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AULA 07
PARTIDOS POLÍTICOS
Sumário
1 - Considerações Iniciais ................................................................................................. 3
2 - Partidos Políticos ........................................................................................................ 4
2.1 - Histórico ............................................................................................................. 4
2.2 - Conceituação ....................................................................................................... 4
2.3 - Características e Função dos Partidos Políticos ......................................................... 6
2.4 - Destinação .......................................................................................................... 6
3 - Liberdade e autonomia partidárias ................................................................................ 7
4 - Natureza jurídica ........................................................................................................ 9
5 - Criação e registro ..................................................................................................... 11
5.1 - Caráter Nacional ................................................................................................ 12
5.2 - Consequência do Registro ................................................................................... 14
5.3 - Procedimento de Registro .................................................................................... 15
6 - Funcionamento parlamentar ...................................................................................... 20
7 - Programa e Estatuto ................................................................................................. 22
8 - Filiação ................................................................................................................... 25
9 - Fidelidade e disciplina partidárias ............................................................................... 31
9.1 - Conceito de fidelidade partidária .......................................................................... 31
9.2 - Disciplina partidária ............................................................................................ 32
9.3 - Desfiliação Imotivada ......................................................................................... 33
10 - Janela para Troca de Partido (Emenda Constitucional 91/2016) .................................... 38
11 - Fusão, incorporação e extinção ................................................................................ 40
11.1 - Fusão.............................................................................................................. 41
11.2 - Incorporação ................................................................................................... 42
11.3 - Extinção .......................................................................................................... 44
12 - Finanças e contabilidade.......................................................................................... 46
12.1 - Prestação de contas e sanções dela decorrentes ................................................... 47
PARTIDOS POLÍTICOS
1 - Considerações Iniciais
Olá, a aula de hoje será destinada ao estudo dos partidos políticos.
Veremos os aspectos constitucionais e, em seguida, alguns aspectos da Lei nº
4.737/1965 (Código Eleitoral), bem como da Lei nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos
Políticos).
Assim, nossa aula terá como bases legislativas:
Constituição
Federal
PARTIDOS
BASE LEGISLATIVA Código Eleitoral
POLÍTICOS
organização e finanças e
disposições
funcionamento dos contabilidade dos
preliminares
partidos políticos partidos
2 - Partidos Políticos
2.1 - Histórico
Os partidos políticos são instituições fundamentais do processo democrático. Não
há como se falar em representação popular e exercício de poder estatal,
atualmente, sem a figura dos partidos políticos.
De acordo com a doutrina, os partidos políticos são essenciais por constituírem
instrumento para a atuação política e social. São instituições que sentem a
opinião pública e a revelam ideais, que são postos em prática durante o exercício
do mandato político.
O surgimento dos partidos políticos está atrelado, historicamente, à noção de
participação popular e do interesse da comunidade nas decisões políticas tomadas
pelos governantes.
Vejamos, em forma de tabela, dois eventos centrais1 que levaram ao
surgimento dos partidos políticos.
2.2 - Conceituação
Para estudarmos o conceito de partido político, vejamos o que nos ensina José
Jairo Gomes2:
Compreende-se por partido político a entidade formada pela livre associação de pessoas,
com organização estável, cujas finalidades são alcançar e/ou manter o poder político-estatal
e assegurar, no interesse do regime democrático de direito, a autenticidade do sistema
representativo, o regular funcionamento do governo e das instituições políticas, bem como
a implementação dos direitos humanos fundamentais.
1
Com base em GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, 10ª edição, rev., atual. e ampl., São Paulo:
Editora Atlas S/A, 2014, p. 92.
2
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, p. 94.
Esses conceitos são, em verdade, um tanto vagos. Desse modo, a fim de facilitar
a absorção dos assuntos centrais para a sua prova, lembre-se do conceito abaixo:
3
CERQUEIRA, Thales Tácito e CERQUEIRA, Camila. Direito Eleitoral Esquematizado. 4ª
edição, rev. e atual., São Paulo: Editora Saraiva, 2014, p. 233.
2.4 - Destinação
A partir desse momento, ingressamos no estudo da legislação propriamente e,
por isso, devemos redobrar a atenção.
Por destinação podemos compreender os fins para os quais os partidos
existem. Na verdade, já vimos, no conceito acima, a finalidade dos partidos
políticos.
De forma didática, podemos remeter o estudo ao art. 1º da LPP.
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no
interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a
defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
Portanto:
a assegurar a autencidadade
do sistema representativo.
OS PARTIDOS
POLÍTICOS
DESTINAM-SE
a defender os direitos
fundamentais.
Sigamos!
Vejamos o que diz Rodrigo Martiniano Ayres Lins4 sobre essa autonomia:
A Lei 12.891/2013 fez assegurar aos candidatos, partidos políticos e coligações não só
autonomia para definir sua estrutura interna e funcionamento, como também o cronograma
das atividades eleitorais de campanha e executá-lo em qualquer dia e horário, observados
eventuais limites estabelecidos em lei.
Notem que a autonomia conferida aos partidos políticos não se limita aos termos
gerais da Constituição, na medida em que foi alargada pela legislação
infraconstitucional.
Também é decorrência do princípio da liberdade e autonomia a previsão do caput
do art. 17, da CF, que assim dispõe:
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
4
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, Rio de Janeiro:
Editora Ferreira, 2014.
regime proibição de
democrático recursos e
subordinação
estrangeira
pluripartidarismo
prestação de
contas
direitos
fundamentais da
pessoa humana funcionamento
parlamentar
4 - Natureza jurídica
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, conforme art.
44, do Código Civil:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: (...)
V – os partidos políticos. (...)
§ 3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei
específica. (...)
5
"paramilitar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,
http://www.priberam.pt/dlpo/paramilitar, acesso em 04.01.2015.
6
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, Rio de Janeiro:
Editora Ferreira, 2014.
Não é o fato de o partido político receber recursos públicos (por meio do fundo partidário),
ou mesmo ser essencial para o acesso eletivo ao “poder estatal” que os enquadra como de
personalidade jurídica pública.
Logo:
5 - Criação e registro
No que diz respeito à criação e ao registro dos partidos políticos, devemos iniciar
o estudo com o art. 17, §2º, da CF. Para constituir uma pessoa jurídica, segundo
nosso ordenamento jurídico, é necessário o registro dos atos constitutivos. No
caso dos partidos políticos, o estatuto é o ato constitutivo que deve ser registrado
em Brasília, no Serviço de Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Capital Federal.
Vejamos o que dispõe o art. 17, §2º, retromencionado:
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei
civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
7
Conforme notícia divulgada em http://www.tse.jus.br/noticias-tse/2013/Outubro/rede-
sustentabilidade-nao-atinge-apoiamento-minimo-e-tem-o-registro-negado, acesso em
04.01.2015.
8
Registro de Partido Político nº 59454, Acórdão de 03/10/2013, Relator(a) Min. LAURITA HILÁRIO
VAZ, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 221, Data 20/11/2013, Página 25.
Para a prova...
REQUERIMENTO DE
INSCRIÇÃO CIVIL
fundadores, em número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em,
no mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado de:
I – cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido;
II – exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o programa e o estatuto;
III – relação de todos os fundadores com o nome completo, naturalidade, número
do título eleitoral com a Zona, Seção, Município e Estado, profissão e endereço da
residência.
Cópia da ata de
fundação
nome completo
Exemplares do
DOCUMENTOS QUE
DOU que
DEVEM
publicou o
ACOMPANHAR O
programa e o naturalidade
REQUERIMENTO
estatuto.
profissão
endereço da residência
Registro no
TSE
Constituição
de dirigentes
Apoiamento e de órgãos
Mínimo definitivos.
Registro Civil
•Aquisição da
Fundação personalidade
•Ata civil
•Designação de
dirigentes e de
órgãos
provisórios
DOCUMENTOS A
SEREM
APRESENTADOS NO
TSE
Cópia autenticada do
inteiro teor do Certidões dos Cartórios
Certidão do Registro
programa e do estatuto Eleitorais comprovando
Civil.
inscritos no Registro o apoiamento mínimo.
Civil.
PROVA DO APOIAMENTO
certidão atestante da
indicação do título
assinatura; autenticidade pelo chefe
eleitoral; e
de cartório eleitoral.
Para que não haja qualquer possibilidade de surpresas quanto ao assunto no dia
da prova, vejamos dois aspectos específicos:
vista à
Após 48 é Procuradoria-Geral
Protocolado o
distribuído a um Eleitoral para
pedido no TSE
relator parecer no prazo de
10 dias
10 dias para
deferimento do
eventuais
registro em 30 dias
diligências
Portanto...
PODERÃO SER
CREDENCIADOS
DELEGADOS DE
PARTIDO PERANTE
6 - Funcionamento parlamentar
Em relação ao funcionamento parlamentar, a LPP traz dois dispositivos. O
primeiro deles foi declarado constitucional pelo STF; o segundo, inconstitucional.
O funcionamento parlamentar
refere-se à organização do
partido político que, dentro das
Casas Legislativas, formará uma
bancada, com a constituição de
lideranças, para a defesa dos
ideais do partido político.
Esse dispositivo foi objeto de análise pelo STF na ADI nº 1.363-7/20009 que
concluiu pela constitucionalidade do artigo.
Vejamos a ementa:
9
ADI 1363, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 09/02/2000, DJ 19-
09-2003 PP-00013 EMENT VOL-02124-02 PP-00287.
7 - Programa e Estatuto
Na sequência dos nossos estudos, vejamos, objetivamente, as regras da LPP
relativas ao programa e ao estatuto dos partidos políticos.
Por programa compreende-se a enumeração dos propósitos do partido
político, o qual define os objetivos políticos.
Por estatuto compreende-se o regulamento que rege o partido político,
que, entre outras regras, fixa a estrutura interna, a organização e o
funcionamento da agremiação.
Vejamos:
Art. 14. Observadas as disposições constitucionais e as desta Lei, o partido é livre para
fixar, em seu programa, seus objetivos políticos e para estabelecer, em seu estatuto, a
sua estrutura interna, organização e funcionamento.
Desse modo...
objetivos
PROGRAMA
políticos
Devemos lembrar que, embora o art. 15, III, da LPP, estabeleça que o estatuto
deverá abranger direitos e deveres dos filiados ao partido político, uma pergunta
se impõe:
É possível estabelecer direitos específicos para determinadas
categorias de membros do partido político? Por exemplo, aos membros
mais antigos asseguram-se maiores prerrogativas, comparados ao
membros recém-filiados?
NÃO! NÃO É POSSÍVEL TAL DISTINÇÃO COM FUNDAMENTO NO ART. 4º
DA LPP.
Vejamos:
Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres.
Aprofundando um pouco:
Por que se veda tal diferenciação?
ESTADO
SOCIEDADE
EFICÁCIA HORIZONTAL
SOCIEDADE SOCIEDADE
Após o parêntese acima, é importante reforçar quais são as normas que devem,
necessariamente, constar do Estatuto do partido político:
Para finalizamos o capítulo, vejamos o que dispõe o art. 15-A, da LPP, que
estabelece a autonomia entre os órgãos municipal, estadual e nacional para fins
de responsabilização cível ou trabalhista do partido político.
Art. 15-A. A responsabilidade, inclusive civil e trabalhista, cabe EXCLUSIVAMENTE ao
órgão partidário municipal, estadual ou nacional que tiver dado causa ao não
cumprimento da obrigação, à violação de direito, a dano a outrem ou a qualquer ato
ilícito, excluída a solidariedade de outros órgãos de direção partidária.
Parágrafo único. O órgão nacional do partido político, quando responsável, somente poderá
ser demandado judicialmente na circunscrição especial judiciária da sua sede, inclusive nas
ações de natureza cível ou trabalhista.
8 - Filiação
Neste capítulo vamos tratar de um assunto bastante relevante para a nossa
prova: a filiação partidária. A matéria é tratada especificamente entre os arts. 16
e 23, da LPP. Essas regras serão a base dos nossos estudos aqui.
A filiação partidária é condição de elegibilidade. Para o sujeito se filiar ao
partido político, deverá estar com o pleno gozo dos direitos políticos e atender às
regras previstas no estatuto.
Vejamos o que disciplina os arts. 16 e 17 da LPP:
Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos
políticos.
Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação partidária, com o
atendimento das regras estatutárias do partido.
Portanto...
10
RECURSO ESPECIAL ELEITORAL nº 9611, Acórdão nº 12371 de 27/08/1992, Relator(a) Min.
CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO, Publicação: RJTSE - Revista de Jurisprudência do TSE,
Volume 4, Tomo 4, Página 124 PSESS - Publicado em Sessão, Data 27/08/1992 DJ - Diário de
Justiça, Data 16/09/1992, Página 15179.
O art. 19, por sua vez, trata da comunicação da filiação partidária. A lei fixa duas
oportunidades ao longo do ano, nas quais os partidos deverão informar, à
Justiça Eleitoral (que manterá um cadastro unificado), a relação de nomes
dos filiados, indicando a data de filiação, o número dos respectivos títulos
eleitorais e as seções nas quais estão inscritos. Essas informações são
imprescindíveis para aferir, por exemplo, a duplicidade de filiação partidária, bem
como para fazer prova do tempo de filiação.
ABRIL
COMUNICAÇÃO DA
2ª semana dos meses de
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
OUTUBRO
PODERÁ SER
INFORMADO
municipal
FILIAÇÃO
O ATO DE
PELO
órgão eleitoral estadual OU
nacional
Ademais, se a relação não for remetida nos prazos acima, presume-se que a lista
permaneceu inalterada nos termos do §1º, do art. 19.
§ 1º Se a relação não é remetida nos prazos mencionados neste artigo, permanece
inalterada a filiação de todos os eleitores, constante da relação remetida
anteriormente.
Portanto, para não ser prejudicado, o próprio filiado poderá comunicar a filiação
à Justiça Eleitoral, quando tal informação for relevante para o interessado. É o
que se extrai do §2º abaixo:
§ 2º Os prejudicados por desídia ou má-fé poderão requerer, diretamente à Justiça Eleitoral,
a observância do que prescreve o caput deste artigo.
PODEM
INFORMAR A
DES/FILIAÇÃO pode ser informado pelo órgão
municipal, regional ou nacional
PARTICULARIDADES
o próprio filiado poderá
informar à Justiça Eleitoral a
des/filiação quando houver
desídia ou má-fé do partido
político
11
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, Rio de Janeiro:
Editora Ferreira, 2014.
A falta do nome do filiado ao partido na lista por este encaminhada à Justiça Eleitoral, nos
termos do art. 19 da Lei nº 9.096, de 19.9.1995, pode ser suprida por outros elementos de
prova de oportuna filiação.
12
REspe nº 26.433/2006.
Em caso de inércia do
DESFILIAÇÃO partido político, o morte
interessado comparece e
informa a condição à
Justiça Eleitoral.
perda dos direitos
políticos
Ocorrerá de forma
automática em caso de:
expulsão
formas previstas no
estatuto
Devemos atentar que o art. 22, II, da LPP, acima citado, refere-se apenas
à hipótese de perda dos direitos políticos, NÃO abrangendo, portanto,
as hipóteses de suspensão dos direitos políticos. Segundo
ensinamentos de José Jairo Gomes13, no caso de suspensão, a filiação
permanecerá suspensa.
No caso de expulsão, segundo disciplina do art. 22, III, da LPP, de
acordo com a doutrina de Rodrigo Martiniano Ayres Lins14, é necessária a
realização de procedimento administrativo no próprio partido político,
para que seja assegurado ao sujeito que teve a filiação cancelada, o
contraditório e a ampla defesa.
Por fim, quando houver coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais
recente, cancelando-se as demais. Isso não impede, todavia, eventuais
consequências, como a infidelidade partidária e as apurações criminais eleitorais,
resultem na inelegibilidade do candidato.
13
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, p. 100.
14
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, Rio de Janeiro:
Editora Ferreira, 2014, p 224.
Vejamos, por fim, o que discorre o art. 21, da LPP, que trata de dever conferido
ao cidadão caso pretenda se desfiliar de partido político. Desse modo, deverá o
desfiliado comunicar o:
1. Órgão eleitoral de direção municipal respectivo; e
2. Juiz eleitoral da zona onde estiver inscrito.
Após a comunicação, o vínculo extingue-se no prazo de dois dias.
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção
municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da comunicação, o vínculo
torna-se extinto, para todos os efeitos.
15
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, Rio de Janeiro:
Editora Ferreira, 2014, p 228.
Entende-se, de forma, geral que a infidelidade partidária estará presente quando o afiliado
deixar de cumprir, sem “justa causa”, os deveres e as obrigações estabelecidas
pelo partido político, aí incluindo, por evidente, a hipótese de filiação à nova agremiação
no curso do mandato.
Em síntese...
•medidas disciplinares;
•normas sobre penalidades, inclusive com desligamento temporário, suspensão
do direito de voto ou perda de todas as prerrogativas.
16
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, p. 102.
17
MS 26602, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 04/10/2007, DJe-197
DIVULG 16-10-2008 PUBLIC 17-10-2008 EMENT VOL-02337-02 PP-00190 RTJ VOL-00208-01 PP-
00072.
18
Com base em LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição,
Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2014, p. 230.
19
MS 26.603/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno, DJ 19.12.2008.
20
ADI 5081, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 27/05/2015,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-162 DIVULG 18-08-2015 PUBLIC 19-08-2015
Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa,
do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as
seguintes hipóteses:
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de
filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.
Em síntese...
Será considerada justa causa para a desfiliação a
mudança de partido que ocorrer durante o período de
30 dias que antecede o prazo de filiação exigido em
lei para concorrer à eleição, majoritária ou
proporcional, ao término do mandato vigente.
Essa regra criou a primeira “janela” para a troca partidos políticos.
JANELAS PARA
ALTERAÇÃO DE
PARTIDO
Conforme o art. 17, caput, da CF, está dentro da liberdade dos partidos a fusão,
a incorporação ou até mesmo a decisão pela extinção da agremiação.
Desse modo, compete aos órgãos nacionais decidir pela fusão, pela
incorporação ou pela extinção de partidos políticos. Caso ocorra alguma dessas
três hipóteses, ficará cancelado o registro do partido político, tanto no Ofício Civil
em Brasília como perante o TSE.
Art. 27. Fica cancelado, junto ao Ofício Civil e ao Tribunal Superior Eleitoral, o
registro do partido que, na forma de seu estatuto, se dissolva, se incorpore ou venha a
se fundir a outro.
Logo:
11.1 - Fusão
Primeiramente devemos compreender que fusão é a união de dois ou mais
partidos para formarem um terceiro.
Partido A
Partido C
Partido B
novo estatuto
vota-se por maioria
NA FUSÃO DE PARTIDOS...
absoluta
novo órgão de
direção
11.2 - Incorporação
Na incorporação há a absorção de um partido por outro.
Após a deliberação acima, haverá uma reunião conjunta entre ambos os órgãos
nacionais para deliberação quanto ao novo órgão de direção nacional.
§ 3º Adotados o estatuto e o programa do partido incorporador, realizar-se-á, em reunião
conjunta dos órgãos nacionais de deliberação, a eleição do novo órgão de direção nacional.
Desse modo:
do acesso gratuito ao
rádio e à televisão
Por fim, foi acrescido o §9º ao art. 29, que estabeleceu uma barreira para a
fusão/incorporação, qual seja: O REGISTRO PERANTE O TSE HÁ, PELO
MENOS, 5 ANOS.
§ 9º Somente será admitida a fusão ou incorporação de partidos políticos que hajam obtido
o registro definitivo do Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, 5 (cinco) anos.
Registre-se, ainda, que por equívoco legislativo, o §6º possui a mesma redação
do anterior supracitado, razão pela qual podemos desconsiderá-lo21.
11.3 - Extinção
Hipóteses
A extinção de partidos político poderá decorrer da fusão ou da incorporação, bem
como por decisão do próprio partido político e por determinação do TSE, conforme
veremos abaixo.
Lembram dos esquemas que vimos anteriormente?
Na fusão, ambos os partidos fundidos são extintos.
PARTIDO A + PARTIDO B = PARTIDO C
Na incorporação, o partido incorporado é extinto.
PARTIDO A + PARTIDO B = PARTIDO A
Assim, temos a primeira das três hipóteses previstas na legislação quanto à
extinção de partidos políticos. Vejamos as demais em forma de esquema:
21
De acordo com o dispositivo, cuja redação fora dada pela Lei nº 13.107/2015, está prescrito:
“§ 6º No caso de incorporação, o instrumento respectivo deve ser levado ao Ofício Civil
competente, que deve, então, cancelar o registro do partido incorporado a outro”.
CANCELAMENTO DO PARTIDO
órgão regional do partido
POR NÃO PRESTAÇÃO DE
político
CONTAS
CANCELAMENTO DO
REGISTRO POR
DECISÃO DO TSE
recebimento de recursos
adoção de organização
ou subordinação a não prestação de contas
paramilitar
estrangeiros
Procedimento
Os §§ do art. 28 tratam do procedimento de cancelamento do registro. Vejamos
as informações mais relevantes para a nossa prova.
O procedimento poderá ser iniciado por duas formas: denúncia de eleitor ou de
partido político ou por representação do Procurador-Geral Eleitoral.
denúncia de eleitor
INÍCIO DO PROCESSO DE
denúncia de partido político
CANCELAMENTO PERANTE O TSE
Vejamos:
§ 1º A decisão judicial a que se refere este artigo deve ser precedida de processo
regular, que assegure ampla defesa.
§ 2º O processo de cancelamento é iniciado pelo Tribunal à vista de denúncia de qualquer
eleitor, de representante de partido, ou de representação do Procurador-Geral Eleitoral.
12 - Finanças e contabilidade
Vamos iniciar agora uma parte relevante do nosso estudo que envolve as finanças
e a contabilidade dos partidos políticos. Existem diversos dispositivos ao longo da
LPP sobre a matéria
A ESCRITURAÇÃO
CONTÁBIL VISA A
destinação de suas
despesas
Para nossa prova é relevante conhecer bem o art. 31, que veda o recebimento
de determinadas espécies de recursos financeiros. Vejamos o teor do dispositivo:
Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou
pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive
através de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I – entidade ou governo estrangeiros;
II – autoridade ou órgãos públicos, ressalvadas as dotações referidas no art. 38 [recursos
provenientes do Fundo Partidário];
III – autarquias, empresas públicas ou concessionárias de serviços públicos, sociedades de
economia mista e fundações instituídas em virtude de lei e para cujos recursos concorram
órgãos ou entidades governamentais;
IV – entidade de classe ou sindical.
Para a prova...
Havia outra regra para envio dos balanços em anos eleitorais. Contudo, com a
Lei nº 13.165/2015 essa regra foi revogada, de modo que temos apenas o
prazo do caput, do art. 32, da LPP.
O balanço contábil constitui um conjunto de informações relativas à contabilidade
do partido político, pelo qual são apresentados os resultados obtidos ao longo do
ano. Essas informações permitem o controle e a transparência do patrimônio do
partido político.
Segundo a LPP, o balanço contábil do órgão nacional será encaminhado ao TSE,
o do órgão regional ao TRE e o do órgão municipal aos Juízes Eleitorais.
Tranquilo, não?
Vejamos o dispositivo da LPP:
§ 1º O balanço contábil do órgão nacional será enviado ao Tribunal Superior Eleitoral, o dos
órgãos estaduais aos Tribunais Regionais Eleitorais e o dos órgãos municipais aos Juízes
Eleitorais.
Memorize:
O § acima traz uma regra específica aplicável apenas aos órgãos partidários
municipais. Caso não haja movimentação de recursos financeiros, ou arrecadação
de bens estimáveis em dinheiro, os órgãos municipais do partido ficam
desobrigados de apresentar o balanço à Justiça Eleitoral. Contudo, o responsável
partidário deve, no prazo de 30 de abril, apresentar uma DECLARAÇÃO DE
AUSÊNCIA DE MOVIMENTAÇÃO DE RECURSOS.
Já a regra do § 5º traz um salvo conduto aos partidos políticos.
§ 5o A desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção
alguma que o impeça de participar do pleito eleitoral.
Para a prova...
Vamos em frente!
Lembram da finalidade da escrituração contábil dos partidos e do envio
dos balanços à Justiça Eleitoral?
O controle pela Justiça Eleitoral será exercido nos termos do art. 34, vejamos:
Art. 34. A Justiça Eleitoral exerce a fiscalização sobre a prestação de contas do
partido e das despesas de campanha eleitoral, devendo atestar se elas refletem
adequadamente a real movimentação financeira, os dispêndios e os recursos aplicados nas
campanhas eleitorais, exigindo a observação das seguintes normas: (...)
No que atine à apresentação das contas, a Justiça Eleitoral estabelece uma série
de regras que devem ser observadas:
I – obrigatoriedade de designação de dirigentes partidários específicos para
movimentar recursos financeiros nas campanhas eleitorais;
II – revogado;
III – relatório financeiro, com documentação que comprove a entrada e saída de dinheiro
ou de bens recebidos e aplicados;
IV – obrigatoriedade de ser conservada pelo partido, por PRAZO NÃO INFERIOR A
CINCO ANOS, a documentação comprobatória de suas prestações de contas;
V – obrigatoriedade de prestação de contas pelo partido político e por seus candidatos
no encerramento da campanha eleitoral, com o recolhimento imediato à tesouraria do
partido dos saldos financeiros eventualmente apurados.
o partido
COM O ENCERRAMENTO DA CAMPANHADA
DEVEM PRESTAR CONTAS
os candidatos
O §1º acima é de fundamental importância, uma vez que faz distinção entre o
controle de legalidade das finanças do partido político e da não-interferência do
Estado nas atividades partidárias. Como vimos, o controle das contas dos partidos
políticos destina-se a aferir a regularidade das receitas e destinação das despesas
pelo exame da documentação, sem qualquer interferência nas atividades político-
partidárias ou na autonomia do partido.
Dos dispositivos acima...
Nós vimos, nas linhas acima, que os partidos políticos podem denunciar eventuais
irregularidades nas contas de outros partidos políticos. Segundo o § único, acima,
15 dias após a publicação das contas, os demais partidos terão prazo de 5 dias
para impugná-las.
Sobre esse dispositivo, vejamos o que ensina Rodrigo Martiniano Ayres Lins 22:
Na representação os legitimados poderão relatar fatos, indicar provas e pedir abertura de
investigação para apurar qualquer ato que viole as prescrições legais ou estatutárias a que,
em matéria financeira, os partidos e seus filiados estejam sujeitos.
22
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, rev. atual. e
ampl. Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2014, p. 251.
Suspensão no recebimento
Suspensão no recebimento Suspensão no recebimento das quotas do Fundo
de quotas do Fundo até das quotas do Fundo Partidário por 2 anos +
esclarimento da situação Partidário por 1 ano multa correspondente ao
valor excedente
RECEBIMENTO DE
RECURSOS DE ORIGEM
ESTRANGEIRA, DE
AUTORIDADES OU DE
RECURSOS DE ORIGEM ÓRGÃOS PÚBLICOS, DE RECEBER DOAÇÕES ACIMA
NÃO MENCIONADA ENTIDADES DA DOS VALORES FIXADOS
ADMINISTRAÇÃO
INDIRETA OU DE
ENTIDADES DE CLASSE OU
SINDICAL
As regras que vimos acima aplicam-se aos casos em que as contas são
apresentadas com irregularidades. Por outro lado, caso as contas sejam
desaprovadas aplica-se o disposto no art. 37, da LPP.
Antes de analisarmos esse dispositivo, atenção! A LEI Nº
13.165/2015 MODIFICOU A REDAÇÃO DO ART. 37 E
ACRESCENTOU NOVOS PARÁGRAFOS. É ASSUNTO
“FRESQUINHO” QUE CERTAMENTE CAIRÁ EM PROVA.
Art. 37. A desaprovação das contas do partido implicará exclusivamente a sanção
de devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa de até
20% (vinte por cento).
Novamente...
Juiz eleitoral em
apelação cível
contra decisão que relação às contas dos
eleitoral para o TRE
desaprova as órgãos municipais do
respectivo
contas partido
RECURSO
TRE em relação às
recurso especial
contas dos órgãos
para o TSE
regionais do partido
Em síntese:
É possível o pedido de revisão do julgamento das contas.
A decisão que analisa as contas é jurisdicional, justificando a existência
de recursos eleitorais contra as decisões proferidas.
Vejamos, na sequência os §§ 9º a 14, TODOS inseridos na Lei dos Partidos
Políticos pela Lei nº 13.165/2015. Portanto, atenção!
O §10 traz uma regra específica de comprovação dos gastos com passagens
aéreas, cuja leitura é o suficiente:
§ 10. Os gastos com passagens aéreas serão comprovados mediante apresentação de
fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando for o caso, desde que informados
os beneficiários, as datas e os itinerários, vedada a exigência de apresentação de qualquer
outro documento para esse fim.
Vejamos os §§ 11 e 12:
§ 11. Os órgãos partidários poderão apresentar documentos hábeis para esclarecer
questionamentos da Justiça Eleitoral ou para sanear irregularidades a qualquer
tempo, enquanto não transitada em julgado a decisão que julgar a prestação de contas.
§ 12. Erros formais ou materiais que no conjunto da prestação de contas não
comprometam o conhecimento da origem das receitas e a destinação das despesas não
acarretarão a desaprovação das contas.
enriquecimento
irregularidade
ilícito e lesão ao
grave e conduta dolosa
patrimônio do
insanável
partido
23
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, 10ª edição, rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Atlas
S/A, 2014, p. 96.
INTEGRA O
FUNDO
PARTIDÁRIO
Doações de Dotações
Recursos
Multas e pessoas físicas e orçamentárias da
financeiros
penalidade jurídicas União (valor
destinados por
pecuniárias. destinadas ao mínimo R$ 0.35
lei.
Fundo. X por eleitor).
Dos dispositivos acima podemos notar que as doações feitas diretamente aos
partidos políticos devem observar algumas regras específicas:
Qualquer das três esferas de administração do partido (nacional, regional
ou municipal) poderá receber valores.
Os valores recebidos devem ser informados ao órgão superior do partido,
bem como à Justiça Eleitoral, indicando, inclusive a destinação conferida ao
dinheiro.
Não é à toa que a jurisprudência do TSE entende que a
ausência de abertura de conta corrente e recebimento de
recursos sem identificação do doador são vícios que atingem a transparência e
comprometem a fiscalização da regularidade da prestação de contas. Esse foi o
entendimento consubstanciado no Acórdão no AgR-REspe nº 2.834.940/201224:
RECURSO ESPECIAL. PRESTAÇÃO DE CONTAS DE PARTIDO. EXERCÍCIO FINANCEIRO DE
2006. DESAPROVAÇÃO. FALHAS QUE COMPROMETEM A CONFIABILIDADE E A
FISCALIZAÇÃO DAS CONTAS PELA JUSTIÇA ELEITORAL. FUNDAMENTOS NÃO INFIRMADOS.
DESPROVIMENTO.
1. A ausência de abertura de conta corrente, bem como o recebimento de recursos sem a
devida identificação do doador, em inobservância ao que dispõe o art. 4º, § 2º, da
Resolução-TSE nº 21.841/2004, não consubstanciam falhas meramente formais, mas vícios
24
Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral nº 2834940, Acórdão de 06/03/2012,
Relator(a) Min. MARCELO HENRIQUES RIBEIRO DE OLIVEIRA, Publicação: DJE - Diário de justiça
eletrônico, Tomo 69, Data 13/04/2012, Página 30.
Não iremos comentar esses dispositivos aqui, porque não é assunto da aula. Para
nós, importa saber que existem limites estabelecidos para as doações efetuadas
por pessoas físicas.
Por fim, registre-se que o TSE permite que os órgãos locais dos partidos políticos
efetuem doações às candidaturas federais e estaduais. É o que se extrai do
excerto abaixo da ementa do REspe nº 780.819/201225:
ELEIÇÕES ESTADUAIS - PRESTAÇÃO DE CONTAS - REJEIÇÃO - DOAÇÃO DE FONTE NÃO
IDENTIFICADA - RECOLHIMENTO AOS COFRES PÚBLICOS - FONTE IDENTIFICADA - RECIBO
ELEITORAL EMITIDO - APROVAÇÃO DAS CONTAS.
(...) A doação realizada por partido político está prevista como fonte lícita de captação de
recursos para campanha eleitoral (Res.-TSE nº 23.217/2010, art. 14, IV e art. 39, § 5º, da
Lei nº 9.096/95, acrescido pela Lei nº 12.034/2009).
25
Recurso Especial Eleitoral nº 780819, Acórdão de 01/08/2012, Relator(a) Min. HENRIQUE
NEVES DA SILVA, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 156, Data 15/08/2012,
Página 72-73.
Sobre o §3º do art. 44, cuja redação fora dada pela Lei 12.891/2013, é
importante destacar que embora os recursos do Fundo Partidário tenham
natureza pública, o empenho e a utilização não dependem de processo
licitatório.
§ 3º Os recursos de que trata este artigo NÃO estão sujeitos ao regime da Lei no 8.666,
de 21 de junho de 1993, tendo os partidos políticos autonomia para contratar e realizar
despesas.
Vejamos o §6º:
Em relação aos recursos que devem ser destinados aos institutos de pesquisa, se
o partido político não aplicar os valores com os quais se comprometeu a aplicar,
os valores que deveriam ter sido aplicados serão subtraídos para serem
encaminhados a outros partidos a fim de que seja dada a correta destinação.
Vejamos, por fim, a redação do §7º, cuja leitura é o suficiente:
§ 7º A critério da secretaria da mulher ou, inexistindo a secretaria, a critério da fundação
de pesquisa e de doutrinação e educação política, os recursos a que se refere o inciso V do
caput poderão ser acumulados em diferentes exercícios financeiros, mantidos em contas
bancárias específicas, para utilização futura em campanhas eleitorais de candidatas do
partido, não se aplicando, neste caso, o disposto no § 5º.
Pergunta-se:
Dessas espécies de propaganda, qual será o objeto de nossos estudos?
O esquema abaixo responde!
propaganda institucional
propaganda intrapartidária
PROPAGANDA POLÍTICA
propaganda partidária
propaganda eleitoral
26
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, p. 487.
difundir os programas
do partido
entre as 19 horas e 30
minutos e 22 horas.
PROPAGANDA
transmitir mensagens
PARTIDÁRIA
aos filiados
GRATUITA
Finalidade
divulgar a posição do
partido quanto aos
assuntos da
comunidade
promover e difundir a
participação política
feminina (mín. 10%)
programa em bloco ou
TSE
inserções nacionais
programa em bloco ou
TRE inserções transmitidas nos
Estados
27
Representação nº 107182, Acórdão de 24/06/2010, Relator(a) Min. ALDIR GUIMARÃES
PASSARINHO JUNIOR, Publicação: DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Data 27/08/2010, Página
91.
28
ADI 4617, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 19/06/2013, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-029 DIVULG 11-02-2014 PUBLIC 12-02-2014
45, § 3º, da Lei nº 9.096/95, estabelecendo a legitimidade concorrente dos partidos políticos
e do Ministério Público Eleitoral para a propositura da reclamação de que trata o dispositivo.
PRAZO PARA
APRESENTAR A
IMPUGNAÇÃO
regra especificidade
Destaca-se:
As emissoras de rádio e de TV devem realizar a transmissão de forma
gratuita.
As transmissões serão em bloco, em cadeira ou por inserções.
A transmissão em cadeia depende de autorização do TSE, com requisição
à emissora, com antecedência de 15 dias, dos horários disponíveis.
Vejamos, na sequência, o §5º, cuja redação foi dada pela Lei nº 12.891/2013:
§ 5º O material de áudio e vídeo com os programas em bloco ou as inserções será
entregue às emissoras com antecedência mínima de 12 (doze) horas da
transmissão, podendo as inserções de rádio ser enviadas por meio de correspondência
eletrônica.
Para finalizar, devemos analisar com calma o §8º, cuja redação fora dada pela
Lei nº 12.891/2013 e, por isso, tem grandes chances de figurar em nossa prova.
O art. 48, por sua vez, foi declarado inconstitucional pelo STF na ADI nº
1.351/2006 e nº 1.354/2006.
Art. 48. O partido registrado no Tribunal Superior Eleitoral que não atenda ao
disposto no art. 13 tem assegurada a realização de um programa em cadeia
nacional, em cada semestre, com a duração de dois minutos.
14 - Disposições Finais
14.1 - Disposições Gerais
Art. 50. Vetado
Art. 51
nacionais.
Art. 54. Para fins de aplicação das normas estabelecidas nesta Lei, consideram-se como
equivalentes a Estados e Municípios o Distrito Federal e os Territórios e respectivas divisões
político-administrativas.
Os dispositivos taxados foram declarados inconstitucionais pelo STF nas ADI nºs
1.351/2006 e 1.354/2006.
Art. 57. No período entre o início da próxima Legislatura e a proclamação dos resultados
da segunda eleição geral subseqüente para a Câmara dos Deputados, será observado o
seguinte:
I – direito a funcionamento parlamentar ao partido com registro definitivo de seus estatutos
no Tribunal Superior Eleitoral até a data da publicação desta Lei que, a partir de sua
fundação tenha concorrido ou venha a concorrer às eleições gerais para a Câmara dos
Deputados, elegendo representantes em duas eleições consecutivas:
a) na Câmara dos Deputados, toda vez que eleger representante em, no mínimo,
cinco Estados e obtiver um por cento dos votos apurados no País, não computados
os brancos e os nulos;
b) nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores, toda vez que,
atendida a exigência do inciso anterior, eleger representante para a respectiva
Casa e obtiver um total de um por cento dos votos apurados na circunscrição, não
computados os brancos e os nulos;
II – Revogado.
III – é assegurada, aos partidos a que se refere o inciso I, observadas, no que couber, as
disposições do Título IV:
a) a realização de um programa, em cadeia nacional, com duração de dez minutos por
semestre;
b) a utilização do tempo total de vinte minutos por semestre em inserções de trinta
segundos ou um minuto, nas redes nacionais e de igual tempo nas emissoras dos
Estados onde hajam atendido ao disposto no inciso I, b.
Art. 58. A requerimento de partido, o Juiz Eleitoral devolverá as fichas de filiação partidária
existentes no Cartório da respectiva Zona, devendo ser organizada a primeira relação de
filiados, nos termos do art. 19, obedecidas as normas estatutárias.
Parágrafo único. Para efeito de candidatura a cargo eletivo será considerada como
primeira filiação a constante das listas de que trata este artigo.
Os dispositivos taxados foram declarados inconstitucionais pelo STF nas ADI nºs
1.351/2006 e 1.354/2006.
Art. 59 e art. 60. Diplomas alteradores, sem relevância para nós.
Art. 61. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para a fiel execução desta Lei.
Art. 62. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 63. Ficam revogadas a Lei nº 5.682, de 21 de julho de 1971, e respectivas alterações;
a Lei nº 6.341, de 5 de julho de 1976; a Lei nº 6.817, de 5 de setembro de 1980; a Lei nº
15 - Questões
Temos a seguinte distribuição de questões, que denota a importância dos
assuntos para fins de prova:
O caráter nacional dos partidos políticos é garantido com a vinculação das candidaturas, em
âmbito estadual, distrital ou municipal, às escolhas e ao regime das coligações eleitorais
estabelecidas pela direção partidária nacional.
Organização da sociedade civil constituída como pessoa jurídica de direito público, o partido
político destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do
sistema representativo e a defender os direitos fundamentais.
e) II e III.
Assinale a opção correta acerca da Lei n.º 9.096/1995, que dispõe sobre
partidos.
a) Para desligar-se de partido, o filiado deve encaminhar ao órgão de direção
municipal seu pedido de desligamento, que, se negado, deverá ser apreciado
pelo juiz eleitoral da zona em que for inscrito.
b) A decisão partidária no sentido do deferimento do cancelamento da
filiação é necessária para que o vínculo com o partido torna-se extinto para
todos os efeitos.
c) É proibida a filiação de um eleitor a um partido político antes de seu
desligamento do outro partido ao qual era filiado.
d) A organização e o funcionamento dos partidos são determinados por lei
específica.
e) Os órgãos de direção nacional de partidos políticos têm pleno acesso às
informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral.
(D) serão somados aos do partido Beta para efeito do acesso gratuito ao
rádio e à televisão.
(E) permitirão ao partido Beta a utilização do triplo do tempo que teria de
acesso gratuito ao rádio e à televisão.
15.2 – Gabarito
Questão 01 – C Questão 02 – D
Questão 03 – D Questão 04 – C
Questão 05 – A Questão 06 – A
Questão 19 – A Questão 20 – E
Questão 21 – A Questão 22 – B
Questão 23 – B Questão 24 – C
Questão 25 – C Questão 26 – D
Questão 27 – B Questão 28 – B
Questão 31 – D Questão 32 – B
Questão 33 – E Questão 34 – D
Questão 35 – E Questão 36 – E
Questão 47 – B Questão 48 – E
Questão 49 – E Questão 50 – A
Questão 51 – A Questão 52 – B
Questão 57 – B Questão 58 – C
Questão 59 – D Questão 60 – A
Questão 63 – C Questão 64 – D
Questão 65 – C Questão 66 – E
Questão 67 – B Questão 68 – A
Questão 71 – E Questão 72 – E
Questão 81 – A Questão 82 – C
Questão 83 - D Questão 84 – C
Questão 85 – C Questão 86 – A
Questão 87 – D Questão 88 – C
Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. É vedado aos partidos
políticos adotar uniforme para seus membros. Dessa forma, uma cláusula que
preveja o tipo e a cor do uniforme não poderá constar em Estatuto. Vejamos o
art. 6º, da LPP.
Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-
se de organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros.
Comentários
Vamos analisar cada um dos itens.
O item I está correto, com base no art. 51, da Lei dos Partidos Políticos.
Art. 51. É assegurado ao partido político com estatuto registrado no Tribunal
Superior Eleitoral o direito à utilização gratuita de escolas públicas ou Casas
Legislativas para a realização de suas reuniões ou convenções, responsabilizando-
se pelos danos porventura causados com a realização do evento.
O item II está incorreto, pois não há qualquer previsão nesse sentido. Inclusive,
seria caso de violação ao direito de propriedade.
O item III está incorreto, pois a sede do partido deve ser na capital federal.
Vejamos o art. 15, da LPP.
Art. 15. O Estatuto do partido deve conter, entre outras, normas sobre:
I - nome, denominação abreviada e o estabelecimento da sede na Capital Federal;
Comentários
Trata-se de uma questão que cobra o conhecimento do art. 2º da Lei 9.096/1995.
A única alternativa que não apresenta uma das exigências para os partidos
políticos é a alternativa D que está incorreta e é o gabarito da questão.
Vejamos o esquema de aula.
soberania
caráter nacional
nacional
regime proibição de
democrático recursos e
subordinação
estrangeira
pluripartidarismo
prestação de
contas
direitos
fundamentais da
funcionamento
pessoa humana
parlamentar
Comentários
A questão cobra a literalidade o art. 7º, § 1º, da LPP.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Trata-se de
jurisprudência do TSE conferida no Resp. 22.132. Vejamos:
Consulta. Partido político. Funcionamento parlamentar. Matéria não eleitoral. Não-
conhecimento. O TSE não responde consulta envolvendo questão relativa ao funcionamento
dos partidos políticos.
Art. 12. O partido político funciona, nas Casas Legislativas, por intermédio de uma bancada,
que deve constituir suas lideranças de acordo com o estatuto do partido, as disposições
regimentais das respectivas Casas e as normas desta Lei.
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está correta é o gabarito da questão. De acordo com o art. 21
da Lei 9.096/1995, caso o filiado deseje se desligar do partido deverá comunicar
por escrito o órgão de direção municipal do partido e ao Juiz Eleitoral.
A alternativa B está incorreta, pois somente poder se filiar o eleitor que estiver
no pleno gozo dos direitos políticos, conforme estabelece o art. 16 da Lei dos
Partidos Políticos. Logo, o estado que a pessoa se encontra poderá ser
determinante para a filiação.
A alternativa C está incorreta, pois os prazos de filiação partidária poderão sim
ser fixados pelo estatuto do partido, segundo prevê o art. 20 da Lei 9.096/1995.
O que não é possível é fixar período inferior a 6 meses, mínimo estabelecido pela
legislação eleitoral.
A alternativa D também está incorreta. A personalidade, de acordo com o art.
8º da Lei 9.096/1995, é constituído com o registro civil. O registro, ao contrário,
do afirmado na questão ocorrerá perante o “Registro Civil das Pessoas Jurídicas”.
A alternativa E está incorreta, pois o partido é livre para estabelece estrutura,
organização e funcionamento. Além disso, os recursos do Fundo Partidário
provêm de várias fontes de receita, entre elas receitas e penalidade, recursos
financeiros, doações e dotações orçamentárias.
Comentários
A alternativa A está incorreta, a propaganda partidária é assegurada aos
partidos que possuem representação de pelo menos um eleito no Congresso
Nacional, de acordo com o art. 49 da LPP.
A alternativa B está correta e é o gabarito a questão de acordo com o art. 28,
inciso III, da LPP. A não prestação de contas pelo partido é um dos motivos que
enseja o cancelamento do registro.
A alternativa C está incorreta. No caso de fusão entre partidos, a reunião é
conjunta e a votação se dá por maioria absoluta.
A alternativa D está incorreta, pois a responsabilidade civil e trabalhista cabe
ao órgão partidário municipal, estadual ou nacional que tiver do causa ao não
cumprimento da obrigação, de acordo com o art. 15-A, da LPP.
A alternativa E está incorreta. Muito pelo contrário, o integrante da bancada do
partido na casa Legislativa deve se subordinar aos princípios e diretrizes do
partido, de acordo com o art. 24, da LPP.
Comentários
A assertiva está incorreta. Em relação ao apoiamento mínimo vejamos os
requisitos constantes do § 1º, do art. 7º, da Lei 9.096/95.
1º) prova do apoiamento no prazo de dois anos.
2º) Deve-se obter a assinatura com a indicação do título eleitoral de ao
menos 0,5% do número de votos computados para a última eleição para a
Câmara dos Deputados. NÃO são levados em consideração os votos nulos
e brancos.
3º) As assinaturas acima devem ser registradas em pelo menos 1/3 dos
Estados-membros brasileiros.
4º) Cada um desses Estados deverá computar, pelo menos 0,1% do
eleitorado.
Assim, ao invés do eleitorado nacional, exige-se do número de assinaturas
equivalente a 0,5% dos votos conferidos à Câmara dos Deputados.
Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista o que prevê o art. 7º, § 3º, da Lei
9.096/95.
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a
exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros
partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão.
denominação
COM O REGISTRO NO
TSE, O PARTIDO a exclusividade da siglas
ASSEGURA
símbolos
Comentários
A assertiva está correta. Não tratamos desse assunto em aula propriamente,
posto que é matéria de Direito Civil, ou melhor, de Direito Empresarial. Contudo,
como o CESPE gosta de interdisciplinaridades, é importante que conheçamos ao
menos o dispositivo do CC.
A resposta da questão está no Código Civil, art. 44 e 45. Vejamos:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: (...)
V - os partidos políticos. (...)
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição
do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar
o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas
de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua
inscrição no registro.
Comentários
A assertiva está incorreta. Como sabemos, os partidos políticos adquirem
personalidade na forma da lei civil. Esse ato que lhes confere personalidade. Além
disso, o registro do estatuto do partido político deve ser registrado no TSE e não
no TRE como diz a questão. Vejamos a regrativa constitucional, do §2º, do
art. 17.
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois a responsabilidade cabe à diretoria que deu
causa ao descumprimento legal. Vejamos o art. 15-A, da Lei 9.096/95.
Art. 15-A. A responsabilidade, inclusive civil e trabalhista, cabe EXCLUSIVAMENTE ao
órgão partidário municipal, estadual ou nacional que tiver dado causa ao não cumprimento
da obrigação, à violação de direito, a dano a outrem ou a qualquer ato ilícito, excluída a
solidariedade de outros órgãos de direção partidária.
Comentários
Comentários, a assertiva está incorreta. Não há mais verticalização das
candidaturas, desde a EC 52/2006, conforme art. 17, § 1º, d CF.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária.
Comentários
A assertiva está correta. Trata-se de mais uma questão exigindo o conhecimento
da constituição dos partidos políticos e do art. 7º, da Lei 9.096/95. Vejamos o §
2º, o qual respalda a assertiva:
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode
participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito
ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, de acordo com o art. 19,
§ 3º.
Art. 19. Na segunda semana dos meses de abril e outubro de cada ano, o partido, por seus
órgãos de direção municipais, regionais ou nacional, deverá remeter, aos juízes eleitorais,
para arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para efeito
de candidatura a cargos eletivos, a relação dos nomes de todos os seus filiados, da qual
constará a data de filiação, o número dos títulos eleitorais e das seções em que estão
inscritos
§ 3º Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às informações
de seus filiados constantes do cadastro eleitoral.
Comentários
A assertiva está correta. Cabe aos partidos políticos defender os direitos
fundamentais, conforme art. 2º, da Lei 9.096/95.
Art. 2º É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas
respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos
fundamentais da pessoa humana.
Lembrem-se:
a assegurar a autencidadade do
sistema representativo.
OS PARTIDOS
POLÍTICOS
DESTINAM-SE
a defender os direitos
fundamentais.
Comentários
A assertiva está incorreta. Ilustremos a questão com o art. 1º da Lei nº
9.096/1995:
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no
interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender
os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
Comentários
A assertiva está correta. Como bem sabemos, a questão traz a regrativa
constitucional quanto à criação e registro do estatuto dos partidos políticos.
Vamos relembrar o que prevê o art. 17, caput e § 2º, da CF.
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados
a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais
da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
Registro no
TSE
Constituição
de dirigentes
Apoiamento e de órgãos
Mínimo definitivos.
Registro Civil
•Aquisição da
Fundação personalidade
•Ata civil
•Designação de
dirigentes e de
órgãos
provisórios
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas:
A alternativa A é a correta e é gabarito da questão. Essa alternativa bem
sintetiza a evolução jurisprudencial em torno da questão da verticalização das
coligações.
O estudo da verticalização partidária remete ao art. 17, §1º, da CF.
Em que pese a liberdade conferida aos partidos políticos, a Resolução TSE nº
21.002/2002 impunha a obrigatoriedade de que os partidos políticos coligados
Comentários
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, de acordo com o
art. 1º, da Lei dos Partidos Políticos.
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no
interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender
os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, com fundamento no art.
2º, da LPP, já citado. Trata-se da liberdade e autonomia partidária.
A alternativa B está incorreta por incompletude. O partido político, conforme
art. 3º, é autônomo para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento.
Art. 3º É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento.
A alternativa E está incorreta, pois o registro do estatuto deve ser feito no TSE.
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode
participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito
ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois é vedado ao partido formular sua
organização com instrução paramilitar.
Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de
organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros.
Art. 18. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao respectivo partido
pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições, majoritárias ou proporcionais.
A alternativa E está incorreta, pois o partido político deve ser constituído como
pessoa jurídica de direito privado.
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas:
A alternativa A está incorreta, pois apenas 5% dos recursos do Fundo Partidário
serão distribuídos de forma paritária. O restante (95%) será distribuído
proporcionalmente aos partidos com representação na Câmara dos Deputados,
segundo entendimento do STF.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão em razão do que prevê o
art. 6º da Lei dos Partidos Políticos.
Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de
organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros.
Comentários
Os partidos políticos constituem instituição fundamental do nosso sistema
eleitoral e estão disciplinados expressamente no art. 17 da CF. Em relação ao
registro dos partidos políticos prevê o §2º
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
Comentários
A alternativa A está incorreta. A personalidade jurídica do partido, como de
qualquer outra empresa, é adquirida com o registro os atos constitutivos.
Devemos lembrar, ainda, que o registro será Cartório de Registro Civil das
Pessoas Jurídicas de Brasília.
Vejamos o artigo 17, § 2º.
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, NA FORMA DA LEI
CIVIL, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
A alternativa D está incorreta, pois não há qualquer tipo de aprovação pelo TSE.
Vejamos o art. 17, § 1º.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária.
Comentários
Trata-se de uma questão bastante tranquila cujo fundamento é extraído do
art. 15 da Lei das Eleições.
Art. 15. O estatuto do partido deve conter, entre outras, normas sobre:
I – nome, denominação abreviada e o estabelecimento da sede na Capital Federal;
II – filiação e desligamento de seus membros;
III – direitos e deveres dos filiados;
IV – modo como se organiza e administra, com a definição de sua estrutura geral e
identificação, composição e competências dos órgãos partidários nos níveis municipal,
estadual e nacional, duração dos mandatos e processo de eleição dos seus membros;
V – fidelidade e disciplina partidárias, processo para apuração das infrações e aplicação das
penalidades, assegurado amplo direito de defesa;
VI – condições e forma de escolha de seus candidatos a cargos e funções eletivas;
VII – finanças e contabilidade, estabelecendo, inclusive, normas que os habilitem a apurar
as quantias que os seus candidatos possam despender com a própria eleição, que fixem os
limites das contribuições dos filiados e definam as diversas fontes de receita do partido,
além daquelas previstas nesta Lei;
VIII – critérios de distribuição dos recursos do Fundo Partidário entre os órgãos de nível
municipal, estadual e nacional que compõem o partido;
IX – procedimento de reforma do programa e do estatuto.
Comentários
Trouxemos a presente questão para que vocês fixem os percentuais de
apoiamento mínimo para registro do partido político no TSE.
Desse modo a alternativa B é a correta, posto que constitui reprodução do art.
7º, §1º:
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento
de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco
décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço,
ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do
eleitorado que haja votado em cada um deles.
Alternativa C
c) pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por dois quintos,
ou mais, dos Estados, com um mínimo de um por cento do eleitorado que haja votado em
cada um deles.
Alternativa D
d) pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou
mais, dos Estados, com um mínimo de um por cento do eleitorado que haja votado em
cada um deles.
Alternativa E
e) pelo menos, um por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por dois terços,
ou mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado que haja
votado em cada um deles.
Comentários
Vejamos o que nos diz o art. 7º, I, da LPP:
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento
de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco
décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados,
não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos
Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado
em cada um deles.
Comentários
A assertiva está incorreta. O apoiamento mínimo deverá ser demonstrado,
conforme recente alteração legislativa promovida pela Lei nº 13.165/2015, no
período de dois anos e não de três anos, conforme referido na questão.
O restante está correto e condizente com o art. 7º, §1º, da LPP:
Comentários
Vejamos, primeiramente, o art. 16, da Lei dos Partidos Políticos.
Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos
políticos.
Dessa forma, a alternativa B está incorreta, pois o menor de 16 anos não é nem
ao menos alistável.
A alternativa C está incorreta. Não há impedimento para que o analfabeto seja
filiado, desde que tenha o alistamento eleitoral. Não é admissível que uma pessoa
filie-se a partido político se não for eleitora. Logo, o alistamento eleitoral é
pressuposto para a filiação partidária.
A alternativa D está incorreta, pois o brasileiro naturalizado que perde a
naturalização perde seus direitos políticos.
A alternativa E está incorreta, por trazer um caso de suspensão dos direitos
políticos.
Dito de outro modo, o TSE entende que a inelegibilidade, desde que não seja
fundada em improbidade, não impede a filiação partidária. Portanto, é possível a
filiação daquele que for condenado por improbidade administrativa.
29
RECURSO ESPECIAL ELEITORAL nº 23351, Acórdão nº 23351 de 23/09/2004, Relator(a) Min.
FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, Relator(a) designado(a) Min. HUMBERTO GOMES DE BARROS,
Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data 23/09/2004.
Comentários
O item I está correto, de acordo com a Resolução 23.117/09, do TSE.
Art. 1º Somente poderá filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos
políticos (Lei nº 9.096/95, art. 16), ressalvada a possibilidade de filiação do eleitor
considerado inelegível (Ac.-TSE nºs 12.371, de 27 de agosto de 1992, 23.351, de 23 de
setembro de 2004 e 22.014, de 18 de outubro de 2004).
O item III está correto de acordo com o § único do art. 22, da Lei 9.096.
Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente,
devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais.
Comentários
A alternativa A está incorreta, como vimos acima, no caso de duplicidade de
filiação partidária, permanecerá a mais recente.
A alternativa B está correta, com base no caput do art. 20.
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação
partidária superiores aos previstos nesta Lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos.
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas
a candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição.
A alternativa E está incorreta, com base no art. 17, caput, citado acima. A
filiação estará deferida com o atendimento das regras previstas no estatuto do
partido.
Comentários
A questão exige o conhecimento do art. 21.
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção
municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da comunicação, o vínculo
torna-se extinto, para todos os efeitos.
c) pode ter seu prazo legal ampliado pelo estatuto do partido político.
d) pode ter seu prazo alterado pelo estatuto do partido político no ano da
eleição.
e) exige que o eleitor esteja em pleno gozo de seus direitos políticos.
Comentários
A alternativa A está incorreta. A desfiliação partidária pode ocorrer por
iniciativa do partido em diversas situações, conforme mencionado em aula.
A alternativa B está incorreta, pois para concorrer a mandato eletivo é
obrigatória a filiação partidária. Não há que se falar em candidaturas
avulsas no Direito Eleitoral brasileiro.
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão, pois o partido
político terá ampla liberdade para determinar os prazos de filiação em seu
estatuto. Deve, contudo, respeitar o mínimo de 6 meses estabelecido pela
legislação eleitoral e não poderá promover alteração do prazo no ano
eleitoral.
A alternativa D está correta, tendo em vista o parágrafo único do art. 20,
que veda alteração desse prazo no ano eleitoral.
A alternativa E está incorreta, pois para se filiar a um partido político o
cidadão precisa estar em pleno gozo de seus direitos políticos.
Comentários
A questão exige o conhecimento do art. 22, da Lei dos partidos Políticos,
especificamente o trecho alterado em 2013 pela Lei nº 12.891.
Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de:
I - morte;
Comentários
As alternativas A e B estão corretas, conforme art. 22, II e III, da LPP.
Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de:
II - perda dos direitos políticos;
III - expulsão;
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação
partidária superiores aos previstos nesta Lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos.
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas
a candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição.
Comentários
A assertiva está incorreta. A questão é uma grande
pegadinha de prova.
Como vimos em aula, o mandato é do partido político de modo que se o exercente
do cargo for desfiliado por infidelidade, a vaga será preenchida pelo próprio
partido.
Há, contudo, uma possibilidade em que outro partido poderá preencher o cargo
vago. Tal hipótese ocorre em coligações partidárias. Desse modo, é
perfeitamente factível que outro partido coligado assuma a cadeira em razão do
número de votos obtidos no certame eleitoral.
Portanto, o termo “necessariamente” tornou a alternativa incorreta.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Não existe tal previsão na legislação eleitoral.
Compete ao interessado tão somente informar o órgão municipal e à zona
eleitoral o ato de desfiliação.
Órgão eleitoral de
direção municipal
respectivo; e
O DESFILIADO DEVERÁ
COMUNICAR O
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A assertiva está correta. Para responder a questão devemos estar cientes do
texto do art. 366, do CE.
Art. 366. Os funcionários de qualquer órgão da Justiça Eleitoral não poderão pertencer a
diretório de partido político ou exercer qualquer atividade partidária, sob pena de demissão.
Trouxemos essa questão aqui, pois ela foi cobrada como pertencente ao tema de
partidos políticos, embora esteja prevista nas disposições gerais e transitórias do
CE.
Assim, não se esqueça...
Comentários
A assertiva está incorreta. Ao contrário do que diz a questão, o integrante da
bancada do partido deve subordinar sua ação às diretrizes estabelecidas pelos
órgãos de direção dos partidos políticos. É o que dispõe o art. 24, da Lei 9.096/95.
Art. 24. Na Casa Legislativa, o integrante da bancada de partido deve subordinar sua ação
parlamentar aos princípios doutrinários e programáticos e às diretrizes estabelecidas pelos
órgãos de direção partidários, na forma do estatuto.
Comentários
A assertiva está correta. Vejamos o que prescreve o art. 22, da Lei 9.0996/95.
Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de:
I - morte;
II - perda dos direitos políticos;
III - expulsão;
IV - outras formas previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido no prazo
de quarenta e oito horas da decisão.
V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva Zona
Eleitoral.
A questão foi muito mal redigida pela banca. O fundamento foi retirado do art.
22, I combinado com o prazo previsto no inc. IV. Infelizmente esse tipo de
questão comum.
Comentários
O gabarito original dessa questão era incorreto, pois fundamentado na Resolução
TSE nº 22.610/2007. Contudo, com o art. 22-A da LPP, com redação dada pela
Lei nº 13/165/2015 não consta do rol do parágrafo único como hipótese de justa
causa a desfiliação para fundar novo partido.
Vejamos:
Art. 22-A. PERDERÁ o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem
justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária SOMENTE
as seguintes hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
II - grave discriminação política pessoal; e
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de
filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.
Em face disso, está correta a assertiva, uma vez nos incisos do parágrafo único
não consta a hipótese referida na assertiva
Comentários
A assertiva está incorreta. A época em que foi redigida está correta a assertiva,
porque não havia delimitação legislativa de justa causa para a desfiliação
partidária.
Contudo, atualmente há o art. 22-A da LPP, que prevê:
Art. 22-A. PERDERÁ o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem
justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária SOMENTE
as seguintes hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
II - grave discriminação política pessoal; e
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de
filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.
Comentários
A assertiva está incorreta. O cidadão precisa estar filiado há pelo menos seis
meses (a contar da data das eleições) para concorrer a mandato eletivo.
O fundamento da questão não consta mais do art. 18 da LPP, que foi revogado.
Mas no art. 9º da Lei das Eleições, que prevê:
Art. 9o Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na
respectiva circunscrição pelo prazo de, PELO MENOS, UM ANO antes do pleito, e
estar com a filiação deferida pelo partido NO MÍNIMO SEIS MESES antes da data
da eleição.
Portanto...
Comentários
A assertiva está incorreta, pois os órgãos de direção nacional dos partidos
possuem pleno acesso às informações de seus filiados, de acordo com o § 3º,
do art. 19 da Lei 9.096/1995:
§ 3o Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão PLENO ACESSO às
informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral.
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O CESPE deixou claro
nessa questão que adota a posição do STF, segundo o qual a perda do cargo por
infidelidade partidária não se aplica aos detentores de cargos políticos pelo pleito
majoritário.
Contudo, a nosso ver, a questão deveria ser mais clara, pois a edição da Lei
13.165/2015 não foi objeto da ADI e, formalmente, é validade. Como ela não faz
distinção entre cargos proporcionais ou majoritário, não podemos restringir a
aplicação do texto legal.
A alternativa B está incorreta, pois de acordo com o art. 22 da Lei 9.504/1997
é obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica
para registrar todo o movimento financeiro da campanha. Desse modo, não há
que se falar em afronta à autonomia partidária.
A alternativa C está incorreta, pois de acordo com o art. 28 da Lei 9.096/1995
o TSE, após o trânsito em julgado da decisão, determinará o cancelamento tanto
o estatuto como o registro civil.
A alternativa D está incorreta, pois o pagamento de multas eleições não está
entre as hipóteses previstas no art. 44 da Lei 9.096/1995.
De acordo com o referido dispositivo, os recursos do Fundo Partidário serão
aplicados:
na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o pagamento de
pessoal
na propaganda doutrinária e política;
no alistamento e campanhas eleitorais;
na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de
doutrinação e educação política;
na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da
participação política das mulheres;
no pagamento de mensalidades, anuidades e congêneres devidos a
organismos partidários internacionais que se destinem ao apoio à pesquisa,
ao estudo e à doutrinação política; e
Comentários
Confira cada uma das alternativas.
A alternativa A está incorreta. De acordo com o §5º do art. 44 da Lei
9.096/1995, caso não haja destinação do mínimo de 5% voltado para a
participação política das mulheres, o partido deverá transferir o saldo para conta
específica, vedada a aplicação de finalidade diversa, ainda que urgente.
Se isso não for cumprido, sofrerá penalidade consistente no dever de aplicar
12,5% a mais para a referida promoção.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 44,
IV, combinado com o §6º, da Lei 9.096/1995, parte dos recursos do Fundo
Partidário devem ser destinados à criação e manutenção de instituto ou fundação
de pesquisa e de doutrinação e educação política, equivalente a, pelo menos,
20% do total recebido. Se todo esse montante não for aplicado ao longo do ano,
a sobra poderá ser revertida para outras atividades partidárias.
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas
A alternativa A está incorreta. A prestação de contas dos partidos e as despesas
de campanha eleitoral devem ser fiscalizadas pela Justiça Eleitoral conforme
estabelece o art. 34 da Lei 9.096/1995. No que diz respeito, contudo, à
constituição de comitês, a Lei 13.165/2015 retirou a obrigatoriedade de
constituição de comitês, de modo que está incorreta a alternativa.
A alternativa B foi considerada incorreta, pois a saída do partido para a criação
de novo partido político ou para que seja incorporado ou fundido a outro partido
não constitui uma das hipóteses excepcionais de justa causa previstas no art. 22-
A da Lei 9.096/1995.
A alternativa C também está incorreta. A alternativa inicia de forma correta,
naõ é obrigatória a prestação de contas dos órgãos municipais que não tenham
movimentado recursos financeiro ou arrecadado bens estimáveis em dinheiro
pela redação do art. 34, §4º, da Lei 9.096/1995.
Contudo, a desaprovação das contas do partido não enseja sanção que o impeça
de concorrer às eleições, em razão do que consta expressamente do art. 32, §5º,
da Lei 9.096/1995.
Está incorreta a alternativa D. O art. 37, §2º, da Lei 9.096/1995 prevê a
responsabilidade exclusiva da esfera partidária pelas contas desaprovadas. Não
há que se falar, portanto, em responsabilidade solidária.
Finalmente, está correta a alternativa E, gabarito da questão, com fundamento
no art. 44, IV, da Lei dos Partidos Políticos, na medida em que os recursos
oriundos do Fundo Partidário podem ser aplicados “no pagamento de
mensalidades, anuidades e congêneres devidos a organismos partidários
internacionais que se destinem ao apoio à pesquisa, ao estudo e à doutrinação
política, aos quais seja o partido político regularmente filiado”.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é exatamente o que
prevê o parágrafo único do art. 22, da LPP.
Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais
recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais.
Comentários
A questão exige o conhecimento do art. 9º da Lei das Eleições, com redação dada
pela Lei nº 13.165/2015.
Quanto às condições de elegibilidade, lembre-se:
Comentários
A presente questão é importantíssima, pois envolve o art. 22-A, da LPP, com
redação dada pela Lei nº 13.165/2015.
Vejamos:
Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa,
do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as
seguintes hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
II - grave discriminação política pessoal; e
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de
filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.
Da leitura dos incisos acima, notamos que a alternativa B é a que não consta
como hipótese de justa causa para a desfiliação e, portanto, é o gabarito da
questão.
Dada a importância do assunto para a prova, lembre-se:
Comentários
A assertiva está correta, posto que reproduz a Súmula TSE nº 20/2000:
Sumula TSE nº 20/200:
A falta do nome do filiado ao partido na lista por este encaminhada à Justiça Eleitoral, nos
termos do art. 19 da Lei nº 9.096, de 19.9.1995, pode ser suprida por outros elementos de
prova de oportuna filiação.
Comentários
Está correta a assertiva, que reproduz a literalidade do caput do art. 22-A, da
LPP.
Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa,
do partido pelo qual foi eleito. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Comentários
A assertiva está incorreta. Uma das hipóteses de justa causa para a desfiliação
é a pretensão de concorrer às eleições em partido diferente do qual fora eleito.
Nesse caso, prevê o art. 22-A, parágrafo único, da LPP, que a mudança de partido
efetuada durante o período de 30 dias antes do prazo para filiação exigido em lei
para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato
vigente, constitui justa causa para desfiliação, sem perda do mandato originário.
Comentários
Está correta a assertiva. Quanto ao art. 22-A, parágrafo único, da LPP, lembre-
se:
Comentários
Para responder essa questão precisamos ter em mente o que dispõe o art. 2º, da
Lei 9.096.
Art. 2º É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas
respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos
fundamentais da pessoa humana.
Assim, é livre a fusão de partidos políticos, de modo que não depende de prévia
autorização da Justiça Eleitoral, nem de qualquer órgão.
Comentários
A alternativa A está incorreta, com base no art. 29, § 4º. O início do novo
partido ocorre com o registro.
§ 4º Na hipótese de fusão, a existência legal do novo partido tem início com o registro, no
Ofício Civil competente da Capital Federal, do estatuto e do programa, cujo requerimento
deve ser acompanhado das atas das decisões dos órgãos competentes.
A alternativa C está correta, pois traz exatamente o que está disposto no § 5º,
do art. 29.
§ 5º No caso de incorporação, o instrumento respectivo deve ser levado ao Ofício Civil
competente, que deve, então, cancelar o registro do partido incorporado a outro.
Comentários
A questão cobrou uma regra bastante específica da Lei de Partidos Políticos. A
questão requer o conhecimento do que ocorre com o tempo de rádio e televisão
no caso de incorporação de um partido por outro.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o § 7º, do
art.29, da LPP e um esquema.
§ 7º Havendo fusão ou incorporação, devem ser somados exclusivamente os votos
dos partidos fundidos ou incorporados obtidos na última eleição geral para a
CÂMARA DOS DEPUTADOS, para efeito da distribuição dos recursos do Fundo Partidário
e do acesso gratuito ao rádio e à televisão.
Desse modo:
distribuição dos
recursos do Fundo
Partidário
NA FUSÃO e/ou INCORPORAÇÃO somam-se os
votos obtidos na última eleição geral conferidos
aos partidos envolvidos para fins de:
do acesso gratuito ao
rádio e televisão
Comentários
Nessa questão, a banca exigiu diversos conhecimentos da Lei dos Partidos
Políticos, acerca da fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos, cuja
disciplina inicia-se a partir do art. 27.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, em razão do que prevê
o art. 29, §1º, da LPP:
Art. 29. Por decisão de seus órgãos nacionais de deliberação, dois ou mais partidos poderão
fundir-se num só ou incorporar-se um ao outro.
§ 1º No primeiro caso, observar-se-ão as seguintes normas:
I - os órgãos de direção dos partidos elaborarão projetos comuns de estatuto e programa;
II - os órgãos nacionais de deliberação dos partidos em processo de fusão votarão em
reunião conjunta, por maioria absoluta, os projetos, e elegerão o órgão de direção nacional
que promoverá o registro do novo partido.
Devemos lembrar:
novo estatuto
vota-se por maioria
NA FUSÃO DE PARTIDOS...
absoluta
novo órgão de
direção
A alternativa B está incorreta, pois a existência legal do partido não ocorre com
o registro perante o TSE, mas com o registro no ofício civil.
§ 4º Na hipótese de fusão, a existência legal do novo partido tem início com o registro, no
Ofício Civil competente da Capital Federal, do estatuto e do programa, cujo requerimento
deve ser acompanhado das atas das decisões dos órgãos competentes.
Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista o que estabelece o art. 28, da Lei
9.096/95.
Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, determina o
cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique provado:
III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral;
Comentários
A assertiva está incorreta. Embora a questão pareça estar certa, não há
qualquer menção na legislação de que deverão ser resguardados os objetivos
fundamentais do país e observados preceitos como caráter nacional e cooperação
entre os povos para o progresso da humanidade.
Comentários
A alternativa C é a correta e gabarito da questão em razão do que prevê o art.
29, § 2º, da Lei dos Partidos Políticos:
§2º No caso de incorporação, observada a lei civil, caberá ao partido incorporando deliberar
por maioria absoluta de votos, em seu órgão nacional de deliberação, sobre a adoção do
estatuto e do programa de outra agremiação.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois a fusão pressupõe a criação de um novo
partido político, logo não haverá adoção de estatuto e programa dos partidos
fundidos. Na realidade, a alternativa tentou nos confundir com o art. 29, §2º,
que trata da incorporação.
Vejamos:
§ 2º No caso de incorporação, observada a lei civil, caberá ao partido incorporando deliberar
por maioria absoluta de votos, em seu órgão nacional de deliberação, sobre a adoção do
estatuto e do programa de outra agremiação.
Art. 29. Por decisão de seus órgãos nacionais de deliberação, dois ou mais partidos poderão
fundir-se num só ou incorporar-se um ao outro.
§ 1º No primeiro caso, observar-se-ão as seguintes normas:
I – os órgãos de direção dos partidos elaborarão projetos comuns de estatuto e programa;
II – os órgãos nacionais de deliberação dos partidos em processo de fusão votarão em
reunião conjunta, por maioria absoluta, os projetos, e elegerão o órgão de direção nacional
que promoverá o registro do novo partido.
Comentários
A alternativa A está incorreta, uma vez que os partidos políticos recebem,
regularmente, recursos públicos. O maior exemplo de todos é o Fundo Partidário.
A alternativa B está incorreta, uma vez que não existe tal restrição na legislação
eleitoral.
A alternativa C é a correta e gabarito da questão em razão do que dispõe o art.
28 da LPP:
Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, determina o
cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual FIQUE
PROVADO:
I – ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira;
II – estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;
A alternativa D está incorreta uma vez que não existe tal previsão em lei.
A alternativa E está incorreta pelo mesmo motivo acima. Registre-se
adicionalmente que a rejeição das contas do partido político poderá ensejar
consequências jurídicas diversas, como a suspensão de recebimento das quotas
do Fundo Partidário, porém não o cancelamento do partido.
Comentários
Fácil essa questão, não é mesmo. Ela foi extraída do art. 17, caput, da CF.
Vejamos
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados
a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais
da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: (...)
Comentários
A alternativa A está incorreta. É vedado ao partido político receber recursos de
entidade estrangeira, não importando para qual fim seja aplicado o recuso.
Vejamos ao art. 31.
Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou
pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de
publicidade de qualquer espécie, procedente de:
A alternativa C está incorreta, pelo que estabelece o art. 35, § único. Os partidos
políticos poderão examinar as prestações de contas dos demais partidos.
Parágrafo único. O partido pode examinar, na Justiça Eleitoral, as prestações de
contas mensais ou anuais dos demais partidos, quinze dias após a publicação dos
balanços financeiros, aberto o prazo de cinco dias para impugná-las, podendo, ainda, relatar
fatos, indicar provas e pedir abertura de investigação para apurar qualquer ato que viole as
prescrições legais ou estatutárias a que, em matéria financeira, os partidos e seus filiados
estejam sujeitos.
A alternativa D está incorreta, pois viola outra proibição do art. 31, da LPP.
Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou
pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de
publicidade de qualquer espécie, procedente de:
IV - entidade de classe ou sindical.
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois o balanço anual será encaminhado
até o dia 30 de abril do ano seguinte, conforme estabelece o caput do art. 32:
Art. 32. O partido está obrigado a enviar, anualmente, à Justiça Eleitoral, o balanço contábil
do exercício findo, até o dia 30 de abril do ano seguinte.
Comentários
A alternativa A é a correta e gabarito da questão. Vimos que existe uma série
de vedações aos partidos no que diz respeito ao recebimento de valores, que
sujeitam os partidos a penalizações, inclusive a suspensão das quotas do Fundo
pelo ano seguinte.
Vejamos, nesse contexto, o art. 24, VI, combinado com o art. 25, ambos da LPP:
Art. 24 da Lei 9504/97: É vedado, a partido e candidato, receber diretamente ou
indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de
publicidade de qualquer espécie, procedente de: (...)
VI - Entidade de classe ou sindical (...).
Art. 25. O partido que descumprir as normas referentes a arrecadação e aplicação de
recursos fixadas neste lei perderá o direito ao recebimento da quota do Fundo Partidário do
ano seguinte, sem prejuízo de responderem os candidatos beneficiados por abuso do poder
econômico.
Está incorreta a alternativa B, em razão do que dispõe o art. 42, da LPP, uma
vez que os valores reverterão ao Fundo. Vejamos o dispositivo:
Art. 42. Em caso de cancelamento ou caducidade do órgão de direção nacional do
partido, reverterá ao Fundo Partidário a quota que a este caberia.
A alternativa D está incorreta, uma vez que a exceção não consta no rol do art.
24 da LPP. De todo modo, registre-se o posicionamento do TSE31:
Agravo interno. Agravo de instrumento. Eleições 2010. Deputado estadual. Doação.
Campanha. Empresa não elencada no rol taxativo do art. 24, III, da Lei 9.504/97. Licitude.
Entendimento em consonância com a jurisprudência do TSE. Súmula 83 do STJ. 1. Hipótese
em que a empresa doadora não se enquadra no rol taxativo do artigo 24, III, da Lei nº
9.504/97 (concessionário ou permissionário de serviço público), por ser produtora
independente de energia elétrica, contratada por meio de concessão de uso de bem público,
sendo lícito o recebimento da doação. 2. Entendimento em consonância com a
jurisprudência do TSE, no sentido de não ser possível dar interpretação ampliativa a
30
Pet 13467-DF/2013.
31
AgR-AI nº 14822/2012.
dispositivo que restringe direito. Aplicação da Súmula 83 do STJ. 3. Agravo interno a que
se nega provimento.”
Por fim, a alternativa E está incorreta em razão do que prevê o art. 43 da LE:
Art. 43. Os depósitos e movimentações dos recursos oriundos do Fundo Partidário serão
feitos em estabelecimentos bancários controlados pelo Poder Público Federal, pelo Poder
Público Estadual ou, inexistindo estes, no banco escolhido pelo órgão diretivo do partido.
Comentários
Vejamos cada um dos itens.
O item I está incorreto e o II correto em razão do que dispõe o art. 44, incisos II
e V, respectivamente:
Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário SERÃO aplicados: (...)
II - na propaganda doutrinária e política; (...)
V - na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política
das mulheres, criados e mantidos pela secretaria da mulher do respectivo partido político
ou, inexistindo a secretaria, pelo instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e
educação política de que trata o inciso IV, conforme percentual que será fixado pelo órgão
nacional de direção partidária, observado o MÍNIMO DE 5% (CINCO POR CENTO) DO TOTAL;
(...)
O item III está correto, com fundamento no inc. I acima, combinado com
entendimento exarado pelo TSE no AgR- RMS nº 712/2010, segundo o qual o
não cumprimento dessa regra, por si só, não implica automática rejeição das
contas da agremiação político-partidária, ainda mais quando demonstrada a
inocorrência de má-fé e desídia.
O item IV está incorreto, com fundamento no art. 41-A. Lembre-se:
DO FUNDO
PARTIDÁRIO
Distribuídos aos partidos de
acordo com a proporção dos
95% votos recebidos nas últimas
eleições para a Câmara dos
Deputados.
Comentários
A assertiva está correta, de acordo com o art. 28, da Lei nº 9.096. Notem que
a Lei elenca situações nas quais o TSE poderá cancelar o registro e o estatuto do
partido.
Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão,
determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o
qual fique provado:
I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência
estrangeira;
II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;
III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à Justiça
Eleitoral;
Comentários
Para responder à questão vejamos o art. 39 da LPP:
Art. 39. Ressalvado o disposto no art. 31, o partido político pode receber doações de
pessoas físicas e jurídicas para constituição de seus fundos.
§ 1º As doações de que trata este artigo podem ser feitas diretamente aos órgãos de
direção nacional, estadual e municipal, que remeterão, à Justiça Eleitoral e aos órgãos
hierarquicamente superiores do partido, o demonstrativo de seu recebimento e
respectiva destinação, juntamente com o balanço contábil.
§ 2º Outras doações, quaisquer que sejam, devem ser lançadas na contabilidade do
partido, definidos seus valores em moeda corrente.
Logo, o item I está incorreto em razão do §1º acima, pois as doações poderão
ser feitas aos órgãos municipais, regionais ou nacionais do partido.
O item II está correto devido o que prevê o §2º.
O item III está correto §3º do art. 39 da Lei dos Partidos Políticos que, dada a
importância, citamos em separado:
§ 3º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta do
partido político por meio de:
I - cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos;
II - depósitos em espécie devidamente identificados;
III - mecanismo disponível em sítio do partido na internet que permita inclusive o uso de
cartão de crédito ou de débito e que atenda aos seguintes requisitos:
a) identificação do doador;
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.
cheque (cruzado ou
nominal) ou transferência
eletrônica
DOAÇÕES DE RECURSO
FINANCEIRO DEVEEM
depósitos em espécie
SER FEITAS APENAS NA
identificados
CONTA DO PARTIDO POR
MEIO DE
d) I e IV.
e) II e III.
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer o art. 44. Notem que esse
dispositivo é relevante e frequente em prova. Com a Lei 13.165/2015 possui
ainda mais relevância para o estudo de Direito Eleitoral.
Vejamos um esquema que sintetiza o dispositivo:
(E) não implicará em punição a esse partido em nível nacional pelo Tribunal
Superior Eleitoral.
Comentários
A primeira informação que devemos ter em mente para responder a questão é
que é proibido o recebimento de recursos estrangeiros por partido político.
Vejamos o art. 31, da LPP.
Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou
pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive
através de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I – entidade ou governo estrangeiros;
Comentários
A assertiva está incorreta. Vejamos o art. 34, da Lei 9.096/1995.
Art. 34. A Justiça Eleitoral exerce a fiscalização sobre a escrituração contábil e a prestação
de contas do partido e das despesas de campanha eleitoral, devendo atestar se elas refletem
adequadamente a real movimentação financeira, os dispêndios e recursos aplicados nas
campanhas eleitorais, exigindo a observação das seguintes normas:
Comentários
A assertiva está incorreta, pois os partidos políticos não se sujeitam às
disposições da legislação sobre licitações e contratos para a utilização dos
recursos do Fundo Partidário, de acordo com o § 3º do art. 44 da Lei nº
9.096/1995.
Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:
§ 3º Os recursos de que trata este artigo NÃO estão sujeitos ao regime da Lei no 8.666,
de 21 de junho de 1993, tendo os partidos políticos autonomia para contratar e realizar
despesas.
Comentários
A assertiva está incorreta, de acordo com o art. 38, da Lei 9.096/1995. O Fundo
partidário não é financiado apenas por dotações orçamentárias da União. O artigo
abaixo menciona a constituição do Fundo Partidário.
Art. 38. O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (Fundo Partidário)
é constituído por:
I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do Código Eleitoral e leis conexas;
II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter permanente ou
eventual;
III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por intermédio de depósitos bancários
diretamente na conta do Fundo Partidário;
IV - dotações orçamentárias da União em valor nunca inferior, cada ano, ao número de
eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior ao da proposta orçamentária,
multiplicados por trinta e cinco centavos de real, em valores de agosto de 1995.
Comentários
Comentários
A assertiva está incorreta. As prestações de contas desaprovadas podem ser
revistas para a aplicação proporcional da sanção mediante requerimento ofertado
nos autos da prestação de contas, de acordo com o art. 37, § 5º.
§ 5º As prestações de contas desaprovadas pelos Tribunais Regionais e pelo
Tribunal Superior poderão ser revistas para fins de aplicação proporcional da
sanção aplicada, mediante requerimento ofertado nos autos da prestação de
contas.
Comentários
O gabarito original dava como incorreto. Contudo, a Lei nº 13.165/2015 alterou
a redação do dispositivo para a seguinte redação:
Art. 37. A desaprovação das contas do partido implicará exclusivamente a sanção
de devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa de até
20% (vinte por cento).
Assim...
Logo, está correta a assertiva, pois a desaprovação das contas não implica na
prestação de contas.
Comentários
Vamos às alternativas:
A alternativa A está incorreta, pois de acordo com o art. 37, §12, da Lei
9.096/1995, os erros que não comprometam o conhecimento da origem das
receitas e a destinação das despesas não acarretarão a desaprovação das contas.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 28,
§2º, da Lei 9.096/1995, as prestações de contas dos candidatos às eleições
proporcionais (vereador e deputados) serão feitas pelo próprio candidato.
A alternativa C está incorreta. O sigilo bancário não poderá ser utilizado como
álibi para elidir o controle da movimentação financeira de campanha. O abuso de
poder econômico nas eleições é um dos principais vícios, que pode, inclusive,
levar à perda do mandato. Além disso, de acordo com o art. 28, §1º, da Lei
9.096/1995, as prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias
serão feitas pelo próprio candidato e devem ser acompanhadas dos respectivos
extratos das contas bancárias a fim de que seja apurada a legalidade da
movimentação financeira.
A alterantiva D também está incorreta. O limite estabelecido é de R$ 4.000,00
e não de R$ 40.000,00. De acordo com o art. 28, §6º, da Lei 9.096/1995, a
cessão de bens móveis de valor até R$ 4.000,00 por pessoa estão dispensadas
de prestação de contas.
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois além de não ser permitida a doação
por pessoas jurídicas, não existe possibilidade de doações anônimas com tal
montante na legislação eleitoral.
Comentários
A alternativa A é a correta, conforme art. 29, III, da LPP:
Art. 29. Ao receber as prestações de contas e demais informações dos candidatos às eleições
majoritárias e dos candidatos às eleições proporcionais que optarem por prestar contas por
seu intermédio, os comitês deverão: (...)
III - encaminhar à Justiça Eleitoral, até o trigésimo dia posterior à realização das
eleições, o conjunto das prestações de contas dos candidatos e do próprio comitê, na forma
do artigo anterior, ressalvada a hipótese do inciso seguinte; (...).
Comentários
Vejamos novamente o dispositivo:
Art.31 É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou
pretexto, contribuição ou auxilio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de
publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I- entidade ou governo estrangeiros;
II- autoridade ou órgãos públicos, ressalvadas as dotações referidas no art.38;
III autarquias, empresas públicas ou concessionárias, de serviços públicos, sociedades de
economia mista e fundações instituídas em virtude de lei cujos recursos concorram órgãos
ou entidades governamentais.
IV- entidade de classe ou sindical.
Comentários
A matéria vem disciplinada no art. 32, §1º, da LPP:
§ 1º O balanço contábil do órgão nacional será enviado ao Tribunal Superior Eleitoral, o dos
órgãos estaduais aos Tribunais Regionais Eleitorais e o dos órgãos municipais aos Juízes
Eleitorais.
Vejamos o esquema:
Comentários
A regra consta do art. 32:
Art. 32. O partido está obrigado a enviar, anualmente, à Justiça Eleitoral, o balanço contábil
do exercício findo, até o dia 30 de abril do ano seguinte.
Assim:
Comentários
A Lei nº 13.165/2015 acrescentou diversos §§ no art. 37 da LPP. Nessa questão
tratamos das hipóteses referidas nessas alterações recentes. Vejamos cada uma
das alternativas.
A alternativa A está incorreta, pois o §9º do art. 37 da LPP prevê que a
penalidade será suspensa durante o segundo semestre do ano eleitoral. Vejamos:
§ 9o O desconto no repasse de cotas resultante da aplicação da sanção a que se refere
o caput será suspenso durante o segundo semestre do ano em que se realizarem as
eleições.
Comentários
Essa questão é relevante, especialmente em face das alterações promovidas da
Lei nº 13.165/2015.
no caso de desaprovação das contas:
Art. 37. A desaprovação das contas do partido implicará exclusivamente a sanção
de devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa de até
20% (vinte por cento).
Comentários
A questão requer as hipóteses de propaganda partidária vedada. Tal regrativa
está prevista no art. 45, § 1º, da Lei nº 9.096/1995.
§ 1º Fica vedada, nos programas de que trata este Título:
I – a participação de pessoa filiada a partido que não o responsável pelo programa;
II – a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos e a defesa de interesses
pessoais ou de outros partidos;
III – a utilização de imagens ou cenas incorretas ou incompletas, efeitos ou quaisquer
outros recursos que distorçam ou falseiem os fatos ou a sua comunicação.
(B) poderá ser paga e metade dos recursos assim obtidos reverterão para o
Fundo Partidário.
(C) não poderá ser realizada no segundo semestre do ano da eleição.
(D) poderá ser feita em qualquer horário, de acordo com o combinado entre
o partido e a emissora de rádio ou de televisão.
(E) poderá contar com a participação de pessoa filiada a qualquer outro
partido político, ainda que não seja o responsável pelo programa.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois não é dado fazer defesa de interesses
pessoais de candidato na propaganda gratuita no rádio e televisão, conforme se
extrai do art. 45, §1º, II da Lei dos Partidos Políticos. Vejamos:
§ 1º Fica vedada, nos programas de que trata este Título:
II – a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos e a defesa de
interesses pessoais ou de outros partidos;
Comentários
A assertiva está correta. Está incorreto dizer que a propaganda não sofre
restrições. Na verdade o art. 45, § 1º, elenca diversas situações vedadas.
Art. 45. A propaganda partidária gratuita, gravada ou ao vivo, efetuada
mediante transmissão por rádio e televisão será realizada entre as dezenove
horas e trinta minutos e as vinte e duas horas para, com exclusividade:
§ 1º Fica vedada, nos programas de que trata este Título:
I - a participação de pessoa filiada a partido que não o responsável pelo
programa;
II - a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos e a defesa
de interesses pessoais ou de outros partidos;
III - a utilização de imagens ou cenas incorretas ou incompletas, efeitos ou
quaisquer outros recursos que distorçam ou falseiem os fatos ou a sua
comunicação.
de pessoa filiada a partido que não o responsável pelo programa;
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas:
As alternativas A e C estão incorretas em razão do que dispõe o art. 45:
Vamos iniciar com o art. 45 e seus respectivos incisos:
difundir os programas
do partido
entre as 19 horas e 30
minutos e 22 horas.
PROPAGANDA
transmitir mensagens
PARTIDÁRIA
aos filiados
GRATUITA
Finalidade
divulgar a posição do
partido quanto aos
assuntos da
comunidade
promover e difundir a
participação política
feminina (mín. 10%)
16 - Resumo da Aula
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo dos
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa
sugestão é a de que esse resumo seja estudado sempre
previamente ao início da aula seguinte, como forma de
“refrescar” a memória. Além disso, segundo a organização
de estudos de vocês, a cada ciclo de estudos é fundamental
retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em
compreender alguma informação, não deixem de retornar à
aula.
Noções Introdutórias
HISTÓRICO
Brasil: surgimento do Partido Liberal em 1831 e do Partido Conservador em
1889.
realidade da organização partidária no Brasil: instabilidade
diversos sistemas eleitorais
extinção e formação de novos partidos
conjuntura política, marcada por revoluções e golpes políticos.
CONCEITUAÇÃO
a assegurar a autencidadade do
sistema representativo.
OS PARTIDOS
POLÍTICOS
DESTINAM-SE
a defender os direitos
fundamentais.
regime proibição de
democrático recursos e
subordinação
estrangeira
pluripartidarismo
prestação de
contas
direitos
fundamentais da
pessoa humana funcionamento
parlamentar
Criação e Registro
CRIAÇÃO E REGISTRO (art. 17, §2º, da CF; e art. 7º, caput, da LPP)
PROCEDIMENTO DE REGISTRO
REGISTRO CIVIL
inscrição civil:
REQUERIMENTO DE
INSCRIÇÃO CIVIL
Subscrição por, pelo Distribuídos por 1/3 Nome e função dos Endereço da sede
menos, 101 dos Estados- dirigentes do partido em
fundadores. membros. provisórios. Brasília.
profissão
endereço da residência
Registro no
TSE
Constituição
de dirigentes
Apoiamento e de órgãos
Mínimo definitivos.
Registro Civil
•Aquisição da
Fundação personalidade
•Ata civil
•Designação de
dirigentes e de
órgãos
provisórios
DOCUMENTOS A
SEREM
APRESENTADOS NO
TSE
Cópia autentivada do
Certidões dos Cartórios
inteiro teor do programa Certidão do Registro
Eleitorais comprovando o
e do estatuto inscritos Civil.
apoiamento mínimo.
no Registro Civil.
PROVA DO
APOAMENTO
certidão atestante da
indicação do título
assinatura; autenticidade pelo chefe
eleitoral; e
de cartório eleitoral.
vista à
Após 48 é Procuradoria-Geral
Protocolado o
distribuído a um Eleitoral para
pedido no TSE
relator parecer no prazo de
10 dias
10 dias para
deferimento do
eventuais
registro em 30 dias
diligências
PODERÃO SER
CREDENCIADOS
DELEGADOS DE
PARTIDO PERANTE
Funcionamento Parlamentar
FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR
conceito
Programa e Estatuto
PROGRAMA E ESTATUTO
conceitos:
Em caso de inércia do
DESFILIAÇÃO partido político, o morte
interessado comparece e
informa a condição à Justiça
Eleitoral.
perda dos direitos
políticos
Ocorrerá de forma
automática em caso de:
expulsão
formas previstas no
estatuto
comunicação ao Juiz
EXTINÇÃO DO decurso de dois
Eleitoral do domicílio e à
VÍNCULO COM O dias após a
direção municipal do
PARTIDO POLÍTICO comunicação
partido político
Fidelidade Partidária
FIDELIDADE E DISCIPLINA PARTIDÁRIAS
Conceito de fidelidade partidária
Disciplina partidária
•medias disciplinares
•normas sobre penalidades, inclusive com desligamento temporário, suspensão
do direito de voto ou perda de todas as prerrogativas
Desfiliação Imotivada
A perda do mandato em razão da mudança de partido se aplica aos
candidatos eleitos pelo sistema majoritário (Presidente, Senador,
Governador e Prefeito) e também ao proporcional (Deputados Federais,
Deputados Estaduais e Vereadores).
caso de mudança
substancial ou desvio
DESFILIAÇÃO IMOTIVADA reiterado do programa
partidário
JANELAS PARA
ALTERAÇÃO DE
PARTIDO
FUSÃO
conceito: é a união de dois ou mais partidos para formarem um terceiro.
Partido A
Partido C
Partido B
procedimento:
novo estatuto
vota-se por maioria
NA FUSÃO DE PARTIDOS...
absoluta
novo órgão de
direção
procedimento:
distribuição dos
recursos do Fundo
Partidário
NA FUSÃO e/ou na INCORPORAÇÃO
somam-se os votos obtidos na última
eleição geral conferidos aos partidos
envolvidos para fins de:
do acesso gratuito ao
rádio e televisão
CANCELAMENTO DO
REGISTRO POR
DECISÃO DO TSE
recebimento de recursos
adoção de organização
ou subordinação a não prestação de contas
paramilitar
estrangeiros
denúncia de eleitor
INÍCIO DO PROCESSO DE
denúncia de partido político
CANCELAMENTO PERANTE O TSE
Finanças e contabilidade
PRESTAÇÃO DE CONTAS E SANÇÕES DELA DECORRENTES
Envolve o registro em livros contábeis dos atos e fatos de caráter
econômico praticados pelo partido.
finalidade: controle da legalidade das movimentações financeiras do
partido.
objetivo:
A ESCRITURAÇÃO
CONTÁBIL VISA A
destinação de suas
despesas
Suspensão no recebimento
Suspensão no recebimento
Suspensão no recebimento das quotas do Fundo
de quotas do Fundo até
das quotas do Fundo Partidário por 2 anos +
esclarimento da
Partidário por 1 ano multa correspondente
situação
ao valor excedente
RECEBIMENTO DE
RECURSOS DE ORIGEM
ESTRANGEIRA, DE
AUTORIDADES OU DE
RECURSOS DE ORIGEM ÓRGÃOS PÚBLICOS, DE RECEBER DOAÇÕES ACIMA
NÃO MENCIONADA ENTIDADES DA DOS VALORES FIXADOS
ADMINISTRAÇÃO
INDIRETA OU DE
ENTIDADES DE CLASSE
OU SINDICAL
desaprovação de contas:
Juiz eleitoral em
apelação cível
contra decisão relação às contas dos
eleitoral para o TRE
que desaprova as órgãos municipais do
respectivo
contas partido
RECURSO
TRE em relação às
recurso especial
contas dos órgãos
para o TSE
regionais do partido
enriquecimento
irregularidade
ilícito e lesão ao
grave e conduta dolosa
patrimônio do
insanável
partido
FUNDO PARTIDÁRIO
Sistema misto de financiamento partidário, uma vez que os partidos
políticos recebem recursos de origem estatal e de particulares.
parcelas integrantes do fundo partidário:
INTEGRA O
FUNDO
PARTIDÁRIO
Doações de Dotações
Recursos
Multas e pessoas físicas e orçamentárias da
financeiros
penalidade jurídicas União (valor
destinados por
pecuniárias. destinadas ao mínimo R$ 0.35
lei.
Fundo. X por eleitor).
difundir os programas
do partido
entre as 19 horas e 30
minutos e 22 horas.
PROPAGANDA
transmitir mensagens
PARTIDÁRIA
aos filiados
GRATUITA
Finalidade
divulgar a posição do
partido quanto aos
assuntos da
comunidade
promover e difundir a
participação política
feminina (mín. 10%)
PRAZO PARA
APRESENTAR A
IMPUGNAÇÃO
regra especificidade
distribuição do horário:
17 - Considerações Finais
Chegamos ao final da aula. Será, talvez, a aula mais extensa do nosso curso.
Contudo, vocês terão a oportunidade de estudar o tema por completo. Além
disso, o resumo foi elaborado com vários detalhes a fim de que você tenha tudo
o que precisar para a prova vindoura!
Bons estudos!
Ricardo Torques
rst.estrategia@gmail.com.br
bit.ly/eleitoralparaconcursos