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Constituição não escrita

A Constituição não escrita é o conjunto não codificado de normas sobre o poder político,
umas escritas e outras consuetudinárias, existentes antes da implementação do
constitucionalismo moderno, pela Revolução americana de 1776, pela Revolução
francesa de 1789 e, em Portugal, pela Revolução liberal de 1820.
Trata-se de constituições materiais que regulam o poder, bem como as relações entre o
poder e os membros da comunidade, impondo direitos e deveres para ambas as partes.
O Reino Unido é apontado como paradigma da constituição não escrita, uma vez que
não aderiu ao movimento codificador dos séculos XVIII-XIX, dispensando a solenização
dos seus dispositivos sobre o poder político e os seus limites num único documento
constitucional formal, aprovado em assembleia constituinte.
O seu substrato constitucional radica em costumes ancestrais e diversos textos escritos
de essência constitucional, desde a Magna Carta até às várias leis de conteúdo
constitucional aprovadas ao longo dos séculos.

Poder constituinte autocrático

Ao invés do procedimento constituinte democrático, em que a constituição é feita por


uma assembleia constituinte eleita, no procedimento constituinte autocrático, as
constituições são decretadas diretamente pelo poder político estabelecido ou são
aprovadas em plebiscitos autoritários, sem debate democrático.
Apesar de emitidas de modo autoritário, estas constituições podem não instituir um
regime autocrático, como aconteceu com a Carta Constitucional, que restabeleceu a
monarquia constitucional, baseada na separação de poderes e na garantia das
liberdades individuais.

Separação de poderes na Constituição de 1822

Contra a concentração de poderes nas mãos do rei na monarquia absoluta, a primeira


constituição portuguesa da era constitucional adotou uma separação clássica de
poderes, que teve origem em território francês por Montesquieu.
Segundo este princípio, em 1822, o poder foi dividido em três vertentes, estritamente
separadas: o poder legislativo, cuja titularidade foi adjudicada às Cortes, com
dependência da sanção do rei; o poder executivo, que pertencia ao rei e era exercido
sob a sua autoridade pelos secretários do Estado, sem responsabilidade política perante
o parlamento; e o poder judicial, que pertencia aos juízes.
Segundo o artigo 30º da constituição de 1822, “cada um destes poderes é de tal maneira
independente que um não poderá arrogar a si atribuições do outro”.

Poder moderador

O poder moderador, teorizado por Benjamin Constant, consiste num quarto poder que
foi acrescentado à separação clássica de poderes, de forma a garantir uma certa
autoridade arbitral do monarca no sistema político constitucional, deixando de chefiar
o poder executivo, o qual estava subordinado à Constituição e à lei.
Entre as prerrogativas do poder moderador constava o poder de veto legislativo e o
poder de dissolução parlamentar, bem como o poder de nomear e demitir o Governo.
Foi pela primeira vez instituído na Constituição brasileira de 1824, passando para a Carta
Constitucional de 1826, e, caracterizando, hoje, os poderes do Presidente da República
na Constituição de 1976.

Princípio da laicidade

Laicidade quer dizer Estado laico, ou seja, Estado onde não existe religião oficial, sendo
o Estado neutro em matéria religiosa, existindo liberdade religiosa e separação entre o
Estado e as igrejas.
Os principais corolários da laicidade do Estado surgem plasmados na Constituição, não
somente no princípio nuclear da separação entre o Estado e as igrejas – artigo 41º/4 –,
mas também na não confessionalidade do ensino público – artigo 43º/3 – na proibição
de beneficiar ou prejudicar alguém em função das suas convicções, crenças ou práticas
religiosas, ou falta delas – artigo 41º/2 – na proibição de os partidos políticos adotarem
nomes e símbolos religiosos – artigo 51º/3.
A laicidade do estado não tem a ver somente com a autonomia e neutralidade do estado
face às religiões, mas sim em relação a qualquer sistema de mundividências de natureza
fisiológica ou ideológica. Pelo que a laicidade do estado é tanto uma garantia básica da
liberdade religiosa como da própria liberdade de consciência, impedindo a existência de
posições oficiais em matéria de religião, convicções filosóficas, ideológicas ou
doutrinárias.

Lei orgânica

As leis orgânicas são leis ordinárias de regime especial e de valor reforçado, não sendo
leis constitucionais. Só existem em matérias de competência exclusiva da Assembleia da
República e estão vinculadas ao princípio da tipicidade, só o sendo aquelas que a
Constituição considerar como tais – artigo 166º/2.
A Constituição delimita o seu universo através de dois critérios, a matéria e o
procedimento.
As matérias sujeitas a lei orgânica são, em geral, de importância político-institucional
especialmente relevante.
No que respeita o procedimento legislativo de elaboração e aprovação destas,
apresenta especificidades: a votação na especialidade da maior parte das leis orgânicas
é feita no plenário e não em comissão – artigo 168º/4; têm de ser aprovadas por maioria
absoluta dos deputados em efetividade de funções – artigo 168º/5 – e em alguns casos
exigem maioria de 2/3 – artigo 168º/6; a sua confirmação após veto presidencial carece
da maioria de 2/3 dos deputados presentes, desde que superior à maioria absoluta dos
deputados em efetividade de funções – artigo 136º/3; a sua fiscalização pode ser pedida
pelo Presidente da República, bem como pelo Primeiro Ministro ou um quinto dos
deputados em efetividade de funções – artigo 278º/4.
Sendo leis reforçadas têm de ser respeitadas por outras leis sob pena de ilegalidade
reforçada, cujo regime se aproxima da fiscalização da constitucionalidade, sendo
competência do Tribunal Constitucional.
Revisão constitucional extraordinária

A Constituição, além de poder ser revista a título ordinário decorridos cinco anos sobre
a última revisão ordinária – artigo 284º/1 – pode ser objeto de revisão extraordinária
em qualquer momento, desde que desencadeada por decisão de uma maioria de 4/5
dos deputados em efetividade de funções – artigo 284º/2. De destacar que as revisões
extraordinárias não interrompem a contagem do quinquénio necessário para a retoma
do poder de revisão ordinária.
Estas reuniões só se justificam em caso de urgência e a sua convocação deve indicar as
normas a rever na Constituição.
Uma vez deliberada a assunção de poderes de revisão extraordinária, o procedimento
de revisão é aberto pela apresentação de qualquer projeto de revisão, devendo os
demais ser apresentados no prazo de 30 dias, tendo as alterações constitucionais de
obter uma maioria de 2/3 dos deputados. Não existe prazo para a conclusão do
procedimento, mas este caduca com o termo da legislatura.

Leis de autorização legislativa

As leis de autorização legislativa são leis através das quais a Assembleia de República
delega competências legislativas da sua reserva relativa – artigo 165º - a outro órgão,
passando este ater competência legislativa para emanar atos normativos com força de
lei.
No nosso ordenamento constitucional há dois tipos de leis de autorização: as leis de
autorização ao Governo e as leis de autorização às assembleias legislativas regionais.
Ao conceder a autorização de legislar a Assembleia da República não perde o poder de
legislar sobre as mesmas, podendo a todo o tempo revogar a autorização legislativa
concedida.
A concessão legislativa limita-se às matérias de reserva relativa da competência
legislativa da AR – artigo 165º - nunca podendo ser concedidas no âmbito de reserva
absoluta da competência legislativa da AR – artigo 164º - sob pena de
inconstitucionalidade orgânica, sendo desnecessária em matérias concorrentes, onde o
Governo já possuí competência legislativa originária – artigo 198º/1/a.

Limites materiais à revisão constitucional

Trata-se de um núcleo de 14 matérias elencadas no artigo 288º da CRP, que formam o


núcleo identitário da Constituição, não podendo, em princípio, ser alteradas pelo poder
de revisão constitucional.
Existem, contudo, três teses fundamentais quanto à possibilidade de alteração desses
limites materiais: tese da revisibilidade, da irrevisibilidade e da dupla revisibilidade.
Pode haver limites expressos que, manifestamente, não revelam a consistência de
limites inerentes, por não se. Mostrarem identificadores da Constituição, por carecerem
de identidade reflexiva.
A possibilidade de revisão dos limites materiais de revisão que não sejam de considerar
essenciais é tanto mais de admitir, quanto mais numerosos eles forem e quanto mais se
valorizar a ideia de que a geração constituinte não pode vincular excessivamente ad
eternum as gerações vindouras.
Ao abrigo deste entendimento foi possível que, pela revisão constitucional de 1989, um
dos limites materiais de revisão originário fosse eliminado e dois outros fossem
modificados.

Sistema austríaco de controlo da constitucionalidade

O sistema austríaco ou europeu de controlo da constitucionalidade pressupõe a criação


de um tribunal especial, um tribunal constitucional, para se ocupar em exclusivo das
questões da constitucionalidade, quer a pedido de determinadas autoridades públicas,
quer por reenvio por parte dos demais tribunais, quanto às questões de
constitucionalidade neles suscitadas em casos submetidos ao seu julgamento.
O primeiro tribunal constitucional foi criado na Áustria, sob o impulso de Hans Kelsen,
na década de 20 do século passado.
Este modelo ficou conhecido como o modelo austríaco, por contraposição ao modelo
norte-americano ou judicial review.
As características essenciais deste sistema são: a competência exclusiva do tribunal
constitucional, não tendo os demais tribunais competência para decidirem questões de
constitucionalidade por si mesmos; fiscalização do tipo abstrata, destacada de qualquer
questão concreta de constitucionalidade, visto que, mesmo no caso de reenvio por
parte de outos tribunais, o tribunal constitucional vai apreciar a questão em abstrato;
força obrigatória geral da declaração de inconstitucionalidade, sendo a norma declarada
nula, não podendo ser aplicada no futuro por nenhum tribunal ou autoridade.

Constituição material

A constituição material pode definir-se em contraposição à constituição formal, na


medida em que em sentido formal, fazem parte da constituição todas e somente as
normas que integram a constituição escrita, ou seja, a lei ou leis formalmente
constitucionais. Já em sentido material, fazem parte da constituição somente as normas
que pela sua importância merecem ser consideradas fundamentais,
independentemente de estarem ou não inseridas na constituição formal ou em leis
formalmente constitucionais.
Neste entendimento, pode não haver coincidência entre a constituição formal e a
constituição material. A constituição formal só existe nos estados possuidores de uma
constituição escrita, vertida numa lei ou conjunto de leis dotadas de especial força
jurídica. Já a constituição material existe em qualquer Estado, mesmo que não possua
uma constituição formal, como acontece no caso do Reino Unido.
Por um lado, a constituição formal pode conter algumas normas que não satisfazem os
requisitos da materialidade constitucional por não possuírem suficiente relevância.
Inversamente, podem haver normas ou leis internas que devem ser consideradas como
materialmente constitucionais, dada a sua importância e relevância para a ordem
fundamental da coletividade, apesar de não estarem inseridas na constituição formal.
Poder constituinte

É o poder de fazer a constituição, que emite a constituição e que assim constitui


juridicamente o Estado e os poderes públicos. É o poder originário, pré-constitucional e
em princípio ilimitado.
O poder constituinte democrático é exercido diretamente pelo povo, através de
referendos, ou pelos seus representantes, através da assembleia constituinte. Já o
poder constituinte autocrático é exercido diretamente pelos titulares do poder político.
O poder constituinte é normalmente assumido em situações de rutura constitucional,
que põem fim à ordem constitucional pré-existente.
É essencial a distinção entre poder constituinte e poderes constituídos, visto que aquele
é um poder originário, enquanto os segundos são poderes derivados, criados pela
constituição e subordinados à constituição.
O próprio poder de revisão constitucional é um poder derivado e não uma renovação
do poder constituinte, sendo previsto e regulado no próprio texto constitucional.

Duração e limitação dos mandatos públicos

A duração e limitação dos mandatos públicos é um corolário do princípio republicano –


artigo 1º CRP.
O princípio republicano impõe a proibição de cargos vitalícios e a renovação temporal
do mandato de todos os cargos públicos – artigo 118º CRP.
Além da temporalidade dos cargos públicos, o princípio republicano inclui também a
ideia da limitação do número de mandatos sucessivos, a começar pelo do Presidente da
República, cujo mandato só pode ser renovado uma vez – artigo 123º CRP – sem excluir
outros titulares de órgãos executivos – artigo 118º/2 CRP.
No entanto, a CRP não prevê explicitamente a limitação de outros mandatos públicos,
incluindo os mandatos legislativos, os deputados. Resta, por isso, saber se o princípio
republicano em si mesmo não constitui base suficiente para o seu estabelecimento por
via de lei.

Constituição de Cádis

A Constituição de Cádis é a primeira constituição de Espanha, elaborada e proclamada


em 1812, pelas Cortes Constituintes convocadas para o efeito e declarada nula em 1814
pelo poder monárquico restaurado, sendo estabelecida novamente em 1820.
Pôs fim ao absolutismo monárquico e abriu caminho aos princípios do Estado Liberal,
tais como, a soberania da Nação, os direitos fundamentais, o sistema representativo, o
princípio da separação de poderes e o princípio da legalidade, segundo o qual o governo
só poderia atuar com base no respeito pela lei.
O seu segundo período de vigência coincidiu com o primeiro constitucionalismo liberal
português, sendo a Constituição de Cádis, na verdade, a principal fonte de inspiração da
Constituição portuguesa de 1822. No entanto, as Cortes Constituintes não se limitaram
a copiar o texto constitucional de Cádis, tendo em determinadas áreas imposto a sua
originalidade.
Como diferenças substanciais entre os dois textos constitucionais destacam-se o
catálogo de direitos fundamentais, que na Constituição de 1822 se reservou um capítulo
próprio para estes, enquanto que na Constituição de Cádis estes surgem dispersos ao
longo do texto constitucional; o sistema eleitoral previsto para as cortes ordinárias
subsequentes na Constituição portuguesa foi feito através de eleições diretas, enquanto
que na Constituição de Cádis estava previsto um sistema de eleições indiretas dividido
em quatro graus; a Constituição portuguesa estabeleceu ainda um recenseamento
eleitoral oficioso que faltava na Constituição espanhola.
No que respeita as diferenças mais pontuais destacam-se o conceito de soberania, a
consagração da independência dos três poderes do estado, a atribuição da
cotitularidade do poder executivo ao rei e aos secretários de estado e ministros, o
tratamento mais restritivo da pessoa do rei e das prerrogativas constitucionais que lhe
são atribuídas e o podes de veto legislativo do rei.

Moção de censura

A moção de censura é um instrumento de controlo político do Parlamento em relação


ao Governo, característicos dos sistemas de governo parlamentaristas, sendo o segundo
responsável pelo primeiro.
A moção de censura ao Governo consiste numa proposta levada a votação pela oposição
parlamentar, que visa reprovar a execução do programa do Governo ou a gestão de
assuntos de relevante interesse nacional.
A iniciativa está reservada a um quarto dos deputados em efetividade de funções ou a
qualquer grupo parlamentar.
Para que esta seja aprovada basta uma maioria simples, mas a maioria absoluta é
condição necessária para a demissão automática do Governo, obrigando a nova solução
governativa no quadro parlamentar existente ou a eleições antecipadas.

Constitucionalismo em vários níveis

Consiste na existência de vários níveis sobrepostos de constitucionalismo, havendo duas


formas típicas: o constitucionalismo federal e o constitucionalismo federal.
No constitucionalismo federal, ao sobrepor a constituição federal às constituições
estaduais, a Constituição dos EUA criou um fenómeno de pluralismo constitucional
vertical, ou seja, dos níveis de constitucionalismo, o federal e o estadual, cada um deles
com a sua própria constituição. O constitucionalismo federal coloca o problema da
supraordenação de constituições, visto que as constituições das unidades federadas
devem respeitar necessariamente a constituição federal.
O constitucionalismo é um fenómeno novo de constitucionalismo em vários níveis com
semelhanças com o constitucionalismo federal, tendo a ver com a leitura da integração
europeia em termos federais e constitucionais, que coabita com a subsistência da
identidade constitucional e da soberania dos Estados-membros, visto que aí as
constituições nacionais se mantiveram como expressão da respetiva soberania nacional,
apesar de subordinadas à constituição da EU.
Leis de base

As leis de base são leis que se limitam a definir aos opções político-legislativas
fundamentais, cujo desenvolvimento legislativo será deixado ao Governos e às
assembleias legislativas regionais.
Consagram os princípios vetores de um regime jurídico, o parlamento traça a moldura
dentro da qual o Governo vai exercer os seus poderes legislativos, através de decretos-
lei de desenvolvimento.
As leis de base gozam de poder legislativo reforçado, nos termos do artigo 112º/3 CRP,
sendo ilegais os decretos-leis ou decretos legislativos regionais que as infrinjam.

Regiões autónomas

O atual quadro da autonomia regional provem da revisão constitucional de 2004, que a


ampliou excessivamente, eliminando a submissão da legislação regional aos princípios
gerais das leis gerias da república e a inovação de um interesse específico regional, como
anteriormente.
Os poderes legislativos são o de legislar sobra as matérias de competência legislativa
regional; legislar sobre todas as matérias enunciadas nos estatutos regionais, salvo se
estiverem reservadas à competência legislativa da república; legislar, mediante
autorização da AR, sobre as matérias de competência legislativa relativamente
reservadas da AR, com algumas ressalvas; desenvolver legislativamente as leis de base
da AR; transpor as diretivas da EU em matérias da sua competência legislativa própria.

O poder legislativo regional cabe às assembleias legislativas regionais, sem possibilidade


de autorização legislativa aos governos regionais. No entanto, estes têm competência
legislativa exclusiva no que respeita à sua própria organização e funcionamento, o que
replica igual ao poder do Governo da república.
As regiões autónomas possuem também o poder de iniciativa legislativa junto da AR, o
que lhes dá a possibilidade de influenciar a legislação da república. Em matérias de
competência exclusiva da AR, em que as regiões não têm autonomia legislativa. O poder
de iniciativa legislativa cabe também às assembleias legislativas regionais, e não aos
governos regionais.
O poder legislativo regional está submetido à Constituição e ao estatuto político-
administrativo da respetiva região, bem como às leis de autorização legislativa, leis de
bases e leis-quadro da República.
A legislação regional afasta a legislação da república nos respetivos territórios, mas se e
enquanto as regiões autónomas não exercerem a sua competência legislativa própria,
aplicam-se as leis da república.

Fiscalização sucessiva concreta

Feito depois da norma entrar no ordenamento jurídico, antes de ser promulgado como
lei ou decreto-lei, à posteriori.

Difusa – todos os tribunais têm legitimidade para decidir, intervindo o TC só a título de


recurso
Concreta – norma em causa está a ser aplicada a uma situação em concreto
Título incidental – incidente surge no âmbito de um processo judicial

Efeitos: a norma não se aplica ao caso sub judice (ao caso em concreto), mas mantêm-
se plenamente em vigor, podendo vir a ser aplicadas em outros casos submetidos a
julgamento

Fiscalização preventiva

Feita antes da norma entrar no ordenamento jurídico, à priori.

Concentrada – só o Tribunal Constitucional tem legitimidade para apreciar legitimidade


Abstrata – impugna-se o ato em si mesmo considerado, independentemente da sua
aplicação a qualquer situação em concreto
Título incidental – incidente inserido no procedimento de um ato normativo

Fiscalização sucessiva abstrata

Feita depois da norma entrar em vigor no ordenamento jurídico.

Concentrada – só o Tribunal Constitucional tem legitimidade para decidir


Abstrata – norma em causa é analisada independentemente da sua aplicação a um caso
concreto
Título principal – objeto principal da ação é a fiscalização da constitucionalidade da
norma

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