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26/10/2020 - Segunda-feira

o Direito de mera ordenação social – não é direito penal em sentido estrito.


Casos práticos direito de mera ordenação social
o Uma decisão condenatória pode ser tomada pela autoridade administrativa sem que o arguido tome
conhecimento dela? R: De acordo com o art.º 50 do regime geral não é permitida a aplicação de uma coima ou
de uma sanção acessória sem antes se ter assegurado ao arguido a possibilidade de um prazo razoável se
pronunciar sobre a contraordenação que é dada e sobre a sanção ou sanções que incorrem. No fundo o que
está aqui em causa é a confirmação do que o artigo 32 n.º 10 da CRP dispõe relativamente à defesa que o
arguido pode apresentar. A autoridade administrativa pode efetivamente proceder ao levantamento de um
auto na medida em que têm poderes para isso – art.º 41 conjugado com o 48 – “As autoridades policiais e
fiscalizadoras deverão tomar conta de todos os eventos ou circunstâncias suscetíveis de implicar
responsabilidade por contraordenação e tomar as medidas necessárias para impedir o desaparecimento de
provas.”. No fundo a ideia é que efetivamente sendo um direito sancionatório e nos termos do art.º 32 N.º 10
CRP e especificamente no art.º 50.º Regime Geral não é permitida a existência de uma decisão condenatória
sem que primeiro o arguido tenha sido notificado para apresentar defesa. Art.º 46.º “ 1 - Todas as decisões,
despachos e demais medidas tomadas pelas autoridades administrativas serão comunicadas às pessoas a
quem se dirigem.”
o Como pode o arguido reagir perante uma decisão condenatória desfavorável, no âmbito do ilícito de mera
ordenação social? R: Pode recorrer através de uma impugnação judicial. O regime geral das contraordenações
tem uma parte mais substantiva e mais processual. Quando é colocada uma questão de processo, saltamos
para a parte 2 do diploma. Decisão condenatória – art 58. A decisão condenatória tal como aconteceu com o
levantamento do auto de notícia está obrigado a conter algumas… 59 – forma e prazo do recurso judicial. 62 n2
o Como pode o arguido reagir perante uma decisão desfavorável tomada pela autoridade administrativa, no
decurso de um processo por contraordenação ainda sem decisão final? R: O que está aqui em causa não é a
situação de há pouco. A resposta é dada nos termos do artigo 55. O arguido nos termos do art 55 pode
impugnar judicialmente. Este artigo é o que se aplica nesta situação na medida em que não estamos perante
uma decisão condenatória, é tomada no decurso de processo.
o Qual a razão pela qual se diz que o direito de mera ordenação social garante os direitos do arguido? R: O
direito de defesa não esgota... o artigo 50.º tem consagrado o direito de defesa. + art 55 – não é uma norma
que se relacione propriamente com defesa, mas é uma norma que nos dá como garantia, também temos a
possibilidade de recorrer das autoridades administrativas e a de chegarmos à decisão condenatória e não nos
conformamos com ela. O direito de mera ordenação social é também garantística não só por causa do art 50 ou
55, mas também permite que haja uma decisão tomada judicialmente.

Aplicação da lei penal no tempo


I.
a) R: A lei que vamos aplicar é que esteve em vigor que esteve entre 4 de março e 4 dezembro de 2018. É uma
lei temporária. Art 2 n2. Estamos perante uma exceção ao princípio regra – principio da irretroatividade
consagrado no art 2 n1.

II.
R:
o Saber que tratamento vamos dar a estes dois agentes:
LOURENÇO: a lei aplicável é a lei da data do julgamento porque é a mais favorável, existe a despenalização
relativa porque a lei baixa a pena.
DINIS: foi preso no dia 10/10/18 para cumprir a pena de 13 a 15 anos, mas foi lhe aplicada 12 anos e 6 meses.
Sai da prisão em 2030
João: foi condenado a 13 anos de 6 meses de prisão, foi preso no mesmo dia que o Dinis.
o Sai em liberdade em 2031. Há um tratamento do mesmo crime, mas em penas diferentes. Ou seja, isto
acontece porque cada caso é um caso se há uma moldura flutuante entre 13 a 15 anos é para que o tribunal
escolha se fica a meio da pena se se aproxima do limite máximo ou na. Há circunstâncias que pesam na
medida da pesa.
o A nova lei é mais favorável e vai permitir quer ao Dinis ou ao João sair aos 11 anos. O artigo 2nº4 permite
isso. A lei permite isto.
o A pena aplicada pelo tribunal deixa de ser importante e é substituída pela nova lei e por isso há uma violação
da lei. Porem aplica-se da mesma.
27.10.2020

CASO PRÁTICO SOBRE APLICAÇÃO DE LEI PENAL NO TEMPO:


A)
a) Se o alberto fosse julgado em 2016 (não está, mas fazendo de conta).
Ele vai ser julgado com a lei que praticou o facto 3 meses ou multa.
b) Aplicamos a lei mais favorável, que é a 3º lei de um ano e multa que foi a 3º lei que entrou em vigor um dia
antes do julgamento dele e é mais favorável do que a lei que estava em vigor na altura da prática do crime.

B) R: Como é sequestro, temos de ver quando foi o último crime e aqui foi 14 junho de 2018. Todas as leis que
aparecem antes de 14 junho de 2018 estão ali só para confundir, são irrelevantes.
A lei aplicada é a lei que se aplica é de acordo com o princípio da retroatividade da lei penal, a lei de 3 a 6 anos
de prisão porque foi a lei que estava em vigor quando ele praticou o crime em 14 junho de 2018.

C)

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