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CONTRAPESOS”
A teoria do checks and balances prevê que a cada função foi dado o poder
para exercer um grau de controle direto sobre as outras, mediante a
autorização para o exercício de uma parte, embora limitada, das outras
funções. Assim, cada poder é considerado autônomo e deve exercer
determinada função, porém, este poder deve ser controlado pelos outros
poderes, já que o sistema constitucional de freios e contrapesos prevê a
interferência legítima de um poder sobre o outro, nos limites estabelecidos
constitucionalmente.
Já a Carta Magna de 1937, que teve seu texto redigido pelo jurista Francisco
Campos, foi outorgada por Getúlio Vargas (um golpe de Estado sob pretexto de
preservar a ordem interna) em 10.11.1937, essa nova Constituição ficou
conhecida como “polaca” (influência da Constituição da Polônia de 1935), é
marcada por agitações ideológicas protagonizadas por nazifascistas e
comunistas, profundamente autoritária.
Quanto a separação dos poderes, fora mantido a definição formal dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, porém, na prática, a Constituição de 1937,
dissolveu o Poder Legislativo da União (com o fechamento do Congresso
Nacional), bem como dos Estados (Assembleias Legislativas) e dos Municípios
(Câmaras Municipais). Com isso, o Poder Executivo foi fortalecido pelo vasto
rol de competências atribuídas ao Presidente da República, fazendo com que o
Executivo funcionasse como um ‘superpoder’, o qual deveria legislar por meio
de decretos-lei.
A cláusula da separação de poderes (§ 4º, III, da CF/88), prevê que não haverá
inconstitucionalidade se o novo arranjo preservar o núcleo político do princípio
da separação dos poderes, como ocorreu, v.g., com a criação do CNJ pela EC
nº 45/04, órgão administrativo de caráter nacional, exerce o controle da
atuação administrativa e financeira do Judiciário, bem como fiscaliza os juízes
no cumprimento de seus deveres funcionais. Embora incluído na estrutura
constitucional do Judiciário, não dispõe de atribuições institucionais para
exercer atividade jurisdicional.
Função típica: Julgar – função jurisdicional (juris dicere), atividade pela qual o
Estado substitui as partes em conflito para dizer quem tem o direito (caráter
substitutivo). O Judiciário é uno e indivisível: não é federal, nem estadual, mas
nacional.
Função atípica de natureza legislativa: elaborar regimento interno para cada
tribunal (art. 96, I, alínea a da CF/88);
Função atípica de natureza executiva: administrativa, concessão de
licença/férias para magistrados e serventuários, provimento dos cargos de
magistrados, entre outras nos termos do art. 96, I, alíneas b, c, d, e, f, da
CF/88.