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b) Concorrente
Suplementar: Prevista no art. 24, §§2º, da Constituição da República, o
qual concede aos Estados a competência legislativa concorrente para legislar
sobre as matérias ali referidas de modo a suplementar a legislação geral da
União para atender às suas particularidades regionais. Normas Suplementares
são aquelas produzidas pelas demais entidades federadas que buscam
atender às peculiaridades de cada um desses entes. Por óbvio, essas normas
suplementares não podem contradizer a norma geral da União, sob pena de
invadir a competência federal. Contudo, não basta dizer que a norma
suplementar não viola ou se opõe à lei federal. Isso porque o traço
característico dessa norma é o atendimento das peculiaridades daquela
entidade federada que a editou. Eventualmente, se a norma suplementar tratar
de aspectos que não disserem respeito à particularidades daquela determinada
entidade federada, mas que repercutem sobre todo o território, ter-se-á, na
prática, uma norma geral, invadindo as competências da União Federal, o que
somente poderá acontecer de modo válido quando houver omissão da União
em editar norma geral.
Função
Formas de Governo
Sistemas de Governo
Presidente da República
Eleição
A eleição do Presidente da República será realizada, juntamente com a
de seu Vice, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
domingo de outubro, em segundo turno, se for necessário, do ano anterior ao
do término do mandato presidencial vigente.
Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por
partido político e cumpridas as demais condições de elegibilidade do art. 14,
§3º, da Constituição, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os
em branco e os nulos. Caso nenhum candidato alcançar maioria absoluta na
primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação
do resultado (desde que seja no último domingo de outubro), concorrendo os
dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a
maioria dos votos válidos.
A exigência do segundo turno aplica-se para as eleições dos
Governadores dos Estados e do Distrito Federal (art. 28) e para as eleições
dos Prefeitos municipais no caso de Municípios com mais de duzentos mil
eleitores (art. 29, II). No caso de morte ou desistência de um dos candidatos,
há de se convocar o que obtiver maior votação entre os remanescentes e,
ocorrendo empate entre os candidatos classificados em segundo lugar,
qualificar-se-á o mais idoso, nos termos do art. 77, §§4º e 5º, da CR.
Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse no dia 1º de
janeiro do ano seguinte ao da sua eleição, para um mandato fixo de quatro
anos, em sessão extraordinária do Congresso Nacional, prestando o
compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição. Se decorridos dez
dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago
pelo Congresso Nacional, procedendo-se novas eleições diretas noventa dias
após, nos termos do art. 81.
O Vice-Presidente, nos termos do art. 79, caput, é o primeiro substituto e
o sucessor único e natural do Presidente da República. A substituição, que tem
caráter provisório, ocorre em caso de impedimento ou ausência enquanto a
sucessão, que tem natureza definitiva, em caso de vaga.
O art. 80, por sua vez, trata da linha sucessória quando houver
impedimento ou vacância de ambos dos cargos, isto é, Presidente e Vice-
Presidente. Assim, o Vice-Presente, além de ser o primeiro substituto do titular,
é o único que pode suceder o Presidente da República, isto é, ocupar o cargo
em definitivo até o final do mandato. Ou seja, os demais sujeitos elencados
pelo art. 80 apenas assumirão em caráter temporário, até seja realizada nova
eleição.
A linha substitutiva presidencial segue a seguinte ordem: Vice-
presidente; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado
Federal; Presidente do STF.
Garantias
Prerrogativa de Foro
Imunidade Temporária
Impeachment
Juízo de Admissibilidade
Nos termos dos arts. 51, I e 86, da CF, e art. 14, da Lei nº 1.079/50, a
Câmara dos Deputados realizará a admissibilidade da denúncia oferecida por
qualquer cidadão contra o Presidente. O Presidente da Câmara faz um juízo
prévio de admissibilidade da denúncia e poder já rejeitar liminarmente se
entender que o pedido apresentado é inepto ou que não tenha justa causa.
Assim, seu papel no recebimento dessa denúncia não é meramente
burocrático, havendo um juízo decisório, sendo que neste momento, não há
necessidade de manifestação de defesa prévia.
Recebida a denúncia, será lida no expediente da sessão seguinte e
despachada a uma comissão especial eleita, da qual participem, observada a
respectiva proporção, representantes de todos os partidos para opinar sobre a
mesma. Essa comissão é formada por 65 Deputados Federais (titulares) e mais
65 suplentes. Sua função é a de analisar a denúncia e emitir um parecer sobre
a procedência ou não das alegações formuladas. Após a instalação da
comissão, a Presidente da República terá o prazo de 10 sessões para
apresentar sua defesa. Depois de apresentada a defesa, a comissão tem um
prazo de 5 sessões para apresentar o parecer. O Plenário da Câmara irá,
então, votar se deverá ser aberto ou não o processo de impeachment. A partir
de então, será elaborado parecer pelo recebimento ou rejeição da denúncia por
Comissão Especial, designada para tal mister. A Câmara dos Deputados, com
isso, poderá aceitar a denúncia pelo quórum de 2/3 de seus membros, sendo
tal votação conduzida de forma ostensiva, isto é, aberta.
competente para julgá-lo, sob a presidência do Ministro do STF, que não terá
direito a voto.
O STF assentou que, como a Constituição estabeleceu competir ao
Senado, privativamente, “processar e julgar” o Presidente, esta locução
abrange não apenas o julgamento final, mas também a realização de um juízo
inicial de instauração ou não do processo, isto é, de recebimento ou não da
denúncia autorizada pela Câmara.
No regime atual, a Câmara não funciona como um “tribunal de
pronúncia”, mas apenas implementa ou não uma condição de procedibilidade
para que a acusação prossiga no Senado. A atuação da Câmara dos
Deputados deve ser entendida como parte de um momento pré-processual, isto
é, anterior à instauração do processo pelo Senado.
Desse modo, a Câmara apenas autoriza a instauração do processo: não
o instaura por si própria, muito menos determina que o Senado o faça.
Portanto, a Câmara dos Deputados somente atua no âmbito pré-processual,
não valendo a sua autorização como um recebimento da denúncia, em sentido
técnico. Assim, a admissão da acusação a que se seguirá o julgamento
pressupõe um juízo de viabilidade da denúncia pelo único órgão competente
para processá-la e julgá-la: o Senado.
Assim, ao Senado compete decidir se deve receber ou não a denúncia
cujo prosseguimento foi autorizado pela Câmara. Se rejeitar a denúncia, haverá
o arquivamento do pedido. Se receber, aí sim será iniciado o processo de
impeachment propriamente dito (fase processual), com a produção de provas
e, ao final, o Senado votará pela absolvição ou condenação do Presidente.
No Senado, será criada uma comissão composta de 1/4 (um quarto) dos
Senadores, proporcional aos partidos políticos, para formar o libelo crime
acusatório. A defesa tem direito de se manifestar após a acusação: no curso do
procedimento de impeachment, o Presidente terá a prerrogativa de se
manifestar, de um modo geral, após a acusação.
O interrogatório deve ser o ato final da instrução probatória: o
interrogatório do Presidente, instrumento de autodefesa que materializa as
garantias do contraditório e da ampla defesa, deve ser o último ato de instrução
do processo de impeachment. Ao final do processo, os Senadores deverão
votar se o Presidente deve ser condenado ou absolvido. Para que seja
condenado, é necessário o voto de 2/3 dos Senadores.
No dia designado, comparecerá no Senado Federal o Presidente do
STF, que presidirá o ato e realizará audiência, com colheita de depoimentos
orais e julgamento. A votação será realizada por votação ostensiva nominal e
será condenado o Presidente da República se houver quórum de 2/3 (dois
terços) do Senado Federal.
O mérito proferido pelo Senado Federal não poderá ser revisto pelo
Poder Judiciário, no entanto, nada impede que esta análise ilegalidades ou
irregularidades ocorridas durante o trâmite do processo.
Sanções
Juízo de Admissibilidade
Nos termos dos arts. 51, I, e 86, da CF, caso o crime imputado tenha
relações com as funções de presidente, a Câmara dos Deputados deverá
realizar análise sobre a admissibilidade ou não da acusação, aceitando-a por
meio de votação nominal de 2/3 de seus membros. Diga-se que a necessidade
de Juízo de Admissibilidade pela Câmara dos Deputados não se aplica aos
eventuais crimes conexos praticados por terceiros, de modo que, não havendo
aceitação da denúncia contra o Presidente, deve ser determinado o imediato
desmembramento do feito para processamento em 1ª Instância.
Suspensão
Julgamento no STF
Ministros de Estado
Atribuições
Conselhos
Conselho da República
Atribuições
PODER LEGISLATIVO
Conceito
Funcionamento Legislativo
Sessão Legislativa
Reuniões
Câmara dos
Deputados
Congresso
Nacional
Senado Federal
Maioria de Votos
Deliberações
Presente a
Maioria Absoluta
Conceito
O Estatuto dos Congressistas, ou Imunidades Parlamentares,
consubstancia uma série de prerrogativas inerentes ao cargo de parlamentar,
voltadas a assegurar seu exercício de modo independente e imparcial.
Finalidade
Civil
Invioláveis por
Opiniões e Votos
Penal
Garantias
STF
Parlamentares Foro por
Prerrogativa de
Função Desde a
Diplomação
Subsiste em
Estado de Sítio
Expedição do
Diploma
Não Poderão ser
Presos Flagrante de
Exceção Crime
Garantias Inafiançável
Parlamentares
Crime Após a
Diplomação
Recebimento de
Partido Político
Denúncia
Sustar a
Denúncia
Maioria Simples
Incompatibilidades
Expedição do Diploma
ACEITAR Cargo/Emprego/Função
Vedações aos
Propriedade de Empresa
Parlamentares
Cargo/Função/Emprego
OCUPAR
Público
Desde a Posse
Patrocinar Causa
Titular de mais de um
Mandato Eletivo
Perda do Mandato
Decoro
Não Observar
Parlamentar
Pela Justiça
Eleitoral
Condenação
Criminal com
Trânsito
Manutenção Do Cargo
Investido em
Outros Cargos
Não Perde a de Estado Motivo de
Função Doença
Sem
Licenciado
Remuneração
Interesse
Particular Não Pode
Ultrapassar 120
dias
Composição
Competências
Elaborar seu
regimento interno
Representantes
do Povo
Número de
Mínimo 08
Deputados
Máximo 70
Senado Federal
Composição
Estados-
Representantes
membros
Sistema
Majoritário
Senado Federal
Mandato 08 anos
1/3
Renovação 04 em 04 anos
2/3
Magistrados
Aprovar PGR
Chefes de Missão
Ministros do TCU
Diplomática
Operações Externas
Competência –
de Natureza
Senado Federal
Financeira
Suspender Lei
Inconstitucional
Exonerar o PGR
Presidente - Vice
Processar e Julgar
Presidente
PGR/AGU
Competência –
Senado Federal – Processar e Julgar CNJ/CNMP
Crimes de
Responsabilidade
(52, I e II, CF)
Presidente do STF STF
Perda do Cargo
Condenação - 2/3
Inabilitação 08
anos
Comissões
Conceito
Espécies
Permanentes
Temporárias
Conceito
Requisitos
Fato determinado:
Prazo certo:
Poderes
Poder de Convocação
O convocado pela CPI tem o dever de comparecimento. O segundo
dever é o de dizer a verdade e não calar fato relevante que lhe seja indagado,
dever que a Lei nº 1.579/52, art. 4º, II, sanciona com pena criminal, ressalvado
o Direito a Não Autoincriminação.
penal e administrativa.
Prisão em Flagrante
Vedações
Interceptação Telefônica
Medidas Cautelares
PODER JUDICIÁRIO
Conceito
Composição
CNJ
Estatuto da Magistratura
O Estatuto da Magistratura consiste num conjunto de normas
constitucionais e legais, destinadas à disciplina da carreira da magistratura.
Segundo o art. 93, da CF, deve ser estabelecido por Lei Complementar
de iniciativa do STF, sendo que, atualmente, o Estatuto da Magistratura é
representado pela Lei Complementar nº 35/1979.
Ingresso na Carreira
Realizado mediante concurso público de provas e títulos, com a
participação da OAB em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no
mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à
ordem de classificação. A exigência de exercício de atividade jurídica por três
anos ficou conhecida como quarentena de entrada e foi regulamentada pela
Resolução nº 75/2009 do Conselho Nacional de Justiça.
Quinto Constitucional
A regra do Quinto Constitucional é trazida pelo art. 94, da CF, cuja
redação determina que 1/5 dos membros dos TJ, TRF, TRT e do TST, sejam
provenientes da Advocacia e do Ministério Público, com mais de 10 anos de
carreira, reputação ilibada e notório saber jurídico. A classe a que competir a
vaga formará lista sêxtupla e encaminhará para o Tribunal que precisa ser
preenchido. Este, por sua vez, excluirá três nomes da lista e deixará os três
que julgarem mais capacitados para a função a ser exercida. A lista com três
nomes seguirá para o Chefe do Executivo escolher o novo magistrado.
Promoção
A promoção de uma entrância para outra ocorrerá alternadamente, por
antiguidade e merecimento. O inciso III do art. 93 traz previsão equivalente
para a promoção de instâncias. Em todos os casos, deverão se observar os
seguintes critérios:
Obrigatória a promoção de juiz que conste 3 vezes seguidas ou 5 vezes
alternadas na lista de merecimento.
Para promoção por merecimento, 2 anos e exercício na respectiva
entrância e constar da primeira quinta parte da lista de antiguidade, salvo se
quem apresentar os requisitos não aceitar o cargo. Aferição de merecimento
por critérios objetivos de produtividade, presteza e frequência em curso. Para
promoção por antiguidade, o mais antigo somente será recusado pelo voto de
2/3 dos membros do Tribunal, assegurada a ampla defesa. Não promoção de
juiz que injustificadamente reter os autos sem manifestação
Subsídios
Os magistrados de Tribunais de segunda instância e juízes não poderão
receber mais que 95% do salário dos Ministros dos Tribunais Superiores, e
estes não poderão receber mais que 95% dos Ministros do STF. Se calculado o
teto dos magistrados de Tribunais de segunda instância e juízes ante os
Ministros do STF, perceber-se-á que aqueles não poderão receber mais que
90,25% do subsídio destes. Esse teto é o mesmo constante no art. 37, XI.
Residência
Na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal
Garantias da Magistratura
Garantias Funcionais: As garantias funcionais, também chamadas de
garantias da magistratura, asseguram a independência e a imparcialidade dos
membros do Poder Judiciário no exercício da função jurisdicional.
Originária
Reclamação
Recursal
Recurso Ordinário Constitucional: i) Habeas Corpus, Mandado de
Segurança, Habeas Data e Mandados de Injunção decididos em única
instância pelos Tribunais Superiores, quando denegatória a decisão; ii) Crimes
políticos
Recurso Extraordinário: i) Decisão que contrariar dispositivo da CR; ii)
Decisão que declarar inconstitucional lei federal ou tratado; iii) Decisão que
julgar válida lei ou ato de governo local em face da CR; iv) Decisão que julgar
válida lei local em face de lei federal.
Súmula Vinculante
Conceito
Dentre outros importantes institutos, a EC 45/2004 instituiu o art. 103-A
na Constituição, criando, definitivamente, a súmula vinculante no ordenamento
jurídico brasileiro. Súmulas são os repositórios dos entendimentos dos
Tribunais sobre questões em que haja controvérsia.
Natureza Jurídica
A doutrina diverge sobre a natureza jurídica da Súmula Vinculante. Lênio
Streck as enxerga como autênticas normas gerais e abstratas. Jorge Miranda
vislumbra natureza jurisdicional, na medida em que demandam provocação
para sua criação. Luís Roberto Barroso e Cappelletti consideram ser um
instituto sui generis.
Efeitos
A súmula vinculante obriga que diversos órgãos obedeçam à orientação
fixada pelo Supremo Tribunal Federal, independentemente de sua vontade ou
entendimento pessoal. Nesse passo, vinculam-se ao entendimento: i) órgãos
do Poder Judiciário; ii) Administração Pública Direta e Indireta.
Requisitos
i. Decisão de 2/3 do STF
ii. Matéria Constitucional
iii. Reiteradas decisões
iv. Controvérsia entre Tribunais ou entre esses e a administração pública
Legitimados
Previstos no art. 3º, da Lei nº 11.417/06, são os mesmos legitimados
para propositura de ações de controle abstrato, além do Defensor Público-
Geral da União e quaisquer Tribunais. A própria CR dá ao STF, ainda, a
possibilidade de agir de ofício para editar tais Enunciados. O art. 3º, §1º prevê,
ainda, a possibilidade de os Municípios proporem incidentalmente a edição,
revisão ou cancelamento de Enunciado nas ações nas quais forem partes
Modulação de efeitos
O STF, por decisão de 2/3 (dois terços) dos seus membros, poderá
restringir os efeitos vinculantes ou decidir que só tenha eficácia a partir de outro
momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional
interesse público.
Composição
Segundo o art. 104, o Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no
mínimo, 33 Ministros. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão
nomeados pelo Presidente da República, após sabatinados e aprovados por
maioria absoluta do Senado Federal dentre: i) brasileiros natos ou
naturalizados; ii) entre 35 e 65 anos; iii) notável saber jurídico e reputação
ilibada.
Os 33 Ministros serão escolhidos na seguinte composição: i) 1/3 entre
Desembargadores estaduais; ii) 1/3 entre Desembargadores Federais; iii) 1/3
de membros do Ministério Público Federal, dos Estados, Distrito Federal e
Territórios e Advogados alternadamente, com mais de 10 anos de carreira.
Nesse último caso, as classes formarão lista sêxtupla a ser enviada ao STJ,
que a reduzirá a uma lista tríplice e a encaminhará a Presidência para seleção.
Competência
Originária
i. Nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal,
e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de
Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas
dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que
oficiem perante tribunais;
ii. Mandados de segurança e habeas data contra ato de Ministro de
Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do
próprio Tribunal;
iii. Habeas Corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas
mencionadas na alínea a, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua
jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
iv. Conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o
disposto no art. 102, I, o, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados
e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
v. Revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
vi. Reclamação para a preservação de sua competência e garantia da
autoridade de suas decisões: O STJ entende possível utilizar reclamação
contra decisão de Turma Recursal dos Juizados Especiais dos Estados/DF,
quando a decisão proferida: i) afrontar jurisprudência pacificada em Recurso
Repetitivo; ii) violar a Súmula do STJ; iii) for teratológica. Contudo, não será
possível a utilização de Reclamação contra decisão de Juizados Especiais
Federais ou Fazendários. Assim:
vii. os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias
da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de
outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
viii. Mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora
for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta
ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal
e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da
Justiça Federal;
ix. a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur
às cartas rogatórias.
Recursal
i. Recurso Ordinário: i) Habeas Corpus decididos em última ou única
instância pelos TJ ou TRF, quando a decisão for denegatória; ii) Mandados de
Segurança decididos em única instância pelos TJ ou TRF, quando a decisão
for denegatória; iii) demanda entre Município ou pessoa residente do país e
Estado estrangeiro ou organismo internacional. Nos dois primeiros casos, a
decisão impugnada deverá ter sido prolatada por órgão colegiado (AgRg na
MC nº 19.774/SP). Na terceira hipótese, o Recurso Ordinário ataca diretamente
a decisão prolatada pelo Juízo Federal de 1ª instância.
ii. Recurso Especial: i) Decisão que contrariar ou negar vigência a lei
federal; ii) Decisão que julgar válido ato de governo local em face de lei federal;
iii) Decisão que der à lei federal interpretação divergente da atribuída por outro
Tribunal.
Justiça Federal
Segundo o art. 106, são órgãos da Justiça Federal os Tribunais
Regionais Federais (TRF) e os Juízes Federais. Cada Estado, bem como o
Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva
Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.
Competência
Originário
Recursal
Composição
O TST compõe-se de vinte e sete Ministros, nomeados pelo Presidente,
após aprovação por maioria absoluta do Senado, dentre: i) brasileiros natos ou
naturalizados; ii) entre 35 e 65 anos. Nessa composição, 1/5 dos membros será
destinado à Advocacia e ao Ministério Público do Trabalho, com 10 anos de
efetivo exercício sendo os demais eleitos dentre juízes dos TRT apontados
pelo próprio TST, sem necessidade de lista tríplice.
Competência
a) Ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: O STF assentou a ideia de que
as relações celetistas entre servidor e administração são julgadas na Justiça do
Trabalho. Entretanto, as relações estatutárias devem ser dirimidas na Justiça
Estadual ou Federal, dependendo do nível da administração;
b) Ações que envolvam exercício do direito de greve;
c) Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores e entre sindicatos e empregadores;
d) Mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
e) Conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista,
ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
f) Ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da
relação de trabalho: De há muito a jurisprudência do STF, do STJ e do TST
vem entendendo que as ações de indenização por dano moral ou material
decorrente da relação de trabalho são de competência da Justiça do Trabalho.
Todavia, dúvida persistiu relativamente à competência da Justiça do Trabalho
para julgar as ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrente
de acidente de trabalho. No julgamento do CC nº 7.204/MG, o STF alterou sua
jurisprudência e passou a entender que tais demandas são de competência da
Justiça do Trabalho e, após isso, o entendimento passou a constar do
Enunciado nº 22, da Súmula Vinculante.
g) Ações relativas às penalidades administrativas impostas aos
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho
h) Execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a,
e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
i) Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
Composição
A par do Presidente do STF, os demais membros são indicados e
nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado
Federal. Não feitas tais indicações em tempo correto, a escolha caberá ao STF.
Quantidade de 15 MINISTROS:
Presidente do STF (Presidente do CNJ)
1 Ministro do STJ, por ele indicado (Corregedor Nacional de Justiça)
1 Ministro do TST, por ele indicado
1 Desembargador de TJ, indicado pelo STF
1 Juiz estadual, indicado pelo STF
1 Desembargador de TRF, indicado pelo STJ
1 Juiz federal, indicado pelo STJ
1 Juiz de TRT, indicado pelo TSE
1 Juiz do trabalho, indicado pelo TSE
1 membro do MPU, indicado pelo PGR
1 membro de MPE, indicado pelo PGR dentre lista elaborada pelos Estados
2 Advogados, indicados pelo CFOAB
2 cidadão de notório saber jurídico e reputação ilibada, cada um indicado por
uma Casa Legislativa Federal;
Atribuições
O art. 103-B, §4º, é a matriz constitucional que dispõe acerca das
atribuições do CNJ. Conforme se afirmou, cabe ao órgão o controle interno da
atuação administrativa, financeira e disciplinar dos membros do Poder
Judiciário, isto é, da atividade-meio. Com isso, é importante deixar assentado
não caber ao CNJ se imiscuir em mérito de decisões judiciais, sendo tais
intervenções eivadas de inconstitucionalidade. Noutros termos, é legítimo
afirmar ser o CNJ órgão judicial, mas não judiciário.
a) Zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do
Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de
sua competência, ou recomendar providências
b) Zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante
provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou
órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo
para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei,
sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União: O CNJ pode
determinar que Tribunal de Justiça exonere servidores nomeados sem
concurso público para cargos em comissão que não se amoldam às atribuições
de direção, chefia e assessoramento, contrariando o art. 37, V, da CF/88. Esta
decisão do CNJ não configura controle de constitucionalidade, sendo exercício
de controle da validade dos atos administrativos do Poder Judiciário;
c) Receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do
Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos
prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do
poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e
correcional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e
determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou
proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções
administrativas, assegurada ampla defesa: A Constituição conferiu
competência originária e concorrente ao CNJ para a aplicação de medidas
disciplinares. Desse modo, a competência é autônoma, e não subsidiária, de
modo que o CNJ pode atuar mesmo que não tenha sido dada oportunidade
para que a corregedoria local pudesse investigar o caso (AgRg no MS nº
30.361/DF - STF).Essa competência está em consonância com o disposto no
art. 93, VIII, da CR. Mas é importantíssimo chamar atenção para o fato de que
não é possível, em virtude da garantia da vitaliciedade, que o CNJ determine a
perda do cargo de magistrado já no gozo dessa garantia, pois, fá-lo-ia
administrativamente, quando a perda do cargo de magistrado apenas é
possível por meio de sentença transitada em julgado.
d) Representar o Ministério Público, no caso de crime contra a
administração pública ou de abuso de autoridade;
e) Rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de
juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano: A propositura da
ADIn nº 4.638/DF levou o STF a conceder Medida Cautelar e limitar os poderes
investigatórios do CNJ, entendendo, num primeiro momento, que sua atividade
seria subsidiária à das Corregedorias internas dos Tribunais. Contudo, ao
retomar o julgamento, o STF alterou o entendimento e consignou que a
atuação do CNJ é originária e concorrente, sendo possível que ações sejam
propostas diretamente no órgão, sem dependência de manifestação das
Corregedorias (AgRg no MS nº 28.918/DF). O CNJ poderá, inclusive, avocar
processos já em curso ou até mesmo obstar o processamento de sindicância
no Tribunal de origem, de acordo com a Teoria dos Poderes Implícitos (MS nº
28.003/DF).De todo modo, a competência originária do CNJ para a apuração
disciplinar, ao contrário da revisional, não se sujeita ao parâmetro temporal
previsto no art. 103-B, § 4º, V da CF/88 (AgRg no MS nº 34.685/RR - STF).
f) Elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e
sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do
Poder Judiciário;
g) Elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar
necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do
Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal
Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da
sessão legislativa.