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1ª aula
Maioridade penal é a partir dos 16 anos
Tipos de crimes:
- Público:
- O Ministério Público, é obrigado a promover processo
- Semipúblico:
- O Ministério Público só pode promover o processo se houver queixa
- Particular:
- Para dar continuidade à queixa, tem de se constituir assistente, durante um
determinado prazo (10 dias), para se tornar assistente e arranjar advogado, tem de ser
pagar as taxas que equivale a 102€ (uma unidade de conta).
Crimes
2º aula
Artigo 10 do código penal faz a analogia ao crime por omissão pura e impura
Crimes formais ou de mera atividade e crimes de resultado ou materiais:
Os crimes formais ou de mera atividade são aqueles em que a mera conduta típica
consome imediatamente o crime, isto é, crime formal é aquele que se considera
consumado independentemente do resultado natural. Ou seja, não é necessário para a
consumação do crime que o resultado se verifique. Os crimes formais são aqueles em
relação aos quais a lei descreve como ação e um resultado, mas a redação do
dispositivo legal deixa claro que o crime se consome no momento da ação, à margem
do resultado.
O art.º 22º do CP, descreve o crime de extorsão, isto é, constranger outra pessoa, por
meio de violência ou ameaça tendo em vista obter um enriquecimento ilícito
(resultado), o que significa que o crime por ser formal, consome-se no exato momento
em que a vítima é constrangida. Pelo que a obtenção do enriquecimento se torna
irrelevante para a consumação do crime. Outro exemplo é o crime, é crime de rapto,
previsto no art.º 161 do CP. Os crimes materiais ou de resultado são todos aqueles que
exigem necessariamente um resultado. Estes conceitos opõem-se assim ao conceito do
crime formal ou de mera atividade. Pelo que os crimes materiais são aqueles que
exigem que o resultado se produza efetivamente. Exemplo: art.º 140º do CP, crime de
aborto.
Crimes de resultado ou materiais são todos aqueles que exigem necessariamente um
resultado, este conceito opõe-se assim ao conceito de crime formal ou de mera
atividade, pelo que os crimes materiais são aqueles que exigem que o resultado se
produza efetivamente
Exemplo: artigo 140 do CP, crime de aborto
Exemplo: artigo 131 do CP, crime de homicídio
Ilicitude:
É a desconformidade com o direito, sendo um ato ilícito, quando põe em causa ou
ofende qualquer bem jurídico tutelado pelo direito. Por sua vez, a culpabilidade é um
elemento subjetivo e consiste na relação que se estabelece entre a vontade do agente
em cometer o facto e a conduta que põe em prática essa vontade conduzindo à
realização desse mesmo facto, isto é, a culpa determina-se pela vontade de infringir
um determinado dever imposto por lei. A culpa pode manifestar-se através do dolo,
que se encontra no art.º 14 CP ou da negligência, prevista no art.º 15 CP.
*Um crime considerado pela sociedade muito horrendo (art.º 132 CP) – Especial
censurabilidade
*Não existe nenhum crime que esteja livre de atenuante
4º aula
Pressupostos de Punição:
O código Penal considera e equipara a ação à omissão salvo se existir exposição legal
em contrário, nos termos do art.º 10 do CP. Isto significa que o legislador equiparou a
ação à omissão desde que uma e outra se adequem ao resultado que deles possa
surgir. Por sua vez, o nº2 do art.º 10 impõe, todavia, uma limitação à equiparação entre
a ação e a omissão. Quando afirma que a comissão de um determinado resultado por
omissão só é punível quando sobre o omitente recair um dever jurídico que
pessoalmente obrigue a evitar esse resultado.
Carácter pessoal da responsabilidade:
O ordenamento jurídico português consagra o princípio da individualidade criminal,
nos termos do art.º 11 do CP, que por sua vez aliado ao princípio da
intransmissibilidade previsto no art.º 127 do CP e art.º 30 nº3 da CRP, configuram o
princípio da pessoalidade das penas.
Contudo a lei por vezes responsabiliza também entidades coletivas por infrações
criminais praticadas pelos seus membros ainda nos termos do art.º 11 do CP.
- É mais difícil incriminar a responsabilidade coletiva do que a individual
Um dos pressupostos fundamentais da imputação de um facto ilícito a um agente é a
existência de culpa (dolo) que pode ser aferida nos termos do art.º 14 e seguintes do
CP.
Art.º 12 do CP:
Tendo como finalidade o alargamento da responsabilidade penal admite-se neste
artigo a punibilidade pela atuação em nome de outros quando o agente surgiu
voluntariamente na qualidade de titular ao membro de uma determinada pessoa
coletiva ou em representação legal ou voluntária de outrem.
5º aula
O art.º 14º do CP distingue 3 tipos de dolo:
1- Direto
2- Necessário
3- Eventual
1- Dolo direto:
Art.º 14º, nº1 do CP, corresponde ao dolo propriamente dito, caracteriza-se pela
vontade livre e consciente de um individuo praticar uma determinada conduta
tipificada na lei.
- Exemplo: Alguém que dispara um tiro sobre outrem com o intuito de matar essa
pessoa o que retraduz num homicídio. Intenção consciente de praticar crime.
2- Dolo Necessário:
Quando o agente não quer o facto, mas prevê-o como consequência necessária da sua
conduta.
Exemplo: Uma pessoa encontrou um relógio na praia e o pegou para si. Ela sabia que o
relógio poderia ter sido perdido ou pertencer a um banhista que estava na água, mas
decidiu pegá-lo mesmo assim. Nesse caso, o agente assumiu o risco de que o relógio
pudesse pertencer a alguém, aceitando a possibilidade de cometer um furto, mesmo
que essa não fosse sua intenção inicial.
3- Dolo eventual:
Quando a realização de um facto que preenche um tipo de crime for representada
como consequência possível da conduta, há dolo se o agente atuar conformando-se
com o resultado.
O agente não pretende diretamente o resultado, nem assume o risco, de o produzir, a
sua vontade é dirigida à conduta e não ao resultado. O agente previu o resultado como
possível ou provável, mas ainda assim decidiu reagir de qualquer forma. A previsão do
eventual resultado não demove o agente de atuar, este passa a aceitar a eventual
ocorrência ou resultado, isto é, para alcançar o fim pretendido conforma-se com a
eventual produção do resultado.
Exemplos: Conduzir embriagado e causar um acidente: Uma pessoa que decide dirigir
embriagada tem consciência de que o consumo de álcool afeta a sua capacidade de
condução com segurança e aumenta significativamente o risco de causar um acidente
que resulta em lesões ou morte. No entanto, mesmo consciente desse risco, decide
assumir e conduz embriagada. Se ocorrer um acidente com vítimas, essa pessoa
poderá ser responsabilizada por dolo eventual, pois assumiu o risco de causar danos ao
decidir dirigir nessas condições
Disparar uma arma num local público: Um indivíduo que dispara uma arma numa praça
movimentada, mesmo sem ter autorização para portá-la nem perícia para manuseá-la,
está a assumir o risco de que sua ação pode matar alguém.
Negligência Inconsciente:
Corresponde à atuação de quem está obrigado e que é capaz, mas não consegue
sequer representar a possibilidade de realização do facto, o que vai corresponder a um
crime.
Exemplo: Mudança de direção sem atenção ao trânsito: A arguida, ao pretender mudar
de direção para a esquerda, fê-lo com manifesta falta de cuidado, sem prestar atenção
ao trânsito que circulava em sentido contrário, invadindo a faixa contrária quando nela
circulava um outro veículo, dando assim causa ao acidente.
Poderá ser também considerada no artigo 36 do CP, uma causa de exclusão de ilicitude,
e trata-se daquelas situações em que se torna lícito ao agente não cumprir um dever
por ter de cumprir outro de categoria igual ou superior. Se colidirem dois deveres de
categorias iguais o agente tem liberdade de optar por um deles, não cumprindo o
outro por manifesta possibilidade
Causas da exclusão da culpa/culpabilidade:
Podem definir-se como sendo as circunstâncias que impedem que determinado ato
considerado ilícito seja atribuído de forma culposa ao seu autor, são assim motivos que
vêm “desculpar” a vontade e intenção do agente
A imputabilidade:
A imputabilidade pode ser determinada em função da idade para os menores de 16
anos, conforme o ART 19 do CP e em razão de anomalia psíquica, isto é, considerados
inimputáveis todos aqueles que sofram de doença psíquica, qualquer transtorno de
foro psíquico de transtorno mental ou intelectual, isto é, o juiz que irá julgar o agente
terá de o considerar incapaz de avaliar a sua conduta no momento da prática do facto,
nos termos do artigo 20 do CP.
Provas documental
Prova pericial
Tem de ser uma pessoa perita sobre determinado assunto que possa acrescentar
informação sobre algo praticado.
Prova testemunhal
Artigo 21:
Importa aqui expressar as exceções à regra,
Os atos preparatórios de crimes nas condições previstas dos artigos 271/275 e 344 do
CP, são puníveis
Os atos preparatórios não exequíveis à visão da lei mas os atos de execução
O que dá maior relevância entre a distinção entre os dois tipos de crimes (ART 23)
Artigo 22
Tentativa:
Distintamente do que acontece dos atos preparatórios, a tentativa de cometimento de
um qualquer determinado crime é em sim já punível. Para que isso aconteça é
indispensável que ocorram os seguintes passos:
Desistência:
A tentativa de cometimento de um crime que se encontra prevista nos artigos 22 e 23
do CP, pode deixar de ser punível. Para tal basta que o agente desista de prosseguir no
seu entendo(intenção), o que se encontra previsto no artigo 24 do CP, contudo a
desistência vai estabelecer alguns requisitos. Por um lado, que o agente abandone
voluntariamente a execução de um crime, isto é, omita a prática de mais atos de
execução e tal desistência só pode provir dos autores materiais do crime, depois que
impeça voluntariamente a consumação, isto é, por atividade própria e voluntária, ainda
que com o concurso de outras pessoas (ajuda), o que importa é que o agente venha a
evitar que o resultado do crime se produza. Nos termos do artigo 24 Nº1.
Esta desistência tem ainda lugar quando o agente tendo realizado todos os atos de
execução conduziram ao crime consumado atua no sentido de que essa consumação
não se verifique. Por outro lado, deverá o agente impedir a verificação do crime.
Alguns crimes como a coação, a ameaça ou ofensa à integridade física continuam a ser
punidos.
Crimes consumados:
O crime consumado é o ultimo estádio do ITER CRIMINIS, é para ele que ele é reserva a
plenitude da censurabilidade penal, aqui estamos na situação em que o crime é
consumado (é executado)
Cumplicidade:
Por vezes o agente é auxiliado por outra ou outras pessoas na prática do ilícito criminal.
É, pois, esse auxilio que caracteriza a cumplicidade. De acordo com o ART 27 do CP, é
cúmplice quem presta auxílio material ou moral à prática de um facto doloso, cometido
por alguém. E sempre que se faça isso de forma dolosa, o cúmplice tem de estar
contemplado pelo auxílio doloso bem como a prática do facto principal por parte do
autor.
Estando assim sempre excluída a possibilidade de cumplicidade negligente.
O cúmplice é sempre punido na moldura correspondente ao facto típico, praticado
pelo autor. Sendo a pena especialmente atenuada, nos termos do ART 73.
Aula 2-11
Formas do crime:
Os crimes podem ser classificados de acordo com as fases, o número de infrações e os
modos de participação da seguinte forma:
Quanto às fases:
Crime Único: Quando uma única conduta viola um único tipo legal de crime.
Crime Continuado: Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,
pratica vários crimes da mesma espécie e nas mesmas condições de tempo,
lugar, maneira de execução e outras semelhantes.
Crime Permanente: Quando a consumação se prolonga no tempo.
Crime Habitual: Quando o agente pratica o mesmo tipo de crime várias vezes,
demonstrando uma tendência ou hábito criminoso.
Concurso de Crimes: Quando o agente, através de duas ou mais ações ou
omissões, pratica dois ou mais crimes.
Quanto aos modos de participação:
b) - concurso efetivo, verdadeiro ou puro, em que o tipo legal preenchido pela conduta
do agente não leva a uma exclusão por via de qualquer uma das regras referidas
anteriormente, existe assim concurso efetivo quando se comete mais que um crime
quer através da mesma conduta quer através de condutas diferentes deste modo na
determinação da pena o art.º 77 do CP vem consagrar que quando alguém tiver
praticado vários crimes a condenação é concretizada numa única.
Crime continuado: art.º 30 – existe crime continuado quando através de várias ações
criminosas se repete o preenchimento do mesmo tipo legal ou de tipos que protegem
o mesmo bem jurídico, pelo que este procedimento se reveste de uma certa
uniformidade fazendo assim diminuir consideravelmente a culpa do agente nos termos
do art.º 30 nº 2 do CP. Com efeito sucede que certas atividades que preenchem o
mesmo tipo legal de crime ou mesmo diversos tipos legais, mas que juridicamente
referem-se ao mesmo bem jurídico devem ser consideradas numa só efração sendo os
crimes posteriores considerados como a continuação do primeiro crime em que irão
revelar uma atenuação conduta do agente e da sua culpa. Existe para isso, para o
fundamento da diminuição da culpa uma possível justificação que se encontra no
circunstancialismo em que as coisas acontecem tornando cada vez menos exigível que
o agente se comporte de maneira diferente.
Esquema:
- Concurso de crimes: concurso legal, aparente ou impuro;
Concurso efetivo, verdadeiro ou puro
- Crime continuado:
Penal (14-11-2023)
A pena de prisão distingue-se da pena de multa na medida em que a pena de prisão é
privativa da liberdade em que um individuo é encarcerado num determinado
estabelecimento prisional vendo a sua liberdade de movimentação condicionada, a
pena de multa é uma pena de teor pecuniário, no entanto, se um juiz multar alguém
por uma pena de multa e esta não for paga poderá ser convertida em pena de prisão.
no âmbito de DP vigora o princípio da culpa o que significa qualquer pena tem como
suporte jurídico uma pena culpa concreta a culpa é simultaneamente limite da medida
da pena, ou seja, quanto mais culpa o individuo relevar na prática de um determinado
facto maior será a pena e por sua vez quanto menor for a culpa menos é a pena. Fazem
parte da culpa, desde logo a capacidade de culpa a consciência da ilicitude e a
exibilidade de uma conduta diversa de forma a fundamentarmos um juízo de censura
de culpa é fundamental que o agente infrator não obstante ter capacidade de culpa e
ainda consciência do facto ilícito que comete não tenha atuado em circunstancias tao
extraordinárias que a sua liberdade de decisão e avaliação fique diminuída pelo que ,
alguém tem capacidade de culpa quando tem a possibilidade de conhecer as
exigências do direito e pautar o seu comportamento de harmonia de acordo com essa
exigência, portanto há capacidade de culpa quando o agente tem consciência ou pelos
menos tem capacidade de ter consciência da ilicitude do facto e ainda assim atua de
harmonia com essa valorização, o nosso CP não define a capacidade de culpa na
medida em que o legislador optou pela via negativa afirmando que não é capaz de
culpa quem for inimputável art.º 19 e 20 do CP.
Medidas penais: - A) medidas de segurança que têm um carácter essencialmente
preventivo embora sejam sempre pós deliquais e são baseadas na perigosidade do
delinquente dentro destes termos … Existem medidas previstas na liberdade conforme
o art.º 99 e seguintes e existem medidas de segurança não privativas da liberdade art.º
100 do CP.O fundamento para a aplicação de uma medida de segurança esta
relacionada com a perigosidade ,isto é, justifica-se a aplicação de uma medida privativa
da liberdade quando se crê que um determinado individuo que volte a cometer um
facto penalmente relevante.
Medidas de correção: são medidas penais que se aplicam aos jovens delinquentes a
partir dos 16 anos o individuo tem plena capacidade de culpa e sobre ele poderá recair
uma pena de prisão ou multa antes dos 16 anos qualquer individuo é inimputável isto é
não poderá ser responsabilizado por um facto punível na medida em que se considera
que não tem as faculdades mentais necessárias para avaliar o facto quando o praticou
art.º 19 do CP. A maioridade penal também conhecida por responsabilidade criminal é
a idade a partir da qual o individuo pode ser penalmente responsável pelos seus atos
no nosso ordenamento a maioridade penal é aos 16 anos pelo que entre os 16 e os 21
anos os jovens gozam ou ficam sujeitos a um regime especial penal conforme art.º 9 do
CP.
Suspensão da execução da pena de prisão: o nosso CP é um sistema que tem como
pensamento fundamental a ideia de que as penas devem sempre ser executadas com
um sentido pedagógico e de ressocialização.
A suspensão da execução da pena é considerado um substituo adequado das penas
privativas da liberdade que importa tornar flexível na sua utilização deste modo, o
tribunal pode suspender a execução da pena de prisão em medida não superior assim
quando atendendo, a conduta do agente ,as circunstancias em que se deu o crime , a
sua conduta posterior, de forma a realizar-se adequadamente as finalidades da punição
de acordo com o art.º 50 do CP, isto é, o tribunal pode subordinar a suspensão da
pena de prisão ao cumprimento de deveres ou a observância de regras de conduta ou
ainda determinar que a suspensão da execução da pena de prisão seja acompanhada
de um regime de prova, e por isso o tribunal poderá aplicar deveres encontram-se
consagrados no art.º 51 do CP e estes deveres visão facilitar a readaptação…
contribuem para que ele adote uma conduta correta durante o período da suspensão
tentando se evitar os danos causados por cumprir efetivamente a pena o nº2 do art.º
51 do CP estabelece os limites a respeitar pelos deveres ou pelas ações que do seu
cumprimento decorrem ,isto é, os deveres impostos a um arguido não devem nunca
corresponder a uma obrigação cujo cumprimento não seja razoavelmente de exigir.
Este princípio da razoabilidade tem sido entendido pela doutrina e pela jurisprudência
no sentido de que por um lado a imposição de deveres condicionadores da suspensão
da execução da pena deve considerar a capacidade dos destinatários de modo a não
frustrar o efeito reeducativo e pedagógico que se pretende extrair desta medida.
Regras de conduta: (art.º 52) O tribunal pode impor assim ao condenado que durante o
tempo que recorra a suspensão da pena cumpra determinadas regras de conduta
destinadas a facilitar a sua reentregarão na sociedade o art.º 52 do CP fornece um
conjunto dessas regras.
Penal (16-11-23)
Suspensão com regime de prova: (art.º 53) Neste sistema o agente fica submetido
durante o tempo de suspensão a um período de prova ou a gozar de um meio livre a
fim de afluir ate que ponto é premiável uma receção completa numa vida social a
suspensão com regime de prova assenta por um lado num plano de ressecção com
patente na vida social e por outro na submissão de um delinquente a vigilância
permanente e assistência social especializada.
Plano de reinserção social (art.º 54) refere o plano de reinserção social podendo o
mesmo ser visto como uma recomendação de comportamentos que é proposta pelo
tribunal ao condenado e do qual se pretende obter a sua concordância para alem dos
deveres e regras de conduta dos art.º 51 e 52 do CP o tribunal pode ainda impor outras
obrigações que sejam relevantes para o plano de reinserção e aperfeiçoamento do
condenado nos termos do art.º 54 nº3 do CP. Trata-se no fundo de advertências ao
condenado que se poderão consubstanciar em limitações á sua liberdade de
movimentos tendo como objetivo a sua recuperação social,(este plano supostamente
não funciona porque quem tem comete estes crimes quando sai volta a cometer).
O art.º 55 fala sobre a falta de cumprimento das condições de suspensão: como já se
referiu o regime de prova não tem autonomia pelo que se integra no instituo da
suspensão da pena como se viu também, o tribunal pode impor ao condenado deveres
ou regras de conduta que ele terá de cumprir durante a suspensão, pelo que havendo
incumprimento torna-se obvio que o condenado terá de ser responsabilizado por ele.
O art.º 55 do CP refere-se a falta de cumprimento das forças de suspensão de
condenação dai ter especial incidência no poder conferido ao tribunal de impor novos
deveres ou regras de conduta ou ainda introduzir exigências acrescidas no plano de
reabilitação ou reinserção o não cumprimento das obrigações impostas pelo tribunal
não deve desencadear naturalmente, de imediato a revelação da liberdade
condicional. Segundo a doutrina tem se em vista sempre a ligação do individuo pelo
que a prisão só terá lugar ou só irá ocorrer quando esgotados sejam estes meios
alternativos á suspensão de exsucção da pena.
art.º 56- Revogação da suspensão como se afirmou anteriormente nem toda a violação
dos deveres impostos deve cumprir á revogação da suspensão, tal revogação só deverá
ter lugar em ultima estância, isto é quando estiverem esgotados ou se revelarem
ineficazes as restantes providências do art.º 55 do CP. Pelo que no decorrer deste art.º
vem o art.º 56 do CP afirmar que a revogação da suspensão é sempre vista como um
recurso extremo e o primeiro dos superpostos que justifica a revogação da suspensão é
a infração grosseira ou repetida dos deveres ou regras de conduta impostas ainda pelo
plano de serviço social, trata-se assim duma situação limite sendo que existe sempre
uma esperança na recuperação do individuo bem como do cumprimento do projeto a
que ele tenha aderido, outro dos pressupostos é a punição por outro crime, não
fazendo a lei qualquer distinção estão abrangidos aqui outras situações, isto é a
revogação em si determina o cumprimento da pena de prisão fixada na sentença sem
que o condenado possa exigir a restituição das prestações que o condenado tenha
efetuado isto no art.º 56 nº 2 do CP.
Extinção da pena (art.º 57): este artigo apresenta 2 situações destintas a 1º constante
do nº1 que dispõe que a pena é declarada destinta se decorrido prazo da sua
suspensão não existirem motivos que possam conduzir á sua revogação e uma outra
situação que resulta do nº2 do mesmo artigo e que refe que a apena só pode ser
extinta quando afim do período de suspensão se existir um processo que se encontre
pendente ou que possa determinar a sua revogação por falta de cumprimento dos art.º
51,52,54.
art.º 60 a 64- regime da liberdade condicional: revogação da liberdade condicional por
força do art.º 64 aplicada á liberdade condicional e á extinção da pena o disposto dos
art.º 56 e 57 do CP, ou seja, o legislador invocou o regime da liberdade condicional
assim e ainda referindo o 56 do CP também nos é referido o 56/2 que ocorre a
revogação da suspensão sempre que o condenado não cumprir o que está obrigado e
desde que infrinja de forma grosseira os deveres ou regras de conduta. A revogação de
liberdade condicional determina também a execução da pena de prisão não cumprida.
(pena suspensa -condenado a prisão efetiva, se foi condenado tem de cumprir).