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Ricardo Torques

Aula 20

Súmula TSE nº 72

É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na
decisão recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.

Trata-se da exigência do prequestionamento, ou seja, é necessário a discussão da matéria nas instâncias


ordinárias, ainda que para isso a parte tenha que provocar a manifestação por embargos de declaração. Caso
isso não ocorra o Recurso Especial será inadmissível por ausência de requisito essencial.

Finalizamos a análise de todas as Súmulas!

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pretensão desse encontro é bastante objetivo, qual seja: analisar as 72 súmulas do TSE, para atender ao
questionamento específico que possa ser feito em relação a esse assunto na sua prova, até porque a temática
está sempre prevista no edital.

Com os novos verbetes acreditamos que esses entendimentos serão cobrados em prova. De toda forma, a
cobrança será, com grande probabilidade, literal, assim devemos compreender a ideia desses novos
verbetes.

Qualquer dúvida, permaneço à disposição no fórum do nosso curso!

Ricardo Torques

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (FGV/TJ-MG - 2022) Analise as afirmativas a seguir.
I. O Tribunal Superior Eleitoral vedou o exercício consecutivo de mais de dois mandatos de prefeito (“prefeito
itinerante” ou “prefeito profissional”). Todavia, o Supremo Tribunal Federal adotou interpretação conforme
a Constituição e, preservando o direito subjetivo público ao exercício da capacidade eleitoral passiva, limitou
essa vedação a municípios que estejam na mesma microrregião administrativa.
II. Já no que diz respeito à perpetuação de um mesmo clã familiar na Chefia do Poder Executivo, o Supremo
Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral a consideram incompatível com a Constituição Federal de
1988, por ser da essência do princípio republicano a possibilidade de alternância no exercício do poder, em
qualquer das esferas da Federação.

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III. O enunciado da súmula vinculante nº 18 do Supremo Tribunal Federal, aplicável no campo do Direito
Eleitoral, dispôs que a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a
inelegibilidade prevista no Art. 14, § 7º, da Constituição Federal de 1988.
IV. A incompatibilidade é uma inelegibilidade qualificada e insanável.
Está correto o que se afirma em
A) I e IV, somente.
B) III e IV, somente.
C) II e III, somente.
D) I e II, somente.

Comentários

A assertiva I é incorreta. O Supremo Tribunal Federal foi convocado a resolver essa questão no julgamento,
sob o regime de repercussão geral, do RE 637.485, relator ministro Gilmar Mendes, acórdão publicado em
21/05/2013. O Tribunal firmou o entendimento de que o princípio republicano veda a perpetuação de certas
pessoas ou grupos nos cargos políticos. Desse modo, a vedação à terceira eleição é vedação que concretiza
esse princípio e, dessa forma, não está limitada a um único município, mas alcança qualquer outro município
da federação. O entendimento contrário admitiria a perpetuação no poder do prefeito, mesmo que em
município diverso. Observe a ementa:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. REELEIÇÃO. PREFEITO.


INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO. MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA EM
MATÉRIA ELEITORAL. SEGURANÇA JURÍDICA. I. REELEIÇÃO. MUNICÍPIOS. INTERPRETAÇÃO
DO ART. 14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO. PREFEITO. PROIBIÇÃO DE TERCEIRA ELEIÇÃO EM
CARGO DA MESMA NATUREZA, AINDA QUE EM MUNICÍPIO DIVERSO. O instituto da
reeleição tem fundamento não somente no postulado da continuidade administrativa, mas
também no princípio republicano, que impede a perpetuação de uma mesma pessoa ou
grupo no poder. O princípio republicano condiciona a interpretação e a aplicação do
próprio comando da norma constitucional, de modo que a reeleição é permitida por apenas
uma única vez. Esse princípio impede a terceira eleição não apenas no mesmo município,
mas em relação a qualquer outro município da federação. Entendimento contrário tornaria
possível a figura do denominado “prefeito itinerante” ou do “prefeito profissional”, o que
claramente é incompatível com esse princípio, que também traduz um postulado de
temporariedade/alternância do exercício do poder. Portanto, ambos os princípios –
continuidade administrativa e republicanismo – condicionam a interpretação e a aplicação
teleológicas do art. 14, § 5º, da Constituição. O cidadão que exerce dois mandatos
consecutivos como prefeito de determinado município fica inelegível para o cargo da
mesma natureza em qualquer outro município da federação.

[...]

A assertiva II é correta. A interpretação republicana da Constituição Federal é no sentido de que deve ser
vedada a perpetuação de famílias no poder político. Nesse sentido, veja o precedente do RE 543117 AgR:

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Agravos regimentais no recurso extraordinário. Inelegibilidade. Artigo 14, § 7º, da


Constituição do Brasil. 1. O artigo 14, § 7º, da Constituição do Brasil, deve ser interpretado
de maneira a dar eficácia e efetividade aos postulados republicanos e democráticos da
Constituição, evitando-se a perpetuidade ou alongada presença de familiares no poder.
Agravos regimentais a que se nega provimento.

A assertiva III é correta. É precisamente o que diz a Súmula Vinculante 18:

Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do


mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

A assertiva IV é incorreta. A incompatibilidade é uma inelegibilidade relativa e que pode ser sanada com a
desincompatibilização.

Como apenas as assertivas II e III estão certas, a alternativa C é correta e é o gabarito da questão.

2. (FGV/TJ-MG - 2022) Nas eleições municipais de 2020, o Tribunal Superior Eleitoral liberou
cautelarmente, por maioria, a realização de live com artista musical, a fim de arrecadar recursos para
campanha de candidato a prefeito, com ressalva (Ação Cautelar nº 0601600-03).
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
A) É permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos
para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos; deverá ainda ser
comprovado o pagamento antecipado de direitos autorais ao Escritório Central de Arrecadação-Ecad.
B) É permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos
para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos; deverá ainda ser
comprovado o pagamento antecipado de direitos autorais ao Escritório Central de Arrecadação-Ecad,
dispensado esse pagamento prévio se o músico cantar exclusivamente músicas de sua autoria individual.
C) é permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos
para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos.
D) é permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos
para campanha, e também poderá o músico, nesse tipo de evento, fazer pedido expresso de votos, haja vista
a amplitude do princípio constitucional da liberdade de expressão artística.

Comentários

De acordo com o voto do ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, não se admite a realização de pedido
expresso de voto nas lives, a fim de evitar a desnaturação do evento, cuja finalidade deve ser a arrecadação
de recursos. Confira:

Nesse sentido, enaltecimento ou exposição da candidatura, pedidos de voto, críticas ou


louvores a candidatos a cargo político no referido evento devem ser estancados, de forma

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que a mera arrecadação de recursos não se desnature, o que deve ser averiguado a
posteriori, sem prejulgamentos conjecturais.

Não houve manifestação quanto ao dever de pagamento antecipado de direitos autorais.

Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

3. (FCC/MPE-PE - 2022) De acordo com o entendimento sumulado do Tribunal Superior Eleitoral,


acerca dos meios de impugnação das decisões no âmbito da Justiça Eleitoral:
A) É cabível recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de medida liminar.
B) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança contra ato de membro
de Tribunal Regional Eleitoral.
C) É cabível a interposição de recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.
D) É dispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso especial eleitoral.
E) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.

Comentários

A alternativa A é incorreta. A decisão liminar é interlocutória e não gera esgotamento das instâncias
ordinárias, requisito de admissibilidade do recurso especial.

A alternativa B é incorreta. A competência para julgar MS contra atos de membro de TRE é do próprio TRE.

A alternativa C é incorreta. A matéria discutida no recurso especial deve ser estritamente de direito.

A alternativa D é incorreta. É indispensável o esgotamento das instâncias ordinárias.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Exige-se o prévio debate da questão aventada no
recurso para que o especial seja admissível. Excepcionalmente, a parte pode ter levantado a questão em
sede de embargos de declaração pré-questionadores.

4. (FCC/TJ-MS - 2020) À luz da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, no âmbito do processo de


registro de candidatos para disputa de mandato eletivo,
a) o partido que não impugnou o pedido de registro de candidato não tem legitimidade para recorrer da
sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional.
b) há formação de litisconsórcio passivo necessário entre o candidato e seu partido ou coligação, na ação de
impugnação de registro de candidatura.
c) compete à Justiça Eleitoral verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e
declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.

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d) o juiz eleitoral não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de
condição de elegibilidade, mesmo que resguardados o contraditório e a ampla defesa.
e) a Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do
registro de candidatura.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com a Súmula 11 do TSE. O partido que
não impugnou o registro não poderá interpor recurso da decisão.

Súmula 11 do TSE: “No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou
não tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria
constitucional".

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 40 do TSE, não há litisconsórcio necessário neste
caso.

Súmula nº 40. O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que visem
à cassação de diploma

A alternativa C está incorreta. De acordo com a Súmula 58 do TSE.

Súmula nº 58. Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura,


verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a
extinção da pena imposta pela Justiça Comum.

A alternativa D está incorreta. De acordo com a Súmula 45 do TSE.

Súmula nº 45. Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de
ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa.

A alternativa E está incorreta. De acordo com a Súmula 55 do TSE:

Súmula nº 55. A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade


necessária ao deferimento do registro de candidatura

5. (MPE-PR/MPE-PR - 2019) Tendo em conta o entendimento sumulado do Tribunal Superior Eleitoral,


assinale a alternativa incorreta:
a) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
proporcional.
b) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível
o recurso ordinário.

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c) Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da


pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
d) A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do registro
de candidatura.
e) Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em
processo específico, a filiação partidária do eleitor.

Comentários

A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com a Súmula 67 do TSE. Não se aplica
aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário. Essa súmula costuma aparecer bastante nas provas.

Súmula 67 do TSE: A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica


aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário.

A alternativa B está correta. De acordo com a Súmula 64 do TSE:

Súmula nº 64. Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e


de inelegibilidade é cabível o recurso ordinário

A alternativa C está correta. De acordo com a Súmula 58 do TSE.

Súmula nº 58. Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura,


verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a
extinção da pena imposta pela Justiça Comum.

A alternativa D está correta. De acordo com a Súmula 55 do TSE.

Súmula nº 55. Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária


ao deferimento do registro de candidatura.

A alternativa E está correta. De acordo com a Súmula 52 do TSE:

Súmula nº 52. Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da


decisão que examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor.

6. (VUNESP/Câmara de Piracicaba - SP - 2019) Tendo em vista as Súmulas do Tribunal Superior


Eleitoral, assinale a alternativa correta.
a) O exercício do mandato, por si só, é circunstância que comprova a condição de alfabetizado do candidato.
b) O juiz eleitoral pode, de ofício, instaurar procedimento para impor multa pela veiculação de propaganda
eleitoral irregular.

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c) O prazo de inelegibilidade pela condenação por abuso de poder econômico inicia no dia da eleição em que
se verificou e finda no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
d) Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato há litisconsórcio passivo facultativo
entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária.
e) O partido político é litisconsórcio passivo necessário em ações que visem à cassação da diplomação do
candidato.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com a Súmula 15 do TSE:

Súmula nº 15. O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de
comprovar a condição de alfabetizado do candidato

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 18 do TSE o juiz não pode de ofício.

Súmula nº 18. Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz
eleitoral para, de ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela
veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/1997

A alternativa C está correta. De acordo com a Súmula 19 do TSE.

Súmula nº 19. O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do poder


econômico ou político tem início no dia da eleição em que este se verificou e finda no dia
de igual número no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da LC nº 64/90).

A alternativa D está incorreta. De acordo com a Súmula 38 do TSE. Nestes casos o litisconsórcio é necessário
e não facultativo.

Súmula nº 38. Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há
litisconsórcio passivo necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária

A alternativa E está incorreta. De acordo com a Súmula 40 do TSE:

Súmula nº 40. O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que
visem à cassação de diploma

7. (VUNESP/Prefeitura de Francisco Morato - SP - 2019) Assinale a alternativa que traz a correta


redação de uma sumula do Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada foi debatida na decisão recorrida
mas não foi objeto de embargos de declaração.
b) A União não é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por descumprimento de
ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral.

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c) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade é cabível o


recurso ordinário.
d) Compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão
punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
e) O processo de registro de candidatura é o meio adequado para se afastarem os eventuais vícios apurados
no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com a Súmula 72 do TSE. Trata-se do prequestionamento, havendo
o debata nas instâncias ordinárias não há impedimento para o Recurso Especial.

Súmula nº 72. É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não
foi debatida na decisão recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 68 do TSE a União é parte legítima.

Súmula nº 68 A União é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por
descumprimento de ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral.

A alternativa C está correta. De acordo com a Súmula 64 do TSE. Veja que as questões cobram a literalidade
das súmulas.

Súmula nº 64. Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e


de inelegibilidade é cabível o recurso ordinário

A alternativa D está incorreta. De acordo com a Súmula 58 do TSE:

Súmula nº 58. Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura,


verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a
extinção da pena imposta pela Justiça Comum

A alternativa E está incorreta. De acordo com a Súmula 51 do TSE:

Súmula nº 51. O processo de registro de candidatura não é o meio adequado para se


afastarem os eventuais vícios apurados no processo de prestação de contas de campanha
ou partidária.

8. (VUNESP/Prefeitura Várzea Paulista- 2021) Assinale a alternativa que contém a correta acepção de
uma das súmulas vigentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na presente data.
A) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
majoritário.

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B) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível


o recurso extraordinário.
C) O partido político é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à cassação de diploma.
D) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.
E) A falta de abertura de conta bancária específica não é fundamento suficiente para a rejeição de contas de
campanha eleitoral, desde que, por outros meios, se possa demonstrar sua regularidade.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo coma Súmula 67 do TSE a perda do mandado por infidelidade
partidária não se aplica para os cargos eleitos pelo sistema majoritário.

Súmula 67 do TSE:. A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica


aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário.

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 64 do TSE o recurso cabível neste caso é o ordinário.

Súmula 64 do TSE:. Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de


elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível recurso ordinário.

A alternativa C está incorreta. De acordo com a Súmula 40 do TSE o partido não é litisconsorte passivo
necessário.

Súmula 40 do TSE:. O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que
visem à cassação do diploma.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. É a previsão da Súmula 72 do TSE.

Súmula 72 do TSE:. É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada


não foi debatida na decisão recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.

A alternativa E está incorreta. Era o texto da Súmula 16 cancelada pelo TSE. Hoje a abertura de conta
bancária é obrigatória.

9. (VUNESP/Prefeitura de Bauru-2018) Assinale a alternativa que corretamente reproduz o


entendimento sumulado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.
b) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
proporcional.

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c) A Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do


registro de candidatura.
d) A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de três meses antes do pleito,
bastando apenas seu afastamento de fato.
e) Em registro de candidatura, é cabível examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em
processo específico, a filiação partidária do eleitor.

Comentários

A alternativa A está correta. De acordo com a Súmula 72 do TSE:

Súmula nº 72. É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não
foi debatida na decisão recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 67 do TSE não se aplica aos candidatos eleitos pelo
sistema majoritário e se aplica aos eleitos pelo sistema proporcional.

Súmula nº 67. A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos
candidatos eleitos pelo sistema majoritário.

A alternativa C está incorreta. De acordo com a Súmula 55 do TSE:

Súmula nº 55. A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade


necessária ao deferimento do registro de candidatura.

A alternativa D está incorreta. De acordo com a Súmula 54 do TSE:

Súmula nº 54. A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão


é de três meses antes do pleito e pressupõe a exoneração do cargo comissionado, e não
apenas seu afastamento de fato.

A alternativa E está incorreta. De acordo com a Súmula 52 do TSE:

Súmula nº 52. Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da


decisão que examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor.

10. (FUNRIO/AL-RR - 2018) De acordo com o entendimento sumulado do TSE, assinale a alternativa
CORRETA.
a) O exercício de mandato eletivo, por si só, é circunstância capaz de comprovar a condição de alfabetizado
do candidato.
b) Cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.

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c) Só é admissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao regimento
interno dos tribunais eleitorais ou às normas partidárias.
d) A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com o
cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de reparação dos danos.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com a Súmula 15 do TSE:

O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a


condição de alfabetizado do candidato.

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 24 do TSE:

Não cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.

A alternativa C está incorreta. De acordo com a Súmula 32 do TSE:

É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao


Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais ou às normas partidárias.

A alternativa D está correta. De acordo com a Súmula 9 do TSE:

A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado


cessa com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de
prova de reparação dos danos.

11. (FCC/Câmara Legislativa do DF - 2018) A representação movida em face de Augustus foi julgada
procedente, tendo este sido condenado por abuso de poder econômico na eleição e declarado inelegível
pelo prazo de oito anos. Esse prazo será contado do dia
a) do julgamento do recurso interposto da sentença que julgou procedente a representação.
b) da instauração da representação pela prática de abuso do poder econômico.
c) da sentença que julgou procedente a representação.
d) da eleição em que ocorreu o abuso do poder econômico.
e) do trânsito em julgado da decisão que declarou a inelegibilidade.

Comentários

Para responder esta questão devemos combinar o texto do art. 22, inc. XIV, da LC n.º 64/90 c/c a Súmula TSE
n.º 19.

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Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral
poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional,
relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de
investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do
poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social,
em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito:

XIV) julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o
Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para
a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem
nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro
ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico
ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação,
determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de
processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras
providências que a espécie comportar (redação dada pela LC n.º 135/10).

Súmula TSE n.º 19. O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do
poder econômico ou político tem início no dia da eleição em que este se verificou e finda
no dia de igual número no oitavo ano seguinte

O prazo será contado do dia da eleição em que ocorreu o abuso do poder econômico e finda no dia de igual
número no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da LC nº 64/90). Logo a alternativa D é a correta.

12. (CESPE/MPE RR - 2017) A suspensão de direitos políticos


a) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará com o cumprimento da pena, sendo
indispensável a prova de reparação dos danos, se for o caso.
b) não ocorre em relação ao beneficiado pela suspensão condicional do processo.
c) não é penalidade prevista para aquele que se recusar a prestar serviço no júri popular e a cumprir o serviço
alternativo, mesmo que a recusa deva-se a escusa de consciência.
d) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará quando a pena privativa de liberdade
for substituída por restritiva de direitos.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com a Súmula 9 do TSE, a reabilitação ou a prova de reparação dos
danos são medidas que independem da cessação da suspensão dos direitos políticos.

Súmula nº 9 do TSE: A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal


transitada em julgado cessa com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de
reabilitação ou de prova de reparação dos danos.

A alternativa B é a correta e gabarito da questão, conforme posicionamento do TSE no julgamento do REsp


19.959:

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REsp 19.959: A suspensão condicional do processo não implica aceitação dos termos da
denúncia nem afasta a presunção de inocência: hipótese em que o cumprimento das
condições acarreta a extinção da punibilidade e não elide a primariedade do réu (Lei no
9.099/95, art. 89).

A alternativa C está incorreta. A situação em questão é caso de suspensão dos direitos políticos. Vejamos o
que dispõe o art. 15, IV, da CF/88:

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do


art. 5º, VIII;

A alternativa D está incorreta. Com base no art. 15, III, da CF, enquanto os efeitos da condenação criminal
transitada em julgado estiverem presentes, a suspensão dos direitos políticos irá, igualmente, permanecer,
inclusive no curso de livramento condicional, suspensão condicional da pena e prisão domiciliar.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

13. (FCC/TRE-PR - 2017) Jadson, candidato ao Governo de determinado Estado, foi condenado por
decisão proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, com a cassação
do seu registro de candidato. Jadson ficará inelegível por
a) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de
igual número no oitavo ano seguinte.
b) 8 anos apenas após o trânsito em julgado da decisão condenatória, independentemente da data da
eleição, e termo final no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
c) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final
no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
d) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final
no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
e) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de
igual número no oitavo ano seguinte.

Comentários

Para responder à questão, necessário conhecer o art. 1º, I, “j”, da LI e Súmula 69 do TSE:

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j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão


colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por
doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos
agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do
diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição;

Súmula do TSE nº 69: Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do inciso I do


art. 1º da LC nº 64/90 têm termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final
no dia de igual número no oitavo ano seguinte.

Logo, a alternativa D é a correta e gabarito da questão.

14. (FCC/TRE-PR - 2017) Jairo, solteiro, serventuário de cartório, celetista, é muito conhecido em sua
cidade e, após a insistência de seus colegas, resolveu candidatar-se ao cargo de Vereador nas próximas
eleições. Nessa situação, Jairo é
a) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, não fazendo jus à percepção de
seus vencimentos integrais.
b) elegível, não havendo necessidade de desincompatibilização.
c) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus
vencimentos integrais.
d) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus
vencimentos integrais.
e) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das eleições, não fazendo jus à percepção de
seus vencimentos integrais.

Comentários

O segredo para resolver essa questão é identificar que Jairo não é servidor público! Ele é celetista, ou seja,
empregado contratado de um cartório.

Caso Jairo fosse servidor público, deveria se desincompatibilizar pelo período de 3 meses para concorrer ao
cargo de vereador. Contudo, como Jairo não é servidor, não há necessidade de desincompatibilização.

Para responder essa questão você deveria conhecer a Súmula TSE nº 5:

Serventuário de cartório, celetista, não se inclui na exigência do art. 1º, II, l, da LC nº 64/90.

Deste modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

15. (FCC/TRE-PR - 2017) Na aula de Direito Eleitoral, Janete sustenta, com razão, que é entendimento
sumulado do Tribunal Superior Eleitoral que, nos processos de registro de candidatura, o juiz eleitoral

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a) não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de


elegibilidade.
b) pode conhecer de ofício e indeferir de imediato o registro requerido apenas quando houver ausência de
condição de elegibilidade, sem necessidade de assegurar o contraditório e a ampla defesa.
c) pode conhecer de ofício apenas da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguardados o
contraditório e a ampla defesa.
d) pode conhecer de ofício apenas da existência de causas de inelegibilidade, desde que resguardados o
contraditório e a ampla defesa.
e) pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa.

Comentários

A questão cobrou exatamente o entendimento exarado na Súmula TSE nº 45:

Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da


existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde
que resguardados o contraditório e a ampla defesa.

Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

LISTA DE QUESTÕES
1. (FGV/TJ-MG - 2022) Analise as afirmativas a seguir.
I. O Tribunal Superior Eleitoral vedou o exercício consecutivo de mais de dois mandatos de prefeito (“prefeito
itinerante” ou “prefeito profissional”). Todavia, o Supremo Tribunal Federal adotou interpretação conforme
a Constituição e, preservando o direito subjetivo público ao exercício da capacidade eleitoral passiva, limitou
essa vedação a municípios que estejam na mesma microrregião administrativa.
II. Já no que diz respeito à perpetuação de um mesmo clã familiar na Chefia do Poder Executivo, o Supremo
Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral a consideram incompatível com a Constituição Federal de
1988, por ser da essência do princípio republicano a possibilidade de alternância no exercício do poder, em
qualquer das esferas da Federação.
III. O enunciado da súmula vinculante nº 18 do Supremo Tribunal Federal, aplicável no campo do Direito
Eleitoral, dispôs que a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a
inelegibilidade prevista no Art. 14, § 7º, da Constituição Federal de 1988.
IV. A incompatibilidade é uma inelegibilidade qualificada e insanável.
Está correto o que se afirma em
A) I e IV, somente.
B) III e IV, somente.

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C) II e III, somente.
D) I e II, somente.

2. (FGV/TJ-MG - 2022) Nas eleições municipais de 2020, o Tribunal Superior Eleitoral liberou
cautelarmente, por maioria, a realização de live com artista musical, a fim de arrecadar recursos para
campanha de candidato a prefeito, com ressalva (Ação Cautelar nº 0601600-03).
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
A) É permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos
para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos; deverá ainda ser
comprovado o pagamento antecipado de direitos autorais ao Escritório Central de Arrecadação-Ecad.
B) É permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos
para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos; deverá ainda ser
comprovado o pagamento antecipado de direitos autorais ao Escritório Central de Arrecadação-Ecad,
dispensado esse pagamento prévio se o músico cantar exclusivamente músicas de sua autoria individual.
C) é permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos
para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos.
D) é permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos
para campanha, e também poderá o músico, nesse tipo de evento, fazer pedido expresso de votos, haja vista
a amplitude do princípio constitucional da liberdade de expressão artística.

3. (FCC/MPE-PE - 2022) De acordo com o entendimento sumulado do Tribunal Superior Eleitoral,


acerca dos meios de impugnação das decisões no âmbito da Justiça Eleitoral:
A) É cabível recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de medida liminar.
B) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança contra ato de membro
de Tribunal Regional Eleitoral.
C) É cabível a interposição de recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.
D) É dispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso especial eleitoral.
E) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.

4. (FCC/TJ-MS - 2020) À luz da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, no âmbito do processo de


registro de candidatos para disputa de mandato eletivo,
a) o partido que não impugnou o pedido de registro de candidato não tem legitimidade para recorrer da
sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional.
b) há formação de litisconsórcio passivo necessário entre o candidato e seu partido ou coligação, na ação de
impugnação de registro de candidatura.
c) compete à Justiça Eleitoral verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e
declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
d) o juiz eleitoral não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de
condição de elegibilidade, mesmo que resguardados o contraditório e a ampla defesa.

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e) a Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do


registro de candidatura.

5. (MPE-PR/MPE-PR - 2019) Tendo em conta o entendimento sumulado do Tribunal Superior Eleitoral,


assinale a alternativa incorreta:
a) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
proporcional.
b) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível
o recurso ordinário.
c) Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da
pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
d) A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do registro
de candidatura.
e) Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em
processo específico, a filiação partidária do eleitor.

6. (VUNESP/Câmara de Piracicaba - SP - 2019) Tendo em vista as Súmulas do Tribunal Superior


Eleitoral, assinale a alternativa correta.
a) O exercício do mandato, por si só, é circunstância que comprova a condição de alfabetizado do candidato.
b) O juiz eleitoral pode, de ofício, instaurar procedimento para impor multa pela veiculação de propaganda
eleitoral irregular.
c) O prazo de inelegibilidade pela condenação por abuso de poder econômico inicia no dia da eleição em que
se verificou e finda no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
d) Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato há litisconsórcio passivo facultativo
entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária.
e) O partido político é litisconsórcio passivo necessário em ações que visem à cassação da diplomação do
candidato.

7. VUNESP/Prefeitura de Francisco Morato - SP - 2019) Assinale a alternativa que traz a correta


redação de uma sumula do Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada foi debatida na decisão recorrida
mas não foi objeto de embargos de declaração.
b) A União não é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por descumprimento de
ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral.
c) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade é cabível o
recurso ordinário.
d) Compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão
punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
e) O processo de registro de candidatura é o meio adequado para se afastarem os eventuais vícios apurados
no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias.

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8. (VUNESP/Prefeitura Várzea Paulista- 2021) Assinale a alternativa que contém a correta acepção de
uma das súmulas vigentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na presente data.
A) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
majoritário.
B) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível
o recurso extraordinário.
C) O partido político é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à cassação de diploma.
D) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.
E) A falta de abertura de conta bancária específica não é fundamento suficiente para a rejeição de contas de
campanha eleitoral, desde que, por outros meios, se possa demonstrar sua regularidade.

9. (VUNESP/Prefeitura de Bauru-2018) Assinale a alternativa que corretamente reproduz o


entendimento sumulado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.
b) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
proporcional.
c) A Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do
registro de candidatura.
d) A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de três meses antes do pleito,
bastando apenas seu afastamento de fato.
e) Em registro de candidatura, é cabível examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em
processo específico, a filiação partidária do eleitor.
10. (FUNRIO/AL-RR - 2018) De acordo com o entendimento sumulado do TSE, assinale a alternativa
CORRETA.
a) O exercício de mandato eletivo, por si só, é circunstância capaz de comprovar a condição de alfabetizado
do candidato.
b) Cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.
c) Só é admissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao regimento
interno dos tribunais eleitorais ou às normas partidárias.
d) A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com o
cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de reparação dos danos.

11. (FCC/Câmara Legislativa do DF - 2018) A representação movida em face de Augustus foi julgada
procedente, tendo este sido condenado por abuso de poder econômico na eleição e declarado inelegível
pelo prazo de oito anos. Esse prazo será contado do dia
a) do julgamento do recurso interposto da sentença que julgou procedente a representação.

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b) da instauração da representação pela prática de abuso do poder econômico.


c) da sentença que julgou procedente a representação.
d) da eleição em que ocorreu o abuso do poder econômico.
e) do trânsito em julgado da decisão que declarou a inelegibilidade.

12. (CESPE/MPE RR - 2017) A suspensão de direitos políticos


a) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará com o cumprimento da pena, sendo
indispensável a prova de reparação dos danos, se for o caso.
b) não ocorre em relação ao beneficiado pela suspensão condicional do processo.
c) não é penalidade prevista para aquele que se recusar a prestar serviço no júri popular e a cumprir o serviço
alternativo, mesmo que a recusa deva-se a escusa de consciência.
d) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará quando a pena privativa de liberdade
for substituída por restritiva de direitos.

13. (FCC/TRE-PR - 2017) Jadson, candidato ao Governo de determinado Estado, foi condenado por
decisão proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, com a cassação
do seu registro de candidato. Jadson ficará inelegível por
a) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de
igual número no oitavo ano seguinte.
b) 8 anos apenas após o trânsito em julgado da decisão condenatória, independentemente da data da
eleição, e termo final no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
c) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final
no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
d) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final
no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
e) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de
igual número no oitavo ano seguinte.

14. (FCC/TRE-PR - 2017) Jairo, solteiro, serventuário de cartório, celetista, é muito conhecido em sua
cidade e, após a insistência de seus colegas, resolveu candidatar-se ao cargo de Vereador nas próximas
eleições. Nessa situação, Jairo é
a) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, não fazendo jus à percepção de
seus vencimentos integrais.
b) elegível, não havendo necessidade de desincompatibilização.
c) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus
vencimentos integrais.
d) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus
vencimentos integrais.

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e) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das eleições, não fazendo jus à percepção de
seus vencimentos integrais.

15. (FCC/TRE-PR - 2017) Na aula de Direito Eleitoral, Janete sustenta, com razão, que é entendimento
sumulado do Tribunal Superior Eleitoral que, nos processos de registro de candidatura, o juiz eleitoral
a) não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de
elegibilidade.
b) pode conhecer de ofício e indeferir de imediato o registro requerido apenas quando houver ausência de
condição de elegibilidade, sem necessidade de assegurar o contraditório e a ampla defesa.
c) pode conhecer de ofício apenas da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguardados o
contraditório e a ampla defesa.
d) pode conhecer de ofício apenas da existência de causas de inelegibilidade, desde que resguardados o
contraditório e a ampla defesa.
e) pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa.

GABARITO
1. C
2. C
3. E
4. A
5. A
6. C
7. C
8. D
9. A
10. D
11. D
12. B
13. D
14. B
15. E

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