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sociais e culturais
Os Direitos, Liberdades e Garantias (arts. 24º a 57º da CRP) incluem o direito à vida, à liberdade
pessoal, de imprensa e de religião. Estes direitos são considerados direitos negativos, pois
requerem uma abstenção por parte do Estado.
Por outro lado, os Direitos Económicos, Sociais e Culturais (arts. 58º a 79º da CRP) dependem
da existência de condições sociais, económicas ou até políticas para os concretizar. Estes
direitos, como o direito ao trabalho, à habitação, à segurança social, ao ambiente e à qualidade
de vida, são considerados direitos positivos, pois exigem prestações do Estado.
R: O princípio da unidade de Estado é um conceito que se refere à ideia de que o Estado é uma
entidade única e indivisível, respeitando na sua organização e funcionamento o regime
autonómico insular e os princípios da subsidiariedade, da autonomia das autarquias locais e da
descentralização democrática da administração pública. O princípio da unidade está
mencionado no art.º 120º da CRP que refere a definição do estatuto do Presidente da
República. O princípio da separação de poderes está plasmado no art.º 2º e no art.º 111º da
CRP que define o estado de direito democrático. Significa que existe uma autonomia de
funções entre cada órgão de soberania.
R: A colisão de direitos ocorre quando o exercício de um direito por uma pessoa impossibilita,
no todo ou em parte, o exercício de outro direito, pertencente a outra pessoa. Existe numa
situação de ausência de disposição legislativa, cabendo ao juiz fazer uma concertação dos
direitos em crise (restrição concreta).
Um exemplo de colisão de direitos pode ser observado quando o direito à informação entra em
conflito com o direito à intimidade1. Por exemplo, a liberdade de imprensa pode justificar a
publicação de informações pessoais ou sobre a vida privada de um indivíduo, mas isso pode
violar o direito à privacidade dessa pessoa2. Nesse caso, é necessário ponderar entre a
liberdade de imprensa e o direito à privacidade para resolver o conflito
Na lei restritiva prevê-se a hipótese de existência de lei que vem previamente regular de forma
genérica o conflito de direitos. Deverá verificar-se se a restrição está de acordo com o art.º 18º
da CRP.
Defina e estabeleça as diferenças entre direitos fundamentais e garantias institucionais.
R: Os direitos fundamentais é o conjunto de garantias concedidas aos cidadãos que devem ser
assegurados e efetivados por cada Estado. São posições jurídicas subjetivas (individuais) art.º
16º da CRP.
Exemplo:
Em face dos atentados terroristas registados nos últimos anos em vários países europeus, a
Assembleia da República aprovou, em 31 de janeiro de 2019, uma lei contendo normas que
dificultavam a aquisição de nacionalidade por parte de indivíduos não portugueses de
origem. - Suponha que, na sequência do envio do decreto para promulgação Do Presidente
da República, o mesmo tem dúvidas acerca da sua constitucionalidade. Quid iuris (“Quid
juris” é uma expressão latina usada no campo do Direito. É utilizada para questionar qual é a
solução que o direito, ou a jurisprudência, dá a uma determinada situação. A expressão
literalmente significa "que coisa de direito?". É uma maneira de perguntar sobre a
interpretação legal ou a aplicação da lei em um determinado contexto.
- Equacione agora que, num processo a decorrer num tribunal e em que é parte Leonardo,
brasileiro residente em Portugal há 6 anos, é proferida uma decisão negativa de
inconstitucionalidade incidente sobre as normas referidas supra. Pode Leonardo recorrer
para o Tribunal Constitucional? Se sim, em que termos?
R: O processo de fiscalização concreta artigo 204 e 208 da CRP. O juiz a quo proferiu uma
decisão negativa de inconstitucionalidade. Os pressupostos de admissibilidade de recurso de
decisões negativas de inconstitucionalidade estão previstos na alínea b) do n.º 1 e no n.º 4 do
art.º 280º da CRP.
R: O governo tem competência para legislar de acordo com o n.º do Art.º 198 da CRP, assim
como o presidente da República tem legitimidade para vetar de acordo com o n.º 4 do Art.º
136º da CRP, sendo um veto absoluto, não sendo possível ser superado.
R: O Governo, possuindo uma autorização legislativa que esteja dentro dos preceitos da lei e
obedecendo aos limites materiais e temporais estabelecidos no n.º 3 e 4 do Artº 165 da CRP,
poderá legislar ao abrigo das alíneas c) e d) do art.º 165 da CRP. Assim, a lei é constitucional.