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Trabalho pt

O ser humano é uma espécie evolutiva, que evoluiu desde


os primórdios do seu aparecimento até aos dias de hoje.
Pergunto-me então porque sendo ele um ser que evolui, logo
que aprende cada vez mais, continua a cometer os mesmos erros
que já cometeu há 100, 1000, 10000 anos atrás. Vivemos num
mundo em que o termo “guerra” parece estar normalizado e foi
este o motivo que me levou hoje a falar sobre 2º guerra mundial
e o que se sucedeu desta, que tanto horror causou no mundo
inteiro.
O homem continua repetidamente a fazer os mesmos erros
cometidos no passado. À semelhança do que aconteceu com a
divisão da Alemanha oriental e ocidental, com a construção do
muro de Berlim, assistimos à tentativa da construção de um
muro entre os Estados Unidos e o México por parte de Donald
Trump; assistimos à guerra que atualmente está a decorrer entre
a Rússia e a Ucrânia; à subida ao poder de Giorgia Meloni em
Itália da extrema direita, que foi o mote da escolha do meu
tema; em Portugal também se começa a ouvir o nome de André
Ventura cada vez mais, um político também ele da extrema
direita; no Brasil, Jair Bolsonaro, ex-presidente, cumpriu um
mandato até à sua recente derrota contra Lula. Os casos podiam
continuar a ser enumerados... Coreia, China...
O ser humano não aprendeu, continua a olhar muito para a
questão do poder, que está no cerne de todas estas questões,
quanto a mim, o que me fez pensar na segunda guerra mundial.
Esta ocorreu exatamente por causa de um homem que também
achou que o planeta era seu e, por isso, decidiu exterminar tudo
que não era, aos seus olhos, da mesma “raça” que ele, da raça
ariana. Digo já que este conceito de raça no ser humano não
existe, pois somos todas da mesma (raça humana).
Há alguns equívocos sobre como Hitler chegou ao poder. É
importante entender que Hitler não tomou o poder através de
um golpe e também não foi eleito diretamente pelo povo
alemão.
 Hitler e o Partido Nazista chegaram ao poder por meio dos
processos políticos legais da Alemanha. Foi nomeado chanceler
em 1933, pois, na época, o Partido Nazista era popular na
Alemanha. Entretanto, este nem sempre assim o foi. Na verdade,
quando o movimento nazista começou, no início dos anos 20, ele
era pequeno, ineficiente e irrelevante. 
Então como é que um homem pequeno, ineficiente e
irrelevante consegue matar 40 milhões de pessoas?
Primeiro temos de perceber como é que Hitler e o Partido
Nazista atraíram a os seus eleitores em 1933. Da mesma maneira
que os políticos extremistas de hoje em dia ainda o fazem só que
de uma maneira mais “camuflada” . Os Nazis prometiam
reestabelecer a economia e gerar empregos; reconquistar a
posição de grande potência da Europa e até mundial da
Alemanha; reconquistar territórios perdidos com a sua derrota
na 1ª guerra mundial; criar um governo alemão forte e
autoritário e unificar os alemães seguindo linhas étnicas e raciais.
Os nazis aproveitaram-se das esperanças, dos medos e dos
preconceitos, já existentes entre a população, e criaram bodes
expiatórios. Utilizavam alegações falsas de que os judeus e os
comunistas eram os grandes responsáveis pelos problemas da
Alemanha contagiando assim a sua forma distorcida e perversa
de pensar a muita gente do povo alemão.
Na minha opinião, não seria muito interessante falar muito
pormenorizadamente sobre a 2ª guerra em si, dos campos de
concentração, câmaras de gás e outras coisas terríveis pois este é
um evento que muitos de vocês, se não todos, estão
familiarizados. Gostaria então de falar do impacto que esta teve
na literatura, na música, no cinema e na arte em geral.
É evidente que a 2ª guerra mundial foi um evento trágico,
provavelmente o mais trágico da história da humanidade e por
isso surgiu a necessidade de fazer algo para nos lembrarmos que
este aconteceu. É exemplo disto os filmes que foram realizados
sobre a 2º guerra : “O rapaz do pijama às riscas”, “A vida é bela”,
“A Lista de Schindler”, “o Pianista”. Achei muito interessante
este último filme referido: trata-se de uma história verídica de
um pianista que resumidamente é “poupado” por um nazi por
causa da música. (mostrar cena).
Achei este filme muito bom e especialmente a cena que
acabei de mostrar que mostra o quão poderosa a música pode
ser.
Na literatura, temos, por exemplo, o diário de Anne Frank,
um livro que ficou muito conhecido por ser um diária de uma
jovem judia que se manteve escondida e foi escrevendo acerca
da sua miserável vida. Na música, começam a surgir novos estilos
musicais como o rock e o pop com Elvis Presley, The Beatles, Ray
Charles e outros exatamente por causa da euforia do pós-guerra.
Sempre que há uma guerra, quando esta acaba, a população
passa sempre por momentos de euforia extrema. Por exemplo,
depois da primeira guerra mundial, em 1920 os Estados Unidos
da América tornaram-se numa das maiores potências do mundo,
tendo uma forte queda posteriormente, em 1929, com a quebra
da Bolsa de Valores de Nova Iorque, deixando o fim da época de
prosperidade conhecida como os “loucos anos 20”.
Em 1920 a Europa sofria as consequências da Primeira
Guerra Mundial, que viria permitir a ascensão do Nazismo,
liderado por Adolf Hitler. Nesta altura ainda se desconhecia que
figuras como Hitler marcariam a história e o mundo para sempre.
No cinema, imperavam as comédias de Clara Bow e de Chaplin.
Surgiu a primeira personagem de desenho animado, o Gato Félix.
Surgiram também os movimentos de arte como o dadaísmo, de
Marcel Duchamp e, o surrealismo, de Salvador Dalí. Na
arquitetura destacava-se a Art Déco e o mundo vivia também a
Era do Jazz, que se tornou amplamente popular ao longo da
década, sendo os Blues um dos ritmos mais conhecidos, ou seja,
depois da guerra o mundo revolucionou-se, mudou
completamente. O mesmo aconteceu com a 2ª guerra, guerra do
Vietname, guerra Fria…
Voltando ao presente, queria relembrar que nós não
podemos deixar acontecer o que aconteceu já há vários anos. Se
toda a gente tivesse acesso à boa educação, comunicação e
informação todos viveríamos num mundo mais completo e
evoluído.
Acabo por apelar a todos que zelem pelo futuro do nosso
planeta passando sempre a mensagem de que a violência não é a
solução. Passando a mensagem que nós não somos mais que
ninguém e por isso devemo-nos comportar como tal. Acho que
todos nós desempenhamos um papel e por isso todos nós
fazemos a diferença.

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