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Total: 07
1º - 1824 - (outorgada) Após proclamação da república - Dom Pedro I avaliou cada constituição e outorga a
primeira C.F mantendo seus poderes. (a mais duradoura)
· - Voto censitário coligado a renda (apenas ricos votavam para escolher deputados)
2º - 1891 - (Promulgada) Deixa de ser monarquia e se torna República dos Estados Unidos do Brasil.
· - Estado laico, Casamento Civil, Voto aberto (todos sabem em quem você votou - cabresto) para homens
com 21 anos+ alfabetizados.
O Poder Constituinte é aquele capaz de editar uma Constituição, estabelecendo uma organização jurídica
fundamental, dando forma ao Estado, constituindo poderes e criando normas de exercício de governo, tal qual o
estabelecimento de seus órgãos fundamentais, os limites da sua ação e as bases do ordenamento econômico e social.
Originário Artº 01 da CF: pertence ao povo: Criar um novo Estado organizando-o e criando os poderes destinados
a reger os interesses da comunidade desse novo Estado.
Caracteristicas:
· Inicial, porque inicia uma nova ordem jurídica, posto que também é chamado de Poder Constituinte
Genuíno ou de Primeiro Grau;
· Ilimitado, porque não sofre qualquer limite anterior, ao passo que pode desconsiderar de maneira absoluta o
ordenamento vigente anterior;
· Incondicionado e Permanente, por conta de não se submeter a nenhum processo predeterminado para sua
elaboração, bem como que não se esgota com a realização da nova Constituição, podendo o legislador deliberar a
qualquer momento pela criação de uma nova.
Constituinte Derivado é o poder já estabelecido na própria Constituição pelo poder Originário, que está inserido
com o objetivo de legitimar a sua alteração quando necessária. Características: derivado, subordinado e
condicionado.
Constituinte Derivado Reformador: É o poder responsável pela alteração e ampliação do texto constitucional, que
se manifesta através das emendas constitucionais, bem como os tratados de Direitos Humanos com força de emenda
constitucional. Titularidade desse poder emana do povo, que, por sua vez, será representado pelo Congresso
Nacional (art. 60, CF/88).
Caracteristicas:
Iniciativa: são titulares para apresentarem o projeto de emenda constitucional (Art. 60, I a III, CF/88): o Presidente
da República; 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou 1/3 dos membros do Senado Federal; mais da metade
das Assembleias Legislativas das unidades dos Estados, cada uma delas, manifestando-se pela maioria relativa dos
seus membros.
Deliberação: a proposta deve ser discutida e votada em cada casa do Congresso Nacional em 2 (dois) turnos, sendo
aprovada se obtiver, em ambas, 3/5 dos votos dos respectivos membros, ou seja, a maioria qualificada (Art. 60, §2,
CF/88).
Promulgação: as emendas são promulgadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o
respectivo número de ordem.
Circunstancial - é defeso que a Constituição Federal seja alterada durante diversas situações em que o Estado esteja
vivendo, como a vigência do estado de sítio, estado de defesa ou intervenção federal (Art. 60, §1, CF/88);
Temporal - ao passo que uma proposta de emenda constitucional é rejeitada ou prejudicada, a mesma matéria não
pode ser tratada através de nova proposta até nova sessão legislativa (Art. 60, §5, CF/88).
Derivado Decorrente:
Trata-se do poder de cada Estado-Membro (unidade federativa) em criar a sua própria Constituição estadual, sendo,
todavia, respeitada a supremacia da Constituição Federal. Cada Assembleia Legislativa, com os poderes
constituintes definidos, deveriam elaborar a sua Constituição do Estado dentro do prazo de 1 (um) ano, à partir da
promulgação da Constituição Federal.
Difere o Distrito Federal, que, de acordo com o art. 32 da CF/88, se auto-organiza através de leis orgânicas, votadas
em 2 (dois) turnos com intervalo mínimo de 10 (dez) dias, aprovada por 2/3 da Câmara Legislativa.
- Retroatividade
Ao ser criada uma nova Constituição, como já explicitado, existe a quebra da normatividade jurídica maior dentro de
um Estado Soberano, a Constituição Federal é o delimitar de todo o ordenamento jurídico, sendo esta a lei mais
importante do país.
Posto a importância da Constituição, quando está é superada por outra, podem surgir daí diversos problemas
decorrentes da sua aplicação na forma retroativa a fatos anteriores. Logo, é de suma importância deleitar-se sobre a
problemática da receptividade da nova Constituição quanto a fatos e normas anteriores à sua vigência.
· Retroatividade máxima, é caracterizada pela forma em que as partes eram restituídas ao status quo ante,
porque se manifesta sobre os fatos já consumados, da mesma forma da coisa julgada;
· Retroatividade média, age sobre os efeitos pendentes de atos jurídicos produzidos antes da nova
Constituição. Exemplo: um contrato pactuado em 20 prestações alguns meses antes da promulgação da nova
Constituição, tendo por base o salário mínimo estabelecido na Constituição anterior, as prestações vencidas
anteriores ao novo texto constitucional restariam nulas.
· Retroatividade mínima, preleciona que o novo texto constitucional alcança apenas os efeitos futuros dos
atos jurídicos. Esta não retroage para eliminar um contrato feito sob a normatividade constitucional anterior, mas
alcança os efeitos que serão sentidos após a promulgação do novo texto. Este tipo de retroatividade foi o
recepcionado pela Constituição de 1988.
- Recpção
O fenômeno da recepção é aquele que trata sobre a adequação das normas infraconstitucionais anteriores ao novo
texto constitucional. À partir da edição de uma nova Constituição, a anterior é revogada, todavia, não
obrigatoriamente todas as normas perdem a sua validade. Desta forma, as que forem compatíveis com o novo texto
devem ser aproveitadas e ratificadas sob nova validade. Esta é a chamada recepção. A legislação anterior que se
adeque ao novo texto jurídico constitucional é recepcionada com as devidas alterações que possam ser necessárias.
As normas que não se adequem à nova ótica constitucional devem ser revogadas, posto que não passem pelo crivo
material e formal do seu conteúdo.
- Repristinação
Repristinação é o fenômeno em que a lei que foi revogada e perdeu a sua vigência, volte a ganhar vigência, pelo fato
da norma que à revogou ter sido revogada. É, de forma literal, a revalidação de uma norma anteriormente revogada,
em que apresenta compatibilidade com a Constituição vigente. Esse fenômeno é possível mediante a previsão
expressa em que admite a norma Constitucional ser revalidada.
É do Poder Judiciário a palavra final sobre a constitucionalidade de leis no Brasil. O Poder Executivo e o Legislativo
detêm controles prévios à vigência da norma, como, por exemplo, veto jurídico presidencial, comissões temáticas.
Uma vez em vigor, cabe aos Tribunais aferir se o ato normativo é ou não compatível com a Constituição Federal.
Para o exame, o ordenamento jurídico admite duas vias de controle: difusa e concentrada. Todo órgão judicial
exerce, dentro de sua competência, o controle difuso. Nessa via, o juiz deixa de aplicar lei que, no caso concreto,
revela conteúdo incompatível com a regra constitucional. Nesse caso, questiona-se a compatibilidade de modo
indireto, em face de uma situação particular, por meio de um incidente processual.
Já o controle concentrado se limita ao Supremo Tribunal Federal (STF) quando a norma paradigma é a Constituição
Federal e aos Tribunais de Justiça Estaduais, quando a norma paradigma é a Constituição Estadual. Nele, verifica-se
a constitucionalidade do texto legal em si, isto é, da norma em abstrato. A análise, portanto, independe de aplicação
a um caso concreto.
Tribunais só podem declarar inconstitucionalidade por voto da maioria absoluta do Plenário ou do seu Órgão
Especial. Quórum no STF é de 6 dos 11 ministros. Trata-se da cláusula de reserva de Plenário.
Quatro dispositivos previstos na CF servem ao controle concentrado: Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI),
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) e
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO).
ADI é a ação mais usada. A ação pode ter como objeto lei ou ato normativo federal, estadual e emenda
constitucional, bem como atos normativos primários, tais como regimento interno dos Tribunais e resoluções do
CNJ. Pode-se contestar todo o conteúdo ou parte dele.
ADC, que cobra posição do STF sobre o ajuste de norma federal à Constituição. A intenção é resolver incerteza
gerada por leituras diferentes entre Tribunais. Se a lei é julgada procedente, juízes não podem mais se negar a aplicá-
la sob pretexto de que seria inconstitucional.
ADPF tornou-se o segundo canal mais comum. A ação pode questionar o ato normativo apenas em face de preceitos
tidos como essenciais à CF, o que reduz o alcance ante a ADI, apta a contestar qualquer ponto. Também só pode ser
proposta caso a questão não se adeque a nenhum dos três outros dispositivos, conforme o princípio da
subsidiariedade. A ADPF é, ainda, o meio pelo qual o STF aprecia lei anterior à Constituição vigente e lei municipal
de especial relevância e que afete valor fundamental.
ADO volta-se para o controle das omissões inconstitucionais, se a autoridade responsável pela edição do ato
normativo prevista na Constituição deixa de elaborá-lo. O que enseja a ADO é a lesão à efetividade de norma
constitucional.
O veto é a discordância do Presidente da República com determinado projeto de lei aprovado pelas Casas
Legislativas do Congresso Nacional, previsto na CF no artigo 66 e seus parágrafos, com regramento interno no
Regimento Comum (RCCN), artigos 104 a 106-D da Resolução nº 1 do Congresso Nacional de 1970.