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Bizú Funções Essenciais à Justiça

➥ Complementando com uma tabelinha de suma importância (de acordo com a CF):
MPU | MPE
Chefe PGR | PGJ
Nomeação Presidente + AUTORIZAÇÃO maioria absoluta do SF | Chefe do Executivo
Lista tríplice? NÃO | SIM (dentre integrantes de carreira)
Idade + 35 anos | X
Mandato 2 anos + várias reconduções | 2 anos + UMA recondução
Destituição Presidente + AUTORIZAÇÃO maioria absoluta do SF | Deliberação maioria absoluta Legislativo.

(CESPE/MPU) O governador de estado nomeia o procurador-geral do Ministério Público do estado com base em
lista tríplice composta por integrantes de carreira, sem necessidade de ato de autorização da respectiva
assembleia legislativa.→ Correto. Para o presidente nomear o PGR para o MPU, necessita de aprovação da
maioria absoluta do Senado Federal. No MPE, basta a nomeação pelo governador com base em lista tríplice.

Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da
maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.

Obs1: CORREGEDOR NACIONAL DO MP é vedada a recondução (será escolhido em votação secreta entre os
membros do CNMP) 130-A, par. 3º. / PGR é o PRESIDENTE do CNMP
Obs2: CORREGDOR DO CNJ é 1 Min. Do STJ; O PRESIDENTE é o presidente do STF

PGR pra ser nomeado ou destituído depende da aprovação da maioria absoluta do SENADO.

AGU é livre pra ser nomeado e exonerado pelo Presidente (131, CF)

MEMBROS do CNJ / CNMP = Podem recondução (1 vez só). Cada recondução = 2 anos.
A diferença é na FUNÇÃO DE CORREDOR! NÃO CONFUNIR!
Atenção à função de Corregedor dentro desse órgãos:
CNJ = ministro do STJ ; 2 anos (+recondução) ; controle interno
CNMP = membro do MP; 2 anos (VEDADA recondução) ; controle externo

Obs1: CORREGEDOR NACIONAL DO MP é vedada a recondução (será escolhido em votação secreta entre os
membros do CNMP) 130-A, par. 3º. / PGR é o PRESIDENTE do CNMP
Obs2: CORREGDOR DO CNJ é 1 Min. Do STJ; O PRESIDENTE é o presidente do STF

MP------- Promotores de Justiça

Promotores da República

Advocacia Pública----------------Procuradores: Fazenda Nacional

Federais

Estaduais
Municipais

Advogado da União

MINISTÉRIO PÚBLICO: TEM autonomia administrativa e funcional

DEFENSORIA PÚBLICA: TEM autonomia administrativa e funcional

PROCURADORIAS E AGU: NÃO TÊM autonomia administrativa e funcional, pois são órgãos vinculados ao Poder
Executivo

Lembrar!

Funções essenciais a justiça

MP

*Instituição permanente

*Essencial a função jurisdicional do Estado

*defesa da ordem jurídica

*interesses sociais

*interesses individuais indisponíveis

*OAB participa do ingresso na carreira

Defensoria Pública

*Instituição permanente

*Essencial a função jurisdicional do Estado

*orientação jurídica

*promoção dos direitos humanos

*defesa em todos os graus dos dir. INDIVIDUAIS E COLETIVOS

*integral e gratuita

*necessitados (hipossuficientes de recursos)

AGU
*instituição diretamente/órgão vinculado representa União

*atuação judicial ou extrajudicial

*atividades de consultoria/assessoramento Poder Executivo.

*OAB não participa do ingresso na carreira.

Criei dois bizus para eu, e agora vocês, não esquecerem mais esse detalhe:

BIZU dos 5P: Ministério Público detém Privativamente a comPetência da ação Penal Pública.
BIZU dos 5C: AÇão Civil PúbliCa é Competência Concorrente.(A LEGITIMAÇÃO DO MP NÃO IMPEDE A DE
TERCEIROS, POR ISSO É CONCORRENTE)

"Eu trabalho no MP" - UII, metido.

"Eu trabalho na Defensoria" - UII,

metido.
Unidade, Indivisibilidade

e Independência funcional. (A independência funcional prevista restrige-se aos MEMBROS DO MP e não a meros
servidores dele)

Nas provas trocam Independência funcional por autonomia funcional ↓


ATENÇÃO! A Constituição Federal assegura autonomia funcional e administrativa ao Ministério Público
e à Defensoria Pública, bem como a iniciativa de sua proposta orçamentária. Porém, tal garantia não
possui previsão constitucional no que tange à AGU.

Colaborando com um quadro comparativo disposto no livro da Nathalia Masson:

Poder Judiciário|Ministério Público|Defensoria Pública|Advocacia Pública

Autonomia Financeira Sim | Sim | Sim | Não

Autonomia Administrativa Sim | Sim | Sim | Não

Autonomia Funcional Sim | Sim | Sim | Não

Vedação ao Exerc. da Adv. Sim- | Sim | Sim | Não

Iniciativa Legisl. p/ tratar organiz. carreira: Sim | Sim | Não | Não

Pra quem quiser localizar nos artigos da CF: Poder Judiciário (art. 93, 95 e 99), MP (art. 127 e art. 128), Def. Púb.
(art. 61 e 134) e Adv. Púb (art. 131 e 132).

(Masson, Nathalia. Manual de Direito Constitucional - 6. ed. Salvador: JUSPODIVM, 2018. fl. 1224)

- CNJ é sim órgão do poder judiciário, SO NÃO TEM FUNÇÃO JURISDICIONAL


- DPU: proteção dos necessitados
- MPU: defesa dir. coletivos, difusos, ind. indisponíveis.

Info 954 STF. O art. 132 da CF/88 confere às Procuradorias dos E/DF atribuição para as atividades de
consultoria jurídica e de representação judicial apenas no que se refere à administração pública direta,
autárquica e fundacional.

OU SEJA, não abrange SEM e EP.

Coletivo = Indivíduos Conhecidos

Difuso = Indivíduos Desconhecidos

O examinador queria saber se conhecíamos o posicionamento do STF que declarou inconstitucional a


tentativa dos Estados de criarem procuradorias da fazenda estaduais, autônomas, subordinadas ao
Poder Executivo.

O art. 131, § 3º da CF/88 determina que "na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação
da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei". Sendo assim, por
simetria, na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação dos Estados caberá à
Procuradoria-Geral do Estado.

O STF já se manifestou sobre a questão na ADIN 881, quando o Relator, Min. CELSO DE MELLO,
fundamentando seu voto, afirmou: “O conteúdo normativo do art. 132 da Constituição da República revela os
limites materiais em cujo âmbito processar-se-á a atuação funcional dos integrantes da Procuradoria-Geral do
Estado e do Distrito Federal. Nele contém-se norma que, revestida de eficácia vinculante e cogente para as
unidades federadas locais, não permite conferir a terceiros — senão aos próprios Procuradores do Estado e
do Distrito Federal, selecionados em concurso público de provas e títulos — o exercício intransferível e
indisponível das funções de representação estatal e de consultoria jurídica do Poder Executivo. (...) A
exclusividade dessa função de consultoria remanesce, agora, na esfera institucional da Advocacia Pública, exercida,
no plano dos Estados-membros, por suas respectivas Procuradorias-Gerais e pelos membros que as compõem.

Assistência Judiciária: Mais restrita, é o direito de acionar o Poder Judiciário gratuitamente.

Assistência Jurídica Integral: Mais ampla, pois implica assistência judiciária, consultas, pareceres e auxílios
diversos (Defensoria Pública, convênio entre Estados e OAB, etc).

"A assistência jurídica integral engloba, além da assistência judiciária para a defesa dos direitos individuais e
coletivos em todos os graus, a orientação jurídica e o auxílio extrajudicial."

A presidência do inquérito policial é sempre realizado pela autoridade policial (delegado). Isso constantemente
cai em prova. As provas trocam pelo MP
conforme dispõe o art.1 § u da lei 7347/85 Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular
pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
- FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente
determinados. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)

Mas cabe para ação civil pública para apurar a responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados por
infração da ordem econômica.

Importante diferenciar:

Gratuidade de Justiça (justiça gratuita): consiste na isenção de custas e emolumentos processuais. Cabe ao
Juiz o deferimento ou não. Ocorre dentro do processo.

Assistência Judiciária Gratuita: trata-se da representação endoprocessual de pessoas hipossuficientes. Ou


seja, prestado pela Defensoria Pública dentro do processo. É um termo de abrangência mais restrita que
assistência jurídica gratuita (ver abaixo).

Assistência Jurídica Gratuita: possibilidade de representação endo e extraprocessual de pessoas


hipossuficientes. Ou seja, é prestado pela Defensoria Pública dentro de processos judiciais mas também fora
deles. Termo de abrangência maior que assistência judiciária.

Os advogados membros da Justiça Eleitoral não estão abrangidos pela proibição de exercício da
advocacia contida no art. 28, II, da Lei nº 8.906/1994 (EOAB). (Ac.-STF, de 6.10.1994, na ADI-MC nº 1.127: )

A)Conforme entendimento proferido pelo STF no julgamento da ADI 291: “O cargo de procurador-geral do
Estado é de livre nomeação e exoneração pelo governador do Estado, que pode escolher o procurador-
geral entre membros da carreira ou não. [ADI 291, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 7-4-2010, P, DJE de 10-9-2010.]”

B) Não há de se falar em obrigatoriedade de apresentação do termo de posse, conforme entendimento


proferido pelo STF no julgamento da Ação Originária 1757: “REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL – PESSOA JURÍDICA
DE DIREITO PÚBLICO – UNIÃO – INSTRUMENTO DE MANDATO – DISPENSA. Uma vez subscrito o ato por
detentor do cargo de advogado da União, dispensável é a apresentação de instrumento de mandato, da
procuração.”

C) Conforme entendimento proferido pelo STF no julgamento da ADI 2926: “A Constituição Federal não
impede que Procuradores do Estado participem de conselho dentro da estrutura do Executivo. [ADI
2.926, rel. min. Nunes Marques, j. 18-3-2023, P, DJE de 22-5-2023.]”

D) Conforme entendimento proferido pelo STF no julgamento da ADI 1246: “A Procuradoria-Geral do Estado
é o órgão constitucional e permanente ao qual se confiou o exercício da advocacia (representação judicial
e consultoria jurídica) do Estado-membro (CF/88, art. 132). A parcialidade é inerente às suas funções, sendo,
por isso, inadequado cogitar-se independência funcional, nos moldes da Magistratura, do Ministério Público ou
da Defensoria Pública (art. 95, II; art. 128, § 5º, I, b; e art. 134, § 1º, da CF/88). STF. Plenário. ADI 1246, Rel.
Roberto Barroso, julgado em 11/04/2019.”

E) Conforme entendimento proferido pelo STF no julgamento da ADI 3536: “(…) 1. O art. 132 da
Constituição Federal confere às Procuradorias dos Estados atribuições para as atividades de consultoria
jurídica e representação judicial das respectivas unidades federadas, aí se compreendendo apenas a
administração pública direta, autárquica e fundacional. 2. A atuação de órgãos da Advocacia Pública em
prol de empresas públicas e sociedades de economia mista, além de descaracterizar o perfil
constitucional atribuído às Procuradorias dos Estados, implicaria favorecimento indevido a entidades
não gozam do regime jurídico de Fazenda Pública, em afronta ao princípio constitucional da isonomia.
(…)

Súmula
644 - STF: Ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige a
apresentação de instrumento de mandato para representá-la em juízo

A representação processual de autarquia, como é o caso dos autos - INSS -,


faz-se por procurador integrante de seu quadro funcional, sendo desnecessária a
apresentação de procuração. [, rel. min. Ricardo Lewandowski, 1ª T, j.
25-8-2009, DJE 176 de 18-9-2009.]

___

Art. 128. O Ministério Público abrange:


I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.

OBSERVE QUE MPE NÃO FAZ PARTE !

__

O Ministério Público Eleitoral é o Ministério Público Federal (MPF) no exercício das funções eleitorais. Tem-se
assim que:
Procurador-Geral da República = Procurador-Geral Eleitoral e atua junto ao Tribunal Superior Eleitoral
Procurador Regional da República (membro do MPF) = Procurador Regional Eleitoral e atua junto aos Tribunais
Regionais Eleitorais
Promotor de Justiça (membro do Ministério Público Estadual) = Promotor Eleitoral e atua junto a Juízes e Juntas
Eleitorais

__
As procuradorias são subordinadas ao poder executivo.

A CF não fala em autonomia funcional e administrativa para Advocacia-Geral da União

Os membros do CNMP E CNJ são processados e julgados, nos crimes de responsabilidade, pelo Senado
Federal. CORRETO

Câmara representa o povo;

SENADO representa o ESTADO, quem julga alguém é o Estado = SENADO

membros do CNJ / CNMP = 2 anos (pode recondução)

Atenção à função de Corregedor dentro desse órgãos:

CNJ = ministro do STJ ; 2 anos (+recondução) ; controle interno

CNMP = membro do MP; 2 anos (VEDADA recondução) ; controle externo

A) É constitucional, desde que observado o teto remuneratório, norma estadual que destina aos
procuradores estaduais honorários advocatícios incidentes na hipótese de quitação de dívida ativa em
decorrência da utilização de meio alternativo de cobrança administrativa ou de protesto de título. Caso
concreto: em Rondônia foi editada lei prevendo a cobrança de honorários advocatícios, destinados à
Procuradoria-Geral do Estado, de 10% sobre o valor total de dívidas de até 1.000 UPF/RO quitadas por meios
alternativos de cobrança administrativa ou de protesto de título. STF. Plenário. ADI 5910/RO, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 27/5/2022 (Info 1056).

B) Os princípios institucionais e as prerrogativas funcionais do Ministério Público e da Defensoria Pública não


podem ser estendidos às Procuradorias de Estado, porquanto as atribuições dos procuradores de estado –
sujeitos que estão à hierarquia administrativa – não guardam pertinência com as funções conferidas aos
membros daquelas outras instituições. Precedentes: ADI 217, Rel. Min. Ilmar Galvão, Plenário, DJ de 13/9/2002;
ADI 291, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJe de 10/9/2010.

C) É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que


confere foro por prerrogativa de função para Defensores Públicos e Procuradores do Estado. Constituição
estadual não pode atribuir foro por prerrogativa de função a autoridades diversas daquelas arroladas na
Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 6501 Ref-MC/PA, ADI 6508 Ref-MC/RO, ADI 6515 Ref-MC/AM e ADI 6516
Ref-MC/AL, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 20/11/2020 (Info 1000).

D) As Procuradorias de Estado, por integrarem os respectivos Poderes Executivos, NÃO gozam de autonomia
funcional, administrativa ou financeira, uma vez que a administração direta é una e não comporta a criação
de distinções entre órgãos em hipóteses não contempladas explícita ou implicitamente pela Constituição
Federal (STF, ADI 5.029, 2020). (A PGE é o escritório de advocacia da administração pública estadual e
exerce, como instituição permanente, uma função essencial à Justiça. Sua missão é orientar a
condução de processos administrativos e representar a Fazenda Pública nos processos judiciais.

E) É inconstitucional lei estadual que confira à PGE competência para controlar os serviços jurídicos e para
fazer a representação judicial de empresas públicas e sociedades de economia mista, inclusive com a
possibilidade de avocação de processos e litígios judiciais dessas estatais. Essa previsão cria uma ingerência
indevida do Governador na administração das empresas públicas e sociedades de economia mista, que são
pessoas jurídicas de direito privado (ou seja, representa a adm direta, fundacional e autárquica)

STF Tema 56 (RE 576155) - Legitimidade do Ministério Público para propor ação civil pública em que se
questiona acordo firmado entre o contribuinte e o Poder Público para pagamento de dívida tributária.

Tese firmada: O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública com o objetivo de anular
Termo de Acordo de Regime Especial — TARE firmado entre o Poder Público e contribuinte, em face da
legitimação ad causam que o texto constitucional lhe confere para defender o erário.

POR OUTRO LADO..

O MP não tem legitimidade para promover ACP com o objetivo de impedir a cobrança de tributos na defesa
de contribuintes, pois seus interesses são divisíveis, disponíveis e individualizáveis, oriundos de relações
jurídicas assemelhadas, mas distintas entre si. Contribuintes não são consumidores, não havendo como se
vislumbrar sua equiparação aos portadores de direitos difusos ou coletivos. (AgRg no REsp 969087/ES).

A Defensoria Pública detém a prerrogativa de requisitar, de quaisquer autoridades públicas e de seus agentes,
certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e
demais providências necessárias à sua atuação.

STF. Plenário. ADI 6852/DF e ADI 6862/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 18/2/2022 (Info 1045).

Decisões importantes do STF:

Defensoria TEM a prerrogativa de requisitar certidões, documentos ou informações de autoridades públicas e


dos agentes dessas autoridades.

Defensoria NÃO TEM prerrogativa para requisitar instauração de Inquérito Policial.


Súmula 99-STJ: O Ministério Público tem legitimidade para recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda
que NÃO haja recurso da parte.

DESTRINCHANDO

É entendimento sumulado pelo STJ (Súm. 99) que o MP tem legitimidade para recorrer no processo em que oficiou como
fiscal da lei (fiscal da ordem jurídica - CPC/15 -, ainda que não haja recurso da parte.

O CPC/15 também sustenta o posicionamento sumulado com a regra inserta no art. 996, vejamos:

O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou
como fiscal da ordem jurídica.

Advocacia Pública com Defensoria Pública.

Ambas são funções essenciais à justiça, nos termos da CF, mas enquanto a Advocacia Pública atua na defesa
dos interesses do Estado (União, Estado, DF), a Defensoria Pública atua na defesa do cidadão hipossuficiente.

Art. 133. O advogado (seja público ou privado) é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por
seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.

Conforme entendimento do STF:


"Impossibilidade de procuradores de justiça do Estado do Espírito Santo atuarem junto à corte de contas
estadual, em substituição aos membros do Ministério Público especial. Esta Corte entende que somente o
Ministério Público especial tem legitimidade para atuar junto aos tribunais de contas dos Estados e que
a organização e composição dos tribunais de contas estaduais estão sujeitas ao modelo jurídico estabelecido
pela Constituição do Brasil (art. 75). (...) É inconstitucional o texto normativo que prevê a possibilidade de
procuradores de justiça suprirem a não existência do Ministério Público especial, de atuação específica no
tribunal de contas estadual.[ADI 3.192 rel. min. Eros Grau, j. 24-5-2006, P, DJ de 18-8-2006.] = ADI 3.307 rel. min.
Cármen Lúcia, j. 2-2-2009, P, DJE de 29-5-2009"

QUEM É O PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA?

O procurador-geral da República é o chefe do Ministério Pública da União (MPU) e do Ministério Público


Federal (MPF) e exerce as funções do órgão no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de
Justiça (STJ), devendo ser ouvido sempre em todos os processos de competência das Cortes.
No STF, o PGR propõe ações diretas de inconstitucionalidade, representação para intervenção federal nos
estados e no Distrito Federal, além de ações penais públicas e cíveis.

QUEM É O PROCURADOR DE JUSTIÇA?

O Procurador de Justiça integra o Ministério Público Estadual e possui atribuições parecidas com as do
Promotor, porém oficia perante órgãos judiciais de segundo grau, em matéria cível ou criminal. Ou seja, é
um cargo que está ‘’acima’’ do cargo de promotor, no qual o candidato ingressa após promoção.

QUEM É O PROCURADOR DO ESTADO?

Pessoa que exerce a representação judicial e a consultoria jurídica da respectiva unidade federada . Os
Procuradores dos Estados, Administração Pública direta, autárquica e fundacional são organizados em
carreira, na qual o ingresso depende de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem
dos Advogados do Brasil em todas as suas fases. É constitucional a representação para para Autarquias e
Fundações Públicas.

É inconstitucional para Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista, já que não previsão
constitucional

“O cargo PROCURADOR-GERAL DO ESTADO é de livre nomeação e exoneração pelo governador do


Estado, que pode escolher o procurador-geral entre membros da carreira ou não

Tanto a Defensoria Pública da União como as dos estados e do DF devem ser organizadas por lei
complementar, devendo o ingresso no cargo de defensor público dar-se mediante concurso público de provas
e títulos (ERRADO)

LEI COMPLEMENTAR organiza DPU e DPDFT

LEI COMPLEMENTAR estabelece normas gerais para as DPE's

JUÍZES--> Gozam das garantias:vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade do subsídio;

TCU-->Goza das garantias:vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade do subsídio;

MP-->Goza das garantias:vitaliciedade, inamovibilidade e irred. do subsídio; e princípios:Unidade,


Indivisibilidade e independência.

DEFENSORIA PÚBLICA -->Goza só da garantia da INAMOVIBILIDADE; e dos princípios: Unidade,


Indivisibilidade e independência.

Judiciário |Ministério P| DP |Advocacia Pública

Autonomia Financeira-------Sim--------------|----------Sim-------|---Sim----|-----------Não

Autonomia Administrativ---Sim--------------|---------Sim-------|----Sim----|-----------Não

Autonomia Funcional---------Sim--------------|---------Sim-------|----Sim-----|-----------Não

Vedação ao Exerc. da Adv---Sim--------------|---------Sim-----|----Sim-----|------------Não

Iniciativa Legisl. p/ tratar --Sim--------------|---------Sim------|----Não-----|------- --Não

Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
VI - o Procurador-Geral da República;- OU SEJA O MP

Tanto a Defensoria Pública da União como as dos estados e do DF devem ser organizadas por lei
complementar, devendo o ingresso no cargo de defensor público dar-se mediante concurso público de provas
e títulos (ERRADO)

LEI COMPLEMENTAR organiza DPU e DPDF e T

LEI COMPLEMENTAR estabelece normas gerais para as DPE's

Ao ajuizar ação coletiva para a tutela do erário, o Ministério Público não age como representante da entidade
pública, e sim como substituto processual de uma coletividade indeterminada, qual seja, a sociedade como um
todo. Isso porque a sociedade é titular do direito à boa administração do patrimônio público.

O Ministério Público é titular do direito à boa administração do patrimônio público, da mesma forma que
qualquer cidadão pode ajuizar ação popular com o mesmo objetivo (art. 5º, LXXIII, da CF/88).

O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública que vise anular ato administrativo de
aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público. STF. Plenário. RE 409356/RO, Rel. Min. Luiz Fux,
julgado em 25/10/2018 (repercussão geral) (Info 921).

> CNMP:

INTEGRAM O CONSELHO: 14 membros nomeados pelo PR, depois de aprovada a escolha pela maioria
absoluta do Senado Federal, para um mandato de 2 anos, admitida 1 recondução, sendo:

1. O PGR – que o preside;


2. 4 membros do MPU – assegura a representação de cada uma de suas carreiras (MPF, MPT, MPM e
MPDFT);
3. 3 membros do MP dos estados - indicados pelos respectivos MP’s;
4. 2 juízes indicados – 1 pelo STF e 1 pelo STJ;
5. 2 advogados indicados – pelo CFOAB;
6. 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada indicados – 1 pela CD e 1 pelo SF.
O Ministério Público de Contas e nem o Ministério Público Eleitoral NÃO INTEGRAm a estrutura do
Ministério Público da União.

Art. 128, CF O Ministério Público abrange:

I - o Ministério Público da União, que compreende:

a) o Ministério Público Federal;

b) o Ministério Público do Trabalho;

c) o Ministério Público Militar;

d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

Ministério Público comum e especial e legitimidade processual: A Segunda Turma negou provimento a dois
agravos regimentais em reclamações, ajuizadas por membros do Ministério Público Especial junto aos
Tribunais de Contas. Em ambos os casos, se trata de concessão indevida de aposentadoria especial a servidor
público civil, em suposta afronta ao que decidido pelo STF na ADI 3.772/DF (DJE de 7.11.2008).

A Turma concluiu pela ausência de legitimidade ativa de causa, visto que a legitimidade processual
extraordinária e independente do Ministério Público comum não se estende ao Ministério Público junto
aos Tribunais de Contas, cuja atuação se limita ao controle externo, nos termos da Constituição. Rcl
24156 AgR/DF, rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 24.10.2017. (Info 883 STF

Ou seja, somente o MP comum tem legitimidade processual, o MPTC exerce controle externo, Ademais
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas não dispõe de fisionomia institucional própria, não integrando o
conceito de Ministério Público enquanto ente despersonalizado de função essencial à Justiça (CF/88, art. 127),
cuja abrangência é disciplina no art. 128 da Constituição Federal.
→ O Advogado-Geral da União representa a União perante o STF.

→ O Procurador-Geral da União representa a União perante o STJ nas questões cíveis e trabalhistas e
o Procurador-Geral da Fazenda Nacional, nas questões tributárias e fiscais.

→ Os Procuradores Regionais representam a União junto aos TRFs nas cinco regiões, com sede no DF, RJ, SP,
RS e PE.

→ Os Procuradores Chefes nos Estados representam a União junto à 1ª instância nas Capitais (Justiça
Federal e Trabalhista).

→ Os Procuradores Seccionais e Escritórios de Representação representam a União junto à 1ª instância no


interior.

De acordo com a CF, compete à Advocacia-Geral da União


A
defender a validade de lei federal no âmbito de ação direta de inconstitucionalidade ajuizada no STF. Art. 103,
§3º, da CF ERREI ISSO MUITAS VEZES!

Segundo o STF, o CNMP tem competência para apreciar ato de vitaliciamento de membro do Ministério
Público, que é uma espécie de ato administrativa (MS 27542/DF).

Conforme a CF, o controle externo da atividade policial será exercido pelo

Ministério Público, na forma disciplinada em LEI COMPLEMENTAR.  PROVA! CAIU NA CESPE

Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), a inamovibilidade é garantia implícita dos membros da advocacia
pública. ERRADO

ATENÇÃO! A questão disse ADVOCACIA PÚBLICA (que são os procuradores do Estado) e não DEFENSORIA
PÚBLICA!


A garantia da inamovibilidade é conferida pela CF apenas aos 3M's:

Magistrados, aos

Membros do Ministério Público e aos

Membros da Defensoria Pública, não podendo ser estendida aos procuradores do Estado.

“As Procuradorias de Estado, por integrarem os respectivos Poderes Executivos, não gozam de
autonomia funcional, administrativa ou financeira, uma vez que a administração direta é una e não
comporta a criação de distinções entre órgãos em hipóteses não contempladas explícita ou
implicitamente pela Constituição Federal.”

“A garantia da inamovibilidade conferida pela Constituição Federal aos magistrados, aos membros do
Ministério Público e aos membros da Defensoria Pública (artigos 93, VIII; 95, II; 128, § 5º, b; e 134,
parágrafo único) não pode ser estendida aos procuradores de estado.” (ADI 5029, Relator(a): Min. LUIZ FUX,
Tribunal Pleno, julgado em 15/04/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-105 DIVULG 29-04-2020 PUBLIC 30-04-
2020)

Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a DEFENSORIA PÚBLICA
CORRETO

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;

2º Defensoria Pública pode atuar na Justiça do Trabalho?

Lembrando que lides relacionadas a empregado celetista em uma sociedade de economia mista devem
ser julgadas pela JUSTIÇA DO TRABALHO

BASE LEGAL: Lei 5.584/70, Art 17. Quando, nas respectivas comarcas, não houver Juntas de Conciliação e
Julgamento ou não existir Sindicato da categoria profissional do trabalhador, é atribuído aos Promotores
Públicos ou Defensores Públicos o encargo de prestar assistência judiciária prevista nesta lei.

Parágrafo único. Na hipótese prevista neste artigo, a importância proveniente da condenação nas despesas
processuais será recolhida ao Tesouro do respectivo Estado.

CUIDADO COM A REVISÃO DE PROCESSOS DISCIPLINARES CONTRA SERVIDORES

O CNMP não possui competência para rever processos disciplinares instaurados e julgados contra
servidores do Ministério Público pela Corregedoria local. A competência revisora conferida ao CNMP limita-
se aos processos disciplinares instaurados contra os membros do Ministério Público da União ou dos Estados
(inciso IV do § 2º do art. 130-A da CF), não sendo possível a revisão de processo disciplinar contra servidores.
STF. 1ª Turma. MS 28827/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 28/8/2012 (Info 677).

l) As Defensorias Públicas gozam de autonomia funcional e administrativa. Por essa razão, qualquer medida
normativa que suprima essa AUTONOMIA da Defensoria Pública, vinculando-a a outros Poderes, em especial
ao Executivo, implicará violação à Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 4056/MA, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 7/3/2012 (Info 657).

ll) No mesmo sentido, o STF declarou que lei estadual que estabeleça que a Defensoria Pública ficará
subordinada ao Governador do Estado é INCONSTITUCIONAL por violar a autonomia da Instituição (art. 134, §
2º da CF/88). STF. Plenário. ADI 3965/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 7/3/2012 (Info 657).
Apenas para contribuir!!

Importante diferenciar:

Gratuidade de Justiça (justiça gratuita): consiste na isenção de custas e emolumentos processuais. Cabe ao
Juiz o deferimento ou não. Ocorre dentro do processo.

Assistência Judiciária Gratuita: trata-se da representação endoprocessual de pessoas hipossuficientes. Ou


seja, prestado pela Defensoria Pública dentro do processo. É um termo de abrangência mais restrita que
assistência jurídica gratuita (ver abaixo).

Assistência Jurídica Gratuita: possibilidade de representação endo e extraprocessual de pessoas


hipossuficientes. Ou seja, é prestado pela Defensoria Pública dentro de processos judiciais mas também fora
deles. Termo de abrangência maior que assistência judiciária.

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