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Salvador
2023
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Salvador
2023
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SUMÁRIO
1. TEMA................................................................................................4
2. PROBLEMA DE PESQUISA..........................................................4
3. HIPOTÉSES..................................................................................... 4
4. OBJETIVOS..................................................................................... 5
4.1 GERAL........................................................................................ 5
4.2 ESPECÍFICO..............................................................................5
5. JUSITIFICATIVA............................................................................6
6. MARCO TEÓRICO..........................................................................6
7. CONOGRAMA..................................................................................11
8. REFERÊNCIAS.................................................................................12
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1. TEMA
2. PROBLEMA DE PESQUISA
Nos últimos dias o debate sobre decisões da suprema corte tem pairado o sistema
político-jurídico do nosso país, causando diversas discussões e entendimentos sobre o
referido protagonismo do poder judiciário. Diante disso, o presente trabalho visa
compreender e indagar as seguintes questões: em que medida o ativismo judicial vai
impactar na harmonia entre os poderes? O ativismo pode enfraquecer o papel do
judiciário, de “guardião das leis” e trazer insegurança jurídica ao país?
3. HIPÓTÉSES
“Em todo governo, existem três poderes essenciais, cada um dos quais o
legislador prudente deve acomodar da maneira mais conveniente. Quando
estas três partes estão bem acomodadas, necessariamente o governo vai bem,
e é das diferenças entre estas partes que provêm as suas. Aristóteles, (1991, p.
113)”.
OBJETIVOS GERAIS
O presente trabalho tem como objetivo principal, investigar de modo crítico a luz da
legislação e casuísticas os possíveis impactos que o ativismo judicial desenfreado pode causa
no Estado democrático de direito, que prever com um dos principais princípios a harmonia e
independência entre os poderes.
“Constituição de 1988 – Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
JUSTIFICATIVA
O encanto pela matéria Constitucional sempre foi notório desde o início na vida acadêmica no
direito, hoje em dia, além disso, me vem à fascinação pelo sistema de estado do nosso país e
uma curiosidade em sobre o reflexo de decisões da suprema corte, e as diversas violações de
limites das funções do poder judiciário que vem causando muitas críticas tanto no âmbito
jurídico como também no social. A palestra do exímio professor e magistrado Gleisson, sobre
a carreira jurídica que também demonstrou suas indignações e críticas perante aos limites do
poder judiciário, me fez reafirmar o compromisso de embarcar em um estudo com intuito de
alertar os possíveis impactos a nossa democracia se o ativismo judicial continuar perpetuando
além dos limites estabelecidos na constituição, ou seja, esse trabalho tem o intuito de
entender, promover discussões, possíveis soluções e alertas tanto para o âmbito acadêmico
como também para o cidadão comum, que é a parte afetada em toda a desarmonia dos
poderes.
MARCO TÉORICO
A ideia do princípio da separação dos poderes adveio do filósofo Platão, através do seu livro
“A República”, nesse livro não se tem a teoria completa, e sim o entendimento que fez gerar o
princípio, no livro há a exposição clara de que se devem dividir as funções do Estado, para
que não estivessem concentradas nas mãos de uma só pessoa sem os devidos princípios de
educação e de instrução.
Em sua filosofia política, Platão não formulou uma teoria sobre a divisão de
poderes. O tema não chegou a ser objeto de suas reflexões. Apontou, contudo, a
necessidade de divisão de funções na pólis para se chegar à cidade justa. Ressaltou
também os riscos da concentração do poder em uma única pessoa, que transformaria
o governo em uma tirania, na qual o exercício do poder fundamenta-se no medo e na
violência. (NASCIMENTO, 2017, p.25).
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Para Aristóteles (1991, p. 93) “o governo é o exercício do poder supremo do Estado”, tendo
todo governo três Poderes, sendo eles, executivo, legislativo e judiciário, que tem a missão de
desenvolver a harmonia a fim de criar um equilíbrio democrático, este princípio origina a
Teoria de Pesos e Contrapesos, desenvolvida pela soberania popular.
Não convém que as mesmas pessoas que detêm o poder de legislar tenham também
em suas mãos o poder de executar as leis, pois elas poderiam se isentar da
obediência às leis que fizeram, e adequar a lei à sua vontade. (LOCKE, 2003, p. 75).
Nessa senda, importante notar que o principio da separação dos poderes, esteve presente em
todas as constituições brasileiras, principalmente na Constituição de 88, promulgada em 5 de
outubro de 1988, em que o texto constitucional vigente trouxe, assim como outras
Constituições, o princípio da separação dos poderes de forma expressa, ao dispor, em seu art.
2º, que “são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o legislativo, o executivo
e o judiciário”.
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O ministro Gilmar Mendes (2013) destaca que a Constituição de 1988, estruturou o Judiciário
de dotada de total autonomia institucional, ou seja, detém de total autonomia administrativa e
financeira.
Dessa forma, o papel do judiciário deve se limitar a própria aplicação e interpretação das leis,
em que tem de estar presa ao histórico institucional do ordenamento, ou seja, o legislador
cuidar do futuro o executivo do presente, ao judiciário compete à guarda do passado, isto é,
não cria novas regras, mas aplica os institutos já estabelecidos nas normas. Apenas na
ausência de regra, poderá concretizar e interpretar através dos princípios constitucionais, até
que venha eventual legislação a respeito.
não ao que o magistrado pensa ser a “melhor ideia” para um caso específico, esse
não é o papel do juiz. (Scalia 2011)
Entendemos que a função do juiz e do poder judiciário, está estritamente ligado ao legado e
entendimento das leis já estabelecidas pela constituição, ultrapassar esse entendimento é
descumprir o princípio da harmonia entre os poderes e instaurar a instabilidade democrática
no país. O ativismo é gerado através da má interpretação e não andamento da suprema corte
dentro das linhas constitucionais, mesmo que de certa forma a liberdade ativa do juiz, é
estabelecer novas regras para resguardar novos direitos e princípios, porem é muito perigosa
em longo prazo, a partir disso pode gerar precedentes que causarão desprezo pela própria
justiça do país.
Nesse diapasão, Lênio Streck pondera que as convicções pessoais dos magistrados não podem
interferir em suas decisões jurídicas:
Dessa forma, devemos entender que os princípios constitucionais e o próprio direito não são
estabelecidos originalmente pelo poder judiciário, conforme diz o André Urliano, autor do
livro contra o ativismo judicial:
(...) é indispensável que juízes e tribunais adotem certo rigor dogmático e assumam
o ônus argumentativo da aplicação de regras que contenham conceitos jurídicos
indeterminados ou princípios de conteúdo fluido. O uso abusivo da
discricionariedade judicial na solução de casos difíceis pode ser extremamente
problemático para a tutela de valores como segurança e justiça, além de podem
comprometerem a legitimidade democrática da função judicial. Princípios como
dignidade da pessoa humana, razoabilidade e solidariedade não são cheques em
branco para o exercício de escolhas pessoais e idiossincráticas. Os parâmetros da
atuação judicial, mesmo quando colhidos fora do sistema estritamente normativo,
devem corresponder ao sentimento social e estar sujeitos a um controle
intersubjetivo de racionalidade e legitimidade. (BARROSO, 2017 pág. 434)
Diante de tudo abordado sobre harmonia, sistema jurídico, estado democrático e ativismo
judiciário, as críticas apontadas ao ativismo judicial evidenciam uma crise institucional entre
os poderes da República, uma vez que os limites constitucionalmente impostos não têm sido
respeitados, mormente pelo Poder Judiciário, causando fragilidade no ESTADO e na
DEMOCRÁCIA. Ademais, é possível demonstrar efeitos no processo de desenvolvimento
econômico do país em decorrência do crescimento do ativismo judicial, pela falta de
segurança jurídica e imprevisibilidade das decisões, causando incertezas por parte da
sociedade brasileira.
METODOLOGIA
O presente trabalho teve como metodologia adotada uma série de revisões bibliográficas,
sendo esta uma pesquisa seletiva e analítica; onde a coleta de dados foi feita por meio de
fontes diversas tais como: leis, doutrinas, e artigos disponíveis em revistas e meios
eletrônicos.
Diante disso, de acordo com as características apresentadas, devemos classifica-los como
qualitativa.
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CRONOGRAMA
Ações/Etapas Data
Definição do Tema 19.09.2022
Busca de Bibliografia 24.09.2022
Entrega da Primeira ETAPA 25.09.2022
Busca de Citações 30.09 á 20.10.2022
Entrega da Segunda Etapa 29.10.2022
Entrega da Ultima Etapa 36.11.2022
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF, 5 out. 1988.
STREK, Lênio. Ativismo judicial não é bom para a democracia. Revista Consultor Jurídico,
Web, p. 1-7, 15 mar. 2009. Disponível em: https://www.conjur.com.br/. Acesso em: 24 set.
2022.
STREK, Lênio. O Executivo não pode interferir no Judiciário: Entrevista exclusiva: Antonin
Scalia, Ministro da Suprema Corte Americana. Justiça e Cidadania, Web, p. 1-1, 16 fev.
2016. Disponível em: https://www.editorajc.com.br/o-executivo-nao-pode-interferir-no-
judiciario-2/. Acesso em: 24 set. 2022.