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CÓDIGO:
2382022213
TIPO DE MATERIAL:
E-book
NOME DO ÓRGÃO:
Tribunal Superior Eleitoral – TSE
Tribunal Regional Eleitoral – TRE
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
3/2023
Sumário
Apresentação.....................................................................................................................4
1. Direito Eleitoral............................................................................................................5
3. Princípios Eleitorais.....................................................................................................43
4. Justiça Eleitoral...........................................................................................................54
6. Alistamento Eleitoral....................................................................................................112
7. Inelegibilidades...........................................................................................................153
8. Partidos Políticos........................................................................................................216
9. Sistemas Eleitorais......................................................................................................247
10. Eleições.....................................................................................................................259
11. Coligações.................................................................................................................263
Apresentação
Ainda ausente do currículo regular dos cursos de graduação em Direito como disci-
plina obrigatória, o Direito Eleitoral é de grande importância para se entender o complexo de
regras jurídicas que disciplinam o processo de votação e eleição daqueles que vão se cons-
tituir como representantes dos cidadãos em nosso país, mostrando-se, dessa maneira, como
instrumento essencial para o regular funcionamento do sistema democrático.
Este resumo, portanto, deve estar nos seus arquivos para o estudo do Direito Eleitoral e
tem a finalidade de lhe dar as ferramentas necessárias para ajudá-lo a enfrentar as questões
do concurso público unificado da Justiça Eleitoral.
O presente resumo, de leitura clara e fácil, desprovido de pretensões de profundidade
acadêmica, explica, uma a uma, as principais atividades eleitorais, a começar pela própria
conceituação do Direito Eleitoral; principais fontes; direitos políticos previstos em nossa Cons-
tituição; momento em que o cidadão procede o alistamento eleitoral, angariando a capacidade
eleitoral ativa e passiva, ou seja, de votar e ser votado; estrutura da Justiça Eleitoral; inelegi-
bilidades; funções democráticas das agremiações políticas; peculiaridades inerentes ao sis-
tema eleitoral brasileiro e todo o procedimento necessário à realização de eleições no país.
Além disso, quando necessário e com base em questões de concursos anteriores, tra-
taremos aqui das fases importantes para o processo eleitoral, destacando a teoria apenas
se relevante, além da sua vinculação com os julgados pela mais alta Corte competente para
essa seara especializada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Inovações legislativas recentes, tais como a Lei n. 14.208/2021 e a Lei n. 14.211/2021,
de dezembro de 2013, que buscaram diminuir o custo das campanhas eleitorais também
estão contempladas nesta obra, que tem, na sua atualização e consonância com a mais
hodierna interpretação do TSE e do Supremo Tribunal Federal, um de seus diferenciais.
E aí? Quer se tornar um servidor da Justiça Eleitoral? Vamos juntos nessa jornada.
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RESUMO DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
WESLEI MACHADO
1. DIREITO ELEITORAL
Pode‑se dizer, por consequência, que o Direito Eleitoral tem por objeto o alistamento
eleitoral, a aquisição, a perda e a suspensão dos direitos políticos, sistemas eleitorais, propa-
ganda eleitoral, garantias eleitorais, crimes e ilícitos eleitorais, eleições etc.
Joel José Cândido (2006, p. 23) conceitua o Direito Eleitoral como sendo
o ramo do Direito Público que trata de institutos relacionados com os direitos polí-
ticos e das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares
de mandatos eletivos e das instituições de Estado.
Ainda, somente para frisar, cita‑se o conceito elaborado por José Jairo Gomes
(2012, p. 19):
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RESUMO DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público cujo objeto são os institutos, as normas
e os procedimentos regularizadores dos direitos políticos. Normatiza o exercício
do sufrágio com vistas à concretização da soberania popular.
Por fim, deve-se distinguir o Direito Eleitoral do Direito Partidário. Para tanto, recorre-se
à classificação constitucional dada aos Direitos Fundamentais. Esta é a referida classificação
dos Direitos Fundamentais adotadas pela CF/88:
Fontes Materiais
Fontes materiais são os diversos fatores sociais, éticos, políticos, econômicos, reli-
giosos que condicionam a formação e o surgimento das normas jurídicas. Para José Jairo
Gomes (2008, p. 18), “a lei não decorre da atividade impessoal, harmônica e coerente de um
legislador justo e onipresente”.
Como exemplos de fontes materiais, pode‑se citar a atuação dos grupos organizados
da sociedade, a atividade exercida pelos lobbys, as manifestações da sociedade e a pressão
de segmentos sociais e de sindicatos.
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Professor: Weslei Machado
Fontes Formais
Por sua vez, as fontes formais são os meios pelos quais uma norma jurídica ingressa
na ordem jurídica e passa a regular os fatos. Segundo Miguel Reale (2001, p. 144), as fontes
formais são “os processos ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas se positivam
com legítima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia no contexto de uma estrutura
normativa”.
São fontes formais do Direito Eleitoral:
Esse diploma legislativo foi editado antes da Constituição Federal de 1988. Desse
modo, algumas de suas disposições afrontam as novas normas constitucionais e, por essa
razão, foram revogadas. Exemplo dessa afirmativa é a vedação de exercício dos direitos
políticos aos analfabetos, inscrita no art. 5º do Código Eleitoral. Essa regra eleitoral viola o
texto constitucional que permite aos analfabetos, de forma facultativa, o exercício dos direitos
políticos ativos. Por essa razão, não foi recepcionada pela nova ordem constitucional instau-
rada pela CF/88.
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Professor: Weslei Machado
Pois bem, é preciso analisar o modo pelo qual o Código Eleitoral foi recepcionado pela
CF/88. Pode-se afirmar que parte do Código Eleitoral foi recepcionada com status de lei
complementar. Isso porque a Constituição Federal, em seu art. 121, exige a edição de lei
complementar para tratar sobre organização e competências da Justiça Eleitoral. Todos os
artigos do Código Eleitoral que se refiram à organização e às competências da Justiça Elei-
toral têm status de lei complementar. Essa parte está presente principalmente entre os arts.
12 a 41 do CE.
O restante do Código Eleitoral foi recepcionado com status de lei ordinária, pois, para
tratar de Direito Eleitoral, em regra, basta a edição de uma lei ordinária. A esse respeito:
• Lei dos Partidos Políticos (Lei n. 9.096/1995) – Dispõe sobre os partidos políticos e
regulamenta os arts. 17 e 14, § 3º, da Constituição Federal.
Embora não seja uma lei especificamente sobre o Direito Eleitoral, tem um estreito rela-
cionamento com essa matéria, especialmente no que diz respeito à regulamentação da filia-
ção partidária, uma das condições impostas ao exercício do direito à elegibilidade.
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Professor: Weslei Machado
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral,
atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer san-
ções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções neces-
sárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os
delegados ou representantes dos partidos políticos.
Ressalta‑se que, no exercício de sua competência regulamentar, o TSE não pode con-
trariar as disposições legislativas. A resolução eleitoral deve ser secundum ou praeter legem.
Essas resoluções têm função precípua de regulamentar a aplicabilidade das leis eleitorais.
No mesmo sentido, veja a seguinte lição dada pelo Ministro Eros Grau, no julgamento da
Consulta n. 1.587, no Tribunal Superior Eleitoral:
O Tribunal Superior Eleitoral não está autorizado, nem pela Constituição, nem por
lei nenhuma, a inovar o ordenamento jurídico, obrigando quem quer que seja a
fazer ou a deixar de fazer alguma coisa.
Caso a resolução afronte disposições legislativas, ter‑se‑á uma ilegalidade, que poderá
ser combatida por meio de mandado de segurança ou recurso. Não se pode combater
essa ilegalidade por meio de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribu-
nal Federal.
Entretanto, se a Resolução do TSE inovar no ordenamento jurídico, dispondo sobre
matéria ainda não tratada pelo Poder Legislativo, será possível que essa afronta ao princípio
da separação dos poderes seja corrigida por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade.
Deve-se atentar, ainda, que, de forma excepcional e transitória, o Supremo Tribunal
Federal reconheceu que o Tribunal Superior Eleitoral pode editar resoluções que inovem no
ordenamento jurídico, desde que:
1
Esta é a ementa da decisão exarada pelo STF, no julgamento da ADI n. 3.999, a qual reconheceu a constitucionalidade da Resolução do TSE n. 22.610/2007:
“3. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento dos Mandados de Segurança 26.602, 26.603 e 26.604 reconheceu a existência do dever cons-
titucional de observância do princípio da fidelidade partidária. Ressalva do entendimento então manifestado pelo ministro-relator. 4. Não faria sentido a
Corte reconhecer a existência de um direito constitucional sem prever um instrumento para assegurá-lo. 5. As resoluções impugnadas surgem em contexto
excepcional e transitório, tão somente como mecanismos para salvaguardar a observância da fidelidade partidária enquanto o Poder Legislativo, órgão
legitimado para resolver as tensões típicas da matéria, não se pronunciar. 6. São constitucionais as Resoluções 22.610/2007 e 22.733/2008 do Tribunal
Superior Eleitoral. Ação direta de inconstitucionalidade conhecida, mas julgada improcedente.” (ADI n. 3.999, DJe, de 17/04/2009)
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RESUMO DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
Aliás, com a finalidade de deixar mais clara a limitação ao exercício da função regula-
mentar pela Justiça Eleitoral, no ano de 2021, previu-se a impossibilidade de sua utilização
para tratar da organização de partidos políticos. A esse respeito, veja o teor do art. 23-A do
Código Eleitoral:
Competência Legislativa
As normas eleitorais, como visto, surgem a partir da elaboração das fontes formais pelo
órgão competente. Mas, qual órgão possui competência para legislar sobre Direito Eleitoral?
Essa pergunta é respondida pelo art. 22, I, da CF/88, nos seguintes termos:
Essa competência da União é exercida pelo Congresso Nacional, pois a este órgão
cabe, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre as matérias do art. 22 da
CF/88 (art. 48, caput, da CF/88).
Por sua vez, os demais entes federativos, Estados-membro, Distrito Federal e municí-
pios não podem tratar de normas sobre Direito Eleitoral. Isso porque a competência foi atri-
buída de forma privativa para a União.
Uma vez delimitada a competência legiferante em matéria eleitoral, deve-se analisar
qual o instrumento legislativo será utilizado pelo Poder Legislativo da União para tratar das
normas eleitorais.
Pois bem! Em regra, a criação de normas eleitorais ocorrerá por meio da produção
de lei ordinária. Basta uma lei ordinária para tratar dos diversos temas eleitorais, como, por
exemplo, alistamento, eleição, propaganda eleitoral, financiamento de campanha e condi-
ções de elegibilidade.
Entretanto, em algumas situações, é exigível, em determinados temas eleitorais, a
edição de lei complementar. Esses casos estão previstos no art. 14, § 9º, e no art. 121, caput,
ambos da CF/88, nos seguintes moldes:
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Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribu-
nais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
Por exclusão, os demais assuntos do Direito Eleitoral poderão ser estabelecidos por lei
ordinária.
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A Constituição Federal, em seu art. 1º, parágrafo único, prescreve que todo poder
emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio de representantes eleitos. Esse poder
é denominado de soberania popular. Na verdade, segundo o Texto Constitucional, “todo”
poder pertence ao povo, e, para exercê-lo, existem duas maneiras: diretamente, por meio
dos instrumentos de exercício direto de democracia (voto, plebiscito, referendo etc.); indireta-
mente, por meio dos cidadãos eleitos para o exercício de mandatos representativos no Poder
Legislativo e no Poder Executivo.
Com efeito, a soberania popular pode ser exercida de forma direta ou indireta. O povo
exerce seu poder diretamente quando, sem intermediação, interfere na formação da vontade
política do Estado. Por sua vez, exercerá seu poder indiretamente por meio da escolha de
representantes populares. Esses representantes serão responsáveis pela elaboração de leis
e atos normativos em nome do povo.
Nos termos do art. 14, caput, da CF, a soberania popular será exercida por meio do
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto e, nos termos da lei, mediante:
• plebiscito;
• referendo;
• iniciativa popular de leis;
• ação popular, entre outros instrumentos de exercício direto de poder pelo povo.
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• sufrágio universal;
• voto direto e secreto;
• referendo;
• plebiscito;
• iniciativa popular de leis.
Os direitos políticos podem ser classificados em direitos políticos ativos ou direitos polí-
ticos passivos. Assim, os:
ATENÇÃO
Todo cidadão tem direito político ativo. Isso quer dizer que qualquer cidadão alistado peran-
te a Justiça Eleitoral será titular do direito de votar, independentemente de qualquer outra
circunstância.
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ATENÇÃO
Somente poderá exercer os direitos políticos passivos o cidadão que preencher todas as
condições de elegibilidade e não se encaixar em nenhuma situação de inelegibilidade.
Não são todos os cidadãos que podem exercer o direito de ser votado, diferentemente do
direito de votar.
A classificação anterior não é suficiente para encaixar uma série de direitos políticos.
Por essa razão, com a finalidade de classificar didaticamente todos os direitos políticos, a
doutrina construiu outra classificação, que divide os direitos políticos em positivos e negati-
vos. Desse modo, os:
Segundo Dirley da Cunha Júnior, “são prerrogativas que asseguram ao povo a facul-
dade de participar democraticamente do governo, quer por seus representantes, quer por si”.
A partir disso, podem ser classificados como direitos políticos positivos os seguintes
instrumentos de exercício da soberania popular:
– direito de votar;
– direito de ser votado;
– direito de participar em referendo;
– direito de participar em plebiscito;
– iniciativa popular de leis;
– ação popular.
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Além disso, no que se refere à aplicação das restrições à cidadania, deve-se levar em
consideração o princípio da tipicidade eleitoral. A partir dessa norma, somente será admi-
tida a limitação de direitos políticos nas hipóteses expressamente previstas na Constituição
Federal ou em lei.
Aliás, a restrição de direitos políticos por meio dos institutos da perda e da suspensão
somente é admitida nos casos estabelecidos no art. 15 da Constituição Federal. Não se
admite a instituição de novas hipóteses de perda e suspensão de direitos políticos por meio
de legislação infraconstitucional.
Por sua vez, a restrição do direito político passivo por meio das inelegibilidades somente
cabe por meio de previsão contida em norma constitucional (art. 14, §§ 4º a 7º) ou disposição
de lei complementar. Isso porque o art. 14, § 9º, da Constituição Federal, prevê a possibili-
dade de criação de outras hipóteses de inelegibilidade, além daquelas estabelecidas no texto
constitucional, desde que haja a instituição de lei complementar.
Após essas considerações, podem ser classificadas como direitos políticos negativos:
• hipóteses de inelegibilidades;
• hipóteses de perda dos direitos políticos;
• hipóteses de suspensão dos direitos políticos.
Direito ao Sufrágio
Segundo Gilmar Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco, “os direitos políticos abran-
gem o direito ao sufrágio, que se materializa no direito de votar, de participar da organização
da vontade estatal e no direito de ser votado”.
Da mesma forma, Alexandre de Moraes reconhece que o direito ao sufrágio abrange o
direito de votar e de ser votado, sendo a essência dos direitos políticos. Desse modo, o direito
ao sufrágio abrange:
Contudo, não se pode confundir voto e sufrágio. Embora haja uma íntima ligação entre
esses dois institutos, eles não se confundem. De acordo com José Afonso da Silva:
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ATENÇÃO
A Constituição Federal dispõe que o sufrágio é universal. Em um primeiro momento, pode-
-se pensar que todas as pessoas são titulares de direitos políticos, dada a característica da
universalidade. Não obstante, somente são titulares do direito ao sufrágio as pessoas que
preencherem os requisitos constitucionais para a aquisição dos direitos políticos. Essas
pessoas são denominadas de cidadãos.
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Professor: Weslei Machado
Direito ao Voto
Como visto, o direito ao voto é classificado como direito político ativo. Todo cidadão que
possuir a capacidade eleitoral ativa terá direito de exercitar o voto.
O direito ao voto pode ser conceituado, segundo José Jairo Gomes, como:
Voto: Características
• pessoalidade – o voto só pode ser exercido pessoalmente. O eleitor não pode outorgar
procuração para que outrem exerça o voto em seu lugar. A pessoalidade é essencial
para a garantia da sinceridade e da autenticidade do voto.
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