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JOSÉ ARAUJO SARAIVA NETO

LUCCA MEIRA FERREIRA


NILSON NUNES DA SILVA JUNIOR
VITÓRIA LIRA RIBEIRO

PODER E SUAS CARACTERÍSTICAS

Orientação do (a) Prof.ª Doraci Batista


Toledo Manguci
Turma: A1/DM1

GOIÂNIA – GOIÁS

2022/1
RESUMO
Compreendido como algo que é exercido por um agente capaz de impor sua vontade a outrem,
independentemente da sua anuência o poder está necessariamente ligado à ideia de liberdade,
ou melhor, de restrição da liberdade individual pela dominação de um indivíduo por outro,
dessa forma serão apresentadas diferentes formas de poder, dentre elas o poder da monarquia
em contraposição como a república, poderes legislativo, executivo e judiciário, poder político
e poder constituinte.
Palavras-Chave: Poder; Autonomia; Governo
1. INTRODUÇÃO
Poder da Monarquia em contraposição com o Poder da República: uma monarquia é uma forma
de governo em que o rei (o monarca) desempenha um papel político, capaz de governar o país
de forma mais ativa, ou mais passiva, ritualizada, na qual desempenha apenas funções
representativas.
As diferenças entre essas duas formas de poder: estabelecendo uma contraposição entre ambas,
há uma distinção na forma de governar, essa distinção dá início a duração onde ambos se
estabelecem no poder, na monarquia o chefe de estado se mantém no poder de forma perpetua.
Na república, o chefe de Estado é eleito democraticamente para um determinado tempo.
Sua distinção se prolonga quanto a transferência de poder, na monarquia o poder e transferido
de forma hereditária, ou seja, de pai para filho, passando dos reis aos príncipes, diferentemente
da república onde os chefes de estado são eleitos pelo povo após um mandato que geralmente
dura cerca de quatro ou cinco anos.
Quanto as denominações, são apresentadas as seguintes divergências; na monarquia, os chefes
de governo são chamados de reis ou rainhas, príncipes ou princesas, entre outros títulos. Já na
república, o chefe de estado é denominado presidente.
Na forma de governo república, o presidente é visto como uma figura simbólica, de poderes
limitados, distinguindo-se da monarquia no período absolutista na qual os poderes dos
monarcas e ilimitado, exercendo assim os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, que se
refere, ao novo tema proposto quanto as formas de poder.
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário: presente na Constituição de 1988 Art. 2º São
Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário. Com o desmembramento desse artigo, conseguimos ter uma melhor compreensão
dos três poderes, na definição de harmonia, temos a colaboração, cooperação, visando garantir
que os poderes expressem uniformemente a vontade da União. Já a independência se refere a
não intervenção entre eles, limitando-se pelo sistema de freios e contrapesos, de origem norte-
americana, no qual consiste no controle do poder pelo próprio poder, sendo que cada um teria
autonomia para exercer sua função, mas seria controlado pelos outros poderes. Isso serviria
para evitar que houvesse abusos entre o Executivo, Legislativo e Judiciário.
Com a separação dos três poderes que compõem a União, obtemos uma melhor compreensão
do tema poder, com isso observamos o poder executivo que possui função essencial para que o
Estado opere com a máxima transparência, o que garante os direitos e obrigações dos cidadãos.
Portanto, cada cargo tem sua própria filiação, devendo sempre ser mantida a obrigação de visar
o bem-estar comum.
Dando continuidade, apresenta-se o poder legislativo que possui a responsabilidade de produzir
as leis que irão orientar nossa sociedade com o objetivo de regular a vida em comum. Além
disso, o Legislativo de presidir os debates relacionados aos interesses nacionais, deve fiscalizar
e representar o povo brasileiro.
No poder judiciário sua principal função é de defender os direitos de cada cidadão, promovendo
a justiça e resolvendo os prováveis conflitos que possam surgir na sociedade, através da
investigação, apuração, julgamento e punição.
Com todos os fatos apresentados, o objetivo específico do estudo das três espécies de poderes
é uma melhor compreensão, de suas funções, explicando melhor o conceito de poder de cada
um deles.
O Poder Político pode ser entendido, como a capacidade de influenciar as ações dos sujeitos
inseridos em um contexto social por meio das instituições políticas que regimentam as relações
desse espaço, ou seja, e a relações dos seres humanos em sociedade, em que passa a ter um
sentido muito mais específico, quanto sob uma perspectiva instrumental, que diz respeito à
capacidade humana de controlar a natureza e seus recursos. Em seu sentido social, o conceito
de poder refere-se à possibilidade geral ou capacidade de agir, à capacidade de um indivíduo
determinar o comportamento de outro. Nesse sentido, o homem não é apenas um sujeito capaz
de exercer o poder, mas também um objeto do poder exercido.
Finalmente, temos o poder constitucional sobre todos os outros poderes, o poder de editar a
constituição, estabelecer a organização jurídica básica, moldar o estado, fazer os poderes e fazer
as regras para o exercício do governo, assim como uma constituição é estabelecida. Seus órgãos,
sua lógica, os limites de sua ação e os fundamentos da ordem econômica e social. Os detentores
deste poder são as pessoas.
A natureza jurídica do poder constitucional, os positivistas pensavam que se tratava de uma
espécie de poder político, seu poder não vem de normas jurídicas, mas de uma força social
unificada, é uma espécie de poder de fato. Já para o jus naturalista, o poder Constituinte está
acima do direito positivo, sendo um direito inato do homem, partindo do seu direito natural que
é eterno, universal e imutável.

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
O presente artigo possui a função/objetivo de orientar quanto as espécies de poder, informando
assim a cerca dessa questão para que se haja uma maior compreensão do tema, se subdividindo
entre quatro espécies de poder, estão diretamente interligados, e com sua compreensão a um
melhor entendimento sobre as formas de governo, leis e soberania estatal.

2.2 Objetivo especifico


a) Demonstrar as distinções entre o poder da República e o poder da Monarquia.
b) Demonstrar o poder das três faces que compõem a União (Legislativo, Executivo e
Judiciário).
c) Apresentar o poder que é exercida sobre a sociedade quanto a política. D)Expor o poder
Constituinte quanto a sua composição e o seu conceito.

3. REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo o doutrinador Alexandre de Moraes, em sua obra “Direito Constitucional”: “O Poder
Constituinte é a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e
juridicamente organizado”.
Essa doutrina aponta que a ideia de direitos constitucionais e o surgimento de constituições
escritas são ao mesmo tempo que o surgimento de constituições escritas, que visam limitar o
poder do Estado e resguardar direitos e garantias individuais.
Segundo o abade Emmanuel Siesers, um dos precursores da doutrina, o detentor do poder
constitucional é o Estado, pois o detentor do poder constitucional está relacionado à ideia de
soberania nacional, pois ao exercer a constituição originária a vontade do direito constitucional
é estabelecido pela constituição, e a organização básica da constituição sempre se sobrepõe ao
direito constitucional, portanto, toda manifestação do direito constitucional só pode ser
plenamente efetivada se estiver vinculada à Carta Magna.

3.1 Monarquia X República:

A monarquia é um sistema político que começou na Idade Média, mas ainda está em vigor em
alguns países até os dias de hoje, onde o chefe de estado é o monarca, que pode ser um rei,
rainha ou imperador. Existem duas categorias de monarquias: constitucionais e absolutista.
Além disso, o monarca pode ser escolhido por eleição ou hereditário, ou seja, o cargo é
transmitido de geração em geração, em consonância com os membros da mesma família.
Na monarquia absolutista o poder é centralizado em uma única pessoa, ou em um pequeno
grupo, como uma família, todas as decisões da sociedade são realizadas com base nos interesses
e decisões dos governantes, não tendo interferência das vontades populares. Já a monarquia
constitucional o soberano exerce o governo com base na Constituição Federal, possuindo
também o poder parlamentar e sendo dependentes da vontade da sociedade.
3.2. Os três poderes na democracia:
Esses três poderes são independentes e coesos, e são os tipos de poder político que existem no
sistema democrático de um país. Portanto, quando consideramos a política de um país, em sua
estrutura e organização, existem três poderes políticos que orientam suas ações, são eles: poder
Executivo, poder Legislativo e Judiciário. Esses poderes são usados para: implementar decisões
públicas, fazer leis e julgar cidadãos. Desde os tempos antigos, muitos estudiosos, pensadores
e filósofos discutiram a política e sua organização. No entanto, foi o filósofo, estadista e escritor
francês Charles-Louis de Secondat (1689-1755), mais conhecido como Montesquieu, que no
século XVIII propôs a Teoria da Separação dos "Três Poderes".
Essa teoria, relatada em seu livro ''O Espírito da Lei'', propõe a divisão do poder político e suas
respectivas esferas de atuação. Vale lembrar que, antes de Montesquieu, outros grandes
filósofos já haviam mencionado a importância desse modelo de Estado. Como exemplo notório,
temos o filósofo grego Aristóteles (384 aC-322 aC) e sua obra intitulada “Política”. Desde
então, o objetivo central da descentralização na esfera política tem sido a descentralização. Isso
porque ele está concentrado nas mãos de um pequeno grupo de pessoas. A ideia central é
construir um país mais justo, democrático e igualitário para todos os cidadãos.

3.2.1 Poder Executivo:


O poder executivo, como o nome sugere, é o poder destinado a fazer cumprir, fiscalizar e
administrar as leis de um país. Dentro desse poder estão a Presidência da República, os
ministérios, a Secretaria da Presidência, a Administração Pública e o Conselho de Políticas
Públicas. Essa escala de poder, portanto, determina e propõe planos de ação para a gestão e
fiscalização de diversos projetos (sociais, educacionais, culturais, de saúde, infraestrutura) de
forma a garantir sua qualidade e efetividade. Vale ressaltar que no governo municipal o poder
executivo é representado pelo prefeito, enquanto no nível estadual é representado pelo
governador.
3.2.2 Poder Legislativo:
É o poder de fazer as leis do país. É composto pela Assembleia Nacional, a Câmara dos
Deputados, o Senado, o Parlamento, a Assembleia, e tem como principal responsabilidade
propor leis destinadas a reger a vida do país e de seus cidadãos. O poder legislativo supervisiona
o poder executivo, além de elaborar as leis que regem a sociedade.
3.2.3 Poder Judiciário:
O Judiciário atua na área de aplicação da lei. É o poder responsável por julgar a causa de acordo
com a constituição do país. É composto por juízes, promotores, juízes, ministros, e é
representado pelos tribunais, com foco no Supremo Tribunal Federal (STF). Essencialmente, o
judiciário tem a função de aplicar a lei, julgar e interpretar fatos e conflitos, cumprindo assim a
constituição nacional.
Observações: A "Teoria dos Três Direitos" do filósofo Montesquieu influenciou a formulação
da Constituição dos Estados Unidos. Até agora, a separação de poderes na esfera política
tornou-se a base de qualquer democracia contemporânea. O mais antigo dos três poderes é o
judiciário, pois na cidade grega de Atenas existe um tribunal do povo. Além de ter uma função
legislativa, seu objetivo principal era julgar as carreiras dos cidadãos atenienses. A Constituição
brasileira adotou a separação de poderes na constituição de 1891 - legislativo, executivo e
judiciário. No Brasil, os poderes executivo e legislativo são determinados por voto direto,
enquanto o poder judiciário é chefiado por ministros nomeados pelo Presidente da República e
aprovados pelo Senado.
3.3 Poder Político:
Antes de falar especificamente sobre o poder político, é necessário entender o que é poder. Em
uma interpretação mais geral, poder refere-se à capacidade de agir ou produzir um efeito. No
âmbito social, o poder está associado à possibilidade de um indivíduo agir contra outro sujeito,
determinando o comportamento do outro a partir de suas ações. As pessoas podem não apenas
exercer o poder, mas também tornar-se objeto do poder exercido. Mas todo ato humano,
inclusive o ato de poder, é político? Para fazer isso, a política deve ser compreendida. Muitos
autores concordam que a política pode ser definida como qualquer ação mediada por conflitos
em um ambiente social que não resulte em violência física. É claro que o termo é abrangente e
pode ser aplicado a questões de estado e governo, mas o objetivo deste artigo pode ser entendido
em sua totalidade.
Características: O poder político faz a junção dos dois conceitos ora aqui apresentados. Porém,
neste caso, o conceito deve ser considerado a partir de um contexto específico do Estado
moderno que é o monopólio do uso da força. Ou seja, o Estado mantém o seu poder político a
partir da exclusividade da utilização da violência de forma legítima para proteger a ordem
estabelecida.
“O poder político pertence à categoria do poder do homem sobre outro homem, não à do poder
do homem sobre a natureza. Esta relação de poder é expressa de mil maneiras, onde se
reconhecem fórmulas típicas da linguagem política: como relação entre governantes e
governados, entre soberano e súditos, entre Estado e cidadãos, entre autoridade e obediência,
etc. Há várias formas de poder do homem sobre o homem; o poder político é apenas uma delas”,
explica Norberto Bobbio, em “Estado, governo e sociedade”, citado por Silva.
Como se vê, esse monopólio tem que fazer parte de toda a sociedade, em que o poder de coação
individual seja de exclusividade do Estado. Ou seja, o cidadão não pode pegar uma arma e
matar outro indivíduo por discordar de algo ou achar que o outro praticou algum crime contra
ele. A pessoa deverá denunciar o outro indivíduo na polícia, para que haja a investigação, e a
Justiça é quem definirá se o sujeito é culpado ou não. Sendo assim, a polícia (civil e militar, no
caso brasileiro) é um exemplo de órgão do Estado que está autorizado a utilizar a força e a
violência para manter a lei e a ordem que foram aceitas pelas pessoas que compõem a sociedade,
já que a maioria age dentro dos limites das leis definidas pelas instituições do referido Estado.
O poder político pertence ao Estado, por uma condição dada a partir da constituição dos Estados
modernos, em que o uso da força e da violência física saiu das mãos dos indivíduos (quando só
se respondia à lei natural) ou do monopólio do rei (nos tempos da monarquia) e foi para os
braços do Estado, responsável por garantir a segurança dos seus cidadãos como também por
sustentar a ordem e o respeito às leis. Esse poder político é exercido pelo representante do
Estado eleito, seja o presidente, o governador ou o prefeito, a partir da nomeação de nomes para
compor os cargos principais das pastas de segurança e das chefias das polícias.
3.4 Poder Constituinte:
O Poder Constituinte é aquele capaz de editar uma Constituição, estabelecendo uma
organização jurídica fundamental, dando forma ao Estado, constituindo poderes e criando
normas de exercício de governo, tal qual o estabelecimento de seus órgãos fundamentais, os
limites da sua ação e as bases do ordenamento econômico e social. O titular desse poder é o
Povo, representados por um órgão colegiado (Assembleia Constituinte). A legitimação destes
é a representação da democracia de um Estado soberano, onde a premissa do ubi societas e ibi
ius encontram-se límpidas na forma de criação de um Estado. O Poder Constituinte causa um
rompimento com a ordem jurídica anterior, fazendo com que o Estado precedente à que o povo
estava sendo submetido seja substituído por uma nova legitimação maior, através de sua Carta
Magna. Quanto à Natureza Jurídica do Poder Constituinte, os positivistas acreditam que é um
poder político, que tem a sua força extraída não de normas jurídicas, mas de forças sociais
consolidadas, sendo um poder de Fato. Já para os jusnaturalistas, o poder Constituinte está
acima do direito positivo, sendo um direito inato do homem, partindo do seu direito natural que
é eterno, universal e imutável. Existem, para tanto, duas formas de manifestação do Poder
Constituinte: o Poder Originário e o Poder Derivado.
3.4.1 Poder Constituinte Originário
O Poder constituinte originário é aquele responsável pela criação integral de uma nova
Constituição, inaugurando uma nova ordem jurídica. Este tem várias características, sendo ele:
a) Inicial, porque inicia uma nova ordem jurídica, posto que também é chamado de Poder
Constituinte Genuíno ou de Primeiro Grau;
b) Ilimitado, porque não sofre qualquer limite anterior, ao passo que pode desconsiderar de
maneira absoluta o ordenamento vigente anterior;
c) Autônomo, da forma que só cabe a ele estruturar os termos da nova Constituição;
d) Incondicionado e Permanente, por conta de não se submeter a nenhum processo
predeterminado para sua elaboração, bem como que não se esgota com a realização da nova
Constituição, podendo o legislador deliberar a qualquer momento pela criação de uma nova.
Sob uma perspectiva subjetiva, o Poder Constituinte Originário é exercido quando o povo é
titular do seu poder, conforme preleciona o Art. 1˚ da Constituição Federal de 1988 (visão de
Rosseau):
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Para Emmanuel Joseph Sieyès, cuja obra mais importante foi o panfleto Qu'est-ce que le tiers
état, o titular do poder é a Nação. Doravante, quando o Poder Constituinte não é exercido pelos
seus titulares de Direito, sendo exercido por entes estranhos, como a Igreja, Militares, Grupos
econômicos e etc. o poder passa a ser ilegítimo. Sob uma perspectiva objetiva, a Assembleia
Constituinte não tem liberdade de criar normas de maneira esparsa, injustificada, mas somente
àquelas que correspondam a realidade jurídica e cultural da sociedade à que estão inseridas,
sendo um reflexo do seu Povo e da sua ordem natural. Esse é o pensamento de José Joaquim
Gomes Canotilho.
sentantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
3.4.2 Poder Constituinte Derivado
O Poder Constituinte Derivado é o poder já estabelecido na própria Constituição pelo poder
Originário, que está inserido com o objetivo de legitimar a sua alteração quando necessária.
Conforme ensina Manoel Gonçalves Ferreira Filho:
Embora grupo constituinte algum cuide de preparar a substituição da ideia de direito que incita
a agir, a experiência faz prever a necessidade futura de alterações ou complementações no texto
que edita. Por isso é que dispõe sobre a revisão da Constituição, atribuindo a um poder
constituído o direito de emendá-la. Esse poder instituído goza de um Poder Constituinte
Derivado do originário. Sua Modalidade principal é o poder de modificar formalmente a
Constituição. O Poder Constituinte Derivado tem várias formas, podendo ser reformador,
revisor ou decorrente.
2.4.3 Poder Constituinte Derivado Reformador
É poder responsável pela alteração e ampliação do texto constitucional, que se manifesta através
das emendas constitucionais, bem como os tratados de Direitos Humanos com força de emenda
constitucional. A titularidade desse poder emana do povo, que, por sua vez, será representado
pelo Congresso Nacional (Art. 60, CF/88). Tem por principais características ser:
a) Subordinado, porque retira a sua força do poder originário, previamente estabelecido;
b) Limitado, porque tem os seus limites definidos pelo poder originário, que estabeleceu o texto
base constitucional;
c) Condicionado, sendo que o seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas na
Constituição.
Esta forma de reforma está subordinada a diversas limitações materiais quando ao seu
procedimento, devendo seguir diversos requisitos para a sua legitimidade, sendo estes a:
a) Iniciativa: são titulares para apresentarem o projeto de emenda constitucional (Art. 60, I a
III, CF/88): o Presidente da República; 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou 1/3 dos
membros do Senado Federal; mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades dos
Estados, cada uma delas, manifestando-se pela maioria relativa dos seus membros.
b) Deliberação: a proposta deve ser discutida e votada em cada casa do Congresso Nacional em
2 (dois) turnos, sendo aprovada se obtiver, em ambas, 3/5 dos votos dos respectivos membros,
ou seja, a maioria qualificada (Art. 60, §2, CF/88).
c) Promulgação: as emendas são promulgadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
O Poder constituinte derivado reformador está sujeito a limites, estes que tratam tanto da
matéria do conteúdo da emenda, até os procedimentos formais da promulgação, são estes os
limites:
a) Material, ao passo que é proibido ser matéria de emenda constitucional a abolição das
chamadas "cláusulas pétreas" (forma federativa do Estado; voto direto, secreto, universal e
periódico; separação dos Poderes e direitos e garantias individuais - Art. 60, §4, CF/88);
b) Circunstancial, é defeso que a Constituição Federal seja alterada durante diversas situações
em que o Estado esteja vivendo, como a vigência do estado de sítio, estado de defesa ou
intervenção federal (Art. 60, §1, CF/88);
c) Temporal, ao passo que uma proposta de emenda constitucional é rejeitada ou prejudicada,
a mesma matéria não pode ser tratada através de nova proposta até nova sessão legislativa (Art.
60, §5, CF/88).
3.4.4 Poder Constituinte Derivado Revisor ou Revisional
Encontra normatividade no Art. 3˚ da ADCT (Atos das Disposições Constitucionais
Transitórias), que dispõe sobre a necessidade do Congresso Nacional realizar uma "revisão
constitucional" após 5 (cinco) anos da promulgação da Constituição Federal.
É um poder de revisar a Constituição por um processo legislativo menos dificultoso à forma
das emendas constitucionais. Tem eficácia exaurível, ao passo que fora realizada em 1993,
originando 6 (seis) emendas de revisão. Logo, este poder não mais poderá ser exercido, sendo
que qualquer mudança na Constituição Federal atualmente só poderá ser feito através de
emendas, pelo poder Reformador.
2.4.5 Poder Constituinte Derivado Decorrente
Trata-se do poder de cada Estado-Membro (unidade federativa) em criar a sua própria
Constituição estadual, sendo, todavia, respeitada a supremacia da Constituição Federal.
Cada Assembleia Legislativa, com os poderes constituintes definidos, deveriam elaborar a sua
Constituição do Estado dentro do prazo de 1 (um) ano, a partir da promulgação da Constituição
Federal.
Difere o Distrito Federal, que, de acordo com o art. 32 da CF/88, se auto-organiza através de
leis orgânicas, votadas em 2 (dois) turnos com intervalo mínimo de 10 (dez) dias, aprovada por
2/3 da Câmara Legislativa.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando se iniciou o trabalho de pesquisa, constatou-se que, havia uma grande dificuldade em
definir o que vinha a ser – Poder - uma palavra bem simples, mas ao mesmo tempo complexa,
podendo ser definida de várias formas, por isso ouve a necessidade de entrarmos a fundo sobre
algumas formas de poder.
Diante disso, este artigo teve como objetivo geral, esclarecer e orientar, quanto às espécies de
poder, informando assim, que se haja uma melhor compreensão do determinado tema, se
subdividindo entre quatro espécies de poder que estão inteiramente interligados, e com isso, há
uma melhor compreensão e entendimento sobre as formas de governo, leis e soberania estatal.
Durante o trabalho, os objetivos específicos foi: inicialmente, demonstrar as distinções entre o
poder da república e o poder da monarquia, segundamente, demonstrar as faces dos três poderes
da união no Brasil (legislativo, executivo e judiciário), terceiro, apresentar o poder que é
exercido sobre a sociedade quanto à política, quarto, expor o poder constituinte quanto a sua
composição e o seu conceito.
Com isso, essa temática, torna-se imprescindível e necessária, e contribuiu de forma
significativa para o estudo do curso de Direito e da Ciência política, tornando assim, de forma
simples e clara, esclarecendo algumas definições e distinções sobre o que é “Poder”.

5. REFERENCIAS

PORFÍRIO, Francisco. "Poder"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/poder.htm. Acesso em 04 de junho de 2022.

NEVES, Daniel. ‘‘Monarquia’’; Mundo Educação. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/politica/conceito-monarquia.htm. Acesso em 04 de junho
de 2022.
COSTA, Emília ‘‘Da Monarquia a República’’. 9ª Edição; Editora Unesp; 11 de novembro de
2010.

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