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Direito constitucional

 Poder executivo art.76


1.1) Eleição
 Presidente:
- 35 anos e BR nato.

- Sistema majoritário (o mais votado entra) de 2 turnos;

 1º turno: 1 domingo de outubro, do último mandato presidencial.


- Aqui os candidatos lutam pela maioria absoluta (mais de 50%) dos votos
válidos. (votos em branco e em nulo, são inválidos).
- Quando se tem mais da metade dos votos, será automaticamente eleito.

 2º turno: último domingo de outubro.


- Se houver empate, o mais velho ganha.
- Pode haver: morte (convoca o 3º lugar, para concorrer com o candidato),
desistência ou renúncia de um dos candidatos.

Eleição de governador é a mesma coisa!

 Prefeito:
- Município com menos de 200.000 eleitores (é diferente de habitantes) apenas
1 turno, + de 200.000 será 2 turnos de votação.

1.2) Posse
 Presidente:
- Toma posse no congresso nacional, em uma sessão legislativa extraordinária
(abre uma vez a cada 4 anos), no dia 01/01 (nem sempre, ex impeachment,
será em dia diverso).

- No dia 01/01, 4 coisas podem ocorrer:


 Presidente e vice comparece: posse

 Nenhum dos dois aparece: 10 dias para pessoa apresentar uma


justificativa. Mas nesse ex, nenhum apresentou a justificativa,
aconteceria a dupla vacância (libera a vaga)

 Só o presidente: Posse ao presidente e o Vice vacância

 Presidente não, Vice sim: Vice toma posse como vice, pois o
presidente tem 10 dias para justificar (enquanto isso, o vice assume o
papel como se fosse o presidente), caso não haja essa justificativa, o
vice sucede o presidente.
1.3) Substituição:

Presidente da república

Vice-Presidente

Presidente da Câmara dos Deputados

Presidente do Senado

Presidente do STF

1.4) Sucessão:
É definitiva: morte, renuncia, impeachment
Não importa se for o vice ou o presidente que faleça. Presidente- Vice assume,
Vice- nada acontece.

CASO HAJA A VACANCIA:


2 primeiros anos do mandato X 2 Últimos anos do mandato
DUPLA VACANCIA:
- Novas eleições diretas, porém o - Novas eleições pelo Congresso
mandato acontecerá até o período (indiretas)
que falta.
- Mandato de diferença, também.
- Essa eleição deve ocorrer no prazo
de 90 dias (enquanto isso o pres. da câ-
mara assume).

1.5) Atribuições do presidente. Art.84 CF


As atribuições do presidente, em regra, são indelegáveis.

- Há 3 atribuições/exceções que são delegáveis:


1. Art. 84 VI – expedir, decreto para dispor sobre:
a) organização e funcionamento da administração pública. Salvo se
implicar aumento de despesa ou criação/extinção de órgãos públicos;
b) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;  

- As atribuições do presidente, ora estão mais próximas de atribuições de


chefia de Estado (comunidade internacional), ora de Governo (dentro do
nosso dia a dia).
- Quando assina algum tratado, está agindo como chefe de estado;
- Quando ele nomeia ministros, está agindo como chefe de governo.
2. Art.84 XII - conceder indulto (perdoar, liberar saída p/datas festivas) e
comutar penas (diminuir a pena), com audiência, se necessário, dos
órgãos instituídos em lei;

3. Art. 84 XXV (1ª parte) - prover e extinguir os cargos públicos federais,


na forma da lei;
- Presidente pode prover e extinguir, delegar e prover, o extinguir não. Mas a
única parte que ele não pode delegar é o prover

- Delegáveis para: Ministro de estado (auxiliar do presidente), Procurador Geral


República, Advogado Geral União.

84, XIV – XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de
Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores
do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;

84, XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o


Advogado-Geral da União (nomeado sem sabatina);

84, XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta


dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício
anterior.

 Para ser ministro do supremo:


- 35 a 65 anos;
- Requisito subjetivo: notável saber jurídico e reputação
- Ser nomeado pelo presidente depois da votação no senado federal

1.6) Responsabilidade do Presidente da República


- O presidente pratica dois tipos de crimes: o comum e de responsabilidade.

 Crime comum: uma infração penal, uma conduta tipificada em lei, mas
quando o presidente pratica, existem imunidades.
 Art. 86, paragrafo 3º – A prisão do presidente acontece em uma
hipótese: após sentença penal condenatória
 Possui imunidade por ser chefe de estado.
 O presidente não pode ser preso em flagrante, nem que o crime seja
inafiançável.
 Art.86, paragrafo 4º - na vigência do mandato o Presidente da
República, não responde por atos estranhos a função
- Quando o presidente pratica um crime, tem que analisar a conduta.
 Se a conduta tem a ver com a função presidencial, ele responde
imediatamente perante o STF
 Se não tiver relação com a função, responderá depois do mandato.
E como não estará mais investido no cargo, não terá mais nenhuma
imunidade/privilégio.
 Essa imunidade diz respeito somente ao cargo, não a pessoa, ou seja,
quando acaba o mandato, a pessoa responde pelos crimes causados.
 Governador tem essas vantagens? NÃO, pois o supremo decidiu que
essas vantagens são válidas somente para o chefe de estado.

Ex: Injuria racial praticada na entrevista, enquanto presidente, está


conectado com a função, logo responderia na vigência do mandato ao
STF.
Ex: Presidente ao chegar em casa, discute com o porteiro e agride-o.
Esse crime não tem relação com a função presidencial, então ele
responderia depois de terminar o mandato, sem privilégios e perante a
justiça comum.

 Crime de responsabilidade: infração político administrativa. Não é


qualquer pessoa que pode praticar esse crime, somente quem tem
algum tipo de responsabilidade para com a sociedade. Ex: ocorrer um
impeachment

Art. 85 – atentar contra:


- A constituição;
- Existência da união;
- O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do
Ministério Público;
- Direitos individuais, políticos e sociais;
- Segurança interna do país;
- Probidade administrativa; (Collor caiu por causa disso)
- Orçamento; (Dilma caiu por causa disso) Pres. tem um orçamento para
cumprir, se atentar contra orçamento, quebra o País.
- Leis e decisões judiciais.

 Existe uma lei federal regulamentando esses crimes – 1079 de 1950.


 Súmula vinculante 46 Lei federal dispõe do crime de responsabilidade
sobre o presidente e governadores. Só uma lei federal vai dispor sobre
crime de responsabilidade.

- O presidente só pode ser processado com a autorização da câmara dos


deputados. Por um coro alto (2/3), se fosse com minoria, seria muito fácil
derrubar o presidente.
Ex: Presentes 372 deputados autorizaram a instauração do processo. Sempre
que a CF mencionar cordão, é com base no número total.
Quando a CF falar 1/3 é 1/3 do total, 2/3 do 2/3 do total, maioria absoluta, mais
da metade do total, etc. Só é diferente quando leva em consideração a maioria
simples que é de acordo com a lei ordinária.
2/3 é 2/3 do total, logo não interessa o número dos presentes, precisa saber
que existem 513 deputados na câmara, logo, são 2/3 desses que autorizam o
processo. Sendo assim, 342. No exemplo acima poderia ser autorizado o
processo, pois tinha 372.

Crime comum funcional (tem a ver Crime de responsabilidade


com a função)
Autorização Câmara de deputados (2/3) Câmara de deputados (2/3)
(Art.51, I)
Foro que julga STF Senado Federal -> Presidente do STF

Início do Há a suspensão do mandato, afasta Suspensão do mandato, afastado do cargo


processo do cargo por 180 dias. por 180 dias.
Penas Pena do tipo, de acordo com o Perda do cargo com a inabilitação para
estabelecido no código penal função pública por 8 anos (art. 52)

- No caso da Dilma e do Collor, teve julgamento inferior a 180 dias, porém,


caso não tivesse sido julgado nos 180 dias, voltaria ao mandato e o processo
continuaria
- A CF fala que no crime de responsabilidade (art.52 pg.ú), são duas penas: a
perda do cargo com a inabilitação para função pública por 8 anos (ou seja, não
poderá fazer concurso público, cargos comissionados, jurada, mesária de
eleição, etc). No caso da dilma, não aplicaram as duas. O presidente do
supremo, acatou o pedido de fracionamento do julgamento. Os senadores
julgaram as penas de forma separada. Foi declarada a perda do cargo, mas
não foi vetada a inabilitação para função pública.
- Não cabe discussão de mérito no judiciário. Mas, cabe quanto a forma. Foi o
que o Collor fez, com a proposta que uma pena ser acessória e outra principal.

- Na tabela é o estudo do crime comum funcional, ou seja, pela função exercida


pelo presidente. O crime comum que não tem a ver com a função, é
processado depois do mandato e será responsabilizado.

 2) Poder Legislativo

- É constituído por senadores, deputados federais, deputados estaduais e


vereadores.

- Responsáveis pela elaboração das leis e pela fiscalização dos atos do Poder
Executivo

2.1) Organização do congresso nacional (art. 44):

 Câmara dos Deputados:


-Idade mínima: 21;

- Mandato é de 4 anos ou também chamado de uma legislatura

- Sistema eleitoral é proporcional – deputado federal, estadual (legenda) #


sistema majoritário (presidente/prefeitos). Nem sempre a pessoa mais votada
entra (exemplo: Tiririca foi o mais votado e levou com eles parlamentares que
tiveram poucos votos)

- No congresso nacional tem os representantes do povo, sendo proporcional


quantos deputados por estado (mínimo 8 e máximo de 70 e é definido por lei
complementar)

 Senado Federal:

- Representantes do Estado/ Distrito Federal

- Com composição fixa (3 senadores com 2 suplentes cada por estado- 81


senadores no total

- Suplente é quem espera o senador perder o cargo para entrar, enquanto isso
não é ninguém), há hipóteses em que o suplente entra temporariamente

- Idade mínima: 35;

- Mandato é de 8 anos, mas a eleição é de 4 em 4 (exemplo: em 2014 teve


eleição para dois senadores, em 2018 teve eleição para um senador e por
assim vai...)

- Sistema eleitoral é o majoritário, entra o mais votado

 Legislatura: é o período de 4 anos de mandato

 Sessão legislativa (ordinária): é o ano começa dia 02/02 até 17/07 que
entra em recesso e fica até 01/08, onde volta a trabalhar até 22/12 que
entra em recesso de novo até 02/02, onde volta a trabalhar

 Sessão legislativa extraordinária é quando é necessário fazer alguma


reunião no período de recesso

2.2) Processo legislativo ordinário

Lei ordinária Lei complementar


Exigida de modo residual, nos casos É reservado para matérias
em que não houver a expressa especificas, previstos na constituição
exigência de lei complementar. (exemplo: art.18 $3)
Mudança de lei ordinária Mudança de lei complementar é feita
por lei complementar
Aprovada pela maioria simples (mais É aprovada pela maioria absoluta
da metade dos presentes) – Art. 47 cf (mais da metade do total: 81) – Art.69
cf

- São diferentes, mas não existe superioridade entre elas

- Quando a cf não fala qual lei usar, como o art. 22 I pode se utilizar tanto lei
ordinária, como complementar quanto à forma, mas não será chamada assim,
podendo ser modificada por lei ordinária

- Existe matéria de lei que nasceu ordinária e se transformou em lei


complementar (código tributário)

- As deliberações do congresso somente ocorrem se presente a maioria


absoluta dos membros

2.3) Criação de uma lei:

2.3.1) Iniciativa (apresentar um projeto):

a) Geral (art.61), quem pode apresentar PL no congresso:

. Deputado federal ou comissão da câmera de deputados -> apresentada na


CD

. Senador ou comissão do senado -> SF

. Presidente da república -> CD, se apresentar no sf é inconstitucional

. Supremo tribunal federal -> CD

. Tribunais superiores -> CD

. Procurador geral da república -> CD

. Cidadãos -> CD

- Via de regra a casa inicial é a CD

b) Iniciativa privativa do Presidente (Art. 61, I 1º):


I - Fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - Disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e
autárquica ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária,
serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento
de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de
militares para a inatividade;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento
de cargos, 
- Ele é o comandante das forças armadas e ele quem argui os assuntos
referente a isso.

- Ministros do Estado
-Chefe da administrativa pública federal
-O território pertence à União que pertence ao presidente

c) Iniciativa popular: (61 p 2)


Povo apresenta projeto de lei.
- Para se aprovar um projeto de iniciativa popular, para que de fato possa
tramitar, precisa da adesão de 1% dos eleitores brasileiros;
- Esse 1% de eleitores devem estar distribuídos em 5 estados;
- Ou seja, 0,3 % das assinaturas de cada estado;
- Uma vez apresentado o projeto, o congresso não precisa aprovar.
- A iniciativa popular tem origem em lei ordinária, mas pode apresentar uma lei
complementar.

 Etapas para a criação de leis:

 O projeto é apresentado pela casa inicial, via de regra essa casa inicial é
a câmara.
 A casa inicial pode receber o projeto e rejeitar, se rejeitar o projeto vai
para o arquivo (art.67). O senado que é a casa revisora vai se
manifestar se o projeto for aprovado, mas se a casa inicial já reprovou,
morreu ali.
 A casa inicial pode aprovar, se isso acontecer, o projeto será remetido
para a casa revisora. Se a CI é a câmara a revisora é o Senado.
 A casa revisora pode rejeitar e o projeto vai para o arquivo.
 A casa revisora pode aprovar e o projeto vai para o Presidente da
república.
 A casa revisora pode emendar o projeto, se emendar volta para a casa
inicial.
 A casa inicial quando recebe a emenda, primeiro deve aprova-la
 Se a CI aprovar a emenda o projeto vai o presidente
 Se a CI rejeitar a emenda, esta vai para o arquivo e o projeto segue sem
alterações para o presidente
Ex: A CI decide alterar o Código penal, aumentando a pena de homicídio,
se for rejeitada vai para o arquivo, caso seja aprovada, vai para casa
revisora e esta pode rejeitar e ir para o arquivo ou aprovar e vai para o
Presidente. A casa revisora pode emendar e pedir para aumentar também a
pena do furto. Volta para casa inicial que pode aprovar e vai para o
presidente um projeto versando sobre homicídio e furto. Se a CI rejeitar o
projeto de furto, vai para o Presidente somente um projeto versando sobre
homicídio, porque o arquivamento da emenda, fica arquivado a emenda,
não o projeto todo.
 A casa revisora emendou, o projeto volta para a CI, esta pode emendar
a emenda? NÃO EXISTE ISSO. Começaria outra propositura, não tem
como virar emenda de emenda
 A única emenda que faz o projeto retornar é a emenda modificativa
(muda alguma coisa), supressiva (tira algo) ou aditiva (adiciona alguma
coisa. Ex da emenda de homicídio que adicionou o furto). Se a emenda
acrescenta, tira ou muda, ela volta.
 Mas, há emendas que não mudam o projeto, muda o texto, mas não
muda a norma e esta retorna.
Ex: Não é permitido fumar. Vai para a casa revisora e mudam para é
proibido fumar. Não mudou nada. Essa emenda não tem que voltar, porque
ela mudou o texto, mas não a norma.
- Diferença entre texto e norma: os termos utilizados representam o texto. O
que se constrói, a disposição sendo jurídica ou não, é a norma. Ex: uma
criança ao ler a CF, não vai tirar uma norma dali. A norma é a interpretação.
- Toda emenda tem que guardar uma conexão com o projeto. Ex: se
apresenta um projeto de direito penal, a emenda deve ser de DP.
- Ou seja, não é que a casa revisora não possa mudar todo o projeto, ela
pode descaracterizar completamente a proposta inicial, mas tem que ser
dentro da temática delimitada para a casa inicial. Isso é conhecido como
emenda jabuti
 O presidente pode sancionar/concordar com os termos legislados. E
essa sanção implica na promulgação que é seguida da publicação.
Diferença de sanção e promulgação: a promulgação é o reconhecimento
que aquele processo legislativo chegou ao fim. Com a promulgação vem a
publicação e a lei entra em vigor
 O presidente pode vetar (não é absoluto), mas não significa que vai
arquivar o projeto, pois a não concordância marca a posição tão
somente do presidente. Não tem como a vontade de um se sobrepor
contra a vontade de 513 deputados e 81 senadores.
 Vetado o projeto, o presidente comunica o presidente do senado federal,
convoca uma sessão conjunta no congresso nacional para deliberar
sobre o veto.
 Se o congresso manter o veto, arquiva.
 O Congresso nacional pode derrubar o veto. Se derrubar o presidente
deve promulgar (quem manda mais é o poder legislativo).
 Pode ser que o presidente que já vetou não queira promulgar, então ele
fica em silêncio por 48 horas.
 Se o presidente ficar em silêncio por 48 horas/ não promulgar, a missão
passa para o Presidente do Senado Federal a promulgação.
 Caso o PSF também fique em silêncio por 48 horas, a responsabilidade
passa para quem fala se o presidente do senado não falar, ou seja, o
vice-presidente do senado.
 Ao final disso tudo, será promulgado
 Caso o presidente silenciar por 15 dias úteis, acontece a sanção tácita
(quem cala, consente). Entre a vontade expressa do congresso e o
silencio do Presidente, fica com a vontade do congresso e o projeto será
promulgado.
Se o presidente não estiver, o vice pode tomar a decisão.

O veto do Presidente tem algumas características:


1. Relativo: pode ser derrubado, ele não encerra o processo legislativo.
2. Fundamentado: a partir da fundamentação do Presidente que o
congresso vai deliberar.
3. Total/Parcial: ele pode vetar todo o projeto ou parte dele. Mas, não
pode vetar é a palavra. Ex: vetar o não, do projeto de Não é permitido
fumar.
4. Insuscetível de apreciação judicial: ninguém pode entrar com ação
para discutir a sanção do presidente, pois se ele sancionou ou vetou faz
parte das atribuições dele.
O Art.67:
Um deputado apresentou projeto para aumentar o imposto, foi vetado, não faria
sentido no dia seguinte ele apresentar o mesmo projeto.
Rejeitado o projeto, a reapresentação não pode ser feita na mesma
sessão legislativa (se rejeitou em 2019, reapresenta em 2020) salvo se o
projeto for reapresentado por maioria absoluta dos membros de qualquer
casa.

Ex: liberação do aborto. Supondo que o projeto caiu no SF. 41 disseram não,
40 sim. Então, o projeto foi rejeitado e poderá ser representado na próxima
sessão legislativa, a não ser que seja representado na mesma sessão
legislativa por maioria absoluta (ele pode convencer algum dos senadores que
votou não, a ser favorável).

- O presidente pode solicitar urgência com os projetos de sua iniciativa, a


consequência disso será a fixação de um prazo.

Processo legislativo Sumário: artigo 64, § 1º: O Presidente da República


poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
- Não é uma medida provisória
- Só pode pedir urgência em pedido criados pelo presidente
- CI tem 45 dias para se manifestar, CR mais 45 dias e a emenda 10 dias
- Acontece o trancamento da pauta (a casa que deveria votar, mas não votou
terá que votar esse projeto para dar continuidade aos outros), se os prazos não
forem respeitados ficam sobrestadas
- O prazo se conta em dia corrido

 Emenda Constitucional:

Iniciativa Onde é apresentada a proposta


Presidente da República CD

Um terço dos deputados federais (171) CD

Um terço dos senadores (27) SF


Por mais da metade das assembleias legislativas SF
(14)¹

¹: Desde que cada uma delas se manifeste pela maioria relativa de seus
componentes.
- Povo não pode apresentar proposta de emenda constitucional (apenas
iniciativa para lei)

- Não podem ser apresentadas PECs para suprimir as chamadas cláusulas


pétreas da Constituição (forma federativa de Estado; voto direto, secreto,
universal e periódico; separação dos poderes e direitos e garantias individuais).

- A PEC é discutida e votada em dois turnos, em cada Casa do Congresso, e


será aprovada se obtiver, na Câmara e no Senado, três quintos dos votos dos
deputados (308) e dos senadores (49). Ou seja, acontece dois turnos na CD e
dois turnos na SF

- Proposta de emenda não se sujeita a sanção, veto ou promulgação


presidencial, ou seja, a promulgação é dada pela SF ou CD

- Ao ser aprovada, a emenda constitucional pode alterar apenas determinados


pontos, que são: um parágrafo, um tópico, um tema

Poder constituinte: É dividido em:


1) Originário: É o poder de criar uma nova Constituição. Apresenta seis
características que o distinguem do derivado: é político, inicial,
incondicionado, permanente, ilimitado juridicamente e autônomo.

2) Derivado: É o poder de modificar a Constituição Federal, estabelecido


na própria Constituição pelo poder Originário, que está inserido com o
objetivo de legitimar a sua alteração quando necessária. Tem como
características ser jurídico, derivado, limitado (ou subordinado) e
condicionado. que é subdividido em:
- Reforma: é o criado pelo Poder Constituinte Originário para modificar as
normas constitucionais já estabelecidas. Tal modificação é operada através das
Emendas Constitucionais- alteração ordinária de um assunto, não de tudo

 Limite material expresso ou Cláusula Pétrea- art. 60, §4:


Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais. (art. 5º-> direitos e deveres individuais e
coletivo; art.6- 11-> direitos sociais; art. 12 e 13-> nacionalidade; art. 14-16->
direitos políticos; art.17 -> partido político)
- Cláusula pétrea serve para garantir a segurança jurídica, para que não haja
retrocesso
 Limite material implícito:
Os direitos fundamentais (individuais e sociais) são considerados limites
implícitos, para as cartas em que não se apresentam expressamente enquanto
matéria imodificável; As normas concernentes ao titular do Poder Constituinte;
As normas concernentes ao titular do Poder de Reforma; As normas referentes
ao processo de emenda.

- Revisão: É o poder investidos aos Estados Membros para elaborar sua


própria constituição, sendo assim possível a estes estabelecer sua auto-
organização. adct art.3º- revisão acontece a cada 5 anos, por voto da maioria
absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral.

- Decorrente: É o poder investidos aos Estados Membros para elaborar sua


própria constituição, sendo assim possível a estes estabelecer sua auto-
organização.

- Nossa constituição é considerada rígida pela dificuldade em mudá-la,


entretanto pode ser mudada, pois a sociedade também muda, não sendo feita
para durar para sempre

 Iniciativa de apresentar uma proposta de emenda: (art.60)


 Quando a constituição fala 1/3, se refere a 1/3 do total.
Ex: a propositura de uma cpi é feita por 1/3 dos membros da casa - do total.
São 81 Senadores, e em um determinado dia estavam presentes 60, precisa
de 27.
 Quando a CF fala em maioria simples, se refere a mais da metade dos
presentes.
Ex: então, no exemplo para ser aprovado uma lei ordinária, seria necessários
31 senadores.
 Maioria absoluta, mais da metade do total
Ex: é utilizado para aprovar uma lei complementar, no exemplo precisaria de
41.
 O quórum de 2/3 é calculado com base no total.
- Utilizado para instalar processo contra o presidente. No caso, precisaria de
54.

 Quem pode apresentar a proposta:


- Presidente da República
- 1/3 Câmara dos Deputados do total - 171
- 1/3 Senado Federal – 27
- + de ½ das Assembleias Legislativas Estaduais. São 27, então + de 14
precisam se reunir para que um projeto seja discutido.

Quando a proposta é feita por mais da metade das ALE, CI será: Senado
Quando a proposta é feita pelo Presidente, CI: Câmara dos Deputados
Quando a iniciativa é feita pelo Senado, começa pelo Senado.
Quando a iniciativa feita pela Câmara apresenta a proposta no Senado.
O povo não pode apresentar proposta de emenda.

- A proposta de emenda não se sujeita a sanção, veto ou promulgação


presidencial.

- A promulgação é feita pela mesa do Senado e pela mesa da Câmara.

 Aprovação da EC
- 3/5 é o quórum para aprovar a lei com base no número total.
No exemplo acima, seria necessários 49 senadores

- São necessários 2 turnos de votação em cada casa do Congresso Nacional


para aprovar a emenda. No total são 4 votações (2 na câmara, 2 no Senado).

- A lei ordinária e complementar é preciso de 1 votação só.

Quórum SENADO (81) CÂMARA (513)


Maioria A maioria, presente a maioria A maioria, presente a maioria
simples absoluta dos senadores absoluta dos deputados
Maioria
41 257
absoluta
3/5 49 308
2/3 54 342
1/6 14 86
1/10 9 52
1/20 4 26
1/3 27 171
2/5 33 206

 Medidas provisórias (art. 62):


- O presidente é legitimado para apresentar as medidas provisórias, tendo dois
requisitos, que se submetem a controle de constitucionalidade:
1) relevância- depende de cada um;
2) urgência.

- O apelo prático da medida provisória é a maior rapidez e tem a eficácia


imediata como de uma lei, a partir da publicação.

- A medida provisória nasce como tal, mas tende a ser convertida em lei e
passa a vigorar independente de qualquer prazo.

- Se ela é provisória, o prazo é de 60 dias prorrogáveis por uma única vez por
igual período (60+60).
- Ela antecipa o que a lei faz.

- Ela não vale até 120, porque nesse prazo não corre o recesso, ela pode durar
mais que 120 dias, porque ela tem efeito no recesso, porém no recesso o prazo
não é contado.

 Procedimento:

 Começa com o Presidente, ele publica, com a publicação já está


valendo (e com todos os seus efeitos), com o prazo de 60+60;
 Em paralelo a publicação, o presidente submete o texto a uma comissão
mista do congresso nacional para que está de um parecer, sobre a
relevância e a urgência.
- o PR fez a MP, publicou e ela já vale, mas em paralelo a isso, o congresso
vai ser reunido para dar um parecer dos pressupostos da MP.
 Após esse parecer, inicia a votação.
 Essa votação começa na câmara de deputados (É a casa inicial para as
iniciativas do PR).
 3 coisas podem acontecer nessa votação:
- Aprovada: será convertida em lei ordinária, porque ela não pode versar
sobre matéria reservada para lei complementar.
- Rejeitar: 1) a MP perde a eficácia, estava valendo, foi rejeitada e não vale
mais; 2) a MP somente poderá ser reapresentada na próxima sessão
legislativa (isso marca a provisoriedade); 3) o congresso deve editar um
decreto legislativo regulamentando as relações jurídicas decorrentes da MP
(é o exemplo da vovó que precisa de alvará para local de costura, havia
uma MP, mas expirou, então ela deveria seguir de acordo com o decreto
estabelecido, isso restabelece a segurança jurídica).
- Emendada: quando a MP sofre emenda, a aprovação dela vai ficar
condicionada a uma aprovação presidencial. Ex: da mp de liberdade
econômica que é o caso da vovo. Há de se pensar, o porque fica sujeito a
aprovação do presidente se nasceu dele, mas se olhar o texto na origem,
após da emenda é diferente, então precisa da sanção dele.
Tudo isso acontece em 60 dias prorrogáveis por igual período (60+60)

- A não apreciação (votação) da MP no prazo implica nos mesmos efeitos


da rejeição.

 Regime de urgência:
Se a MP não for apreciada no congresso nacional em 45 dias ficam
sobrestadas (tranca a pauta) as deliberações na casa em que está tramitando.

- O prazo da MP é 60+60, mas há o prazo em paralelo, que é o da urgência (45


dias). A casa inicial é a câmara e ela ficou 45 dias sentada em cima da mp e
não foi apreciada, tranca a pauta dela e não poderá analisar outro projeto. Mas,
não trancou a pauta do Senado, por exemplo.
- O prazo é de 45 dias para o congresso. Se a câmara votar em 15 dias, o
Senado terá 30 dias para votar.

Art.62 § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco
dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência,
subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando
sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações
legislativas da Casa em que estiver tramitando.
- Se trancou a pauta, não poderia votar uma lei ordinária, nem lei
complementar, embora esteja escrito todas as demais liberações, a
jurisprudência do supremo entende que o trancamento da pauta é só para
outras medidas provisórias.

 A MP é exceção em termos legislativos, a regra é o princípio da reserva


legal/legalidade.

 Limites a medida provisória (61.p 1º) – com relação a sua matéria:


1. Nacionalidade, direitos políticos, direito eleitoral, partidos políticos e
cidadania. Ou seja, não meta a mão em eleições; Ex: querer fazer uma
MP para naturalizar os imigrantes venezuelanos ou alguma mp para o
beneficiar em eleições.
2. Organização do poder judiciário e do MP;
3. Direito penal, processo civil e processo penal;
4. Orçamento; exceto o art.167 p.3º, que diz respeito a guerra, então o
orçamento das forças armadas deve ser aumentado.
5. Matéria reservada para lei complementar; se, está escrito na CF que
normas gerais de direito tributário estão regulados por lei complementar
não tem como colocar uma MP sobre isso.
6. Sequestro ou detenção de bens, inclusive bens consignados em
caderneta de poupança;
7. Versar sobre matéria já aprovada no congresso e pendente de sanção
ou veto; (perguntar)

 Estatuto dos congressistas:


Deputados e Senadores tem vantagens e impedimentos.

 Prerrogativa de foro:
Art.53 p1º. Deputados federais e senadores serão submetidos a julgamento no
STF, mas só no crime comum, mas não qualquer um, somente o crime comum
praticado após a diplomação e que tenha conexão com a função.

Ex: operação lava jato, sempre que a questão alcançava o parlamentar o juiz
saia de cena, porque o parlamentar federal tem prerrogativa de foro. Mas, não
é em qualquer ação. Se quiser entrar com indenização por dano moral contra o
parlamentar, não será o supremo a julgar, é ação cível.

- O parlamentar não vai praticar crime de responsabilidade, pois este, é uma


infração de politica administrativa que vai submeter a um julgamento político, e
não é esse o caso aqui. A essência é a mesma, mas é um crime comum com
relação a função. Ex: como deputada saio e me envolvo em um acidente de
trânsito e dou porrada no cara. Esse crime não tem a ver com a minha função.
Porém, como deputada me envolvi em esquema de corrupção, me pediram
para fazer uma lei para beneficiar fulano em troca de dinheiro, esse crime
comum (estelionato – receber vantagem indevida), tem a ver com a função.

- A eleição tem uma sequência de atos: eleição de outubro; após isso, a


diplomação que é um ato da justiça eleitoral que da o diploma para o
parlamentar e com isso, ele toma posse, logo, se após essa diplomação ele
cometer algum crime funcional, o supremo que julga.
Se o deputado estadual praticar crime, será sujeito ao tj.
- Há a possibilidade de renuncia. Ex: carlli filho, renunciou a prerrogativa para
não ser julgamento pelo supremo, mas sim pelo 1º grau.

- Tribunal do júri julga crime doloso contra a vida. Um eventual conflito entre o
tribunal do júri e a prerrogativa de foro do parlamentar. Se ele praticasse um
crime doloso contra a vida em exercício da função parlamentar. Ex: do pai do
Collor discutiu no senado com um cara, deu um tiro na pessoa errada. Ele foi
absolvido no tribunal do júri. Hoje, um dep.f pratica um crime doloso, será
julgado pelo supremo.

- A prerrogativa de foro por função supera a competência do tribunal do júri.

 Imunidade formal relacionada ao processo:

STF julga crime comum quando praticado relacionado com o exercício da


função e após a diplomação:
1) STF recebe a denuncia
2) STF comunica a casa
3) A casa querendo, susta o andamento da ação (a casa vai determinar a
suspensão do processo).
- Significa que o parlamentar não será processado - isso não é automático,
depende do juízo de valor da casa.
- Art.53 parágrafo 3

Quando o Supremo comunica a casa, ela tem 45 dias para se manifestar, se


ela susta o andamento do processo, caso ela não se manifeste em 45 dias, o
processo não suspende, ele terá seguimento, pois a denúncia foi recebida no
STF, vai da casa sustar ele ou não.

- O crime que não tiver relação com a função parlamentar será apurado
imediatamente e pela justiça comum.

- O mandato do Senador é de 8 anos, se a casa determinar a sustação do


processo dele e este está no primeiro ano, significa que vai sustar por 7 anos.
Ou seja, não vai correr prescrição, porque a imunidade é do cargo e não da
pessoa. Há diversos crimes que prescrevem em 8 anos, então a CF da uma
vantagem pelo cargo, mas se depois de retomado o andamento do processo, é
como se tivesse começado dali, sendo assim, o período que ficou parado o
processo, não corre a prescrição.
 Prisão do parlamentar (53 p.2)
Ocorre em:
1.) Flagrante, delito
2.) Crime inafiançável (art.5 inciso 42 a 44)
- Mas, há outra hipótese que não consta na CF, é o caso do parlamentar ser
preso em sentença transitada em julgado.
- Se for pego em flagrante e o crime não for inafiançável, não poderá ser preso.
- Ainda que seja preso, tem 24 horas o auto da prisão deve ser enviado para a
casa e esta vai dizer se ele fica ou não na prisão.
 Imunidade material:
Art.53, caput

- DF, DE, Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por suas opiniões
palavras e votos. (pode opinar ou falar o que quiser, sem incidir
responsabilidade para ele, por isso, eles se atacam. Mas, isso não tem nada
ver com impunidade).

- Essa imunidade tem um pressuposto: se está no exercício da função, a


prerrogativa incide, e no exercício da função pode estar dentro do parlamento
ou fora dele.

 Comissão Parlamentar de Inquérito (art.58 p 3º)


A CPI investiga – inquérito
- A abertura dela está sujeita a 1/3 das manifestações favoráveis da câmara
(171), SF (27) ou do CN (158). É um coro baixo, pelo fato de facilitar a
investigação, pois se faço alto, a minoria honesta, não conseguiria investigar a
maioria desonesta.

- Teria a possibilidade de abrir uma cpi com a manifestação de 300 deputados


e 1 senador? Tem que respeitar o mínimo (171 e 27), se não, não abre.

- A CPI pode investigar tudo aquilo que diz respeito as ações do congresso.

- Quando ela é aberta no congresso é chamada de CPMI (comissão


parlamentar mista de inquérito), ela vai investigar o que for de interesse de
ambas as casas.

- A CPI é aberta para investigar fato determinado.

- Tem tempo certo para fazer a investigação, a CF não menciona exatamente.

- Ao investigar, as conclusões são enviadas ao MP e este, faz o que achar


melhor. Pode entrar ou não com investigação criminal.

- A CF diz que as CPI’s possuem poderes de investigação próprios das


autoridades judiciais, mas possui um erro, pois autoridades judiciais não
investigam ninguém, ele julga, o correto seria, as cpi’s fazem tudo que o
judiciário faz.
LIMITES POSSIBILIDADES

Expedir mandado de prisão, cautelar, Prisão em flagrante


provisória.
Não pode fazer interceptação telefônica. Quebra de sigilo telefônico (ver para quem
(pode pedir para o judiciário fazer). ligou)
Busca e apreensão em domicílio (art.5 Provas em modo geral
inciso 11)
Proibir contato com o advogado Não sujeição ao contraditório/ampla defesa
(por ser inquérito, não precisa garantir)
Julgar Investigar
 Poder Judiciário:

 Justiça estadual -> TJ -> STJ


( 1ª Instancia) (2ª Instancia) (Tribunal Superior)

 Justiça Federal-> TRF -> STJ


(1ª Instancia) ( 2ª Instancia) ( Tribunal Superior)

 Just. Do trabalho-> TRT -> TST


(1ª Instancia) ( 2ª Instancia) ( Tribunal Superior)

 Just. Eleitoral-> TRE -> TSE


(1ª Instancia) ( 2ª Instancia) ( Tribunal Superior)

 Justiça Militar-> STM


(1ª Instancia) ( Ultima Instancia)

- Tudo que está aqui faz parte do Poder Judiciário, caso não esteja, são órgãos
descentralizados.
- O CNJ não entra no quadro, pois não tem função judiciaria, apenas faz
controle das funções administrativas e financeiras.
 Sobre a Magistratura:

- Art. 93 da Constituição (Estatuto da Magistratura). Esse estatuto é a lei que


regulamenta a carreira dos magistrados, e foi criado pelo STF. Foi aprovado
como lei complementar, justamente por ter sido proposto pelo STF. Caso fosse
lei ordinária seria inconstitucional.
93, I – O que é necessário para se tornar um magistrado?
1- Concurso Público de Provas e títulos.
2- Ser Bacharel em Direito.
3- Ter 3 anos de prática jurídica.
- O juiz pode mudar de entrância ou instancia. Entrância diz respeito à
Comarca, e instancia é sobre o grau de jurisdição.
 O que é preciso para mudar de instancia ou entrância?
1- Antiguidade – É analisado na ficha do juiz, e diz respeito ao
tempo de exercício.
2- Merecimento – É observado a partir dos feitos.

 5° Constitucional:

 1/5 das vagas dos Tribunais de Justiça e Regionais federais, são


destinados à advogados e membros do MP.
- Para ser membro do MP: 10 anos de prática jurídica.
- Para ser Advogado: 10 anos de prática jurídica, notório saber
jurídico e reputação ilibada.

- O órgão de representação que escolhera o membro faz uma lista sêxtupla, a


qual seleciona 6 nomes, os quais são enviados ao tribunal, que transforma a
lista em tríplice, a qual é enviada ao chefe do poder executivo ( do órgão que
vai receber o membro, ou seja, o TJ ou TRF) , o qual faz a nomeação de um
deles.
 Garantias e impedimentos do juiz (art.95 cf):

 Garantias – assegura a independência:


1. Vitaliciedade: após 2 anos somente perde o cargo por decisão
judicial definitiva (transitada em julgado).

2. Inamovibilidade: não pode tirar de uma COMARCA para outra, para


garantir a independência nas decisões.
- Exceção, art. 93 inciso VIII – remoção por interesse público. Ex:
cidade que a vários anos não possui juiz, porque é muito pequena e
perigosa, por exemplo. O tribunal ou CDJ por decisão da maioria
absoluta dos membros, pode colocar o juiz em outra comarca.
- Tirando isso, só por promoção ou permuta.

3. Irredutibilidade de subsídios: o valor que ele ganha não pode ser


reduzido.

 Impedimentos – garante a imparcialidade:


1. Exercer atividade politico - partidária: ele não pode estar filiado a
partido politico antes de se candidatar.

2. Exercer advocacia no juízo ou tribunal de onde se afastou: no


prazo de 3 anos, pelo fato de conhecer todo mundo, ele teria
vantagens que um advogado não teria. Não é uma proibição
absoluta, pois no prazo de 3 anos ele pode exercer advocacia em
outro lugar.

3. Exercer outro cargo/função, salvo magistério (dar aula): Ou seja,


aqui diz respeito a fazer outro concurso púbico além do magistério,
esse dispositivo não fala da vida privada, é como se falasse que o
juiz só pode receber dos cofres públicos como juiz e no máximo
como professor.
- juiz pode ter uma empresa, desde que seja sócio minoritário, não pode
ser administrador.
- é o caso do Sérgio Moro, era juiz e fez concurso para professor da
federal, até ai poderia, mas ao chamar ele como ministro, não poderia
mais exercer a magistratura e quando ele deixar o cargo no ministério,
não pode voltar para magistratura, só se depois de 3 anos fizer concurso
novamente.
- juiz não pode receber custas judiciais do processo.

 Súmula vinculante: 103 A


Súmula é um enunciado que sintetiza o entendimento de um tribunal a respeito
de uma matéria.

- O Supremo Tribunal Federal tem competência para aprovar, revisar ou


cancelar a súmula, e ele pode fazer:
1. De ofício – vontade própria.
2. Por provocação – os mesmos legitimados para uma ação direta de
inconstitucionalidade.

- Uma vez publicada no diário oficial, a súmula vinculante, tem efeito


vinculante, com relação aos demais órgãos do poder judiciário e também a
administração pública.

Ex: Existe uma súmula vinculante que proíbe cobrança de matricula em


universidade pública. A UFPR não pode cobrar, ela tem que proceder com o
supremo mandou, mas ela decide cobrar, quem quer entrar na universidade
sem pagar pode entra com uma ação, o mandado de segurança e vai cair para
o juiz, o juiz decide de acordo com a súmula, desautorizando a cobrança.
Ex: Súmula que proíbe o nepotismo (contratar parente em adm pública). Se no
tj tiver nepotismo, entra com ação popular e obviamente o juiz tem que decidir
de acordo com a súmula.

- As súmulas são só orientação, a vinculante, serve como ‘’regra’’.

- Ela não vincula o STF, pois diz que ela pode revisar ou cancelar e vincula os
demais.

- Há duas formas de violar uma súmula vinculante:


1. aplicando quando não é para aplicar;
2. não aplicando quando deveria aplicar.

- A atividade legislativa, típica do legislativo ou atípica do poder executivo


não está vinculada a súmula, o judiciário não pode paralisar a atividade
legislativa. Ou seja, o poder legislativo pode criar uma lei contraria à sumula.

- Para impugnar o desrespeito a súmula vinculante cabe reclamação (103


p.3º,102 G).
- Porém, caso haja contradição no momento de decidir entre a sumula e a lei,
devera se julgar de acordo com a sumula. O que pode ocorrer, é a decisão ir
para a área recursal, e o STF anular a sumula, pois entendeu que ela não e
necessária neste caso.

*** Não cai na prova:


Função típica do legislativa – Legislar
Função Típica do executivo – administrar
Função Típica do judiciário – julgar
Exemplos de Atividade Atípica do Executivo – Medidas provisórias e decretos,
julgar processos administrativos. Todos estes atos podem ser exercidos em
contramão da sumula vinculante. Ou seja, em contradição entre judiciário e
legislativo, quem ganha é o judiciário, que devera julgar de acordo com a
sumula.
Quando o juiz julga em desacordo com a sumula vinculante, cabe reclamação.

Art. 102, 1G. Essa ação vai direto ao Supremo. A reclamação ataca o juiz. A
decisão vai ao Supremo, e este ANULA A DECISAO QUE VAI CONTRA A
SUMULA, E NÃO REFORMA.

 CNJ (conselho nacional de justiça) – 103 B

- É um órgão integrante do poder judiciário;

- Não tem função jurisdicional, ou seja, ele não julga caso concreto;

- Ele realiza o controle da atuação administrativa e financeira do poder


judiciário. Analisa se estão decidindo de acordo com a legalidade, fazendo o
trabalho de forma coerente.

- CNJ é formado por 15 conselheiros, os quais vêm de 4 setores, sendo estes


Poder Judiciário, OAB, MP e do Povo. A maioria dos membros deve ser
pertencente ao Judiciário, pois caso seja maioria dos outros setores, seria um
controle externo. CNJ REALIZA UM CONTROLE INTERNO, POR ISSO NÃO E
INCONSTITUCIONAL.

- O STF indica duas pessoas para participar do CNJ. O presidente do Supremo


é a mesmo presidente do CNJ. É uma imposição constitucional.

- Presidente do STF indica um desembargador do TJ e um Juiz estadual para


participar do CNJ.

- O STJ indica um ministro qualquer, para ser corregedor do CNJ. Indica


também um juiz do TRF e mais Juiz Federal.

- O TSF indica um de seus ministros, um juiz do TRT e mais um da Justiça do


Trabalho.
- PESSOAS DO CNJ TEM MANDATO DE DOIS ANOS.

 STF E STJ – Supremo é formado por 11 ministros:


 Composição do STF – guardião da constituição
a) Nato;
b) Idade: 35 a 65 anos para serem NOMEADOS, ou seja, na posse.
c) Notável saber jurídico e reputação ilibada;
d) Nomeação pelo PR após a aprovação do SF.

 Composição do STJ
a) Nato ou Naturalizado, basta que seja brasileiro;
b) Idade: 35 a 65 anos na nomeação;
c) Notável ( + do que notório) saber jurídico e reputação ilibada;
d) Nomeação pelo PR após aprovação pelo SF.
e) São 33, sendo 1/3 desembargadores, 1/3 juízes TRF (2º grau), 1/3
advogado/mp

- 102, I, B – STF.
É o foro competente para julgar grandes cargos por crime comum:
 Presidente
 Vice PR
 CN
 M.STF
 PGR
Se essas pessoas forem presas, o hc vai para o STF para libera-los.

PR COMETE CRIME -> STF JULGA


GOVERNADOR - > STJ JULGA (art.105, I, a)
PREFEITO - > TJ (29, x – está errado, pois não e necessariamente no tj, será
neste em 2º, pois se cometer crime federal será julgado no trf, eleitoral – tre).

-102, I,C – STF


É o foro competente para julgar crime comum e de responsabilidade,
praticados por:
 Ministro de estado e comandante da marinha, exercito e aeronáutica;
Quando esses crimes de responsabilidade forem conexos com o Presidente,
ou seja, os dois cometerem crime juntos, é o SF que julga, pois não teria
sentido julgar um crime cometido pelo Presidente em uma instancia menor do
que se deveria.

** PR julgado no SF, Vice no STF, se ambos cometerem crime, será no SF.

o Tribunal de contas da união (TCU) – STF


 TCE é julgado pelo STJ (105, I,a).
 Membro do TCM – STJ

o Tribunais Superiores
STJ/ TST/TSE/STM – JULGADOS PELO STF
- Membros de Tribunais de 2º grau: TJ/TRF/TRT/TRE – STJ
- 102, I, E - STF
- Vai ao supremo, ações em que estado estrangeiro ou organismo
internacional, processa a União, ou seus territórios, seus estados ou Distrito
Federal.

- E quando os agentes estrangeiros interpuserem ação contra o Município – A


ação vai à Justiça Federal de 1 Grau, e estas ações cabem interposição de
Recurso Ordinário, o qual sobe diretamente ao STJ.

• LER O ARTIGO 102 INTEIRO PARA A PROVA.

CONSTITUCIONAL – 2º BIMESTRE

 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:

Classificação:

I) Momento
a) Repressivo: após a conclusão do ato normativo
b) Preventivo: se a lei não for aprovada no controle preventivo, ela
não entra em vigor e não gera efeitos
** no Brasil a regra é controle repressivo.

II) Órgão de Controle:


a) Judicial: espera a lei ser criada. **Ocorre no BRASIL
b) Político: não pode se aplicar no BR devido a dimensão territorial

III) Órgão Judicial:


a) Difuso: - qualquer juiz/tribunal
- EUA (1803)
- Atende o nosso dia-a-dia
b) Concentrado: apenas um órgão do Tribunal
- Áustria (1920) Kelsen

***no Brasil é repressivo judicial misto, pois há controle difuso e


concentrado.

- Controle preventivo feito pelo Poder Legislativo: CCJ = o controle é feito


ANTES da conclusão da Lei.

- Controle preventivo feito pelo Poder Executivo: VETO JURÍDICO


Veto político: vetar o aumento de salário de Presidente do Congresso por
motivos financeiros
Veto jurídico: não aprovar uma lei porque ela é inconstitucional
- Controle preventivo feito pelo Poder Judiciário: anulação de um Projeto de Lei
Exemplo: Mandado de Segurança impetrado por parlamentar para proteger
Direito Líquido e Certo de participar de processo legislativo não viciado

- Controle repressivo feito pelo Poder Executivo: o chefe do poder executivo


pode determinar o não cumprimento de lei que considerar inconstitucional e
pode entrar com ADI para o supremo anular. (esse tipo de controle está em
discussão)

 CONTROLE DIFUSO NO BR:

É espalhado por todo poder judiciário e qualquer juiz/tribunal, a pedido de


qualquer um, seja autor, réu, MP, etc, pode declarar a inconstitucionalidade de
uma lei.

- Não há uma ação especifica para exercício de controle difuso de


constitucionalidade. Ex: inconstitucionalidade de habeas corpus, habeas data,
em qualquer coisa.
- Esse controle sempre é feito no caso concreto, ou seja, só se pode provocar o
judiciário, caso aquela lei te ofenda, caso contrário, não se pode declarar a
inconstitucionalidade.
Ex: uma lei dizendo que mulher não pode fazer concurso público. É
inconstitucional. Apenas a mulher que quer fazer o concurso pode entrar com a
ação, portanto, só a pessoa que está sendo prejudicada pode entrar com a
ação.

- O controle de constitucionalidade causa o afastamento da lei, não o


anulamento desta.

- O exemplo acima explica que, a lei nem sempre é anulada, somente


suspensa, é suspensa apenas para quem solicita a inconstitucionalidade.
Como por exemplo uma associação que declara a inconstitucionalidade dessa
lei para as mulheres, caso a lei seja declarada inconstitucional, apenas as
associadas desta associação podem aproveitar desta decisão. 

- Para declarar a inconstitucionalidade da lei do exemplo, não se entra com


ADI, e sim com um mandado de segurança, para proteger direito líquido e
certo. 

- Ex- Você mora em um prédio, e aumentam para 100% o valor do IPTU. Caso
você impetre um mandado de segurança e consiga a baixa do valor deste
IPTU, apenas você, do prédio todo, vai poder pagar menos IPTU.

 Efeitos:
- Inter partes (só vale para quem entrou com a ação)
- Do ponto de vista temporal a decisão é ex tunc (retroage)

Art.97: somente por maioria absoluta (+ da metade do total) dos seus membros
ou membros do órgão especial os tribunais podem declarar a
inconstitucionalidade – cláusula de reserva do plenário.
- Órgão especial – é uma fração que decide em nome de todos os
desembargadores, quando o plenário é muito grande. 
- Caso chegue uma declaração de inconstitucionalidade em um tribunal, que
tem 120 desembargadores oficiais e 25 membros no órgão especial, esta
declaração devera ser aprovada por 61 membros normais ou 13 membros do
órgão especial. Quem decide se a declaração e realizada pelo órgão especial
ou pelos membros normais, é o regimento interno do tribunal. 
- OBS – Sozinhos os órgãos fracionários ou colegiados, estes não podem
declarar a inconstitucionalidade nem afastar a lei no caso concreto. Ou seja,
câmaras cíveis não podem decidir sozinhas, devem reunir ou os membros
oficiais, ou o órgão especial para decidir juntos, pela maioria. Ela deve parar o
julgamento dessa declaração, e mandar para o plenário ou órgão especial
decidir.

- Não se plica a cláusula de reserva do plenário quando há precedente do


plenário do supremo, ou do próprio tribunal. Ou seja, quando há precedente,
você pode julgar sozinho. Seria um preliminar ao enfrentamento do julgamento.
Se já há um precedente, você pode julgar de acordo com ele. Agora, se não há
precedente, você deve mandar para o plenário ou para a câmara.

Súmula vinculante número 10

 CONTROLE CONCENTRADO:

- É feito apenas por um órgão ou tribunal que exerce esse controle na


defesa de uma constituição.
No caso a constituição federal é o STF, mas existem constituições estaduais
que são defendidas pelo TJ.
Art.125 p.2

- Aqui existem ações especificas, como a ADI (ação direta de


inconstitucionalidade); ADC (ação declaratória de constitucionalidade), ADPF
(arguição de descumprimento de preceito fundamental), ADO (ação direta de
inconstitucionalidade por omissão).

- A inconstitucionalidade no controle concentrado anula a lei.

- Os efeitos são erga omnes

- Possui efeito ex tunc (retroage), não vira constitucional, ela nasce


inconstitucional.

 Objeto das ações:


Lei 9868/99 (adc, ado, adi), 9882/99 (adpf).

 ADI:
- Ataca lei ou ato normativo federal ou estadual.
** ato normativo pode ser ato que não é lei, regulamento, medida provisória,
etc.
Ou seja, norma municipal não pode ser atacada por adi, mas distrital, depende,
pois ela faz tanto o que o estado faz, como o município.
O IPTU, é um imposto de competência municipal, df pode implantar e se a lei
for inconstitucional, não pode entrar com adi, pois é uma lei que tem essência
de lei municipal.
O IPVA que tem essência estadual, pode implantar e caberia adi.

Desde que atenda 3 requisitos:


- impetrar perante uma lei vigente;
- Posterior a constituição federal, ela nasceu dia 05 de outubro de 88;
- Ato primário, aquele que retira suporte primário direto da constituição, ou seja,
não deriva de lei, mas da constituição. Ex: lei complementar, lei ordinária,
medida provisória, emenda à constituição. A constituição está no topo, se a lei
a baixo está violando a constituição, ela será anulada. Como será anulada a
emenda se ela emenda a constituição? Quando violar a cláusula pétrea ou for
aprovada por maioria absoluta, não pode, pois é aprovada por 2 turnos de 3/5.

A união institui o imposto de renda, vira uma lei instituir o imposto e este será
regulado por um decreto, a lei que cria o imposto de renda pode ser controlada
por ADI, pois é lei federal posterior a constituição e primária.

- Não pode ser controlada pela ADI o código penal, por exemplo. As coisas que
não podem ser controladas aqui, podem ser pela ADPF.

- Decretos legislativos também podem ser atacados pela ADI, exceto o decreto para
fiel execução da lei, os quais não podem ser atacados pela ADI, pelo fato de não serem
primários, estão abaixo da lei.
- Código penal não pode ser controlado pela constituição de 88, pois veio antes da
constituição federal.
- Caso algo não possa ser controlado pela adi, será pela ADPF.
- Lei 9868.99, e 9882.99.
- Não cabe ADPF quando cabe outro meio eficaz de sanar a lesão, ou seja, a ADI. ( ex –
lei municipal, lei revogada, lei anterior à constituição, atos secundários, leis distritais.)
-> ADPF ataca ato do poder público que viola preceito fundamental.

 Preceitos fundamentais são os dispositivos mais importantes da constituição,


como o Art. 5, por exemplo.
 Anencefalia foi decidida por uma ADPF pois diz respeito ao código penal, o qual
foi criado antes da constituição federal.

 ADC:
Busca ter uma declaração de constitucionalidade da lei com a constituição.

Ela questiona lei ou ato normativo federal que atendam 3 requisitos:

- legitimar leis/ações vigentes;


- posterior a constituição de 88;
- atos primários;
- Deve haver controvérsia judicial, em relação à constitucionalidade da Lei.
- A ADC SERVE PARA TORNAR ABSOLUTA UMA PRESUNÇÃO DE
CONSTITUCIONALIDADE QUE ATÉ ENTAO ERA RELATIVA.
- Duplicidade das ações, pois a função da ADI e ADC é a mesma, que é
declarar se a lei e constitucional ou inconstitucional.
- Caso você entrar com uma ADI equivocada, quando se deveria entrar com
uma ADPF, o supremo aceita está com caráter de ADPF, e não apenas
extingue.

 ADPF:
** só cabe adpf quando não cabe adi.
Ataca ato do poder público que viola preceito fundamental.

Art. 4º p.1º (lei 9882), diz que não cabe adpf quando há outro meio eficaz de
sanar a lesão. Tradução do principio da subsidiariedade, só irá utiliza-la quando
não couber outra ação.

- lei municipal;
- lei anterior a constituição;
- ato secundário. ** Há de repensar pois começa a se formar decisão no
supremo dizendo que ato secundário não pode ser controlado em nada, a não
ser em mandado de segurança, pois ato secundário está abaixo de primário,
logo não é inconstitucional, mas uma ilegalidade.
- lei distrital que materializa matéria de competência municipal. Ex: portaria da
receita federal.

Só vai caber a adpf se esses atos violarem os preceitos fundamentais, o qual, é


uma disposição muito importante ao controle constitucional. Ex: art. 5º, marcha
da maconha, aborto de anencefálicos.

 ADO:
Ataca a omissão inconstitucional, a falta da norma regulamentadora.

O STF comunica a mora, ou seja, avisa o congresso que a lei não foi criada.
Solicita providências para o poder competente. O congresso pode receber a
solicitação e ignorar.

- Se o supremo mandasse o congresso fazer uma lei afrontaria o princípio da


separação de poderes, então o supremo tentando blindar esse principio
esvaziou o conteúdo prático da ADO, a qual só serve para provocar o stf para
este comunicar o congresso que a lei não existe e peça providências.

- DIFERENÇA:

ADO MANDADO DE INJUNÇÃO


LEGITIMAD Os que estão no Art.103 Qualquer um
O
FORO STJ STF, STJ E TJ
NATUREZA Controle concentrado Controle difuso
DECISÃO Não concretista, pois só Concretista, pois se um
comunica. servidor pedir greve, poderá
ser concedida.

 Legitimados para ajuizar:


(adi,adc,adpf,ado). Art. 103 – porém, não separa quais são universais e
especiais.

Universais Especiais: deve mostrar a


pertinência temática (prejuízo)
Presidente da república Mesa da assembleia legislativa do
Estado ou DF
Mesa do senado federal Governador do Estado ou DF

Mesa da câmara de deputados Confederação Sindical ou Entidade


de classe nacional
Procurador Geral da República

Conselho Federal da OAB

Partido político que tenha


representação no CN

- O presidente que sancionou uma lei pode atacar a própria lei sancionada,
ajuizando ADI.
- As mesas são órgãos administrativos. Para o controle concentrado quem
ajuizada ADI não é o presidente do senado, é a mesa do senado, bem como
mesa da câmara.
- O governador do Estado ou DF. Ex: no acre aprovaram uma lei dizendo que
fica dispensada a licitação para contratação de produtos e serviços da adm
pública estadual. Essa lei é inconstitucional, a licitação é uma regra da adm
pública para contratar serviços. A licitação está de acordo com alguns
princípios da adm pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade
e eficiência, em especial a licitação prestigia a eficiência. O governador do pr
não pode atacar o acre por adi, pois não tem nenhum prejuízo direto ao pr.
Ex: santa catarina faz um incentivo fiscal de forma inconstitucional (reduz
imposto para economia local). Empresas deixam o pr por sc. O governador do
pr pode atacar sc, pois há prejuízo direto na tributação.

- O STF estabeleceu requisito de prejuízo aos especiais, pois são 54, 27


governadores, 27 mesas e a maioria de ADI e ADPF eram ajuizadas pelo
governador que queria ser o fiscal do mundo, então para diminuir o assédio a
ele, estabeleceu requisito.
- Os legitimados universais podem ajuizar qualquer das ações independente de
demonstração de prejuízo.
- Um partido que tem representação no congresso tem ao menos um eleito em
qualquer casa. Ex: tem um deputado eleito, pode ajuizar adi, mas se no
caminho ele não foi reeleito, a adi segue pois, a legitimidade é identificada na
distribuição, no protocolo.
- Sindical é diferente de sindicato, este representa a categoria da menor base
territorial que é o município, então em cwb tem um sindicato dos professores,
um sindicato pode formar várias federações e varias federações podem formar
uma confederação, então é lá de cima que pode apresentar uma ação.

O Art.103 é importante pois, mostra quem pode ajuizar as 4 ações e traz quem
pode pedir a aprovação, revisão ou cancelamento de uma súmula vinculante.

Todos que estão classificados na tabela possuem capacidade postulatória


(podem ajuíza uma ação diretamente), salvo:
- Confederação sindical
- Entidade de classe
- Partido político (cn)
Eles têm em comum o fato de serem pessoas jurídicas de direito privado, que
são representados por seus diretores e devem constituir advogados para
postularem em nome delas.

- O presidente quando quer ajuizar, pede ao adv geral da união. Ex: o temer
era adv, ele querendo poderia ajuizar sozinho. O governador pode assinar a
petição, mas pode pedir ajudar do procurador geral do estado.

 Efeitos da decisão:
(adi, adc,adpf)

- Erga omnes (decisão vale para todos).

- Ex tunc (retroage), ela não vira inconstitucional, ela nasce.

- Efeito vinculante:
- Vincula os demais órgãos do poder judiciário:
O STF decidiu uma ADI que união homo afetiva é reconhecida, dada a decisão
da ADI um casal do mesmo sexo reclama em juízo o reconhecimento da união,
o juiz responsável pela causa deve reconhecer como a decisão do supremo,
esse é o efeito vinculante.
- e Adm pública:
Por isso cartório já está fazendo reconhecimento da união homo afetiva.

Na teoria o efeito vinculante é bom, mas na prática nem sempre, as vezes


determinado juiz pode não querer aplicar. Se desrespeitar o efeito vinculante
cabe reclamação.
O efeito vinculante não vincula o plenário do supremo, bem como a atividade
legislativa. Se o stf anular uma lei o congresso pode reeditar a lei, se ele
reeditou e alguém provocar o supremo, ele não deve dar a mesma decisão que
o congresso justamente por não ser vinculado.

O STF pode mudar todos os efeitos. Ex: 2006 criaram uma lei federal que
autorizava a união a cobrar imposto. Essa lei federal é atacada por ADI. 2007
ajuizaram ADI, poderiam ter pedido cautelar para a união parar de recolher,
não pediram, então a lei é presumidamente declarada constitucional. 2017
julgamento de procedência do pedido, a lei foi declarada inconstitucional e o
trânsito em julgado ocorreu em 2019. Os efeitos de uma ADI são ex tunc, erga
omnes e vinculante, portanto, retroage para tornar toda lei inconstitucional,
porém a união cobrou, então terá que devolver, só que a união recorreu ao
Supremo, alegando que que arrecadou 250 bilhões e não tem dinheiro para
devolver, se forçar a devolver o brasil quebra. Então, nesse caso é pior
declarar a inconstitucionalidade do que manter a lei inconstitucional em vigor.
Dado o problema, o stf pode modular os efeitos da declaração de
inconstitucionalidade, ou seja, pode declarar que de 2017 para frente a união
não pode mais cobrar e o que passou já era – a modulação do efeito não é só
no efeito temporal, pode também tirar o efeito erga omnes e vinculante.

- a modulação temporal pode ser feita pela segurança jurídica ou interesse


social.

 Requisitos para isso acontecer:


Estão no Art.27 da lei 9868/99.
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em
vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o
Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros,
restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a
partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

 Generalidades:
1) Não há prazo prescricional ou decadencial para o ajuizamento das
ações;
Então, há possibilidade de ajuizar uma ADI contra uma lei de 25 anos atrás
se está estiver vigente. Mas, se for de 35 anos, não pode, pois ultrapassa o
lapso temporal de cabimento de adi, porque a constituição tem 31 anos.
Nesse caso, caberia adpf por ser lei anterior a constituição.
2) Não há prazo de desistência da ação;
nenhuma delas admite desistência.
3) Todas admitem cautelar/liminar;
4) Nenhuma admite intervenção de terceiros, salvo amicus curiae;
Amigo da corte. Quando foi entrada a adi 3510 de biossegurança, todos
falaram que violava a vida, então o supremo questionou o inicio da vida, na
racionalidade do supremo ela inicia com a formação do tubo neural, então
entrou vários amicus curiae para cada um expor quando começa a vida.
5) Nenhuma delas admite recurso contra decisão final, salvo o recurso que
se maneja ao próprio reformador da decisão (embargos de declaração);
6) Também, não admitem ação rescisória.

 Funções essenciais da justiça:


- São essenciais, pois são elas que movimentam/provocam o judiciário.

1. MP (art.127)
- Função essencial a jurisdição do Estado;
- É uma instituição permanente;
- Promove a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais, individuais e indisponíveis;

 Princípios:
- Unidade
- Indivisibilidade
ele é uno e indivisível (não existe diferença entre as pessoas e o MP e isso
permite que troque um promotor por outro, por exemplo, pois não é
vinculado a percepção da pessoa, ela está falando em nome do órgão).
- Independência funcional: autonomia administrativa e financeira, ele cuida
do próprio orçamento.

MINISTÉRIO PÚBLICO Art. 128 P.1º


– Da união: especializado em mp federal, do trabalho, militar e do DF e
territórios (este está dentro da união). - SÃO LIDERADOS PELO
PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA, este nomeado pelo presidente
após a aprovação do SF e deve possuir:
Integrante da carreira (do mpu);
Idade superior a 35 anos
O mandato deve ser de 2 anos admitida a recondução. Ou seja, ele pode
ficar no máximo 2+2+2+2+2... A cada recondução o senado tem que se
manifestar, a sabatina deve ser renovada.
- o senado que autoriza a saída do procurador antes do mandato

- Estados: a cf dá as condições para nomear o procurador geral de


justiça/geral.
É nomeado pelo chefe do poder executivo dentre pessoas cujos os nomes
entraram em lista tríplice elaborada pelo próprio MP.
- a diferença do procurador geral da república é que o presidente poderia
escolher qualquer um da carreira e aqui é condicionada a lista tríplice que o
mp faz.
- não existe sabatina aqui, pois o próprio mp fez um controle prévio, lá em
cima não se sabe quem vai guiar o órgão, ele pode pegar qualquer um da
carreira.
- O mandato é de 2 anos admitida uma recondução.
- a idade não é especificada/regulada aqui.

 Garantias do mp: são as mesmas do juiz (inamovibilidade, vitaliciedade,


irredutibilidade de subsídios)
 Impedimentos: 128 inciso 5º (parecido com juiz também).

Art.129, diz respeito as atribuições dos membros do mp. Com relação ao direito
penal, o mp ajuíza ação penal pública.

2. ADVOCACIA PÚBLICA
- trata dos entes.
- Art.131.
 Advocacia geral da união:
- Defende em juízo e fora dele a união (ente da federação), mas também
pode fazer o assessoramento do poder executivo (exercício de uma função
de administração do estado).
Ex: ação contra a união, o advogado geral da união que defenderá, bem
como se a ação for contra STF, pois a união engloba o poder executivo,
legislativo e judiciário.
- Procuradoria geral da fazenda nacional (PGNF): pertence a adv geral da
união, mas tem uma atuação especifica, esta cuida da execução da divida
ativa de natureza tributária, ou seja, alguns impostos são federais, se não
pagar eles, a procuradoria geral ...
- Procuradoria geral do estado (PGE): faz no estado o que o AGU faz na
união, se entrar com ação contra estado, este será protegido pelo PGE.
A carreira é por concurso. Livre nomeação e exoneração
- Advogado geral da união:
Livre nomeação e exoneração (não é concursado)
Notável saber jurídico e reputação ilibada
35 anos.

3. ADVOCACIA PARTICULAR

4. DEFENSORIA PÚBLICA (Art.134):

Cuida do necessitado, aquele que não consegue arcar com as custas do


processo.

 Ordem social:
- art.193
Objetivos: bem-estar e justiça social
Base pautada no trabalho
Com o trabalho você gera imposto que leva ao bem-estar e justiça social

 Seguridade social:
Conjunto integrado de ações que se volta a entregar/assegurar saúde (art.196
e ss), assistência e previdência a sociedade
O dinheiro vem do poder público e da sociedade para manter isso
Art. 195: contribuições
- Empregador (receita/faturamento (tudo que foi movimentado); lucro; folha de
salário
- Empregado
- Importação
- Receita de concurso de prognóstico: mega-sena

A saúde pode ser explorada por iniciativa privada mesmo sendo dever do
Estado
Saúde é questão de competência comum: União, Estados e Municípios
PREVIDÊNCIA (art. 203)
- Caráter contributivo e contribuição obrigatória

 assistência é prestada a quem dela necessitar, não tem caráter


contributivo.
 Previdência: ela se sustenta como caráter contributivo e filiação
obrigatória.

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