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O Filme “MERA COINCIDÊNCIA” é baseado no livro “American Hero” de

Larry Beinhart. Envolve a manipulação dos fatos pela mídia em favor da


reeleição do presidente norte-americano, ameaçada pela notícia de um
escândalo sexual entre o presidente e uma menina que visitava a Casabranca,
ao mesmo tempo em que a própria mídia é manipulada.

A poucos dias das eleições presidenciais, para que o escândalo não


venha á tona e prejudique o andamento da campanha eleitoral, os assessores
do presidente começam uma verdadeira mobilização para evitá-lo. Contrata-se
então, o “Conserta Tudo”, indicado pelo próprio presidente, dando a entender
que situações como esta não é primeira vez que acontece. Após tomar
conhecimento do caso, o especialista no assunto, Connie Brean(Robert De
Niro), começa a minar notícias falsas, distorcidas e até mesmo absurdas
(guerra na Albânia, bomba atômica, ameaça de invasão de terroristas
albaneses, através do Canadá)na imprensa americana, com o intuito não de
fazer desaparecer a notícia do fato ocorrido na Casabranca, mas de desviar a
atenção da população e da mídia, sobre o comportamento negativo do
presidente, resguardando a imagem dele às vésperas da possível reeleição e
dar valorização as novas notícias.

Como Pedrinho Guareschi (SOCIOLOGIA CRÍTICA: ALTERNATIVAS


DE MUDANÇA; 2007, p.139) descreve: “Se quisermos que algo exista e exista
a com valorização que queremos, é fácil: é só apresentá-lo, fazê-lo notícia. Ele
passa a existir e as pessoas passam a falar dele.” E foi exatamente o que
aconteceu, espalhou-se o boato.

Para dar mais veracidade e mais valor ainda mais perante a mídia e a
opinião pública, o porta-voz da presidência nega tais acontecimentos.
Consegue desta forma, pela ideologia nacionalista dos norte-americanos, o que
esperava e a mídia, aceita a partir daí, toda e qualquer informação que aparece
sem se preocupar com a verdade.

O ápice da farsa é justamente a contratação de um produtor de


Hollywood e um músico profissional, esses novos acontecimentos são colcados
na mente e na boca da população dos Estados Unidos, através do que pode se
chamar “propaganda”. Um filme criado em estúdio cinematográfico, com apelo
emocional e patriótico: Uma menina indefesa (a mocinha), que precisa ser
salva pelos Estados Unidos (o mocinho) dos terríveis terroristas albaneses(os
vilões), debaixo de uma canção, como plano de fundo. A referência feita pelo
“Conserta Tudo” Connie Brean, com a guerra do Golfo é de extrema
importância, pois insinua que ela também fora produzida.

Como não se engana todo mundo o tempo todo, a CIA (inteligência


americana) descobre a farsa. Ao abordar e questionar os responsáveis, que
podemos chamar de irresponsáveis, a respeito das informações dadas à
imprensa

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