as regras e o funcionamento do sistema
eleitoral.
10.A. FIDELIDADE PARTIDÁRIA E SUA PROTEÇÃO. FINANCIAMENTO DOS
PARTIDOS POLÍTICOS. FINANCIAMENTO DAS CAMPANHAS ELEITORAIS,
DOAÇÕES ELEITORAIS E AÇÕES PERTINENTES. FUNDO PARTIDÁRIO E SUA
FISCALIZAÇÃO.
1.B PARTIDOS POLÍTICOS. ESTATUTO E LIMITES À AUTONOMIA DOS
PARTIDOS POLÍTICOS. MODO DE CRIAÇÃO, FUSÃO E DISSOLUÇÃO DOS
PARTIDOS POLÍTICOS. REGISTRO DOS PARTIDOS POLÍTICOS
PARTIDOS POLÍTICOS
REFORMAS DE 2015, 2017 E 2019
Reforma de 2015
Lei 13.165/2015 que altera LE, LPP e CE
Objetivo: reduzir custos das campanhas, simplificar a administração dos PPs e incentivar a
participação feminina.
Alterações na LE
1) Mudança na data da escolha dos candidatos dos partidos/coligações (convenções
partidárias): agora ocorrem de 20 de julho a 5 de agosto (antes era junho)
2) Prazo mínimo de filiação partidária: agora é de 6 meses (antes era 1 ano) (2017
domicílio tb é 6 meses).
3) Data-limite para que os partidos façam registro dos candidatos: 15 de agosto (antes
era 5 de julho)
4) Idades mínimas na data da posse, salvo vereador que deve ter 18 anos no registro.
5) Prazo do TRE enviar ao TSE relação de candidatos: 20 dias antes das eleições (antes era
45 dias), devendo, deste prazo, os pedidos estarem julgados pelas instâncias
ORDINÁRIAS (antes era julgados por todas as instâncias)
11) Fim da propaganda com faixas, placas e pinturas afixadas em bens particulares –
somente pode ADESIVO ou PAPEL limitado a 0,2m²
12) Carros de som: agora também abrange veículos não motorizados (os merda usava
cavalo p/ burlar a lei). Carro de som tem potência de no máximo 10 mil watts; e está
limitado a 80 decibéis, vedado perto de hospital/igreja/escola + 22horas do dia
anterior às eleições.
14) Debates: ampliou liberdade das emissoras em chamar candidatos. Somente serão
obrigadas a chamar candidatos com representação superior a 9 deputados (10) ( antes
era 1). Em 2017, abaixou para 5 parlamentares no CN.
15) Horário político no rádio e TV foi reduzido para 35 dias ( antes era 40)
19) Inseriu prazo de direito de resposta quando ofensa divulgada na NET: a qualquer
tempo se ainda estiver ou 72 horas da remoção (72h também é o prazo da
publicação na imprensa escrita; 48h da programação normal de radio/TV e 24h do
horário eleitoral gratuito).
21) Intimação de advogados em processos no TRE: site, contando o prazo do dia seguinte
ao da divulgação
22) Sanções aplicadas a candidato por descumprimento da Lei das Eleições não podem
ser estendidas ao partido político (mesmo na hipótese de esse ter se beneficiado da
conduta, salvo quando comprovada a sua participação).
23) CONEXÃO:
Art. 96-B. Serão reunidas para julgamento comum as ações eleitorais propostas por
partes diversas sobre o mesmo fato, sendo competente para apreciá-las o juiz ou
relator que tiver recebido a primeira.
§ 1º O ajuizamento de ação eleitoral por candidato ou PP não impede ação do MPE.
§ 2º Se proposta ação sobre o mesmo fato apreciado em outra cuja decisão ainda
não transitou em julgado, será ela apensada ao processo anterior na instância em
que ele se encontrar, figurando a parte como litisconsorte no feito principal.
§ 3º Se proposta ação sobre o mesmo fato apreciado em outra cuja decisão já tenha
transitado em julgado, ela não será conhecida pelo juiz, ressalvada a apresentação
de outras ou novas provas.
24) Contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais não
gera vínculo empregatício com o candidato ou partido contratantes (partidos não
podem ser equiparados a empresas para fins previdenciários), mas o período deve
ser considerado para fins previdenciários (como seguro obrigatório, na modalidade
contribuinte individual – pessoas que devem pagar);
EXCLUIU AS HIPÓTESES DE
Resolução 22.610/2007 do TSE).
5) Ampliação das possibilidades do “voto em trânsito”: eleitor deve requerer até 45 dias
da eleição. Antes só era permitido para Presidente, AGORA pode para PRESIDENTE,
GOVERNADOR, SENADOR, DEPU. FEDERAL, DEPU. ESTADUAL e DEPU. DISTRITAL.
Vetos de Dilmex
Doações de PJ por confrontar ADI 4650; impressão do voto (pelos custos) (mas o Veto foi
derrubado e o art. julgado inconstitucional pelo STF).
MINIRREFORMA ELEITORAL DE 2017
Leis 13.487 e 13.488
Alteraram a LE, LPP e CE.
6) Limite de gastos com campanhas são definidos por lei. Antes era o TSE, mas agora a
este cabe somente divulgá-los. Se as doações superarem o limite, serão transferidas
ao partido.
9) Multa em caso de doação acima dos limites: reduziu p/ 100% do excesso. (Tem caráter
retroativo benéfico às multas ainda não pagas)
10) Despesas que serão consideradas gastos eleitorais para prestação de contas:
REGRA: Transporte e deslocamento de candidato e pessoal SÃO gastos.
EXCEÇÃO: NÃO são gastos:
a) Combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na
campanha
b) Remuneração, alimentação e hospedagem do condutor do veículo
c) Alimentação e hospedagem própria
d) Uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa física, até o
limite de 3 linhas
14) Permitiu propaganda com bandeiras (móveis) e adesivos em bens particulares (0,5m²)
18) Redução do tempo das inserções diárias no segundo turno. 25 minutos por cada cargo
em disputa, em inserções de 30 a 60 segundos.
19) Fomento para participação de jovens e da comunidade negra na política (já tinha
feminina). TSE promoverá inserções de até 5 minutos diários.
Alterações na LPP
1) Vedações aos PP de recebimento de auxílio financeiro (PJ, entes públicos, Estados):
INCLUIU: Pessoas físicas que exerçam função ou cargo público de livre nomeação e
exoneração, ou cargo ou emprego público temporário, ressalvados os filiados a
partido político.
Alterações no CE
1) Vagas não preenchidas com a aplicação dos quocientes partidários: NÃO PRECISA TER
OBTIDO QUOCIENTE ELEITORAL
Partidos queriam autonomia, então fizeram lei para assegurar autonomia partidária em
definir o prazo de duração dos mandatos dos membros dos órgãos partidários permanentes
ou provisórios.
Órgãos provisórios: prazo máximo de 8 anos (O TSE entendia que era de 180 dias). Exaurido o
prazo de vigência, é vedada a extinção automática do órgão e o cancelamento de sua
inscrição no CNPJ.
Vigência: eficácia imediata nos processos de prestação de contas e de criação dos órgãos
partidários em andamento, a partir de sua publicação, ainda que julgados, mas não
transitados em julgado.
PARTIDOS POLÍTICOS.
Conceito: associações não-eventuais e estruturadas, reunindo pessoas com ideologias em
comum e que objetivam, por meio destas, ocupar espaços de poder por meio de eleições. São
Pessoas Jurídicas de Direito Privado, nascendo com o registro cartorial.
CABE MS, pois a LEI DO MS EQUIPARA ÀS
AUTORIDADES OS REPRESENTANTES OU ÓRGÃOS DE
PARTIDOS POLÍTICOS.
Se obtiverem registro no TSE, gozarão de prerrogativas Constitucionais e Legais (exclusividade
no lançamento de candidaturas e recebimento de recursos públicos).
Lei 9096/95. LONPP.
Art. 1º O partido político, PJDPriv, destina-se a assegurar, no interesse do regime
democrático, a autenticidade do sistema representativo e defender os direitos
fundamentais definidos na CF.
PU. O partido político não se equipara às entidades paraestatais.
Os dirigentes, representantes ou órgãos de partidos políticos não são
autoridade públicas. MAS é possível impetrar MS contra eles (art. 1º,§ 1º, da
Lei do MS)
LONPP: Não pode receber recursos de ente público,
entidade de classe/sindical ou funcionário
comissionado. Caso o partido político receba recursos
de origem não mencionada ou esclarecida, fica
suspenso o recebimento, pelo mesmo, das quotas do
Fundo Partidário, até que o esclarecimento seja aceito
pela Justiça Eleitoral. Caso o partido receba recursos
vedados, fica suspensa a participação do mesmo no
Fundo Partidário por um ano (art. 36, LOPP).
TSE: A Justiça Eleitoral possui competência para apreciar as controvérsias
internas de partido político, sempre que delas advierem reflexos no processo
eleitoral.
ADI 5875 (2018, ainda não julgada) (PGR - Dodge) Pede liminar contra regra que
autoriza prazo indeterminado para diretórios provisórios, devendo-se limitar a
120 dias (RES/TSE 23.471/16), pois ofende cláusula pétrea, deturpa sistema de
DFs de ordem política, pois a escolha dos candidatos passa a ser controlada pela
direção nacional, limitando a renovação partidária.
2018 - Nova Res. Do TSE ampliando o prazo para 180 dias, excepcionalmente
prorrogável.
2019 – Lei 13.831/19: Confere autonomia aos partidos, com prazo de até 8 anos.
Exaurido, é vedada a extinção automática do órgão e o cancelamento do CNPJ.
Apesar de a CF dar autonomia, diante da ADI e da nova RES, o Legislativo tentou perpetuar o
controle dos órgãos inferiores.
FILIAÇÃO: prazo de 6 meses (é facultado ao Partido estabelecer prazo superior, mas isso
não pode ser alterado em ano de eleição – LONPP). Coexistência de filiações: prevalece a mais
recente.
FUSÃO E INCORPORAÇÃO: proibida para partidos com registro recente (5 anos) no TSE
(ADI 5311/DF – constitucional). Se ocorrer fusão e incorporação, quinhão de FP e tempo serão
somados os votos da última eleição geral para CD.
§ 7º Havendo fusão ou incorporação, devem ser somados exclusivamente os
votos dos partidos fundidos ou incorporados obtidos na última eleição geral
para a Câmara dos Deputados, para efeito da distribuição dos recursos do
Fundo Partidário e do acesso gratuito ao rádio e à televisão.
Autonomia: toda vez que o TSE interfere, eles fazem EC (Verticalização das eleições – EC 52 e
EC 97).
Art. 17, § 1º É assegurada aos PP autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer
regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre
sua organização e funcionamento e para adotar os critério de escolha e o regime de suas
coligações nas eleições majoritárias, vedada sua celebração das eleições proporcionais,
Exclusividade no lançamento dos candidatos: candidaturas avulsas – Pacto de San José não
menciona partidos políticos:
Art. 23. 2 A lei pode regular o exercício dos direitos e oportunidades a que se refere o inciso
anterior, exclusivamente por motivos de idade, nacionalidade, residência, idioma,
instrução, capacidade civil ou mental, ou condenação, por juiz competente em processo
penal.
Mas a CF e a LONPP exigem a filiação partidária. PGR DEU PARECER FAVORÁVEL PELA
DESNECESSIDADE DA FILIAÇÃO PARTIDÁRIA , citando Pacto, Cláusulas Pétreas (Partidos não o
são), “partidos abriram mão, validamente, da função de organizações intermédia exclusivas
entre governantes e governados, ao terem aprovado o Pacto de São José”.
LCSG discorda. Partidos políticos não são critério discriminatório ou excludente, mas
instrumento democrático. A própria Corte IDH reconheceu o papel reservado aos
partidos, no caso Castañeda Gutman v. México, 2008: a) uma resposta a uma
realidade histórica, política e social; b) necessidade de organizar de forma eficaz um
processo eleitoral com milhões de eleitores; c) necessidade de financiamento
predominantemente público e sua fiscalização.
FIDELIDADE PARTIDÁRIA:
Pode ser “interna” (sanções do estatuto); ou infidelidade (mudança de partido: trânsfugas).
Num sistema proporcional, o voto é do partido. Resolução do TSE previu perda do mandato
(STF julgou constitucional, falando que a Resolução apenas detalhava a Lei Maior).
Posteriormente, numa ADI da PGR, julgou procedente para limitar a perda de mandato
apenas para eleições proporcionais - NÃO SE APLICA A MAJORITÁRIO (Súmula 67 do TSE).
Reforma de 2015:
Art. 22-A Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa,
do partido pelo qual foi eleito.
§ Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as seguintes hipóteses:
I – mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário
II – grave discriminação política pessoal
III – (JANELA DE INFIDELIDADE) mudança de partido efetuada durante o período de 30 dias
que antecede o prazo de filiação (SEIS meses antes do pleito) exigido em lei para concorrer
À eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente. (Mês de março,
contado do dia da eleição).
Criação/incorporação/fusão de novo partido NÃO é mais justa causa.
Há a norma temporária esdrúxula da EC 91 (30 dias da promulgação da EC)
Artigo fala pouco, então permanece Res. 22.610 do TSE (PGR e LCSG acham
inconstitucional por ser matéria de EC, STF acha constitucional):
Res. 22610/2007
Ação por perda de mandato por infidelidade partidária: 30 dias após desfiliação, pelo partido
prejudicado (legitimação se estende ao partido que recebeu, que deverá estar no polo passivo
como litisconsorte passivo necessário). Se o partido não propuser, surgirá legitimação do MPE
e de terceiro interessado (1º suplente), perante o TSE ou TRE. Cabe ação declaratória de justa
causa. Rito abreviado, até três testemunhas. Decisões interlocutórias são irrecorríveis. Prazo
de 60 dias para encerramento.
Art. 1º O PP interessado pode pedir, perante a Justiça Eleitoral, a decretação da perda de
cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa.
§ 2º Quando o PP não formular o pedido em 30 dias da desfiliação, pode fazê-lo, em nome
próprio, nos 30 dias subsequentes, quem tenha interesse jurídico (suplente) ou o MPE.
§ 3º O mandatário que se desfiliou ou pretenda desfiliar-se pode pedir a declaração da
existência de justa causa, fazendo citar o partido, na forma desta resolução.
Art. 11. São irrecorríveis as decisões interlocutórias do relator, as quais poderão ser
revistas no julgamento final, de cujo acórdão cabe o recurso previsto no art. 121, § 4º da CF.
Suplente do Partido ou da Coligação? STF: Coligação, pois é dela que se compõe o QO
e QP. TSE: Partido. Problema deixa de existir, pois EC 97 proibiu coligações
proporcionais, então será do PARTIDO.
Aplicação das verbas do fundo partidário: I - na manutenção das sedes e serviços do partido,
permitido o pagamento de pessoal, II - na propaganda doutrinária e política; III - no
alistamento e campanhas eleitorais; IV - na criação e manutenção de instituto ou fundação de
pesquisa e de doutrinação e educação política, no mínimo, 20% do total recebido; V - na
criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das
mulheres, mínimo de 5% do total; VI - no pagamento de mensalidades, anuidades e
congêneres devidos a organismos partidários internacionais que se destinem ao apoio à
pesquisa, ao estudo e à doutrinação política, aos quais seja o partido político regularmente
filiado; VII - no pagamento de despesas com alimentação, incluindo restaurantes e
lanchonetes.
ADI 5.617 (PGR) e Consulta TSE: não pode limitar fundo para mulheres. É no mínimo
30%. L 2019: “Quem não observar a aplicação de recursos para mulheres não poderá
ter suas contas rejeitadas ou sofrer qualquer outra penalidade” rsrsrs
V - na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política
das mulheres, criados e mantidos pela secretaria da mulher do respectivo partido político
ou, inexistindo a secretaria, pelo instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e
educação política de que trata o inciso IV, conforme percentual que será fixado pelo órgão
nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total;
§ 5º O partido político que não cumprir o disposto no inciso V do caput deverá transferir o
saldo para conta específica, sendo vedada sua aplicação para finalidade diversa, de modo
que o saldo remanescente deverá ser aplicado dentro do exercício financeiro subsequente,
sob pena de acréscimo de 12,5% (doze inteiros e cinco décimos por cento) do valor previsto
no inciso V do caput, a ser aplicado na mesma finalidade.
Em caso de descumprimento, Partido tem suas contas rejeitadas + multa de 20%
descontada dos próximos repasses.
...Mas veio a Lei 13.831/2019, criando uma anistia inconstitucional:
“Art. 55-A. Os partidos que não tenham observado a aplicação de recursos prevista no
inciso V do caput do art. 44 desta Lei nos exercícios anteriores a 2019, e que tenham
utilizado esses recursos no financiamento das candidaturas femininas até as eleições de
2018, não poderão ter suas contas rejeitadas ou sofrer qualquer outra penalidade .”
Art. 55-C. A não observância do disposto no inciso V do caput do art. 44 desta Lei até o
exercício de 2018 não ensejará a desaprovação das contas.”
LCSG:
O percentual de 5% dos recursos do Fundo Partidário, bem como a obrigação de lançar ao
menos 30% de candidatas aos cargos proporcionais, se inserem numa política de ação
afirmativa, tendente a minorar a histórica desigualdade de gênero na composição das casas
legislativas. O Brasil ocupa posição vexatória nos “rankings” de igualdade, na comparação
com outras nações. Menos do que 15% da Câmara dos Deputados é composta por
mulheres; nas assembleias legislativas e câmaras municipais, a situação ainda é pior. As
razões para isso são a misoginia das estruturas partidárias e, notadamente, de suas
direções. Deixadas à própria conta, essas instâncias lançam apenas candidatos homens; se
lançam mulheres, é em menor número; quando lançam, não financiam. Foi preciso uma
decisão do Supremo Tribunal Federal para obrigar os partidos a utilizar ao menos 30% dos
recursos (de novo, públicos) em prol de suas candidatas (ADI 5.617) e outra do TSE
(Consulta 0600252-18) para exigir que, do 1,7 bilhão de reais do Fundo Especial de
Financiamento de Campanhas Eleitorais, se respeitasse a quota-parte das mulheres.
Essas posições de vantagem, as quotas, não tem a vocação da perenidade. Devem ir se
atenuando na medida em que as condições materiais e sociais que traziam a desigualdade
forem, por igual, se atenuando. No caso da participação política feminina, tal atenuação
ainda não se apresenta. Os avanços têm sido discretos, ainda que constantes.
Uma atuação do poder público, inclusive normativa, que enfraquece uma ação de
combate à desigualdade, é equivalente a uma ação que a amplia. Deste modo, a Lei
13.831/2019 padece de inconstitucionalidade. Outro modo de apresentar essa eiva é fazer
referência à proibição do retrocesso. Uma política pública que buscava cumprir a
Constituição – e vinha obtendo êxito nesse caminho – não pode ser descontinuada, a não
ser que razões igualmente ponderáveis e constitucionais se apresentem. Não é o caso.
Trata-se da destinação de recursos públicos, dados a instituições privadas (os partidos
políticos), com vinculação muito moderada: 5%.
Ainda que some, dá 35% x 65%. A Lei não distingue o emprego do dinheiro nas
candidaturas majoritárias, que nada tem a ver.
A Lei ainda permitiu que diretórios fossem provisórios por oito anos, sendo que o TSE
definiu em 120 dias, prorrogável. Mas se a lei pode entrar nesse nível na autonomia
partidária, também pode entrar para exigir democracia, não é mexmo?
Doações privadas de pessoas físicas, que podem fazer vaquinhas que são doações de
particulares arrecadadas por empresas.
o PJ totalmente proibidas pela ADI 4650 se referiu à plutocratização do plélio
eleitoral (Exceto partidos políticos): liberdade de expressão, no aspecto
político, assume uma dimensão instrumental com fim de ampliação do
debate público. A doação por PJ, antes de refletir preferência política, denota
um agir estratégico (nos EUA pode).
Isso torna desnecessário falar das fontes proibidas de doar, pois são
todas PJ! (governo estrangeiro, “órgão” da adm. Pública,
concessionário, PJ que recebe dinheiro público, entidade de classe ou
sindical, PJ sem fins lucrativos que recebe recursos do exterior,
entidades esportivas, ONGs com $ público, OSCIP)
FONTES:
1. Recursos próprios dos candidatos
2. Doações recebidas de PF (inclusive outros candidatos)
3. Comercialização de bens ou serviços pelo partido ou candidato
4. Eventos de arrecadação realizados pelo partido ou candidato
5. Doações recebidas dos partidos políticos
6. Valores do Fundo Partidário
7. Fundo Especial de Financiamento das Campanhas
8. Custeio do horário eleitoral gratuito
Não pode entregar $ em espécie: somente cheque cruzado ou nominal,
transferência ou depósito bancário identificado
ADI 5821: evitar o abuso por autofinanciamento dos ricos. Mas o Congresso revogou antes da ADI ser
julgada, perdendo o objeto. Deixaram lacuna e com lacuna não havia limite. Então o TSE RES
23.553/2017 retomou o artigo.
2019 - §2º-A O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10%
do limite do CARGO.
Decisão: multa de até 100% do excesso. (TSE - Antes era 5x, mas multa benéfica não retroage)
Provada a CIÊNCIA DO CANDIDATO, pode:
1. Irregularidade de captação de recursos, sujeitando-se ao reexame de contas e Às
sanções do art. 30-A (cassação)
2. Se houver abuso do poder econômico, caberá AIJE ou AIME.
3. Somente quando quebrar autonomia dos candidatos, pondo em risco a normalidade
e legitimidade do pleito / abuso do poder econômico a condenação gerará a
inelegibilidade (“p”)
3.1 LCSG: Todavia, tanto na Representação por doação acima do limite como no
procedimento de registro, não há como sindicar o abuso de poder econômico,
portanto, somente se a doação for de pequena monta não haverá inelegibilidade.
B) Bens móveis ou imóveis estimáveis em dinheiro (limite de 40 mil reais por doador).
i. Bens estimáveis em dinheiro: devem integrar patrimônio em período anterior
ao registro.
ii. MPE não precisa quebrar sigilo.
iii. Partidos e candidatos podem doar ainda que não constituam produto de seus
próprios serviços ou de suas atividades
1. Salvo: aquisição de bens e serviços destinados à manutenção da
estrutura do partido durante a campanha eleitoral, hipótese em que
deverão ser devidamente contratados pela agremiação e registrados
na sua prestação de contas de campanha
Gastos de simpatizantes: eleitores podem usar até 1 mil UFIR para promover seu candidato
por fora, sem entregar ao candidato.
§ 1º Os valores arrecadados constituem doação e estão sujeitos aos limites legais e à emissão de
recibos eleitorais
§ 2º O montante bruto dos recursos arrecadados deve, antes de sua utilização, ser depositado na
conta bancária específica
§ 3º Para a fiscalização de eventos prevista no I, a JE poderá nomear, entre seus servidores, fiscais ad
hoc, devidamente credenciados
§ 4º As despesas e custos devem ser comprovados por documentação e recibos eleitorais, mesmo
quando provenientes de doações de terceiros em espécie, bens ou serviços estimados em dinheiro.
c) Doações de PF
d) Contribuições de filiados
e) Comercialização de bens, serviços e eventos
f) Rendimentos de locação de bens
g) Rendimentos de aplicações
Forma de Registro das doações do partido a candidato ( como proteger o Bolsonaro que pegou os
200$ da JBS e devolveu para o partido e recebeu 200$ do partido ): desvinculando as doações e assim não
aparece na campanha quem doou.
Art. 28. A prestação de contas será feita:
§ 12. Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na
prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de
contas anual dos partidos, como transferência aos candidatos.
[2019] X - na compra ou locação de bens móveis e imóveis, bem como na edificação ou construção de sedes e
afins, e na realização de reformas e outras adaptações nesses bens;
[2019] XI - no custeio de impulsionamento, para conteúdos contratados diretamente com provedor de aplicação
de internet com sede e foro no País, incluída a priorização paga de conteúdos resultantes de aplicações de busca
na internet, mediante o pagamento por meio de boleto bancário, de depósito identificado ou de transferência
eletrônica diretamente para conta do provedor, o qual deve manter conta bancária específica para receber
recursos dessa natureza, proibido nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores à eleição.
Requisitos:
1 – Contratação direta com o provedor da internet
2 – Pagamento direto para a contar do provedor
3 – Conta bancária específica
4 – Vedação nos 180 anteriores a eleição.
Alteração veio no contexto da utilização de terceiros-
empresários para disseminar notícias para Bolsonaro. E
isso não estaria sido contabilizado. Por isso a contratação
tem que ser direta e rastreamento.
VETO PRESIDENCIAL MANTIDO. Não pode utilizar Fundo Partidário para pagamento de multas eleitorais,
juros, encargos e obrigações acessórias decorrentes de sanções por infração à legislação eleitoral ou partidária.
Ofende o interesse público, em que recursos públicos seriam utilizados para interesses privados, e não como
instrumento de efetivação do sistema democrática.
§ 1º Na prestação de contas dos órgãos de direção partidária de qualquer nível devem ser discriminadas as
despesas realizadas com recursos do Fundo Partidário, de modo a permitir o controle da Justiça Eleitoral sobre o
cumprimento do disposto nos incisos I e IV deste artigo.
§ 2º A Justiça Eleitoral pode, a qualquer tempo, investigar sobre a aplicação de recursos oriundos do Fundo
Partidário.
§ 3o Os recursos de que trata este artigo não estão sujeitos ao regime da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993,
tendo os partidos políticos autonomia para contratar e realizar despesas.
Art. 44-A. As atividades de direção exercidas nos órgãos partidários e em suas fundações e institutos, bem como
as de assessoramento e as de apoio político-partidário, assim definidas em normas internas de organização, não
geram vínculo de emprego, não sendo aplicável o regime jurídico previsto na Consolidação das Leis do Trabalho,
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, quando remuneradas com valor mensal igual ou
superior a 2 (duas) vezes o limite máximo do benefício do Regime Geral de Previdência Social.
§ 11. Os recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha que não forem utilizados nas
campanhas eleitorais deverão ser devolvidos ao Tesouro Nacional, integralmente, no momento da apresentação
da respectiva prestação de contas.
§ 15. O percentual dos recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo poderá ser reduzido mediante
compensação decorrente do remanejamento, se existirem, de dotações em excesso destinadas ao Poder
Legislativo.
Alteração da Lei 13.877/2019 – art. 16-C, II da LE (Direito Financeiro): Na LOA pode haver
emendas parlamentares, cuja execução dependia do arbítrio do Executivo. Houve as ECs das
emendas parlamentares impositivas e das emendas impositivas de bancada (Estadual), que
vinculavam a União. Antes, havia um limite de no mínimo 30% dessa emenda de bancada
estadual para fins de FEFC. Agora, não há mais esse limite, podendo ser usada o montante
total.
Foi objeto de Veto Presidencial rejeitado. O veto fundava-se que, ao retirar
o limite de 30%, a lei aumentou despesa pública sem o cancelamento
equivalente de outra despesa obrigatória ou estimativa de seu impacto
orçamentário e financeiro. O que viola o art. 113 do ADCT, art. 14 da LTF e
art. 114 da LDO-2019.
Alteração da Lei 13.877/2019 - Vedação à redistribuição dos recursos após renúncia – art. 16-
C, § 16, LE: Os partidos podem comunicar ao TSE até o 1º dia útil do mês de junho a renúncia
ao FEFC, vedada a redistribuição desses recursos aos demais partidos.
Ou seja, em uma coligação, o partido não pode redistribuir recursos do
FEFC para outro.
II – 10% igualitariamente
Requisitos?
a) Pedido de registro (salvo vaquinha)
b) CNPJ
c) Conta-Campanha
d) Recibos eleitorais SIMULADO FALA QUE PRESTAÇÃO SEM RECIBOS = NÃO
PRESTADAS.
CAIXA 2
Se o dinheiro não circular na conta-campanha ou sem recibo, É CAIXA 2.
Gera rejeição de contas.
Pode gerar, se houver abuso do poder econômico, cancelamento do registro ou cassação
do diploma.
Gera inelegibilidade:
Condenado por captação ilícita de recursos de campanha
Pessoa física ou dirigente de PJ responsável por doação tida como ilegal por decisão
da Justiça Eleitoral (não existe essa ação para pessoas proibidas de doar)
Modo?
$: cheques cruzados ou nominais; transferência eletrônica de depósitos; depósitos
identificados, mecanismos disponíveis na página do candidato e vaquinha
o $ acima de R$ 1.064,10 só por transferência bancária entre doador CC-
cand, INCLUSIVE DOAÇÕES SUCESSIVAS NO MESMO DIA
o Deve tramitar da CC-campanha, salvo:
Circunscrição sem agencia bancária ou posto de atendimento
bancário
Cujo candidato renunciou ao registro antes do fim do prazo de 10 dias
a contar da emissão do CNPJ-campanha, desde que não haja indícios
de arrecadação de recursos e realização de gastos eleitorais
Lei 13.877/19. Art. 39 § 3º II LPP.
Novos instrumentos para doações, a partir de mecanismos disponíveis em site
do Partido Político:
FONTES VEDADAS
Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro
ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente
de:
TUDO PERSONA JURÍDICA
I - entidade ou governo estrangeiro;
II - órgão da administração pública direta e indireta ou fundação mantida com recursos
provenientes do Poder Público;
III - concessionário ou permissionário de serviço público;
IV - entidade de direito privado que receba, na condição de beneficiária, contribuição
compulsória em virtude de disposição legal;
V - entidade de utilidade pública;
VI - entidade de classe ou sindical;
VII - pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior.
VIII - entidades beneficentes e religiosas
IX - entidades esportivas que recebam recursos públicos
IX - entidades esportivas
X - organizações não-governamentais que recebam recursos públicos;
XI - organizações da sociedade civil de interesse público.
§ 5º Para fins de pagamento das despesas de que trata este artigo, inclusive as do § 4º
deste artigo, poderão ser utilizados recursos da campanha, do candidato, do fundo
partidário ou do FEFC. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 6º Os recursos originados do fundo de que trata o art. 16-C desta Lei utilizados para
pagamento das despesas previstas no § 4º deste artigo serão informados em anexo à
prestação de contas dos candidatos.
A conta é do candidato. Mas partido pode assumir dívida de campanha, com autorização do
órgão nacional ao diretório da circunscrição. Haverá responsabilidade solidária e a existência
de dívida quando da entrega das contas não dará ensejo à reprovação.
LIMITES DE GASTOS:
Antes, o próprio partido definia. Depois TSE. AGORA É POR LEI e TSE só divulga, conforme
cargo.
Sanções: art. 18-B da LE. O excesso de gastos acarreta: (i) sanção de
multa em valor equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o
limite estabelecido; (ii) apuração da ocorrência de abuso do poder
econômico, o que pode ocorrer tanto no âmbito da AIJE do artigo 22
da LC nº 64/90, como da ação por captação ou gastos ilícitos de
recursos prevista no artigo 30-A da LE.
Uma outra abordagem que mostra essa falta de limite: doação de Pessoa Física
Art. 23 § 10. O pagamento efetuado (...) em decorrência de honorários de serviços
advocatícios e de contabilidade não será considerado para aferição do limite previsto no § 1º
(10% do rendimento bruto) e não constitui doação de bens e serviços estimáveis em dinheiro
(advogado militante não precisa estimar o serviço prestado e contar como doação... o pedreiro não ).
E mais uma:
Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência,
até a quantia equivalente a 1 mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não
reembolsados.
§ 1º Fica excluído do limite previsto no caput o pagamento de honorários decorrentes da
prestação de serviços advocatícios e de contabilidade, relacionados às campanhas eleitorais e
em favor destas.
SOBRAS DE CAMPANHA:
$ que sobra e bens adquiridos/recebidos. Devem ser transferidas ao órgão partidário da
circunscrição do pleito, no mesmo prazo da prestação de contas.
Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deve ser
declarada na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, TRANSFERIDA AO
PARTIDO.
SALVO FEFC, que volta ao TESOURO NACIONAL
Se não devolver, Banco pode fazer a transferência
PRESTAÇÃO DE CONTAS
É judicial (2009!), cabendo Recurso Especial ao TSE.
Lei 13.877/2019. Art. 37, § 10 da LPP. Comprovação de gastos com passagens aéreas para
congressos: independem de filiação partidária (quem viaja não precisa ser filiado), segundo
critérios interna corporis. Deve ser feita por apresentação de fatura ou duplicata, vedada a
exigência de qualquer outro documento.
Originalmente foi vetada, pois reduz transparência o gasto de um valor proveniente de Fundo
Público.
Prazo: 30 dias após o pleito e 20 dias após segundo turno, para os que nele concorrerem.
Pena: não apresentação ou apresentação sem documentos necessários impede
diplomação e, sem quitação, não consegue registro.
Art. 29. LE.
§ 2º A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a
diplomação dos eleitos, enquanto perdurar.
A rejeição das contas somente acarreta: devolução do valor irregular + até 20% não
impede diplomação
S 42 TSE: A decisão que julga não prestadas as contas de campanha impede o candidato de
obter certidão de quitação eleitoral durante o curso do mandato ao qual concorreu,
persistindo esses efeitos, após esse período, até a efetiva apresentação de contas.
Guardar recibos: 180 dias, salvo se pendente processo judicial.
Lei 13.831/2019 também limitou o desconto para multa pela desaprovação de contas do
PARTIDO: “Art. 37. A desaprovação das contas do partido implicará exclusivamente a sanção
de devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa de 20%” [já tinha
essa sanção desde 2015]. § 3º “A sanção do caput deverá ser aplicada de forma proporcional e
razoável, pelo período de 1 a 12 meses, e o pagamento deverá ser feito por meio de desconto
dos futuros repasses de cotas do fundo partidário [ essa regra já tinha] a, no máximo 50% do
valor mensal, desde que a prestação de contas seja julgada, pelo juízo ou tribunal
competente, em até 5 anos de sua apresentação, vedada a acumulação de sanções.”.
Se há duas desaprovações de contas, não pode somar para ultrapassar 50%.
Sistema simplificado: 20 mil (2015 – INPC), obrigatória p/ prefeito e vereador com -50mil
eleitores.
At. 28. § 10. O sistema simplificado deverá conter, pelo menos:
I – identificação das doações recebidas, com nomes, CPF ou CNPJ, com valores
II – identificação das despesas realizadas, CPF ou CNPJ dos fornecedores/prestadores
III – registros das eventuais sobras ou dívidas de campanha
§ 11. Nas eleições para prefeito e vereador de municípios com menos de 50 mil eleitores,
sempre é simplificada.
Municipal não é obrigado se não movimentar recursos ou não tiver arrecadado bens
estimáveis em dinheiro
Onde apresenta a prestação de contas? Circunscrição por meio eletrônico (juiz, TRE ou TSE).
Quando? Até 30 de abril do ano subsequente do recebimento ( 2015 – revogou 4 meses antes e 3
depois).
Procedimento:
“Impera a regra da preclusão”, dada oportunidade de apresentação de documentos, não
pode suprir depois do julgamento). Outros partidos e MPE podem impugnar. Nacional não
paga por Estadual e Municipal.
Juiz pode requerer informações adicionais, requisitar diligências e saneamento de falhas,
que deverão ser cumpridas em 3 dias, sob pena de preclusão.
Na fase do exame técnico, pode promover circularizações (contato com 3ºs), com prazo
de 3 dias para cumprimento.
Sempre há contraditório sobre falha, impropriedade ou irregularidade. Mas só poderá
juntar doc relativo à falha que abriu o contraditório.
Dado o parecer técnico-conclusivo, prazo de 3 dias para manifestação e vista ao MPE em
2 dias para manifestação.
Após, ao juiz para decisão FINAL DEVE SER PUBLICADA EM SESSÃO ATÉ 3 DIAS ANTES
DA DIPLOMAÇÃO (É condição para diplomação):
o Pela aprovação
o Pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não comprometam a
regularidade
o Pela desaprovação, quando a falha compromete regularidade
Erros formais corrigidos ou insignificantes NÃO autorizam
rejeição/sanções
Ausência de extratos bancários é rejeição (e não apresentação rs)
o Pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação da JE,
na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de 72
horas. IMPEDE QUITAÇÃO
Recursos:
§ 5o Da decisão que julgar as contas prestadas pelos candidatos caberá recurso ao órgão
superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, a contar da publicação no Diário
Oficial. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 6o No mesmo prazo previsto no § 5o, caberá recurso especial para o Tribunal Superior
Eleitoral, nas hipóteses previstas nos incisos I e II do § 4o do art. 121 da Constituição
Federal. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Natureza:
Decisão de contas NÃO tem caráter SANCIONATÓRIO.
Decisão pela REPROVAÇÃO NÃO impede QUITAÇÃO: o que impede é a NÃO
PRESTAÇÃO (permanece inerte após ser notificado para apresenta-las em 72h)
S 57 TSE: A apresentação das contas de campanha é suficiente para a obtenção da quitação
eleitoral, nos termos da nova redação conferida ao art. 11, § 7º, da Lei 9504 pela Lei
12.034/2009.
Cassações e sanções: serão objeto da Representação do art. 30-A, na qual poderá haver
cassação do mandato em caso de captação ou gastos ilícitos para fins eleitorais.
o Se foi por erro do registro, e puder identificar (ainda que a destempo), candidato
pode devolver ao doador, para evitar enriquecimento ilícito da União
o Aprovação com ressalvas não obsta essa devolução
A prestação e o exame de contas são importantes para verificar: abuso de poder econômico;
obtenção de recursos de fonte ilícitas ou gastos irregulares.
Ensejará:
1. Ação de Investigação Judicial Eleitoral
2. Representação do art. 30-A: hábil para a cassação do registrou ou diploma
O que é gasto ilícito para a Ação do 30-A? Não precisa ser de fonte ilícita, basta não seguir as
regras (prazo inicial após o registro, salvo vaquinha; limites máximos de PF; PJ; fora da conta-
campanha; proveniente de crime; ultrapassar os limites da vaga).
AUTONOMIA em relação à decisão sobre prestação de contas: mesmo se esta por aprovada,
a JE pode julgar procedente a representação. Mera reprovação não é suficiente para
procedência da representação (TSE).
o O exame de contas serve à colheita de provas.
o Não precisa esperar julgamento das contas
Prazo: 15 dias após diplomação. Em relação aos suplentes, que o julgamento das contas é
muito depois, 15 dias a partir do julgamento das contas
Procedência: negativa ou cassação do diploma. Recurso ao TRE ou TSE terá efeito suspensivo
(qualquer recurso que resulte na cassação, afastamento ou perda de mandato terá).
Cassado mandato do PR/GOV/PREF haverá novas eleições. Não
demanda trânsito em julgado (ADI).
Cassado mandato de SENADOR, entra o próximo mais votado.
Cassado mandato de DEPUTADO, anulará votos e proceder-se-á
ao recálculo dos QO-QE.
REGRAS PROCESSUAIS
Impedimento
Entre juízes
Entre si: No Tribunal o Impedimento é até 4º grau; na Junta, até 2º grau.
Juiz - Candidato
Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos
decorrentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou
como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de
candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
Cabe tutelas provisórias (Res. 23.478), a juris anterior não aceitava mto
Art, 234, § 2º, do CPC: três dias para advogado devolver autos. Juiz pode determinar
imediata busca e apreensão.
INTIMAÇÃO
Feitos que não versarem sobre cassação de registro ou diploma, as intimações poderão
ocorrer por edital na Internet (mural eletrônico). A contagem inicia-se no dia seguinte ao da
divulgação.
Indeferimento da PI desafia o Recurso Inominado (258, CE) ou Agravo Interno (1021, CPC)
QUADRO COMPARATIVO
Ação
FUNDAMENTO
AIRC+ RCED+++ AIJE++ AIME++++
LEGAL 3º LC 64/90 262 CE 22 LC 64/90 14 § 10 CF
OBJETIVO Indeferimento do registro da CASSAÇÃO Tutela da normalidade e legitimidade Tutela a normalidade e legitimidade
candidatura. É uma ação (procedência), não um recurso das eleições (art. 14, § 9º, da CF). da eleição bem como o interesse
CASSAÇÃO (provimento), porque a diplomação é um ato Para procedência, é necessária a prova público da lisura eleitoral.
administrativo. da gravidade das circunstâncias do ato Para procedência, é necessária a
abusivo (art. 22, XVI, LC 64) prova da gravidade das
CASSAÇÃO circunstâncias do ato abusivo (art.
ÚNICA CAPAZ DE GERAR 22, XVI, LC 64)
DIRETAMENTE, como objeto da CASSAÇÃO
condenação, A INELEGIBILIDADE
RITO Art. 3º ao 16 da LC 64/90 =AIRC (AIME) Rito Sumário – há produção de provas. =AIRC (RCED)
ORDINÁRIO Razões do autor e contrarrazões do legitimado Rito Ordinário da LC 64 (art. 3º ao
Não há litispendência com AIME e passivo, após, remetidos a Superior Instância NÃO HÁ LITISPENDÊNCIA ENTRE 16), e não do CPC, subsidiário.
AIJE. para julgamento. AIME, AIJE E RCED (TSE) –mas reúne SEGREDO DE JUSTIÇA
Autor especifica provas.
Até 6 testemunhas. NÃO HÁ LITISPENDÊNCIA ENTRE AIME, AIJE E Rito do art. 22. NÃO HÁ LITISPENDÊNCIA ENTRE
Contestação em 7 dias. RCED (TSE) –mas reúne Contestação em 5 dias. AIME, AIJE E RCED (TSE) –mas reúne
Corregedor designa provas.
Prazo comum para alegações finais.
Não há livre distribuição, mas
direcionamento ao CORREGEDOR
eleitoral.
Todavia, quando o rito é adotado na
captação ilícita de sufrágio ou gastos,
há livre distribuição.
LEG. ATIVA Art. 3º, caput, da LC nº Os candidatos, partidos políticos, coligações Candidato, partido político, coligação Ministério Público Eleitoral, os
64/90 partidárias e o Ministério Público Eleitoral. partidária ou ao Ministério Público partidos políticos, as coligações
Ministério Público, dos partidos NÃO: ELEITOR Eleitoral. partidárias e os candidatos (eleitos
políticos ou coligações e dos NÃO: ELEITOR ou não).
candidatos. NÃO: ELEITOR
NÃO: ELEITOR
LITIS. NÃO há litis passivo necessário HÁ litis necessário e unitário com o vice HÁ LITIS PASSIVO NECESSÁRIO COM Candidato diplomado, ainda que
PASSIVO. entre majoritário e vice. Pode na eleição majoritária. AGENTE PÚBLICO ENVOLVIDO NO suplente.
assistência simples Exceção à S NÃO há litis passivo necessário entre ABUSO DE PODER POLÍTICO. NÃO HÁ litis necessário com o vice na
38 TSE. candidato proporcional e partido. Pode deve chamar mero subordinado, eleição majoritária.
NÃO há litis passivo necessário assistência simples pois só causa tulmuto. NÃO há litis passivo necessário
entre candidato proporcional e entre candidato proporcional e
partido. Pode assistência Não cabe contra Pessoa Jurídica, partido. Pode assistência simples
simples. pois não há sanção aplicável (TSE),
chamam-se os responsáveis. NÃO chama o terceiro envolvido, pois só
HÁ litis necessário com o vice na há sanção de cassação.
eleição majoritária e SUPLENTE na
proporcional. SE HOUVER PEDIDO
DE CASSAÇÃO.
NÃO há litis passivo necessário
entre candidato proporcional e
partido. Pode assistência simples
TERCEIRO NÃO é litis necessário no
abuso de poder econômico. Mas é
no abuso de poder político.
CAPACIDADE DESNECESSIDADE. ADVOGADO
POSTULATÓ Advogado somente na fase
RIA recursal.
RECURSO Art. 258 do CE. Art. 258 do CE. Art. 258 do CE.
3 dias. 3 dias. 3 dias.
Enquanto sub judice (até decisão Efeito suspensivo automático do A decisão proferida na ação de
sem trânsito do TSE), candidato recurso contra sentença (art. 257, § 2º, impugnação de mandato eletivo tem
pode efetuar todos atos de CE). eficácia imediata a partir da
campanha (art. 216 do CE). publicação do respectivo acórdão
lavrado em grau de recurso
ordinário, não se lhe aplicando a
regra do art. 216 do Código Eleitoral
(art. 173, § 2º, da Res.-TSE nº
23.456/2015).
OBS.: Juiz pode indeferir registro de Enquanto o TSE não decidir o recurso A procedência da AIJE importa na
ofício. interposto contra a expedição do diploma, INELEGIBILIDADE do representado e
poderá o diplomado exercer o mandato em de quantos hajam contribuído, 8
Conforme a Súm.-TSE nº 11, “no toda a sua plenitude (art. 216 do Código (oito) anos subsequentes à eleição em
processo de registro de candidatos, Eleitoral). que se verificou o abuso (Súm.-TSE nº
o partido que não o impugnou não 19), além da cassação do registro ou
tem legitimidade para recorrer da diploma do candidato beneficiado.
sentença que o deferiu, salvo se se Ac.-TSE, de
cuidar de matéria constitucional”; o Se julgada após as eleições, a AIJE deve
teor da Súmula nº 11 do TSE não é
aplicável ao Ministério Público
21.2.2019, no AgR- ser enviada ao MP para propositura de
RCED ou AIME.
Eleitoral (STF).
AI nº 70447: “A Lei veda, mas segundo TSE, MP
As condições de elegibilidade e as
causas de inelegibilidade devem ser condenação tem o dever de usar todos seus
instrumentos, de modo que pode
aferidas no momento da
formalização do pedido de registro
de candidatura, ressalvadas as
criminal transitada usar o PPE – procedimento
administrativo eleitoral e o
alterações, fáticas ou jurídicas,
supervenientes ao registro que
em julgado após o Inquérito Civil, com a condição
de não ser utilizado
afastem a inelegibilidade.
pleito e antes da exclusivamente
eleitorais
para
(exportação
fins
de
Os prazos são peremptórios e
contínuos e correm em secretaria diplomação pode informação colhida, inclusive de
inquérito policial, como elemento
ou cartório e, a partir da data do
encerramento do prazo para
registro de candidatos (15.8.2016)
embasar recurso de informação – pois sem
contraditório).
até a 16 e
dezembro de 2016, não se contra expedição de
suspendem aos sábados, domingos
e feriados. diploma [...]”.
Representações: É toda denúncia de irregularidade que chega ao conhecimento da Justiça Eleitoral. As mais comuns são as representações por propaganda eleitoral irregular
previstas pela Lei 9.504/97. JJ: AÇÃO E REPRESENTAÇÃO É A MESMA COISA.
Recurso: 3 dias (73, § 13, LE) - há efeito suspensivo automático do recurso contra sentença.
Captação e gastos ilícitos 30-A Captação e gastos ilícitos com finalidade eleitoral (basta não seguir as regras). Tutela a normalidade das eleições.
de recursos eleitorais LE TSE: “é necessária prova da proporcionalidade (relevância jurídica) do ilícito praticado pelo candidato, e não da potencialidade do dano
[...] A sanção – negativa do diploma ou cassação – deve ser proporcional à gravidade da conduta e à lesão perpetrada ao bem jurídico
tutelado”.
Tem autonomia em relação à decisão sobre prestação de contas, que serve apenas à colheita provas (não precisa aguardar
julgamento das contas)
Prazo: 15 dias da diplomação
Procedimento: 22 LC 64/90 – AIJE permite produção de prova MAS com distribuição livre nos tribunais
Leg. Ativa: MP, PP-COL. Eleitor e CANDIDATOS NÃO.
Leg. Passiva: Candidato, inclusive o suplente. VICE é litis necessário. Partido assistente simples.
Sanção: cassação. SOMENTE, então não precisa incluir terceiros e não pode ser proposta contra não-eleitos/ perde interesse com o fim
do mandato.
>>>INELEGIBILIDADE INDIRETA<<<
Recurso: 3 dias do DOU (30-A) - há efeito suspensivo automático do recurso contra sentença.
Propaganda eleitoral Representação por propaganda eleitoral antecipada (realizada antes do prazo legal), em bens privados acima do limite de 0,5m², em bens
irregular públicos que não se enquadre nas exceções legais, através de outdoors, showmícios, etc.
Prazo: até o final do exercício financeiro do ano seguinte ao da eleição em que ocorreu a doação em excesso.
Leg. ATIVA: SÓ MP
Leg. Passiva: doador.
Procedimento: 22 LC 64/90 - AIJE
Sanção: multa.
Competência: juízo a que se vincula o doador.
Impugnações em geral
Contestação de atos administrativos ou judiciais praticados por autoridades durante o processo eleitoral.
(Impugnação do pedido de 2ª via de título em 5 dias; Impugnação do pedido de transferência de domicílio eleitoral – 10 dias; impugnação por violação de urna – antes de sua abertura )
b) determinará que se suspenda o ato que deu motivo à representação, quando for
relevante o fundamento e do ato impugnado puder resultar a ineficiência da medida, caso
seja julgada procedente;
c) indeferirá desde logo a inicial, quando não for caso de representação ou lhe faltar
algum requisito desta lei complementar;
III - o interessado, quando for atendido ou ocorrer demora, poderá levar o fato ao
conhecimento do Tribunal Superior Eleitoral, a fim de que sejam tomadas as providências
necessárias;
V - findo o prazo da notificação, com ou sem defesa, abrir-se-á prazo de 5 (cinco) dias
para inquirição, em uma só assentada, de testemunhas arroladas pelo representante e pelo
representado, até o máximo de 6 (seis) para cada um, as quais comparecerão
independentemente de intimação;
VII - no prazo da alínea anterior, o Corregedor poderá ouvir terceiros, referidos pelas
partes, ou testemunhas, como conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam influir
na decisão do feito;
IX - se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não comparecer a juízo, o
Juiz poderá expedir contra ele mandado de prisão e instaurar processo s por crime de
desobediência;
XIII - no Tribunal, o Procurador-Geral ou Regional Eleitoral terá vista dos autos por 48
(quarenta e oito) horas, para se pronunciar sobre as imputações e conclusões do Relatório;
XIV – julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos,
o Tribunal declarará a INELEGIBILIDADE do representado e de quantos hajam contribuído
para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se
realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da CASSAÇÃO
do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder
econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação,
determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de
processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras
providências que a espécie comportar; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de
2010)
O que é abuso?
o Econômico, político e dos meios de comunicação.
Igrejas e líderes partidários podem ser incluídos no poder político:
(autoridades) ou econômico (recursos financeiros de fonte vedada)
o Não precisa ter potencial de alterar eleições (aritmético), mas ser grave/provável
o A abertura permite incluir situações novas, como o lançamento de candidaturas
femininas e o abuso do poder religioso TSE CABE AIJE
o Fatos podem ter ocorrido antes ou depois do início do processo eleitoral (o que
não cabe é o ajuizamento antes)
Intersecção dos abusos: Prefeito que ameaça tirar programa social.
Existem representações autônomas para alguns casos (agentes públicos,
na L 9504; captação ilícita de sufrágio, CE) sendo a representação por
abuso do poder político e econômico SUBSIDIÁRIA às condutas vedadas,
capaz de compreender um conjunto de atos (reiteração) que,
individualmente, podem consistir em irregularidades diversas.
TSE: distribuição de jornal gratuito; uso do horário eleitoral de outra agremiação;
assistencialismo.
Objeto da AIJE:
Procedência: inelegibilidade (única ação que produz diretamente) + cassação.
Inelegibilidade: PESSOAL – depende de atuação pessoal, podendo ou não abarcar
vice. (pressupõe anuência ou concorrência do candidato - subjetiva)
o Não atinge o pleito em que ocorreu.
Cassação: Alcança candidato e vice, ainda que apenas beneficiados pela conduta de
terceiros. (protege-se a lisura e normalidade do pleito - objetiva)
PEDIDO NA AIJE:
a) ANTES DO PLEITO:
a. Inelegibilidade para as eleições nos oito anos subsequentes contado do dia do
1º turno até o dia de igual nº se ISOLADAMENTE IMPOSTA, não impede
mandato
b. Cassação do registro
c. Remessa ao MP para eventuais providências no campo disciplinar, de
improbidade administrativa ou criminal
b) DEPOIS DO PLEITO
a. Inelegibilidade
b. Cassação do diploma e do mandato
c. Invalidação da votação
i. Nas majoritárias, realização de novo certame
d. Remessa ao MP para eventuais providências no campo disciplinar, de
improbidade administrativa ou criminal
PROCEDIMENTO DA AIJE:
É uma ação judicial normal. O nome de investigação é porque permite a produção de provas
(esse rito é usualmente indicado para outras ações eleitorais).
AIJE AIRC
Sumário. Ordinário.
Aplicado à maioria das ações eleitorais típicas. Pode visar a declaração de inelegibilidade.
Visa a constituição da inelegibilidade. Prazo de 5 dias após publicação do registro
Prazo mais amplo
Litispendência
SIM! AIJE – AIME
NÃO! AIJE – RCED (Diversa causa de
pedir)
Prazo inicial da AIJE: registro (fatos anteriores podem nela ser indicados)
Prazo final da AIJE: diplomação
Legitimados ativos: MPE, P, COL e C (sem pertinência temática, mas respeita hierarquia de
circunscrição).
Cidadão pode dar notícia de fato ao MP, Juiz ou Corregedor Eleitoral.
Partido integrante de coligação não tem legitimidade sozinho.
Demanda advogado.
Legitimados passivos: candidato beneficiado e agentes do abuso (facultativo no abuso de
poder econômico e NECESSÁRIO NO ABUSO DE PODER POLÍTICO – TSE 2016 ambos SIMPLES
– mudou pesquisar, acho que agora é facultativo em ambos!!!!!!!). Só pode sanar vício de não
inclusão no prazo da AIJE (até a diplomação).
o NÃO: PJ. Seus responsáveis é quem são chamados.
o NÃO: Partido-Coligação, pois não é alcançado pelo punição (assim como PJ).
Pode ingressar como assistente simples (TSE: não pode arrolar
testemunha)
o CHAPAS MAJORITÁRIAS: VICE É LITIS PASSIVO NECESSÁRIO UNITÁRIO (S 38
TSE), claro, se houver pedido de cassação (se só versar sobre inelegibilidade e
multa é personalíssima)
Inicial deve ser distribuída corretamente. Se o juiz mandar emendar, o
decurso do prazo corre em desfavor do autor, que deve respeitar o
prazo decadencial como se fosse nova P.I. Isso não significa exigir a
citação dentro do prazo, mas a emenda (S 106 STJ).
Tutela provisória na AIJE: somente para cassação do diploma, por colegiado e com provas
robustas, com fundamento no direito difuso, pois não há risco de irreversibilidade uma vez que
pode receber posteriormente o diploma; e para tutela inibitória do abuso.
Incabível tutela de evidência, pois os objetos da AIJE demandam devido processo legal.
Citação: ausência gera nulidade se houver prejuízo (pas de nullité sans grief)
Sigilo:
a) Gravação ambiental: por um dos interlocutores, sem ciência do outro – pacífica
jurisprudência do STJ e STJ, mas TSE só aceita quando em local público, acesso
público ou com autorização judicial
b) Escuta ambiental: por terceiro, com ciência de um dos interlocutores
c) Interceptação ambiental: por terceiro, sem ciência de nenhum dos interlocutores –
clandestina
d) Sigilo bancário e fiscal: pode abrir na AIJE, desde que com autorização judicial
a. Art. 6º LC 105/2001 permite às autoridades fazendárias, sem autorização judicial, quando
houver PA ou P fiscal em curso, e o exame dos dados bancários for indispensável aos fins fiscais.
Mas o art. 198 do CTN veda a divulgação da informação, salvo por autorização judicial ou
autoridade administrativa com PA.
e) Prova indiciária: sim
f) Depoimento pessoal e confissão: não tem “relevo/validade no processo eleitoral”, porque as
matérias são de ordem pública e indisponíveis (art. 392 CPC)
Rito na AIJE:
4. Inicial: indica provas, inclusive oitiva de até 6 testemunhas por parte (3 p/ mesmo fato).
a. Existe um recurso INOMINADO contra o
indeferimento liminar ou Mora do Corregedor, no
prazo de 3 dias (comum, não previsto), para que o
Tribunal decida em 24 h (art. 22, II)
5. Defesa: 5 dias, indica provas e rol, sob pena de preclusão.
a. Não há efeitos da revelia
b. Cabe reconvenção antes da diplomação.
c. Prazo da arguição de suspensão será sempre igual o da defesa (5
dias na AIJE; 7 na AIRC; 1 dia na representação por direito de
resposta; 2 nas representações da L9504 – propaganda – contado
a partir do conhecimento) e não há prazo para impedimento.
6. Cabe providência cautelar do Corregedor para suspender ato
7. Audiência única: 6 testemunhas independentemente de intimação (INCLUSIVE
DO MP, em contrariedade ao CPC) – Não há saneamento
8. Diligências: decididas em 3 dias.
9. Alegações finais: 2 dias.
10. Parecer do MP: 2 horas. sempre depois as AF
11. Decisão (quórum completo do Tribunal)
12. Recursos:
Após alegações finais:
Municipais Estaduais e Federais Presidente
No âmbito do Tribunal (TRE, TSE ou STF), após autuação e distribuição ao relator, há vista ao MP para parecer, e o
relator poderá:
A regra geral é que os recursos eleitorais não tem efeito suspensivo (art. 257).
Ressalva: recurso ordinário contra decisão do juiz eleitoral ou por TRE que resulte em
cassação de registro, afastamento ou perda de mandato. (art. 257, § 2º)
Para outras suspensões, só com cautelar no juízo ad quem.
* Decisões interlocutórias são irrecorríveis (não precluem, mas JJ critica e fala de aplicar CPC),
mas cabe MS (Obs. S 22 TSE: Não cabe MS contra decisão judicial recorrível, salvo situações de teratologia ou
manifestamente ilegais + Lei do MS, que não cabe quando houver recurso com efeito suspensivo).
TRE: Recurso Especial (se presentes os requisitos do art. 121, § 4º, I e II) em 3 dias.
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
TRE: Recurso Ordinário ao TSE (pois pode cassar diploma) (art. 121, § 4º, III)
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais
ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou
estaduais;
S 36 TSE: Cabe recurso ordinário de acórdão de TRE que decida sobre inelegibilidade,
expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas eleições federais
ou estaduais.
Promessa: diferença entre promessa lícita (genérica – “asfaltar as ruas”) e ilícita (item de
fruição pessoal, feita a pessoa identificável – “asfaltar sua calçada”). Dar: não tem essa
questão, não pode.
o A exigência de pessoas determinadas não é cada uma delas: não precisa
identificar eleitor
Procedimentos
Cível:
Rito: AIJE (≠ de distribuição livre nos Tribunais) e com quórum completo (pois pode acarretar
cassação – art. 28, § 4º do CE: todas)
Objeto: cassação e multa.
o Inclui anulação dos votos
o Não inclui inelegibilidade (indireta, somente em caso de cassação – LCSG
critica, alegando bastar multa, sob pena de não ser inelegível o que não
conseguiu se eleger e não tem nada pra cassar)
LC 64. São inelegíveis pelo prazo de 8 anos a contar da eleição.
Concomitância com a Representação por condutas vedadas: dar cesta básica é distribuir bem
(conduta vedada) e comprar voto (captação de sufrágio). Pode distribuir ambas, mas o mais
comum é usar a AIJE, quando o ato tem potencialidade de influir no resultado do pleito ou na
igualdade dos candidatos.
Concomitância com o abuso de poder econômico: Enseja AIJE ou AIME quando indicativos de
pujança econômica utilizada de modo reprovável (cuidado se não caracterizar isso).
Improbidade Administrativa
A maioria gera responsabilização autônoma por improbidade administrativa (PRINCÍPIOS):
79 § 7º As condutas enumeradas no caput caracterizam, ainda, atos de improbidade administrativa, a
que se refere o art. 11, I, da LIA, e sujeitam-se às disposições daquele diploma legal, em especial as
comunicações do art. 12, III.
Art. 78. A aplicação das sanções cominadas no art. 73, §§ 4º e 5º, dar-se-á sem prejuízo de outras de
caráter constitucional, administrativo ou disciplinar fixadas pelas demais leis vigentes.
CÚMULO DE AÇÕES
Pode cumular vários pedidos das diversas ações na ELEIÇÃO MUNICIPAL (“mesmo juízo
competente”), porque nas presidenciais, federais e estaduais, há divisão de competência entre o
Corregedor Eleitoral (AIJE -22) e os juízes auxiliares (30-a, 41-a E 73 ss).
Se refere expressamente a candidato, por isso o TSE falou que só ocorre a partir da Escolha
em Convenção. Mas JJG e LCSG, E O PRÓPRIO TSE, em outras vezes, já defenderam a aplicação
a qualquer tempo (“antes mesmo do pedido de registro”
Cessão ou uso de bens públicos:
sem prazo (Majoritária: qualquer tempo)
Móveis e imóveis
Não abrange serviços (abrangido no II)
TSE: Não abrange bens de uso comum do povo, salvo a destinação e normalidade do
uso, e que a área seja franqueada a todos os candidatos
Não abrange veículo oficial do Presida (após, deve haver ressarcimento de despesas a cargo
do partido, sua falta enseja representação pelo MPE na JE) e residência oficial do
Executivo (§ 2º 73)
Qualquer tempo:
Uso de materiais ou serviços públicos:
Pode levar servidor de segurança, só não pode fazer campanha
Pode contratar empresa que tenha contrato com o Poder Público
C+M: da CONVENÇÃO até a POSSE (TSE – 180 dias ANTES DAS ELEIÇÕES)
Revisão geral de remuneração de servidores:
AUMENTO REAL
Eleição na circunscrição
Não abrange reestruturação de carreira/mera recomposição
Art. 37, X, CF: DEPENDE DE LEI - Quem votou a favor da lei deve ser incluído no polo
passivo
Em outros casos, o aumento pode vir do Executivo. É proibido p/ todos.
Despesas liquidadas (não é empenho nem pagamento – que são mera contratação)
Antes de 2015 era o dobro, mudou para média inda bem
DIPLOMAÇÃO
É ato administrativo de caráter declaratório que habilita o candidato eleito a tomar posse. Nas
eleições proporcionais, o diploma também é concedido aos suplentes. Será concedido pelo Juiz
Presidente da Junta ou Juiz Presidente Do Tribunal.
Enquanto não apresentarem prestação de contas, não podem ser diplomados (rejeição não
impede). Juízes devem analisar até 3 dias antes da diplomação.
JE não pode negar de ofício do diploma por inelegibilidade superveniente. Caberá RCED.
Somente por perda superveniente de condição de elegibilidade poderá, de ofício, impedir
diplomação (suspensão dos direitos políticos com o trânsito em julgado de sentença criminal
condenatória; falta de filiação ou expulsão do partido; transito em julgado de sentença da JF que
decreta perda de nacionalidade brasileira), ainda sim cabível RCED.
AÇÕES ELEITORAIS:
Marco final: 41-A (representação por captação ilícita de sufrágio)
Marco final: 73 (representação por conduta vedada).
Marco final: art. 22 (AIJE)
Marco inicial: prazo de 3 dias para RCED (Recurso contra a Expedição do Diploma)
Marco inicial: prazo de 15 dias da AIME (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo)
Marco inicial: prazo de 15 dias da Representação por captação ou gastos ilícitos de
recursos (30-A)
MARCOS:
Marco inicial para Deputados (Federais e Estaduais) e Senadores:
o Garantias, como foro por prerrogativa de função; imunidade formal: prisão
só em flagrante de crime inafiançável (desde a expedição do diploma);
suspensão processual criminal por decisão da casa (crime após a diplomação).
o Restrições: firmar ou manter contrato; aceitar cargo, função ou emprego,
inclusive comissão.
Competência: é apresentado a quem diplomou (juiz presidente da Junta), com a juntada das
contrarrazões, sobe (sem admissibilidade) - (não dá vista ao MP ad quo, mas ao MP ad quem
– PRE):
TRE: Eleições municipais
TSE: Estaduais, Federais (gerais) e PR.
S 37 TSE: Compete originariamente ao TSE processar e julgar RCED envolvendo eleições
federais ou estaduais.
O recurso é interposto - ou proposto -, e processado no juízo a quo, que é o da diplomação, e julgado no juízo ad quem. Por isso
que nas eleições municipais o RCED é proposto perante o Juiz Eleitoral, porém é julgado pelo TRE[4], e nas eleições federais e estaduais
é proposto e processado pelo TRE e julgado pelo TSE[5].
Nas eleições para Presidente da República não há consenso na doutrina e tampouco existe qualquer precedente na jurisprudência.
ZILIO[6] postula que seria adequado que nessa hipótese o julgamento se dê pelo Pleno do TSE, entendimento que parece ser o mais
sensato
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de
inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de
elegibilidade. (2013)
§ 1º A inelegibilidade superveniente que atrai restrição à candidatura, se formulada no
âmbito do processo de registro, não poderá ser deduzida no recurso contra expedição de
diploma. (2019)
§ 2º A inelegibilidade superveniente apta a viabilizar o recurso contra a expedição de diploma,
decorrente de alterações fáticas ou jurídicas, deverá ocorrer até a data fixada para que os
partidos políticos e as coligações apresentem os seus requerimentos de registros de
candidatos. (2019)
§ 3º O recurso de que trata este artigo deverá ser interposto no prazo de 3 (três) dias após o
último dia limite fixado para a diplomação e será suspenso no período compreendido entre
os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro, a partir do qual retomará seu cômputo. (2019)
Cabimento:
Art. 262. CE. O RCED caberá somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de
natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade (sempre CF e não preclui).
Se infraconstitucional e não-superveniente, já precluiu.
S 47 TSE: A inelegibilidade superveniente que autoriza a interposição de RCED, fundado no
art. 262 CE, é aquela de índole constitucional ou, se infraconstitucional, superveniente ao
registro de candidatura, e que surge ATÉ A DATA DO PLEITO.
o LCSG: crítica porque deveria ser até a data da diplomação, como funciona para as
alterações fáticas que beneficiem o candidato.
o Não é superveniente se perfez no dia das eleições
IMPORTANTE!!
A reforma eleitoral de 2019, Lei 13.877, de 27 de dezembro de 2019:
Matéria polêmica, objeto de veto derrubado. O veto fundava-se em ser matéria reservada à
Lei Complementar. Art. 14 § 9º CF. LC estabelecerá os casos de inelegibilidade e prazos de sua
cessação. Para o prof., efetivamente, não falou de casos e cessação, sem razão o veto por
essa perspectiva jurídica formal.
Rito: não previsto na lei. Utiliza-se a AIRC (que também é utilizado na AIME NÃO É O RITO
DA AIJE), com prazo de três dias para interposição e defesa. HÁ FASE PROBATÓRIA (MAS
provas devem ser indicadas na inicial).
Efeitos: não automático (recurso tem efeito suspensivo). Lei demanda Trânsito em Julgado,
mas STF julgou inconstitucional a partir da confirmação ou prolação pelo TSE (ADI 5525).
Legitimidade ativa: MPE, PP, C ou COL (Coligação termina na diplomação, mas sua
legitimidade se protrai para estes fins, mas os PP podem ingressar sozinhos após diplomação
(TSE fala em a partir da eleição)).
TSE: candidato proporcional não pode impugnar majoritário e
vice-versa
Defesa: 7 dias.
RECURSOS ELEITORAIS
ASPECTOS GERAIS
1. Nem tudo que é chamado de recurso, é recurso (RCED é ação): precisa haver uma
decisão jurisdicional em um processo judicial gerando sucumbência.
2. não cabe Recurso Extraordinário ao STF contra decisão de TRE. É cabível Recurso
Especial, dirigido ao TSE, de decisão proferida por TRE contra disposição expressa da
Constituição.
6. Início do prazo pode variar. Quando há previsão específica, não há intimação pessoa
do MP.
a. Eleições de 2018: Resolução 23.547/2017 sem intimação pessoal do MP
Art. 14. No período compreendido entre 15 de agosto e a data-limite para a
diplomação dos eleitos, a publicação dos atos judiciais será realizada em mural
eletrônico, disponível no sítio do respectivo tribunal, com o registro do horário
da publicação, e os acórdãos serão publicados em sessão de julgamento.
Art. 11, LE, § 10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser
aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura,
ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem
a inelegibilidade.
Súmula 3 TSE: No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo
para o suprimento de defeito de instrução do pedido, pode o documento, cuja falta
houver motivado o indeferimento, ser juntado com o RECURSO ORDINÁRIO.
13. Decisões interlocutórias que julgam incidentes (ex: pedido de produção de provas) não
são recorríveis de imediato. Não precluem e são objeto de preliminar de recurso à
decisão de mérito.
Art. 19. Res. 23.478.
As decisões interlocutórias ou sem caráter definitivo proferidas nos feitos eleitorais
são irrecorríveis de imediato por não estarem sujeitas à preclusão, ficando os
eventuais inconformismos para posterior manifestação em recurso contra a decisão
definitiva de mérito.
O único agravo é o de instrumento contra a não admissão de
Recurso Especial
15. Preclusão:
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso, salvo quando neste se discutir
matéria constitucional.
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria constitucional não poderá ser interposto
fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá ser
interposto.
16. Especificidades:
Arr. 149. Não será admitido recurso contra a votação, se não houver havido
impugnação perante a mesa receptora, no ato da votação, contra as nulidades
arguidas.
Súmula 11 TSE: No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou
não tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de
matéria constitucional.
SÓ NÃO SE APLICA AO MP
B) Recurso inominado: RESIDUAL. é o recurso comum (art. 265 do CE) e, em face das
Juntas, tem cabimento residual, para as hipóteses não contempladas no art. 169
(urnas, cédulas e votos).
§ 4o Nos tribunais:
I - o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto;
II - não havendo julgamento na sessão referida no inciso I, será o recurso incluído em pauta;
III - vencido o relator, outro será designado para lavrar o acórdão.
II – ORDINÁRIO:
a) Quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais
b) Quando denegarem HC ou MS LSCG defende ser RESP
Ambos demandam o esgotamento dos recursos internos no TER (agravo interno ou recurso
inominado de decisão de juiz auxiliar).
RECURSO
RECURSO RECURSO ESPECIAL
SENTENÇA
SENTENÇA DO
DO JUIZ
JUIZ
AIJE MUNICIPAL ELEITORAL
ORDINÁRIO/INOMINADO
ORDINÁRIO/INOMINADO
ELEITORAL AO TRE
AO TRE
AO TSE
RECURSO
AIJE ESTADUAL/FEDERAL
ACORDÃ ORDINÁRIO
O DO TRE AO TSE SEM
JUIZO DE
ADMISSIBILIDADE
RECURSO ORDINÁRIO
Acórdão de TRE.
Não há requisitos especiais de admissibilidade.
NÃO HÁ EXAME DE ADMISSIBILIDADE PELO TRIBUNAL A QUO
Art. 277 CE
Interposto recurso ORDINÁRIO contra decisão do TRE, o presente poderá, na própria petição,
mandar abrir vista ao recorrido para que, no mesmo prazo, ofereça suas razões.
PU. JUNTADAS AS RAZÕES DO RECORRIDO, SERÃO OS AUTOS REMETIDOS AO TSE.
Prazo: 3 DIAS.
Efeitos: nas decisões cassatórias, tem efeito suspensivo até pronunciamento do TSE
(independentemente de trânsito em julgado – ADI 5.525)
Hipóteses: É SÓ VERSAR, não precisa ter declarado! Então cabe mesmo se julgada
improcedente pelo TRE...
III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições
federais ou estaduais;
IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou
estaduais O registro deles é requerido ao TRE, responsável pelo julgamento
originário de todas as ações relativas ao registro.
o Se for PREFEITO ou VEREADOR, o julgamento do TRE será em grau de
revisão e não se admitirá Recurso Ordinário.
S 36 TSE.
Cabe recurso ordinário de acórdão de TRE que decida sobre inelegibilidade,
expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas eleições
federais ou estaduais.
Súmula-TSE nº 37
Compete originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar
recurso contra expedição de diploma envolvendo eleições federais ou
estaduais.
NÃO CABE RO DE CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
No caso de RCED sobre condições de elegibilidade, será RECURSO ESPECIAL.
V – denegarem HC, MS, HD ou MI. LSCG defende que: julgamento originário cabe
RO; julgamento em 2ª instância cabe RESP.
Não é necessário que tenha ocorrido a cassação do registro/diploma, basta que estas sanções
estejam previstas em caso de procedência da ação (AIRC, AIJE, AIME, 30ª, 41A etc).
RECURSO ESPECIAL
TSE: O recurso cabível nas situações que envolvam condições de elegibilidade é o
especial, não o ordinário.
TSE: admissível se fundado em contrariedade às Resoluções emanadas do TSE
Similar ao STJ:
Exigência de prequestionamento: objeto de debate no acórdão, não sendo suficiente
que venha no voto vencido. Mas ED supre, desde que o debate tenha sido realizado.
o A alegação tardia de matéria constitucional só suscitada em ED não supre
o Mesmo temas de ordem pública demandam prequestionamento
S 320 STJ A questão federal somente ventilada no vot vencido não atende ao
requisito do prequestionamento.
S 72 TSE ´´E inadmissível RESP quando a questão suscitada não foi debatida na
decisão recorrida e não foi objeto de ED.
Impossibilidade de mero reexame de fatos provas (TRE é instância final neste aspecto)
o Admite-se valoração da prova se ofendeu cânones normativos ou exigiu grau
de suficiência probante distinto daquele que outras cortes têm exigido.
Diferente do STJ:
Pode abranger alegações de inconstitucionalidade
o Por isso, não cabe Recurso Extraordinário das decisões do TSE.
Não cabe recurso das decisões interlocutórias (Ex.: acórdão anulou provas e
determinou remessa para juiz – não cabe recurso algum)
Hipóteses:
I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de Lei;
II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
Recorrente deve fazer “cotejo analítico” para demonstrar a
divergência entre acórdão recorrido e acórdão paradigma. A mera
menção leva à inadmissão.
Súmulas:
24: Não cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.
Reexame é diferente de revaloração: basta demonstrar que outro
TRE aplicou sanção aos mesmos fatos
25: É indispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso
especial eleitoral.
28: A divergência jurisprudencial que fundamenta o recurso especial interposto com base na
línea b do inciso I do art. 276 do CE somente estará demonstrada mediante a realização de
cotejo analítico e a existência de similitude fática entre os acórdãos paradigma e o aresto
recorrido.
29: A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não se presta a configurar dissídio
jurisprudencial apto a fundamentar recurso especial.
30: Não se conhece RESP por dissídio jurisprudencial, quando a decisão recorrida estiver
em conformidade com jurisprudência do TSE.
31: Não cabe RESP contra acórdão que decide sobre pedido de medida liminar.
32: É inadmissível RESP por violação à legislação municipal ou estadual, ao
Regimento Interno dos TREs ou às normas partidárias.
72: É inadmissível o RESP quando a questão suscitada não foi debatida na decisão recorrida
e não foi objeto de embargos de declaração.
DUPLICIDADE DE FUNDAMENTOS
Em regra, não há fungibilidade entre RESP e RO. No máximo, aceita-se como RO um RESP
indevidamente interposto, pois o RESP tem requisitos. Mas já aceitou como RESP RO com
requisitos.
Mas, se houver fundamentos para os dois o TSE aceita o que tem cognição mais ampla:
S 64 TSE: Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de
elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível RECURSO ORDINÁRIO.
1) Cabe RESP e RO apenas após o exaurimento das instâncias recursais originárias. Se cabe um
recurso interno (agravo) no TRE, primeiro deve-se exauri-lo
2) Não cabe RESP e RO das decisões dos órgãos fracionários dos TRE. Apenas das decisões do
colegiado.
3) Não cabe RESP e RO de decisão interlocutória. São irrecorríveis. Inconformismo não preclui,
devendo ser apresentando com o recurso contra decisão final. Ex.: (a) decisão de TRE que
recebe denúncia criminal; (b) TRE reconhece nulidade em processo que tramitava perante juiz
eleitoral (cerceamento de defesa) e retorna autos.
4) Não cabe RESP e RO de decisão não jurisdicional (administrativa).
5) Não cabe RE para o STF contra decisão do TRE. (Primeiro, deve chegar ao TSE por RESP ou
RO).
6) Prazos.
* Prazo geral: 3 dias.
* Prazo em dias corridos.
* Contagem durante calendário eleitoral: peremptórios e contínuos; inicia-se com a
publicação da própria sessão de julgamento; MP não será intimado pessoalmente, mas na
própria sessão.
* Contagem fora do calendário eleitoral: exclui 1º dia útil e inclui o dia do vencimento; se
cair em dia não útil, protai-se para o 1º dia útil seguinte; inicia-se com a publicação no DJe; MP
será intimado pessoalmente.
7) Embargos de declaração. Interrompem prazo dos demais recursos (TSE afastou art. 275 § 4º
CE que fala em suspensão). Mas os protelatórios não suspendem nem interrompem.
RESP
1) Cabimento (CF): contrariar expressamente a CF ou a Lei OU dissídio jurisprudencial de TER.
2) Prazo: 3 dias. Exceção: direito de resposta em 24h.
3) Condições: (a) legitimidade; (b) interesse; (c) possibilidade jurídica; (d) tempestividade; (e)
prequestionamento.
4) Intempestividade reflexa: perda de prazo de recursos internos para exaurir instâncias (é
necessário exauri-las/prazo de embargos de declaração e agravo regimental é de 24 h).
5) Superação da intempestividade por apresentação do recurso antes do prazo: NCPC –
Tempestiva. Só precisa ratificar se embargos declaratórios forem acolhidos com efeito
modificativo.
6) Prequestionamento: cabe embargos declaratórios para este fim, que não podem inaugurar
a discussão.
7) Vedação ao reexame de provas.
8) Permissão de revaloração de provas.
9) RESP adesivo: não tem previsão específica, mas é admitido.
10) Legitimidade ativa: Partido (que já oficiou no processo); Coligação (retira legitimidade
isolada de partido); MP (“esquizofrenia ministerial”: manifestações diferentes dos parquets de
instâncias distintas)
11) Vedação ao amicus curiae.
12) RESP não tem efeito suspensivo.
13) Procedimento:
- Pedidos cautelares ao Presidente do TRE, após ao TSE
- Interpõe perante o TRE para juízo de admissibilidade a quo, que age como longa manus
do TSE (despacho de admissibilidade não comporta recurso ao próprio TRE) (se a decisão de
admissibilidade for parcial, não cabe agravo pois todas as matérias subirão ao TSE)
Exceção: registro de candidatura (sobe direto ao TSE)
- Contrarrazões antes do juízo de admissibilidade (CE)
- RESP não admitido: agravo ao TSE, no prazo de 3 dias, que sobe nos próprios autos (não
é de instrumento). Só vai tratar da admissibilidade.
RO
1) RO é similar a uma apelação: não demanda prequestionamento e pode reexame de provas.
2) Cabimento:
(a) Inelegibilidade ou expedição de diplomas federais ou estaduais (ou seja, só cabe RO em
decisão de TRE como instância originária, evitando-se uma 3ª instância municipal).
(b) Não cabe no caso de ausência de condição de elegibilidade (salvo se simultânea à
inelegibilidade)
3) Não há exame de admissibilidade no TRE.
4) Fungibilidade entre RESP RO. Mas não entre RO RESP (requisitos mais restritivos).
I - no recurso de APELAÇÃO;
II - no recurso ORDINÁRIO;
III - no recurso ESPECIAL;
IV - no recurso EXTRAORDINÁRIO;
V - nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA;
VI - na ação RESCISÓRIA, no MANDADO DE SEGURANÇA e na RECLAMAÇÃO;
VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre
tutelas provisórias de urgência ou da evidência;
§ 4º É permitido ao advogado com domicílio profissional em cidade diversa daquela onde está
sediado o tribunal realizar sustentação oral por meio de videoconferência ou outro recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que o requeira até o dia
anterior ao da sessão.
Res. 23.476/2016
Art. 16. Nos tribunais eleitorais, o prazo para sustentação oral dos advogados e do MP será
de:
I – 15 minutos nos feitos originários (=CPC)
II – 10 minutos nos recursos eleitorais (art. 272 do CE)
III – 20 minutos do RCED (art. 272, pu, CE)
Lei do processo nos tribunais
Lei 8.038/90
QUEIXA
Art. 6º A seguir, o relator pedirá dia para que o Tribunal delibere sobre o recebimento, a
rejeição da denúncia ou da queixa, ou a improcedência da acusação, se a decisão não
depender de outras provas.
§ 1º no julgamento de que trata este artigo, será facultada sustentação oral pelo prazo de 15
minutos, primeiro à acusação, depois à defesa.
PROCESSO CRIME
Art. 12. Finda a instrução, o Tribunal procederá ao julgamento, na forma determinada pelo
regimento interno, observando-se o seguinte
I – a acusação e a defesa terão, sucessivamente, nessa ordem, prazo de UMA HORApara
sustentação oral, assegurado ao assistente ¼ do tempo da acusação.
REGIMENTO DO TSE
Art. 23. Feito o relatório, cada uma das partes poderá, no prazo improrrogável de 10 minutos,
salvo o disposto nos arts. 40, 64, 70, § 7º, e 80, sustentar oralmente as suas conclusões. Nos
embargos de declaração não é permitida sustentação oral.
ED-AgR-AI nº 11019 TSE
Descabe sustentação em agravo regimental
Possui PODER NORMATIVO por meio das consultas, o que não há na justiça comum.
NÃO PREVISTA NA CF.
Apesar de a Constituição não prever essa função, ela consta do artigo 1º, parágrafo único, e
do artigo 23, IX, ambos do Código Eleitoral. “Art. 1º Este Código contém normas destinadas a
assegurar a organização e o exercício de direitos políticos, precipuamente os de votar e ser
votado. Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para sua fiel
execução. [...] Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: [...] IX – expedir
as instruções que julgar convenientes à execução deste Código;”
Por igual, dispõe o artigo 105, caput, da Lei nº 9.504/97: “Art. 105. Até o dia 5 de março do
ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem
restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir
todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência
pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos.”
O art. 105 da Lei das Eleições limita o papel das instruções do TSE ao caráter
regulamentar, sem restrições de direitos ou estabelecimento de sanções. Mas quem
averigua é a própria JE (salvo recurso ao STF)
Súmula-TSE nº 35
Não é cabível reclamação para arguir o descumprimento de resposta a
consulta ou de ato normativo do Tribunal Superior Eleitoral
Na época de eleições, Lei 9504 permite que o TSE nomeie 3 juízes auxiliares (juízes da
propaganda, embora cuidem de outros temas) para julgar representações da lei das eleições. De
suas decisões, cabe recurso ao próprio TSE.
II – TREs
2 Desembargadores do TJ (Presidente + Vice, este geralmente indicado para ser o
Corregedor-Regional Eleitoral)
2 juízes de direito indicados pelo TJ
1 Desembargador federal (onde tem TRF) ou juiz federal (se não tiver TRF)
2 Advogados (Nomeados pelo Presidente da República, indicados pelo TJ em lista sêxtupla)
podem advogar, exceto eleitoral. Não podem ser parentes (4º grau), exercer função
de confiança ou ser diretor/sócio de empresa com favores do poder público. Nem
ter mandato político. 10 anos de atividade.
NÃO HÁ QUINTO CONSTITUCIONAL: MPE não têm assento, mesmo quando
aposentados (juiz aposentado também não pode).
Ac.-TSE, de 11.6.2019, na LT nº 060001632: interpretação conforme a
Constituição para assentar que a posse no cargo de juiz membro do TRE, na
classe dos advogados, estará condicionada à comprovação, pelo candidato
nomeado, da exoneração de cargo público demissível ad nutum.
COMPETÊNCIA
Competência CRIMINAL ORIGINÁRIA: PREFEITOS, DEPUTADOS ESTADUAIS, JUÍZES
ELEITORAIS e PROMOTORES DE JUSTIÇA ESTADUAL.
Também responde consultas
RECURSOS
Das suas decisões somente cabe RESP ou RORDINÁRIO ao TSE. Não cabe RE ao STF.
IV – JUNTAS ELEITORAIS
Com as urnas eletrônicas, perderam boa parte de suas funções, que era contar voto.
Juiz eleitoral + 2-4 cidadãos de notória idoneidade, escolhidos pelo juiz, com aprovação do
TRE, 60 dias antes da eleição. Sua função é apurar as eleições (perdendo a razão ante a
urna eletrônica). Não podem ser candidatos ou parentes, integrar diretórios de partidos,
policiais, funcionários de confiança do Poder Executivo ou funcionários da Justiça eleitoral.
Código Eleitoral, quando dispõe sobre esta estruturação/competência, foi recebido como LC:
CF. 121.
LEI COMPLEMENTAR disporá sobre organização e competência dos tribunais, juízes e juntas
eleitorais.
Legitimados ativos: Cidadão não têm legitimidade, somente para a “notícia de inelegibilidade”
à época do registro. Os legitimados tradicionais são PARTIDOS, COLIGAÇÕES, CANDIDATOS e
MPE.
Ações eleitorais são gratuitas: sem preparo, custas ou honorários por sucumbência.
Demais competências:
Ações
Assento e palavra nas sessões
Parecer
Ouvir e articular com a sociedade civil, na tarefa de representar os interesses
indisponíveis dos eleitores.
A 2ª Turma, ao apreciar uma situação semelhante a essa, decidiu que a competência seria
do TRF1, Tribunal ao qual o Procurador da República está vinculado no momento da
prática do crime, ainda que esse vínculo seja temporário .
Atribuições:
Art. 73. PU.
O PGEleitoral designará, dentre os SUBPROCURADORES-GERAIS da República, o VICE-
PROCURADOR-GERAL Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o cargo
em caso de vacância, até o provimento definitivo.
o Na prática, é o VICE-PGE que coordena a função eleitoral. Se destituírem o PGR,
ele também vaza, prosseguindo em sua função até escolher novo PGR.
ADI 3802DF
Detém o PGR, de acordo com o art. 128, § 5º, CF, a prerrogativa, ao lado daquela já atribuída
ao chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, d, CF), de iniciativa dos projetos legislativos que
versem sobre a organização e as atribuições do Ministério Público Eleitoral, do qual é chefe,
atuando como seu procurador-geral. Tratando-se de atribuição do MPF (arts. 72 e 78), nada
mais natural que as regras de designação dos membros do MP para desempenhar as funções
junto à Justiça Eleitoral sejam disciplinadas na legislação que dispõe, exatamente, sobre a
organização, as atribuições e o estatuto do MPU, no caso, a LC 75/93.
O fato de o promotor eleitoral (MP estadual) ser designado pelo PRR (MPF) não viola a
autonomia administrativa do MP. Apresar de haver participação do MP estadual na
composição do MP Eleitoral – cumulando o membro da instituição as duas funções -, ambas
não se confundem, haja vista possuírem conjuntos diversos de atribuições, cada qual na
esfera delimitada pela CF e demais atos normativos de regerência...
Composição:
1 coordenador Nacional
6 coordenadores regionais, indicados independentemente de terem mandatos como
PREleitorais, não excluídas outras atribuições específicas de coordenação da função
eleitoral.
Coordenador Nacional:
Propor, em conjunto com os Coordenadores Regionais, a ordem de prioridade das metas e o
cronograma de atividades do Plano de Ação da Função Eleitoral ao PGE
Definir, em conjunto com os Coordenadores Regionais e mediante anuência do Vice-
Procurador-Geral Eleitoral, as tarefas
Acompanhar a execução e tomar medidas corretivas
Solicitar informações e providencias necessárias à execução aos demais membros do MPE
A critério do Coordenador, esta prerrogativa estende-se aos Coord. Regionais.
Sempre que entender pertinente, o Coord. Nacional poderá delegar a coordenação nacional de
projetos a Coord. Regionais.
Coord. Regionais:
Auxiliar o Coord. Nacional.
Identificar as oportunidades e dificuldades na execução de metas e tarefas
Comunicar ao Coord. Nacional o nível de alcance das metas em cada região
Procuradores da Propaganda: por simetria aos juízes auxiliares da JE, na época das eleições
estaduais e nacional, três membros do MPF serão designados para atuarem no TSE e nos TREs.
Podem atuar em todas as reclamações e representações. Acompanham e recorrem das
decisões dos juízes da propaganda.
PROMOTOR ELEITORAL
Tem todas garantias, EXCETO vitaliciedade.
Quem? MP LOCAL.
Na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral,
ou havendo impedimento ou recusa justificada, o Chefe do
Ministério Público local indicará ao Procurador Regional Eleitoral
o substituto a ser designado
Lc 75: quem atua parente o Juiz Eleitoral é o Promotor Eleitoral (MP Estadual), indicado pelo
Procurador Geral de Justiça e nomeados pelo Procurador Regional Eleitoral. É ATO
COMPLEXO: quem indica não nomeia, quem nomeia aguarda indicação. Dois anos + uma
prorrogação.
Art. 79. O Promotor Eleitoral será membro do MP local que oficie junto ao Juízo
incumbido do serviço eleitoral de cada Zona.
PU. Na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedimento ou recusa
justificada, o Chefe do MP local indicará ao Procurador Regional Eleitoral o substituto a ser designado.
Houve uma ADI, mas o dispositivo foi julgado constitucional em 2016:
“A subordinação hierárquico-administrativa – não funcional – do
promotor eleitoral é estabelecida em relação ao procurador regional
eleitoral, e não em relação ao procurador-geral de justiça. Ante tal fato,
nada mais lógico que o ato formal de “designação” do promotor eleitoral
seja feito pelo superior na função eleitoral, e não pelo superior nas
funções comuns”
o SÃO NULOS OS ATOS DE PROMOTOR NÃO DESIGNADO
PELO PRE!
o Quem destitui também é o Procurador Regional Eleitoral
(MPF)
o O promotor eleitoral também ganha o adicional de 16%
dos vencimentos do juiz federal
o PODERES CORREICIONAIS SOBRE O PROMOTOR
ELEITORAL (quando o juiz não concorda com
arquivamento): há dúvida, mas LCSG diz que é da
CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MPF , a luz
dos princípios da unidade e indivisibilidade do MP.
Vedações:
Art. 80. A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por
membro do MP até dois anos do seu cancelamento.
LC 64.
Art. 3º. § 2º. Não poderá impugnar o registro de candidato o representante do MP
que, nos 4 anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado diretório de
partido ou exercido atividade político-partidária.
Resolução 30 do CNMP
Parâmetros para a indicação e designação de membros do MP para exercer a função eleitoral
em 1º grau
“A designação para o exercício da função eleitoral por membro do MP em 1º grau compete
ao PREleitoral, a quem cabe, em cada Estado, dirigir as atividades do setor, nos termos do art.
77 da LC 75.”
Art. 1º.
I – A designação será feita por ato do PREleitoral, com base em indicação do Chefe do MP
local.
II – A indicação feita pelo PGJ recairá sobre o membro lotado em localidade integrante de
zona eleitoral que por último houver exercido a função eleitoral.
III – nas indicações e designações subsequentes, obedecer-se-á, para efeito de titularidade ou
substituição, À ordem decrescente de antiguidade na titularidade da função eleitoral,
prevalecendo, em caso de empate, a antiguidade na zona eleitoral.
IV – a designação será feita pelo prazo ininterrupto de dois anos, nele incluídos os períodos
de férias, licenças e afastamentos, admitindo-se a recondução apenas quando houver um
membro na circunscrição da zona eleitoral.
III – que tenha sido punido ou que responde PAD ou judicial, nos 3 anos
subsequentes, em razão da prática de ilícito que atente contra:
a) A celeridade da atuação ministerial
b) A isenção das intervenções do processo eleitoral
c) A dignidade da função e a probidade administrativa
Art. 3º. É vedado o recebimento de gratificação eleitoral por quem não houver sido
regularmente designado para o exercício de função eleitoral
Art. 4º. A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membros do
MP pelo período de dois anos, a contar de seu cancelamento.
Art. 5º. As investiduras em função eleitoral não ocorrerão em prazo inferior a 90 dias do
pleito e não cessarão em prazo inferior a 90 dias após o pleito¸ devendo ser providenciadas
pelo PREleitoral as prorrogações eventualmente necessárias.
§ 1º Para cumprimento do caput, vai poder estender/reduzir os 2 anos de mandato
(PREleitoral editará, no prazo de 60 dias, os atos prorrogando a investidura dos atuais
membros do MPE de 1º grau indicados e designados para exercer a função eleitoral por prazo
inferior a 2 anos, observado o art. 5º).
Portaria 692/2016
PPE – Procedimento Preparatório Eleitoral
Art. 2º O PPE, de natureza facultativa, administrativa e unilateral, será instaurado para
coletar subsídios necessários à atuação do MPE perante a JE, visando à propositura de
medidas cabíveis em relação aos ilícitos eleitorais de natureza não criminal.
§ 1º O PPE não é condição de procedibilidade para o ajuizamento.
§ 2º O PPE poderá ser instaurado diretamente ou com base em notícia de fato.
§ 3º O arquivamento das notícias de fato que não forem convertidas em PPE deverá ser
promovido perante os órgãos competentes, na forma do art. 8º.
Art. 3º. §. A instauração do PPE dar-se-á por meio de portaria fundamentada, devidamente
registrada e autuada, que mencionará, de forma resumida, o fato que o MPE pretende
elucidar.
Art. 4º. A instauração do PPE deverá ser comunicada por escrito à PREleitoral respectiva ou à
PGEleitoral, sem prejuízo da publicidade.
Art. 5º. Aplica-se ao PPE o princípio da publicidade dos atos, excepcionando-se os casos em
que haja sigilo legal ou em que a publicidade possa acarretar prejuízo às investigações,
casos em que a decretação do sigilo deverá ser motivada.
I – publicação da portaria de instauração do PPE na imprensa oficial.
II – na expedição de certidão, a pedido do investigado, seu advogado, procurador ou
representante legal, do Poder Judiciário, de outro ramo do MP ou de terceiro diretamente
interessado.
III – na concessão de vista aos autos, mediante requerimento fundamentado e por
deferimento do órgão encarregado do PPE, ressalvadas as hipóteses de sigilo legal ou
judicialmente decretado.
IV – na extração de cópias, mediamente requerimento fundamentado + deferimento, às
expensas do requerente e somente Às pessoas do II, ressalvado o sigilo.
DA INSTRUÇÃO
Art. 6º O PPE terá prazo de duração de 60 dias, permitidas, por igual período, prorrogações
sucessivas, devidamente fundamentadas, quando houver necessidade de continuidade.
§ As prorrogações deverão ser comunicadas À PRE ou PGE.
ENCERRAMENTO
Art. 8º Não comprovado ou inexistente o fato/não constituir infração eleitoral/investigado
não concorreu, deverá arquivar o PPE, encaminhando-o para homologação a ser feita:
I – pelo PGE, nos casos em que o arquivamento tenha sido promovido pelo PRE, por seu
substituto ou auxiliar
II – pelo PRE do respectivo estado, nos casos de Promotor Eleitoral.
Na linha da LC 75, é do MPF este poder e não do PGJ (embora em alguns estado haja
regulamentação para o PGJ analisar arquivamento)
Art. 9. O desarquivamento do PPE, diante de novas provas ou para investigar fato novo
relevante, poderá ocorrer no prazo máximo de 6 meses após o arquivamento. Transcorrido,
novo PPE.
Art. 10. O encaminhamento do PPE a outro ÓRGÃO do MPE para continuidade das
investigações dispensa prévia homologação.
§ Nas hipóteses de declínio de atribuição a outro RAMO do MP, deverá o membro do MPE
submeter sua decisão à revisão do órgão superior.
Bem jurídico: lisura e legitimidade das eleições. Há um exagero de figuras típicas (escassa
lesividade e insuficiente descrição da conduta) e confusão com ilícitos administrativos, sem a
mínima dignidade penal.
Não são crimes próprios e não exigem do sujeito ativo nenhuma qualidade, função ou
condição. São crimes comuns.
Salvo raras exceções, como crime de juiz alistar indevidamente ou servidor usar
autoridade para coagir voto
Não são crimes políticos (competência da J. Federal com recurso ordinário para o STF).
Classificação:
Próprios – previstos na legislação eleitoral. Justiça Eleitoral
o Comprova de voto – art. 299 CE
Impróprios - previstos na legislação penal comum, mas aptos a afetar interesses da
União Federal em matéria relacionada às eleições. Justiça Comum, salvo se conexo
à crime eleitoral
o Corrupção passiva – art. 317 CP
Pena: PPL acanhada. Apenas estes têm pena superior a 4 anos, condição necessária para
aplicação dos dispositivos da Lei das Organizações Criminosas, que possibilitam a ação
controlada, a infiltração de agentes e a delação premiada:
Art. 1º § 1º da LOC:
Considera-se organização criminosa a associação de 4 ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas
máximas sejam superiores a 4 anos, ou que sejam de caráter transnacional.
§ 3º Incorrerá nas mesmas penas deste artigo quem, comprovadamente ciente (DOLO) da
inocência do denunciado e com finalidade eleitoral, divulga ou propala, por qualquer meio ou
forma, o ato ou o fato que lhe foi falsamente atribuído. [veto derrubado]
Foi vetada pela desproporcionalidade. Já existe uma conduta similar tipificada
(divulgar calúnia eleitoral - art. 324, § 1º) cuja pena é de detenção de 6 meses a 2
anos. Ademais, são bens jurídicos diferentes. Quem dá causa, fere a Administração da
Justiça. Quem propala, fere a honra.
CODIGO ELEITORAL
Art. 289. Inscrever-se fraudulentamente eleitoral. R 5 anos + multa.
Art. 291. Efetuar o juiz, fraudulentamente, a inscrição de alistando. R 5 anos + multa.
Art. 302. Promover, no dia da eleição, com o fim de impedir, embaraçar ou fraudar o
exercício do voto a concentração de eleitores, sob qualquer forma, inclusive o fornecimento
gratuito de alimento e transporte coletivo. R 4 a 6 anos + multa.
Art. 307. Fornecer ao eleitor cédula oficial já assinalada ou por qualquer forma marcada. R
5 + multa.
Art. 208. Rubricar e fornecer cédula oficial em outra oportunidade que não a de entrega da
mesma ao eleitor. R 5 + M.
Art. 315. Alterar nos mapas ou nos boletins de apuração a votação obtida por qualquer
candidato ou lançar nestes documentos votação que não corresponde às cédulas apuradas.
R 5 + M.
Art. 316. Não receber ou não mencionar nas atas de eleição ou da apuração os protestos
devidamente formulados ou deixar de remetê-los à instancia superior. R 5 + M.
Art. 317. Violar ou tentar violar sigilo da urna ou dos invólucros. R 3 a 5.
Art. 399. Destruir, suprimir ou ocultar urna contendo votos ou documentos relativos à
eleição. R 2 a 6 + M.
Art. 348. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público
verdadeiro, para fins eleitorais. R 2 a 6 + M.
§ 1º FP, agravante.
§ 2º Equipara-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, inclusive
fundação do Estado.
Art. 349. Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento
particular verdadeiro, para fins eleitorais. R 5 + M.
Art. 350. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar,
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins
eleitorais. R 5 + M, se o doc é público. R 3 + M, se particular.
PU. FP, agravante.
Art. 352. Reconhecer, como verdadeira, no exercício da função pública, firma ou letra que
não o seja, para fins eleitorais. R 5 + M, se pública. R 3 + M, se particular.
Art. 354-A. Apropriar-se o candidato, o administrador financeiro da campanha ou quem de
fato exerça essa função, de bens, recursos ou valores destinados ao financiamento eleitoral,
em proveito próprio ou alheio. R 2 a 6 anos + M.
LEI 6091/74
Art. 11. Constitui crime eleitoral:
III – descumprir a proibição dos art. 5º, 8º e 10. R 4 A 6 + M.
§ 2º A multa pode ser aumentada até o triplo, embora não possa exceder o máximo
genérico caput, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do condenado,
é ineficaz a cominada, ainda que no máximo, ao crime de que se trate.
....Há um grande rol de delitos com penas brandas de detenção (para todos este scrimes, a
pena não supera 2 anos de privação de liberdade, portanto a pena é exclusivamente de multa
ou prestação de serviços, aplicáveis as regras da 9099/95 – não há Juizado Especial Eleitoral,
mas as medidas despenalizadoras e descarceirizados da referida lei – como transação penal e
suspensão condicional do processo – podem ser aplicadas pelo próprio juízo eleitoral:
CODIGO ELEITORAL
293 Perturbar ou impedir de qualquer forma o alistamento:
296 Promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais;
297 Impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio:
300 Valer-se o servidor público da sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar
em determinado candidato ou partido:
305 Intervir autoridade estranha à mesa receptora, salvo o juiz eleitoral, no seu
funcionamento sob qualquer pretexto
310 Praticar, ou permitir membro da mesa receptora que seja praticada, qualquer
irregularidade que determine a anulação de votação, salvo no caso do Art. 311:
311 Votar em seção eleitoral em que não está inscrito, salvo nos casos expressamente
previstos, e permitir, o presidente da mesa receptora, que o voto seja admitido:
312 Violar ou tentar violar o sigilo do voto:
314 Deixar o juiz e os membros da Junta de recolher as cédulas apuradas na respectiva urna,
fechá-la e lacrá-la, assim que terminar a apuração de cada seção e antes de passar à
subseqüente, sob qualquer pretexto e ainda que dispensada a providencia pelos fiscais,
delegados ou candidatos presentes:
318 Efetuar a mesa receptora a contagem dos votos da urna quando qualquer eleitor
houver votado sob impugnação
319 Subscrever o eleitor mais de uma ficha de registro de um ou mais partidos:
321 Colher a assinatura do eleitor em mais de uma ficha de registro de partido:
323 Divulgar, na propaganda, fatos que sabe inveridicos, em relação a partidos ou
candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado:
324 Caluniar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando fins de propaganda, imputando-
lhe falsamente fato definido como crime:
§ 1° Nas mesmas penas incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º A prova da verdade do fato imputado exclui o crime, mas não é admitida:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido, não foi
condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado ao Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por
sentença irrecorrível.
L 9504
33§4 § 4º A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de
seis meses a um ano e multa no valor de cinqüenta mil a cem mil UFIR.
34§2 § 2º O não-cumprimento do disposto neste artigo (ACESSO DOS PARTIDOS aos dados
de pesquisa) ou qualquer ato que vise a retardar, impedir ou dificultar a ação fiscalizadora
dos partidos constitui crime, punível com detenção, de seis meses a um ano, com a
alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo prazo, e multa no valor de
dez mil a vinte mil UFIR.
39§5
§ 5º Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção, de seis meses a um ano,
com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no
valor de cinco mil a quinze mil UFIR:
I - o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata;
II - a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna;
III - a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus
candidatos.
IV - a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos nas aplicações
de internet de que trata o art. 57-B desta Lei, podendo ser mantidos em funcionamento as
aplicações e os conteúdos publicados anteriormente.
Art. 40. O uso, na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens, associadas ou
semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de
economia mista constitui crime, punível com detenção, de seis meses a um ano, com a
alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de
dez mil a vinte mil UFIR.
o Jamais aplicada
H) Rito.
Res. 23.396. Art. 13.
A ação penal eleitoral observará os procedimentos previstos no CE, com aplicação
obrigatória dos arts.
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I – for manifestamente inepta
II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal
III – faltar justa causa para o exercício da ação penal
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou
queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebe-la-á e ordenará a citação
do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias.
PU. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a
partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o
que interesse À sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as
provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua
intimação, quando necessário.
§ 1º A exceção será processada em apartado.
§ 2º Não apresentada resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não
constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferece-la, concedendo-lhe
vista dos autos por 10 dias.
Art. 397. Após o cumprimento do 396-A, o juiz deverá ABSOLVER
SUMARIAMENTE o acusado quando verificar:
I – a existência de manifesta causa excludente de ilicitude do fato
II – a existência manifesta de causa excludente de culpabilidade, salvo
inimputabilidade
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime
IV – extinta a punibilidade do agente
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo
máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do
ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa,
nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos
esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.
§ 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir
as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das
partes.
Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para oferecer
alegações escritas e arrolar testemunhas.
Nº DE TESTEMUNHAS: 8 (= CPP, art. 401)
abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias a cada uma das partes - acusação e defesa - para
alegações finais.
Art. 361. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos ao juiz dentro de quarenta e
oito horas, terá o mesmo 10 (dez) dias para proferir a sentença.
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o
Tribunal Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.
E) Diferenças importantes:
a. As decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato, podendo ser objeto
de impugnação no recurso contra a decisão de mérito
F) Competência. Local dos fatos, com exceção do foro por prerrogativa de função. Mas a
AP 937-QO (STF) diminui drasticamente sua extensão:
a) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos
durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas
G) Provas.
CPP, com uma exceção: a presunção legal absoluta de que uma testemunha sozinha
não serve:
Art. 368-A. A prova testemunhal SINGULAR, quando exclusiva, não será aceita nos
processos que possam levar à perda do mandato.
Por força do art. 92 do CP, as condenações criminais podem levar à perda do mandato
(não automático, depende de decisão fundamentada):
Art. 92 - São também efeitos da condenação:
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a
um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para
com a Administração Pública;
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4
(quatro) anos nos demais casos.
H) Prisão. Mesmas regras. A Lei 7960/89 não inclui entre os crimes eleitorais aqueles que
autorizam prisão provisória.
I) HC. Das decisões dos TREs (denegatórias+originárias) caberá RO ao TSE. Das decisões
do TSE (denegatórias+originárias) caberá RO ao STF.
J) Revisão criminal. CPP. Nunca juiz (1ª instância).
Art. 621. CPP.
A revisão dos processos findos será admitida:
I – quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à
evidência dos autos.
II – quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou
documentos comprovadamente falsos.
III – quando, após a sentença, se descobrirem provas novas de inocência do
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da
pena.
Art. 624. As revisões criminais serão processadas e julgadas:
I – Pelo STF, quanto às condenações por ele proferidas
II – Pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça ou de Alçada nos demais
casos (AINDA QUE A DECISÃO SEJA DE 1ª INSTÂNCIA)
K) Recursos.
TRE:
a. ED
b. Recurso Especial das decisões de não recebimento de denúncias ofertadas
diretamente à Corte
c. Recurso Especial das decisões de mérito dos TREs, em matéria criminal, tanto
se originárias ou de recurso
d. Recurso ORDINÁRIO SÓ SE DENEGATÓRIA DE HC.
TSE:
a. ED
b. Recurso Extraordinário ao STF, das decisões de mérito (absolutórias e
condenatórias) – se houver repercussão geral e demais requisitos.
INVESTIGAÇÕES CONJUNTAS: O PIC poderá ser instaurado de forma conjunta, por meio de
força tarefa ou por grupo de atuação especial composto por membros do MP, cabendo sua
presidência àquele que o ato de instauração designar.
Pode entre Estados, União e outros países; mas o arquivamento será objeto de
controle e eventual revisão EM CADA MP, cuja apreciação se limitará ao âmbito de
atribuição do respectivo MP.
ATRIBUIÇÕES (Observada a reserva de jurisdição e outras inerentes a sua atribuição
funcional):
1. Fazer ou determinar vistoriais, inspeções e quaisquer outras diligências, inclusive em
organizações militares
2. Requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades, órgãos e
entidades da Adm. Pública (toda)
3. Requisitar informações e documentos de entidades privadas, inclusive de natureza
cadastral
4. Notificar testemunhas e vítimas e requisitar sua condução coercitiva, nos casos de
ausência injustificada, ressalvadas as prerrogativas legais
5. Acompanhar buscar e apreensões deferidas pela autoridade judiciária
6. Expedir notificações e intimações necessárias
7. Realizar oitivas para colheita de informações e esclarecimentos
8. Ter acesso incondicional a qualquer banco de danos de caráter público ou relativo a
serviço de relevância pública
9. Requisitar auxílio de força policial
Nenhuma autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de função
pública poderá opor ao MP, sob qualquer pretexto, a exceção de sigilo, sem prejuízo
da subsistência do caráter sigiloso da informação, do registro, do dado ou da
documentação que lhe seja fornecido, ressalvadas as hipóteses de reserva
constitucional de jurisdição
Prazo razoável de até 10 dias para atendimento, prorrogável mediante solicitação
justificada
Ressalvada urgência, notificações para comparecimento em 48 horas
A notificação deverá mencionar o fato investigado, salvo na hipótese de decretação
de sigilo, e a faculdade do notificado de se fazer acompanhar por defensor
Notificação para PR, Vice-PE, CN, STF, Ministro de Estado, Ministro de TS ou TCU ou
chefe de missão diplomática em caráter permanente serão encaminhadas e levadas a
efeito pelo PGE ou outro órgão do MP a quem essa atribuição seja delegada
Se para Gov, AL e Desembargadores, pelo PGJ ou outro MP com atribuição delegada.
INVESTIGADO:
O defensor poderá examinar, mesmo sem procuração, os autos de PIC, findos ou em
andamento, AINDA QUE CONCLUSOS ao presidente, podendo copiar e tomar
apontamentos, em meio físico ou digital.
Se decretado sigilo (total ou parcial), deverá apresentar procuração
O órgão de execução que presidir a investigação velará para que o defensor
constituído nos autos assista o investigado durante a apuração de infrações, de
forma a evitar a alegação de nulidade do interrogatório e, subsequentemente, de
todos os elementos probatórios dele decorrentes e derivados
O presidente do PIC poderá delimitar o acesso do defensor aos elementos de prova
relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos,
quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade
das diligências.
PRAZO: O PIC deverá ser concluído no prazo de 90 dias, permitidas, por igual período,
prorrogações sucessivas¸ por decisão fundamentada do membro do MP responsável por sua
condução.
PUBLICIDADE: os atos e peças do PIC são públicos, salvo disposição legal em contrário ou por
razões de interesse público ou conveniência da investigação.
1. Expedição de certidão, mediante requerimento do investigado, da vítima ou seu
representante legal, do Judiciário, do MP ou de 3º interessado
Em caso de pedido de certidão a respeito da existência da PICs, é VEDADO
fazer constar qualquer referência ou anotação sobre investigação sigilosa
2. No deferimento de pedidos de extração de cópias (independentemente de
fundamentação) (salvo sigiloso a defensor sem procurador ou não comprove atuar na
defesa do investigado)
3. Deferimento de pedidos de vista, realizados de forma fundamentada, pelo prazo de 5
dias ou outro que assinalar fundamentadamente o presidente do PIC, com restrição
a diligências com sigilo
4. Prestação de informações ao público em geral, a critério do presidente do PIC,
observados o princípio da presunção de inocência e o sigilo
DIREITOS DAS VÍTIMAS: O membro presidente do PIC esclarecerá a vítima sobre seus direitos
materiais e processuais, devendo tomar todas as medidas necessárias para a preservação
dos seus direitos, a reparação dos eventuais danos por ela sofridos e a preservação da
intimidade, vida privada, honra e imagem.
Velará pela segurança de vítimas e testemunhas que sofrerem ameaça ou que, de
modo concreto, estejam suscetíveis a sofrer intimidação arte de acusados, parentes
ou pessoas, podendo, inclusive, requisitar proteção policial
O presidente do PIC, no curso e até após o ajuizamento, deverá providenciar o
encaminhamento de vítimas e testemunhas ao Programa de Proteção de Assistência
a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas ou em Programa de Proteção a Crianças e
Adolescentes Ameaçados.
Em caso de medidas de proteção ao investigado, vítimas e testemunhas, o membro
do MP observará tramitação prioritária do feito, bem como providenciará, se o caso,
a oitiva antecipada dessas pessoas ou pedirá a antecipação em juízo
Encaminhamento para rede de assistência, para atendimento multidisciplinar,
especialmente nas áreas psisossocial, assistência jurídica e de saúde, a expensas do
ofensor ou do Estado
Obs.:
O Acordo de Não Persecução poderá ser celebrado na mesma oportunidade da
audiência de custódia
É dever do investigado comunicar o MP mudança e endereço e comprovar
mensalmente o cumprimento das condições, independentemente de notificação ou
aviso prévio, fundamentando justificativa pelo descumprimento
Visando à superação das referidas barreiras, observa-se ser dever do poder público
garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-los em
igualdade de condições com as demais pessoas, devendo ser assegurado o direito de votar e
de ser votada, inclusive por meio das seguintes ações (art. 76, §1º, LBI):
garantia de que os procedimentos, as instalações, os materiais e os equipamentos
para votação sejam apropriados, acessíveis a todas as pessoas e de fácil
compreensão e uso, sendo vedada a instalação de seções eleitorais exclusivas para
a pessoa com deficiência;
incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-se e a desempenhar quaisquer
funções públicas em todos os níveis de governo, inclusive por meio do uso de
novas tecnologias assistivas, quando apropriado;
garantia de que os pronunciamentos oficiais, a propaganda eleitoral obrigatória e
os debates transmitidos pelas emissoras de televisão possuam, pelo menos, os
recursos elencados no art. 67 da LBI (subtitulação por meio de legenda oculta;
janela com intérprete da Libras; audiodescrição) ;
garantia do livre exercício do direito ao voto e, para tanto, sempre que necessário
e a seu pedido, permissão para que a pessoa com deficiência seja auxiliada na
votação por pessoa de sua escolha.
É certo que, ao longo das últimas décadas, conquistas inclusivas para os eleitores com
deficiência foram sendo aprovadas pela legislação eleitoral, por meio das Resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral – TSE que consagraram direitos como: locais de votação com fácil
acesso, estacionamento próximo e instalações acessíveis; função áudio ativada nas urnas
eletrônicas para permitir a confirmação do voto ao eleitor com deficiência visual; sistema
braile nos cadernos de votação e marca de identificação na tecla de número 5 da urna; auxílio
de pessoa da confiança do eleitor com deficiência na cabine de votação; e isenção do voto
para o eleitor cuja deficiência ou dificuldade de locomoção torne impossível ou extremamente
oneroso o exercício do direito de votar.
Não obstante, segundo aponta Fábia Damia, a par dessas conquistas, interpretações
jurídicas e legislativas equivocadas criaram entraves para a acessibilidade do eleitor, como no
caso da propaganda eleitoral gratuita e dos debates televisivos entre os candidatos. Diversos
foram os entendimentos segundo os quais bastava a janela com intérprete da Língua Brasileira
de Sinais – LIBRAS ou a legenda oculta para que a acessibilidade para os eleitores com
deficiência auditiva fosse assegurada. Nesse sentido, é de se notar que o próprio art. 44, §1º,
da Lei 9.504/97 estabelece o uso alternativo, e não cumulativo, desses recursos. No entanto,
neste caso, deixava-se de atentar para a realidade da comunidade surda, que se divide entre
surdos de nascença e os que adquiriram a surdez ao longo da vida. Para os primeiros, a janela
com intérprete de Libras é essencial; para os demais, que têm a Língua Portuguesa como
primeira língua, a legenda oculta é indispensável.
Só com o advento da Lei Brasileira de Inclusão, contudo, foi que o TSE passou a
contemplar tais mecanismos, concomitantemente e não de forma alternativa (Eleições 2016 –
Resolução 23.457/2015, art. 36, § 4º). Tal exigência cumulativa foi reconhecida pelo Tribunal
Regional Eleitoral do Estado São Paulo, nas Eleições de 2016, em representações por
propaganda eleitoral irregular (horário eleitoral gratuito televisivo), que fizeram uso apenas da
legenda, sem disponibilizar janela de LIBRAS. Nessas representações, o Tribunal Eleitoral
paulista acatou os pareceres da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo – PRE/SP e
assentou que interpretação diversa estaria “em desacordo com os esforços normativos,
nacionais e internacionais, para conferir acessibilidade plena do eleitor com deficiência ao
processo eleitoral”.
Outra grande modificação trazida pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência diz
respeito à capacidade civil eleitoral. Ao dispor sobre o tema, a Lei 13.146/2015 (art. 114)
revogou os incisos do art. 3º do Código Civil. Com a modificação dada pela Lei Brasileira de
Inclusão, apenas os menores de 16 anos são absolutamente incapazes. Quanto à curatela,
observa-se que também passou a ser medida excepcional, a alcançar apenas atos patrimoniais
e negociais, não alcançando, portanto, o direito de voto, conforme art. 85, §1º, da LBI, de
maneira que é possível que uma pessoa interditada, ainda que possua deficiência mental
grave, exerça seus direitos políticos, mesmo que para tanto precise contar com auxílio de
pessoa de sua confiança na hora do voto, consoante dispõe o art. 76, IV, da LBI, sendo
desnecessária requisição antecipada ao Juiz Eleitoral. Sobre esta norma, vale ressaltar, por
oportuno, a existência de preocupações quanto a seu conflito com o art. 60, §4º, II, da CF, que
estabelece o voto secreto como cláusula pétrea. Nesse sentido, propõe Jaime Barreiros Neto
que seja avaliada, no caso concreto, a real necessidade do auxílio pelo presidente da mesa
receptora de votos. Ressalta ainda o autor que deve ser observada a manifestação inequívoca
da pessoa com deficiência no sentido da solicitação de auxílio.
Assim, à luz da Convenção Internacional sobre o Direito das Pessoas com Deficiência
e da Lei 13.146/2015, tais pessoas são detentoras de plena capacidade moral e política.
Conforme destaca José Jairo Gomes, incapacidade (e ainda assim relativa – CC, art. 4º, III)
haverá apenas se de nenhum modo puderem formar ou manifestar suas vontades, caso em
que – excepcionalmente – deve ser dispensado o alistamento eleitoral.
LCSG: PCD é obrigado a votar, salvo se o juiz o dispense motivado por impossibilidade
ou onerosidade excessiva.
Por cota eleitoral de gênero compreende-se a ação afirmativa que visa garantir espaço
mínimo de participação de homens e mulheres na vida política. Seu fundamento encontra-se
nos valores atinentes à cidadania, dignidade da pessoa humana e pluralismo político que
fundamentam o Estado Democrático brasileiro (CF, art. 1º, II, III e V).
Dessa forma, nas eleições proporcionais, cada partido preencherá o mínimo de 30% e
o máximo de 70% “para candidaturas de cada sexo” (LE, art. 10, §3º). De sorte que, à vista da
quantidade de candidatos que a agremiação poderá registrar, no mínimo 30% do total deverá
ser ocupado por um dos sexos. Quanto ao transgênero, que tem o direito de registrar
candidatura com o nome social, entrará na cota adequada ao gênero com o qual se identifica.
Ainda sobre o tema do estímulo à participação feminina, verifica-se que o art. 93-A da
LE (com redação da Lei nº 13.488/2017) autoriza o TSE, no período compreendido entre 1º de
abril e 30 de julho do ano eleitoral (antes e durante as convenções dos partidos), a promover a
propaganda institucional “destinada a incentivar a participação feminina na política”; para
tanto, poderá requisitar das emissoras de rádio e televisão, até cinco minutos diários,
contínuos ou não.
A Constituição Federal, entretanto, no art. 15, III, determina a suspensão dos direitos
políticos dos condenados, com trânsito em julgado, não lhes sendo permitido votar e nem ser
votados, enquanto durarem os efeitos da condenação. Assim, estando o condenado
cumprindo pena em qualquer dos regimes prisionais (fechado, semiaberto ou aberto), ou
mesmo em gozo de “sursis” ou livramento condicional, terá suspensos os seus direitos
políticos, não podendo votar e nem ser votado.
Quanto ao preso provisório, conforme dispõe o caput do art. 136 do Código Eleitoral,
deverão ser instaladas seções nos estabelecimentos de internação coletiva (aí inseridos
aqueles que abrigam presos provisórios). No mesmo sentido a Resolução n. 20.105/98 do
Tribunal Superior Eleitoral.
Entretanto, para poder votar, o preso provisório deverá ter se alistado ou transferido o
seu local de votação para a seção eleitoral do estabelecimento penal onde se encontrar
recolhido. Os serviços eleitorais de alistamento, revisão e transferência relativos a presos
provisórios devem ser realizados nos estabelecimentos em que se encontram, por meio de
procedimentos operacionais e de segurança adequados à realidade de cada local, definidos em
comum acordo entre o Juiz Eleitoral e os administradores dos referidos estabelecimentos.
Preso provisório que queira ser candidato pode. Só não se houver condenação
colegiada, LC 64, até a data do pleito.
IV – INDÍGENAS
CF + Estatuto do Indío. CE não fala nada (no máximo restringe do alistamento que não
fala português). Mas aos indígenas é assegurado o direito de educação na língua materna
(CF). Portanto, o CE não foi recepcionado nesta exigência de língua portuguesa para
alistamento.
Para alistar-se, deve atender às exigências comuns, inclusive quitação militar ou
alternativa. TSE admite o uso de documento emitido pela FUNAI se não tiver RG. TSE isentou
de multa índio se alfabetizou e se inscreveu como eleitor.
Portanto, alistamento e voto não são obrigações, mas faculdades da comunidade
indígena (são “analfabetos”).
Candidatura: o óbice seria a alfabetização em língua portuguesa. Mas deve ser
interpretada com outros artigos da CF (educar-se em língua materna). Para comunidades sem
língua escrita, é discriminatório exigir escrever. É a mesma interpretação para surdos
alfabetizados na Língua Brasileira de Sinais. A campanha poderá ser feita na própria língua
indígena (não recepção do crime de propaganda em língua estrangeira, e, pior, língua indígena
não é estrangeira, é brasileira! O Português é o idioma oficial e não corre qualquer risco).
Deve haver zonas e seções eleitorais em locais acessíveis (Mas TSE vem reduzindo).