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Bizú Direitos Políticos

Informativo 939 do STF - A suspensão de direitos políticos prevista no art. 15, III, da CF, aplica-se tanto
para condenados a penas privativas de liberdade como também a penas restritivas de direitos

A suspensão de direitos políticos prevista no art.15, III, da Constituição Federal, aplica-se no caso de
substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos.

CASSAÇÃO → VEDADO EXPRESSAMENTE (Art. 15 da CF/88)

SUSPENSÃO → pode em 3 casos "ICI" CONFORME CESPE OCORRE DE FORMA AUTOMÁTICA / PRIVAÇÃO
DETERMINADA

 Incapacidade civil absoluta


 Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos
 Improbidade administrativa 37 § 4º

PERDA → 2 casos "CR" CONFORME CESPE A PERDA NÃO OCORRE DE FORMA AUTOMÁTICA / PRIVAÇÃO
INDETERMINADA

 Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado


 Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa Macete AIME :

 BIZÚ: Perda de direitos políticos ocorre apenas em duas situações: cancelamento de naturalização e recusar-se
a cumprir obrigação legal imposta a todos. Os demais são SUSPENÇÃO

manDato eletivo -> Diplomação -> segreDo de justiça

Art. 14, § 8º, da CF/88. O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá AFASTAR-SE da atividade;

II - se contar mais de dez anos de serviço, será AGREGADO pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

Resumo:

-10 anos = Afasta-se da atividade e, se perder a eleição, se ferra.

+10 anos = Agregado e, se for eleito, vai para a inatividade

De acordo com a Súmula Vinculante nº 18, a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no §7º do art. 14 da CF.

Mas, segundo o STF, o enunciado da Súmula Vinculante nº 18 não se aplica aos casos de extinção do vínculo
conjugal pela morte de um dos cônjuges.
Súmula TSE ° 67: A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos
eleitos pelo sistema majoritário.

14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou


afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito,
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Inelegibilidade Reflexa = Até o 2° grau + Válida apenas para os mandatos eletivos do Executivo.
Súmula Vinculante n° 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não
afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.
Mas, segundo o STF, o enunciado da Súmula Vinculante nº 18 não se aplica aos casos de extinção do vínculo
conjugal pela morte de um dos cônjuges.

QUEM SÃO OS INELEGÍVEIS NA CF?


Art. 14 § 4º
São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos

PRINCÍPIO DA ANUALIDADE
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até UM ano da data de sua vigência.

Art. 14, § 6º - Para concorrerem OUTROS CARGOS (não confundam com outro mandato), o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos
mandatos até seis meses antes do pleito.

INALISTÁVEIS - estrangeiros - conscritos


INELEGÍVEIS - estrangeiros - conscritos – analfabetos

LEI ORDINÁRIA FEDERAL = CASOS DE ELEGIBILIDADE


LEI COMPLEMENTAR = CASOS DE INELEGIBILIDADE.
De acordo com o §9º do art. 14 da CF/1988, LEI COMPLEMENTAR estabelecerá outros casos
de INELEGIBILIDADE e os prazos de sua cessação....
+ PRINCÍPIO DA ANULALIDADE

CONSTITUIÇÃO --> pode definir as hipóteses de inelegibilidade ABSOLUTA (inclusive EMENDA


CONSTITUCIONAL)

LEI COMPLEMENTAR --> LEI COMPLEMENTAR pode criar outras hipóteses de inelegibilidade RELATIVA
CF Art. 14

§ 10. O manDato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados
da Diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segreDo de justiça, respondendo o autor, na forma
da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Macete : manDato eletivo -> Diplomação -> segreDo de justiça

Segundo o STF, a norma do art. 16, da CRFB/88 é considerada cláusula pétrea implícita!!!Não pode ser
abolida por tratar-se de uma garantia individual fundamental do cidadão-eleitor.

Restou decidido que, por analogia ao art. 150, inciso III, alínea “b” da
Constituição Federal, que se constitui uma garantia fundamental do
contribuinte, o principio da anualidade eleitoral previsto no art. 16 da
Constituição Federal consubstancia uma garantia fundamental do
cidadão-eleitor, do cidadão-candidato e dos partidos políticos,
consistindo em cláusula pétrea oponível inclusive contra o poder
constituinte reformador, não se aplicando as alterações promovidas pela
Emenda Constitucional no 52/2006 às eleições de 2006
(ADI 3.685, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 22-3-2006, Plenário, DJ de 10-8-2006.)

TÍTULO II

Dos Direitos e Garantias Fundamentais

Capítulo I: Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (artigo 5º da CF);

Capítulo II: Direitos Sociais (do artigo 6º ao 11 da CF);

Capítulo III: Direitos de Nacionalidade (do artigo 12 ao 13 da CF);

Capítulo IV: Direitos Políticos (do artigo 14 ao 16 da CF);

Capítulo V: Partidos Políticos (artigo 17 da CF).

Ou seja, os direitos fundamentais foram agrupados em cinco categorias.

Ademais, não se pode olvidar que os direitos políticos são de primeira geração (Liberdade. Negativos.
Direitos Civis. Etc).

Direitos 1ª Geração: P.I.C

POLÍTICOS

INDIVIDUAIS

CIVIS

Direitos de 2ª Geração: S.E.C

SOCIAIS

ECONÔMICOS

CULTURAIS
Desincompatibilização (art. 14, §6º)

 Não se exige a desincompatibilização quando se trata de reeleição. É justamente a exceção do


parágrafo 6º
 Não se exige desincompatibilização quando se trata de vice que não assumiu o cargo.
 Alcança apenas chefes do poder EXECUTIVO [

Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa

não há inconstitucionalidade na cumulação entre a inelegibilidade e a suspensão de direitos políticos

inelegibilidade - não pode ser votado, mas pode votar (ex: analfabeto)

suspensão de direitos políticos - não pode votar, nem ser votado (perda dos direitos políticos, ART. 15
CF/88)

A inelegibilidade tem as suas causas previstas nos §§ 4º a 9º do art. 14 da Carta Magna de 1988, que se
traduzem em condições objetivas cuja verificação impede o indivíduo de concorrer a cargos eletivos
ou, acaso eleito, de os exercer, e não se confunde com a suspensão ou perda dos direitos políticos ,
cujas hipóteses são previstas no art. 15 da Constituição da República, e que importa restrição não
apenas ao direito de concorrer a cargos eletivos (ius honorum), mas também ao direito de voto (ius
sufragii). Por essa razão, não há inconstitucionalidade na cumulação entre a inelegibilidade e a
suspensão de direitos políticos. (ADC 29 / DF )

SÚMULAS IMPORTANTES SOBRE DIREITOS POLÍTICOS DO TSE

súmulas do TSE sobre o assunto:

Súmula 15: O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a condição de
alfabetizado do candidato.

Súmula 55: A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento
do registro de candidatura.

Proposta de emenda constitucional com o objetivo de tornar facultativo a todos os cidadãos o voto nas
eleições a serem realizadas no Brasil em 2024 viola a CF visto que o voto obrigatório configura cláusula
pétrea. ERRADO

Clausula pétrea --> em relação ao voto ser DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL e PERIÓDICO.

Logo, a proposta de emenda para tornar o voto facultativo não viola a CF.

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