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Título 1: A Divisão dos Poderes

1. Absolutismo vs. Divisão do Poder Político


o A unanimidade sobre a divisão dos poderes em executivo, legislativo e judiciário não
é uma realidade entre os filósofos. Thomas Hobbes argumentou a favor do
absolutismo em sua obra "Leviatã", não por preferência por um governante, mas por
acreditar que apenas um poder concentrado garantiria a ordem e a paz. Hobbes
defendia que o soberano deveria seguir apenas as leis naturais e da razão, que estão
além do controle estatal. Contrariamente, a necessidade de um estado de direito surgiu
com a ascensão da burguesia, que demandava garantias jurídicas para o
desenvolvimento econômico, demonstrando a necessidade de divisão dos poderes,
uma ideia que remonta a Aristóteles em "Política".
2. A Divisão dos Poderes na História da Filosofia – Aristóteles
o Aristóteles, na sua obra "Política", explorou a divisão dos poderes na Grécia Antiga,
investigando a natureza dos governos e a convivência em sociedade. Ele analisou
diferentes formas de governo, incluindo a democracia primitiva de Sólon, que
equilibrava poderes oligárquicos, aristocráticos e democráticos.
3. A Divisão dos Poderes na História da Filosofia – Locke
o John Locke, defensor da liberdade religiosa e considerado o "pai" do liberalismo,
argumentou que, para manter uma sociedade livre, o poder não deve ser concentrado.
Para Locke, o legislativo é o poder supremo, sujeito à vontade do povo, que possui o
direito de alterá-lo ou destituí-lo se agir contra a confiança depositada.
4. A Divisão dos Poderes na História da Filosofia - Montesquieu
o Montesquieu propôs uma divisão clara entre os poderes executivo, legislativo e
judiciário, cada um com independência e autonomia. Essa estrutura visa prevenir
abusos de poder e é a base de muitas constituições modernas, incluindo a do Brasil.
5. A Atual Divisão dos Poderes no Brasil
o O Brasil adota a divisão de poderes proposta por Montesquieu, com uma história
constitucional que evoluiu desde a concentração do poder até a sua atual distribuição
equilibrada, conforme estabelecido na Constituição de 1988.

Título 2: Poder para Quem?

1. O Poder nas Diferentes Formas de Governo


o A organização política varia de acordo com vários fatores, incluindo formas de vida e
geografia, resultando em diferentes formas de Estado e sistemas de governo. Destaca-
se a distinção entre monarquias e repúblicas, além dos sistemas de presidencialismo e
parlamentarismo, onde o poder é distribuído de maneiras variadas, enfatizando a
importância da democracia como poder do povo.

Título 3: Quem Executa?

1. Os Poderes – Montesquieu
o Montesquieu delineou os três poderes fundamentais do Estado: legislativo, executivo
e judiciário, com funções específicas para cada um, uma visão que inspirou as
constituições modernas, promovendo a separação de poderes para evitar a tirania.
2. Os Poderes nas Constituições
o A evolução da divisão dos poderes no Brasil é evidenciada pela sua história
constitucional, desde a Constituição de 1824, que aumentou o poder do imperador, até
a Constituição de 1988, que consolidou a separação de poderes, ampliou liberdades
civis e estabeleceu um sistema eleitoral democrático.
3. O Poder Executivo
o O papel do poder executivo, segundo Montesquieu, evoluiu para incluir não apenas a
administração do Estado, mas também a elaboração de leis através de medidas
provisórias e a liderança na formulação de políticas públicas, conforme detalhado na
Constituição de 1988.
4. Poder Executivo na Constituição de 1988
o A Constituição especifica as funções do presidente da República e outras estruturas do
poder executivo, incluindo a nomeação de ministros, a sanção de leis e a liderança das
forças armadas, refletindo uma ampliação de responsabilidades desde a proposta
original de Montesquieu.
5. Eleições Majoritárias e Proporcionais
o O sistema eleitoral brasileiro é explicado, diferenciando as eleições majoritárias para
cargos executivos e o Senado, das proporcionais para o legislativo, onde a
representação é baseada no número de votos recebidos pelo partido, promovendo a
diversidade na representação política.

Título 4: O Poder Legislativo e sua Função

1. A Natureza do Poder Legislativo


o O poder legislativo é fundamental em uma democracia, responsável pela criação,
alteração e revogação de leis. Ele representa a vontade do povo, traduzindo as
necessidades sociais em normas legais que regem o país. Este poder é exercido por
órgãos compostos por representantes eleitos, como o Congresso Nacional no Brasil,
dividido entre a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, cada um com funções e
responsabilidades específicas na elaboração legislativa.
2. O Processo Legislativo
o O processo legislativo envolve várias etapas, começando pela proposição de um
projeto de lei, que pode ser iniciado por membros do legislativo, pelo executivo, ou,
em certos casos, pelo judiciário e pela população através de iniciativa popular. Segue-
se a análise, debate e votação nas casas legislativas. Para se tornar lei, um projeto
deve ser aprovado por ambas as câmaras e, posteriormente, sancionado pelo
presidente da República. Caso seja vetado, o veto pode ser derrubado pelo legislativo,
demonstrando o equilíbrio e interdependência entre os poderes.
3. A Importância do Poder Legislativo na Democracia
o O poder legislativo é pilar da democracia, pois é através dele que o povo tem voz no
governo. Além de legislar, compete a este poder fiscalizar as ações do executivo,
contribuindo para a transparência e a responsabilização governamental. Ele também
desempenha um papel crucial no orçamento do Estado, decidindo sobre a distribuição
de recursos que afetam diretamente a vida da população.

Título 5: O Poder Judiciário e a Justiça

1. A Função do Poder Judiciário


o O poder judiciário tem a função de interpretar as leis, garantindo sua correta aplicação
e resolvendo conflitos entre cidadãos, entidades e os próprios poderes do Estado. Ele
atua como guardião da Constituição, zelando pela legalidade e pela proteção dos
direitos fundamentais. O sistema judiciário é hierarquizado, indo dos tribunais locais
até o Supremo Tribunal Federal, que tem a palavra final em matéria constitucional.
2. A Independência do Judiciário
o Para que possa cumprir seu papel de maneira imparcial, o judiciário deve ser
independente dos demais poderes. Essa independência é assegurada pela Constituição,
que estabelece mecanismos como a vitaliciedade, a inamovibilidade e a
irredutibilidade de salário dos magistrados, protegendo-os de pressões externas e
garantindo a imparcialidade de suas decisões.
3. O Acesso à Justiça
o O acesso à justiça é um direito fundamental, essencial para a manutenção da ordem
jurídica e para a proteção dos direitos individuais e coletivos. O judiciário deve estar
acessível a todos, independentemente de condição social, garantindo a efetivação dos
direitos e a solução de conflitos de maneira justa e equitativa. Para isso, existem
instrumentos como a defensoria pública, que presta assistência jurídica gratuita aos
que não têm recursos para contratar um advogado.

Título 6: O Poder Executivo

1. Freios e Contrapesos
o O conceito de "freios e contrapesos" refere-se ao sistema de equilíbrio entre os
poderes do Estado, onde cada um tem a capacidade de limitar os outros, garantindo
que nenhum se sobreponha ou abuse de sua autoridade, uma ideia fundamental para a
governança democrática e justa.
2. O Sistema de Freios e Contrapesos para o Poder Executivo
o Na Constituição de 1988, o sistema de freios e contrapesos é visível, por exemplo, na
capacidade do Congresso de suspender atos do Executivo que excedam suas
prerrogativas, demonstrando a separação de poderes e a proteção contra o excesso de
autoridade, essencial para a manutenção da ordem constitucional e a democracia.

Cada um dos títulos e pontos abordados ilumina aspectos distintos, mas complementares, da complexa teia de
relações e funções que caracterizam a separação de poderes em um Estado democrático. Esta estrutura busca
não apenas prevenir a tirania, mas também promover uma governança equilibrada e justa, essencial para o
bem-estar e a liberdade dos cidadãos.

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