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DIREITO

CONSTITUCIONAL
Direitos Políticos e Partidos Políticos

Livro Eletrônico
DIREITO CONSTITUCIONAL
Direitos Políticos e Partidos Políticos
Luciano Dutra

Direitos Políticos e Partidos Políticos..............................................................................3


1. Direitos Políticos..........................................................................................................3
1.1. Capacidade Eleitoral Ativa.........................................................................................8
1.2. Capacidade Eleitoral Passiva.................................................................................... 11
1.3. Inelegibilidade......................................................................................................... 15
1.4. Privação de Direitos Políticos..................................................................................23
1.5. Princípio da Anterioridade Eleitoral ou da Anualidade Eleitoral...............................29
1.6. Ação de Impugnação de Mandato Eletivo................................................................29
1.7. A Emenda Constitucional n. 111, de 2021. . ............................................................... 30
2. Partidos Políticos...................................................................................................... 31
2.1. A Emenda Constitucional n. 117, de 2022................................................................35
Súmulas e Jurisprudência Aplicadas. .............................................................................36
Resumo......................................................................................................................... 41
Questões de Concurso...................................................................................................45
Gabarito........................................................................................................................ 72
Gabarito Comentado. ..................................................................................................... 73

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Direitos Políticos e Partidos Políticos
Luciano Dutra

DIREITOS POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS


1. Direitos Políticos

Olá, meu(minha) aluno(a), tudo bem? Vamos iniciar o estudo dos direitos políticos por um
conceito. Segundo José Afonso da Silva, os direitos políticos consistem no “conjunto de nor-
mas que asseguram o direito subjetivo de participação no processo político e nos órgãos go-
vernamentais”.1
Em outras palavras, são um conjunto de normas constitucionais e infraconstitucionais que
asseguram a participação do povo no processo político, votando, sendo votado e apresentan-
do projetos de lei de inciativa popular.
Importante saber desde logo que, em Direito Constitucional, interessam-nos os direitos
políticos na Constituição Federal. Os direitos políticos nas normas infraconstitucionais com-
petem ao Direito Eleitoral.
Então, vamos lá!!!
A Constituição Federal prevê, no art. 14, que a soberania popular será exercida pelo su-
frágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos e, nos termos da lei,
mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular.
Além disso, o art. 61, § 2º, estabelece a possibilidade de iniciativa popular das leis comple-
mentares e ordinárias, que poderá ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído, pelo
menos, por cinco Estados (incluído o Distrito Federal), com não menos de três décimos por
cento dos eleitores de cada um deles.
Por tudo isso, podemos afirmar que são direitos políticos previstos na Constituição
Federal:
a) direito ao sufrágio: direito de votar nas eleições, nos plebiscitos e nos referendos, bem
como o direito de ser votado;
b) direito à iniciativa popular de lei: para a propositura de projetos de leis complementares
e projetos de leis ordinárias.
1
SILVA, J. A. Curso de Direito Constitucional Positivo. 32. Ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2009. p. 348.

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Como dito, o direito ao sufrágio é a capacidade de votar e de ser votado, também conhe-
cido como direitos políticos positivos, uma vez que atribuem direitos. A depender de suas
características, o sufrágio poderá ser universal, censitário ou capacitário. Haverá sufrágio uni-
versal (como no Brasil) quando não houver requisitos discriminatórios ao direito de votar e ser
votado, assegurando a todos os brasileiros a participação no processo político, respeitados os
critérios constitucionais. Por sua vez, o sufrágio censitário é aquele em que há requisitos dis-
criminatórios de ordem econômica (exemplo: só pode ser votado quem possuir o patrimônio
acima de um milhão de reais). Já o sufrágio capacitário, possui requisitos discriminatórios de
natureza intelectual (exemplo: só pode ser votado quem possuir diploma de ensino superior).
Como afirmado, o Brasil adota o sufrágio universal.
Da leitura da Constituição Federal, extraímos que o voto no Brasil possui as seguintes ca-
racterísticas:
a) direto, como regra: o povo escolhe diretamente seus representantes, porém há um único
caso de eleição indireta previsto na Constituição Federal – é o que estabelece o art. 81, § 1º, no
caso de vacância dos cargos de Presidente e de Vice-Presidente nos dois últimos anos do perí-
odo presidencial, situação em que a eleição será indireta (realizada pelo Congresso Nacional);
b) secreto (sigilosidade): a Constituição Federal consagra o escrutínio secreto, asseguran-
do a liberdade na hora de votar e o sigilo irrestrito dos locais de votação;
c) universal: o sufrágio universal garantido pelo caput do art. 14 significa que o exercício
do voto não se condiciona a nenhum requisito discriminatório de caráter econômico ou inte-
lectual;
d) com valor igual para todos (igualdade): como decorrência do brocardo one man one vote
- um homem um voto – o peso do voto de todos eleitores são equivalentes, ou seja, todos os
cidadãos têm o mesmo valor no processo eleitoral;
e) periódico (periodicidade): apesar de não estar prevista textualmente a periodicidade do
voto na Constituição Federal vigente, tal característica decorre da adoção da forma republica-
na de governo, que exige a alternância no poder. Dessa forma, a previsão de mandatos para os
titulares de cargo eletivo exigem a periodicidade do voto;

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f) personalíssimo (personalidade): é exigido o comparecimento pessoal do próprio eleitor,

não se admitindo o voto por procuração;

g) obrigatório, como regra (obrigatoriedade): é obrigatório o alistamento e o voto para os

alfabetizados maiores de dezoito e menores de setenta anos;

h) livre (liberdade): o eleitor tem plena liberdade para escolher o seu candidato, bem assim

de não votar em nenhum dos concorrentes.

DICA DO LD
A Constituição Federal também fala de iniciativa popular esta-
dual (art. 27, § 4º) e municipal (art. 29, XIII). No caso da inicia-
tiva popular no processo legislativo estadual, a Constituição
Federal apenas remete à lei, ao passo que, no caso da inicia-
tiva popular no processo legislativo municipal, a Constituição
Federal traz o requisito de manifestação de, pelo menos, cinco
por cento do eleitorado municipal.

DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O STF julgou constitucional a previsão em Constituição Estadual de iniciativa popular de
proposta de emenda à Constituição Estadual. Isso é interessante porque não há previsão
expressa na Constituição Federal de iniciativa popular de proposta de emenda à Consti-
tuição Federal. Mesmo assim, pode a Constituição Estadual trazer essa possibilidade de
iniciativa popular para as propostas de emenda à Constituição Estadual.

Questão 1 (PC-DF/AGENTE/2013) A iniciativa popular de lei pode ser exercida tanto no que
tange às leis complementares como às leis ordinárias.

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Certo.
Exatamente isso!!!

Conforme dissemos algumas vezes, o direito ao sufrágio garante aos brasileiros o direito
de votar e de ser votado. Votamos nas eleições, nos plebiscitos e nos referendos. Todos sa-
bem o que são as eleições, mas talvez não conheçam a diferença entre plebiscito e referendo.
Plebiscitos e referendos são consultas populares diretas, convocadas pelo poder público para
que o povo, legítimo titular do poder, possa diretamente tomar uma decisão política. A diferen-
ça entre esses institutos está no momento da manifestação popular:
a) se a consulta popular se der antes do ato legislativo ou do ato administrativo, será um
plebiscito; e
b) se a consulta ao povo for após a realização do ato legislativo ou do ato administrativo,
será um referendo, cabendo ao povo a ratificação ou a rejeição do referido ato.
Vejamos como isso pode cair na prova.

Questão 2 (CNJ/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2013) A consulta aos cidadãos, em mo-


mento posterior ao ato legislativo, é realizada mediante plebiscito.

Errado.
A consulta aos cidadãos, em momento posterior ao ato legislativo, é realizada mediante
referendo.

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Questão 3 (MC/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/2013) A participação popular, por intermé-


dio do plebiscito, consiste na participação direta do povo no exercício da soberania popular.

Certo.
É uma expressão da democracia direta em obediência à soberania popular (vontade do povo).

Questão 4 (FUNASA/NÍVEL SUPERIOR/2013) Plebiscito e referendo são formas de exercí-

cio direto da soberania popular e expressam os contornos do regime democrático brasileiro, o

qual possui tanto elementos de uma democracia direta quanto de uma democracia representa-

tiva.

Certo.

Exatamente isso!!!

Questão 5 (ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018) Referendo é uma consulta ao povo

quanto a assunto já transformado em lei, enquanto plebiscito é uma consulta prévia aos eleito-

res sobre assuntos políticos ou institucionais.

Certo.

Exatamente como explicamos.

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Questão 6 (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) Caso o presidente da República preten-

da realizar determinado ato que necessite de aprovação da população, deverá realizar consulta

plebiscitária, que será convocada por decreto presidencial.

Errado.
Na verdade, se a consulta popular é realizada após o ato, será um referendo, e não um plebiscito.
Ademais, essa convocação é competência do Congresso Nacional.

1.1. Capacidade Eleitoral Ativa


A capacidade eleitoral ativa é o direito de votar nas eleições, nos plebiscitos ou nos refe-
rendos, cuja aquisição se dá com o alistamento eleitoral.
De acordo com o art. 14, § 1º, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os
maiores de dezoito anos e facultativos para os analfabetos, maiores de setenta anos e maio-
res de dezesseis e menores de dezoito anos.
Isso cai com frequência, portanto cuidado!

Questão 7 (PC-ES/PERITO CRIMINAL/2011) Considere que João seja reconhecidamente


analfabeto. Nessa situação, por não dispor de capacidade eleitoral ativa e passiva, João não
pode votar ou ser candidato às eleições, salvo quando expressamente autorizado pela justiça
eleitoral.

Errado.
O analfabeto pode votar na qualidade de eleitor facultativo.

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Questão 8 (TRT-17/NÍVEL SUPERIOR/2013) O alistamento eleitoral e o voto são facultati-


vos para os maiores de sessenta anos de idade.

Errado.
Essa é uma pegadinha clássica. O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maio-
res de SETENTA anos de idade.

Questão 9 (POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO/2018) Gilberto, brasileiro nato, completou ses-


senta e um anos de idade no mês de janeiro de 2018. Neste mesmo ano, transitou em julgado
condenação criminal contra ele, tendo sido arbitrada, entre outras sanções, pena privativa de li-
berdade. Em razão de sua idade, o ato de votar nas eleições de 2018 é facultativo para Gilberto.

Errado.
Percebeu que é uma pegadinha muito comum? A idade mínima para que o voto seja facultativo
é SETENTA anos.

Questão 10 (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) O analfabeto não pode realizar alis-


tamento eleitoral e, por essa razão, também não pode concorrer a cargo eletivo.

Errado.
O analfabeto pode realizar o alistamento eleitor na qualidade de eleitor facultativo.

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Questão 11 (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) O voto não é obrigatório para os analfabe-


tos.

Certo.
De fato, o voto é facultativo para os analfabetos.

Já o § 2º do mesmo art. 14 estabelece que não podem alistar-se como eleitores os es-
trangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. Esses são os cha-
mados inalistáveis. Os conscritos englobam os soldados, os médicos, os dentistas, os farma-
cêuticos e os veterinários das Forças Armadas, durante o período em que prestam o serviço
militar obrigatório.

DICA DO LD
Em regra, é vedado aos estrangeiros o alistamento eleitoral.
No entanto, os portugueses com residência permanente no
Brasil, se houver reciprocidade em favor dos brasileiros em
Portugal, poderão alistar-se como eleitores (art. 12, § 1º).

Questão 12 (TJ-PE/OFICIAL DE JUSTIÇA/2012) Epitácio, na condição de conscrito, durante

o serviço militar obrigatório, não pode alistar-se como eleitor.

Certo.

O conscrito é inalistável.

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Questão 13 (TCE-RS/OFICIAL DE CONTROLE EXTERNO/2013) Os brasileiros natos e os

naturalizados, por possuírem cidadania brasileira, e os estrangeiros, por poderem pleiteá-la,

podem participar da vida política, sendo, portanto, sujeitos de direitos políticos.

Errado.

Os estrangeiros, em regra, são inalistáveis.

DE OLHO NOS DETALHES


1) O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os brasileiros alfabetizados maiores
de 18 anos e menores de 70 anos.
2) O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os analfabetos, para os maiores de 70
anos e para os maiores de 16 e menores de 18 anos.
3) O alistamento eleitoral e o voto são proibidos para os estrangeiros e para os conscritos.
4) Os portugueses com residência permanente no Brasil, respeitada a reciprocidade em favor
dos brasileiros em Portugal, poderão exercer direitos políticos no Brasil.
5) Os conscritos são os militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) duran-
te o serviço militar obrigatório.

1.2. Capacidade Eleitoral Passiva

A capacidade eleitoral passiva, também chamada de elegibilidade, diz respeito ao direito


de ser votado, ou seja, de eleger-se para mandatos eletivos.
A Constituição Federal prevê, no art. 14, § 3º, as condições para elegibilidade. São elas:
a) nacionalidade brasileira: como regra, só os brasileiros exercem direitos políticos no
Brasil. Entretanto, os portugueses equiparados, atendidas as condições previstas no

art. 12, § 1º, podem concorrer a cargos eletivos, à exceção de Presidente e Vice-Presi-

dente da República, que são acessíveis apenas aos brasileiros natos (art. 12, § 3º, I).

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b) pleno exercício dos direitos políticos: os que tenham suspensos ou perdidos os direitos

políticos não possuem capacidade eleitoral passiva, nos termos do art. 15, que será

estudado mais à frente;

c) alistamento eleitoral: para concorrer a pleitos eleitorais, tem que possuir o prévio alista-

mento eleitoral. Daí concluímos que todo elegível é obrigatoriamente eleitor, mas nem

todo eleitor é elegível. Podemos citar como exemplo o analfabeto que é um eleitor facul-

tativo, mas nunca poderá ser eleito, porque sobre ele recai uma inelegibilidade absoluta,

como veremos mais à frente;

d) domicílio eleitoral na circunscrição: a definição do que seja domicílio eleitoral é papel

do Direito Eleitoral. Segundo o art. 42, do Código Eleitoral, domicílio eleitoral é o lugar de

residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, conside-

rar-se-á domicílio qualquer delas. A Constituição Federal exige que o candidato possua

domicílio eleitoral na circunscrição em que se dará as eleições. Ou seja, se o candidato

X quiser concorrer ao cargo de vereador no Município Y, deverá ter domicílio eleitoral no

Município Y. Importante fixar que o domicílio eleitoral não se confunde com o domicílio

civil. Assim, se o examinador disser que é uma condição para elegibilidade o domicílio

civil na circunscrição em que se dará a eleição, estará errado;

e) filiação partidária: o Brasil não admite a candidatura avulsa. Isto é, o candidato deve

concorrer aos pleitos eleitorais por intermédio de um partido político;

f) idade mínima de:

• 35 anos: para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

• 30 anos: para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

• 21 anos: para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e

juiz de paz;

• 18 anos: para Vereador.

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Essa idade mínima deve ser comprovada na data da posse. Porém, no caso de vereador, a

idade mínima deverá ser demonstrada na data limite para o pedido de registro da candidatura.

Por esclarecedor, veja o que determina o art. 11, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, com a redação dada

pela Lei n. 13.165/2015:

a idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada ten-


do por referência a data da posse, salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será afe-
rida na data limite para o pedido de registro.

DICA DO LD
Está com dúvida acerca da idade mínima? Liga para o LD: tele-
fone 3530-2118. 35: Presidente e Vice-Presidente da República
e Senador; 30: Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal; 21: Deputado Federal, Deputado Estadual ou
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 18: Vereador.

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Vamos a um mapa mental para fixarmos o que vimos até aqui.

conjunto de normas que asseguram a participação do povo no


processo político, votando, sendo votado e apresentando proje-
tos de lei de iniciativa popular
Conceito

1% do eleitorado nacional
Iniciativa pelo menos 5 Estados (incluído o DF)
Popular Federal no mínimo 0.3% do eleitorado de cada um deles

PLEBISCITO antes do ato


Consultas REFERENDO após o ato
Populares

Direitos
Políticos
Obrigatório
alfabetizados maiores de 18 e menores de 70
Facultativo
Capacidade DIREITO DE VOTAR
analfabetos
Eleitoral
maiores de 70
Ativa
maiores de 16 e menores de 18
Inalistável
estrangeiros
conscritos
DIREITO DE
SER VOTADO nacionalidade brasileira
(condições de pleno exercício dos direitos políticos
Capacidade elegibilidade) alistamento eleitoral
Eleitoral
domicílio eleitoral na circunscrição
Passiva
filiação partidária
idade mínima

IDADE MÍNIMA Presidente e Vice-Presidente = 35


Governadores e Vice-Governadores = 30
Deputados, Prefeitos, Vice-Prefeitos e juiz de paz = 21
Vereadores = 18

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1.3. Inelegibilidade

As inelegibilidades afastam o direito de concorrer a mandatos eletivos nos Poderes Execu-

tivo e Legislativo (afastam a capacidade eleitoral passiva). Justamente por retirarem direitos,

as inelegibilidades são doutrinariamente chamadas de direitos políticos negativos.

Essas inelegibilidades podem ser absolutas ou relativas.

A inelegibilidade absoluta impede que o cidadão concorra a todos os pleitos eleitorais. É o

que está prevista no art. 14, § 4º, a saber: “são (absolutamente) inelegíveis os inalistáveis e os

analfabetos”. Lembrando que os inalistáveis são os estrangeiros e os conscritos. Os analfabe-

tos, muito embora sejam eleitores facultativos, jamais poderão concorrer a pleitos eleitorais.

Questão 14 (PC-TO/DELEGADO DE POLÍCIA/2008) Os analfabetos são inelegíveis, salvo se

exercerem o direito de alistabilidade.

Errado.

Analfabetos são absolutamente inelegíveis.

Por outro lado, a inelegibilidade relativa retira a possibilidade de concorrer a determina-

do(s) pleito(s) eleitoral(is). Veja os casos constitucionais de inelegibilidade relativa.

1) Art. 14, § 5º: “O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Fe-

deral, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos

poderão ser reeleitos para um único período subsequente”.

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Ou seja, é vedada a reeleição para o terceiro mandato sucessivo para o Poder Executivo.

Que fique claro que no Legislativo não há vedação para sucessivas reeleições.

DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Sobre a proibição de um terceiro mandato sucessivo, entendeu o STF que tal vedação alcança,
inclusive, os chamados Prefeitos itinerantes ou Prefeitos profissionais, assim considerados
aqueles que, tendo cumprido dois mandatos em um Município, candidatam-se em um Municí-
pio diverso. O Supremo decidiu que o cidadão que já exerceu dois mandatos consecutivos de
Prefeito fica inelegível para um terceiro mandato, ainda que seja em Município diferente.

2) Art. 14, § 6º: “Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Gover-
nadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos
mandatos até seis meses antes do pleito” (conhecido como desincompatibilização).

Também é uma exigência própria do Poder Executivo. Caso o Chefe do Poder Executivo
(Presidente da República, Governadores ou Prefeitos) queira concorrer a outro cargo que não o
seu, deverá renunciar ao mandato em até 6 meses antes do pleito. Agora, se o Chefe do Poder
Executivo quiser concorrer à reeleição, não precisará se afastar.

Questão 15 (PG-DF/PROCURADOR/2013) O governador do DF é inelegível para quaisquer


outros cargos, a não ser que renuncie a seu mandato com uma antecedência mínima de seis
meses em relação à data do pleito.

Certo.
É o que prevê o art. 14, § 6º, da CF/1988.

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3) Art. 14, § 7º: “São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os pa-
rentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular
de mandato eletivo e candidato à reeleição”.

Esta hipótese é conhecida como inelegibilidade reflexa, uma vez que não incide sobre o
Chefe do Poder Executivo, mas sim sobre terceiros a ele ligados. Portanto, o cônjuge (ou com-
panheiro) e os parentes até o 2º grau do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República,
Governadores ou Prefeitos) estão inelegíveis no seu território de jurisdição, salvo se já ocupan-
te de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Como fica a questão dos limites territoriais considerados como “jurisdição” do titular? Veja
o quadro a seguir:

Limites territoriais da inelegibilidade reflexa


Cônjuge e parentes consanguíneos ou afins até o segundo
Mandatários
grau ou por adoção não poderão se candidatar a:
Prefeitos Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito no mesmo Município.
nenhum cargo eletivo no seu Estado – Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito em Municípios
Governadores situados dentro do seu Estado; Governador, Vice-Governador e Deputado Estadual no seu
Estado; Deputado Federal e Senador pelo seu Estado.
Presidente Nenhum cargo eletivo no País.

Mas se o cônjuge ou os parentes até o 2º grau já forem titular de mandato eletivo, pode-
rão buscar a reeleição. Exemplo: o filho do Presidente da República é Deputado Federal. Nas
próximas eleições, este filho poderá se candidatar a Deputado Federal, apenas. Não poderá
concorrer a nenhum outro mandato eletivo.

Cuidado com a Súmula Vinculante n. 18:

A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade


prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

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Ou seja, caso o Chefe do Poder Executivo separe de seu cônjuge, este continuará inelegível
no pleito eleitoral seguinte para os mandatos eletivos dentro do seu território de jurisdição.
Perceba que o art. 14, § 7º, fala de parentes até o 2º grau por consanguinidade ou por afini-
dade. O tema “graus de parentesco” é tratado pelo Direito Civil. De todo modo, vamos avançar
sobre esse ponto. Segundo o art. 1.594, do Código Civil, contam-se, na linha reta, os graus de
parentesco pelo número de gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de
um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente. Ou seja,
em linha reta (netos, filhos, pais, avós), os graus de parentesco são contados pelo número de
gerações. Exemplos: o pai do Prefeito é parente de 1º grau; o filho do Governador é parente de
1º grau; o avó do Presidente é parente de 2º grau.
Agora, em linha colateral, deve-se subir até ao ascendente comum e descer até encontrar
o parente em questão, contando o número de gerações. Exemplos: o irmão do Presidente é
parente de que grau? Sobe até o ascendente comum (o pai) e desce até o irmão, contando o
número de gerações. Portanto, o irmão é parente de 2º grau. O tio do Prefeito é parente de que
grau? Sobe até o pai, sobe até o avó (ascendente comum) e desce até o tio, contando o número
de gerações. Portanto, o tio é parente de 3º grau. Compreendeu graus de parentesco?
Já o art. 1.595, do Código Civil, trata do parentesco por afinidade. Segundo a lei civilista
cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade. O pa-
rentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge
ou companheiro. Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento
ou da união estável. O parentesco por afinidade é como se você se coloca-se no lugar do seu
cônjuge. Exemplo: a sogra do Prefeito é parente dele de primeiro grau. É isso mesmo meu caro
aluno (minha cara aluna): sua sogra é seu parente de 1º grau (rs). OK?

Questão 16 (TRE-CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2012) Átila, que não é titular de mandato eleti-


vo e nem é candidato à reeleição, é filho adotivo de Eulália, Governadora do Estado de São Pau-
lo em exercício, e deseja concorrer ao cargo de Prefeito do Município de São Paulo. Segundo a
Constituição Federal, Átila, em regra, é inelegível.

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Certo.
O filho da Governadora de São Paulo (parente de 1º grau) é inelegível dentro do Estado de São
Paulo, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição (o que não é o caso).

Questão 17 (PC-TO/DELEGADO DE POLÍCIA/2008) Em nenhuma hipótese o cônjuge e os


parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da Repúbli-
ca, de Governador de Estado ou de Prefeito municipal, podem ser candidatos a cargos eletivos
no território de jurisdição do titular.

Errado.
Se já é titular de mandato eletivo, pode se candidatar à reeleição.

Questão 18 (MPU/ANALISTA/2013) Considere que Marcos, cidadão brasileiro, com vinte


anos de idade, pretenda se eleger na próxima eleição, pela primeira vez, Vereador de deter-
minado Município e que seu irmão adotivo seja atualmente Vereador do referido Município.
Nessa situação, Marcos é considerado relativamente inelegível.

Errado.
A inelegibilidade reflexa atinge o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segun-
do grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores
ao pleito. Ou seja, os ocupantes de mandatos eletivos no Poder Legislativo não provocam a
inelegibilidade reflexa tratada.

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Questão 19 (PG-DF/PROCURADOR/2013) Caso já ocupe o cargo de Deputado Distrital, filho


de Governador do Estado torna-se elegível para o mesmo cargo na eleição subsequente.

Certo.
Exatamente o que prevê a parte final do art. 14, § 7º, da CF/1988. Ou seja, o filho do Gover-
nador pode concorrer à reeleição (e tão somente à reeleição) dentro do mesmo Estado do
seu pai Governador.

Questão 20 (PG-DF/PROCURADOR/2013) Filho de Governador de Estado é inelegível para


qualquer cargo eletivo em âmbito nacional.

Errado.
Pode ser eleito para qualquer cargo por outro Estado ou, ainda, para Presidente ou Vice-Presi-
dente da República.

DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Segundo o entendimento firmado pelo TSE e referendado pelo STF, se o Chefe do Exe-
cutivo renunciar seis meses antes da eleição, seu cônjuge e parentes até segundo grau
poderão candidatar-se a todos os cargos eletivos da circunscrição. Anote-se que, nesse
caso, se o titular estiver no primeiro mandato, o cônjuge e parentes até o segundo grau
poderão candidatar-se até mesmo para o próprio cargo do Chefe do Poder Executivo.

DE OLHO NOS DETALHES


1) A inelegibilidade reflexa só é provocada pelo Presidente da República, Governadores e Pre-
feitos.

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2) Mandatos no Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores) não provocam a ine-


legibilidade reflexa.
3) São atingidos pela inelegibilidade reflexa o cônjuge (ou o companheiro) e os parentes até o
2º grau do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos).
4) Caso o cônjuge (ou o companheiro) e os parentes até o 2º grau já forem titulares de manda-
to eletivo, poderão se candidatar à reeleição (apenas).
5) Segundo entendimento jurisprudencial, se o Chefe do Poder Executivo renunciar em até 6
meses antes da eleição, seu cônjuge (ou companheiro) e parentes até o 2º grau poderão candi-
datar-se a todos os cargos eletivos na jurisdição. Ademais, se, nesse caso de renúncia, o titular
estiver no primeiro mandato, poderão se candidatar inclusive para o próprio cargo de Chefe do
Poder Executivo.

Por fim, importante ressaltar que esta inelegibilidade reflexa permanece no caso de des-
membramento de um ente federativo. Em caso de desmembramento de um Município, por
exemplo, permanece a inelegibilidade reflexa quanto ao cônjuge (ou companheiro) e os pa-
rentes até o 2º grau do Prefeito do Município-mãe que objetivem a candidatura a um cargo no
Município recém-criado. Exemplo: imagine que parte do Município A é desmembrada para criar
o Município B. A esposa do Prefeito do Município A está inelegível para mandatos eletivos no
Município B. Compreendeu?

4) Art. 14, § 8º: “O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:


I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade”.

Segundo este art. 14, § 8º, todos os militares federais (Marinha, Exército e Aeronáutica)
e estaduais (Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares) podem ser eleitos, salvo os
conscritos, durante o serviço militar obrigatório, que são inalistável. Se esse militar federal ou
estadual tiver menos de 10 anos de serviço, no registro da candidatura, deixará de ser militar
de modo definitivo, tendo sido eleito ou não. Agora, se o militar federal ou estadual possuir mais
de 10 anos de serviço, no registro da candidatura, será agregado (afastado temporariamente) para

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Direitos Políticos e Partidos Políticos
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concorrer ao pleito eleitoral e se for eleito passará automaticamente para a inatividade no ato
da diplomação. Mas, se esse militar com mais de 10 anos de serviço não for eleito, retornará
às suas atividades militares. Compreendeu?
MUITO CUIDADO COM UM DETALHE: o art. 142, § 3º, inc. V, determina que o militar, en-
quanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos. Mas o art. 14, § 3º, inc. V,
estabelece que é condição para elegibilidade a prévia filiação partidária. Então, como fica a
situação do militar da ativa elegível? O TSE entende que o registro da candidatura apresentada
pelo partido político supre a exigência da prévia filiação partidária, muito embora não tenha
havido uma filiação partidária formal prévia, porque isso é vedado pela Constituição Federal.
Na verdade, a filiação partidária se dará logo após o afastamento exigido pelo art. 14, § 8º, e
não no prazo estabelecido pela legislação eleitoral. Nesse caso, o militar participa das conven-
ções partidárias de maneira informal e seu nome é escolhido para concorrer a um mandato
eletivo. Após o registro da candidatura, entende-se que houve o cumprimento da prévia filiação
partidária (mesmo não tendo ocorrido na prática). É só uma forma de compor as regras cons-
titucionais que regulam a participação dos militares da ativa nos pleitos eleitorais. OK?

5) Art. 14, § 9º: “Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os pra-
zos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para
exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legi-
timidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício
de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta”.

Ou seja, as hipóteses de inelegibilidade relativa não são taxativas na Constituição Federal,


podendo lei complementar federal criar outras situações. A título de curiosidade, trata-se da LC
n. 64, de 1990, que foi alterada pela LC n. 135, de 2010 (conhecida como Lei da Ficha Limpa).

Questão 21 (MPE-RJ/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2007) A Constituição da República estabe-

lece a possibilidade de instituição através de lei complementar de casos de inelegibilidade a fim de

proteger a probidade e moralidade para o exercício do mandato.

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Certo.
Exatamente isso que está no art. 14, § 9º, da CF/1988.

Vamos a um mapa mental.

inalistáveis (estrangeiros e conscritos)


ABSOLUTAS
analfabetos

vedação à reeleição para o terceiro mandato sucessivo para o Chefe


do Poder Executivo
RELATIVAS
para concorrer a outros cargos, o Chefe do Poder Executivo deve
renunciar em até 6 meses antes do pleito
INELEGIBILIDADE REFLEXA: cônjuge, companheiro e parentes até o
2o grau do Chefe do Poder Executivo estão inelegíveis no território de
jurisdição do titular, salvo se ocupante de mandato eletivo e candi-

Inelegibilidades dato à reeleição


SV 18: a dissolução do vínculo conjugal, no curso do mandato, não
afasta a inelegibilidade reflexa

MENOS DE 10 ANOS
na candidatura: inatividade

Militar
MAIS DE 10 ANOS
na candidatura: agregado
na diplomação: inatividade

por lei complementar


Outros Casos

1.4. Privação de Direitos Políticos

Segundo o art. 15, é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só
se dará nos casos de [...].

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Antes de tratar quais são os casos de perda e suspensão dos direitos políticos, importante
trazer um conceito de cassação dos direitos políticos. Entende-se por cassação dos direitos
políticos a supressão arbitrária desses direitos políticos praticada em outros momentos anti-
democráticos da vida política brasileira, ou seja, a retirada dos direitos políticos sem o devido
processo legal, especialmente sem o contraditório e sem a ampla defesa.
Apesar da vedação absoluta à cassação dos direitos políticos, o citado artigo permite a
privação dos direitos políticos, seja no caso de perda, seja no caso de suspensão. Perceba
a nomenclatura: a cassação dos direitos políticos é absolutamente vedada, mas é possível a
privação dos direitos políticos, nos casos de perda ou suspensão.
E qual a diferença entre perda e suspensão? A distinção está na maneira pela qual os di-
reitos políticos serão restabelecidos após a cessação da causa que deu ensejo à privação. No
caso de perda, o restabelecimento dos direitos políticos dependerá do requerimento do indiví-
duo, isto é, de um novo alistamento eleitoral. Já no caso de suspensão, o restabelecimento se
dará automaticamente, independentemente de manifestação da pessoa.

Questão 22 (PC-TO/AGENTE DE POLÍCIA/2008) O ordenamento constitucional brasileiro


veda a cassação de direitos políticos, razão pela qual só admite a suspensão, mas não a per-
da, desses direitos.

Errado.
Como vimos, admite-se tanto a suspensão quanto a perda dos direitos políticos.

Veja agora as hipóteses de perda e de suspensão dos direitos políticos presentes no art. 15:
I – cancelamento da naturalização por sentença [JUDICIAL] transitada em julgado: o can-
celamento da naturalização provoca a perda da condição de nacional, conforme os termos do

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art. 12, § 4º, I. Tal fato provoca a perda dos direitos políticos, haja vista que o estrangeiro não
detém direitos políticos no Brasil.

Questão 23 (DPF/PERITO/2013) Conforme a CF, admite-se a perda de direitos políticos na

hipótese de cancelamento da naturalização por decisão administrativa definitiva.

Errado.

É uma questão muito comum. Conforme a CF, admite-se a perda de direitos políticos na hipó-

tese de cancelamento da naturalização por decisão JUDICIAL definitiva.

Questão 24 (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) O cancelamento da naturalização

em razão de sentença transitada em julgado implica cassação dos direitos políticos.

Errado.

É uma hipótese de PERDA dos direitos políticos. Até porque a cassação dos direitos políticos

é absolutamente vedada.

II – incapacidade civil absoluta: este inciso exige um aprofundamento. A Lei n. 13.146, de

2015, que instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, alterou o art. 3º do Código Civil, pas-

sando a prever apenas uma hipótese de incapacidade civil absoluta — o menor de 16 anos —,

que, segundo a interpretação do § 1º do art. 14 da Constituição, não exerce direitos políticos,

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por ser inalistável. Portanto, pode-se afirmar que a previsão constitucional de suspensão de

direitos políticos por incapacidade civil absoluta está, por ora, esvaziada, por falta de hipótese

fática que se enquadre no art. 15, inciso II. De toda forma, é uma hipótese de suspensão de

direitos políticos.

III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos: os que

sofrerem condenação criminal com trânsito em julgado terão os direitos políticos suspensos

até a extinção da punibilidade.

DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
1) Súmula 9, do TSE: a suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal
transitada em julgado cessa com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de
reabilitação ou de prova de reparação dos danos.
2) Segundo o entendimento do STF, a suspensão dos direitos políticos no caso de con-
denação criminal transitada em julgado aplica-se às hipóteses de substituição da pena
privativa de liberdade pela restritiva de direitos.

Questão 25 (POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO/2018) Gilberto, brasileiro nato, completou ses-


senta e um anos de idade no mês de janeiro de 2018. Neste mesmo ano, transitou em julgado
condenação criminal contra ele, tendo sido arbitrada, entre outras sanções, pena privativa de li-
berdade. O processo criminal transitado em julgado é hipótese constitucional para a cassação
dos direitos políticos de Gilberto pelo tempo de duração dos efeitos da condenação.

Errado.
É uma hipótese de suspensão dos direitos políticos. Ademais, é sempre bom recordar que, no
Brasil, é absolutamente vedada a cassação dos direitos políticos.

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IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos

do art. 5º, VIII: cuida-se da escusa de consciência prevista no art. 5º, VIII, segundo o qual

“ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou

política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a

cumprir prestação alternativa, fixada em lei”. Mesmo não se tratando de um posicionamento

pacífico, a doutrina majoritária entende que é uma situação de perda dos direitos políticos.2

V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º: o próprio art. 37, § 4º, nos dá

a dica de que é uma hipótese de suspensão, perceba: “os atos de improbidade administrativa

importarão a SUSPENSÃO dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade

dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da

ação penal cabível”.

Questão 26 (FUB/NÍVEL SUPERIOR/2013) À luz dos preceitos constitucionais, é possível

que uma pessoa detenha a nacionalidade brasileira, mas não possa exercer a sua cidadania.

Certo.

À luz do art. 15, da CF/1988, é possível que uma pessoa detenha a nacionalidade brasileira,

mas não possa exercer a sua cidadania por ter incidido sobre ela uma das hipóteses de priva-

ção dos direitos políticos.

2
MENDES, G. F.; BRANCO, P. G. G. Curso de Direito Constitucional. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 789; CUNHA JÚNIOR, D.
Curso de Direito Constitucional. 3. ed. Editora Juspodivm, 2009. p. 771; PAULO, V.; ALEXANDRINO, M. Direito Constitucional
Descomplicado. 5. ed. Editora Método, 2010. p. 250; LENZA, P. Direito Constitucional Esquematizado. 16. ed. Editora Saraiva,
2012. p. 1.137; MORAES, A. de. Direito Constitucional. 28. ed. Atlas, 2012. p. 271; FERREIRA FILHO, M. G. Curso de Direito
Constitucional. 34. ed. Editora Saraiva, 2008. p. 117; BULOS, U. L. Curso de Direito Constitucional. 2. ed. Editora Saraiva, 2008.
p. 702-703

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Questão 27 (ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018) A condenação pela prática de ato de

improbidade administrativa é hipótese de que resulta perda dos direitos políticos.

Errado.

É uma hipótese de suspensão dos direitos políticos.

Vedação Absoluta
à Cassação

restabelecimento depende de um novo alistamento eleitoral


Perda

restabelecimento é automático
Suspensão

Privação dos
Direitos Políticos

Hipóteses

cancelamento da naturalização por sentença judicial transitada


PERDA em julgado
recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5o, VIII

incapacidade civil absoluta (sem base legal)


SUSPENSÃO condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem
seus efeitos
condenação por improbidade administrativa

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1.5. Princípio da Anterioridade Eleitoral ou da Anualidade Eleitoral

Segundo o art. 16, “a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”.
Note que a vigência de uma lei que alterar as regras do processo eleitoral se dará na data da
publicação, mas a sua eficácia só ocorrerá após um ano da data da sua vigência. Essa previsão
tem a finalidade de proteger o processo eleitoral de mudanças casuísticas para atender a inte-
resses escusos no intuito de obter vantagens nas eleições.
Importante ressaltar que o STF entende que este princípio da anterioridade eleitoral (ou
anualidade eleitoral) é uma garantia do cidadão e, portanto, uma cláusula pétrea.
Vejamos um mapa mental.

data da publicação
Vigência

Anterioridade
Eleitoral
após 1 ano da publicação
Eficácia

1.6. Ação de Impugnação de Mandato Eletivo


Segundo o art. 14, §§ 10 e 11, o mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação de impugnação de
mandato eletivo com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. Esta ação de
impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da
lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
A título de complemento, a diplomação é o ato em que o juiz eleitoral competente entrega
o justo título (um diploma) ao candidato eleito, atestando a regularidade das eleições e legiti-
mando o candidato a tomar posse e exercer o mandato.

DE OLHO NOS DETALHES


1) A ação de impugnação de mandato eletivo (AIME) é ajuizada em caso de abuso do poder
econômico, corrupção ou fraude.

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2) A AIME deverá ser proposta até 15 dias contados da diplomação.


3) A AIME tramitará em segredo de justiça.

Questão 28 (MPE-PI/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) Mandato eletivo poderá ser impugna-


do na justiça eleitoral mediante ação de impugnação de mandato, cujos atos terão de ser pú-
blicos, em obediência ao princípio da publicidade.

Errado.
Na verdade, a ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça.

1.7. A Emenda Constitucional n. 111, de 2021

A EC n. 111, de 2021, insere, no art. 14, dois novos parágrafos.


O § 12 do art. 14 estabelece que serão realizadas concomitantemente às eleições muni-
cipais as consultas populares sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e
encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da data das eleições, observados
os limites operacionais relativos ao número de quesitos.
E o § 13 do art. 14 complementa essas informações, afirmando que as manifestações
favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos termos do § 12
ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita no rádio
e na televisão.
Como se trata de matéria nova na Constituição Federal, devemos ter especial atenção a
essas previsões. Fique tranquilo que, se cair na sua prova, vai cobrar a literalidade do texto
constitucional transcrito.

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2. Partidos Políticos

Vamos iniciar por um conceito de partido político. Dirley da Cunha Júnior entende que o
partido político é “uma pessoa jurídica de direito privado que consiste na união ou agremiação
voluntária de cidadãos com afinidades ideológicas e políticas, organizada segundo princípios
de disciplina e fidelidade.”3
Como o examinador cobra partidos políticos na prova de Constitucional? Transcrevendo a
Constituição na sua prova. Portanto, acompanhe comigo a leitura do art. 17. Digo de antemão
que, com a edição da Emenda Constitucional n. 97, de 2017, o art. 17 ganhou maior importân-
cia nos concursos públicos.
A cabeça do art. 17 consagra a liberdade de criação de partidos políticos. No entanto, essa
liberdade não é absoluta, uma vez que a Constituição Federal exige a observância de alguns
preceitos. Diz o art. 17, caput, que é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I – caráter nacional: impede a existência de partidos políticos de âmbito meramente regional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangei-
ros ou de subordinação a estes: este preceito protege a soberania nacional que é fundamento
do Estado brasileiro;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral: é uma decorrência da forma republicana de
governo. Os partidos políticos devem ser fiscalizados, uma vez que administram recursos pú-
blicos;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei: trata-se da Lei n. 9.096, de 1995, que
dispõe sobre os partidos políticos.
Já o § 1º do art. 17, prevê a autonomia dos partidos políticos, afirmando que é assegurada
aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre
escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organiza-
ção e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas
eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatorie-
3
CUNHA JÚNIOR, D. Curso de Direito Constitucional. 3. ed. Editora Juspodivm, 2009. p 773.

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dade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou munici-


pal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
Destaque-se que essa previsão constitucional acaba com a verticalização das coligações.
Antigamente, era necessário replicar em âmbitos estaduais e municipais as coligações esta-
belecidas em âmbito federal. A regra vigente libera esse regime de coligações pelas esferas
federativas. Isto é, pode o partido X estar coligado em âmbito nacional com o partido Y e esse
mesmo partido X estar coligado com o partido W em âmbito estadual e/ou municipal.
Ademais, importante frisar que são vedadas coligações partidárias para as eleições pro-
porcionais para Deputados Federais, Estaduais e Distritais e Vereadores.
De acordo com o § 2º do art. 17, os partidos políticos, após adquirirem personalidade
jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Muito cuidado com essa previsão porque as bancas “jogam uma casca de banana”, dizendo
que os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com o registro do estatuto no TSE.
Errado! Primeiro o partido político adquire personalidade jurídica de acordo com a lei civil e,
após já possuir personalidade jurídica, registram o estatuto no TSE. Compreendeu?
Já o § 3º do art. 17, consagra uma cláusula de desempenho para que os partidos políticos
tenham acesso a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão (chama-
do de direito de antena). Segundo a Constituição Federal, somente terão direito a recursos do
fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos
que alternativamente (um ou outro): I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados,
no mínimo, 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Fe-
deração, com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada uma delas; ou II – tiverem elegido
pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação. Perceba que é “um ou outro”. Nas são requisitos cumulativos, mas sim alternativos.
Essa cláusula de desempenho “cheia” valerá a partir de 2030, mas a própria EC nº 97, de 2017,
traz regras de transição.
O § 4º do art. 17, por sua vez, veda a utilização pelos partidos políticos de organização
paramilitar.
Por seu turno, o § 5º do art. 17 assegura o cumprimento do mandato ao eleito por partido
político que não preencher os requisitos da cláusula de desempenho acima citada e, ao mesmo

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tempo, faculta a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não
sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.
Por fim, o § 6º do art. 17, com redação dada pela EC 111, de 2021, prevê que os Deputados
Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que se desligarem
do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do
partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em qual-
quer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou
de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.
Compreendeu o perfil constitucional dos partidos políticos? Para fechar, vamos a alguns
mapas mentais.
Art. 17, “caput” liberdade soberania nacional
para criação, fusão, regime democrático
incorporação e extinção pluripartidarismo
do partidas políticos, direitos fundamentais da pessoa humana
RESGUARDADOS:
PARTIDOS
POLÍTICOS
caráter nacional
proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade
ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes
DEVEM OBSERVAR OS
prestação de contas à justiça Eleitoral
SEGUINTES PRECEITOS
funcionamento parlamentar de acordo com a lei

Art. 17, § 1 º: autonomia para definir sua estrutura interna e


estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus
órgãos permanente e provisórios e sobre sua organização e
funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime
de suas coligações nas eleições majoritárias
PARTIDOS
POLÍTICOS
Vedação de celebração de coligações nas eleições proporcionais
(EC 97, de 2017)

Não há obrigatoriedade da verticalização das coligações

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Art. 17, § 2°: os partido políticos, após adquirirem


personalidade jurídica, na forma de lei civil, registraram
seus estatuto no Tribunal Superior Eleitoral

PARTIDOS
POLÍTICOS

Art. 17, § 4º: é vedada a utilização pelos partidos


políticos de organização paramilitar

I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos


Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das
Art. 17, § 3º: somente terão unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois
por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
direito a recursos do fundo
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados
partidário e acesso gratuito ao Federais distribuídos em pelo menos um terço das
rádio e à televisão, na forma unidades da Federação.

da lei, os partidos políticos que A partir de 2030, com regra de transição desde 2018
CLÁUSULA DE alternativamente:
(EC 97, de 2017)

DESEMPENHO

Art. 17, § 5º: ao eleito por partido que não


preencher os requisitos previstos no § 3° é
assegurado o mandato e facultada a filiação,
sem perda do mandato, a outro partido que
os tenha atingido, não sendo essa filiação
considerada para fins de distribuição dos
recursos do fundo partidário e de acesso
gratuito ao tempo de rádio e de televisão

Anuência do partido
Outras hipóteses de justa causa
Art. 17, § 6°: Deputados e Vereadores
PERDA DO Não computada a migração de partido para fins de
que se desligarem do partido
MANDATO perderão o mandato, SALVO:
recursos do fundo partidário, outros fundos e de
acesso gratuito ao rádio e a TV

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Questão 29 (MPE/PI/ANALISTA MINISTERIAL – ÁREA PROCESSUAL/2018) Os partidos


políticos têm autonomia administrativa garantida pela Constituição Federal e poderão definir o
regime de suas coligações eleitorais, que vincularão as candidaturas no âmbito federal, esta-
dual, distrital e no municipal.

Errado.
Não há obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual,
distrital ou municipal.

2.1. A Emenda Constitucional n. 117, de 2022

A EC n. 117, de 2022, alterou o recém estudado art. 17 para impor aos partidos políticos a
aplicação de recursos do fundo partidário na promoção e difusão da participação política das
mulheres, bem como a aplicação de recursos desse fundo e do Fundo Especial de Financia-
mento de Campanha e a divisão do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão no
percentual mínimo de 30% (trinta por cento) para candidaturas femininas.
Nesse sentido, foram incluídos no art. 17 os parágrafos 7º e 8º.
De acordo com o § 7º do art. 17, os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco
por cento) dos recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de programas de
promoção e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses intra-
partidários.
Já o art. 17, § 8º, estabelece que o montante do Fundo Especial de Financiamento de Cam-
panha e da parcela do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo
de propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas

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candidatas, deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento), proporcional ao número de can-
didatas, e a distribuição deverá ser realizada conforme critérios definidos pelos respectivos
órgãos de direção e pelas normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse parti-
dário.

Súmulas e Jurisprudência Aplicadas


1) ADI 5.889: O Plenário, por maioria, deferiu medida cautelar em ação direta de incons-
titucionalidade para suspender, com eficácia ex tunc, o art. 59-A da Lei 9.504/1997, inclu-
ído pela Lei 13.165/2015 (Lei da Minirreforma Eleitoral), o qual determina que, na votação
eletrônica, o registro de cada voto deverá ser impresso e depositado, de forma automá-
tica e sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado. (...) O ministro Ale-
xandre considerou que o art. 59-A e o seu parágrafo único permitem a identificação de
quem votou, ou seja, a quebra do sigilo, e, consequentemente, a diminuição da liberdade
do voto. Cabe ao legislador fazer a opção pelo voto impresso, eletrônico ou híbrido, visto
que a CF nada dispõe a esse respeito, observadas, entretanto, as características do voto
nela previstas. [ADI 5.889, rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 6-6-2018, P, Informa-
tivo 905.]

2) ADI 5.081: Inaplicabilidade da regra de perda do mandato por infidelidade partidária


ao sistema eleitoral majoritário. (...) As decisões no MS 26.602, no MS 26.603 e no MS
26.604 tiveram como pano de fundo o sistema proporcional, que é adotado para a elei-
ção de deputados federais, estaduais e vereadores. As características do sistema pro-
porcional, com sua ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade parti-
dária importante para garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no momento da
eleição sejam minimamente preservadas. Daí a legitimidade de se decretar a perda do
mandato do candidato que abandona a legenda pela qual se elegeu. O sistema majori-
tário, adotado para a eleição de presidente, governador, prefeito e senador, tem lógica e
dinâmica diversas da do sistema proporcional. As características do sistema majoritário,
com sua ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda do mandato, no caso de
mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a soberania popular (CF, art. 1º,
parágrafo único; e art. 14, caput).
[ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, j. 27-5-2015, P, DJE de 19-8-2015.]
Vide MS 26.604, rel. min. Cármen Lúcia, j. 4-10-2007, P, DJE de 3-10-2008

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3) ADI 2.938: A fixação por lei estadual de condições de elegibilidade em relação aos
candidatos a juiz de paz, além das constitucionalmente previstas no art. 14, § 3º, invade
a competência da União para legislar sobre direito eleitoral, definida no art. 22, I, da Cons-
tituição do Brasil.
[ADI 2.938, rel. min. Eros Grau, j. 9-6-2005, P, DJ de 9-12-2005.]

4) ADI 1.063: O domicílio eleitoral na circunscrição e a filiação partidária, constituindo


condições de elegibilidade (CF, art. 14, § 3º), revelam-se passíveis de válida disciplina-
ção mediante simples lei ordinária. Os requisitos de elegibilidade não se confundem, no
plano jurídico-conceitual, com as hipóteses de inelegibilidade, cuja definição – além das
situações já previstas diretamente pelo próprio texto constitucional (CF, art. 14, § 5º a §
8º) – só pode derivar de norma inscrita em lei complementar (CF, art. 14, § 9º). [ADI 1.063
MC, rel. min. Celso de Mello, j. 18-5-1994, P, DJ de 27-4-2001.]

5) MS 27.938: O reconhecimento da justa causa para transferência de partido político


afasta a perda do mandato eletivo por infidelidade partidária. Contudo, ela não transfere
ao novo partido o direito de sucessão à vaga.
[MS 27.938, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 11-3-2010, P, DJE de 30-4-2010.]
Vide MS 26.604, rel. min. Cármen Lúcia, j. 4-10-2007, P, DJE de 3-10-2008

6) RE 637.485: O instituto da reeleição tem fundamento não somente no postulado da


continuidade administrativa, mas também no princípio republicano, que impede a perpe-
tuação de uma mesma pessoa ou grupo no poder. O princípio republicano condiciona a
interpretação e a aplicação do próprio comando da norma constitucional, de modo que a
reeleição é permitida por apenas uma única vez. Esse princípio impede a terceira eleição
não apenas no mesmo Município, mas em relação a qualquer outro Município da Federa-
ção. Entendimento contrário tornaria possível a figura do denominado “prefeito itinerante”
ou do “prefeito profissional”, o que claramente é incompatível com esse princípio, que
também traduz um postulado de temporariedade/alternância do exercício do poder. Por-
tanto, ambos os princípios – continuidade administrativa e republicanismo – condicio-
nam a interpretação e a aplicação teleológicas do art. 14, § 5º, da Constituição. O cidadão
que exerce dois mandatos consecutivos como prefeito de determinado Município fica
inelegível para o cargo da mesma natureza em qualquer outro Município da Federação.
[RE 637.485, rel. min. Gilmar Mendes, j. 1º-8-2012, P, DJE de 21-5-2013, Tema 564.]

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7) RE 366.488: Vice-governador eleito duas vezes para o cargo de vice-governador. No


segundo mandato de vice, sucedeu o titular. Certo que, no seu primeiro mandato de
vice, teria substituído o governador. Possibilidade de reeleger-se ao cargo de governa-
dor, porque o exercício da titularidade do cargo dá-se mediante eleição ou por sucessão.
Somente quando sucedeu o titular é que passou a exercer o seu primeiro mandato como
titular do cargo. Inteligência do disposto no § 5º do art. 14 da CF.
[RE 366.488, rel. min. Carlos Velloso, j. 4-10-2005, 2ª T, DJ de 28-10-2005.]
= AI 782.434 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 8-2-2011, 1ª T, DJE de 24-3-2011

8) RE 345.822: Presidente da câmara municipal que substitui ou sucede o prefeito nos


seis meses anteriores ao pleito é inelegível para o cargo de vereador. CF, art. 14, § 6º.
Inaplicabilidade das regras dos § 5º e § 7º do art. 14, CF.
[RE 345.822, rel. min. Carlos Velloso, j. 18-11-2003, 2ª T, DJ de 12-12-2003.]

9) Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do


mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do art. 14 da CF.

10) RE 843.455: As hipóteses de inelegibilidade previstas no art. 14, § 7º, da Constituição


Federal, inclusive quanto ao prazo de seis meses, são aplicáveis às eleições suplemen-
tares.
[RE 843.455, rel. min. Teori Zavascki, j. 7-10-2015, P, DJE de 1º-2-2016, Tema 781.]

11) RE 543.117: O art. 14, § 7º, da Constituição do Brasil deve ser interpretado de maneira
a dar eficácia e efetividade aos postulados republicanos e democráticos da Constituição,
evitando-se a perpetuidade ou alongada presença de familiares no poder.
[RE 543.117 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 24-6-2008, 2ª T, DJE de 22-8-2008.]
12) RE 279.469: Diversamente do que sucede ao militar com mais de dez anos de ser-
viço, deve afastar-se definitivamente da atividade o servidor militar que, contando menos
de dez anos de serviço, pretenda candidatar-se a cargo eletivo. [RE 279.469, rel. p/ o ac.
min. Cezar Peluso, j. 16-3-2011, P, DJE de 20-6-2011.]

13) AI 189.907: Longe fica de contrariar o inciso II do § 8º do art. 14 da CF provimento que


implique reconhecer ao militar candidato o direito a licença remunerada, quando conte
mais de dez anos de serviço.
[AI 189.907 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 29-9-1997, 2ª T, DJ de 21-11-1997.]

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14) AC 2.763: A perda da elegibilidade constitui situação impregnada de caráter excep-


cional, pois inibe o exercício da cidadania passiva, comprometendo a prática da liberdade
em sua dimensão política, eis que impede o cidadão de ter efetiva participação na regên-
cia e na condução do aparelho governamental.
[AC 2.763 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 16-12-2010, dec. monocrática, DJE de 1º-2-2011.]

15) RE 601.182: A regra de suspensão dos direitos políticos, prevista no art. 15, III, da
Constituição Federal, é autoaplicável e consequência imediata da sentença penal con-
denatória transitada em julgado, independentemente da natureza da pena imposta (pri-
vativa de liberdade, restritiva de direitos, suspensão condicional da pena, dentre outras
hipóteses).
[RE 601.182, voto do rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 8-5-2019, P, DJE de 2-10-
2019, Tema 370.]
Vide RMS 22.470 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 11-6-1996, 1ª T, DJ de 27-9-1996

16) RE 633.703: A competição eleitoral se inicia exatamente um ano antes da data das
eleições e, nesse interregno, o art. 16 da Constituição exige que qualquer modificação
nas regras do jogo não terá eficácia imediata para o pleito em curso. (...) Toda limitação
legal ao direito de sufrágio passivo, isto é, qualquer restrição legal à elegibilidade do cida-
dão constitui uma limitação da igualdade de oportunidades na competição eleitoral. (...)
A jurisdição constitucional cumpre a sua função quando aplica rigorosamente, sem sub-
terfúgios calcados em considerações subjetivas de moralidade, o princípio da anterioridade
eleitoral previsto no art. 16 da Constituição, pois essa norma constitui uma garantia da
minoria, portanto, uma barreira contra a atuação sempre ameaçadora da maioria.
[RE 633.703, rel. min. Gilmar Mendes, j. 23-3-2011, P, DJE de 18-11-2011, Tema 387.]
Vide RE 631.102 ED, rel. p/ o ac. min. Dias Toffoli, j. 14-12-2011, P, DJE de 2-5-2012, Tema
367

17) ADI 5.311: A CF optou pelo princípio democrático representativo, superando-se o cará-
ter essencialmente intervencionista prevalecente no regime autoritário anterior. Dessa
forma, garantiu no ordenamento jurídico-constitucional a liberdade dos partidos políticos
de se formarem e se articularem, sem serem desconsideradas as características básicas de

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sua conformação legítima, como a imperatividade do caráter nacional das agremiações


(controle quantitativo tido como cláusula de barreira lato sensu) e do cunho democrá-
tico de seus programas (controle qualitativo ou ideológico). (...) a liberdade na formação
dos partidos há de se conformar ao respeito aos princípios democráticos, competindo
à Justiça Eleitoral a conferência dos pressupostos constitucionais legitimadores desse
processo, sem os quais o partido político, embora tecnicamente criado, não se legitima.
[ADI 5.311, rel. min. Cármen Lúcia, j. 4-3-2020, P, Informativo 968.]

18) RE 158.314: É inelegível para o cargo de prefeito de Município resultante de des-


membramento territorial o irmão do atual chefe do Poder Executivo do município-mãe.
O regime jurídico das inelegibilidades comporta interpretação construtiva dos preceitos
que lhe compõem a estrutura normativa. Disso resulta a plena validade da exegese que,
norteada por parâmetros axiológicos consagrados pela própria Constituição, visa a impe-
dir que se formem grupos hegemônicos nas instâncias políticas locais. O primado da
ideia republicana – cujo fundamento ético-político repousa no exercício do regime demo-
crático e no postulado da igualdade – rejeita qualquer prática que possa monopolizar
o acesso aos mandatos eletivos e patrimonializar o poder governamental, comprome-
tendo, desse modo, a legitimidade do processo eleitoral.
[RE 158.314, rel. min. Celso de Mello, j. 15-12-1992, 1ª T, DJ de 12-2-1993.]

É isso!!!
Espero que tenha se divertido com os assuntos trazidos nesta aula.
Estamos à sua disposição para sanar qualquer dúvida lá no nosso fórum. Gostaria de re-
ceber sua avaliação acerca da nossa aula. Isso é muito importante para nós.
Fique com Deus, fortíssimo abraço e bons estudos.

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RESUMO
Conceito: são um conjunto de normas constitucionais e infraconstitucionais que assegu-
ram a participação do povo no processo político, votando, sendo votado e apresentando proje-
tos de lei de inciativa popular.
Direitos Políticos Previstos na Constituição Federal: a) direito ao sufrágio: direito de votar
nas eleições, nos plebiscitos e nos referendos, bem como o direito de ser votado; b) direito à
iniciativa popular de lei: para a propositura de projetos de leis complementares e projetos de
leis ordinárias.
Plebiscito X Referendo: ambos são consultas populares diretas, a diferença está no mo-
mento da manifestação do povo: a) se antes do ato legislativo ou do ato administrativo, será
um plebiscito; e b) se após a realização do ato legislativo ou do ato administrativo, será um
referendo, cabendo ao povo a ratificação ou a rejeição do referido ato.
Capacidade Eleitoral Ativa: é o direito de votar nas eleições, nos plebiscitos ou nos refe-
rendos, cuja aquisição se dá com o alistamento eleitoral. O alistamento eleitoral e o voto são
obrigatórios para os maiores de dezoito anos e facultativos para os analfabetos, maiores de
setenta anos e maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. Não podem alistar-se como
eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. Es-
ses são os chamados inalistáveis.
Capacidade Eleitoral Passiva: é direito de ser votado, ou seja, de eleger-se para mandatos
eletivos.
Condições de Elegibilidade: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos
políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação
partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da
República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador.
Inelegibilidade: as inelegibilidades afastam o direito de concorrer a mandatos eletivos nos
Poderes Executivo e Legislativo.

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Inelegibilidade Absoluta: são (absolutamente) inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.


Vedação ao Terceiro Mandato Eletivo: o Presidente da República, os Governadores de Es-
tado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso
dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. Ou seja, é vedada a
reeleição para o terceiro mandato sucessivo para o Poder Executivo.
Desincompatibilização: para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos
mandatos até seis meses antes do pleito” (conhecido como desincompatibilização). Também
é uma exigência própria do Poder Executivo. Caso o chefe do Poder Executivo queira concorrer
à reeleição, não precisa renunciar.
Inelegibilidade Reflexa: são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da Repúbli-
ca, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato à reeleição.
Súmula Vinculante nº 18: a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.
Militar: o militar alistável (o único militar que é inalistável é o conscrito) é elegível, desde
que atenda às seguintes exigências: I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afas-
tar-se da atividade; II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Outros Casos de Inelegibilidade só por Lei Complementar: lei complementar estabelecerá
outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candi-
dato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o
abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
É absolutamente Vedada a Cassação: segundo o art. 15, é vedada a cassação de direitos po-
líticos. Entende-se por cassação a supressão arbitrária dos direitos políticos praticada em outros
momentos antidemocráticos da vida política brasileira, ou seja, a retirada dos direitos políticos
sem o devido processo legal, especialmente sem o contraditório e sem a ampla defesa.

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Possibilidade de Privação: apesar da vedação absoluta à cassação, o citado artigo permite


a privação dos direitos políticos, seja no caso de perda, seja no caso de suspensão. E qual a
diferença entre perda e suspensão? A distinção está na maneira pela qual os direitos políticos
serão restabelecidos após a cessação da causa que deu ensejo à privação. No caso de perda,
o restabelecimento dos direitos políticos dependerá do requerimento do indivíduo, isto é, de
um novo alistamento eleitoral. Já no caso de suspensão, o restabelecimento se dará automa-
ticamente, independentemente de manifestação da pessoa.
Hipóteses de Perda: cancelamento da naturalização por sentença [JUDICIAL] transitada
em julgado; e recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos ter-
mos do art. 5º, VIII.
Hipóteses de Suspensão: incapacidade civil absoluta; condenação criminal transitada em
julgado, enquanto durarem seus efeitos; e improbidade administrativa, nos termos do art. 37,
§ 4º.
Anterioridade Eleitoral: a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Ação de Impugnação de Mandato Eletivo: o mandato eletivo poderá ser impugnado ante a
Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação de impug-
nação de mandato eletivo com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Esta ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor,
na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Partidos Políticos: é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fun-
damentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I – caráter nacional; II –
proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de
subordinação a estes; III – prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV – funcionamento parla-
mentar de acordo com a lei.
Autonomia dos Partidos Políticos: é assegurada aos partidos políticos autonomia para
definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar

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os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candida-
turas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária.
Personalidade Jurídica dos Partidos Políticos: os partidos políticos, após adquirirem perso-
nalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
Fundo Partidário e Direito de Antena – Cláusula de Desempenho: somente terão direito a
recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão (conhecido como direito
de antena), na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente (cláusula de desempe-
nho): I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou II – tiverem elegido
pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação.
Vedação de Organização Paramilitar: é vedada a utilização pelos partidos políticos de or-
ganização paramilitar
Possibilidade de Migração de Partido: ao eleito por partido que não preencher os requisi-
tos da cláusula de desempenho é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins
de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de
televisão.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (2019/POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR) De acordo com a Constituição Fede-
ral, na forma da lei, entre outras, é condição de elegibilidade a idade mínima de:
a) trinta anos para Senador.
b) vinte e cinco anos para Governador.
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefei-
to e juiz de paz.
d) dezoito anos para Vereador, Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital.
e) trinta anos para Presidente da República.

Questão 2 (2019/CÂMARA DE SERRANA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO) São exemplos de


pessoas que possuem inelegibilidade absoluta os:
a) militares.
b) menores de 21 anos de idade.
c) membros do Poder Executivo.
d) analfabetos.
e) sucessores de titulares de mandatos eletivos.

Questão 3 (2019/CÂMARA DE SERRANA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO) Nos moldes da


Carta Magna brasileira, a cassação de direitos políticos:
a) é vedada.
b) se dá no caso de cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado.
c) ocorre na hipótese de incapacidade civil absoluta.
d) decorre de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
e) é uma das penas impostas na condenação por improbidade administrativa.

Questão 4 (2019/CÂMARA DE SERRANA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO) Segundo o texto


constitucional, os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei
civil, registrarão seus estatutos no:

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a) Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais.


b) Juízo Federal de primeira instância.
c) Tribunal Regional Eleitoral.
d) Tribunal Superior Eleitoral.
e) Supremo Tribunal Federal.

Questão 5 (2019/CÂMARA DE SÃO JOAQUIM DA BARRA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO)


Segundo a Constituição Federal, a cassação dos direitos políticos:
a) é vedada.
b) somente pode ser decretada pelo Poder Judiciário.
c) pode ocorrer por ordem da Justiça Eleitoral em casos específicos.
d) decorre da condenação criminal, transitada em julgado.
e) é uma pena a ser imposta ao condenado por improbidade administrativa.

Questão 6 (2019/CÂMARA DE SÃO JOAQUIM DA BARRA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO)


Assinale a alternativa correta a respeito das inelegibilidades.
a) A inelegibilidade consiste na falta de capacidade eleitoral ativa.
b) As inelegibilidades relativas não são afastadas pela desincompatibilização.
c) A inelegibilidade absoluta pode ser afastada por meio da desincompatibilização.
d) A inelegibilidade absoluta está relacionada a características pessoais, atingindo todos os
cargos eletivos.
e) Os analfabetos constituem exemplo de inelegibilidade relativa.

Questão 7 (2014/TRF-3ª/ANALISTA JUDICIÁRIO-OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FE-


DERAL) Sobre o alistamento eleitoral e o direito do voto, a Constituição Federal estabelece que:
a) a facultatividade aplica-se apenas aos analfabetos, aos maiores de 70 anos e aos maiores
de 16 e menores de 18 anos.
b) a facultatividade aplica-se somente aos analfabetos.
c) o voto no sistema eleitoral brasileiro é obrigatório a todos.
d) o alistamento eleitoral no sistema brasileiro é obrigatório a todos.
e) o alistamento é obrigatório, mas o voto é facultativo aos estrangeiros residentes no Brasil.

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Questão 8 (2014/TRT-19ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Ygor Marcello, 18 anos, nascido em São


Paulo, reside em Belo Horizonte, onde é famoso como cantor de pagode, além de admirado,
por seu dinamismo, entre os colegas do quartel em que presta o serviço militar obrigatório.
Pretende se candidatar a vereador na capital mineira. Conforme determina a Constituição fe-
deral, Ygor:
a) não tem a idade mínima para ser eleito vereador.
b) deve confirmar, junto ao Ministério da Justiça, sua opção pela nacionalidade brasileira antes
da candidatura.
c) não é elegível por se encontrar conscrito.
d) deverá cumprir prestação alternativa para substituir eventuais faltas que venha a ter no ser-
viço militar em decorrência de sua campanha eleitoral.
e) prescinde de filiação partidária para se candidatar.

Questão 9 (2017/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR/PERITO CRIMINAL) Considere as normas da


Constituição Federal para assinalar a alternativa correta sobre elegibilidade.
a) Para o cargo de Presidente da República, são condições de elegibilidade, entre outras, ter
idade mínima de 35 anos e ter nacionalidade brasileira.
b) Para o cargo de Presidente da República, são condições de elegibilidade, entre outras, ter
idade mínima de 35 anos e ser brasileiro nato.
c) Para o cargo de Senador, são condições de elegibilidade, entre outras, ter idade mínima de
21 anos e ser brasileiro nato.
d) Para o cargo de presidente da Câmara dos Deputados, são condições de elegibilidade, entre
outras, ter idade mínima de 30 anos e ter nacionalidade brasileira.
e) Para o cargo de vereador, são condições de elegibilidade, entre outras, ter idade mínima de
21 anos e ser brasileiro nato.

Questão 10 (2008/TRT-19ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Para concorrerem a outros cargos,


o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos de-
vem renunciar aos respectivos mandatos até:

a) oito meses antes do pleito.

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b) quatro meses antes do pleito.


c) dois meses antes do pleito.
d) seis meses antes do pleito.
e) três meses antes do pleito.

Questão 11 (2008/TRT-2ª/ANALISTA JUDICIÁRIO) A capacidade eleitoral passiva é concer-


nente ao direito político classificado por:
a) participação partidária.
b) alistabilidade.
c) elegibilidade.
d) plebiscito.
e) referendo.

Questão 12 (2014/TRF-3ª/ANALISTA JUDICIÁRIO) Sobre o alistamento eleitoral e o direito


do voto, a Constituição Federal estabelece que:
a) a facultatividade aplica-se apenas aos analfabetos, aos maiores de 70 anos e aos maiores
de 16 e menores de 18 anos.
b) a facultatividade aplica-se somente aos analfabetos.
c) o voto no sistema eleitoral brasileiro é obrigatório a todos.
d) o alistamento eleitoral no sistema brasileiro é obrigatório a todos.
e) o alistamento é obrigatório, mas o voto é facultativo aos estrangeiros residentes no Brasil.

Questão 13 (2014/TRT-16/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Rômulo, brasileiro nato, com vinte anos


de idade completados neste ano de 2014, empresário, residente na cidade de São Luís, filiado
a determinado partido político, pretende concorrer a um cargo político no pleito eleitoral deste
ano. Nos termos preconizados pela Constituição Federal, havendo eleições este ano para os
cargos de Presidente, Vice-Presidente, Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Fede-
ral e Deputado Estadual, Rômulo:
a) poderá concorrer aos cargos de Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador, Vice-Go-
vernador e Senador, apenas.

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b) poderá concorrer ao cargo de Deputado Estadual, apenas.


c) poderá concorrer aos cargos de Deputado Estadual e Deputado Federal, apenas.
d) não poderá concorrer a nenhum cargo.
e) poderá concorrer a todos os cargos.

Questão 14 (2014/TRT-16ª/ANALISTA JUDICIÁRIO) Mirela, advogada, é casada com Pe-


dro, Prefeito do município “X” do estado do Maranhão, não sendo titular de qualquer mandato
eletivo. No curso do mandato de Pedro, Mirela e Pedro dissolvem o vínculo conjugal por meio
de divórcio devidamente homologado pelo Poder Judiciário. Mirela pretende concorrer no pró-
ximo pleito municipal a um cargo eletivo no município “X”. Neste caso, Mirela:
a) poderá concorrer normalmente ao cargo de Vereadora, mas é inelegível para os cargos de
Prefeita e Vice-Prefeita do município.
b) não poderá concorrer ao cargo eletivo, por ser inelegível, nos termos da Constituição Fe-
deral.
c) poderá concorrer normalmente aos cargos de Prefeita, Vice-Prefeita ou Vereadora do mu-
nicípio, sem qualquer restrição.
d) poderá concorrer normalmente aos cargos de Prefeita, Vice-Prefeita ou Vereadora do mu-
nicípio, desde que a dissolução do vínculo conjugal tenha ocorrido mais de seis meses antes
do pleito.
e) poderá concorrer apenas ao cargo de Vereadora do município, desde que a dissolução do
vínculo conjugal tenha ocorrido mais de seis meses antes do pleito, sendo inelegível para os
cargos de Prefeita e Vice-Prefeita.

Questão 15 (2015/TRT-9ª/TÉCNICO) Considere:


I – Voto direto e secreto.
II – Plebiscito.
III – Referendo.
IV – Audiência pública.
V – Iniciativa popular.

A soberania popular, segundo a Constituição Federal, será exercida nos casos dos itens:

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a) I, II, III, IV e V.
b) I, II, III e V, apenas.
c) I, II, IV e V, apenas.
d) III, IV e V, apenas.
e) II, III e IV, apenas.

Questão 16 (2015/TRE-AP/ANALISTA) Paulo, brasileiro naturalizado, 33 anos, Prefeito de


uma cidade do estado do Amapá, deseja se candidatar ao cargo de Governador desse estado.
Preenchidas as demais condições de elegibilidade, Paulo:
a) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não
ser exigido que seja brasileiro nato, não havendo a necessidade da renúncia do cargo de Pre-
feito, já que a circunscrição do Governo do estado engloba a circunscrição do município.
b) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não
ser exigido que seja brasileiro nato, desde que renuncie ao cargo de Prefeito até um ano antes
do pleito.
c) não pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 35 anos, além de
ser exigido que seja brasileiro nato.
d) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não
ser exigido que seja brasileiro nato, desde que renuncie ao cargo de Prefeito até seis meses
antes do pleito.
e) não pode ser eleito Governador, pois, apesar de atender à condição exigida a esse cargo
referente à idade mínima de 30 anos, não cumpre o requisito da obrigatoriedade de ser brasi-
leiro nato.

Questão 17 (2015/CN-MP/ANALISTA) A inelegibilidade em razão do parentesco, nos ter-


mos da Constituição Federal e em conformidade com o entendimento do Supremo Tribunal
Federal sobre a matéria,
a) não é afastada pela dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato.
b) impede, em qualquer hipótese, que o cônjuge do Presidente da República seja candidato a
cargos eletivos no território de jurisdição do titular.

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c) alcança, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos, até o

segundo grau ou por adoção, excetuados os afins, do Presidente da República.


d) é absoluta, somente podendo ser fixada taxativamente pela Constituição Federal.
e) alcança, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou
afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República.

Questão 18 (2015/TJ-RO/TÉCNICO JUDICIÁRIO) João, aluno do ensino médio, formulou di-


versas proposições a respeito dos conceitos de cidadania, nacionalidade e capacidade civil.
Assinale, entre as proposições a seguir, a única que se mostra correta:
a) a cidadania é requisito necessário ao alistamento eleitoral, que permite o surgimento da
nacionalidade e o consequente exercício dos direitos fundamentais.
b) a nacionalidade brasileira é requisito necessário à obtenção da cidadania, que permite o
surgimento da liberdade política e o gozo dos direitos fundamentais.
c) a cidadania é inerente ao Estado Democrático, sendo requisito necessário ao surgimento da
liberdade política e ao exercício dos direitos fundamentais.
d) a nacionalidade brasileira é requisito necessário ao alistamento eleitoral, que permite o sur-
gimento da cidadania e o consequente exercício dos direitos políticos.
e) a capacidade civil é requisito necessário ao surgimento da cidadania, que permite o surgi-
mento da nacionalidade e o consequente exercício dos direitos políticos.

Questão 19 (XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) João, 29 anos de idade, brasileiro naturali-
zado desde 1992, decidiu se candidatar, nas eleições de 2010, ao cargo de Deputado Federal,
em determinado ente federativo. Eleito, e após ter tomado posse, foi escolhido para presidir a
Câmara dos Deputados. Com base na hipótese descrita, assinale a afirmativa correta.
a) João não poderia ter-se candidatado ao cargo de Deputado Federal, uma vez que esse é um
cargo privativo de brasileiro nato.
b) João não poderia ser Deputado Federal, mas poderia ingressar na carreira diplomática, em
que não é exigido o requisito de ser brasileiro nato.
c) João poderia ter-se candidatado ao cargo de Deputado Federal, bem como ser eleito. Entre-
tanto, não poderia ter sido escolhido Presidente da Câmara dos Deputados, pois esse cargo
deve ser exercido por brasileiro nato.

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d) João não poderia ter-se candidatado ao cargo de Deputado Federal, mas poderia ter se can-
didatado ao cargo de Senador da República, mesmo sendo brasileiro naturalizado.

Questão 20 (EXAME DA OAB/2008.3) Com relação aos direitos políticos, assinale a opção
correta.
a) Caso a nomeação dos delegados de polícia, por força de uma Constituição Estadual, passe
a estar subordinada à escolha, entre os delegados de carreira, por voto unitário residencial da
população de cada um de seus municípios, não haverá configuração de voto censitário; ao
contrário, a norma estará privilegiando a democracia e a participação social.
b) O domicílio eleitoral na circunscrição e a filiação partidária são condições de elegibilidade
e exigem disciplina instituída por lei complementar, visto que os requisitos de elegibilidade se
confundem com as hipóteses de inelegibilidade.
c) A obrigatoriedade de filiação partidária para os candidatos a juiz de paz decorre do sistema
eleitoral constitucionalmente definido e, caso lei estadual venha a disciplinar procedimentos
necessários à realização das eleições para implementação da justiça de paz, haverá invasão
de competência da União e ofensa ao princípio federativo.
d) Presidente de Câmara Municipal que substitua ou suceda o Prefeito nos seis meses anterio-
res ao pleito é inelegível para o cargo de Vereador.

Questão 21 (EXAME DA OAB/2010.3) De acordo com a Constituição da República, são ina-


listáveis e inelegíveis:
a) somente os analfabetos e os conscritos.
b) os estrangeiros, os analfabetos e os conscritos.
c) somente os estrangeiros e os analfabetos.
d) somente os estrangeiros e os conscritos.

Questão 22 (EXAME DA OAB/2011.1) Os direitos políticos não podem ser cassados. Podem,
no entanto, sofrer perda ou suspensão à luz das normas constitucionais pelo seguinte fundamen-
to:
a) condenação cível sem trânsito em julgado.
b) incapacidade civil relativa, declarada judicialmente.

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c) cancelamento de naturalização por decisão administrativa.


d) improbidade administrativa.

Questão 23 (XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO) André, jovem de 25 anos, é Vereador pelo
município M, do estado E. Portanto, com domicílio eleitoral nesse Estado. Suas perspectivas
políticas se alteram quando, ao liderar um grande movimento de combate à corrupção, seu
nome ganha notoriedade em âmbito nacional. A partir de então, passa a receber inúmeras
propostas para concorrer a diversos cargos eletivos, advindas, inclusive, de outros estados
da Federação, a exemplo do estado X. Nessas condições, seduzido pelas propostas, analisa
algumas possibilidades. De acordo com a Constituição Federal, assinale a opção que indica o
cargo eletivo ao qual André pode concorrer.
a) Deputado Estadual pelo estado X.
b) Deputado Federal pelo estado E.
c) Senador da República pelo estado E.
d) Governador pelo estado E.

Questão 24 (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) No que concerne às condições de elegibi-


lidade para o cargo de Prefeito previstas na CRFB/88, assinale a opção correta.
a) José, ex-Prefeito que renunciou ao cargo 120 dias antes da eleição, poderá candidatar-se à
reeleição ao cargo de Prefeito.
b) João, brasileiro, solteiro, 22 anos, poderá candidatar-se, pela primeira vez, ao cargo de Pre-
feito.
c) Marcos, brasileiro, 35 anos e analfabeto, poderá candidatar-se ao cargo de Prefeito.
d) Luís, capitão do exército com 5 anos de serviço, mas que não pretende nem irá se afastar
das atividades militares, poderá candidatar-se ao cargo de Prefeito.

Questão 25 (X EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Apesar da existência de vários partidos


políticos por força de questões regionais, conjunturais e do vínculo da fidelidade partidária,
é comum, a cada ano, o surgimento de novas agremiações no cenário nacional. Quanto ao
funcionamento dos partidos políticos, à luz das normas constitucionais, assinale a afirmativa
correta.
a) Podem receber recursos financeiros de Governo estrangeiro.

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b) Devem prestar as contas partidárias perante Conselho Especial.


c) Podem ter caráter regional, representando pelo menos duas regiões.
d) Têm acesso gratuito ao rádio e à televisão nos limites legais.

Questão 26 (2012/SENADO FEDERAL/ADMINISTRAÇÃO) A respeito dos direitos políticos


previstos na CFRB, assinale a afirmativa incorreta.
a) A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo ou iniciativa popular.
b) Não podem se alistar como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
c) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
contados da posse, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude.
d) É condição de elegibilidade o domicílio eleitoral na circunscrição.
e) É condição de elegibilidade a idade mínima de trinta e cinco anos para Senador.

Questão 27 (XXIII EXAME DE ORDEM/2017) João, rico comerciante, é eleito Vereador do


município “X” pelo partido Alfa. Contudo, dez dias após sua diplomação, o partido político Pi,
adversário de Alfa, ajuíza ação de impugnação de mandato eletivo, perante a Justiça Eleitoral,
requerendo a anulação da diplomação de João. Alegou o referido partido político ter havido
abuso do poder econômico por parte de João na eleição em que logrou ser eleito, anexando, in-
clusive, provas que considerou irrefutáveis. João, sentindo-se injustiçado, já que, em momento
algum no decorrer da campanha ou mesmo após a divulgação do resultado, teve conhecimen-
to desses fatos, busca aconselhamento com um advogado acerca da juridicidade do ajuiza-
mento de tal ação. Com base no caso narrado, assinale a opção que apresenta a orientação
dada pelo advogado.
a) O Partido Pi não poderia ter ingressado com a ação, pois abuso de poder econômico não
configura fundamento que tenha o condão de viabilizar a impugnação de mandato eletivo con-
quistado pelo voto.
b) O Partido Pi respeitou os requisitos impostos pela CFRB/88, tanto no que se refere ao fun-
damento (abuso do poder econômico) para o ajuizamento da ação como também em relação
à sua tempestividade.

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c) O Partido Pi, nos termos do que dispõe a CFRB/88, não poderia ter ingressado com a ação,
pois, ocorrida a diplomação, precluso encontrava-se o direito de impugnar o mandato eletivo
de João.
d) O Partido Pi só poderia impugnar o mandato eletivo que João conquistou pelo voto popular
em momento anterior à diplomação, sob pena de afronta ao regime democrático.

Questão 28 (2015/DPE-RO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Para que uma pessoa possa exer-


cer qualquer mandato eletivo, é necessário que preencha alguns requisitos previstos na Cons-
tituição da República. Entre eles, encontra-se a exigência de que:
a) tenha no mínimo dezesseis anos.
b) esteja filiada a partido político há, no mínimo, cinco anos.
c) tenha nível superior.
d) seja aprovada no exame realizado antes da posse.
e) tenha providenciado o seu alistamento eleitoral.

Questão 29 (2014/TJ-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO) O comando constitucional segundo o


qual “a lei que alterar o processo eleitoral” não pode ser aplicada “à eleição que ocorra até um
ano da data de sua vigência” nos permite afirmar que:
a) a emenda constitucional que regule a formação de coligações partidárias deve observá-lo.
b) ele não alcança a definição daqueles que podem votar e ser votados.
c) ele alcança as regras sobre prestação de contas das despesas com campanhas eleitorais.
d) ele alcança a criação de novos municípios, por alterar o eleitorado e, consequentemente,
a legitimidade dos eleitos.
e) as leis de ordem pública, que conferem maior detalhamento ao princípio democrático, não
devem observá-lo.

Questão 30 (2014/DPE-RJ/TÉCNICO ESPECIALIZADO-ADMINISTRAÇÃO) Direitos políti-


cos são instrumentos previstos na Constituição, pelos quais se manifesta a soberania popular,
viabilizando a participação do cidadão na coisa pública. Como exemplo desses direitos políti-
cos, a Constituição assegura:

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a) o voto indireto e secreto, com valor igual para todos.


b) o sufrágio universal e o voto direto, obrigatório para os maiores de dezoito anos e menores
de sessenta anos.
c) o voto facultativo para os analfabetos, os maiores de setenta anos, bem como pessoas
maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
d) a ação popular, que consiste em um processo iniciado por, no mínimo, 1% do população
nacional, para destituir administradores ímprobos.
e) o plebiscito ou o referendo, nos quais o cidadão decide diretamente qual será o rumo legis-
lativo sobre matéria de relevância nacional, sem qualquer participação do Poder Legislativo
durante o processo legislativo.

Questão 31 (IX EXAME DE ORDEM/2012) José da Silva, Prefeito do município “X”, integran-
te do estado “Y”, possui familiares que pretendem concorrer a cargos elegíveis nas próximas
eleições. Sobre essa situação, assinale a afirmativa correta.
a) José da Silva Junior, filho de José da Silva, que terá 18 anos completos na época da eleição,
poderá se candidatar ao cargo de Deputado Estadual de “Y”, desde que José da Silva tenha se
desincompatibilizado seis meses antes do pleito.
b) Maria da Silva, esposa de José da Silva, Vereadora do município “X”, só poderá concorrer
novamente ao cargo de Vereadora se José da Silva se desincompatibilizar seis meses antes
do pleito.
c) José da Silva poderá concorrer ao cargo de governador do estado “Z”, não sendo necessário
que renuncie ao mandato até seis meses antes do pleito.
d) Pedro Costa, sobrinho de José da Silva, poderá concorrer ao cargo de Vereador do muni-
cípio “X” mesmo que José da Silva não tenha se desincompatibilizado seis meses antes do
pleito.

Questão 32 (2018/MPE-AL/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO-GERAL) João praticou um


crime e foi condenado, em sentença criminal transitada em julgado, a (10) dez anos de reclu-
são. Considerando que a sistemática constitucional afeta à suspensão ou à perda dos direitos
políticos, é correto afirmar que a referida condenação criminal acarreta:

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a) a suspensão dos direitos políticos por tempo equivalente ao dobro da pena privativa de
liberdade.
b) a suspensão dos direitos políticos pelo tempo que venha a ser determinado pelo Juiz
Eleitoral.
c) a suspensão dos direitos políticos pelo tempo determinado pelo Juiz que a proferiu.
d) a suspensão dos direitos políticos enquanto a condenação produzir os seus efeitos.
e) a perda definitiva dos direitos políticos.

Questão 33 (XXIV EXAME DE ORDEM/2017) Numerosos partidos políticos de oposição ao


Governo Federal iniciaram tratativas a fim de se fundirem, criando um novo partido, o Partido
Delta. Almejam, com isso, criar uma força política de maior relevância no contexto nacional.
Preocupados com a repercussão da iniciativa no âmbito das políticas regionais e percebendo
que as tratativas políticas estão avançadas, alguns deputados federais buscam argumentos ju-
rídico-constitucionais que impeçam a criação desse novo partido. Em reunião, concluem que,
embora o quadro jurídico-constitucional brasileiro não vede a fusão de partidos políticos, es-
ses, como pessoas jurídicas de direito público, somente poderão ser criados mediante lei apro-
vada no Congresso Nacional. Ao submeterem essas conclusões a um competente advogado,
ele, alicerçado na Constituição da República, afirma que os Deputados Federais:
a) estão corretos quanto à possibilidade de fusão entre partidos políticos, mas equivocados
quanto à necessidade de criação de partido por via de lei, já que, no Brasil, os partidos políticos
possuem personalidade jurídica de Direito Privado.
b) estão equivocados quanto à possibilidade de fusão entre partidos políticos no Brasil, embo-
ra estejam corretos quanto à necessidade de que a criação de partidos políticos se dê pela via
legal, por serem pessoas jurídicas de Direito Público.
c) estão equivocados, pois a Constituição da República não só proibiu a fusão entre partidos
políticos como também deixou a critério do novo partido político escolher a personalidade ju-
rídica de direito que irá assumir, pública ou privada.
d) estão corretos, pois a Constituição da República, ao exigir que a criação ou a fusão de par-
tidos políticos se dê pela via legislativa, concedeu ao Congresso Nacional amplos poderes de
fiscalização para sua criação ou fusão.

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Questão 34 (2016/XX EXAME DE ORDEM/REAPLICAÇÃO SALVADOR) Wilson, de 29 anos


de idade, nascido nos Estados Unidos da América, é filho de pais brasileiros. Fluente na língua
portuguesa,participa com brilho da política partidária regional de um Estado da federação bra-
sileira, dominado há várias gerações por sua família. Essa natural inclinação leva seus familia-
res a incentivá-lo no sentido de concorrer ao cargo de Governador do Estado nas eleições que
serão realizadas dali a dois anos. Sobre a possibilidade jurídica de Wilson concorrer ao pleito,
mais precisamente no que se refere às questões de nacionalidade e idade, assinale a afirma-
tiva correta.
a) Wilson já terá completado, na data da eleição, a idade exigível para o exercício do cargo plei-
teado, mas somente poderá concorrer caso adquira a nacionalidade brasileira.
b) Wilson poderá concorrer, pois não apenas contemplará o requisito da idade, como, pelo sim-
ples fato de ser filho de brasileiros, possui automaticamente a nacionalidade de brasileiro nato.
c) Wilson não estará apto a concorrer na próxima eleição para o cargo apontado, pois, mesmo
que adquira a nacionalidade brasileira, não possuirá a idade mínima exigida para o cargo.
d) Wilson não poderá concorrer, pois, embora a idade não seja um problema, poderá, no máxi-
mo, adquirir o status de brasileiro naturalizado, enquanto o cargo em questão exige o status de
brasileiro nato.

Questão 35 (2019/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Policial rodoviário federal com


mais de dez anos de serviço pode candidatar-se ao cargo de Deputado Federal, devendo, no
caso de ser eleito, passar para inatividade a partir do ato de sua diplomação.

Questão 36 (2019/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA) Autor de


ato de improbidade administrativa estará sujeito à cassação dos seus direitos políticos.

Questão 37 (2018/POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO – MA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) À


luz da CF, os atos de improbidade administrativa poderão acarretar:
a) suspensão dos direitos políticos.
b) disponibilidade dos bens.
c) cassação de direitos políticos.
d) suspensão da função pública.
e) ressarcimento ao erário, o que inviabiliza a persecução penal.

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Questão 38 (2018/HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA/MÉDICO RESIDENTE) A de-


mocracia no Brasil ampliou as formas de participação da população na condução da vida polí-
tica do país, garantindo, inclusive, o voto e a eleição de candidatos analfabetos.

Questão 39 (SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018) Situação hipo-


tética: Com a pretensão de candidatar-se a cargo eletivo, determinado militar, com cinco anos
de serviço, fez, de forma regular, o pedido de registro de sua candidatura.
Assertiva: Nessa situação, após ser eleito, o militar deverá afastar-se de sua atividade pelo
período do mandato eletivo, devendo retornar ao serviço após o seu término.

Questão 40 (2018/AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA/AGENTE DE INTELIGÊNCIA)


A condenação pela prática de ato de improbidade administrativa é hipótese de que resulta
perda dos direitos políticos.

Questão 41 (2018/AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA/AGENTE DE INTELIGÊNCIA)


Referendo é uma consulta ao povo quanto a assunto já transformado em lei, enquanto plebis-
cito é uma consulta prévia aos eleitores sobre assuntos políticos ou institucionais.

Questão 42 (2018/EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALIS-


TA PORTUÁRIO) Caso o Presidente da República pretenda realizar determinado ato que ne-
cessite de aprovação da população, deverá realizar consulta plebiscitária, que será convocada
por decreto presidencial.

Questão 43 (2018/INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/


AUXILIAR) O analfabeto não pode realizar alistamento eleitoral e, por isso, também não pode
concorrer a cargo eletivo.

Questão 44 (2018/INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/


AUXILIAR) O cancelamento da naturalização em razão de sentença transitada em julgado im-
plica cassação dos direitos políticos.

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Questão 45 (2018/MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL) O voto não


é obrigatório para os analfabetos.

Questão 46 (2018/MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL) O analfa-


betismo não representará óbice à elegibilidade dos cidadãos, haja vista a garantia do amplo
exercício dos direitos políticos, característica do Estado Democrático de Direito.

Questão 47 (2018/MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL) Os partidos


políticos têm autonomia administrativa garantida pela Constituição Federal e poderão definir
o regime de suas coligações eleitorais, que vincularão as candidaturas nos âmbitos federal,
estadual, distrital e municipal.

Questão 48 (2018/DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDE-


RAL) O processo criminal transitado em julgado é hipótese constitucional para a cassação dos
direitos políticos de Gilberto pelo tempo de duração dos efeitos da condenação.

Questão 49 (2018/DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDE-


RAL) Gilberto, brasileiro nato, completou sessenta e um anos de idade no mês de janeiro de
2018. Nesse mesmo ano, transitou em julgado condenação criminal contra ele, tendo sido
arbitrada, entre outras sanções, pena privativa de liberdade. Considerando essa situação hipo-
tética, julgue o item a seguir, com relação aos direitos políticos de Gilberto.
Em razão de sua idade, o ato de votar nas eleições de 2018 é facultativo para Gilberto.

Questão 50 (2018/MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/TÉCNICO MINISTERIAL) Mandato ele-


tivo poderá ser impugnado na justiça eleitoral mediante ação de impugnação de mandato,
cujos atos terão de ser públicos, em obediência ao princípio da publicidade.

Questão 51 (2018/POLÍCIA MILITAR DO ALAGOAS/SOLDADO COMBATENTE) Enquanto


presta o serviço militar obrigatório, o conscrito é impedido de alistar-se como eleitor e, conse-
quentemente, fica inelegível.

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Questão 52 (2018/POLÍCIA MILITAR DO ALAGOAS/SOLDADO COMBATENTE) Um militar


com cinco anos de serviço e candidato a Deputado Estadual deverá ser agregado pelo coman-
dante do batalhão onde serve e, se eleito, deverá passar para a inatividade no ato da diploma-
ção.

Questão 53 (2018/POLÍCIA MILITAR DO ALAGOAS/SOLDADO COMBATENTE) A utiliza-


ção de organização paramilitar por determinado partido político em um estado da Federação
é permitida desde que autorizada pelo Governador desse estado e pelo respectivo tribunal
regional eleitoral.

Questão 54 (2018/TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EX-


TERNO) De acordo com a Constituição Federal de 1988, é assegurada a todos os partidos políticos:
a) a utilização de organização paramilitar.
b) a recepção de recursos financeiros de entidade estrangeira, desde que declarados.
c) a obtenção de recursos do fundo partidário para custear o acesso a rádio e televisão.
d) a aquisição de personalidade jurídica na forma da lei civil.
e) a vinculação entre candidaturas em âmbitos nacional, estadual, distrital ou municipal.

Questão 55 (2018/TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE


EXTERNO) A capacidade eleitoral ativa é inviabilizada pela:
a) inalistabilidade.
b) incompatibilidade.
c) inelegibilidade funcional.
d) descompatibilização.
e) inelegibilidade relativa reflexiva.

Questão 56 (2020/IDIB/PREFEITURA DE GRAVATÁ-PE/AGENTE LEGISLATIVO) Com base


nas disposições constitucionais sobre os direitos políticos, assinale a alternativa correta.
a) O alistamento eleitoral é facultativo para os maiores de sessenta e cinco anos.
b) A filiação partidária não é uma condição de elegibilidade, mas a pressupõe.
c) O voto é facultativo para os maiores de sessenta e cinco anos.

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d) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e


do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses
antes do pleito.

Questão 57 (2020/FEPESE - FUNDAÇÃO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOCIOECONÔMI-


COS/ASSISTENTE TRIBUTÁRIO MUNICIPAL) Acerca dos direitos políticos, é correto afirmar
que o voto é:
a) facultativo para os analfabetos.
b) facultativo para os menores de 21 anos.
c) facultativo para os maiores de 60 anos.
d) obrigatório para os maiores de 16 anos.
e) obrigatório para os brasileiros natos.

Questão 58 (2020/INSTITUTO QUADRIX/CRN 2 REGIÃO - ASSISTENTE ADMINISTRATI-


VO) A suspensão dos direitos políticos em razão de condenação criminal transitada em julgado
somente cessa quando comprovadamente reabilitado o apenado para convívio em sociedade.

Questão 59 (2020/FUNPAR - NÚCLEO DE CONCURSOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO


PARANÁ/CÂMARA DE CURITIBA - PROCURADOR JURÍDICO) Não é usual ver os direitos po-
líticos como direitos fundamentais. No entanto, a participação política (com exigência de con-
sentimento para a tributação e para a legislação) surge como uma das primeiras demandas,
junto à liberdade religiosa e à proteção contra a prisão arbitrária, na defesa de direitos contra o
poder do Estado. (SALGADO, Eneida Desirèe. Reforma Política, 2018.) Levando em considera-
ção o assunto apresentado, assinale a alternativa correta.
a) Segundo a Constituição brasileira, a soberania popular deve ser exercida pelo voto, pelo ple-
biscito, pelo referendo e pela iniciativa popular.
b) Segundo a Constituição brasileira, as condições de elegibilidade estabelecidas limitam-se à
nacionalidade, ao exercício dos direitos políticos, ao alistamento eleitoral, à filiação partidária
e à regularidade de exercício profissional, não podendo a lei estabelecer critérios diversos dos
estabelecidos constitucionalmente.

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c) O texto constitucional assevera que a cassação de direitos políticos é uma prerrogativa do


Poder Judiciário, desde que em decisão transitada em julgado e por motivos de ordem pública.
d) Segundo o texto constitucional, aos estrangeiros em território brasileiro é facultado o alista-
mento como eleitores na forma da lei.
e) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 30 dias conta-
dos da posse em caso de comprovada improbidade, dolosa ou culposa.

Questão 60 (2020/IBFC - INSTITUTO BRASILEIRO DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO/TRE


PA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) A Constituição Federal (CF/88) traz
algumas condições de elegibilidade. Assinale a alternativa que não apresenta uma das condi-
ções de elegibilidade estabelecidas pela CF:
a) Nacionalidade brasileira
b) Alistamento eleitoral
c) Pleno exercício dos direitos políticos
d) A idade mínima de dezoito anos para deputado estadual

Questão 61 (2020/IDECAN - INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL, CULTU-


RAL E ASSISTENCIAL NACIONAL/IFRR - INSTRUTOR DE INFORMÁTICA) Com base nas
disposições constitucionais sobre os direitos e garantias fundamentais, analise as afirmativas
a seguir:
I. Os cargos de Vice-Presidente da República e Senador são privativos de brasileiro nato.
II. São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
III. Os partidos políticos não estão subordinados a nenhum tipo de governo, mas podem rece-
ber recursos financeiros de entidades nacionais ou estrangeiras.
Assinale
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

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Questão 62 (2020/IBFC - INSTITUTO BRASILEIRO DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO/TRE


PA - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA: ADMINISTRATIVA) As normas gerais e os princípios
constitucionais relativos aos direitos políticos encontram-se disciplinados de forma expressa
na Constituição Federal de 1988, sobretudo no Capítulo IV do Título I da Carta Magna. Sobre o
tema, assinale a alternativa correta:
a) Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão,
na forma da lei, os partidos políticos que obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputa-
dos, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada
uma delas
b) A perda ou cassação dos direitos políticos só se dará nos casos de cancelamento da natura-
lização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; condenação criminal
transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir obrigação a todos
imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; ou improbidade administrativa,
nos termos do art. 37, § 4º
c) Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e os analfabetos
d) O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: se contar menos de dez
anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; se contar mais de dez anos de serviço, será
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diploma-
ção, para a inatividade

Questão 63 (2020/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL BRASILEIRO –


IDIB/GUARDA CIVIL) Sobre os direitos políticos e partidos políticos, assinale a alternativa
correta.
a) Podem se alistar como eleitores os estrangeiros e, fora do período do serviço militar obriga-
tório, os conscritos.
b) Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registra-
rão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
c) A idade mínima para concorrer ao cargo de Vereador é de 21 (vinte e um) anos.
d) Os militares são alistáveis e inelegíveis.

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Questão 64 (2020/INSTITUTO QUADRIX/CRN 2 REGIÃO - NUTRICIONISTA FISCAL) Os


militares são inalistáveis.

Questão 65 (2020/INSTITUTO QUADRIX/CRN 2 REGIÃO - NUTRICIONISTA FISCAL) Todo


elegível é eleitor, mas nem todo eleitor é elegível.

Questão 66 (2020/INSTITUTO QUADRIX/CREFONO 5 - AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Caso


uma pessoa seja submetida a uma condenação criminal transitada em julgado, seus direitos
políticos serão automaticamente cassados.

Questão 67 (2020/CESPE/CEBRASPE/MPE - TÉCNICO MINISTERIAL) Os analfabetos não


podem registrar-se como eleitores.

Questão 68 (2020/FUNPAR - NÚCLEO DE CONCURSOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO


PARANÁ/CÂMARA DE CURITIBA - ANALISTA LEGISLATIVO) A respeito dos direitos políticos
previstos na Constituição, é correto afirmar:
a) O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios a partir dos 16 anos, e facultativos para os
analfabetos, os maiores de setenta anos e os maiores de quatorze e menores de dezesseis
anos.
b) Entre as condições de elegibilidade para presidente e vice-presidente da República está a
idade mínima de quarenta e cinco anos.
c) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos
ou afins, até o quarto grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Esta-
do ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
d) São inelegíveis, independentemente de outros critérios de elegibilidade, os inalistáveis e os
analfabetos.
e) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de trinta dias
contados da eleição, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção
ou fraude.

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Questão 69 (2020/INSTITUTO QUADRIX/CRN 2 REGIÃO - NUTRICIONISTA FISCAL) A ida-


de mínima exigida para cargos eletivos é aferida no momento da posse, não do registro.

Questão 70 (2022/PREFEITURA DE PARANATAMA-PE/MÉDICO) Sobre a cassação de di-


reitos políticos, assinale a alternativa CORRETA de acordo com a Constituição Federal de 1988.
a) É vedada a perda ou suspensão de direitos políticos nos casos de incapacidade civil abso-
luta.
b) É vedada a perda ou suspensão de direitos políticos nos casos de cancelamento da natura-
lização por sentença transitada em julgado.
c) É autorizada a perda ou suspensão de direitos políticos por motivos de conveniência e opor-
tunidade.
d) É autorizada a perda ou suspensão de direitos políticos nos casos de condenação criminal
transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
e) É vedada a perda ou suspensão de direitos políticos nos casos de improbidade administra-
tiva.

Questão 71 (2022/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) No caso de senador que pretenda


concorrer a outro cargo eletivo, não se exige a renúncia ao mandato atual.

Questão 72 (2022/TRT-17ª REGIÃO/ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


Jocasta, Deputada Federal, Martina, Deputada Estadual e Jordana, Vereadora, desligaram-se
dos partidos políticos pelos quais foram eleitas, com a anuência desses partidos. De acordo
com a Constituição Federal, com base apenas nas informações fornecidas, é correto afirmar
que
a) apenas Martina perderá seu mandato.
b) apenas Jocasta perderá o mandato.
c) Jocasta, Martina e Jordana perderão seus mandatos.
d) apenas Jordana perderá seu mandato.
e) Jocasta, Martina e Jordana não perderão seus mandatos.

Questão 73 (2022/TRT- 4ª REGIÃO/RO E AC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRA-


TIVA) Maximo é italiano, trabalha em uma multinacional no Brasil e tem 20 anos de idade. Fá-
tima é brasileira, vendedora, tem 19 anos de idade e é analfabeta. Alberto é brasileiro, contador

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aposentado e tem 74 anos de idade. Considerando apenas as informações fornecidas, em


conformidade com a Constituição Federal, o voto é
a) facultativo para Maximo, Fátima e Alberto.
b) obrigatório para Alberto, facultativo para Fátima e proibido para Maximo.
c) facultativo para Fátima e Alberto e proibido para Maximo.
d) obrigatório para Alberto e Fátima e proibido para Maximo.
e) obrigatório para Alberto e proibido para Maximo e Fátima.

Questão 74 (2022/TRT-5ª REGIÃO/BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) A


Constituição Federal veda a cassação de direitos políticos, porém admite sua perda ou suspen-
são em determinados casos, dentre os quais,
a) improbidade administrativa e cancelamento da naturalização, por decisão administrativa
definitiva.
b) condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos, e cancelamento
da naturalização, por sentença judicial transitada em julgado.
c) incapacidade civil absoluta e recusa de cumprir obrigação legal a todos imposta, por motivo
de convicção científica ou política.
d) cancelamento da naturalização, por sentença judicial transitada em julgado, e incapacidade
civil relativa, enquanto durarem os seus efeitos.
e) cancelamento da naturalização, por decisão administrativa definitiva, e recusa de cumprir
obrigação legal a todos imposta, por motivo de convicção religiosa ou filosófica.

Questão 75 (2022/PC-RO/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) A pessoa condenada pela prática de ato


de improbidade administrativa poderá ter seus direitos políticos
a) cassados, perdidos ou suspensos.
b) cassados ou suspensos, apenas.
c) cassados ou perdidos, apenas.
d) suspensos, apenas.
e) cassados, apenas.

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Questão 76 (2022/PC-RO/AGENTE DE POLÍCIA) Segundo a CF, é elegível o militar alistável,


o qual
a) poderá afastar-se da atividade, se tiver menos de vinte anos de serviço.
b) não precisará afastar-se da atividade, se tiver menos de três anos de serviço.
c) não precisará afastar-se da atividade, se tiver menos de cinco anos de serviço.
d) precisará afastar-se da atividade, se tiver menos de dez anos de serviço.
e) poderá afastar-se da atividade, se tiver menos de quinze anos de serviço.

Questão 77 (2022/IPREV/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO II) A idade mínima é


uma das condições para elegibilidade a cargo político. Sendo assim, para Presidente da Re-
pública, Governador e Deputado Estadual, respectivamente, a idade mínima estabelecida pela
constituição é de:
a) (35) trinta e cinco anos para Presidente, (30) trinta anos para Governador e (18) dezoito anos
para Deputado Estadual.
b) (35) trinta e cinco anos para Presidente, (32) trinta e dois anos para Governador e (21) vinte
e um anos para Deputado Estadual.
c) (35) trinta e cinco anos para Presidente, (30) trinta anos para Governador e (21) vinte e um
anos para Deputado Estadual.
d) (40) quarenta anos para Presidente, (30) trinta anos para Governador e (21) vinte e um anos
para Deputado Estadual.
e) (40) quarenta anos para Presidente, (35) trinta e cinco anos para Governador e (21) vinte e
um anos para Deputado Estadual.

Questão 78 (2022/PREFEITURA DE PARANATAMA-PE/PROFESSOR DE LÍNGUA PORTU-


GUESA DO 6º AO 9º ANO) Sobre o alistamento de estrangeiros como eleitores nas eleições do
Brasil, assinale a alternativa CORRETA, com base na Constituição Federal de 1988.
a) Os estrangeiros não podem se alistar como eleitores.
b) Os estrangeiros que residem no Brasil são obrigados a se alistarem como eleitores.
c) Os estrangeiros que residem no Brasil podem se alistar como eleitores apenas se estiverem
há mais de 2 (dois) anos.

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d) Os estrangeiros podem se alistar como eleitores, desde que estejam residindo no país há
mais de 05 (cinco) anos.
e) Os estrangeiros que residem no Brasil podem se alistar como eleitores quando quiserem.

Questão 79 (2022/PREFEITURA DE BARREIRAS-BA/GUARDA CIVIL MUNICIPAL) Com re-


lação aos direitos políticos e às normas previstas na CF, assinale a alternativa correta.
a) O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os analfabetos e os maiores de 65 anos
de idade.
b) Os estrangeiros podem alistar-se como eleitores, desde que comprovem quatro anos de
residência fixa no Brasil.
c) Os analfabetos são inalistáveis.
d) A nacionalidade brasileira e a filiação partidária estão entre as condições de elegibilidade
estabelecidas pelo texto constitucional.

Questão 80 (2022/TRT- 3ª REGIÃO/PB/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


João, jovem de 18 anos de idade que se alistou no exército e que se encontrava durante o pe-
ríodo de serviço militar obrigatório, pretendia servir à coletividade no cargo de vereador. Ao se
inteirar de sua situação pessoal e da possibilidade de concorrer ao cargo eletivo, João concluiu
corretamente que é
a) inalistável, o que não lhe permite votar ou mesmo ser votado.
b) alistável e já alcançou a idade mínima de 18 anos para concorrer ao cargo eletivo de verea-
dor.
c) alistável e elegível, caso receba autorização expressa do comandante da unidade militar em
que está lotado.
d) alistável, mas não alcançou a idade mínima para concorrer ao cargo eletivo de vereador, pois
ainda não tem 21 anos.
e) inalistável, o que o impede de votar, mas não há óbice a que concorra ao cargo eletivo de
vereador, pois atingiu a idade mínima de 18 anos.

Questão 81 (2022/DPE-AM/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA/CIÊNCIAS JURÍDI-


CAS) De acordo com a Constituição Federal, o direito de voto das pessoas presas é

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a) assegurado, desde que ausente condenação criminal transitada em julgado, enquanto dura-
rem seus efeitos.
b) assegurado, desde que a acusação ou condenação seja por crime praticado sem violência
ou grave ameaça a pessoa.
c) vedado diante da privação de liberdade no período de dois anos que antecede as eleições.
d) vedado diante da privação de liberdade no período das eleições, independentemente do
tempo de prisão anterior.
e) assegurado, desde que ausente condenação criminal com ou sem trânsito em julgado.

Questão 82 (2022/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/ASSISTENTE TÉC-


NICO ADMINISTRATIVO) Juliana é analfabeta e possui dúvidas sobre seus direitos políticos.
Segundo a Constituição Federal de 1988, Juliana é
a) inelegível e seu voto é facultativo.
b) inelegível e seu voto é obrigatório.
c) elegível e seu voto é facultativo.
d) elegível e seu voto é obrigatório.
e) inalistável e seu voto é obrigatório.

Questão 83 (2022/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/ASSISTENTE TÉC-


NICO ADMINISTRATIVO) São hipóteses de perda ou de suspensão dos direitos políticos pre-
vistas na Constituição Federal:
a) Existência de processo criminal em andamento e condenação por improbidade administra-
tiva.
b) Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado e incapacidade civil
absoluta.
c) Ausência de alistamento militar obrigatório e decretação de prisão civil por débitos alimen-
tares.
d) Perda da nacionalidade e condenação em processo por apuração de ato infracional.
e) Inclusão de débito na Dívida Ativa da União e incapacidade civil relativa.

Questão 84 (2022/CRT-04/ASSISTENTE JURÍDICO) O alistamento eleitoral e o voto são fa-


cultativos para os maiores de oitenta anos de idade.

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Questão 85 (2022/MPE-SE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) De acordo com a


Constituição Federal, as pessoas analfabetas têm direito
a) ao alistamento eleitoral, ao voto e à elegibilidade a cargo político-eletivo.
b) apenas ao alistamento eleitoral e ao voto.
c) apenas ao alistamento eleitoral.
d) apenas à elegibilidade a cargo político-eletivo.
e) apenas ao voto.

Questão 86 (2022/AGERGS/TÉCNICO SUPERIOR ADVOGADO) À luz do disposto na Consti-


tuição Federal de 1988, é vedada a cassação de direitos políticos. Todavia, há hipóteses de per-
da ou suspensão dos direitos políticos. Sendo assim, assinale a alternativa que NÃO apresenta
uma das hipóteses de perda ou suspensão expressamente previstas no texto constitucional.
a) Incapacidade civil absoluta.
b) Incapacidade civil relativa.
c) Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado.
d) Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
e) Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º, da CF.

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GABARITO
1. c 30. c 59. a
2. d 31. d 60. d
3. a 32. d 61. b
4. d 33. a 62. d
5. a 34. a 63. b
6. d 35. E 64. E
7. a 36. E 65. C
8. c 37. a 66. E
9. b 38. E 67. E
10. d 39. E 68. d
11. c 40. E 69. E
12. a 41. C 70. d
13. d 42. E 71. C
14. b 43. E 72. e
15. b 44. E 73. c
16. d 45. C 74. b
17. a 46. E 75. d
18. d 47. E 76. d
19. c 48. E 77. c
20. d 49. E 78. a
21. d 50. E 79. d
22. d 51. C 80. a
23. b 52. E 81. a
24. b 53. E 82. a
25. d 54. d 83. b
26. c 55. a 84. C
27. b 56. d 85. b
28. e 57. a 86. b
29. a 58. E

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (2019/POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR) De acordo com a Constituição Fede-
ral, na forma da lei, entre outras, é condição de elegibilidade a idade mínima de:
a) trinta anos para Senador.
b) vinte e cinco anos para Governador.
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefei-
to e juiz de paz.
d) dezoito anos para Vereador, Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital.
e) trinta anos para Presidente da República.

Letra c.
É justamente o que está previsto no art. 14, § 3º, inciso VI, alínea “c”, da CF/1988.

Questão 2 (2019/CÂMARA DE SERRANA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO) São exemplos de


pessoas que possuem inelegibilidade absoluta os:
a) militares.
b) menores de 21 anos de idade.
c) membros do Poder Executivo.
d) analfabetos.
e) sucessores de titulares de mandatos eletivos.

Letra d.
De acordo com o art. 14, § 4º, da CF/1988, “são inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos”.

Questão 3 (2019/CÂMARA DE SERRANA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO) Nos moldes da


Carta Magna brasileira, a cassação de direitos políticos:
a) é vedada.
b) se dá no caso de cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado.

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c) ocorre na hipótese de incapacidade civil absoluta.


d) decorre de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
e) é uma das penas impostas na condenação por improbidade administrativa.

Letra a.
Conforme o art. 15, “caput”, da CF/1988, “é vedada a cassação de direitos políticos”.

Questão 4 (2019/CÂMARA DE SERRANA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO) Segundo o texto


constitucional, os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei
civil, registrarão seus estatutos no:
a) Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais.
b) Juízo Federal de primeira instância.
c) Tribunal Regional Eleitoral.
d) Tribunal Superior Eleitoral.
e) Supremo Tribunal Federal.

Letra d.
Estabelece o art. 17, § 2º, da CF/1988, que “os partidos políticos, após adquirirem personalida-
de jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral”.

Questão 5 (2019/CÂMARA DE SÃO JOAQUIM DA BARRA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO)


Segundo a Constituição Federal, a cassação dos direitos políticos:
a) é vedada.
b) somente pode ser decretada pelo Poder Judiciário.
c) pode ocorrer por ordem da Justiça Eleitoral em casos específicos.
d) decorre da condenação criminal, transitada em julgado.
e) é uma pena a ser imposta ao condenado por improbidade administrativa.

Letra a.
Art. 15, caput, da CF/1988. Perceba como as questões se repetem.

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Questão 6 (2019/CÂMARA DE SÃO JOAQUIM DA BARRA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO)


Assinale a alternativa correta a respeito das inelegibilidades.
a) A inelegibilidade consiste na falta de capacidade eleitoral ativa.
b) As inelegibilidades relativas não são afastadas pela desincompatibilização.
c) A inelegibilidade absoluta pode ser afastada por meio da desincompatibilização.
d) A inelegibilidade absoluta está relacionada a características pessoais, atingindo todos os
cargos eletivos.
e) Os analfabetos constituem exemplo de inelegibilidade relativa.

Letra d.
A inelegibilidade absoluta impede que o cidadão concorra a todos os pleitos eleitorais. É o
que está previsto no art. 14, § 4º, a saber: “são (absolutamente) inelegíveis os inalistáveis e os
analfabetos.”

Questão 7 (2014/TRF-3ª/ANALISTA JUDICIÁRIO-OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FE-


DERAL) Sobre o alistamento eleitoral e o direito do voto, a Constituição Federal estabelece que:
a) a facultatividade aplica-se apenas aos analfabetos, aos maiores de 70 anos e aos maiores
de 16 e menores de 18 anos.
b) a facultatividade aplica-se somente aos analfabetos.
c) o voto no sistema eleitoral brasileiro é obrigatório a todos.
d) o alistamento eleitoral no sistema brasileiro é obrigatório a todos.
e) o alistamento é obrigatório, mas o voto é facultativo aos estrangeiros residentes no Brasil.

Letra a.
Segundo o art. 14, § 1º, inciso II, da CF/88, o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para
os analfabetos, os maiores de setenta anos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito
anos. Percebam que a Constituição determina que o alistamento eleitoral e o voto são facul-
tativos, de tal maneira que, mesmo que alistados como eleitores facultativos, os analfabetos,
os maiores de setenta anos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos não serão
obrigados a votar.

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Questão 8 (2014/TRT-19ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Ygor Marcello, 18 anos, nascido em São


Paulo, reside em Belo Horizonte, onde é famoso como cantor de pagode, além de admirado,
por seu dinamismo, entre os colegas do quartel em que presta o serviço militar obrigatório.
Pretende se candidatar a vereador na capital mineira. Conforme determina a Constituição fe-
deral, Ygor:
a) não tem a idade mínima para ser eleito vereador.
b) deve confirmar, junto ao Ministério da Justiça, sua opção pela nacionalidade brasileira antes
da candidatura.
c) não é elegível por se encontrar conscrito.
d) deverá cumprir prestação alternativa para substituir eventuais faltas que venha a ter no ser-
viço militar em decorrência de sua campanha eleitoral.
e) prescinde de filiação partidária para se candidatar.

Letra c.
Segundo o art. 14, § 2º, não podem se alistar como eleitores os estrangeiros e, durante o perí-
odo do serviço militar obrigatório, os conscritos. Ademais, o mesmo art. 14, § 3º, consagra as
condições para elegibilidade (para ser elegível). Se é condição para ser elegível (ser votado)
possuir alistamento eleitoral e se o conscrito, considerado aquele militar da Forças Armadas
que presta serviço militar obrigatório, um inalistável (não pode se alistar como eleitor), a con-
clusão a que se chega é que o conscrito não é elegível, como ocorre no caso trazido pela ques-
tão.

Questão 9 (2017/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR/PERITO CRIMINAL) Considere as normas da


Constituição Federal para assinalar a alternativa correta sobre elegibilidade.
a) Para o cargo de Presidente da República, são condições de elegibilidade, entre outras, ter
idade mínima de 35 anos e ter nacionalidade brasileira.
b) Para o cargo de Presidente da República, são condições de elegibilidade, entre outras, ter
idade mínima de 35 anos e ser brasileiro nato.

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c) Para o cargo de Senador, são condições de elegibilidade, entre outras, ter idade mínima de
21 anos e ser brasileiro nato.
d) Para o cargo de presidente da Câmara dos Deputados, são condições de elegibilidade, entre
outras, ter idade mínima de 30 anos e ter nacionalidade brasileira.
e) Para o cargo de vereador, são condições de elegibilidade, entre outras, ter idade mínima de
21 anos e ser brasileiro nato.

Letra b.
O requisito de idade mínima está no art. 14, § 3º, inciso VI, alínea “a”, da CF/1988. A necessida-
de de ser brasileiro nato é apresentada no art. 12, § 3º, inciso I, da CF/1988.

Questão 10 (2008/TRT-19ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Para concorrerem a outros cargos,


o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos de-
vem renunciar aos respectivos mandatos até:

a) oito meses antes do pleito.


b) quatro meses antes do pleito.
c) dois meses antes do pleito.
d) seis meses antes do pleito.
e) três meses antes do pleito.

Letra d.
É a regra estabelecida pelo art. 14, § 6º, da CF/1988, que diz que “para concorrerem a outros
cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefei-
tos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito”.

Questão 11 (2008/TRT-2ª/ANALISTA JUDICIÁRIO) A capacidade eleitoral passiva é concer-


nente ao direito político classificado por:
a) participação partidária.
b) alistabilidade.

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c) elegibilidade.
d) plebiscito.
e) referendo.

Letra c.
A capacidade eleitora passiva é o direito de ser votado que se adquire com a elegibilidade.

Questão 12 (2014/TRF-3ª/ANALISTA JUDICIÁRIO) Sobre o alistamento eleitoral e o direito


do voto, a Constituição Federal estabelece que:
a) a facultatividade aplica-se apenas aos analfabetos, aos maiores de 70 anos e aos maiores
de 16 e menores de 18 anos.
b) a facultatividade aplica-se somente aos analfabetos.
c) o voto no sistema eleitoral brasileiro é obrigatório a todos.
d) o alistamento eleitoral no sistema brasileiro é obrigatório a todos.
e) o alistamento é obrigatório, mas o voto é facultativo aos estrangeiros residentes no Brasil.

Letra a.
O item está de acordo com o disposto no art. 14, § 1º, inciso II, da CF/1988.

Questão 13 (2014/TRT-16/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Rômulo, brasileiro nato, com vinte anos


de idade completados neste ano de 2014, empresário, residente na cidade de São Luís, filiado
a determinado partido político, pretende concorrer a um cargo político no pleito eleitoral deste
ano. Nos termos preconizados pela Constituição Federal, havendo eleições este ano para os
cargos de Presidente, Vice-Presidente, Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Fede-
ral e Deputado Estadual, Rômulo:
a) poderá concorrer aos cargos de Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador, Vice-Go-
vernador e Senador, apenas.
b) poderá concorrer ao cargo de Deputado Estadual, apenas.
c) poderá concorrer aos cargos de Deputado Estadual e Deputado Federal, apenas.

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d) não poderá concorrer a nenhum cargo.


e) poderá concorrer a todos os cargos.

Letra d.
Como Rômulo não possui a idade mínima para pleitear os mandatos trazidos pela questão, ele
não poderá concorrer a nenhum cargo.

Questão 14 (2014/TRT-16ª/ANALISTA JUDICIÁRIO) Mirela, advogada, é casada com Pe-


dro, Prefeito do município “X” do estado do Maranhão, não sendo titular de qualquer mandato
eletivo. No curso do mandato de Pedro, Mirela e Pedro dissolvem o vínculo conjugal por meio
de divórcio devidamente homologado pelo Poder Judiciário. Mirela pretende concorrer no pró-
ximo pleito municipal a um cargo eletivo no município “X”. Neste caso, Mirela:
a) poderá concorrer normalmente ao cargo de Vereadora, mas é inelegível para os cargos de
Prefeita e Vice-Prefeita do município.
b) não poderá concorrer ao cargo eletivo, por ser inelegível, nos termos da Constituição Fe-
deral.
c) poderá concorrer normalmente aos cargos de Prefeita, Vice-Prefeita ou Vereadora do mu-
nicípio, sem qualquer restrição.
d) poderá concorrer normalmente aos cargos de Prefeita, Vice-Prefeita ou Vereadora do mu-
nicípio, desde que a dissolução do vínculo conjugal tenha ocorrido mais de seis meses antes
do pleito.
e) poderá concorrer apenas ao cargo de Vereadora do município, desde que a dissolução do
vínculo conjugal tenha ocorrido mais de seis meses antes do pleito, sendo inelegível para os
cargos de Prefeita e Vice-Prefeita.

Letra b.
Aplicação da Súmula Vinculante 18, segundo a qual:

a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade


prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

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Questão 15 (2015/TRT-9ª/TÉCNICO) Considere:


I – Voto direto e secreto.
II – Plebiscito.
III – Referendo.
IV – Audiência pública.
V – Iniciativa popular.

A soberania popular, segundo a Constituição Federal, será exercida nos casos dos itens:
a) I, II, III, IV e V.
b) I, II, III e V, apenas.
c) I, II, IV e V, apenas.
d) III, IV e V, apenas.
e) II, III e IV, apenas.

Letra b.
A audiência pública é a única que não se encontra no art. 14, da CF/1988. Os demais itens es-
tão presentes no art. 14, “caput”, e incisos I a III, da CF/1988.

Questão 16 (2015/TRE-AP/ANALISTA) Paulo, brasileiro naturalizado, 33 anos, Prefeito de


uma cidade do estado do Amapá, deseja se candidatar ao cargo de Governador desse estado.
Preenchidas as demais condições de elegibilidade, Paulo:
a) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não
ser exigido que seja brasileiro nato, não havendo a necessidade da renúncia do cargo de Pre-
feito, já que a circunscrição do Governo do estado engloba a circunscrição do município.
b) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não
ser exigido que seja brasileiro nato, desde que renuncie ao cargo de Prefeito até um ano antes
do pleito.
c) não pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 35 anos, além de
ser exigido que seja brasileiro nato.
d) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não
ser exigido que seja brasileiro nato, desde que renuncie ao cargo de Prefeito até seis meses
antes do pleito.

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e) não pode ser eleito Governador, pois, apesar de atender à condição exigida a esse cargo
referente à idade mínima de 30 anos, não cumpre o requisito da obrigatoriedade de ser brasi-
leiro nato.

Letra d.
O requisito de idade mínima encontra-se no art. 14, § 3º, inciso VI, alínea “b”, da CF/1988. Quan-
to à necessidade de renúncia até seis meses antes do pleito, é a regra dada pelo art. 14, § 6º,
da CF/1988. Importante mencionar que não há necessidade de ser brasileiro nato, pois o cargo
de governador não está listado no art. 12, § 3º, da CF/1988.

Questão 17 (2015/CN-MP/ANALISTA) A inelegibilidade em razão do parentesco, nos ter-


mos da Constituição Federal e em conformidade com o entendimento do Supremo Tribunal
Federal sobre a matéria,
a) não é afastada pela dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato.
b) impede, em qualquer hipótese, que o cônjuge do Presidente da República seja candidato a
cargos eletivos no território de jurisdição do titular.
c) alcança, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos, até o
segundo grau ou por adoção, excetuados os afins, do Presidente da República.
d) é absoluta, somente podendo ser fixada taxativamente pela Constituição Federal.
e) alcança, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou
afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República.

Letra a.
Conforme a Súmula Vinculante 18, segundo a qual:

a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade


prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

Questão 18 (2015/TJ-RO/TÉCNICO JUDICIÁRIO) João, aluno do ensino médio, formulou di-

versas proposições a respeito dos conceitos de cidadania, nacionalidade e capacidade civil.

Assinale, entre as proposições a seguir, a única que se mostra correta:

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a) a cidadania é requisito necessário ao alistamento eleitoral, que permite o surgimento da


nacionalidade e o consequente exercício dos direitos fundamentais.
b) a nacionalidade brasileira é requisito necessário à obtenção da cidadania, que permite o
surgimento da liberdade política e o gozo dos direitos fundamentais.
c) a cidadania é inerente ao Estado Democrático, sendo requisito necessário ao surgimento da
liberdade política e ao exercício dos direitos fundamentais.
d) a nacionalidade brasileira é requisito necessário ao alistamento eleitoral, que permite o sur-
gimento da cidadania e o consequente exercício dos direitos políticos.
e) a capacidade civil é requisito necessário ao surgimento da cidadania, que permite o surgi-
mento da nacionalidade e o consequente exercício dos direitos políticos.

Letra d.
O art. 14, § 2º, restringe o alistamento eleitoral aos brasileiros. Após o alistamento eleitoral,
o brasileiro assume a condição de cidadão, podendo, a partir de então, exercer os direitos po-
líticos.

Questão 19 (XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) João, 29 anos de idade, brasileiro naturali-

zado desde 1992, decidiu se candidatar, nas eleições de 2010, ao cargo de Deputado Federal,

em determinado ente federativo. Eleito, e após ter tomado posse, foi escolhido para presidir a

Câmara dos Deputados. Com base na hipótese descrita, assinale a afirmativa correta.
a) João não poderia ter-se candidatado ao cargo de Deputado Federal, uma vez que esse é um
cargo privativo de brasileiro nato.

b) João não poderia ser Deputado Federal, mas poderia ingressar na carreira diplomática, em

que não é exigido o requisito de ser brasileiro nato.


c) João poderia ter-se candidatado ao cargo de Deputado Federal, bem como ser eleito. Entre-
tanto, não poderia ter sido escolhido Presidente da Câmara dos Deputados, pois esse cargo
deve ser exercido por brasileiro nato.
d) João não poderia ter-se candidatado ao cargo de Deputado Federal, mas poderia ter se can-
didatado ao cargo de Senador da República, mesmo sendo brasileiro naturalizado.

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Letra c.
Na hipótese apresentada, João poderia ter-se candidatado ao cargo de Deputado Federal, mas
não poderia ter sido escolhido Presidente da Câmara dos Deputados, uma vez que esse cargo
deve ser exercido por brasileiro nato, segundo os ditames do art. 12, § 3º, inciso II.

Questão 20 (EXAME DA OAB/2008.3) Com relação aos direitos políticos, assinale a opção
correta.
a) Caso a nomeação dos delegados de polícia, por força de uma Constituição Estadual, passe
a estar subordinada à escolha, entre os delegados de carreira, por voto unitário residencial da
população de cada um de seus municípios, não haverá configuração de voto censitário; ao
contrário, a norma estará privilegiando a democracia e a participação social.
b) O domicílio eleitoral na circunscrição e a filiação partidária são condições de elegibilidade
e exigem disciplina instituída por lei complementar, visto que os requisitos de elegibilidade se
confundem com as hipóteses de inelegibilidade.
c) A obrigatoriedade de filiação partidária para os candidatos a juiz de paz decorre do sistema
eleitoral constitucionalmente definido e, caso lei estadual venha a disciplinar procedimentos
necessários à realização das eleições para implementação da justiça de paz, haverá invasão
de competência da União e ofensa ao princípio federativo.
d) Presidente de Câmara Municipal que substitua ou suceda o Prefeito nos seis meses anterio-
res ao pleito é inelegível para o cargo de Vereador.

Letra d.
De fato, caso o Presidente de uma Câmara Municipal substitua ou suceda o Prefeito nos seis
meses anteriores ao pleito eleitoral, ficará inelegível para o cargo de Vereador. É o que se extrai
do art. 14, § 6º, da CF/1988:

para concorrerem a outros cargos [Vereador], o Presidente da República, os Governadores de Estado


e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes
do pleito.

Trata-se do instituto da desincompatibilização. Assumindo o mandato de chefe do Poder Exe-


cutivo Municipal dentro dos seis meses anteriores ao pleito eleitoral, o Presidente da Câmara
Municipal torna-se inelegível para o exercício de outros cargos eletivos.

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Questão 21 (EXAME DA OAB/2010.3) De acordo com a Constituição da República, são ina-


listáveis e inelegíveis:
a) somente os analfabetos e os conscritos.
b) os estrangeiros, os analfabetos e os conscritos.
c) somente os estrangeiros e os analfabetos.
d) somente os estrangeiros e os conscritos.

Letra d.
A Constituição Federal prevê, no art. 14, § 2º, que são inalistáveis os eleitores estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. Insta consignar que os cons-
critos englobam os soldados, os médicos, os dentistas, os farmacêuticos e os veterinários
durante o período em que prestam serviço militar obrigatório. Durante o serviço militar obri-
gatório, os direitos políticos desses cidadãos ficam suspensos. Como o alistamento eleitoral
é requisito para elegibilidade (art. 14, § 3º, inciso III), os inalistáveis são, consequentemente,
inelegíveis.

Questão 22 (EXAME DA OAB/2011.1) Os direitos políticos não podem ser cassados. Podem,
no entanto, sofrer perda ou suspensão à luz das normas constitucionais pelo seguinte fundamen-
to:
a) condenação cível sem trânsito em julgado.
b) incapacidade civil relativa, declarada judicialmente.
c) cancelamento de naturalização por decisão administrativa.
d) improbidade administrativa.

Letra d.
Segundo o art. 15, da CF/1988:

É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

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Destaco que cassação de direitos políticos, vedada pela Constituição Federal vigente, significa
supressão arbitrária motivada por perseguições ideológicas praticadas em outros momentos
antidemocráticos da vida política brasileira. Por fim, convém diferenciar entre perda e suspen-
são de direitos políticos. A privação definitiva dos direitos políticos denomina-se perda. Uma
vez perdidos os direitos políticos, seu restabelecimento depende do exercício de ato de vonta-
de do indivíduo. Por sua vez, a privação temporária chama-se suspensão dos direitos políticos.
Com o advento do termo ou do evento final que tenha causado a suspensão, os direitos políti-
cos serão restabelecidos automaticamente; ou seja, independe de manifestação do suspenso.

Questão 23 (XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO) André, jovem de 25 anos, é Vereador pelo
município M, do estado E. Portanto, com domicílio eleitoral nesse Estado. Suas perspectivas
políticas se alteram quando, ao liderar um grande movimento de combate à corrupção, seu
nome ganha notoriedade em âmbito nacional. A partir de então, passa a receber inúmeras
propostas para concorrer a diversos cargos eletivos, advindas, inclusive, de outros estados
da Federação, a exemplo do estado X. Nessas condições, seduzido pelas propostas, analisa
algumas possibilidades. De acordo com a Constituição Federal, assinale a opção que indica o
cargo eletivo ao qual André pode concorrer.
a) Deputado Estadual pelo estado X.
b) Deputado Federal pelo estado E.
c) Senador da República pelo estado E.
d) Governador pelo estado E.

Letra b.
Como é condição de elegibilidade o domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14, § 3º, inciso IV),
André só pode se candidatar pelo Estado E. Em razão da sua idade, dos cargos apresentados,
o único possível é o de Deputado Federal (art. 14, § 3º, inciso VI).

Questão 24 (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) No que concerne às condições de elegibi-


lidade para o cargo de Prefeito previstas na CRFB/88, assinale a opção correta.

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a) José, ex-Prefeito que renunciou ao cargo 120 dias antes da eleição, poderá candidatar-se à
reeleição ao cargo de Prefeito.
b) João, brasileiro, solteiro, 22 anos, poderá candidatar-se, pela primeira vez, ao cargo de Pre-
feito.
c) Marcos, brasileiro, 35 anos e analfabeto, poderá candidatar-se ao cargo de Prefeito.
d) Luís, capitão do exército com 5 anos de serviço, mas que não pretende nem irá se afastar
das atividades militares, poderá candidatar-se ao cargo de Prefeito.

Letra b.
João, brasileiro com 22 anos, poderá candidatar-se ao cargo de Prefeito, cuja a idade mínima
é de 21 anos (art. 14, § 3º, inciso VI, alínea c).

Questão 25 (X EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Apesar da existência de vários partidos


políticos por força de questões regionais, conjunturais e do vínculo da fidelidade partidária,
é comum, a cada ano, o surgimento de novas agremiações no cenário nacional. Quanto ao
funcionamento dos partidos políticos, à luz das normas constitucionais, assinale a afirmativa
correta.
a) Podem receber recursos financeiros de Governo estrangeiro.
b) Devem prestar as contas partidárias perante Conselho Especial.
c) Podem ter caráter regional, representando pelo menos duas regiões.
d) Têm acesso gratuito ao rádio e à televisão nos limites legais.

Letra d.
É importante responder a esta questão à luz da redação atual do art. 17. Cuidado com isso.

Art. 17, § 3º. Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, na forma da lei, os partidos políticos que, alternativamente:
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2%
(dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas;
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação.

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Atenção à regra de transição trazida pela própria Emenda Constitucional n. 97, de 2017, no seu
art. 3º:

Art. 3º. O disposto no § 3º do art. 17 da Constituição Federal quanto ao acesso dos partidos políti-
cos aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão aplicar-se-á a
partir das eleições de 2030.
Parágrafo único. Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e
na televisão os partidos políticos que:
I – na legislatura seguinte às eleições de 2018:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% (um e meio por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um míni-
mo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos nove Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação;
II – na legislatura seguinte às eleições de 2022:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% (dois por cento) dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1%
(um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos onze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação;
III – na legislatura seguinte às eleições de 2026:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% (dois e meio por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um míni-
mo de 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos treze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação.

Questão 26 (2012/SENADO FEDERAL/ADMINISTRAÇÃO) A respeito dos direitos políticos


previstos na CFRB, assinale a afirmativa incorreta.
a) A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo ou iniciativa popular.
b) Não podem se alistar como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
c) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
contados da posse, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude.
d) É condição de elegibilidade o domicílio eleitoral na circunscrição.
e) É condição de elegibilidade a idade mínima de trinta e cinco anos para Senador.

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Letra c.
Esta questão traz uma pegadinha enorme. O prazo conta da diplomação:

Art. 14, § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrup-
ção ou fraude.

Questão 27 (XXIII EXAME DE ORDEM/2017) João, rico comerciante, é eleito Vereador do


município “X” pelo partido Alfa. Contudo, dez dias após sua diplomação, o partido político Pi,
adversário de Alfa, ajuíza ação de impugnação de mandato eletivo, perante a Justiça Eleitoral,
requerendo a anulação da diplomação de João. Alegou o referido partido político ter havido
abuso do poder econômico por parte de João na eleição em que logrou ser eleito, anexando, in-
clusive, provas que considerou irrefutáveis. João, sentindo-se injustiçado, já que, em momento
algum no decorrer da campanha ou mesmo após a divulgação do resultado, teve conhecimen-
to desses fatos, busca aconselhamento com um advogado acerca da juridicidade do ajuiza-
mento de tal ação. Com base no caso narrado, assinale a opção que apresenta a orientação
dada pelo advogado.
a) O Partido Pi não poderia ter ingressado com a ação, pois abuso de poder econômico não
configura fundamento que tenha o condão de viabilizar a impugnação de mandato eletivo con-
quistado pelo voto.
b) O Partido Pi respeitou os requisitos impostos pela CFRB/88, tanto no que se refere ao fun-
damento (abuso do poder econômico) para o ajuizamento da ação como também em relação
à sua tempestividade.
c) O Partido Pi, nos termos do que dispõe a CFRB/88, não poderia ter ingressado com a ação,
pois, ocorrida a diplomação, precluso encontrava-se o direito de impugnar o mandato eletivo
de João.
d) O Partido Pi só poderia impugnar o mandato eletivo que João conquistou pelo voto popular
em momento anterior à diplomação, sob pena de afronta ao regime democrático.

Letra b.
É a expressão do já transcrito art. 14, § 10:

Art. 14, § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrup-
ção ou fraude.

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Questão 28 (2015/DPE-RO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Para que uma pessoa possa exer-


cer qualquer mandato eletivo, é necessário que preencha alguns requisitos previstos na Cons-
tituição da República. Entre eles, encontra-se a exigência de que:
a) tenha no mínimo dezesseis anos.
b) esteja filiada a partido político há, no mínimo, cinco anos.
c) tenha nível superior.
d) seja aprovada no exame realizado antes da posse.
e) tenha providenciado o seu alistamento eleitoral.

Letra e.
O art. 14, § 3º, estabelece as condições de elegibilidade, são elas:

Art. 14, § 3º. [...].


I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

Questão 29 (2014/TJ-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO) O comando constitucional segundo o


qual “a lei que alterar o processo eleitoral” não pode ser aplicada “à eleição que ocorra até um
ano da data de sua vigência” nos permite afirmar que:
a) a emenda constitucional que regule a formação de coligações partidárias deve observá-lo.
b) ele não alcança a definição daqueles que podem votar e ser votados.
c) ele alcança as regras sobre prestação de contas das despesas com campanhas eleitorais.
d) ele alcança a criação de novos municípios, por alterar o eleitorado e, consequentemente,
a legitimidade dos eleitos.

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e) as leis de ordem pública, que conferem maior detalhamento ao princípio democrático, não
devem observá-lo.

Letra a.
Qualquer norma que, de uma maneira ou de outra, vier a alterar o processo eleitoral, deverá
respeitar a anualidade eleitoral – ou seja, não se aplicará à eleição que ocorra até um ano da
data de sua vigência.

Questão 30 (2014/DPE-RJ/TÉCNICO ESPECIALIZADO-ADMINISTRAÇÃO) Direitos políti-


cos são instrumentos previstos na Constituição, pelos quais se manifesta a soberania popular,
viabilizando a participação do cidadão na coisa pública. Como exemplo desses direitos políti-
cos, a Constituição assegura:
a) o voto indireto e secreto, com valor igual para todos.
b) o sufrágio universal e o voto direto, obrigatório para os maiores de dezoito anos e menores
de sessenta anos.
c) o voto facultativo para os analfabetos, os maiores de setenta anos, bem como pessoas
maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
d) a ação popular, que consiste em um processo iniciado por, no mínimo, 1% do população
nacional, para destituir administradores ímprobos.
e) o plebiscito ou o referendo, nos quais o cidadão decide diretamente qual será o rumo legis-
lativo sobre matéria de relevância nacional, sem qualquer participação do Poder Legislativo
durante o processo legislativo.

Letra c.
São as hipóteses existentes de voto facultativo, conforme o disposto no art. 14, § 1º, inciso II,
da CF/1988.

Questão 31 (IX EXAME DE ORDEM/2012) José da Silva, Prefeito do município “X”, integran-
te do estado “Y”, possui familiares que pretendem concorrer a cargos elegíveis nas próximas
eleições. Sobre essa situação, assinale a afirmativa correta.

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a) José da Silva Junior, filho de José da Silva, que terá 18 anos completos na época da eleição,
poderá se candidatar ao cargo de Deputado Estadual de “Y”, desde que José da Silva tenha se
desincompatibilizado seis meses antes do pleito.
b) Maria da Silva, esposa de José da Silva, Vereadora do município “X”, só poderá concorrer
novamente ao cargo de Vereadora se José da Silva se desincompatibilizar seis meses antes
do pleito.
c) José da Silva poderá concorrer ao cargo de governador do estado “Z”, não sendo necessário
que renuncie ao mandato até seis meses antes do pleito.
d) Pedro Costa, sobrinho de José da Silva, poderá concorrer ao cargo de Vereador do muni-
cípio “X” mesmo que José da Silva não tenha se desincompatibilizado seis meses antes do
pleito.

Letra d.
É uma questão que envolve graus de parentesco. Sobrinho é parente de 3º grau do Prefeito.
Portanto, fora da inelegibilidade reflexa do art. 14, § 7º:

Art. 14, § 7º. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consan-
guíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Questão 32 (2018/MPE-AL/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO-GERAL) João praticou um


crime e foi condenado, em sentença criminal transitada em julgado, a (10) dez anos de reclu-
são. Considerando que a sistemática constitucional afeta à suspensão ou à perda dos direitos
políticos, é correto afirmar que a referida condenação criminal acarreta:
a) a suspensão dos direitos políticos por tempo equivalente ao dobro da pena privativa de
liberdade.
b) a suspensão dos direitos políticos pelo tempo que venha a ser determinado pelo Juiz
Eleitoral.
c) a suspensão dos direitos políticos pelo tempo determinado pelo Juiz que a proferiu.
d) a suspensão dos direitos políticos enquanto a condenação produzir os seus efeitos.
e) a perda definitiva dos direitos políticos.

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Letra d.
É o que prevê o art. 15, inciso III:

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos ca-
sos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Questão 33 (XXIV EXAME DE ORDEM/2017) Numerosos partidos políticos de oposição ao


Governo Federal iniciaram tratativas a fim de se fundirem, criando um novo partido, o Partido
Delta. Almejam, com isso, criar uma força política de maior relevância no contexto nacional.
Preocupados com a repercussão da iniciativa no âmbito das políticas regionais e percebendo
que as tratativas políticas estão avançadas, alguns deputados federais buscam argumentos ju-
rídico-constitucionais que impeçam a criação desse novo partido. Em reunião, concluem que,
embora o quadro jurídico-constitucional brasileiro não vede a fusão de partidos políticos, es-
ses, como pessoas jurídicas de direito público, somente poderão ser criados mediante lei apro-
vada no Congresso Nacional. Ao submeterem essas conclusões a um competente advogado,
ele, alicerçado na Constituição da República, afirma que os Deputados Federais:
a) estão corretos quanto à possibilidade de fusão entre partidos políticos, mas equivocados
quanto à necessidade de criação de partido por via de lei, já que, no Brasil, os partidos políticos
possuem personalidade jurídica de Direito Privado.
b) estão equivocados quanto à possibilidade de fusão entre partidos políticos no Brasil, embo-
ra estejam corretos quanto à necessidade de que a criação de partidos políticos se dê pela via
legal, por serem pessoas jurídicas de Direito Público.
c) estão equivocados, pois a Constituição da República não só proibiu a fusão entre partidos
políticos como também deixou a critério do novo partido político escolher a personalidade ju-
rídica de direito que irá assumir, pública ou privada.
d) estão corretos, pois a Constituição da República, ao exigir que a criação ou a fusão de par-
tidos políticos se dê pela via legislativa, concedeu ao Congresso Nacional amplos poderes de
fiscalização para sua criação ou fusão.

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Letra a.
Estabelece o art. 17:

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a so-
berania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos:
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de
subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

Ainda, frise-se que os partidos políticos possuem personalidade jurídica de Direito Privado,
adquirem personalidade jurídica na forma da lei civil e, após isso, registrarão seus estatutos no
Tribunal Superior Eleitoral (art. 17, § 2º).

Questão 34 (2016/XX EXAME DE ORDEM/REAPLICAÇÃO SALVADOR) Wilson, de 29 anos


de idade, nascido nos Estados Unidos da América, é filho de pais brasileiros. Fluente na língua
portuguesa,participa com brilho da política partidária regional de um Estado da federação bra-
sileira, dominado há várias gerações por sua família. Essa natural inclinação leva seus familia-
res a incentivá-lo no sentido de concorrer ao cargo de Governador do Estado nas eleições que
serão realizadas dali a dois anos. Sobre a possibilidade jurídica de Wilson concorrer ao pleito,
mais precisamente no que se refere às questões de nacionalidade e idade, assinale a afirma-
tiva correta.
a) Wilson já terá completado, na data da eleição, a idade exigível para o exercício do cargo plei-
teado, mas somente poderá concorrer caso adquira a nacionalidade brasileira.
b) Wilson poderá concorrer, pois não apenas contemplará o requisito da idade, como, pelo sim-
ples fato de ser filho de brasileiros, possui automaticamente a nacionalidade de brasileiro nato.
c) Wilson não estará apto a concorrer na próxima eleição para o cargo apontado, pois, mesmo
que adquira a nacionalidade brasileira, não possuirá a idade mínima exigida para o cargo.
d) Wilson não poderá concorrer, pois, embora a idade não seja um problema, poderá, no máxi-
mo, adquirir o status de brasileiro naturalizado, enquanto o cargo em questão exige o status de
brasileiro nato.

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Letra a.
A idade mínima para ser Governador é 30 anos. No caso, Wilson terá 31 anos, cumprindo, por-
tanto, esse requisito. No entanto, outra condição para elegibilidade é a nacionalidade brasileira.

Questão 35 (2019/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Policial rodoviário federal com


mais de dez anos de serviço pode candidatar-se ao cargo de Deputado Federal, devendo, no
caso de ser eleito, passar para inatividade a partir do ato de sua diplomação.

Errado.
O art. 14, § 8º, da CF/1988 só se aplica aos militares.

Questão 36 (2019/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA) Autor de


ato de improbidade administrativa estará sujeito à cassação dos seus direitos políticos.

Errado.
À luz do art. 15, é absolutamente vedada a cassação dos direitos políticos. A hipótese trazida
prova a suspensão dos direitos políticos.

Questão 37 (2018/POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO – MA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) À


luz da CF, os atos de improbidade administrativa poderão acarretar:
a) suspensão dos direitos políticos.
b) disponibilidade dos bens.
c) cassação de direitos políticos.
d) suspensão da função pública.
e) ressarcimento ao erário, o que inviabiliza a persecução penal.

Letra a.
É a possibilidade apresentada no art. 15, inciso V, da CF/1988.

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Questão 38 (2018/HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA/MÉDICO RESIDENTE) A de-


mocracia no Brasil ampliou as formas de participação da população na condução da vida polí-
tica do país, garantindo, inclusive, o voto e a eleição de candidatos analfabetos.

Errado.
Segundo o art. 14, § 4º, da CF/1988, “são inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos”.

Questão 39 (SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018) Situação hipo-


tética: Com a pretensão de candidatar-se a cargo eletivo, determinado militar, com cinco anos
de serviço, fez, de forma regular, o pedido de registro de sua candidatura.
Assertiva: Nessa situação, após ser eleito, o militar deverá afastar-se de sua atividade pelo
período do mandato eletivo, devendo retornar ao serviço após o seu término.

Errado.
De acordo com o art. 14, § 8º, inciso I, da CF/1988, no caso, o afastamento é definitivo.

Questão 40 (2018/AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA/AGENTE DE INTELIGÊNCIA)


A condenação pela prática de ato de improbidade administrativa é hipótese de que resulta
perda dos direitos políticos.

Errado.
É hipótese de suspensão dos direitos políticos, presente no art. 15, da CF/1988.

Questão 41 (2018/AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA/AGENTE DE INTELIGÊNCIA)


Referendo é uma consulta ao povo quanto a assunto já transformado em lei, enquanto plebis-
cito é uma consulta prévia aos eleitores sobre assuntos políticos ou institucionais.

Certo.
Exatamente isso.

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Questão 42 (2018/EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALIS-


TA PORTUÁRIO) Caso o Presidente da República pretenda realizar determinado ato que ne-
cessite de aprovação da população, deverá realizar consulta plebiscitária, que será convocada
por decreto presidencial.

Errado.
A consulta popular realizada após a elaboração do ato é o referendo.

Questão 43 (2018/INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/


AUXILIAR) O analfabeto não pode realizar alistamento eleitoral e, por isso, também não pode
concorrer a cargo eletivo.

Errado.
Segundo o art. 14, § 1º, inciso II, alínea a, da CF/1988, o analfabeto é um eleitor facultativo.

Questão 44 (2018/INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/


AUXILIAR) O cancelamento da naturalização em razão de sentença transitada em julgado im-
plica cassação dos direitos políticos.

Errado.
É uma hipótese de perda dos direitos políticos. Além disso, é importante dizer que é absoluta-
mente vedada a cassação dos direitos políticos.

Questão 45 (2018/MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL) O voto não


é obrigatório para os analfabetos.

Certo.
Conforme o art. 14, § 1º, inciso II, alínea “a”, da CF/1988, é uma das possibilidades de voto
facultativo.

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Questão 46 (2018/MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL) O analfa-


betismo não representará óbice à elegibilidade dos cidadãos, haja vista a garantia do amplo
exercício dos direitos políticos, característica do Estado Democrático de Direito.

Errado.
O analfabetismo é empecilho à elegibilidade dos cidadãos. De acordo com o art. 14, § 4º, da
CF/1988, “são inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos”.

Questão 47 (2018/MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL) Os partidos


políticos têm autonomia administrativa garantida pela Constituição Federal e poderão definir
o regime de suas coligações eleitorais, que vincularão as candidaturas nos âmbitos federal,
estadual, distrital e municipal.

Errado.
Segundo o art. 17, § 1º, da CF/1988, não há obrigatoriedade de vinculação entre as candidatu-
ras em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.

Questão 48 (2018/DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDE-


RAL) O processo criminal transitado em julgado é hipótese constitucional para a cassação dos
direitos políticos de Gilberto pelo tempo de duração dos efeitos da condenação.

Errado.
Segundo é o art. 15 da CF/1988, é absolutamente vedada a cassação dos direitos políticos.

Questão 49 (2018/DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDE-


RAL) Gilberto, brasileiro nato, completou sessenta e um anos de idade no mês de janeiro de
2018. Nesse mesmo ano, transitou em julgado condenação criminal contra ele, tendo sido

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arbitrada, entre outras sanções, pena privativa de liberdade. Considerando essa situação hipo-
tética, julgue o item a seguir, com relação aos direitos políticos de Gilberto.
Em razão de sua idade, o ato de votar nas eleições de 2018 é facultativo para Gilberto.

Errado.
O voto se torna facultativo apenas aos 70 anos, segundo o art. 14, inciso II, alínea b, da CF/1988.

Questão 50 (2018/MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/TÉCNICO MINISTERIAL) Mandato ele-


tivo poderá ser impugnado na justiça eleitoral mediante ação de impugnação de mandato,
cujos atos terão de ser públicos, em obediência ao princípio da publicidade.

Errado.
Na verdade, a ação de impugnação de mandato eletivo (AIME) tramita em segredo de justiça,
ou seja, o processo não é público. Conforme o art. 14, § 11, da CF/1988, “a ação de impug-
nação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se
temerária ou de manifesta má-fé”.

Questão 51 (2018/POLÍCIA MILITAR DO ALAGOAS/SOLDADO COMBATENTE) Enquanto


presta o serviço militar obrigatório, o conscrito é impedido de alistar-se como eleitor e, conse-
quentemente, fica inelegível.

Certo.
É justamente o que diz o art. 14, § 2º, da CF/1988, segundo o qual “não podem alistar-se como
eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos”.

Questão 52 (2018/POLÍCIA MILITAR DO ALAGOAS/SOLDADO COMBATENTE) Um militar


com cinco anos de serviço e candidato a Deputado Estadual deverá ser agregado pelo coman-
dante do batalhão onde serve e, se eleito, deverá passar para a inatividade no ato da diploma-
ção.

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Errado.
Diz o art. 14, § 8º, II, da CF/1988, que “se contar mais de dez anos de serviço, será agregado
pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a
inatividade”.

Questão 53 (2018/POLÍCIA MILITAR DO ALAGOAS/SOLDADO COMBATENTE) A utiliza-


ção de organização paramilitar por determinado partido político em um estado da Federação
é permitida desde que autorizada pelo Governador desse estado e pelo respectivo tribunal
regional eleitoral.

Errado.
Segundo o art. 17, § 4º, da CF/1988, “é vedada a utilização pelos partidos políticos de organi-
zação paramilitar”.

Questão 54 (2018/TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EX-


TERNO) De acordo com a Constituição Federal de 1988, é assegurada a todos os partidos políticos:
a) a utilização de organização paramilitar.
b) a recepção de recursos financeiros de entidade estrangeira, desde que declarados.
c) a obtenção de recursos do fundo partidário para custear o acesso a rádio e televisão.
d) a aquisição de personalidade jurídica na forma da lei civil.
e) a vinculação entre candidaturas em âmbitos nacional, estadual, distrital ou municipal.

Letra d.
De acordo com o art. 17, § 2º, da CF/1988, “os partidos políticos, após adquirirem personalida-
de jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral”.

Questão 55 (2018/TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE


EXTERNO) A capacidade eleitoral ativa é inviabilizada pela:

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a) inalistabilidade.
b) incompatibilidade.
c) inelegibilidade funcional.
d) descompatibilização.
e) inelegibilidade relativa reflexiva.

Letra a.
Segundo o art. 14, § 2º, da CF/1988, “não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos”.

Questão 56 (2020/IDIB/PREFEITURA DE GRAVATÁ-PE/AGENTE LEGISLATIVO) Com base


nas disposições constitucionais sobre os direitos políticos, assinale a alternativa correta.
a) O alistamento eleitoral é facultativo para os maiores de sessenta e cinco anos.
b) A filiação partidária não é uma condição de elegibilidade, mas a pressupõe.
c) O voto é facultativo para os maiores de sessenta e cinco anos.
d) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e
do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses
antes do pleito.

Letra d.
É o que determina o art. 14, § 6º, da CF/1988.

Questão 57 (2020/FEPESE - FUNDAÇÃO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOCIOECONÔMI-


COS/ASSISTENTE TRIBUTÁRIO MUNICIPAL) Acerca dos direitos políticos, é correto afirmar
que o voto é:
a) facultativo para os analfabetos.
b) facultativo para os menores de 21 anos.
c) facultativo para os maiores de 60 anos.
d) obrigatório para os maiores de 16 anos.
e) obrigatório para os brasileiros natos.

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Letra a.
É o que prevê o art. 14, § 1º, II, “a”, da CF/1988.

Questão 58 (2020/INSTITUTO QUADRIX/CRN 2 REGIÃO - ASSISTENTE ADMINISTRATI-


VO) A suspensão dos direitos políticos em razão de condenação criminal transitada em julgado
somente cessa quando comprovadamente reabilitado o apenado para convívio em sociedade.

Errado.
Segundo o art. 15, III, da CF/1988, a suspensão dos direitos políticos em razão de condenação
criminal transitada em julgado persiste enquanto durarem os efeitos da pena.

Questão 59 (2020/FUNPAR - NÚCLEO DE CONCURSOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO


PARANÁ/CÂMARA DE CURITIBA - PROCURADOR JURÍDICO) Não é usual ver os direitos po-
líticos como direitos fundamentais. No entanto, a participação política (com exigência de con-
sentimento para a tributação e para a legislação) surge como uma das primeiras demandas,
junto à liberdade religiosa e à proteção contra a prisão arbitrária, na defesa de direitos contra o
poder do Estado. (SALGADO, Eneida Desirèe. Reforma Política, 2018.) Levando em considera-
ção o assunto apresentado, assinale a alternativa correta.
a) Segundo a Constituição brasileira, a soberania popular deve ser exercida pelo voto, pelo ple-
biscito, pelo referendo e pela iniciativa popular.
b) Segundo a Constituição brasileira, as condições de elegibilidade estabelecidas limitam-se à
nacionalidade, ao exercício dos direitos políticos, ao alistamento eleitoral, à filiação partidária
e à regularidade de exercício profissional, não podendo a lei estabelecer critérios diversos dos
estabelecidos constitucionalmente.
c) O texto constitucional assevera que a cassação de direitos políticos é uma prerrogativa do
Poder Judiciário, desde que em decisão transitada em julgado e por motivos de ordem pública.
d) Segundo o texto constitucional, aos estrangeiros em território brasileiro é facultado o alista-
mento como eleitores na forma da lei.
e) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 30 dias conta-
dos da posse em caso de comprovada improbidade, dolosa ou culposa.

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Letra a.
Conforme o art. 14, da CF/1988, a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e
pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebis-
cito; II - referendo; III - iniciativa popular.

Questão 60 (2020/IBFC - INSTITUTO BRASILEIRO DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO/TRE


PA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) A Constituição Federal (CF/88) traz
algumas condições de elegibilidade. Assinale a alternativa que não apresenta uma das condi-
ções de elegibilidade estabelecidas pela CF:
a) Nacionalidade brasileira
b) Alistamento eleitoral
c) Pleno exercício dos direitos políticos
d) A idade mínima de dezoito anos para deputado estadual

Letra d.
A idade mínima para deputado estadual é 21 anos, conforme o art. 14, § 3º, VI, “c”, da CF/1988.

Questão 61 (2020/IDECAN - INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL, CULTU-


RAL E ASSISTENCIAL NACIONAL/IFRR - INSTRUTOR DE INFORMÁTICA) Com base nas
disposições constitucionais sobre os direitos e garantias fundamentais, analise as afirmativas
a seguir:
I. Os cargos de Vice-Presidente da República e Senador são privativos de brasileiro nato.
II. São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
III. Os partidos políticos não estão subordinados a nenhum tipo de governo, mas podem rece-
ber recursos financeiros de entidades nacionais ou estrangeiras.
Assinale
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.

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d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.


e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Letra b.
O item I está errado porque o cargo de Senador pode ser ocupado por brasileiro naturalizado.
O item II está correto, em razão do que prevê o art. 14, § 4º, da CF/1988. E, por fim, o item III
está errado porque a Constituição proíbe o recebimento de recursos financeiros de entidade ou
governo estrangeiros ou de subordinação a estes (art. 17, II, da CF/1988).

Questão 62 (2020/IBFC - INSTITUTO BRASILEIRO DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO/TRE


PA - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA: ADMINISTRATIVA) As normas gerais e os princípios
constitucionais relativos aos direitos políticos encontram-se disciplinados de forma expressa
na Constituição Federal de 1988, sobretudo no Capítulo IV do Título I da Carta Magna. Sobre o
tema, assinale a alternativa correta:
a) Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão,
na forma da lei, os partidos políticos que obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputa-
dos, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada
uma delas
b) A perda ou cassação dos direitos políticos só se dará nos casos de cancelamento da natura-
lização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; condenação criminal
transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir obrigação a todos
imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; ou improbidade administrativa,
nos termos do art. 37, § 4º
c) Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e os analfabetos
d) O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: se contar menos de dez
anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; se contar mais de dez anos de serviço, será
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diploma-
ção, para a inatividade

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Letra d.
Está de acordo com o art. 14, § 8º, da CF/1988.

Questão 63 (2020/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL BRASILEIRO –


IDIB/GUARDA CIVIL) Sobre os direitos políticos e partidos políticos, assinale a alternativa
correta.
a) Podem se alistar como eleitores os estrangeiros e, fora do período do serviço militar obriga-
tório, os conscritos.
b) Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registra-
rão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
c) A idade mínima para concorrer ao cargo de Vereador é de 21 (vinte e um) anos.
d) Os militares são alistáveis e inelegíveis.

Letra b.
É o que estabelece o art. 17, § 2º, da CF/1988.

Questão 64 (2020/INSTITUTO QUADRIX/CRN 2 REGIAO - NUTRICIONISTA FISCAL) Os


militares são inalistáveis.

Errado.
Somente os conscritos são inalistáveis, à luz do art. 14, § 2º, da CF/1988.

Questão 65 (2020/INSTITUTO QUADRIX/CRN 2 REGIÃO - NUTRICIONISTA FISCAL) Todo


elegível é eleitor, mas nem todo eleitor é elegível.

Certo.
Todo elegível é eleitor porque é uma condição para elegibilidade o alistamento eleitoral (art. 14,
§ 3º, III, da CF/1988). Nem todo eleitor é elegível por conta das hipóteses de inelegibilidade.

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Questão 66 (2020/INSTITUTO QUADRIX/CREFONO 5 - AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Caso


uma pessoa seja submetida a uma condenação criminal transitada em julgado, seus direitos
políticos serão automaticamente cassados.

Errado.
Em caso de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos, os
direitos políticos do condenado ficaram suspensos. É bom lembrar que não é possível a cas-
sação dos direitos políticos.

Questão 67 (2020/CESPE/CEBRASPE/MPE - TÉCNICO MINISTERIAL) Os analfabetos não


podem registrar-se como eleitores.

Errado.
Os analfabetos são eleitores facultativos, conforme prevê o art. 14, § 1º, II, “a”, da CF/1988.

Questão 68 (2020/FUNPAR - NÚCLEO DE CONCURSOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO


PARANÁ/CÂMARA DE CURITIBA - ANALISTA LEGISLATIVO) A respeito dos direitos políticos
previstos na Constituição, é correto afirmar:
a) O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios a partir dos 16 anos, e facultativos para os
analfabetos, os maiores de setenta anos e os maiores de quatorze e menores de dezesseis
anos.
b) Entre as condições de elegibilidade para presidente e vice-presidente da República está a
idade mínima de quarenta e cinco anos.
c) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos
ou afins, até o quarto grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Esta-
do ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
d) São inelegíveis, independentemente de outros critérios de elegibilidade, os inalistáveis e os
analfabetos.

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e) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de trinta dias
contados da eleição, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção
ou fraude.

Letra d.
É o que prevê o art. 14, § 4º, da CF/1988.

Questão 69 (2020/INSTITUTO QUADRIX/CRN 2 REGIÃO - NUTRICIONISTA FISCAL) A ida-


de mínima exigida para cargos eletivos é aferida no momento da posse, não do registro.

Errado.
Apesar da regra ser que a idade mínima exigida para cargos eletivos seja aferida no momento
da posse, no caso dos vereadores, a idade mínima é aferida na data limite do pedido de registro
da candidatura.

Questão 70 (2022/PREFEITURA DE PARANATAMA-PE/MÉDICO) Sobre a cassação de di-


reitos políticos, assinale a alternativa CORRETA de acordo com a Constituição Federal de 1988.
a) É vedada a perda ou suspensão de direitos políticos nos casos de incapacidade civil abso-
luta.
b) É vedada a perda ou suspensão de direitos políticos nos casos de cancelamento da natura-
lização por sentença transitada em julgado.
c) É autorizada a perda ou suspensão de direitos políticos por motivos de conveniência e opor-
tunidade.
d) É autorizada a perda ou suspensão de direitos políticos nos casos de condenação criminal
transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
e) É vedada a perda ou suspensão de direitos políticos nos casos de improbidade administra-
tiva.

Letra d.
Segundo o art. 15, da CF/1988, “É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou sus-
pensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada

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em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado,


enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §
4º”.

Questão 71 (2022/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) No caso de senador que pretenda


concorrer a outro cargo eletivo, não se exige a renúncia ao mandato atual.

Certo.
A renúncia exigida no art. 14, § 6º, da CF/1988, só se aplica para mandatos de Chefes do Poder
Executivo (Presidente da República, Governadores de Estado e do Distrito Federal e Prefeitos).

Questão 72 (2022/TRT-17ª REGIÃO/ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


Jocasta, Deputada Federal, Martina, Deputada Estadual e Jordana, Vereadora, desligaram-se
dos partidos políticos pelos quais foram eleitas, com a anuência desses partidos. De acordo
com a Constituição Federal, com base apenas nas informações fornecidas, é correto afirmar
que
a) apenas Martina perderá seu mandato.
b) apenas Jocasta perderá o mandato.
c) Jocasta, Martina e Jordana perderão seus mandatos.
d) apenas Jordana perderá seu mandato.
e) Jocasta, Martina e Jordana não perderão seus mandatos.

Letra e.
É o que se extrai do art. 17, § 6º, da CF/1988, segundo o qual “os Deputados Federais, os De-
putados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo
qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de
outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso, a mi-
gração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de outros fundos
públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.

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Questão 73 (2022/TRT- 4ª REGIÃO/RO E AC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRA-


TIVA) Maximo é italiano, trabalha em uma multinacional no Brasil e tem 20 anos de idade. Fá-
tima é brasileira, vendedora, tem 19 anos de idade e é analfabeta. Alberto é brasileiro, contador
aposentado e tem 74 anos de idade. Considerando apenas as informações fornecidas, em
conformidade com a Constituição Federal, o voto é
a) facultativo para Maximo, Fátima e Alberto.
b) obrigatório para Alberto, facultativo para Fátima e proibido para Maximo.
c) facultativo para Fátima e Alberto e proibido para Maximo.
d) obrigatório para Alberto e Fátima e proibido para Maximo.
e) obrigatório para Alberto e proibido para Maximo e Fátima.

Letra c.
Maximo, na condição de estrangeiro, não exerce direitos políticos no Brasil. Fátima, como é
analfabeta, é uma eleitora facultativa. Alberto, por possuir mais de setenta anos, também é
um eleitor facultativo. Tudo isso se extrai do art. 14, § 1º, II, da CF/1988, que determina que “o
alistamento eleitoral e o voto são facultativos para:
a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de
dezoito anos”.

Questão 74 (2022/TRT-5ª REGIÃO/BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) A


Constituição Federal veda a cassação de direitos políticos, porém admite sua perda ou suspen-
são em determinados casos, dentre os quais,
a) improbidade administrativa e cancelamento da naturalização, por decisão administrativa
definitiva.
b) condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos, e cancelamento
da naturalização, por sentença judicial transitada em julgado.
c) incapacidade civil absoluta e recusa de cumprir obrigação legal a todos imposta, por motivo
de convicção científica ou política.

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d) cancelamento da naturalização, por sentença judicial transitada em julgado, e incapacidade


civil relativa, enquanto durarem os seus efeitos.
e) cancelamento da naturalização, por decisão administrativa definitiva, e recusa de cumprir
obrigação legal a todos imposta, por motivo de convicção religiosa ou filosófica.

Letra b.
Em respeito ao art. 15, da CF/1988, “é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou
suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada
em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, en-
quanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §
4º”.

Questão 75 (2022/PC-RO/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) A pessoa condenada pela prática de ato


de improbidade administrativa poderá ter seus direitos políticos
a) cassados, perdidos ou suspensos.
b) cassados ou suspensos, apenas.
c) cassados ou perdidos, apenas.
d) suspensos, apenas.
e) cassados, apenas.

Letra d.
Trata-se de uma hipótese de suspensão dos direitos políticos presente no art. 15, V, da CF/1988.

Questão 76 (2022/PC-RO/AGENTE DE POLÍCIA) Segundo a CF, é elegível o militar alistável,


o qual
a) poderá afastar-se da atividade, se tiver menos de vinte anos de serviço.
b) não precisará afastar-se da atividade, se tiver menos de três anos de serviço.
c) não precisará afastar-se da atividade, se tiver menos de cinco anos de serviço.

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d) precisará afastar-se da atividade, se tiver menos de dez anos de serviço.


e) poderá afastar-se da atividade, se tiver menos de quinze anos de serviço.

Letra d.
Conforme o art. 14, § 8º, da CF/1988, “o militar alistável é elegível, atendidas as seguintes con-
dições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar
mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará auto-
maticamente, no ato da diplomação, para a inatividade”.

Questão 77 (2022/IPREV/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO II) A idade mínima é


uma das condições para elegibilidade a cargo político. Sendo assim, para Presidente da Re-
pública, Governador e Deputado Estadual, respectivamente, a idade mínima estabelecida pela
constituição é de:
a) (35) trinta e cinco anos para Presidente, (30) trinta anos para Governador e (18) dezoito anos
para Deputado Estadual.
b) (35) trinta e cinco anos para Presidente, (32) trinta e dois anos para Governador e (21) vinte
e um anos para Deputado Estadual.
c) (35) trinta e cinco anos para Presidente, (30) trinta anos para Governador e (21) vinte e um
anos para Deputado Estadual.
d) (40) quarenta anos para Presidente, (30) trinta anos para Governador e (21) vinte e um anos
para Deputado Estadual.
e) (40) quarenta anos para Presidente, (35) trinta e cinco anos para Governador e (21) vinte e
um anos para Deputado Estadual.

Letra c.
Conforme o art. 14, § 3º, VI, da CF/1988, é condição de elegibilidade a idade mínima de: a)
trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos
para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para De-
putado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito
anos para Vereador.

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Questão 78 (2022/PREFEITURA DE PARANATAMA-PE/PROFESSOR DE LÍNGUA PORTU-


GUESA DO 6º AO 9º ANO) Sobre o alistamento de estrangeiros como eleitores nas eleições do
Brasil, assinale a alternativa CORRETA, com base na Constituição Federal de 1988.
a) Os estrangeiros não podem se alistar como eleitores.
b) Os estrangeiros que residem no Brasil são obrigados a se alistarem como eleitores.
c) Os estrangeiros que residem no Brasil podem se alistar como eleitores apenas se estiverem
há mais de 2 (dois) anos.
d) Os estrangeiros podem se alistar como eleitores, desde que estejam residindo no país há
mais de 05 (cinco) anos.
e) Os estrangeiros que residem no Brasil podem se alistar como eleitores quando quiserem.

Letra a.
Segundo o art. 14, § 2º, da CF/1988, “não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos”.

Questão 79 (2022/PREFEITURA DE BARREIRAS-BA/GUARDA CIVIL MUNICIPAL) Com re-


lação aos direitos políticos e às normas previstas na CF, assinale a alternativa correta.
a) O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os analfabetos e os maiores de 65 anos
de idade.
b) Os estrangeiros podem alistar-se como eleitores, desde que comprovem quatro anos de
residência fixa no Brasil.
c) Os analfabetos são inalistáveis.
d) A nacionalidade brasileira e a filiação partidária estão entre as condições de elegibilidade
estabelecidas pelo texto constitucional.

Letra d.
Conforme o art. 14, § 3º, da CF/1988, “são condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a
nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; a idade mínima de: a) trinta e

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cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Go-
vernador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado
Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos
para Vereador.

Questão 80 (2022/TRT- 3ª REGIÃO/PB/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


João, jovem de 18 anos de idade que se alistou no exército e que se encontrava durante o pe-
ríodo de serviço militar obrigatório, pretendia servir à coletividade no cargo de vereador. Ao se
inteirar de sua situação pessoal e da possibilidade de concorrer ao cargo eletivo, João concluiu
corretamente que é
a) inalistável, o que não lhe permite votar ou mesmo ser votado.
b) alistável e já alcançou a idade mínima de 18 anos para concorrer ao cargo eletivo de verea-
dor.
c) alistável e elegível, caso receba autorização expressa do comandante da unidade militar em
que está lotado.
d) alistável, mas não alcançou a idade mínima para concorrer ao cargo eletivo de vereador, pois
ainda não tem 21 anos.
e) inalistável, o que o impede de votar, mas não há óbice a que concorra ao cargo eletivo de
vereador, pois atingiu a idade mínima de 18 anos.

Letra a.
Por se tratar de um conscrito, a Constituição Federal, no art. 14, § 2º, veda o seu alistamento
eleitoral.

Questão 81 (2022/DPE-AM/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA/CIÊNCIAS JURÍDI-


CAS) De acordo com a Constituição Federal, o direito de voto das pessoas presas é
a) assegurado, desde que ausente condenação criminal transitada em julgado, enquanto dura-
rem seus efeitos.
b) assegurado, desde que a acusação ou condenação seja por crime praticado sem violência
ou grave ameaça a pessoa.

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c) vedado diante da privação de liberdade no período de dois anos que antecede as eleições.
d) vedado diante da privação de liberdade no período das eleições, independentemente do
tempo de prisão anterior.
e) assegurado, desde que ausente condenação criminal com ou sem trânsito em julgado.

Letra a.
Segundo o art. 15, III, da CF/1988, a suspensão dos direitos políticos ocorre no caso de “con-
denação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos”. Isso significa que o
preso provisório mantém seus direitos políticos até possível condenação criminal transitada
em julgado.

Questão 82 (2022/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/ASSISTENTE TÉC-


NICO ADMINISTRATIVO) Juliana é analfabeta e possui dúvidas sobre seus direitos políticos.
Segundo a Constituição Federal de 1988, Juliana é
a) inelegível e seu voto é facultativo.
b) inelegível e seu voto é obrigatório.
c) elegível e seu voto é facultativo.
d) elegível e seu voto é obrigatório.
e) inalistável e seu voto é obrigatório.

Letra a.
O analfabeto é um eleitor facultativo, porém sobre ele recai uma inelegibilidade absoluta.

Questão 83 (2022/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/ASSISTENTE TÉC-


NICO ADMINISTRATIVO) São hipóteses de perda ou de suspensão dos direitos políticos pre-
vistas na Constituição Federal:
a) Existência de processo criminal em andamento e condenação por improbidade administra-
tiva.
b) Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado e incapacidade civil
absoluta.

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c) Ausência de alistamento militar obrigatório e decretação de prisão civil por débitos alimen-
tares.
d) Perda da nacionalidade e condenação em processo por apuração de ato infracional.
e) Inclusão de débito na Dívida Ativa da União e incapacidade civil relativa.

Letra b.
De acordo com o art. 15, da CF/1988, “é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou
suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transita-
da em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado,
enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §
4º”.

Questão 84 (2022/CRT-04/ASSISTENTE JURÍDICO) O alistamento eleitoral e o voto são fa-


cultativos para os maiores de oitenta anos de idade.

Certo.
Conforme o art. 14, § 1º, II, b, da CF/1988, “o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para
os maiores de setenta anos”. Logo, também será facultativo para os maiores de oitenta anos
de idade.

Questão 85 (2022/MPE-SE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) De acordo com a


Constituição Federal, as pessoas analfabetas têm direito
a) ao alistamento eleitoral, ao voto e à elegibilidade a cargo político-eletivo.
b) apenas ao alistamento eleitoral e ao voto.
c) apenas ao alistamento eleitoral.
d) apenas à elegibilidade a cargo político-eletivo.
e) apenas ao voto.

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Letra b.
O analfabeto é um eleitor facultativo. No entanto, não possui capacidade eleitoral passiva, por
ser absolutamente inelegível.

Questão 86 (2022/AGERGS/TÉCNICO SUPERIOR ADVOGADO) À luz do disposto na Consti-


tuição Federal de 1988, é vedada a cassação de direitos políticos. Todavia, há hipóteses de per-
da ou suspensão dos direitos políticos. Sendo assim, assinale a alternativa que NÃO apresenta
uma das hipóteses de perda ou suspensão expressamente previstas no texto constitucional.
a) Incapacidade civil absoluta.
b) Incapacidade civil relativa.
c) Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado.
d) Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
e) Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º, da CF.

Letra b.
A incapacidade civil relativa não está no rol do art. 15, da CF/1988.

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Luciano Dutra
Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor de livros. Professor de
Direito Constitucional com ampla experiência em cursos preparatórios para concursos públicos e Exames
de Ordem presenciais e on-line. Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela
Universidade Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado em
Ciências Militares.

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