Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
As formas de governo dizem respeito ao modo como os governos são organizados, variando de
acordo com a forma como os elementos estatais são organizados.
Os escritos mais antigos sobre o assunto remontam a Aristóteles, que elaborou, em sua obra
intitulada Política, uma classificação das formas básicas de governo de acordo com as
experiências políticas vividas na Grécia Antiga. Para Aristóteles, havia seis formas de governo
diferentes, sendo três legítimas (monarquia, aristocracia e democracia) e três ilegítimas, que
eram degenerações das formas legítimas (tirania, oligarquia e demagogia).
Bonavides nota, no entanto, que as classificações mais completas partem da análise aristotélica e
moderna, pois elas focam naquilo que é essencial para se entender as formas de governo: "o
número de pessoas que exercem o poder soberano"[1]. Nesse sentido, temos como principais
formas de governo aquelas que dizem respeito à divisão do poder entre os atores políticos, ou
seja, o que está em jogo é quanto um poder é dissolvido.
Classificação aristotélica:
1. Monarquia: forma de governo em que o poder concentra-se nas mãos de uma pessoa, o
monarca, e a soberania encontra-se concentrada naquela figura. Para Aristóteles, o
monarca deveria ser uma pessoa apta ao cargo, com inteligência, estratégia e senso de
justiça. Caso o monarca não tenha esses atributos, há uma tendência à degeneração do
governo.
4. Tirania: é uma degeneração da monarquia que ocorre quando o monarca passa a agir
com injustiça e incompetência, exercendo o poder de forma extremamente arbitrária.
6. Demagogia: quando a massa de cidadãos preocupa-se apenas com aqueles que estão no
poder ou quando se preocupa apenas com a massa, deixando as elites de lado, o sistema
democrático torna-se uma demagogia.
Classificação de Maquiavel:
Classificação de Montesquieu:
1. República: pode ser uma democracia ou uma aristocracia, e o fundamental é o fato de a
"soberania residir nas mãos do povo"[2]. As ideias de pátria e igualdade entre os
concidadãos são princípios basilares para o pensamento republicano, ressalta Bonavides a
respeito da obra O Espírito das Leis, de Montesquieu.
2. Monarquia: é o governo de apenas uma pessoa por meio de um corpo de leis fixas. O
monarca legítimo não pode alterar as leis arbitrariamente e nem infringi-las.
3. Despotismo: diz respeito ao monarca que desrespeita as leis, que abusa de sua autoridade
e que age à revelia daquilo que é estabelecido na Constituição.