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Questões feitas em oral de melhoria de Direito Constitucional I

Sistema de governo norte americano – explicar.

O sistema de governo norte americano é um sistema presidencial, este nasceu nos Estados
Unidos da América e não tem qualquer tipo de implantação na Europa.

Este sistema, assim como os outros, apresenta diversas características:

Em 1º lugar, o Chefe de Estado é eleito por sufrágio universal e em geral Direto, ainda que não
seja formalmente direito nos Estados Unidos da América;

Nota (não precisas de dizer, só se eles perguntarem…): O sufrágio direto ou voto direto é uma
das classificações do sufrágio. Este ser direto significa que todos os interessados na designação
votam e o resultado é proclamado dando-se o mesmo peso a cada eleitor, ou seja, sem
mediação entre o sufrágio e o resultado. O voto indireto dá quando ocorrem tais mediações ou
intermediações.

Em 2º lugar, não existe dualidade no executivo, sendo o Chefe de Estado simultaneamente


Chefe de Governo, cabendo-lhe nomear livremente os seus secretários.

Em 3º lugar, há uma rigorosa separação orgânica entre o Chefe de Estado e o Parlamento, não
respondendo politicamente um perante o outro, falando-se neste sentido num “casamento
sem divórcio”, ou seja, o parlamento não pode demitir o Chefe de Estado e este último não
pode dissolver o Parlamento. Não obstante esta separação, no caso norte americano (onde
existe um presidencialismo perfeito), há todo um conjunto de freios e contrapesos que
mantém o sistema em equilíbrio, que se revela nomeadamente:

-No veto presidencial das leis, superável, por uma maioria de 2/3;
-Nos poderes de mensagem e no impulso legislativo do Presidente;

-Na submissão da prática de certos atos do Presidente ao parecer no Senado,

-Na exigência da ratificação dos tratados por 2/3 dos membros do Senado;

-Na dependência orçamental do presidente,

-Na possibilidade do impeachment;

-Na fiscalização da constitucionalidade das leis;

Nota (não precisas de dizer, só se eles perguntarem): O Sistema de Freios e Contrapesos –


chamado também de Teoria da Separação dos Poderes – consiste na ideia do controle do
poder pelo próprio poder. Nessa teoria, há a ideia de que as diferentes funções desenvolvidas
pelo Estado precisam se autorregularem. Assim, torna-se necessário a criação de três poderes
distintos – Executivo, Legislativo e Judiciário – para propiciar uma maior segurança aos
cidadãos quanto aos seus desejos em sociedade. Surgiu na época da formação do Estado
Liberal, a partir da ideia da iniciativa livre e da menor interferência do Estado nas liberdades
individuais. Hoje, essa tripartição clássica dos poderes está consolidada pelo artigo 16 da
Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789.
No presidencialismo adulterado (existente na América Latina) as coisas já são diferentes do
presidencialismo perfeito. No presidencialismo adulterado o Presidente da República é
auxiliado por Ministros individualmente responsabilizados e em que os atos do Presidente são
referendados (confirmados) por esses mesmos Ministros. Ou seja, o ministro assina, depois do
Chefe de Estado, um decreto ou carta de lei para que possa ter execução.

Os principais órgãos que integram o sistema presidencial são: o Presidente que, como já
mencionei, escolhe e admite os seus secretários, um Parlamento Bicameral (também
designado por Congresso), composto pela câmara dos representantes (com 453 membros, que
representam a população) e pelo Senado (com 100 senadores, que representam os estados
federados) e o Supremo Tribunal (com nove juízes)

Como é que Donald Trump ganhou a Hillary Clinton tendo menos votos?

Em 2016 Donald Trump ganhou a Hillary Clinton mesmo tendo menos votos, cerca de menos 3
milhões de votos se não estou em erro, devido ao tipo de sistema eleitoral indireto que vigora
nos Estados Unidos da América.

Ou seja, nos EUA, os eleitores não votam diretamente no presidente, mas em delegados do
Partido Republicano ou Democrata. Na maioria dos estados, o partido que tem mais votos –
mesmo que por uma margem pequena—leva todos os delegados (aquele que está dependente
de uma autoridade superior) do estado. Desta forma, parte significativa da eleição é decidida
por estados onde há incertezas sobre os resultados –chamados de “estados pêndulo”, que
podem estar em um dos dois polos. É neles que a disputa política tradicionalmente acontece.

Hillary perdeu três estados de um tamanho relativamente grande que eram tidos como
democratas: Pensilvânia, Wisconsin e Michigan. Esses estados têm grandes cidades que
tradicionalmente votam em peso nos candidatos do Partido Democrata.

O que é o impeachment?

É um processo político-criminal que visa destituir alguém de um cargo governativo em países


com modelos de governo presidenciais, por grave delito ou má conduta no exercício de suas
funções.

O que é poder constituinte?

Poder constituinte é, no Direito, o poder de criar, modificar, revisar, revogar ou adicionar algo
à Constituição de um determinado Estado.

O poder constituinte encontra-se, evidentemente, no âmbito do poder político. Este exprime


uma autoridade constituinte (originária e subordinante), o que permite facilmente distinguir
esta autoridade do exercício dos demais poderes políticos (que são constituídos, derivados e
subordinados).

O poder constituinte pode ser soberano ou não soberano.

-No âmbito do poder constituinte soberano, a vontade constituinte é soberana; há uma


decisão livre e incondicionada imputada ao Povo ou à Nação. Este pressupõe que a decisão
que origina a Constituição não se encontra de forma alguma subordinada a qualquer norma.
-No âmbito do poder constituinte não soberano existem poderes exteriores ao Estado
atribuem ou condicionam a outorga de uma Constituição para esse mesmo Estado.

O que é autoridade constituinte?

A autoridade constituinte reporta-se ao autor material do texto qualificado como Constituição.

E qual a diferença de autoridade constituinte e titular do poder constituinte?

O titular do poder constituinte, por seu turno, é a comunidade (povo) que

primeiramente delega na autoridade constituinte a tarefa de elaborar a Constituição e/ou


retrospetivamente legitima essa mesma Constituição como lei fundamental do Estado.

Assim, salvo nos casos (hoje, improváveis) de exercício do poder constituinte diretamente pelo
povo, a autoridade constituinte será efetivamente distinta do titular do poder constituinte: por
exemplo, em Portugal, a autoridade constituinte correspondeu à Assembleia Constituinte
eleita em 25 de abril de 1975 e que aprovou a atual Constituição da República Portuguesa em
2 de abril de 1976 que vem definir o titular do poder constituinte como o povo português.

Sistema de governo - elaborar - o que é?

O sistema de governo corresponde à forma como se estruturam as relações entre os vários


órgãos do poder político.

Tomando por referência as orientações dominantes na doutrina portuguesa, são quatro os


subtipos de sistemas de governo em regimes democráticos a considerar na atualidade: O
sistema parlamentar, o sistema presidencial, o sistema semipresidencialista, e o sistema
diretorial. (página 191 MA)

Forma de governo

A forma de Estado (governo) consiste no modelo inerente ao tipo de relações estabelecidas


entre o poder político estadual e o território.

Há duas formas de Estado básicas: Estado Unitário (ou simples) ou Estado Complexo (ou
composto). (Ver nos teus resumos)

Revisão constitucional

Para começar, referir que irei ter em conta os três sistemas constitucionais abordados de
forma mais profunda neste semestre.

Em primeiro lugar, a revisão constitucional consiste na fiscalização da constitucionalidade das


leis.

No constitucionalismo do Reino Unido, dado a supremacia do Parlamento e dada a natureza e


carácter da constituição, não se verifica uma fiscalização da constitucionalidade das leis em
sentido estrito. Aliás, a doutrina tem observado a emergência de uma “forma fraca” de
fiscalização de common law. Desta forma, há uma inaplicabilidade de revisão constitucional.

Relativamente ao constitucionalismo norte americano e francês, a situação já não é a mesma.

Em matéria de constitucionalidade, existe nos Estados Unidos, um sistema de fiscalização


concreta e difusa da constitucionalidade, estando entregue ao Congresso, aos Parlamentos dos
Estados federados e ao Supremo Tribunal. Esta fiscalização permite que todos os tribunais
possam decidir questões de constitucionalidade, tendo, à luz da ideia de supremacia da
Constituição, o dever de desaplicar normas inconstitucionais. Perante as decisões tomadas, o
Supremo Tribunal vem ter a última palavra, sendo que a sua decisão tem força obrigatória e
geral e passa a ser seguida por todos os tribunais.

Na França, existe uma fiscalização preventiva da constitucionalidade das leis, a cargo do


conselho Constitucional, estando entregue ao Parlamento e ao povo francês, mediante
referendo neste último.

É possível mudar o art.288 CRP (sobre limites materiais de revisão)

Eu acredito que a resposta certa seja “não”, não é possível mudar o art. 288º da CRP porque a
verdade é que este artigo estabelece um “travão absoluto” para precisamente impedir, que
em caso algum se conseguisse alterar um dos direitos fundamentais, que são elencados a
partir do artigo 24º da C.R.P. Estes direitos fundamentais são a nossa “identidade
constitucional”; são o núcleo essencial de princípios cuja permanência, constituem a nossa
“coluna vertebral”; são a estrutura basilar de todo o Estado de Direito democrático, e cuja
violação destruiria para sempre toda a nossa identidade constitucional, em termos materiais.

O sentido constitucional da consagração deste limite material à revisão constitucional, e mais


concretamente no tocante aos direitos fundamentais, previstos na alínea d) do art.288º C.R.P.,
é o de que, estes direitos têm sempre de ser respeitados e que constituem uma “fronteira
inultrapassável”, um limite absoluto a uma qualquer revisão constitucional. O conjunto de
direitos fundamentais consagrados na alínea d) do art.288º da C.R.P. pode ser alargado; mas
nunca restringindo, eliminando ou abolindo, algum dos direitos já existentes.

Sistemas eleitorais - elaborar

O sistema eleitoral corresponde ao conjunto de regras que definem a forma de expressão da


vontade eleitoral, particularmente as que respeitam à delimitação dos círculos eleitorais e à
definição do modo de escrutínio

Nota: Círculos eleitorais: (são as parcelas do território do Estado no seio das quais são
apurados os mandatos, podendo haver: 1) Vários círculos de diversa dimensão (como é
habitual) ou 2) Um único círculo (como sucede em Portugal nas eleições para o Parlamento
Europeu))

Os principais tipos de sistemas eleitorais são o maioritário, o proporcional e o misto. (Ver nos
teus resumos MA)

Diferença sistema maioritário e sistema proporcional

Sistema maioritário: reduzida representatividade partidária parlamentar; não prevê a


representação das minorias e dos vencidos. (Pode ser sufrágio uninominal ou sufrágio
plurinominal)
Sistema proporcional: multipartidarismo; prevê a representação das minorias e dos vencidos.
(Necessariamente sufrágio plurinominal)

Explique as semelhanças e diferenças dos sistemas de governo inglês, francês e americano

Inglês: Sistema parlamentar de gabinete

Francês: Sistema hiperpresidencial

Americano: Sistema Presidencial

Diferenças:

Superpresidencialismo Francês: Neste sistema, o presidente detém amplos poderes executivos


e é simultaneamente o chefe de estado e chefe de governo, concentrando considerável
autoridade. Há uma centralização significativa de poder nas mãos do presidente, o que pode
influenciar a política de forma decisiva.

Presidencialismo Americano: No presidencialismo, o presidente é eleito separadamente do


legislativo (Congresso) e é simultaneamente o chefe de estado e chefe de governo. O
presidente possui poderes executivos consideráveis e pode vetar legislação aprovada pelo
Congresso.

Parlamentar de Gabinete Inglês: Neste sistema, o poder executivo é exercido pelo gabinete,
liderado pelo primeiro-ministro, que é o chefe de governo. O monarca é o chefe de estado,
desempenhando um papel cerimonial, enquanto o primeiro-ministro é o líder efetivo do
governo. Há, portanto, uma clara separação do chefe de Estado e chefe de governo.

Semelhanças:

Em todos os três sistemas, há uma clara separação de poderes entre o executivo, legislativo e
judiciário.

Cada sistema procura representar os interesses do povo, embora de maneiras distintas.

Os sistemas buscam equilibrar os poderes do governo, seja através do presidente, primeiro-


ministro ou outros órgãos legislativos, de forma a garantir a estabilidade e a governabilidade.

O que é uma maioria absoluta?

Uma maioria absoluta ocorre quando um candidato, partido ou proposta obtém mais de 50%
dos votos, garantindo assim mais votos do que qualquer outra opção ou concorrente. Em
sistemas eleitorais, uma maioria absoluta é muitas vezes necessária para garantir a eleição de
um candidato ou a aprovação de uma proposta sem a necessidade de uma segunda volta ou
de negociações adicionais.
Qual a diferença entre federação e confederação?

A diferença fundamental entre federação e confederação está na distribuição de poder e


soberania entre o governo central e as entidades subnacionais.

Em 1º lugar, uma confederação não é uma forma de Estado, mas uma mera associação de
Estados para fins determinados no tratado constitutivo. Uma federação é, por outro lado, uma
forma de Estado composto.

Uma federação é um sistema político em que o poder é compartilhado entre um governo


central e unidades subnacionais, ou seja, o poder do Estado Federal é compartilhado com os
50 Estados Federais. Tanto o Estado federal como os Estados federados possuem autoridade e
autonomia claramente definidas, muitas vezes estabelecidas por uma constituição.

Por outro lado, uma confederação é uma forma de organização política em que estados
soberanos concordam em se unir para buscar objetivos comuns, mantendo grande parte de
sua soberania. Em uma confederação, o poder central é substancialmente limitado, e os
estados membros retêm maior autonomia, podendo até mesmo se desligar da confederação
se assim desejarem.

O que é soberania?

A soberania consiste numa qualidade identitária do poder político do Estado e traduz-se:

-Na faculdade de este se poder livremente auto-organizar no plano jurídico;

-Na liberdade de tomar decisões obrigatórias para os cidadãos e para outros entes públicos e
privados;

-Na capacidade de representar internacionalmente os interesses externos.

Desta definição decorrem três dimensões: A da soberania constitucional, a da soberania


interna, e da soberania externa.

Turma A

Como é o sistema de governo norte americano- Sistema presidencial.

Qual a forma de estado dos Estados Unidos-Estado Federal (estado composto)

Qual a forma de estado de Portugal-Estado Regional Periférico

De onde vem o conceito de soberania e a sua definição

Origem: O conceito de soberania tem uma história complexa e não pode ser atribuído a um
único filósofo. No entanto, muitas vezes, Jean Bodin é considerado um dos principais
pensadores que contribuíram para o desenvolvimento desse conceito. No século XVI, Bodin,
um teórico político francês, escreveu a obra "Os Seis Livros da República", publicada em 1576 e
nessa obra, Bodin discutiu a ideia de soberania como o poder supremo e indivisível do Estado,
que não está sujeito a nenhuma autoridade superior na Terra.

Embora Bodin tenha desempenhado um papel significativo na formulação do conceito de


soberania, é importante notar que outros filósofos contribuíram para a evolução desse
conceito ao longo do tempo. Diversos pensadores políticos, como Thomas Hobbes, John Locke
e Rosseau, também tiveram influências importantes na discussão sobre a soberania.

Thomas Hobbes vem afirmar que a autoridade do soberano é indivisível e suprema, marcando
a origem da soberania moderna.

Mais tarde Jonh Locke defendeu a soberania popular e a separação dos poderes. Para Locke, a
soberania reside no povo, e o governo é limitado pelo respeito aos direitos naturais
individuais.

Segundo Rosseau, a soberania é inalienável e pertence ao povo como um todo.

Definição: A soberania consiste numa qualidade identitária do poder político do Estado e


traduz-se:

-Na faculdade de este se poder livremente auto-organizar no plano jurídico;

-Na liberdade de tomar decisões obrigatórias para os cidadãos e para outros entes públicos e
privados;

-Na capacidade de representar internacionalmente os interesses externos.

Desta definição decorrem três dimensões: A da soberania constitucional, a da soberania


interna, e da soberania externa.

Como é que os estrangeiros adquirem nacionalidade?

A cidadania não originária:

-Não se reporta ao nascimento, mas sim da vontade (arts. 2º, 3º e 4º LN), da adoção (art.5º) ou
da naturalização (art.6ºLN);

-É suscetível de oposição por parte do Ministério Público (arts. 9º e 10º LN);

-Produz efeitos em momento posterior ao nascimento (art.12ºLN)

-Não garante plenitude de direitos (o cargo de PR está reservado a portugueses de origem,


maiores de 35 anos (art.122º CRP))

De que maneira tem sido mais frequente adquirir a nacionalidade portuguesa? Através do
ius soli ou ius sanguinim?

O Direito português, após ter reduzido o ius soli, regressou novamente a um sistema misto de
ius soli, ou seja, quando o vínculo é determinado pelo local de nascimento e ius sanguini, isto
é, quando o vínculo é determinado pela filiação.
Qual o sistema de governo atual em França?

Atualmente, o sistema de governo em França é o hiperpresidencialismo. Neste, os principais


órgãos do sistema são:

O presidente da República, o Governo, um Parlamento Bicameral, composto pela Assembleia


Nacional (com 577 deputados) e pelo Senado (com 348 senadores, pelo menos era este o dado
em 2017), e ainda um Conselho constitucional, que exerce funções do controlo da
constitucionalidade.

Quanto à forma de designação destes órgãos, o PR é eleito por sufrágio universal por um
mandato de 5 anos (desde 2002), podendo ser reeleito apenas uma vez, a Assembleia Nacional
(principal camara do parlamento), é eleita por sufrágio universal para uma legislatura de 5
anos, o Senado representa as unidades territoriais e é eleito por sufrágio indireto (num colégio
eleitoral de 150 mil membros) por 6 anos com renovação parcial a a três anos, salvo
inerências.

O que distingue um estado simples de um estado composto?

Num estado simples, existe apenas um poder político dotado de autoridade constituinte em
todo o território (poder que revestirá necessariamente a qualidade de poder soberano e que
se exprime na existência de uma única Constituição.) Este pode ser centralizado,
descentralizado ou regional.

Num estado composto, há vários poderes políticos dotados de autoridade constituinte no


território (poderes esses que se articulam em distintos níveis territoriais e que se exprimem
pela existência de diversas Constituições)

Porque é que os Açores são diferentes do Texas?

A resposta a essa questão pode passar por uma distinção entre estado federal e estado
regional.

a)No estado federal, cada estado federado, e transpondo para este caso, o Texas, elabora
livremente a sua constituição; no Estado Regional, as regiões autónomas, neste caso os Açores,
elabora o seu estatuto político-administrativo (não poderiam elaborar uma Constituição
porque o ER é um EU), mas este estatuto politico administrativo tem de ser aprovado pelos
órgãos centrais do poder político.

b) O Texas, assim como os outros estados federados, participam na elaboração e revisão da


Constituição federal; no estado regional não está prevista este tipo de participação por parte
das regiões autónomas, pelo que os Açores não participariam na revisão da Constituição;

c) No Texas existe uma segunda Camara Parlamentar; num estado regional, não existe
qualquer segunda Câmara parlamentar, pelo que os Açores não detêm de uma;

Qual a diferença entre Nozick e Rawls?

O debate entre Nozick e Rawls gira em torno da Justiça Social. John Rawls é um social
democrata, defende um Estado providência, ou seja, é defensor de uma profunda intervenção
por parte do Estado. Para Rawls a justiça está no momento dos resultados, em repartir a
riqueza, fazer com que aqueles que mais têm possam contribuir para o nível mínimo de
existência para os que menos têm- Defende, portanto, um estado intervencionista social.
Por outro lado, Robert Nozick é um republicano e vem afirmar que o importante não é a
igualdade nos resultados, o importante é a igualdade à partida.

O que é um sistema convencional?

Um sistema convencional é um sistema de governo que tem a sua origem no pensamento de


Rosseau. Assenta numa concentração de poderes na Assembleia e todos os órgãos são órgãos
colegiais (ou seja, estruturas organizacionais compostas por mais de uma pessoa, geralmente
compostas por membros que têm autoridade ou responsabilidade conjunta para tomar
decisões). O poder assenta num sistema de caixas chinesas, ou seja: esta é a convenção, o
órgão máximo que concentra os poderes soberanos, e deste órgão emana um outro órgão, de
cunho executivo. Deste órgão emanará outro órgão e este sim emana todos os poderes. O que
separa estes dois sistemas que acabei de mencionar é a separação e concentração de poderes
e a responsabilidade política permanente de cunho mais restritivo, ou de amplitude eleitoral.

Existem dois modelos de sistema convencional: O modelo jacobino: constituição que nunca
chegou a vigorar (de 1793) e o modelo soviético: que apresenta a ideia de concentração de
poderes.

Qual é o sistema atual em França?

O sistema atual em França é o hiperpresidencial.

Qual o sistema que vai de acordo com Montesquieu?

O sistema de governo dos Estados Unidos é frequentemente citado como um exemplo clássico
da influência das ideias de Montesquieu, especialmente no que diz respeito à separação de
poderes e ao sistema de freios e contrapesos.

O poder executivo está entregue ao presidente, o poder legislativo ao congresso e o poder


judicial aos tribunais.

O conceito de freios e contrapesos ou checks and balances refere-se à maneira como cada
ramo do governo tem o poder de restringir os excessos ou abusos dos outros ramos. Por
exemplo, o presidente pode vetar (proibir) legislação do Congresso, mas o Congresso pode
anular esse veto com uma maioria qualificada. Além disso, o Congresso tem o poder de
impeachment sobre o presidente.

Assim, o sistema norte-americano incorpora a visão de Montesquieu de que a liberdade é


melhor protegida quando diferentes ramos do governo são separados e mantêm um equilíbrio
entre si. O sistema de checks and balances nos Estados Unidos foi projetado para garantir que
nenhum ramo do governo se torne excessivamente poderoso em detrimento dos outros,
promovendo assim a liberdade e a proteção dos direitos individuais.

O que significa ser livre para Montesquieu? E para Rousseau?

Montesquieu e Rousseau, embora contemporâneos e influentes pensadores do Iluminismo,


tinham perspetivas distintas sobre o significado da liberdade.

Montesquieu

Para Montesquieu, a liberdade estava profundamente ligada à limitação do poder. Ele


defendia a ideia de separação de poderes como um meio de garantir a liberdade política. Em
sua obra "O Espírito das Leis," ele argumentava que a liberdade era melhor preservada quando
o poder estava dividido entre diferentes instituições (Legislativo, Executivo e Judiciário), cada
uma com funções claramente definidas. SEPARAÇÃO DE PODERES GARANTE A LP.

Montesquieu acreditava que a liberdade seria alcançada por meio de um equilíbrio cuidadoso
entre os poderes, impedindo que qualquer ramo do governo se tornasse opressivo. Esse
equilíbrio proporcionaria um governo moderado e a proteção dos direitos individuais.
MECANISMO DE FREIOS E CONTRAPESOS.

A liberdade também estava associada à ausência de arbitrariedade por parte do governo. Ele
enfatizava a importância de leis claras e previsíveis, garantindo que os cidadãos não fossem
sujeitos a decisões arbitrárias e injustas. AUSÊNCIA DE ARBITRARIEDADE.

Rosseau

Rousseau tinha uma visão mais complexa da liberdade. Em seu trabalho "O Contrato Social,"
ele discutia a ideia de liberdade natural, que estava presente no estado de natureza, antes da
formação da sociedade. Contudo, com o advento da sociedade civil, a liberdade natural foi
comprometida. LIBERDADE NATURAL.

Rousseau propôs a noção de "vontade geral" como um meio de reconciliar a liberdade com a
vida em sociedade. Ele argumentava que a verdadeira liberdade só poderia ser alcançada
quando os indivíduos se submetessem à vontade geral, que representaria o bem comum. A
liberdade civil, para Rousseau, era a liberdade encontrada na obediência à vontade geral.
VONTADE GERAL.

Ao contrário de Montesquieu, Rousseau via a liberdade como a capacidade de participar


ativamente na tomada de decisões sobre questões que afetam a comunidade. A liberdade,
para ele, era encontrada na autonomia coletiva da sociedade, onde cada indivíduo contribuiria
para a determinação da vontade geral. PARTICIPAÇÃO.

Em resumo, enquanto Montesquieu enfatizava a divisão de poderes e a limitação do governo


para preservar a liberdade, Rousseau abordava a liberdade em termos da vontade geral e da
participação ativa na criação das leis. Cada filósofo via a liberdade como uma condição
essencial, mas suas ênfases e abordagens eram distintas.

Art.13º Igualdade

Ação positiva medidas ativas (como nos EUA ) a nossa constituição permite?

A Constituição da República Portuguesa reconhece o princípio da igualdade e proíbe a


discriminação com base em vários critérios, incluindo sexo, raça, origem étnica, religião,
orientação sexual, entre outros. No entanto, a Constituição não especifica medidas específicas
de ação afirmativa, como as chamadas "ações positivas" ou "medidas ativas".

Nalguns países, incluindo os Estados Unidos, ações afirmativas referem-se a políticas ou


programas destinados a corrigir desigualdades historicamente existentes, muitas vezes por
meio de medidas específicas para grupos que foram historicamente discriminados.

Em Portugal, se houver iniciativas específicas para promover a igualdade e combater a


discriminação, essas seriam mais detalhadas em legislação ordinária, emendas à legislação
existente ou em programas e políticas implementados pelo governo.
Qual o primeiro momento em que se colocou na nossa constituição tratar por igual homens
e mulheres?

O princípio da igualdade entre homens e mulheres foi introduzido na Constituição da


República Portuguesa de 1976, que é a atual Constituição em vigor. Esse princípio está
refletido, principalmente, no artigo 13.º da Constituição que estabelece o princípio da
igualdade, proibindo a discriminação em razão do sexo.

No Novo Testamento, onde?

A questão de igual tratamento perante homens e melhor surge, no novo testamento, a


propósito da abordagem de São Tomás de Aquino.

Sem prejuízo de entender que no estado de inocência existia alguma disparidade em função
do sexo, S.Tomás de aquilo formula um principio de igual dignidade, ou pelo menos uma regra
de mútuo respeito entre o homem e a mulher: ao ser formado a mulher pela costela de Adão
significa que entre ambos deve existir união social, não podendo a mulher dominar o homem,
pois não foi formada na sua cabeça, nem o homem a deve desvalorizar, pois não foi formada
dos seus pés.

Onde se inspira Tomás de Aquino?

Santo Tomás de Aquino foi um teólogo e filósofo medieval cujo pensamento foi
profundamente influenciado por uma variedade de fontes. Ele procurou integrar a filosofia
aristotélica com a teologia cristã, especialmente a de Santo Agostinho.

Tomás de Aquino foi significativamente influenciado pela filosofia de Aristóteles. Ele viu
Aristóteles como um guia para a razão humana e utilizou muitos dos conceitos aristotélicos em
suas próprias obras. E portanto, a filosofia aristotélica forneceu a base para a abordagem
racional e sistemática de Tomás de Aquino.

Santo Agostinho também foi uma influência importante para Tomás de Aquino. Ele incorporou
muitos elementos da teologia agostiniana em seu próprio pensamento, embora também tenha
discordado em alguns pontos. A influência de Agostinho é evidente em questões como a
natureza do pecado original, a graça divina e a relação entre fé e razão.

O que é proporcionalidade / igualdade material?

A proporcionalidade refere-se à ideia de que as ações do governo ou outras autoridades


devem ser proporcionais aos objetivos legítimos que buscam atingir. Isso envolve uma
avaliação cuidadosa de se as restrições ou medidas adotadas são necessárias, adequadas e
proporcionadas em relação ao fim buscado. O princípio da proporcionalidade é comumente
aplicado em casos envolvendo restrições aos direitos individuais, como a liberdade de
expressão ou o direito à privacidade. Os tribunais frequentemente analisam se uma ação
governamental é proporcional em sua natureza, extensão e gravidade.

A igualdade material refere-se a uma conceção mais substancial e abrangente de igualdade.


Enquanto a igualdade formal se concentra na igualdade perante a lei, a igualdade material
considera as desigualdades socioeconômicas e busca promover condições mais equitativas na
sociedade. Isso pode envolver políticas públicas destinadas a reduzir disparidades econômicas,
proporcionar acesso igualitário à educação e saúde, e abordar outras formas de desigualdade
estrutural. A igualdade material está muitas vezes associada à ideia de justiça distributiva.

O que é o fascismo?

O fascismo é uma ideologia política e um sistema de governo autoritário que emergiu na


Europa no início do século XX. A ideologia fascista valoriza o nacionalismo extremo, a
autoridade centralizada, o totalitarismo, o militarismo, e frequentemente exibe características
antidemocráticas e anti-liberais.

Algumas características típicas do fascismo são: (elementos do fascismo)

Autoritarismo Extremo: O fascismo favorece um governo centralizado com poderes


autocráticos, frequentemente liderado por um líder carismático.

Nacionalismo Exacerbado: O nacionalismo é uma parte central do fascismo, muitas vezes


manifestando-se em sentimentos de superioridade nacional e desdém por outros grupos
étnicos.

Totalitarismo: O fascismo busca controlar todos os aspectos da vida, incluindo política,


economia, cultura e mídia. O Estado totalitário exerce uma influência onipresente na
sociedade.

Desprezo pela Democracia: O fascismo geralmente rejeita os princípios democráticos,


alegando que a democracia é ineficiente e propensa a fraquezas. Em vez disso, favorece uma
forma de governo autoritária.

Corporativismo: No contexto econômico, o fascismo promove uma forma de corporativismo,


buscando unir interesses corporativos e estatais em uma estrutura hierárquica.

Militarismo: O fascismo muitas vezes glorifica a força militar e considera a guerra como um
meio legítimo de alcançar objetivos nacionais.

Supremacia do Estado: O Estado é considerado supremo, e os indivíduos são vistos como


subordinados aos interesses do Estado.

Propaganda e Culto à Personalidade:

O fascismo usa propaganda intensiva para promover sua ideologia e criar uma imagem
idealizada do líder e do Estado. O culto à personalidade do líder é comum.

Diferença entre autoritarismo e totalitarismo.

No autoritarismo, o Estado adota uma doutrina abrangente ou impede que as pessoas adotem
livremente outras doutrinas, a separação e os direitos fundamentais não limitam efetivamente
o poder político e existem restrições graves ao pluralismo e à liberdade de participação
política.

O totalitarismo corresponde não só à pior forma de governo como também à ideia de mal
absoluto (no sentido em que não pode ser atribuído a motivos humanamente compreensíveis),
sendo dois os seus elementos essenciais: o terror e a fusão.

Ao primeiro desses elementos, o terror, correspondem a duplicidade e instrumentalização ao


serviço de uma ideologia, a ausência de estrutura de forma política, o não-Direito, a
arbitrariedade, o caos permanente e a crueldade como regras de ação, o aniquilamento da
pessoa, a irracionalidade…

Relativamente ao 2º elemento, a fusão, correspondem, a intervenção d poder totalitário em


todas as esferas da vida individual e social, a dissolução da pessoa e dos grupos nas massas, o
racismo…

Aplicando os critérios anteriores, o totalitarismo caracteriza-se por:

Em 1º lugar, pela presença de uma ideologia como princípio absoluto do governo;

Em 2º lugar, a existência de um poder político ilimitado, face ao direito e à moral;

Em 3º lugar, pela completa aniquilação e instrumentalização da pessoa humana, manipulada e


dissolvida na massa.

Porque é que Hobbes não era totalitário?

Hobbes viveu no século XVII, em um contexto histórico muito diferente do que o termo
"totalitarismo" veio a descrever mais tarde. O totalitarismo como conceito desenvolveu-se
principalmente no século XX em resposta a regimes como os da União Soviética, Alemanha
nazista e outros.

A visão política de Hobbes é centrada na ideia do contrato social. Ele acreditava que as pessoas
concordariam em estabelecer um governo forte para evitar o estado de natureza caótico e
violento. Sua proposta era um soberano poderoso que garantisse a ordem e a estabilidade.

Hobbes estava mais preocupado em evitar o caos e a anarquia do estado de natureza do que
em impor uma ideologia específica ou controlar todos os aspectos da vida dos cidadãos. O
objetivo principal era assegurar a segurança e a ordem.

Embora Hobbes defendesse um Estado soberano e poderoso, a autoridade desse Estado


estava teoricamente limitada pelo contrato social. O soberano tinha autoridade para manter a
paz e a ordem, mas sua legitimidade derivava do consentimento tácito dos indivíduos.

Hobbes não propôs um sistema totalitário baseado em uma ideologia específica que
controlasse todos os aspetos da vida, da cultura e do pensamento. O foco estava na
manutenção da estabilidade e da ordem social.

Constitucionalismo francês- página 87 MA.

Forma de Estado: A forma de Estado consiste no modelo inerente ao tipo de relações


estabelecidas entre o poder político estadual e o território.

UNITÁRIOS (SIMPLES) OU COMPLEXOS (COMPOSTOS)

Sistemas de governo: Correspondem à forma como se estruturam os diversos órgãos do poder


político.

PARLAMENTAR, PRESIDENCIAL, DIRETORIAL, CONVENCIONAL.

Qual a assembleia do Constitucionalismo francês que trouxe a si todos os poderes?

Na história do Constitucionalismo francês, a Assembleia Nacional Constituinte de 1791 é


frequentemente associada à concentração de poderes e ao estabelecimento de uma
constituição durante a Revolução Francesa. Essa assembleia foi responsável por formular a
primeira Constituição Francesa, conhecida como a Constituição de 1791.

O que é semipresidencialismo? - página194 MA

Confluência de duas componentes: componente parlamentar e presidencial

O que é o Senado nos EUA

Nos Estados Unidos, o Senado é uma das duas câmaras do Congresso, o órgão legislativo
federal do país. A outra câmara é a Câmara dos Representantes (453 membros-representam a
população). Juntas, essas duas câmaras formam o sistema bicameral do Congresso dos Estados
Unidos.

O Senado é composto por 100 membros, dois de cada estado, que representam os Estados
Federados. Cada senador serve um mandato de seis anos.

O Senado compartilha a responsabilidade de criar leis com a Câmara dos Representantes. Ele
desempenha um papel crucial na aprovação ou rejeição de leis propostas, tratados
internacionais e nomeações feitas pelo presidente, como as nomeações para a Suprema Corte.

Uma função importante do Senado é o "conselho e consentimento" (advise and consent) em


relação a certas nomeações e tratados propostos pelo Presidente dos Estados Unidos.

O Senado tem o poder de julgar casos de impeachment. Se a Câmara dos Representantes votar
pelo impeachment de um presidente, juiz ou outro oficial federal, o Senado conduz um
julgamento para determinar a remoção do oficial do cargo. A condenação requer uma maioria
de dois terços.

O Vice-Presidente dos Estados Unidos é o Presidente do Senado, mas ele só vota em caso de
empate

Benjamim Constant- Resumos Marcos Alves

O que é monarquia dualista? Ocorre quando, no mínimo, dois reinos independentes são
governados pelo mesmo monarca, seguindo a mesma política externa, existe uma união
aduaneira com cada um e tem uma combinação das forças armadas, mas são
autorregulamentados. Um exemplo notável foi a Monarquia Dual da Áustria-Hungria, que
consistia numa união de dois reinos sob um monarca comum. Outro exemplo foi a União
Ibérica, uma união pessoal entre Portugal e Espanha no século XVI. Estes são exemplos
históricos de monarquias dualistas, onde entidades distintas foram governadas por um único
monarca comum.

Explique o que é o Hiperpresidencialismo

O termo "hiperpresidencialismo" refere-se a um sistema político em que o presidente detém


um poder consideravelmente amplo e dominante, muitas vezes em detrimento dos outros
ramos do governo, como o legislativo e o judiciário. É uma característica comum em alguns
sistemas presidenciais, onde o chefe de Estado também é o chefe de governo.

Algumas características associadas ao hiperpresidencialismo são:

1. **Concentração de Poderes Executivos**, na medida em que o presidente exerce uma


influência desproporcional sobre o governo e as instituições estatais.

2. **Forte Centralização de Poder**, uma vez que o presidente tem um papel central e
dominante na administração do Estado. A centralização do poder nas mãos do presidente
pode ser tal que outros ramos do governo têm uma influência limitada nas decisões políticas.

3. **Controle sobre o Legislativo**: Em alguns casos, o hiperpresidencialismo pode envolver o


controle ou a forte influência do presidente sobre o legislativo.

4. **Frágil Sistema de Freios e Contrapesos** - A estrutura de freios e contrapesos, que visa


equilibrar os poderes entre os diferentes ramos do governo, pode ser frágil no
hiperpresidencialismo. Isso pode resultar em uma falta de supervisão efetiva sobre as ações do
presidente.

5. **Influência sobre o Judiciário** o que pode afetar a independência judicial e minar a


capacidade do judiciário de agir como um contrapeso efetivo.

É importante ressalvar que o termo "hiperpresidencialismo" é muitas vezes usado num


contexto crítico, sugerindo que a concentração excessiva de poder nas mãos do presidente
pode levar a práticas autoritárias, corrupção ou afrontas à democracia

Constitucionalismo alemão

O Constitucionalismo alemão é notável por sua ênfase na proteção dos direitos fundamentais
e pelo papel significativo desempenhado pelo Tribunal Constitucional Federal na interpretação
da constituição e na garantia do Estado de Direito

Onde está a separação de poderes na constituição portuguesa?

A Constituição da República Portuguesa estabelece a separação de poderes como um princípio


fundamental do sistema político. A distribuição de poderes entre os diferentes órgãos do
Estado é delineada em diversos artigos da Constituição. Aqui estão alguns dos principais
elementos que refletem a separação de poderes na Constituição Portuguesa:

Artigo 2.º - Estado de Direito Democrático:

O Artigo 2.º da Constituição estabelece que a República Portuguesa é um Estado de Direito


Democrático, fundamentado na soberania popular, na separação e interdependência de
poderes e na sujeição aos princípios do Estado de Direito.

Artigo 111.º - Princípio da Separação de Poderes:

O Artigo 111.º explicita o princípio da separação de poderes, afirmando que a separação e a


interdependência de poderes são fundamentais para a democracia e são asseguradas pelos
titulares dos órgãos de soberania no exercício das suas funções.

Artigos 161.º a 165.º - Órgãos de Soberania:


A Constituição dedica uma seção aos órgãos de soberania, especificando as competências e
responsabilidades de cada um. Os órgãos de soberania são a Assembleia da República (poder
legislativo), o Presidente da República (poder executivo) e o Governo (poder executivo).

Artigos 202.º a 220.º - Poder Judicial:

A parte dedicada ao poder judicial na Constituição estabelece os princípios fundamentais do


sistema judicial, incluindo a independência dos tribunais e a responsabilidade dos juízes. Essa
seção também menciona o Tribunal Constitucional e o Ministério Público.

Artigos 271.º a 281.º - Poder Local:

A Constituição também trata do poder local, estabelecendo os princípios gerais da autonomia


local e as competências das autarquias locais.

Artigo 282.º - Autonomia das Regiões Autónomas:

Este artigo reconhece e regula a autonomia das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

Portugal é Soberano?

Sim, Portugal é um Estado soberano. A soberania de um Estado refere-se à sua capacidade de


exercer autoridade e controle sobre seu território, governo, leis e assuntos internos e externos
sem interferência externa significativa. A soberania implica a independência política e a
capacidade de tomar decisões autônomas sobre questões que afetam o país.

A soberania de Portugal está consagrada em sua Constituição da República Portuguesa, que


estabelece os princípios fundamentais e a organização do Estado. O Estado português exerce
sua soberania por meio de instituições como a Assembleia da República, o Presidente da
República, o Governo, o sistema judicial e outras entidades.

Portugal é membro da União Europeia (UE), o que significa que compartilha parte de sua
soberania com a UE em questões específicas que foram delegadas por meio de tratados e
acordos. No entanto, a participação em organizações internacionais não anula a soberania de
um Estado, pois este continua a ter a capacidade de tomar decisões independentes em muitas
áreas. A soberania de Portugal é reconhecida internacionalmente, e o país exerce sua
autonomia política, econômica e cultural dentro das fronteiras estabelecidas pela legislação
nacional e pelos tratados internacionais.

Regime da Suíça

A Suíça é uma república federal democrática com um sistema de governo conhecido como
uma "Confederação". O sistema político suíço é caracterizado pela sua descentralização,
federalismo e democracia.

É uma república federal composta por 26 cantões e cada cantão tem um alto grau de
autonomia e é responsável por assuntos locais, enquanto o governo federal cuida de questões
nacionais.

A Suíça é também conhecida pelo seu sistema de democracia direta, que permite aos cidadãos
votar diretamente em questões importantes, como emendas constitucionais, leis e iniciativas
populares, tudo feito por meio de referendos.
Santo Agostinho

1)Santo Agostinho foi o primeiro doutrinador e pensador político da igreja. Vem definir o
homem como um animal racional criado por Deus, à sua imagem e apresenta uma primeira
fundamentação justificativa da dignidade do homem: tendo Deus feito o homem à sua
imagem, conferiu-lhe razão e inteligência que permite ao ser humano elevar-se acima de todos
os animais existentes. É, portanto, na razão e na inteligência humana que reside o ponto de
contacto entre Deus e os Homens, sendo isto o alicerce da dignidade do homem.

2)Sublinha o arbítrio da vontade humana: se é certo que Deus conhece todos os


acontecimentos antes de eles se verificarem, não deixa de ser verdade que fazemos
voluntariamente tudo o que sabemos e temos consciência de que o fazemos apenas porque
queremos. Desta forma, valoriza a vontade humana, identificando o livre arbítrio com a
liberdade: a vontade livre é um bem que Deus nos deu.

3)O fundamento último da liberdade humana reside no respeito de Deus pelo Homem.

4)A propósito da escravatura, Santo Agostinho chama a atenção que Deus ao criar o homem
lhe conferiu o poder de dominar os seres irracionais e não que o homem dominasse o homem,
razão pela qual a escravatura não é uma instituição natural, antes tem a sua origem no
pecado. Nega que se possa chamar Direito ás instituições humanas iniquas

5)Identifica a justiça como “a virtude que dá a cada um o que lhe pertence” - É o fundamento e
o fim da ação governativa. Não existe verdadeiro Estado sem a justiça no seu governo: Onde
não há justiça, não há Estado. Em St. Agostinho descobre-se uma das primeiras formulações
que faz da justiça o fundamento da validade do Direito.

Que autor medieval trouxe Aristóteles para a Europa?

São Tomás de Aquino, um filósofo e teólogo medieval, desempenhou um papel crucial na


introdução do pensamento aristotélico na Europa durante a Idade Média. (Mais acima falo
dele)

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