Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIREITO
PENAL RESUMO NOV/2017
Este material possui 800 questões que abrangem
800 QUESTÕES GABARITADAS E COMENTADAS
todo o Direito Penal. Contém também
jurisprudências importantes desse ramo do
Direito.
DIREITO PENAL.............................................................................................................................4
1- Noções Fundamentais..............................................................................................................4
1.1- Conceitos e caracteres......................................................................................................4
1.2- Princípios limitadores do poder punitivo estatal.............................................................10
1.3- A norma penal.................................................................................................................19
1.4- Conflito aparente de normas..............................................................................................23
1.5- Lei penal no tempo.........................................................................................................27
1.6- Lei penal no espaço.........................................................................................................35
2- Teoria Geral do Delito............................................................................................................42
2.1- Conceito de crime...........................................................................................................42
2.2- Sistemas penais...............................................................................................................47
3- Tipicidade...............................................................................................................................50
3.1- Conduta: ação / omissão.................................................................................................50
3.2- Crime praticado por pessoa jurídica................................................................................59
3.3- Tipo Penal Doloso............................................................................................................62
3.4- Tipo Penal Culposo..........................................................................................................68
3.5- Resultado........................................................................................................................75
3.6- Consumação e tentativa..................................................................................................76
3.7- Desistência voluntária e arrependimento eficaz.............................................................79
3.8- Tipicidade conglobante...................................................................................................84
3.9- Erro do tipo essencial......................................................................................................88
4- Antijuricidade.........................................................................................................................93
4.1- Noções Gerais.................................................................................................................93
4.2- Legítima defesa...............................................................................................................97
4.3- Estado de necessidade....................................................................................................99
4.4- Estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito...............................101
4.5- Causas supralegais de exclusão da antijuridicidade......................................................103
5- Culpabilidade.......................................................................................................................107
6- Concurso de Pessoas............................................................................................................133
7- Concurso de crimes..............................................................................................................149
8- Classificação dos crimes.......................................................................................................161
9- Sanções penais.....................................................................................................................175
10- Penas privativas de liberdade............................................................................................181
11- Modalidades das Penas Restritivas de Direito....................................................................187
12- Pena de multa....................................................................................................................195
13- Medida de segurança.........................................................................................................201
2
DIREITO PENAL
1- Noções Fundamentais
1.1- Conceitos e caracteres
01- Assinale a alternativa que corretamente indica uma das missões do direito
penal.
a) aplicar a pena com o escopo único de retribuir ao criminoso o mal causado, pois a
pena é intrinsecamente justa.
b) aplacar o clamor popular através de instrumentos simbólicos de punição.
c) manter a ordem política através da seletividade nas incriminações.
d) estimar a vingança privada nas hipóteses previstas em lei, como, por exemplo, na
legítima defesa.
e) servir como instrumento de garantias para o criminoso.
Gabarito E
- Mediata (indireta): Controle Social + Limitar o poder de punir (aqui que entra a
alternativa "e", serve como instrumento de garantias ao criminoso);
CORRETO
O conceito formal de crime é aquilo que a lei considera como criminoso, enquanto o
conceito material de crime advém da concepção que a sociedade tem acerca daquilo que
deve ou não ser considerado como criminoso (Fonte: Estratégia Concursos).
03- A respeito da contagem de prazo no Código Penal, é correto afirmar que
a) o ano penal é composto de apenas trezentos e sessenta dias.
b) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
c) os dias, os meses e os anos não são contados pelo calendário comum.
d) o dia do fim não se inclui no cômputo do prazo.
e) os sábados e domingos são desprezados no cômputo do prazo.
Gabarito D
“Sendo este prazo de ordem decadencial, não se interrompe, não se suspende nem se
prorroga, contando-se na forma do art. 10 do CP, incluindo-se o primeiro dia e
excluindo-se o do vencimento. Encerrando-se em finais de semana ou feriados, não se
dilata para o primeiro dia útil subsequente” (TÁVORA e ANTONNI, p. 154)
ERRADO
Art. 4 do CP: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda
que outro seja o momento do resultado (teoria da atividade).
mostrando que o direito posto existe e não pode ser violado. Quando o Direito Penal é
chamado a atuar, o bem jurídico protegido já foi violado, de modo que sua função
primordial não pode ser a segurança de bens jurídicos, mas sim a garantia da validade
do sistema.
Exclusividade - A norma penal é exclusiva porque somente ela define infrações e
impõe penas.
Todos devem obedecer as leis penais. Todas as leis e as normas penais são imperativas.
A prática do fato típico faz surgir a relação jurídica punitiva que significa o
aparecimento do direito concreto de punir do Estado e a obrigação do indivíduo de não
obstar a aplicação da pena. Nos casos de normas penais permissivas como o caso da
legítima defesa, acontece inversão nos polos da relação jurídica entre o sujeito e o
Estado, cabendo a este último reconhecer os efeitos da excludente da antijuridicidade.
[8]
Generalidade - A norma penal tem eficácia erga omnes, ou seja, para todas as pessoas.
[9]
Abstração e Impessoalidade - A norma penal dirige-se a fatos futuros, vez que não
existe crime sem lei anterior que o defina como tal.
07- Com relação às fontes e aos princípios de direito penal, bem como à aplicação e
interpretação da lei penal no tempo e no espaço, assinale a opção correta.
a) No Código Penal brasileiro, adota-se, com relação ao tempo do crime, a teoria da
ubiquidade.
b) A lei penal brasileira aplica-se ao crime perpetrado no interior de navio de guerra de
pavilhão pátrio, ainda que em mar territorial estrangeiro, dado o princípio da
territorialidade.
c) Segundo a doutrina majoritária, os costumes e os princípios gerais do direito são
fontes formais imediatas do direito penal.
d) Dado o princípio da legalidade estrita, é proibido o uso de analogia em direito penal.
e) Dada a ampla margem de escolha atribuída ao legislador no que se refere à
tipificação dos crimes e cominações de pena, é-lhe permitido tipificar crimes de perigo
abstrato e criminalizar atitudes internas das pessoas, como orientações sexuais.
Gabarito B
Letra C: Errada. Como fontes formais imediatas, pela doutrina majoritária, há, não
apenas a lei (única fonte incriminadora), mas também diversas outras, como:
constituição, tratados internacionais, jurisprudência etc. Os costumes funcionam como
fontes informais. Ressalte-se que isso é para a doutrina moderna, pois, para a clássica,
costumes são fontes formais mediatas.
Letra E: Errada. Está parcialmente errada. A primeira afirmação está correta, uma vez
que, para o STF, crime de perigo abstrato é constitucional, pois é uma ideia de proteção
mínima dos bens jurídicos. Para alguns, é antecipação da tutela penal, forte ideia do
direito penal do inimigo. A outra parte da assertiva é a viciada, uma vez que punir
atitudes internas fere o princípio da lesividade, o qual só permite a punição de atitudes
externas e que firam bem jurídico alheio. Vale ressaltar que ferir bem jurídico próprio -
autolesão, por exemplo - será crime caso praticado com finalidade de tirar proveito de
seguro, conduta essa que se enquadrará no crime de estelionato (art. 171, §2º, V, do
CP).Avante!
08- Acerca dos princípios e fontes do direito penal, assinale a opção correta.
a) Segundo a jurisprudência do STJ, o princípio da insignificância deve ser aplicado a
casos de furto qualificado em que o prejuízo da vítima tenha sido mínimo.
8
Segundo tal princípio, não se pode conceber a existência de qualquer crime sem ofensa
ao bem jurídico (nullum crimen sine iniuria). O princípio da ofensividade do fato
decorre de outro princípio geral do direito, que é o neminem laedere, e constitui a base
de sustentação de um novo sistema penal, irradiando consequências tanto no sentido
político-criminal (legislativo) como no dogmático-interpretativo de aplicação da lei
penal.
(...)
ATENÇÃO!
O bem jurídico atingido deve pertencer a terceira pessoa, ou seja, a prática criminosa
pressupõe conduta que transcenda a esfera individual do agente. Por isso o princípio da
ofensividade deve ser complementado pelo princípio da alteridade (altero: o outro) ou
transcendentalidade, fazendo com que a autolesão e a própria tentativa de suicídio
restem impuníveis.
OBS.: A autolesão, que em regra é fato atípico, configurará crime em duas hipóteses: a)
se cometida com o fim de fraudar seguro caracterizará estelionato (art. 171, § 2º, inc. V,
do CP); b) se praticada pra criar incapacidade física que inabilite o convocado para o
serviço militar, poderá constituir-se em crime militar (art. 184 do CPM).
Gabarito C
Este livro faz parte de um movimento teórico dos anos 80 que identificou naquele
momento indícios de uma profunda transformação na sociedade. A crise ambiental
(marcada naquele momento pelo desastre de Chernobyl), a queda de Muro de Berlim e a
derrocada do socialismo real, bem como avanços nas tecnologias apontavam na direção
da construção de uma nova forma de organização social. Neste contexto, cientistas
sociais de diversas áreas procuraram construir modelos teóricos que dessem conta
destes acontecimentos.
Em A Sociedade de Risco Beck defende que houve uma ruptura dentro da modernidade
que a afastou da sociedade industrial clássica e fez surgir algo diferente: a sociedade
(industrial) do risco. Esta ruptura seria tão profunda quanto aquela exercida pela
sociedade industrial sobre a organização feudal. A sociedade industrial criticou as
práticas sociais típicas da tradição, e a sociedade de risco, por sua vez, questiona as
premissas da sociedade industrial. Estes dois momentos são chamados por Beck,
respectivamente de modernização da tradição (ou modernização simples) e
modernização da sociedade industrial (ou modernização reflexiva). Nesta fase de
desenvolvimento da sociedade moderna os riscos sociais, políticos, econômicos e
industriais tomam proporções cada vez maiores escapando da alçada das instituições de
controle e proteção da sociedade industrial. Os problemas da sociedade industrial de
risco foram gerados pelo próprio avanço técnico-econômico. O processo de
modernização volta-se para si mesmo como tema e problema através da reflexividade.
10
Na letra "a" ele diz que a vida é risco, e na "C" que risco é catástrofe, logo a vida seria
uma catástrofe. A ideia do texto é dizer que o risco existe e as pessoas o supervalorizam,
e por isso, exageram na aplicação do Direito Penal. Assim, dizer que vida é catástrofe
desborda da intenção do texto, deste modo a letra "C" é a incorreta. Pura questão de
interpretação do texto.
10- A respeito da contagem de prazo no Código Penal, é correto afirmar que
a) o ano penal é composto de apenas trezentos e sessenta dias.
b) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
c) os dias, os meses e os anos não são contados pelo calendário comum.
d) o dia do fim não se inclui no cômputo do prazo.
e) os sábados e domingos são desprezados no cômputo do prazo.
Gabarito B
A letra D não está correta, pois falar que "exclui o último dia" é um macete para
identificar o prazo penal.
Na realidade, ao se incluir o primeiro dia, o ultimo dia cai "um dia antes". Por exemplo,
se o prazo penal de 1 ano se inicia em 04-03-2014 (considerado o primeiro dia),
terminará em 03-03-2015. Se fosse excluído realmente o último dia, excluíra-se o dia
03-03-2015.
Contagem de prazo
Gabarito ERRADO
-Medida provisória
12- Julgue os itens seguintes, conforme o entendimento dominante dos tribunais superiores
acerca da Lei Maria da Penha, dos princípios do processo penal, do inquérito, da ação penal,
das nulidades e da prisão.
Gabarito CORRETO
(…) 1. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, para se caracterizar hipótese de
aplicação do denominado “princípio da insignificância” e, assim, afastar a recriminação penal,
é indispensável que a conduta do agente seja marcada por ofensividade mínima ao bem
jurídico tutelado, reduzido grau de reprovabilidade, inexpressividade da lesão e nenhuma
periculosidade social. (…)
É o famoso MIRA
A - Ausência de periculosidade
III- Não haverá crime de lavagem de dinheiro caso o agente seja absolvido, por
atipicidade da conduta, do crime antecedente a ele imputado, uma vez que o crime de
branqueamento, embora autônomo, é delito derivado do antecedente.
Gabarito C
2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser
imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal
competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de
haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais
não se aplique atualmente.
3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
III Não haverá crime de lavagem de dinheiro caso o agente seja absolvido, por
atipicidade da conduta, do crime antecedente a ele imputado, uma vez que o crime de
branqueamento, embora autônomo, é delito derivado do antecedente. CERTA:
a) fragmentariedade informa que o direito penal é autônomo e cuida das condutas tidas
por ilícitas penalmente, sendo aplicável a lei penal independentemente da solução do
problema por outros ramos do direito.
b) irretroatividade da lei se aplica absolutamente.
c) insignificância, segundo o entendimento do STF, pressupõe apenas três requisitos
para a sua configuração: mínima ofensividade da conduta do agente, nenhuma
periculosidade social e reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento.
d) proporcionalidade fundamenta a declaração de inconstitucionalidade de parte do art.
44 da Lei Antidrogas, que veda a concessão de liberdade provisória em crimes
relacionados às drogas.
Gabarito D
B) Errado, pode ocorrer a retroatividade da lei penal quando esta for benéfica:
CP Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em
julgado
15- Acerca dos princípios básicos do direito penal brasileiro, assinale a opção
correta.
14
------------------------------
---------------------------
------------------------------
------------------------------------------------------
Gabarito ERRADO
M - Mínima ofensividade
A - Ausência de periculosidade
Gabarito Letra B
D) ERRADA: Este princípio, nem sempre citado pela Doutrina, prega que todos
possuem o direito de atuar acreditando que as demais pessoas irão agir de acordo com
as normas que disciplinam a vida em sociedade. Assim, quando alguém ultrapassa um
sinal VERDE e acaba colidindo lateralmente com outro veículo que avançou o sinal
VERMELHO, aquele que ultrapassou o sinal verde agiu amparado pelo princípio da
confiança, não tendo culpa, já que dirigia na expectativa de que os demais respeitariam
as regras de sinalização.
Gabarito C
Princípio da intervenção mínima
O direito penal, por representar a mais gravosa das respostas do Estado, deve ter
aplicação
subsidiária quanto aos demais ramos jurídicos e fragmentária quanto aos bens jurídicos
tutelados.
É um princípio constitucional implícito.
O direito penal só pode ser aplicado como instrumento de controle estatal quando
necessário.
São desdobramentos desse princípio:
Princípio da Subsidiariedade
A aplicação do direito penal deve ser subsidiária a todos os outros ramos do direito
(ultima
ratio).
Princípio da fragmentariedade
O direito penal deve proteger apenas os bens jurídicos mais importantes para a vida em
sociedade e somente nas ofensas intoleráveis.
É desdobramento do princípio da fragmentariedade o princípio da insignificância.
19- O princípio do direito penal que possui claro sentido de garantia fundamental
da pessoa, impedindo que alguém possa ser punido por fato que, ao tempo do seu
cometimento, não constituía delito é
a) atipicidade.
b) reserva legal.
c) punibilidade.
d) analogia.
e) territorialidade.
Gabarito B
Entendo que o princípio mais adequado seria o da anterioridade, entretanto, pelo fato
da Reserva Legal estar atrelada ao princípio da legalidade, entendo que seria a mais
correta:
Segundo o princípio da reserva legal, a infração penal somente pode ser criada por lei
em sentido estrito, ou seja, lei complementar ou lei ordinária, aprovadas e sancionadas
18
II – CERTO: Como dito no item I, a analogia enseja a extensão de uma norma jurídica
de um caso previsto a um caso não previsto.
III – Errado, a analogia in malam partem não é admitida no direito penal (maléfica),
mas apenas a analogia in bonam partem (benéfica)
IV – CERTO: A analogia, método de integração da lei penal, tem como pressuposto
uma lacuna na lei na qual não há regulação, se houver lei que discipline aquele fato, não
há espaço para analogia.
22- Determinada lei dispõe: “Subtrair objetos de arte. Pena: a ser fixada
livremente pelo juiz de acordo com as circunstâncias do fato".
Para um fato cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei
a) fere o princípio da legalidade.
b) fere o princípio da anterioridade.
c) fere os princípios da legalidade e da anterioridade.
d) não fere os princípios da legalidade e da anterioridade.
e) é uma norma penal em branco.
Gabarito A
Código Penal
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal
ou seja, na previsão dada pela banca, não houve infringência à anterioridade (pois
ela não retroagiu para incriminar atos passados), mas violou o princípio da reserva
legal, ao estabelecer que o juiz será responsável pela delimitação da pena.
23- Sobre a analogia e a interpretação da lei penal, analise as assertivas e indique a
alternativa correta:
I – A analogia consiste em aplicar-se a uma hipótese já regulada por lei uma disposição
mais benéfica relativa a um caso semelhante.
21
Gabarito B
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
É a redação do art. 12 do Código Penal: “As regras gerais deste Código aplicam-se aos
fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso”.
Regras gerais são as normas não incriminadoras previstas no Código Penal. Estão
previstas na
Parte Geral, mas também há hipóteses que se encontram na Parte Especial. É o caso do
conceito de funcionário público (art. 327).
Acolheu-se o princípio da convivência das esferas autônomas, segundo o qual as regras
gerais do Código Penal convivem em sintonia com as previstas na legislação especial.
Todavia, caso a lei especial contenha algum preceito geral, também disciplinado pelo
Código Penal, prevalece a orientação da legislação especial, em face do seu específico
campo de atuação.
Exemplo: A Lei 9.605/1998 não prevê regras especiais para a prescrição no tocante aos
crimes ambientais nela previstos. Aplicam-se, consequentemente, as disposições do
Código Penal. Por outro lado, o Código Penal Militar tem regras especiais para a
prescrição nos crimes que tipifica. É aplicado, e não incide o Código Penal.
25- Determinada lei dispõe: “Subtrair objetos de arte. Pena: a ser fixada
livremente pelo juiz de acordo com as circunstâncias do fato".
Para um fato cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei
a) fere o princípio da legalidade.
b) fere o princípio da anterioridade.
c) fere os princípios da legalidade e da anterioridade.
d) não fere os princípios da legalidade e da anterioridade.
e) é uma norma penal em branco.
Gabarito A
Código Penal
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal
ou seja, na previsão dada pela banca, não houve infringência à anterioridade (pois
ela não retroagiu para incriminar atos passados), mas violou o princípio da reserva
legal, ao estabelecer que o juiz será responsável pela delimitação da pena.
26- Com relação às fontes e aos princípios de direito penal, bem como às normas
penais e seu conflito aparente, assinale a opção correta.
a) Contrair casamento conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a
nulidade absoluta constitui crime previsto em norma penal em branco em sentido
estrito.
b) De acordo com a atual jurisprudência do STJ, a aplicação do princípio da consunção
pressupõe a existência de ilícitos penais que funcionem como fase normal de preparação
ou de execução de outro crime com evidente vínculo de dependência ou subordinação
entre eles.
c) Em caso de omissão legal, o uso de analogia não é admitido em direito penal, ainda
que seja para favorecer o réu.
d) Os costumes não são considerados pela doutrina como fonte formal do direto penal.
e) O Código Penal, ao tipificar o crime de abandono intelectual, não viola o princípio da
legalidade ou da reserva legal, uma vez que, para a validade da tipificação penal, é
suficiente que esta esteja prevista em lei em sentido estrito.
Gabarito B
b) correta;
c) o uso de analogia não é admitido em direito penal, salvo para beneficiar o réu("in
bonam partem");
27- O conflito aparente de normas é o conflito que ocorre quando duas ou mais
normas são aparentemente aplicáveis ao mesmo fato. Há conflito porque mais de
24
uma pretende regular o fato, mas é um conflito aparente, porque, com efeito,
apenas uma delas acaba sendo aplicada à hipótese.
Fernando Capez. Curso de direito penal, v .I: parte geral.16.ª ed. São Paulo: Saraiva,
2012 (com adaptações).
Com base no texto acima e nos princípios utilizados para a solução do conflito aparente
de normas penais, julgue o item seguinte.
Considere que Adolfo, querendo apoderar-se de bens existentes no interior de uma casa
habitada, tenha adentrado o local e subtraído telas de LCD e forno micro-ondas. Nessa
situação, aplicando-se o princípio da consunção, Adolfo não responderá pelo crime de
violação de domicílio, mas somente pelo crime de furto.
Gabarito CORRETO
Princípios que solucionam o conflito aparente de normas penais:
Especialidade (Lex specialis derogat generali): Lei especial prevalece sobre Lei geral,
afastando dessa forma o Bis in idem, pois a conduta do sujeito só é enquadrada na lei
especial, embora também estivesse tipificada na geral.
Ex: Importar cocaína, enquadra-se no crime de contrabando (Art 334 do CP) e no Crime
de tráfico de drogas (Art 33. Lei 11.343 - drogas), prevalecendo a lei especial (Drogas).
Ex: O agente efetua disparos de arma de fogo sem, no entanto, atingir a vítima.
Aparentemente 3 normas seriam aplicáveis: 1) Periclitação da vida ou saúde de outrem
(132. CP); Disparo de arma de fogo (Art 15. Lei 10.826 - desarmamento); tentativa de
homicídio (121. CP). O tipo definidor da tentativa de homicídio é mais grave e mais
amplo, no qual cabem os dois primeiros. Se ficar comprovada a intenção de matar,
aplica-se a norma primária (121. CP), caso não demonstrado o ânimus necandi, aplica-
se o crime de disparo de arma de fogo, que é mais grave do que a periclitação.
Consunção (Lex consumens derogat consuptae): Um fato mais amplo e mais grave
absorve um fato menos amplo e menos grave, que funcionou apenas como fase normal
da preparação, execução ou exaurimento, evitando o Bis in idem.
28- Henrique, não aceitando o fim do relacionamento, decide matar Paola, sua ex-
namorada. Para tanto, aguardou na rua a saída da vítima do trabalho e, após,
desferiu-lhe diversas facadas na barriga, sendo estas lesões a causa eficiente de sua
morte. Foi identificado por câmeras de segurança, porém, e denunciado pela
prática de homicídio consumado.
Em relação ao crime de lesão corporal, é correto afirmar que Henrique não foi
denunciado com base no princípio da:
a) especialidade;
b) subsidiariedade expressa;
c) alternatividade;
d) subsidiariedade tácita;
e) consunção.
Gabarito E
29 - Sobre a aplicação da lei penal, é correto afirmar que
a) em relação ao tempo do crime, o Código Penal, no artigo 4° , adotou a teoria da
ubiquidade.
b) para os crimes permanentes, aplica-se a lei nova, ainda que mais severa, pois é
considerado tempo do crime todo o período em que se desenvolver a atividade
criminosa.
c) em relação ao lugar do crime, o Código Penal, no artigo 6° , adotou a teoria da
atividade.
d) a nova lei, que deixa de considerar criminoso determinado fato, cessa, em favor do
agente, todos os efeitos penais e civis.
e) o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica é absoluto, previsto
constitucionalmente, sobrepondo-se até mesmo à ultratividade das leis excepcionais ou
temporárias.
26
Gabarito B
D) A nova lei, que deixa de considerar criminoso determinado fato, cessa, em favor do
agente, todos os efeitos penais. Os efeitos civis permanecem.
A)CORRETA - Princípio da legalidade : Não há crime, nem pena sem lei anterior que
27
os defina.
E) CORRETA
Trecho que confirma a resposta: "o que origina a tendencial convergência entre elevada
dignidade penal e necessidade de tutela penal, assim como, inversamente, entre
reduzida dignidade penal e desnecessidade de tutela penal."
Para matar a questão era só se atentar a um ponto bem simples, que entregava logo de
cara a resposta: "necessidade" da tutela penal...
e) Ainda que se trate de crime permanente, a novatio legis in pejus não poderá ser
aplicada se efetivamente agravar a situação do réu.
Gabarito C
34- Com relação às regras da hermenêutica penal, conforme a interpretação do
Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, assinale a opção
correta.
a) A responsabilidade da sociedade empresarial e dos sócios pelo ilícito penal ambiental
é objetiva, bastando, para que sejam devidas as sanções, provar o dano produzido ao
meio ambiente.
b) Para a responsabilização penal da pessoa jurídica nos crimes contra o meio ambiente,
é imprescindível a imputação concomitante da pessoa física que agiu em nome da
empresa ou em seu benefício, porque a culpa e o dolo somente podem ser atribuídos à
pessoa física.
c) O crime de embriaguez ao volante, previsto no Código de Trânsito Brasileiro,
classifica-se como crime de perigo concreto, de modo que, para tipificar a conduta, é
obrigatória a prova de que o motorista estava colocando em risco a incolumidade física
de outras pessoas.
d) Quanto ao crime de abuso de autoridade, configura-se atípica a conduta do juiz que
determina que o preso, ainda que esse não ofereça riscos, seja mantido algemado
durante a audiência de instrução e julgamento, já que lhe cabe prevenir eventual
tentativa de fuga.
e) Embora previsto na Convenção de Palermo, o tipo penal do crime de organização
criminosa só foi definitivamente incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro com a
publicação de legislação penal extravagante, razão por que apenas as condutas
praticadas em momento posterior ao início do vigor da lei podem ser enquadradas nesse
tipo penal.
Gabarito E
b) Para a responsabilização penal da pessoa jurídica nos crimes contra o meio
ambiente, é imprescindível a imputação concomitante da pessoa física que agiu em
nome da empresa ou em seu benefício, porque a culpa e o dolo somente podem ser
atribuídos à pessoa física. ERRADA: O STF, recentemente, afirmou que o art. 225,
§ 3.º, da Constituição Federal não exige o processamento simultâneo da pessoa
jurídica e natural, reconhecendo a possibilidade de se processar penalmente uma
pessoa jurídica, mesmo não havendo ação penal em curso contra pessoa física com
relação ao crime. A decisão determinou o processamento de ação penal contra a
Petrobras, por suposta prática de crime ambiental no ano de 2000, no Paraná (RE
548.181).
30
d) Quanto ao crime de abuso de autoridade, configura-se atípica a conduta do juiz que
determina que o preso, ainda que esse não ofereça riscos, seja mantido algemado
durante a audiência de instrução e julgamento, já que lhe cabe prevenir eventual
tentativa de fuga. ERRADO: SUMULA VINCULANTE Nº 11.
a) ERRADO
Não há crime sem lei ou decreto anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação
legal.
b) ERRADO
31
Ninguém pode ser punido por fato que lei ou decreto posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais e civis da sentença
condenatória.
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória
ABOLITIO CRIMINIS, ou seja, nova lei penal que descriminalizou conduntas, ou,
ainda, a lei supressiva de incriminação
c) ERRADO
A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores,
com exceção se houver sentença condenatória transitada em julgado.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em
julgado.
Como observa o parágrafo único do artigo 2° do Código Penal, não há essa exceção.
d) ERRADO
e) CORRETO
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.
TEORIA DA ATIVIDADE
a) Não há crime sem lei anterior que o defina, tampouco pena sem prévia cominação
legal;
b) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória;
c) A lei excepcional ou temporária, se decorrido o período de sua duração ou cessadas
as circunstâncias que a determinaram, não retroage ao fato praticado durante sua
vigência;
d) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja
o momento do resultado;
e) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo
ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Gabarito C
A) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal
B) Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória
D) Tempo do crime:
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que
outro seja o momento do resultado
E) Lugar do crime:
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
37- Sobre a aplicação da lei penal, analise as afirmativas a seguir.
I. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja
o momento do resultado.
II. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo
ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
III. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os
anos pelo calendário comum.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II e III.
33
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
Gabarito A
Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro
seja o momento do resultado.
III) CORRETA.
Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e
os anos pelo calendário comum.
II - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
III – A exceção ao princípio de que a lei não pode retroagir, salvo para beneficiar o
acusado, restringe-se às normas de caráter penal, não se estendendo às normas
processuais penais.
IV - No Brasil adota-se o Princípio da territorialidade temperada, segundo o qual a lei
penal brasileira aplica-se, em regra, ao crime cometido no território nacional.
Excepcionalmente, porém, a lei estrangeira é aplicável a delitos cometidos total ou
parcialmente em território nacional, quando assim determinarem tratados e convenções
internacionais.
V – O Princípio da Territorialidade adotado no Brasil não se coaduna com o “Princípio
da passagem inocente”, segundo o qual se um fato fosse cometido a bordo de navio ou
avião estrangeiro de propriedade privada, que esteja apenas de passagem pelo território
brasileiro, não seria aplicada a nossa lei, se o crime não afetasse em nada nossos
interesses.
a) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras.
b) Apenas as assertivas I, II e IV são verdadeiras.
c) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras.
d) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras.
e) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras.
Gabarito D
I- No que diz respeito à lei penal no tempo e no espaço, pode-se afirmar que a vigência
de norma penal posterior atenderá ao princípio da imediatidade, não incidindo, em
nenhum caso, sobre fatos praticados na forma da lei penal anterior. (ERRADO -
pois a nova lei penal se for benéfica deverá retroagir)
II - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado
(CORRETO - Art. 2° do CP - §único - A lei posterior que de qualquer modo favorecer
o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado)
III – A exceção ao princípio de que a lei não pode retroagir, salvo para beneficiar o
acusado, restringe-se às normas de caráter penal, não se estendendo às normas
processuais penais. (CORRETO - Art. 2° do CPP - A lei processual penal alicar-se-á
desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior)
40- Rosa Margarida, apaixonada por Carlos Flores, imaginando que se os dois
convivessem por alguns dias, ele poderia se apaixonar, resolveu sequestrá-lo.
Sendo assim, o privou da sua liberdade e o levou para sua casa. Enquanto Carlos
era mantido em cativeiro por Rosa, nova lei entrou em vigor, agravando a pena do
crime de sequestro.
Sobre a possibilidade de aplicação da nova lei, mais severa, ao caso exposto, assinale a
alternativa correta.
a) Não se aplica, tendo em vista a irretroatividade da lei penal mais severa.
b) É aplicável, pois entrou em vigor antes de cessar a permanência.
c) Não se aplica, tendo em vista o princípio da prevalência do interesse do réu.
d) É aplicável, pois se trata de crime material e nesses casos deve ser aplicada a teoria
da ubiquidade.
e) Não de aplica, pois de acordo com a teoria da atividade, a lei a ser aplicada deve ser
aquela em vigor no momento do crime.
Gabarito B
Súmula 711 STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
c) aplica-se a lei penal brasileira, desde que haja requisição do Ministro da Justiça.
d) aplica-se a lei penal brasileira, se não estiver extinta a punibilidade segundo a lei
mais favorável.
e) não se aplica a lei penal brasileira por ter sido o crime cometido em outro país.
Gabarito D
A fundamentação da assertiva tem espeque no artigo 7º do Código Penal, nos termos:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
(...) II - os crimes:
(...) b) praticados por brasileiro;
(...)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das
seguintes condições:
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta
a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
a) ERRADA - Embora José tenha sido condenado, não cumpriu a pena, portanto aplica-
se a lei brasileira.
b) ERRADA - Não é caso de extraterritorialidade incondicionada, mas sim
condicionada, condicionada aos termos do § 2° do artigo 7° do Código Penal.
c) ERRADA- Não há qualquer necessidade de requisição de Ministro da Justiça, uma
vez que o crime foi cometido por brasileiro contra brasileiro.
d) CORRETA - Conforme fundamentação legal acima transcrita.
e) ERRADO - Ainda que cometido no exterior, sujeito ativo e passivo são nacionais.
42- No que concerne à aplicação da lei penal no espaço, o princípio pelo qual se
aplica a lei do país ao fato que atinge bem jurídico nacional, sem nenhuma
consideração a respeito do local onde o crime foi praticado ou da nacionalidade do
agente, denomina-se princípio
a) da nacionalidade.
b) da territorialidade.
c) de proteção.
d) da competência universal.
37
e) de representação.
Gabarito C
43- Rodrigo praticou no exterior crime sujeito à lei brasileira e foi condenado a 1
ano de reclusão no exterior e a 2 anos de reclusão no Brasil. Cumpriu a pena no
exterior e voltou ao Brasil, tendo sido preso em razão do mandado de prisão
expedido pela justiça brasileira. Nesse caso, a pena cumprida no exterior
d) será descontada da pena imposta no Brasil e, assim, Rodrigo terá que cumprir mais 1
ano de reclusão.
Gabarito D
A pena do exterior será atenuada (diminuída) pelo mesmo quantum cumprido no
exterior em razão da aplicação do art. 8:
idênticas
CI – AD Computa --> idênticas Atenua --> Diversas
44- A respeito da aplicação da lei penal, considere:
I. Aplica-se a lei brasileira a crimes praticados a bordo de embarcações brasileiras a
serviço do governo brasileiro que se encontrem ancorados em portos estrangeiros.
II. A sentença estrangeira pode ser executada no Brasil para obrigar o condenado a
reparar o dano independentemente de homologação.
III Consideram-se extensões do território brasileiro as embarcações brasileiras de
propriedade privada em alto mar.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I
b) II
c) I e III
d) I e II
e) II e III.
Gabarito C
III - CERTO: No alto-mar, não há soberania de nenhuma país, logo, para definir a
aplicação da lei penal nessa área, levar-se-á em conta a nacionalidade da embarcação,
que nessa questão é brasileira, logo será aplicada a lei brasileira.
Art. 5 § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional
as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações
39
Contudo, para enfrentar com maior eficiência, no âmbito de seus limites, a prática de
infrações penais, o Estado se vale, excepcionalmente, de atos de soberania de outras
nações, aos quais atribui efeitos certos e determinados. Para atingir essa finalidade,
homologa a sentença penal estrangeira, mediante o procedimento constitucionalmente
previsto, a fim de constituí-la em título executivo com validade em território nacional.
Exige-se, contudo, que a decisão judicial tenha transitado em julgado, pois, de acordo
com a Súmula 420 do Supremo Tribunal Federal: “Não se homologa sentença proferida
no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado”.
40
Art. 9.º A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para:
Gabarito B
Alternativas:
Não pode ser a letra "e" justamente por não ser hipótese de extraterritorialidade, já que é
considerada extensão do próprio território nacional.
Quanto à alternativa "b", ela está correta. Deve-se atentar ao enunciado da questão, que
diz: "Pode caracterizar situação de extraterritorialidade condicionada".
48- A respeito do lugar do crime, o Código Penal brasileiro estabelece, em seu art.
6.º: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,
no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado”. Pelo exposto, e a respeito das teorias que buscam estabelecer o lugar do
crime, assinale a alternativa correta.
a) Pela teoria do resultado ou do evento, o lugar do crime é aquele em que o crime se
consumou, pouco importando o local da prática da conduta.
b) Pela teoria da ubiquidade, o lugar do crime será, tão somente, aquele em que foi
praticada a conduta comissiva ou omissiva.
c) Segundo a doutrina nacional, o Código Penal adotou, em seu artigo 6.º, a chamada
teoria do resultado.
d) Pela teoria da atividade ou do resultado, o lugar do crime é aquele em que foi
praticada a conduta comissiva ou omissiva.
e) Pela teoria do resultado, o lugar do crime é aquele em que se produziu ou se deveria
produzir o resultado, bem como o local em que fora perpetrada a conduta comissiva ou
omissiva do agente.
Gabarito A
Várias são as teorias que buscam estabelecer o lugar do crime. Destacam-se três:
3ª Teoria mista ou da ubiquidade: Lugar do crime é tanto aquele em que foi praticada
a conduta (ação ou omissão) quanto aquele em que se produziu ou deveria produzir-se o
resultado. No art. 6º, o CP adotou a teoria mista ou da ubiquidade.
Não amigos, não é ''gabarito irreal''. É isso mesmo, o tipo penal esta expressamente
previsto na LEI.
O que não parece certo, muitas vezes, é legal e valido, pois esta previsto em LEI.
Código Penal - Peculato culposo - § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para
o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano.
Gabarito C
b) O Código Penal brasileiro adota a teoria subjetiva pura na aferição do início do ato de
execução. ERRADA: O CP brasileiro adota a TEORIA OBJETIVO FORMAL, e
excepcionalmente a INDIVIDUAL (objetivo-subjetiva)
Código Penal
Circunstâncias incomunicáveis
Gabarito C
57- Assinale a alternativa que indica a teoria do Direito Penal que está
intimamente ligada à seguinte ideia: “a estruturação do Direito Penal não deve se
basear em uma realidade ontológica, devendo ser mitigada a função do bem
jurídico como pressuposto e critério norteador para a intervenção penal".
a) Constitucionalista.
b) Clássica.
c) Finalista.
d) Funcionalista.
e) Garantista.
Gabarito D
58- A teoria finalista da ação, adotada pelo Código Penal em sua Parte Geral,
concebe o crime como um fato típico e antijurídico. A culpabilidade diz respeito à
reprovabilidade da conduta. O dolo, que integrava o juízo de culpabilidade, para
esta teoria é elemento estruturante do fato típico. Essa adoção pretende corrigir
contradições na teoria.
b) da responsabilidade objetiva.
c) da causalidade normativa.
d) do domínio do fato.
e) da imputabilidade.
50
Gabarito C
Na teoria Causal que antecede "em tese" a teoria Finalista da ação, o dolo era normativo
e estava presente na Culpabilidade. A teoria Finalista concebe o dolo como "natural" ,
como sendo consciência e vontade. Portanto, o dolo deixa de ser normativo para ser
natural, corrigindo essa "falha" da teoria causal, que era causal normativa para o dolo!
59- No que se refere à teoria geral do crime, julgue o próximo item.
Segundo a teoria causal, o dolo causalista é conhecido como dolo normativo, pelo fato
de existir, nesse dolo, juntamente com os elementos volitivos e cognitivos, considerados
psicológicos, elemento de natureza normativa (real ou potencial consciência sobre a
ilicitude do fato).
Gabarito CORRETO
3- Tipicidade
3.1- Conduta: ação / omissão
e) Coação física irresistível – aquela que exclui o controle dos movimentos do corpo –
um empurrão por exemplo. – Exclui a conduta.
51
f) Erro de tipo inevitável, invencível, escusável – exclui tanto o dolo, quanto a culpa –
torna o fato atípico. Já o erro de tipo evitável, vencível ou inescusável somente exclui a
tipicidade dolosa, mantém, se previsto em lei, o crime culposo.
A) dolo (errada) Existe crime sem dolo. No crime culposo não há dolo.
C) imprudência (errada) A imprudência pode estar ausente e o crime ser praticado por
negligência ou imperícia.
52
D) conduta (Certa) A conduta sempre estará presente, pois não existe crime sem uma
conduta (ação ou omissão)
Código Penal
Art. 4º. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que
outro seja o momento do resultado.
No crime sempre haverá a ofensa ao bem jurídico, no entanto não é necessária a efetiva
lesão ao bem jurídico.
Codigo Penal
Crime consumado
I- consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
Tentativa
____º__________________º________________º____________________º____________________________º_________________
Com base apenas nas informações narradas, é correto afirmar que, de acordo com a
doutrina majoritária, a conduta do Oficial de Justiça:
c) configura crime, mas o resultado somente poderá ser imputado a título de culpa, em
razão do estado de necessidade;
e) configura crime, tendo em vista que não havia direito próprio do Oficial de Justiça
em risco para ser protegido.
Gabarito D
Código Penal
É típico, porém não é ilícito em virtude da ação em legítima defesa excluindo, portanto,
o crime.
Exclusão de ilicitude
Legítima defesa
Todavia, nota-se que não houve violação de sepultura, pois os ossos foram expostos em
virtude de uma chuva torrencial. Dessa forma, a conduta do agente se tornou atípica, já
que não são objetos do crime de subtração de cadáver o esqueleto, as cinzas, as múmias
e as partes do corpo incapazes de se reconhecer como tal.
Artigo 210 -Violação de Sepultura- As ações típicas previstas são a de violar (abrir,
quebrar, devassar) ou profanar (ofender, ultrajar, desrespeitar) sepultura (local onde se
enterram os cadáveres) ou urna funerária (reservatório destinado ao depósito de cinzas
ou partes do defunto).
Exige-se finalidade especial por parte do agente, vez que no ato de violação ou
profanação, é imprescindível o sentimento de desrespeito.
"Cadáver é todo o corpo humano sem vida, quer a morte, isto é, a cessação dos
fenômenos vitais, tenha ocorrido antes ou depois do nascimento (…) Note-se que, para
que seja considerado cadáver, não basta ao corpo humano estar sem vida, sendo
imprescindível que mantenha os traços mínimos identificadores da aparência humana,
ou seja, que não tenha sido atingido pela decomposição cadavérica. Assim, não são
objetos do crime em estudo o esqueleto, as cinzas, as múmias e as partes do corpo
incapazes de se reconhecer como tal.
65- Naiara, adolescente, ao chegar à própria casa depois do colégio, encontra seu
pai caído, com um ferimento na cabeça, aparentemente produzido por disparo de
arma de fogo realizado por ele mesmo, todavia ainda respirando. Desesperada,
55
corre até a casa de seu tio Hermínio, cunhado da vítima, solicitando ajuda. Como
houvera uma rusga entre Hermínio e a vítima, aquele se recusa a prestar auxílio,
limitando-se a dizer à sobrinha: “tomara que morra”. Naiara, então, vai à casa de
um vizinho, que se compromete a ajudá- la. Ao retornarem ao local do fato,
encontram a vítima ainda viva, mas dando seus últimos suspiros, vindo a óbito em
menos de um minuto. Do momento em que Naiara viu a vítima ferida até sua
morte não transcorreram mais do que quinze minutos. Realizado o exame
cadavérico, o laudo pericial indica que o ferimento seria inexoravelmente fatal,
ainda que o socorro tivesse sido prestado de imediato. Nesse contexto, com base
nos estudos sobre a omissão e acerca do bem jurídico-penal, é correto afirmar que
a conduta de Hermínio caracteriza:
a) homicídio qualificado.
b) induzimento. Instigação ou auxílio ao suicídio.
c) homicídio culposo.
d) conduta atípica.
e) omissão de socorro.
Gabarito D
Indispensável, ainda, que o sujeito ativo esteja na presença da vítima em perigo.
CEZAR ROBERTO BITENCOURT explica: É A DOUTRINA PREDOMINANTE
SOBRE O TEMA.
"O sujeito ativo deve estar no lugar e no momento em que o periclitante precisa de
socorro; caso contrário, se estiver ausente, embora saiba do perigo e não vá ao seu
encontro para salvá-lo, não haverá o crime, pois o crime é omissivo, e não comissivo.
Poderá nesse caso haver egoísmo, insensibilidade, displicência, indiferença pela 'sorte'
da vítima, mas esses sentimentos, ainda que eticamente possam ser censuráveis, não
tipificam a omissão de socorro, pois, como lembrava Magalhães Noronha, 'um código
penal não é um código de ética'."
66- A respeito dos crimes omissivos impróprios, ou comissivos por omissão,
assinale a alternativa INCORRETA.
a) São de estrutura típica aberta e de adequação típica de subordinação mediata. Só
podem ser praticados por determinadas pessoas, embora qualquer pessoa possa,
eventualmente, estar no papel de garante. Neles, descumpre-se tão somente a norma
preceptiva e não a norma proibitiva do tipo legal de crime ao qual corresponda o
resultado não evitado.
b) Se o médico se obriga a realizar determinado procedimento em um paciente, mas
resolve viajar e deixa seu compromisso nas mãos de um colega, que assume esse
tratamento, ele responde penalmente pelas lesões que resultem de erro de diagnóstico
deste outro médico.
56
c) Quem, sabendo nadar, por brincadeira de mau gosto, empurra o amigo para dentro da
piscina, por sua ingerência, estará obrigado a salvá-lo, se necessário, para que o fato não
se transforme em crime de homicídio, no caso de eventual morte por afogamento.
d) Na forma dolosa, os crimes omissivos impróprios não exigem que o garante deseje o
resultado típico.
e) Se o garante, apesar de não haver conseguido impedir o resultado, seriamente
esforçou-se para evitá-lo, não haverá fato típico, doloso e culposo. Nos omissivos
impróprios, a relação de causalidade é normativa.
Gabarito B
A respeito dos crimes omissivos impróprios, ou comissivos por omissão
a) CORRETO. Os tipos omissivos impróprios precisam de uma regra de extensão para
serem típicos. É o caso do garante, alguém que de alguma forma assumiu o dever de
evitar o resultado. A norma nesses crimes não é proibitiva, mas mandamental, explico, o
crime advém de não fazer o que a norma manda, de não fazer a conduta positivamente
valorada no direito penal.
b) ERRADO. O garante cria um risco proibido ao alcance da norma penal. Ele não criou
qualquer risco proibido, caso respondesse seria responsabilidade penal objetiva. No
máximo vão se resolver no cível, mas penalmente falando, não há responsabilidade.
c) CORRETO. Nesse caso a pessoa criou o risco proibido penalmente, assim sendo ele
chama para si o dever de evitar o resultado morte. Veja que com a conduta anterior ele
causou um perigo de lesão ao bem jurídico, como ele causou ele vira garante.
d) CORRETO. Acredito que aqui o dolo se caracteriza pelo nexo de evitação, a pessoa
devendo evitar nada faz, mesmo que ela não queria o resultado.
e) CORRETO. O que o garante pode fazer é tentar evitar que o resultado ocorra, se ele
não consegue não há que se falar em omissão penalmente relevante. E a causalidade é
chamada de normativa (ou nexo normativo - de norma), porque do nada, nada vem,
logo, so há crime, porque há uma norma mandamental, dizendo que a pessoa tem que
agir para evitar o resultado, e essa inação é desvalorada pelo direito penal, pois a lei
manda que a pessoa aja.
67- Em relação ao crime, marque a alternativa CORRETA.
a) O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe
deu causa. E considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido.
b) A superveniência de causa relativamente independente não exclui a imputação
quando, por si só, produziu o resultado.
c) A omissão é penalmente irrelevante, quando o omitente devia e podia agir para evitar
o resultado.
d) O dever de agir não incumbe a quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou
vigilância.
57
e) O crime é consumado, quando nele se reúnem dois dos elementos de sua definição
legal.
Gabarito A
Código Penal
DO CRIME
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para
evitar o resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
D) ERRADA
E) ERRADA
I - Consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
58
C - Errada. A ingerência é figura regulada pelo Código Penal (art. 13, §2º, c).
III. É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima, ainda que o erro derive de
culpa e o fato seja punível como crime culposo.
IV. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se
consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra
quem o agente queria praticar o crime.
V. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se
inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Estão corretos os itens contidos em
a) II, IV e V, apenas.
b) I, II, III, IV e V.
c) I, II, III e IV, apenas.
d) IV e V, apenas.
e) III, IV e V, apenas.
Gabarito A
I. A omissão é penalmente irrelevante quando o omitente devia e podia agir para evitar
o resultado. (relevante)
II. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o
resultado. Correta.
III. É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima, ainda que o erro derive de
culpa e o fato seja punível como crime culposo. (Não há isenção de pena quando o erro
deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo)
IV. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se
consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra
quem o agente queria praticar o crime. Correta.
c) A pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de crime contra a administração
pública previsto no Código Penal.
d) Os inimputáveis não podem ser vítimas de crimes contra a honra.
e) O inimputável por embriaguez proveniente de caso fortuito não pode figurar como
sujeito passivo.
Gabarito B
Sobre a PJ poder ou não ser vítima de calúnia (art. 138), cabível citar Rogério Sanches,
Manual de Direito Penal - Parte Especial, 2016, pág. 177:
"(...) Observamos, no entanto, faltar coerência nas decisões dos Tribunais Superiores,
pois, mesmo quando julgam possível a pessoa jurídica ser autora de crimes ambientais,
insistem em não admitir a possibilidade de a empresa figurar como vítima de
calúnia."
c) A pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de crime contra a administração
pública previsto no Código Penal.
e) O inimputável por embriaguez proveniente de caso fortuito não pode figurar como
sujeito passivo.
a) A pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de crime contra a administração
pública previsto no Código Penal.
b) O inimputável por embriaguez proveniente de caso fortuito não pode figurar como
sujeito passivo.
c) Os inimputáveis não podem ser vítimas de crimes contra a honra.
d) A pessoa jurídica só pode ser sujeito passivo em crimes patrimoniais.
e) A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo em crime de difamação.
Gabarito E
A pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de crime contra a administração
pública previsto no Código Penal. (ERRADO) Pessoa juridica não poderá ser pessoa
ativa contra a administração pública, pois a ilegalidade é praticado por uma pessoa
física.
b) O inimputável por embriaguez proveniente de caso fortuito não pode figurar como
sujeito passivo contra a administração pública (ERRADO) Poderá ser o sujeito
passivo.
d) A pessoa jurídica só pode ser sujeito passivo em crimes patrimoniais. (ERRADO).
Poderá ser pessoa passiva em vários crimes, como o de difamação, cuidado em alavras
restritiva.
Para ajudar:
DIFAMAR: é imputar MÁ FAMA, atinge a honra objetiva. Beltrano não paga suas
contas (não importa se o fato é verdadeiro ou não). Como as empresas também
possuem "FAMA", podem ser vítima de DIFAMAÇÃO: A Loja Fonseca só vende
produtos quebrados (notem que é diferente de dizer que comprou um produto na Loja
Fonseca e estava quebrado).
STJ. 6ª Turma. RMS 39.173-BA, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
6/8/2015 (Info 566).
STF. 1ª Turma. RE 548181/PR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 6/8/2013 (Info 714).
73- Acerca dos crimes contra a pessoa, disciplinados no Código Penal, assinale a
alternativa correta.
a) São crimes contra a pessoa: o homicídio, o infanticídio, o aborto e o latrocínio.
b) A pena mínima do infanticídio é maior do que a pena mínima do homicídio simples
doloso.
c) Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção
penal se torne desnecessária.
d) O aborto com consentimento é sempre permitido até o terceiro mês da gestação.
Gabarito C
B - errado -
- Infanticídio - Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho,
durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos.
- Homicídio simples Art. 121. Matar alguem: Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Lei 8072/90 – homicídio (art. 121) - SIMPLES - quando praticado em atividade típica
63
74- Após uma discussão em um bar, Pedro decide matar Roberto. Para tanto,
dirige-se até sua residência onde arma-se de um revólver. Ato contínuo, retorna ao
estabelecimento e efetua um disparo em direção a Roberto. Contudo, erra o alvo,
atingindo Antonio, balconista que ali trabalhava, ferindo-o levemente no ombro.
Diante do caso hipotético, Pedro praticou, em tese, o(s) crime(s) de
a) lesão corporal leve.
b) lesão corporal culposa.
c) homicídio tentado e lesão corporal leve.
d) lesão corporal culposa e tentativa de homicídio.
e) homicídio na forma tentada.
Gabarito E
Correta, E
Galera, atenção, estou vendo alguns comentários equivocados, não confundam ERRO
NA EXECUÇÃO (Aberratio Ictus) COM ERRO SOBRE A PESSOA (Aberratio in
persona).
Erro na Execução > é o exemplo desta questão > o agente, por exemplo, ao tentar matar
uma pessoa, por erro de pontaria, atinge pessoa diversa. Quero matar A, mas o tiro, por
má pontaria, acaba matando B.
Erro Sobre a Pessoa > o agente se confunde, por exemplo, eu quero matar João, mas por
este ser irmão gêmeo de Pedro, acabo atirando e matando Pedro.
Em ambos os casos, o agente responde como se tivesse praticado o crime contra quem
ele realmente queria atingir, levando-se em consideração a vitima inicial/virtual.
Exemplo > quero matar João, Policial Federal, mas tanto por erro na execução ou
tanto por erro sobre a pessoa, eu mato Pedro, maior e capaz fisíca e mentalmente. Neste
simples exemplo, eu vou responder por Homícidio Qualíficado contra João > CP -
Art.121 - § 2° - inciso VII.
ERRADO .
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza
grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada
em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de
metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo,
aumentada de um terço.
ERRADO.
65
Vilipêndio a cadáver
c) Se três indivíduos, mediante grave ameaça contra pessoa e com emprego de
arma de fogo, renderem o motorista e os agentes de segurança de um carro-forte e
subtraírem todo o dinheiro nele transportado, haverá apenas duas causas especiais
de aumento de pena: o concurso de duas ou mais pessoas e o emprego de arma de
fogo.
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência:
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal
circunstância.
CORRETO
Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe
cause a nulidade absoluta:
77- Age com dolo eventual o agente que prevê possíveis resultados ilícitos
decorrentes da sua conduta, mas acredita que, com suas habilidades, será capaz de
evitá-los.
Gabarito ERRADO
O dolo eventual se caracteriza quando o agente prevê o resultado, mas assume o risco!
A questão trata na verdade da culpa consciente, quando o agente prevê o resultado, mas
acredita sinceramente que pode evitá-lo.
C - culposos
H - habituais
O - omissivos próprios
U - unissubsistentes
P - preterdolosos
P - permanentes
d) de proibição é irrelevante para o Direito Penal, pois, nos termos do caput do art. 21
do Código Penal, “o desconhecimento da lei é inescusável”.
e) de proibição exclui a consciência da ilicitude, que, desde o advento da teoria finalista,
integra o dolo e a culpa.
Gabarito A
1) Diferença entre erro de tipo e erro de proibição: no erro de tipo o agente não sabe
o que está fazendo. No erro de proibição o agente sabe o que está fazendo, só não sabe
que o que está fazendo é proibido.
Inevitável (invencível; escusável; desculpável): exclui dolo e culpa.
Evitável (vencível; inescusável, indesculpável): exclui dolo, mas não exclui culpa.
O erro inevitável e o evitável excluem o dolo. Havendo erro de tipo, o crime deixa de
ser doloso.
Descriminantes putativas
Art. 20, § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há
isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
Descriminante putativa por erro de tipo
(erro de tipo permissivo) Descriminante putativa por erro de proibição
(erro de proibição indireto) O agente, por erro sobre uma situação de fato, supõe que
está em excludente de ilicitude.
Ex: O agente supõe que está entrando um assaltante na sua casa, pego o revólver, atira e
mata o invasor. Só que na verdade era seu primo que tinha vindo lhe visitar (art. 20, §
1º, CP)
Erro:
- Inevitável = Não há crime
- Evitável = Responde por crime culposo, se existir a forma culposa do crime. O
agente sabe o que está acontecendo e supõe, por erro, que a sua conduta está protegida
por uma excludente de ilicitude (art. 21, CP)
Ex: Um homem rústico chega em casa e vê sua mulher lhe traindo. Pensando estar
agindo em legítima defesa, mata o indivíduo que está na cama com sua mulher.
Erro:
- Inevitável: exclui a culpabilidade
- Evitável: diminui a pena de ? a ?.
ATENÇÃO: Apenas o erro de proibição INEVITÁVEL é que exclui a Culpabilidade.
68
80- Acerca dos crimes contra a pessoa, disciplinados no Código Penal, assinale a
alternativa correta.
a) São crimes contra a pessoa: o homicídio, o infanticídio, o aborto e o latrocínio.
b) A pena mínima do infanticídio é maior do que a pena mínima do homicídio simples
doloso.
c) Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção
penal se torne desnecessária.
d) O aborto com consentimento é sempre permitido até o terceiro mês da gestação.
Gabarito D
81- Sobre o crime culposo, é correto afirmar que:
a) sua caracterização independe da previsibilidade objetiva do resultado.
b) é dispensável a verificação do nexo de causalidade entre conduta e resultado.
c) encontra seu fundamento legal no artigo 18 . I, de Código Penal.
d) se alguém ateia fogo a um navio para receber o valor de contrato de seguro, embora
saiba que com isso provocará a morte dos tripulantes, essas mortes serão reputadas
culposas.
e) há culpa quando o sujeito ativo, voluntariamente, descumpre um dever de cuidado,
provocando resultado criminoso por ele não desejado.
Gabarito E
(...)
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência
ou imperícia.
69
Alternativa "d"
Salvo melhor juízo, a conduta é, no mínimo, dolo de segundo grau (como explicado
pelo colega Fabiano), pois a morte dos tripulantes será um "efeito colateral típico"
(Palavras do LFG)
Alternativa E
Correto, pois culpa é a inobservância de um dever objetivo de cuidado que todos temos
de ter diariamente, praticado por meio da negligência, imprudência ou imperícia; não
tendo o agente a vontade consciente de produzir o resultado (o que seria dolo).
Alternativa A
Correto, pois culpa é a inobservância de um dever objetivo de cuidado que todos temos
de ter diariamente, praticado por meio da negligência, imprudência ou imperícia; não
tendo o agente a vontade consciente de produzir o resultado (o que seria dolo).
(...)
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência
ou imperícia.
70
Alternativa "e"
Salvo melhor juízo, a conduta é, no mínimo, dolo eventual, pois assumiu o risco de
produzir a morte dos tripulantes
Crime doloso
Crime culposo
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o
houver causado ao menos culposamente.
84- Existe algum ponto de semelhança entre as condutas praticadas com culpa
consciente e com dolo eventual?
a) Sim, pois, tanto na culpa consciente quanto no dolo eventual, há aceitação do
resultado.
b) Não, pois não há ponto de semelhança nas condutas em questão.
c) Sim, pois em ambas o elemento subjetivo da conduta é o dolo.
d) Não, pois a aceitação do resultado na culpa consciente é elemento normativo da
conduta.
71
e) Sim, pois, tanto na culpa consciente quanto no dolo eventual, o agente prevê o
resultado.
Gabarito E
Dolo Eventual:
O agente, embora não querendo diretamente a realização do tipo, o aceita como possível
ou mesmo como provável, assumindo o risco da produção do resultado.
Culpa Consciente:
O sujeito é capaz de prever o resultado, o prevê, porém crê piamente em sua não-
produção; ele confia que sua ação conduzirá tão-somente ao resultado que pretende, o
que só não ocorre por erro no cálculo ou erro na execução.
85- NÃO é elemento constitutivo do crime culposo:
a) a inobservância de um dever objetivo de cuidado.
b) o resultado naturalístico involuntário.
c) a conduta humana voluntária.
d) a tipicidade.
e) a imprevisibilidade.
Gabarito E
c) Resultado naturalístico . Não haverá crime culposo se, mesmo havendo falta de
cuidado por parte do agente, não ocorrer o resultado lesivo a um bem jurídico tutelado.
Assim, em regra, todo crime culposo é um crime material.
d) Nexo causal .
Por razões de política criminal o legislador criou uma espécie de erro de tipo (má
representação da realidade), como no caso das descriminantes putativas, em que o
agente age com dolo de conseguir o resultado porque acha que está agindo em uma
causa excludente de ilicitude, mas responde a título culposo se previsto, pois, uma vez
que houvesse representado bem a realidade não agiria de forma criminosa.
Para acrescentar:
No caso da culpa imprópria causada pelas descriminantes, o erro deve ser inescusável,
que não se pode perdoar (agiu negligentemente, se tivesse agido com cautela, teria
evitado o resultado), se o erro for escusável ou perdoável, haverá isenção de pena.
Galera, atenção, estou vendo alguns comentários equivocados, não confundam ERRO
NA EXECUÇÃO (Aberratio Ictus) COM ERRO SOBRE A PESSOA (Aberratio in
persona).
Erro na Execução > é o exemplo desta questão > o agente, por exemplo, ao tentar
matar uma pessoa, por erro de pontaria, atinge pessoa diversa. Quero matar A, mas o
tiro, por má pontaria, acaba matando B.
Erro Sobre a Pessoa > o agente se confunde, por exemplo, eu quero matar João, mas
por este ser irmão gêmeo de Pedro, acabo atirando e matando Pedro.
Em ambos os casos, o agente responde como se tivesse praticado o crime contra quem
74
Exemplo > quero matar João, Policial Federal, mas tanto por erro na execução ou
tanto por erro sobre a pessoa, eu mato Pedro, maior e capaz fisíca e mentalmente. Neste
simples exemplo, eu vou responder por Homícidio Qualíficado contra João > CP -
Art.121 - § 2° - inciso VII.
90- O elemento subjetivo derivado por extensão ou assimilação decorrente do erro
de tipo evitável nas descriminantes putativas ou do excesso nas causas de
justificação amolda-se ao conceito de
a) culpa imprópria.
b) dolo eventual.
c) culpa inconsciente.
d) culpa consciente.
e) dolo direto.
Gabarito A
É aquela cujo agente, por erro de tipo inescusável, supõe estar diante de uma causa de
justificação que lhe permita praticar um fato típico licitamente. Exemplo: “A” está
assistindo a um programa de televisão quando seu primo entra na casa, pela porta dos
fundos. Pensando tratar-se de um assalto, “A” efetua disparos de arma de fogo contra o
infortunado parente, certo de que está praticando uma ação perfeitamente lícita,
amparada pela legítima defesa. A ação, em si, é dolosa, mas o agente incorre em erro de
tipo essencial.
b) errada. No dolo eventual o agente prevê o resultado mas não se importa com a sua
ocorrência. “O traço distintivo entre a culpa consciente portanto, é que, no dolo
eventual, o agente diz: “não importa”, enquanto na culpa consciente, supõe: “é possível,
mas não vai acontecer de forma alguma”.
c) errada. Culpa inconsciente: é a culpa sem previsão, em que o agente não prevê o que
era previsível.
É aquela em que o agente prevê o resultado, embora não o aceite. A culpa consciente
difere do dolo eventual, porque neste o agente prevê o resultado, mas não se importa de
que ocorra (“se eu continuar dirigindo assim, posso vir a matar alguém, mas não
importa, se acontecer, tudo bem, eu vou prosseguir”). Na culpa consciente, embora
prevendo o que possa vir a acontecer, o agente repudia essa possibilidade (“se eu
continuar dirigindo assim, posso vir a matar alguém, mas estou certo de que isso,
embora possível, não ocorrerá”). O traço distintivo entre ambos, portanto, é que, no dolo
75
eventual, o agente diz: “não importa”, enquanto na culpa consciente, supõe: “é possível,
mas não vai acontecer de forma alguma”.
3.5- Resultado
91- "A" dispara dois tiros contra "B" que acabara de agredir violentamente seu
marido. Entretanto, diante da imperícia de "A" no manuseio da arma de fogo, o
tiro atinge "C", uma senhora de 80 anos, que vem a falecer. A esse respeito, é
correto afirmar que "A"
a) praticou o homicídio sob o abrigo da legítima defesa putativa de terceiro, excludente
da ilicitude.
b) responderá por tentativa de homicídio privilegiado.
c) responderá por homicídio privilegiado consumado.
d) responderá por tentativa de homicídio privilegiado contra "B" e homicídio culposo
contra "C".
e) responderá por homicídio privilegiado consumado contra "B", qualificado por ser a
vítima maior de 60 anos.
Gabarito C
1) Conceito:- Ocorrerá quando o agente pretende atingir uma pessoa, e por erro na
execução ou acidente, atinge apenas um terceiro.
a) A teoria objetiva formal não considera o dolo para definir o início de realização da
ação típica, ao contrário da teoria objetiva material, que considera o dolo na formulação
do critério da situação de perigo direto para o bem jurídico, determinante para definição
do início da realização da ação típica.
b) A teoria objetiva individual possui uma dimensão objetiva e uma dimensão subjetiva,
esta última constituída a partir do plano do autor.
Gabarito B
a) ERRADA. A teoria objetiva formal não considera o dolo para definir o início de
realização da ação típica, ao contrário da teoria objetiva material, que considera o dolo
na formulação do critério da situação de perigo direto para o bem jurídico, determinante
para definição do início da realização da ação típica.
Ao perceber que a polícia chegava no local, o agente que perpetrava o delito interrompe
os atos por razões alheias a sua vontade. Portanto, caracterizada a tentativa, e não
desistência voluntária ( o elemento VOLUNTARIEDADE não está presente para
configuração desta ).
93- Austregésilo, verbalizando seu animus necandi, aponta uma arma de fogo
municiada para Aristóteles. Este, todavia, consegue entrar em luta corporal com
Austregésilo, apossando-se da arma de fogo antes do acionamento do gatilho.
Considerando o caso proposto, é correto afirmar que:
a) pela teoria objetivo-subjetiva, a conduta não saiu da esfera dos atos preparatórios, já
que o não acionamento do gatilho faz com que se pressuponha a inexistência de vontade
de realização do tipo.
b) pela teoria subjetiva, só haverá tentativa de homicídio se a ação foi representada pelo
autor como executiva.
e) pela teoria objetiva material, a conduta não saiu dos atos preparatórios concernentes
ao homicídio.
Gabarito B
Teorias objetivas:
78
Vou tentar ajudar os colegas, pois vejo que alguns confundem as titulações.
Calúnia Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como
crime:
Aqui se protege a honra objetiva, ou seja, a reputação, o que as outras pessoas pensam
de mim.
João diz, sabendo ser mentiroso, que eu assaltei o bando do brasil às duas horas da tarde
de ontem.
Difamação Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Aqui se protege a honra objetiva, ou seja, a reputação, o que as outras pessoas pensam
de mim. A diferença entre difamação e calúnia é que a calúnia protege a honra objetiva
com relação à imputação de crimes, enquanto que na difamação protege contra
imputação de contravenções penais ou fatos desonrosos, pouco importando se
verdadeiro ou falso, como por exemplo:
Ou
Aqui se protege a honra subjetiva, ou seja, o que eu penso sobre mim. Aqui não há a
necessidade de imputação de fato determinado, mas apenas a imputação de qualidade
negativa, como por exemplo.
Percebam aqui que não há imputação de um fato, mas sim a imputação de uma
qualidade negativa.
3) O agente, na data da prática do fato, era menor de 21 anos. Portanto, a prescrição será
reduzida pela metade (art. 115 do CP), ou seja, ficará em 4 anos.
4) O termo inicial da prescrição do furto é o dia em que o crime se consumou (art. 111, I
do CP), que, pela teoria da Amotio (apprehensio), ocorreu no momento da inversão da
posse da coisa para o poder do agente.
A) ERRADA: Embora se exija que o agente desista de forma voluntária (por sua
própria vontade), não se exige que a vontade de desistir parta do agente
(espontaneidade), podendo o agente desistir da execução, por exemplo, em razão das
súplicas da vítima.
Porém, cabe recurso com vistas à anulação da questão, já que o item C, dado como
correto, omite uma informação relevante para a resolução da questão.
Norma penal em branco é aquela cujo preceito secundário do tipo penal é estabelecido
por outra norma legal, regulamentar ou administrativa. (FALSO)
"Definição da conduta criminosa reclama complementação, seja por outra lei, seja por
ato da Administração Pública. O seu preceito secundário é completo, o que não se
verifica no tocante ao primário, carente de implementação."
De acordo com a teoria, não basta a relação de causalidade para imputação do resultado,
devendo estar presentes: 1) A criação ou aumento de um risco. 2) O risco criado deve
ser proibido pelo direito. 3) O risco foi realizado no resultado
c)Da Constituição Federal de 1988 pode-se extrair a garantia à sociedade pela aplicação
do princípio da não fragmentariedade, consistente na proteção de todos os bens jurídicos
e proteção dos interesses jurídicos.(FALSO)
d)O Código Penal Brasileiro adotou a teoria do resultado para aferição do tempo do
crime, conforme se depreende do art. 4o do mencionado Código.(FALSO)
Criada pelo penalista argentino Eugenio Raúl Zaffaroni, essa teoria sustenta que
todo fato típico se reveste de antinormatividade, pois, muito embora o agente atue
em consonância com o que está descrito no tipo incriminador, na verdade contraria a
norma, entendida como o conteúdo do tipo legal.
Assim, ou o fato praticado pelo agente, contrário à lei penal, desrespeita todo o
ordenamento normativo, e há tipicidade, ou, ainda que em desconformidade com a lei
penal, esteja em consonância com a ordem normativa, e ausente estará a tipicidade.
Para essa teoria, a tipicidade penal resulta da junção da tipicidade legal com a
tipicidade conglobante: tipicidade penal = tipicidade legal + tipicidade
conglobante.
Tipicidade legal (adequação à fórmula legal do tipo) é a individualização que a lei faz
da conduta, mediante o conjunto dos elementos objetivos e normativos de que se vale o
tipo penal. Já a tipicidade conglobante (antinormatividade) é a comprovação de que a
conduta legalmente típica está também proibida pela norma, o que se afere separando o
alcance da norma proibitiva conglobada com as demais normas do sistema jurídico.
Exemplo: holandês, habituado a consumir maconha no seu país de origem, acredita ser
possível utilizar a mesma droga no Brasil, equivocando-se quanto ao caráter proibido da
sua conduta.
Exemplo: “A”, traído por sua mulher, acredita estar autorizado a matá-la para defender
sua honra ferida.
a) ERRADO
90
O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime não exclui o dolo, mas permite
a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo,
mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
b) ERRADO
É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Há isenção de pena quando o
erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena
quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
c) ERRADO
d) ERRADO
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena.
Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
e) CERTO
ilusão de ótica pelo seu cansaço, confunde as pernas de seu amigo Lupércio com o
tronco de uma árvore, desferindo contra ele vigoroso golpe de machado,
lesionando-o. Neste caso, pode-se dizer que Mévio agiu:
a)Em estado de erro de proibição psiquicamente condicionado;
b) Em estado de erro de tipo psiquicamente condicionado;
c) Em estado de erro de proibição indireto;
d) Em estado de erro de tipo permissivo;
e) Com dolo eventual.
Gabarito B
ERRO DE TIPO - O agente NÃO SABE O QUE FAZ. Ou seja, não sabe que está
desferindo o tiro em seu amigo. Sai de uma festa carregando um guarda-chuva pensando
que era seu, mas na verdade era de outrem.
ERRO DE PROIBIÇÃO - O agente SABE O QUE ESTÁ FAZENDO, mas ignora ser
proibido. Nesse caso temos o famoso exemplo do estrangeiro que vem para o Brasil, usa
maconha, sem saber que aqui é proibido (já que em seu país de origem o uso é legal).
110- João, caçador, encontrava-se à noite em uma selva muito densa quando, de
repente, avista um vulto vindo em sua direção, prontamente dispara sua
espingarda em direção ao que na sua suposição seria um animal feroz, atingindo a
sua mira. Todavia, ao verificar que animal teria atingido, constata que, na
verdade, se tratava de um caçador que passava pelo local, tendo-lhe lesionado. A
conduta do caçador configura:
a) Erro de tipo essencial escusável, respondendo o caçador pelo delito de lesão corporal
culposa.
b) Erro sobre a pessoa, não isentando o caçador de pena.
c) Erro de tipo essencial escusável, que exclui o dolo e a culpa, não respondendo o
caçador pelo delito de lesão corporal.
d) Aberractio ictus.
Gabarito C
a) essencial: O agente se equivoca quanto à situação fática, ele pressupõe uma situação
que se existisse tornaria sua conduta legítima, ele nem ao menos sabe que está
praticando um crime. Recai sobre as elementares do fato típico, se ele souber que sua
conduta é criminosa, ele cessa a atividade na mesma hora. pode ser:
93
a2) Inescusável: Não se pode desculpar, se tivesse agido com diligência e cuidado teria
percebido seu erro, responde a título de culpa se previsto no tipo penal praticado.
b1.1) Error in objeto: A quer furtar um relógio de ouro, mas rouba um relógio de
latão, irá responder por furto do mesmo jeito.
b2) Aberratio ictus: Erro no uso dos meios ou acidente erra o objeto, não tem
habilidade o suficiente para usar uma arma por exemplo, ai quer matar A, e acerta B -
Se acertar A e B responderá por concurso formal.
b3) Aberratio causae ou dolo sucessivo: Erro no nexo causal. Supõe ter conseguido o
resultado criminoso pretendido através de um meio, mas causou o resultado atráves de
outra conduta; Ex: Quer matar B com um tiro, pensa que matou, ai atira B do penhasco
para se livrar do corpo, mas B morre da queda.
Hipótese 1: A quer acertar o carro, mas acerta o carro e uma pessoa, o crime de dano
será absorvido pelo crime de lesão.
Hipótese 2: A quer acertar pessoa, mas acerta o carro, tentativa de lesão ou de
homicídio a depender do caso concreto.
4- Antijuricidade
4.1- Noções Gerais
112- Conforme as normas penais brasileiras, não há crime quando o agente pratica
o fato:
I. Em estrito cumprimento de dever legal.
II. Em legítima defesa.
III. No exercício regular de direito.
IV. Em estado de necessidade
A sequência correta é:
a) A assertiva III está incorreta.
95
Código Penal
Exclusão de ilicitude
Assim, a II está incorreta porque a ausência de doença ou transtorno mental para ser
responsabilidade é sobre o critério PSICOLÓGICO e não BIOPSICOLÓGICO.
114- NÃO há crime quando o agente pratica o fato típico descrito na lei penal
a) mediante coação irresistível ou em estrita obediência a ordem de superior
hierárquico.
b) por culpa, dolo eventual, erro sobre os elementos do tipo e excesso justificado.
c) somente em estado de necessidade e legítima defesa.
d) mediante erro sobre a pessoal contra a qual o crime é praticado, em concurso de
pessoas culposo e nos casos de excesso doloso.
e) em estado de necessidade, legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal e
no exercício regular de direito.
Gabarito E
Exclusão de ilicitude
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
Animal é utilizado como instrumento por alguém para atacar outrem - legitima defesa
e) Entende-se em legítima defesa quem, usando dos meios de que dispuser, repele
injusta agressão ou persegue quem a praticou, atual ou iminente, a direito próprio e não
de outrem
Gabarito A
119- A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas não é
aplicável caso o agente tenha tido a possibilidade de fugir da agressão injusta e
tenha optado livremente pelo seu enfrentamento.
Gabarito ERRADO
Prevalece o entendimento de que, em relação à legítima defesa, o direito não poderia
obrigar alguém a ser covarde, a fugir de um ataque injusto quando pode
legitimamente defender. Ao contrário do Estado de Necessidade, a possibilidade de
fuga ou o socorro de terceiros não impedem, segundo a maior parte da doutrina
penalista, o reconhecimento da legítima defesa. O agredido não está vinculado à
procura do caminho “mais cômodo” e menos lesivo para escapar de um ataque
injusto (commodus discessus).
120- Considere:
I. Cícerus aceitou desafio para lutar.
II. Marcus atingiu o agressor após uma agressão finda.
III. Lícius reagiu a uma agressão iminente.
Presentes os demais requisitos legais, a excludente da legítima defesa pode ser
reconhecida em favor de
a) Lícius, apenas.
b) Cícerus e Marcus.
c) Cícerus e Lícius.
d) Marcus e Lícius.
e) Cícerus, apenas
Gabarito A
I. Cícerus aceitou desafio para lutar. Logo, a agressão foi justa, em razão da
concordância. Entretanto a agressão deve ser injusta para configurar legítima defesa.
II. Marcus atingiu o agressor após uma agressão finda. O agente responde pelo acesso
doloso ou culposo. No caso ou há um excesso extensivo ou não há mais agressão, o que
descaracteriza a legítima defesa.
III. Lícius reagiu a uma agressão iminente. Perfeito. Reagir a uma agressão atual ou
iminente.
100
b) O agente, em qualquer das hipóteses de exclusão da ilicitude não pode responder pelo
excesso doloso ou culposo.
d) Pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
Gabarito A
122- Afim de produzir prova em processo penal, o Juiz de Direito de determinada
comarca encaminha requisição à Delegacia de Polícia local, ordenando que seja
realizada busca domiciliar noturna na casa de um réu. O Delegado de Polícia
designa, assim, uma equipe de agentes para o cumprimento da medida, sendo certo
que um dos agentes questiona a legalidade do ato, dado o horário de seu
cumprimento. O Delegado confirma a ilegalidade. No entanto, sustenta que a
diligência deve ser realizada, uma vez que há imposição judicial para seu
cumprimento. Com base apenas nas informações constantes do enunciado, caso os
agentes efetivem a busca domiciliar noturna:
a) não agirão criminosamente, uma vez que atuam no estrito cumprimento do dever
legal.
b) agirão criminosamente.
c) não agirão criminosamente. em virtude de coação moral irresistível.
d) não agirão criminosamente, já que há mera obediência hierárquica.
e) não agirão criminosamente, pois amparados pelo estado de necessidade.
Gabarito B
Não poderá haver excludentes quando a ordem for pautada na ilegalidade, como o caso
em tela.
designa, assim, uma equipe de agentes para o cumprimento da medida, sendo certo
que um dos agentes questiona a legalidade do ato, dado o horário de seu
cumprimento. O Delegado confirma a ilegalidade. No entanto, sustenta que a
diligência deve ser realizada, uma vez que há imposição judicial para seu
cumprimento. Com base apenas nas informações constantes do enunciado, caso os
agentes efetivem a busca domiciliar noturna:
a) não agirão criminosamente, uma vez que atuam no estrito cumprimento do dever
legal.
b) não agirão criminosamente, pois amparados pelo estado de necessidade.
c) agirão criminosamente.
d) não agirão criminosamente, já que há mera obediência hierárquica.
e) não agirão criminosamente, em virtude de coação moral irresistível.
Gabarito C
124- Com relação a antijuridicidade, culpabilidade, concurso de pessoas, pena e
causas de extinção da punibilidade, julgue o item a seguir.
Agirá em estado de necessidade o motorista imprudente que, após abalroar um veículo
de passageiros, causando-lhes ferimentos, fugir do local sem prestar socorro, para evitar
perigo real de agressões que possam ser perpetradas pelas vítimas.
Gabarito CORRETO
O erro da questão consiste em afirmar que o estrito cumprimento do dever legal isenta
de pena.
c) Há crimes funcionais próprios quando, por não ser o autor da ação funcionário
público, configura-se infração penal não relacionada ao cargo público.
d) As elementares objetivas do tipo sempre se comunicam, ainda que o partícipe não
tenha conhecimento delas.
e) O estrito cumprimento do dever legal é causa excludente de ilicitude, aplicada
principalmente a agentes públicos ou que exercem função pública.
Gabarito E
A) ERRADO: Na culpa consciente o agente prevê o resultado, mas espera que este não
ocorra, devido a sua superconfiânça. Por exemplo: atirado de elite que acreditando na
sua técnica acaba atingindo a vítima, responde por culpa consciente. Já no dolo
eventual ele não quer o resultado mais assume o risco, não se importando.
C) ERRADO: Crime funcional próprio (só pode ser praticado pelo funcionário público)
e impróprio (pode ser praticado pelo particular).
I. Em estado de necessidade.
II. Por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, ao tempo da
ação ou da omissão, sendo inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar-se de acordo com esse entendimento.
III. Em legítima defesa.
IV. Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
A sequência correta é:
a) Apenas a assertiva II está correta.
b) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
c) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
Gabarito D
CONCEITO:
b) Caso não possamos utilizar o art. 23, III, o intérprete se vale da Lei de Introdução ás
Normas do Direito, ou seja: analogia, princípios geras de direito e equidade.
a) Embora exista o art. 23, II, CP, algumas situações não se encaixam no citado
dispositivo;
b) O aspecto dinâmico da sociedade faz com que o legislador não possa prever todas as
situações possíveis, portando as causas supralegais excludentes de antijuridicidade
suprem a situação omissa, com fundamentos sociológicos;
ERRADO
Exclusão de ilicitude
Art. 23 – Não há crime quando o agente pratica o fato
I – em estado de necessidade;
II – em legítima defesa;
Não obstante, o próprio Código deixa claro que os excessos serão puníveis, conforme
segue:
Excesso punível
Parágrafo único – O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.
b) Tanto a coação física vis absoluta quanto a coação moral vis compulsiva, se
irresistíveis, excluem a culpabilidade do agente, restando punível apenas o agente
coator, figura indispensável na definição de qualquer ocorrência reputada coativa.
c) As causas legais de exclusão da ilicitude, previstas na parte geral do Código Penal,
são estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal,
exercício regular de direito e consentimento do ofendido.
d) Tanto o estado de necessidade exculpante quanto o estado de necessidade justificante
incidem diretamente sobre a ilicitude, excluindo-a.
e) A emoção e a paixão excluem a imputabilidade penal, já que se considera, de regra,
que aquele que comete um fato típico ilícito em estado emocional ou mentalmente
alterado perde a capacidade de entendimento e de determinação.
Gabarito A
Assinale:
a)se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito D
I. V - Exatamente isso! Tá correto"
Crime: fato típico, ilícito, culpável.** Fato típico: - conduta (ação ou omissão, dolosa
ou culposa)- resultado- nexo causal- tipicidade
III - V - É verdade, como exemplo de força de 3º um sujeito que coloca uma arma na
minha mão e ele a pressiona. Já como exemplo de evento da natureza temos um
vendaval que joga uma pessoa contra a vidraça de uma loja, de modo que a vidraça
arrebenta e a pessoa tb se arrebenta no chão.
5- Culpabilidade
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto
no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a
personalidade e a conduta social do agente.
Sendo assim, a proibição de bis in idem tem por finalidade evitar que a mesma
circunstância seja levada em conta mais de uma vez pelo juiz na dosimetria da pena,
quer para exasperá-la, quer para diminuí-la.
Suspende, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução de parte
do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
134- Luiz, condenado há vários anos de prisão pela prática de diversos crimes
assume, perante a autoridade, a autoria de crime que não cometeu, com o intuito
de livrar outra pessoa da condenação. Assim agindo, Luiz
a) praticou o crime de comunicação falsa de crime.
b) não praticou qualquer tipo penal.
c) praticou o crime de fraude processual.
d) praticou o crime de denunciação caluniosa.
e) praticou o crime de auto-acusação falsa.
Gabarito E
Inimputáveis
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
139- A respeito da aplicação da lei penal e dos elementos e das causas de exclusão
de culpabilidade, assinale a opção correta.
e) Em razão do princípio da legalidade, a analogia não pode ser usada em matéria penal.
Gabarito C
140- Constitui causa que exclui a imputabilidade a
a) embriaguez preordenada completa proveniente da ingestão de álcool.
b) embriaguez acidental completa proveniente da ingestão de álcool.
c) embriaguez culposa completa proveniente da ingestão de álcool.
d) emoção.
113
e) paixão.
Gabarito B
A emoção e a paixão não excluem a imputabilidade penal, nos termos do art. 28, I do
CP. Da mesma forma, a embriaguez preordenada não exclui a imputabilidade, sendo,
inclusive, uma agravante (art. 62, I, “L” do CP). A embriaguez culposa também não
exclui a imputabilidade penal do agente (art. 28, II do CP).
I - a emoção ou a paixão;
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento
142- Alícia, estrangeira, grávida de três meses e proveniente de país que não coíbe
o aborto, ingeriu substância abortiva acreditando não ser proibido fazê-lo no
Brasil.
Nesse caso hipotético, o fato descrito poderá configurar.
a) erro de tipo.
b) erro na execução.
c) erro de proibição.
d) aberratio criminis.
e) descriminante putativa.
Gabarito C
Motivo:
a) erro de tipo = no erro de tipo ele não tem consciência de que aquilo é um ato ilicíto.
Exclui o dolo e consequentemente a tipicidade. Isso se o erro não for vencível ( ou de
fácil assimilação que aquilo é errado).
b) Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao
invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se
tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20
deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender,
aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
c) Erro de proibição = ela tinha noção que o aborto é um ato reprovável. Porém achava
que era permitido realizá-lo aqui no país, já que em seu país de origem era permitido.
Ela achava que era PERMITIDO. Porém é PROIBIDO. Aí o erro de proibição.
e) Ele acredita estar amparado pelo estado de necessidade, legítima defesa, estrito
cumprimento do dever legal ou exercício regular de direito. Porém, não há tais situações
no caso concreto.
143- O filho de Túlio foi sequestrado e ameaçado de morte por Márcio, que forçou
Túlio a subtrair malotes de um carro forte no intuito de obter o dinheiro
necessário para pagar o resgate.
Nesse caso hipotético, a conduta de Túlio estará acobertada por
a) legítima defesa.
b) inexigibilidade de conduta diversa.
c) exclusão de antijuridicidade.
d) exercício regular de direito.
115
e) atipicidade.
Gabarito B
3-Imputabilidade
3) Menoridade
3) Doença mental
C) Culposa: ele não quer embriagar-se, mas, por não conhecer seus limites, acaba
embriagado, não exclui a culpabilidade
c) São inimputáveis os menores de dezoito anos e aqueles que, por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, eram, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento
d) São imputáveis os menores de dezoito anos e inimputáveis aqueles que, por doença
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, eram, ao tempo da ação ou
da omissão, inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento
e) São imputáveis os menores de dezoito anos e inimputáveis aqueles que, em virtude
de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, não eram inteiramente capazes de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento
Gabarito C
Código Penal: Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento.
Código Penal: Art.28 - alínea II - § 1º - É isento de pena o agente que, por
embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da
ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento
Código Penal - Art. 26 - parágrafo único: A pena pode ser reduzida de um a dois
terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento
mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Código Penal - Art. 26 - § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o
118
agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao
tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
C - ERRADA - Trata das teorias sobre concurso de pessoas, no que toca à punibilidade.
Sabe-se que, atualmente, adotamos a teoria da acessoriedade limitada (para que o
partícipe ou coautor seja punido, é necessário que a conduta do autor principal seja
típica e ilícita, não sendo necessária análise acerca da culpabilidade).
a) CERTO - com a teoria normativa pura, restaram somente elementos normativos no
elemento culpabilidade, como a imputabilidade e a potencial consciência da ilicitude
(juízo de reprovação) e a inexigibilidade de conduta diversa (juízo de exculpação). Em
caso de ausência de pelo menos um desses elementos, não haverá culpabilidade.
b) CERTO - o efeito do álcool, quando proveniente de caso fortuito/força maior, exclui
a imputabilidade, caso haja incapacidade absoluta de entender o caráter ilícito do fato ou
para determinar-se de acordo com esse entendimento. Entretanto, caso o agente seja
parcialmente capaz ao tempo da conduta, haverá redução de obrigatória da pena, em 1/3
a 2/3 (leitura do art. 28, II, §§1º e 2º do CP).
e) CERTO - pela teoria da actio libera in causa, o dolo ou a culpa do agente devem ser
aferidos na ação anterior em que o agente se colocou em estado de incapacidade
(exemplo: no homicídio de trânsito, o dolo ou a culpa serão verificados analisando-se o
momento em que o agente estava fazendo a ingestão de bebida alcóolica, e não o
momento da direção do veículo automotor).
Inimputáveis
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Ex.: "A" viajará do DF a SP. Chegando à rodoviária, no DF, "A" é surpreendida por
"B", que lhe pede que leve uma caixa de remédios ao seu tio, que estará no destino
122
aguardando, uma vez que está muito doente e precisa dos remédios. "A", compadecida
com a causa, resolve ajudar. Porém, antes de chegar ao destino é abordada pela PRF em
uma blitz rotineira, sendo presa, uma vez que na caixa possuia 500g de coicaína, e não
remédios, como disse "B".
Apontamentos:
1. "A" tem total conhecimento que portar drogas é ilegal, portanto conhece a ilicitude do
fato;
Apontamentos:
3. O holandês incorreu em erro de proibição, uma vez que tinha total conhecimento de
sua conduta (fumar maconha), porém não imaginava que a mesma era ilícita, uma vez
que em sua terra natal o uso da droga é permitido. (exclui a culpabilidade, se
inevitável)
O erro de tipo basicamente se divide em dois: erro de tipo essencial e erro de tipo
acidental. O erro de tipo essencial é aquele que recai sobre elementos constitutivos do
tipo ou sobre circunstâncias; o acidental, por sua vez, é aquele que recai sobre dados
acessórios do tipo penal.
O erro de tipo acidental faz com que a infração penal subsista (ele não exclui o dolo
nem a culpa). Em verdade, o erro de tipo acidental não permite a punição a título de
culpa, se o agente quis o resultado de forma dolosa.
Só para que fique mais claro, vejamos o seguinte: uma das espécies de erro de tipo
acidental é o erro sobre a pessoa (“error in persona”). Assim, se o agente atira, por
exemplo, com o intuito de acertar Joaquim, erra e acaba matando Danilo, ele responderá
por homicídio consumado na forma dolosa. Veja que o fato de ele acertar pessoa diversa
da pretendida em nada altera o seu dolo (vontade) de matar – nesse caso, inclusive,
serão levadas em consideração as qualidades pessoais da “vítima virtual” (Joaquim).
Em relação ao erro acidental: Como visto acima, ele não exclui o dolo. O fato de o
erro acidental ser inescusável ou escusável é irrelevante – pois ele não irá excluir o dolo
ou culpa em nenhum dos casos.
154- A diferença entre erro sobre elementos do tipo e erro sobre a ilicitude do fato
reside na circunstância de que
a) o erro de tipo exclui a culpabilidade, o de fato a imputabilidade.
b) o erro de tipo exclui o dolo, o de fato a culpabilidade.
c) o erro de tipo exclui a reprovabilidade da conduta, o de fato o elemento do injusto.
124
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo,
mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Descriminantes putativas
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de 1 (um) a 2/3 (dois terços), se o agente, em
virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
125
O art. 26, parágrafo único, do Código Penal fala em “perturbação da saúde mental”.
A perturbação da saúde mental também é uma doença mental, embora mais suave.
Não elimina totalmente, mas reduz, por parte do agente, a capacidade de entender o
caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento, o que
igualmente ocorre em relação ao desenvolvimento mental incompleto e ao
desenvolvimento mental retardado.
Por fim, no que diz respeito ao consentimento do ofendido, quando a FCC se utiliza
de: "quando não integra a própria descrição típica", é justamente para diferir da sua
outra acepção, quais sejam:
a) Causa de exclusão da tipicidade : se o tipo penal exige o não-consentimento da
vítima.
b) Causa supralegal de exclusão da ilicitude: o consentimento do ofendido, fora essas
hipóteses em que o dissenso da vítima constitui requisito da figura típica, pode excluir a
ilicitude, se praticado em situação justificante. (modalidade exigida para resolver a
questão).
126
Logo, nessa modalidade de consentimento do ofendido, o que ela irá excluir será a
ilicitude.
157- Segundo sua classificação doutrinária dominante, o chamado ofendículo pode
mais precisamente caracterizar situação de exclusão de
a) antijuridicidade.
b) tipicidade.
c) periculosidade.
d) culpabilidade.
e) punibilidade.
Gabarito A
OFENDÍCULOS
# E animal?
- ATENÇÃO!! Se esse ofendículo que coloquei para defender meu patrimônio ferir
alguém, eu responderei pela lesão? Se eu agi dentro da normalidade tão somente para
proteger meu patrimônio, obedecendo as regras etc., não responderei! O ofendículo
configura Legítima Defesa ou Exercício Regular de um Direito?
3ªC (prevalece): Enquanto o ofendículo não é acionado, está-se diante de ERD; quando
o ofendículo for acionado, está-se agindo em LD preordenada.
LETRA A: 2 Erros - A embriaguez decorrente de culpa não isenta o agente de pena,
mas tão somente a proveniente de caso fortuito ou força maior. A embriaguez parcial
também não isenta o agente de culpa, mas apenas a completa.
LETRA B: 3 erros - Só existe estado de necessidade em face de perigo atual, portanto,
se o perigo é iminente, este não pode ser alegado. Não pode alegar estado de
necessidade quem tem o dever legal de evitar o resultado, assim, não pode o bombeiro
alegar estado de necessidade para furgir de seu dever de ofício. Por fim, só há que se
falar em estado de necessidade quando estão em jogo dois bens legítimos, sendo que um
será sacrificado como condição indispensável para salvar o outro de igual ou maior
valor, a questão não menciona qual bem está sendo sacrificado, apenas diz que o
bombeiro irá proteger direito próprio ou alheio.
crime, que sua conduta fosse diversa e não aquela. Por outro lado, a INEGIBILIDADE
de conduta diversa funciona como excludente da culpabilidade e não como requisito.
162- Com relação a imputabilidade penal, assinale a opção correta. Nesse sentido,
considere que a sigla ECA, sempre que empregada, se refere ao Estatuto da
Criança e do Adolescente.
a) A embriaguez, quando culposa, é causa excludente de imputabilidade.
b) A emoção e a paixão são causas excludentes de imputabilidade, como pode ocorrer
nos chamados crimes passionais.
c) A embriaguez não exclui a imputabilidade, mesmo quando o agente se embriaga
completamente em razão de caso fortuito ou força maior.
d) São inimputáveis os menores de dezoito anos de idade, ficando eles, no entanto,
sujeitos ao cumprimento de medidas socioeducativas e(ou) outras medidas previstas no
ECA.
e) São inimputáveis os menores de vinte e um anos de idade, ficando eles, no entanto,
sujeitos ao cumprimento de medidas socioeducativas e(ou) outras medidas previstas no
ECA.
Gabarito D
I - a emoção ou a paixão;
No entanto, se incompleta (acidental e fortuita), ou seja, aquela que retira somente parte
da capacidade do agente e entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento, permite a diminuição da pena (art. 28, §2º).
Embriaguez
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez,
proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da
omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
I - a emoção ou a paixão;
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Código penal
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento
ou seja, a mera doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, por
si só, não torna o agente inimputável, além disso, ele precisa estar inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do ato. Pois se ele for doente mental, mas souber
do caráter ilícito do fato, não há inimputabilidade penal.
165- Em relação à imputabilidade penal, assinale a opção correta.
a) Será isento de pena o agente que, por embriaguez habitual, não for capaz de entender
o caráter ilícito do fato.
b) Para definir a maioridade penal, a legislação brasileira seguiu o sistema
biopsicológico, ignorando o desenvolvimento mental do menor de dezoito anos de
idade.
c) A embriaguez não acidental e culposa exclui a imputabilidade no caso de ser
completa.
d) Os menores de dezoito anos de idade, por presunção legal, são considerados
inimputáveis somente nos casos de possuírem plena capacidade de entender a ilicitude
do fato.
e) Se a embriaguez acidental for completa, acarretará a irresponsabilidade penal.
Gabarito E
a) O Código Penal não previu caso de isenção para a embriaguez habitual, senão, vide
art. 28, II, §§1° e 2°;
b) A primeira parte está correta, contudo, de acordo com o art. 27, CP, "Os menores de
18 anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na
legislação especial" (Vale dizer, ECA);
c) A embriaguez não acidental NÃO EXCLUI NADA, mesmo sendo completa (vide art.
28, II, §§1° e 2°, CP);
e) CORRETA - art. 28, §1°, CP - É isento de pena o agente que, por embriaguês
completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento.
Portanto, para dizermos que esquizofrênico será inimputável, além de analisar o aspecto
biológico (a enfermidade), é necessário, também, que se analise o aspecto psicológico
do fato (se sabia que o que tava praticando, no momento da ação/omissão, era crime).
I - a emoção ou a paixão
Questao Errada.
SISTEMAS:
6- Concurso de Pessoas
d) Mário responderá apenas pelo furto e Mauro responderá pela prática dos crimes de
porte ilegal de arma de fogo, furto e homicídio.
e) Mário responderá pela prática de furto e Mauro pelo crime de latrocínio.
Gabarito E
Art. 29 Código Penal- Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas
a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter
sido previsível o resultado mais grave.
a) adota-se a teoria da participação integrada, que exige que o partícipe tenha apenas
envolvimento objetivo com o resultado ocorrido.
b) adota-se a teoria da acessoriedade limitada.
c) é preciso que todos os elementos da teoria tripartite estejam presentes para a punição
do partícipe.
d) em aparatos organizados de poder não pode existir coautoria.
e) a teoria do domínio do fato dispensa a identificação de provas de autoria.
Gabarito B
Em primeiro lugar cabe dizer que há duas teorias principais discutindo sobre autoria e
participação no concurso de pessoas.
a) teoria subjetiva ou extensiva não há diferença entre autor e partícipe, todo mundo é
autor.
b) teoria objetiva ou restritiva, está faz diferença entre autor e partícipe.
b1) formal: autor é todo aquele que realiza a ação nuclear do tipo, enquanto partícipe é
aquele que realiza outras condutas acessórias
b2) material: autor é aquele que realiza a conduta mais relevante para ação típica,
pouco importando se é a conduta nuclear descrita no tipo ou não.
No Brasil, a teoria mais aceita de acordo com o CP seria a objetivo formal.
O CP por seu turno não distingue autor de partícipe de forma expressa, então isso coube
a doutrina e jurisprudência. Adentrando agora no mérito da questão temos quatro
teorias dispondo acerca da participação quais sejam:
a) Acessoriedade mínima: Para o enquadramento do partícpe basta que o autor tenha
cometido um fato típico. Nesse caso não importa se o autor estava acobertado por
alguma excludente de ilicitude, o partícipe seria culpada - responsabilidade objetiva.
b) Acessoriedade limitada: Para essa teoria o partícipe será enquadrado se o autor
cometeu fato típico e ilícito (há críticas a essa teoria quanto a culpabilidade, entretanto,
e a mais aceita pelo CP).
c) Acessoriedade máxima: O autor deve ter cometido um FT + ilícita + culpável ( não
é boa, pois se usasse um inimputável o autoria não responderia por nada).
d) Hiperacessoriedade: FT + Ilícito + culpável + punível.
quem não suja as mãos. Desta forma é necessário que se prove ter sido ele o "mandante"
do crime.
175- Nos crimes dolosos contra a vida praticado em concurso de pessoas, é correto
afirmar, em relação ao Código Penal Brasileiro que
a) apenas nos crimes culposos contra a vida pode ser invocada a aplicação da Teoria
Monista ou Unitária.
b) é possível cindir o tipo no tocante à homogeneidade do elemento subjetivo, uma vez
que a Teoria Monista ou Unitária não é plenamente reconhecida pelo sistema legal
brasileiro.
c) a teoria Monista ou Unitária aplica-se exclusivamente aos crimes dolosos contra a
vida, tendo sua aplicação, portanto, vetada nas hipóteses contempladas pelos crimes de
trânsito.
d) inspirado na legislação italiana, adotou, como regra, a Teoria Monista ou Unitária, ou
seja, havendo pluralidade de agentes, com diversidade de conduta, mas provocando um
só resultado, existe um só delito.
e) denunciados em coautoria delitiva, e não sendo as hipóteses de participação de menor
importância ou cooperação dolosamente distinta, os réus poderiam ser condenados por
delitos diversos: homicídio doloso e homicídio culposo.
Gabarito D
Conforme Rogério Sanches (Código Penal para concursos, 8ª ed., 2015):
"Temos três teorias discutindo a infração penal, em tese, cometida por cada concorrente.
Para a teoria monista (unitária ou igualitária), ainda que o fato criminoso tenha
sido praticado por vários agentes, conserva-se único e indivisível, sem qualquer
distinção entre os sujeitos. Todos e cada um, sem distinção, são responsáveis pela
produção do resultado, em concepção derivada da equivalência das condições (todos os
que concorrem para o crime respondem pelo seu resultado) e também fundamentada em
questões de política criminal, em que se prefere punir igualmente os vários agentes que,
de alguma forma, contribuíram para a prática de determinada infração penal.
De acordo com a teoria pluralista, a cada um dos agentes se atribui conduta, elemento
psicológico e resultado específicos, razão pela qual há delitos autônomos cominados
individualmente. Haverá tantos crimes quantos sejam os agentes que concorrem para o
fato.
Por fim, para a teoria dualista, tem-se um crime para os executores do núcleo do tipo
(autores) e outro para os que não o realizam, mas de qualquer modo concorrem para a
sua execução (partícipes). Trata-se, na verdade, de dupla concepção a respeito do papel
exercido
por cada um dos agentes, cabendo ao autor o desempenho da ação principal e ao
partícipe a prática de atos acessórios.
A teoria adotada pelo Código Penal foi a monista, estabelecendo-se a existência de
apenas um crime e a responsabilidade de todos os que concorrem para a sua
prática. O artigo 29 do Código Penal, todavia, em sua parte final, faz uma ressalva no
137
sentido de que todos incidem nas penas cominadas ao crime 'na medida de sua
culpabilidade'".
176- "A" recebeu de "B" a determinação de espancar terceiro. No entanto, ultrapassando
os limites da provocação, mata a vítima. No caso, o partícipe responderá
a) por lesão corporal, sem aumento da pena, se podia prever o resultado, ou pelo homicídio, por
dolo eventual, se assumiu o risco de produzir o resultado.
b) pelo homicídio, por dolo eventual, se assumiu o risco de produzir o resultado, ou por
homicídio culposo.
c) por lesão corporal, sem aumento da pena, se não podia prever o resultado, ou pelo homicídio,
por dolo eventual, se assumiu o risco de produzir o resultado.
d) por lesão corporal, sem aumento de pena, se não podia prever o resultado morte, ou por
homicídio culposo.
e) por lesão corporal, com a pena aumentada, se a consequência letal lhe era imprevisível, ou
pelo homicídio, por dolo eventual, se assumiu o risco de produzir o resultado.
Gabarito C
177- Pessoa empresta seu nome e sua qualificação para sonegador constituir uma
empresa e efetivar negócios fraudulentos que resultam em lesão ao erário. Nesse
caso, poderá responder criminalmente, segundo a teoria do domínio do fato,
a) como coautor, pois integra o fato criminoso com conduta condizente com o verbo do
tipo penal, sonegação, e, por isso, responde igualmente com o comparsa.
b) como coautor, pois integra o fato criminoso com conduta imprescindível para sua
realização, ou seja, a constituição da empresa, que viabilizou o desenvolvimento da
atividade criminosa.
c) como partícipe, pois apenas assessorou o coautor para que este pudesse efetivar a
prática criminosa com o empréstimo de seu nome e qualificação para a constituição da
empresa, recebendo, todavia, a mesma pena.
d) como partícipe, pois apenas assessorou o coautor para que este pudesse efetivar a
prática criminosa com o empréstimo de seu nome e qualificação para a constituição da
empresa, recebendo a pena proporcional à sua participação.
e) apenas na condição de testemunha, por sua conduta se tratar de fato atípico, ou seja,
não previsto no tipo penal.
Gabarito B
Para essa concepção, AUTOR é quem possui controle sobre o domínio final do fato,
domina finalisticamente o trâmite do crime e decide acerca da sua prática, suspensão,
interrupção e condições. De fato, autor é aquele que tem a capacidade de fazer
continuar e de impedir a conduta penalmente ilícita.
138
A tese de Welzel, sistematizada pelo professor alemão Claus Roxin, em sua tese
doutoral “Autoria e Domínio do Fato”, estabelece-se três hipóteses diversas para a
determinação de quem é AUTOR de um:
De acordo com o caso apresentado - A pessoa que empresta seu nome e sua qualificação
para sonegador constituir uma empresa e efetivar negócios fraudulentos que resultam
em lesão ao erário é um AUTOR.
Letra D - Art. 31, CP; "se o crime não chega pelo menos a ser tentado"
Letra E - Art. 29, § 1º, CP; "pode ser diminuída de 1/6 a 1/3"
b) Errada. A infração deve ser igual, pois a regra no concurso de agente é que haja
identidade de infrações penais.
d) Errada. Em regra é o autor (e coautor) que realiza o fato típico, leia-se pratica o verbo
núcleo do tipo, já o partícipe colabora para o crime sem realizar os atos executórios.
Autor: Aquele que realiza o núcleo, ou seja, o verbo do tipo. Quem mata, subtrai.
Assim, Pedrus não executou o núcleo do tipo, apenas prestou sua colaboração, sendo
classificado como partícipe.
Gabarito B
Segundo o STJ de fato não se pode falar em autoria mediata em crimes de mão
própria, porém admite a possibilidade de participação via induzimento ou
instigação, entretanto, Rogério Greco afirma que ainda nesses casos há exceções como
por exemplo no caso que uma testemunha é coagida, irresistivelmente, a prestar um
testemunho falso para beneficiar o autor da coação. Sendo assim um caso de autoria
mediata em um crime de mão própria (falso testemunho).
183- Quanto aos demais agentes do crime, o parentesco entre o autor e a vítima;
a) comunica-se, desde que elementar ao tipo.
141
Quando a banca diz que Alvaro irá responder pelo resultado morte, ela não faz
referencia ao roubo qualificado pela morte, e sim pela Causa de Aumento do art.
29, § 2º, CP:
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido
previsível o resultado mais grave.
a) O ajuste não tem que ser prévio; porém, é necessário que haja o liame subjetivo entre
os agentes, caso não, poderá ocorrer a denominada autoria colaterial. Lembrando que
são elementos do concurso de pessoas: 1. Pluridade de Agentes/Condutas; 2. Liame
Subjetivo; 3. Relevância Causal; 4. Unidade de ilícito penal.
b) O agente deverá usar apenas nos meios sufiencientes para cessar a injusta agressão, o
que exceder isso, EM REGRA, será punido.
c) Nem todo fato antijurídico (ilícito) será punido, haja vista a que ainda é necessária
avaliação da culpabilidade do agente.
e) CORRETA.
186- Roberto, Pedro e Lucas planejaram furtar uma relojoaria. Para a consecução
desse objetivo, eles passaram a vigiar a movimentação da loja durante algumas
noites. Quando perceberam que o lugar era habitado pela proprietária, uma
senhora de setenta anos de idade, que dormia, quase todos os dias, em um quarto
nos fundos do estabelecimento, eles desistiram de seu plano. Certa noite depois
dessa desistência, sem a ajuda de Roberto, quando passavam pela frente da loja,
Pedro e Lucas perceberam que a proprietária não estava presente e decidiram,
naquele momento, realizar o furto. Pedro ficou apenas vigiando de longe as
imediações, e Lucas entrou na relojoaria com uma sacola, quebrou a máquina
registradora, pegou o dinheiro ali depositado e alguns relógios, saiu em seguida,
encontrou-se com Pedro e deu-lhe 10% dos valores que conseguiu subtrair da loja.
Na situação hipotética descrita no texto
Gabarito E
Serão sim responsabilizados pelo mesmo tipo penal em virtude da adoção, pelo CP, da
teoria monista para o concurso de pessoas, segundo a qual incidem no mesmo tipo
penal todos que concorrem para o crime. Entrementes, não terão necessáriamente a
143
Há sim distinção entre autor e partícipe. Tanto é que o próprio art. 29, em seu § 1º
aduz que - "Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de
um sexto a um terço", demonstrando assim tratamento diferencial à mera participação.
c)ERRADA Pedro, partícipe, terá pena mais grave que a de Lucas, autor do crime.
O art. 29 do CP, em seu § 1º aduz que - "Se a participação for de menor importância,
a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço", demonstrando assim tratamento
mais brando à mera participação.
Art. 29, § 1º do CP "Se a participação for de menor importância, a pena pode ser
diminuída de um sexto a um terço".
Letra A: ERRADA. Súmula 610 do STF: "Há crime de latrocínio, quando o homicídio
se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima."
144
Letra C: ERRADA. O STJ entende que não há participação em crime culposo, porém,
parte da doutrina e Jurisprudência admitem a coautoria.
D) CORRETA ! CP: Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide
nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
189- Pode haver participação dolosa em crime culposo, não sendo necessário, para
a caracterização do concurso de pessoas, que autor e partícipes tenham atuado
com o mesmo elemento subjetivo-normativo.
Gabarito ERRADO
Gabarito ERRADO
A teria do domínio do fato diferencia autor e partícipe não com base na prática dos
atos executórios (isso quem o faz é a teoria objetivo-formal). A teoria do domínio do
fato diferencia autor e partícipe tendo com fundamento o domínio sobre o curso da
empreitada criminosa. Todo aquele que possui o domínio do curso da conduta criminosa
(seja pelo domínio da ação, da vontade ou pelo domínio funcional do fato) é
considerado autor do delito.
191- No concurso de pessoas, o auxílio prestado ao agente, quando não iniciada a
execução do crime, é passível de punição.
Gabarito ERRADO
146
Exemplo:
Lolo atira pra matar Maumau e do outro lado da rua Nogueirinha atira em direção a
Maumau, ambos com Animus Necandi, e sem conhecer a conduta um do outro.
Outras situações em que não há concurso de crimes: Autoria Mediata e Autoria Incerta
147
195- A autoria mediata não é admitida nos crimes de mão própria e nos tipos de
imprudência.
Gabarito CORRETO
Autoria mediata: O autor domina a vontade alheia e, desse modo, serve-se de outra
pessoa que atua como instrumento.
Ex: Médico quer matar inimigo que está hospitalizado e usa a enfermeira para ministrar
injeção letal no paciente.
Portanto, não é admitida nos crimes de mão própria, que só pode ser cometido pelo
sujeito em pessoa, ou seja, pelo autor direto da ação e nem nos tipos criminais por falta
de imprudência, que é a falta de cuidados.
Tal teoria não tem a pretensão de analisar a punibilidade de cada um, mas apenas
delimitar, de forma mais substancial, a natureza de cada uma das condutas delituosas.
b) Para esta teoria o agente seria coautor por domínio FUNCIONAL do fato, ou seja,
por desempenhar uma tarefa essencial e indispensável à concretização da conduta
delituosa, ainda que não praticando os atos previstos no núcleo do tipo penal.
d) O item está errado, pois inverte os conceitos de domínio da vontade (que ocorre na
autoria mediata) e domínio da ação (que ocorre na autoria imediata).
e) Item errado, pois a teoria do domínio do fato é inaplicável aos delitos culposos,
exatamente por não haver, nestes delitos, domínio do agente sobre a conduta que visa ao
fim criminoso, já que no delito culposo o resultado ocorre involuntariamente.
Em relação aos crimes omissivos, boa parte da Doutrina não admite coautoria, mas
apenas participação. A autoria em tais delitos estaria restrita àquele que pratica
efetivamente a conduta (ou seja, não fazendo o que deveria fazer), de forma que seria
inviável o reconhecimento da teoria do domínio do fato em relação a tais delitos.
Gabarito A
199- São elementos caracterizadores do concurso de pessoas (coautoria e
participação em sentido estrito), entre outros:
a) acordo de vontades entre os agentes e relevância causal das condutas.
b) pluralidade de agentes e acordo de vontades entre os agentes.
c) liame subjetivo e pluralidade de infrações penais.
d) pluralidade de agentes e pluralidade de infrações penais.
e) liame subjetivo e relevância causal das condutas.
Gabarito E
Liame Subjetivo.
7- Concurso de crimes
Gabarito E
A não pode ser a resposta, eis que o concurso formal heterogêneo ocorre quando o
agente, com uma única conduta, pratica dois ou mais crimes diferentes. Dessa forma,
não está satisfeito o enunciado.
B também não pode ser a resposta, pois o concurso formal impróprio ocorre quando o
agente, com uma única conduta, pratica dois ou mais crimes dolosos, tendo o desígnio
de praticar cada um deles (desígnios autônomos).
C e D também não podem ser as respostas, já que dentre os requisitos para o crime
continuado, eles devem ser da mesma espécie, conforme se preceitua do art. 71, caput e
parágrafo único.
D) art.71, parágrafo unico. Nos crimes dolosos, contra vítimas difierentes, (...) aumentar
a pena de um só dos crimes, se idênticas ou a mais grave, se diversas, até o triplo
- O § único do art. 70 (concurso formal próprio) diz que a pena no concurso formal não
poderá exceder a do concurso material.
- O § único do art. 71 (crime continuado) diz que temos que observar as regras do §
único do art. 70, portanto a pena no crime continuado também não pode exceder a do
concurso material.
153
Concurso formal
Art. 70, Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do
art. 69 deste Código (concurso material).
Crime continuado
Art. 71, Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos
com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade,
os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e
as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave,
se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art.
75 deste Código.
207- Uma vez reconhecido o concurso formal de crimes, será afinal aplicada pena
privativa de liberdade
a) aquém daquela mais grave isoladamente aplicável por qualquer dos crimes.
b) aquém daquela menos grave isoladamente aplicável por qualquer dos crimes.
c) igual à pena mais grave isoladamente aplicável por qualquer dos crimes.
d) além daquela mais grave e até a somatória aritmética das penas isoladamente
aplicáveis aos crimes.
e) além da somatória aritmética das penas isoladamente aplicáveis aos crimes.
Gabarito D
Uma vez reconhecido o concurso formal de crimes, será afinal aplicada pena privativa
de liberdade além daquela mais grave (ou seja aplica a pena mais grave somada de 1/6
a metade o que resultará numa pena além daquela mais grave) e até a somatória
aritmética das penas isoladamente aplicáveis aos crimes ( de acordo com o art. 70, Ú, o
limite para o aumento de pena é, no concurso formal perfeito, a somatória das penas)
EX: um meliante comete um crime num concurso formal perfeito sendo condenado a 12
anos em um crime e 4 meses em outro crime. Usando a regra da exasperação e
aumentado a pena no menor valor possível, ele iria responder por 12 anos+1/6= 14 anos
de pena.
Note-se que se as penas fossem somadas daria apenas 12 anos e 4 meses de pena. Logo
se no concurso formal perfeito ultrapassar a somatória aritmética das penas isoladas irá
aplicar a regra do cumulo material.
207- Vicente, que não tem prática no uso de arma de fogo, disparou vários tiros
contra Rodrigo, que estava próximo de Manoel, sabendo que poderia atingir os
dois. Vicente tinha a intenção de matar Rodrigo e, para tanto, não se importava
com a morte previsível de Manoel. Após os disparos, ambos foram atingidos, e
apenas Rodrigo sobreviveu.
Nessa situação, não há elementos legais suficientes para se falar em concurso formal de
crimes.
154
Gabarito ERRADO
- 2 ou + crimes;
- 1 só ação;
- Cúmulo material;
208- No que diz respeito ao concurso de crimes, o direito brasileiro adota o sistema
do cúmulo material e o da exasperação na aplicação da pena.
Gabarito CORRETO
PARA PEGAR DE VEZ!
Concurso material
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade
em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de
detenção, executa-se primeiro aquela. (CÚMULO MATERIAL)
Concurso formal
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais,
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade.
(EXASPERAÇÃO DA PENA) As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a
ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos,
consoante o disposto no artigo anterior. (CÚMULO MATERIAL)
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69
deste Código. (CONCURSO MATERIAL BENÉFICO)
Crime continuado
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e
outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro,
aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas,
aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. (EXASPERAÇÃO DA
PENA)
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com
violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os
antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as
circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75
deste Código. (EXASPERAÇÃO DA PENA)
-Perfeito ou Próprio: O agente não tem o dolo de praticar mais de um crime, acontece
pq ou todos os resultados são culposos ou pq existe um preterdolo
Item II
Portanto, a questão não entra no mérito de concurso de crime material, nem, tampouco,
de crime continuado, haja vista a permanência naquele e de inviabilidade temporal
neste.
III) ERRADA.
B) ERRADA – Aplica-se, sim. Por exemplo, o agente comete 4 furtos contra pessoas
diferentes num mesmo dia. Após ser capturado é reconhecido pelas 4 vítimas na
delegacia. Por abstração legal teria este cometido apenas 1 furto, com o aumento de
pena do art. 70, CP
D) ERRADA – Ação única – concurso formal; mais de uma ação = concurso material
C) Errado. Geralmente o autor sabe que está sendo ajudado pelo partícipe. Mas nem
sempre isso acontece. É possível que o partícipe ajude um autor que não tenha
conhecimento de que está sendo ajudado e ele vai responder por participação. O
partícipe precisa saber que está ajudando o autor, mas o autor não precisa conhecer
essa ajuda, não precisa saber que está sendo ajudado. Ex: Maria trabalha em
determinada casa para uma determinada família. Ela está com raiva da patroa e ela sabe
que naquela rua onde fica essa casa sempre passam “A” e “B” que são ladrões. Eles não
entram para furtar uma residência que esteja com as portas fechadas, apenas com as
portas abertas. Sabendo disso, Maria de propósito ao sair do trabalho antes de os patrões
chegarem em casa deixou a porta da residência aberta. “A”e “B” entraram e furtaram os
bens. Eles não sabem que foi Maria que deixou a porta aberta de propósito, mas ela é
partícipe. Ela concorreu para o crime na medida da sua culpabilidade, uma vez que
deixou a porta aberta para eles entrarem.
159
D) Errado. Artigo 70, caput, 2ª parte. Desígnios autônomos, uma única conduta,
penas somadas, ou seja, o agente se vale de uma única conduta para, dolosamente,
produzir mais de um crime. Exemplo, Camila desejasse matar o pedestre, antigo
desafeto, bem como lesionar o outro pedestre (sua ex-sogra). Assim, como sua única
conduta, Camila objetivou praticar ambos os crimes, respondendo por ambos em
concurso formal imperfeito, e lhe será aplica a pena de ambos cumulativamente
(sistema do cúmulo material), pois esse concurso formal é formal apenas no nome, já
que deriva de intenções (desígnios) autônomas, nos termos do art. 70, segunda parte, do
CP.
Desígnios autônomos compreendem: dolo direto + dolo direto ou dolo direto + dolo
eventual. Acho que o erro da questão, é quando ele não fala se é dolo direito ou
indireto.
E) Correto.
214- Tales foi preso em flagrante delito quando transportava, sem autorização
legal ou regulamentar, dois revólveres de calibre 38 desmuniciados e com
numerações raspadas.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base na
jurisprudência dominante dos tribunais superiores relativa a esse tema.
A apreensão das armas de fogo configurou concurso formal de crimes.
Gabarito ERRADO
A jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido da existência de um delito único
quando apreendidas mais de uma arma, munição, acessório ou explosivo em posse do
mesmo agente, dentro do mesmo contexto fático, não havendo que se falar em concurso
material ou formal entre as condutas, pois se vislumbra uma só lesão de um mesmo bem
tutelado (Precedentes) -HABEAS CORPUS Nº 228.231, Rel. Min. Gilson Dipp.
20/06/2012.
215- O concurso formal próprio distingue-se do concurso formal impróprio pelo
elemento subjetivo do agente, ou seja, pela existência ou não de desígnios
autônomos.
Gabarito CORRETO
216- Giordano, ao dirigir seu automóvel de maneira negligente, perdeu o controle
do carro, matando cinco pessoas e lesionando gravemente outras cinco.
Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a alternativa correta.
a) Giordano agiu em continuidade delitiva, devendo ser-lhe aplicada a pena mais grave,
aumentada de um sexto até a metade.
b) Atualmente, considera-se que tais situações devem ser entendidas como crime único,
aplicando-se apenas uma das penas, ou seja, a mais leve.
c) Giordano praticou crimes em concurso material e responderá pela pena de cada um
deles.
160
d) Giordano praticou crimes em concurso formal, devendo a pena dos crimes ser
somada, visto que, nesse caso, o cúmulo material é mais favorável que a exasperação.
e) Giordano praticou crimes em concurso formal, devendo ser–lhe aplicada a pena mais
grave, aumentada de um sexto até a metade.
Gabarito E
217- Marque a alternativa CORRETA em relação ao concurso de crimes.
a) Ocorre o concurso material, quando o agente, mediante uma só ação ou omissão,
pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas
privativas de liberdade em que haja incorrido.
b) Há concurso formal, quando o agente, mediante duas ou mais ações, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se
iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um sexto) até 1/2
(metade).
c) Há crime continuado quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica
dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de
execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação
do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços).
d) No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente.
e) Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse
praticado o crime contra esta.
Gabarito D
218- Segundo este sistema, “a pena aplicável não deve ser a soma das penas
cominadas para cada um dos crimes considerados em concurso, mas deve sim
corresponder à gravidade dos delitos envolvidos”. Esse sistema é o:
a) Sistema da absorção;
b) Sistema da exasperação;
c) Sistema do cúmulo material;
d) Sistema do cúmulo jurídico;
e) Sistema do cúmulo jurídico-material.
Gabarito D:
SISTEMA DE EXASPERAÇÃO - nesse haverá uma única pena, sempre a mais grave
aumentada de um quantum variável fixado em lei. Crítica é a mesma d sistema do
cúmulo jurídico, isto é, o concurso de crimes redundaria numa causa de diminuição de
pena.
crime de perido para a vida ou saúde de outrem, art. 132), de perigo individual (atinge
uma pessoa ou um determinado número de pessoas, ex: perigo de contágio venéreo), de
perigo comum ou coletivo (o perigo já está ocorrendo, ex: abandono de incapaz), de
perigo iminente (o perigo está prestes a ocorrer) e de perigo futuro ou mediato (o
perigo se projeta para o futuro, ex: porte ilegal de arma).
8. QUANTO AO NÚMERO DE ATOS EXECUTÓRIOS QUE INTEGRAM A
CONDUTA:
a) Crime unissubsistente: a conduta se revela mediante um único ato de execução,
capaz, por si só, de produzir a consumação. Não admite tentativa. Ex: crimes contra a
honra praticados com o emprego da palavra.
b) Crime plurissubsistente: a conduta se exterioriza por meio de dois ou mais atos,
que devem somar-se para produzir a consumação. Ex: homicídio praticado com
golpes de faca.
9. COM RELAÇÃO À FORMA COMO É PRATICADO O CRIME:
a) Crime comissivo ou de ação: é praticado mediante conduta positiva. Ex: roubo.
b) Crime omissivo ou de omissão: cometido por meio de uma conduta negativa, uma
inação. Subdividem-se em:
Ä Crime omissivo próprio ou puro: a omissão está contida no tipo penal, prevendo
a conduta negativa como forma de praticar o delito. Não há dever jurídico de agir,
portanto, qualquer pessoa que se encontre na posição indicada pelo tipo penal
responderá apenas pela omissão, e não pelo resultado naturalístico. Ex: omissão de
socorro, art. 135.
Ä Crime omissivo impróprio, espúrio ou comissivo por omissão: o tipo penal aloja
uma conduta positiva, e o agente, que tem o dever jurídico de evitar o resultado,
realiza uma conduta negativa, respondendo penalmente pelo resultado naturalístico.
Ex: mãe que mata filho por não amamentá-lo.
Ä Crime omissivo por comissão: nesse caso, há uma ação provocadora da omissão.
Grande parte da doutrina não reconhece essa categoria de delito.
Ä Crime omissivo "quase-impróprio": essa classificação, ignorada pelo direito penal
pátrio, diz respeito à omissão que não produz lesão ao bem jurídico, mas apenas um
perigo de lesão, abstrato ou concreto.
c) Crime de conduta mista: o tipo penal é composto de duas fases distintas, uma
inicial positiva e outra final, omissiva. Ex: apropriação de coisa achada e omissão em
devolvê-la (CP, art. 169, parágrafo único, inciso II).
10. QUANTO AO MODO DE EXECUÇÃO:
a) Crime de forma livre: admitem qualquer meio de execução. Ex: ameaça, art. 147.
b) Crime de forma vinculada: somente pode ser praticado através dos meios
indicados pelo tipo penal. Ex: perigo de contágio venéreo (CP, art. 130).
165
c) habitual.
d) de perigo concreto.
e) de perigo abstrato.
Gabarito A
221- Quando o tipo penal exige para a consumação do delito a produção de um
dano efetivo, o crime é
a) de perigo concreto.
b) formal.
c) de mera conduta.
d) material.
e) de perigo abstrato.
Gabarito D
Crimes formais - descreve-se a conduta mas não se exige que o resultado seja atingido
(crimes contra a honra, extorsão).
222- O delito de furto simples, previsto no art. 155 do Código Penal, é um crime
a) material, plurisubsistente e instantâneo.
b) material, unisubsistente e instantâneo de efeitos permanentes.
c) formal, unisubsistente e permanente.
d) formal, unisubsistente e instantâneo de efeitos permanentes.
e) formal, plurisubsistente e instantâneo.
Gabarito A
d) falsidade de atestado médico (Art. 302 do CP): Dar o médico, no exercício da sua
profissão, atestado falso: crime próprio
e) fraude de lei sobre estrangeiro (Art. 309 do CP): Usar o estrangeiro, para entrar ou
permanecer no território nacional, nome que não é o seu: só o estrangeiro (e o
apátrida) pode praticar este crime.
172
226- Os crimes de ação múltipla são aqueles que possuem diversas modalidades de
condutas descritas no tipo, impondo-se a prática de mais de uma para a sua
caracterização.
Gabarito ERRADO
Crime de ação múltipla
e) omissivos próprios.
Gabarito D
PEGAR PARA A VIDA!!
Crimes culposos – Nestes crimes o resultado naturalístico não é querido pelo agente,
logo, a vontade dele não é dirigida a um fim
ilícito e, portanto, não ocorrendo este, não há que se falar em interrupção involuntária
da execução do crime;
Crimes preterdolosos – Como nestes crimes existe dolo na conduta precedente e culpa
na conduta seguinte, a conduta seguinte é culposa, não se admitindo, portanto, tentativa;
Crimes unissubsistentes – São aqueles que se produzem mediante um único ato, não
cabendo fracionamento de sua execução. Assim, ou o crime é consumado ou sequer foi
iniciada sua execução. EXEMPLO: Injúria. Ou o agente profere a injúria e o crime
está consumado ou ele sequer chega a proferi-la, não chegando o crime a ser iniciado;
Crimes omissivos próprios – Seguem a mesma regra dos crimes unissubsistentes, pois
ou o agente se omite, e pratica o crime na modalidade consumada ou não se omite,
hipótese na qual não comete crime;
Crimes de perigo abstrato – Como aqui também há crime unissubsistente (não há
fracionamento da execução do crime), não se admite tentativa;
Contravenções penais – Não se admite tentativa, nos termos do art. 4° do Decreto-Lei
n° 3.688/41 (Lei das Contravenções penais);
Crimes de atentado (ou de empreendimento) – São crimes que se consideram
consumados com a obtenção do resultado ou
ainda com a tentativa deste. Por exemplo: O art. 352 tipifica o crime de “evasão”,
dizendo: “evadir-se ou tentar evadir-se” Desta maneira, ainda que não consiga o preso
se evadir, o simples fato de ter tentado isto já consuma o crime;
Crimes habituais – Nestes crimes, o agente deve praticar diversos atos, habitualmente,
a fim de que o crime se consume. Entretanto, o problema é que cada ato isolado é um
indiferente penal. Assim, ou o agente praticou poucos atos isolados, não cometendo
crime, ou praticou os atos de forma habitual, cometendo crime consumado. Exemplo:
Crime de curandeirismo, no qual ou o agente pratica atos isolados, não praticando
crime, ou o faz com habitualidade, praticando crime consumado, nos termos do art.
284, I do CP.
231- Quanto ao crime de rixa previsto no artigo 137 do Código Penal (participar
de rixa, salvo para separar os contendores), é correto afirmar que:
a) é crime comum, de dano, comissivo por omissão, colet ivo, não transeunte como
regra, unissubsistente, instantâneo.
175
9- Sanções penais
Código Penal:
Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de
custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado.
176
LEP:
Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospital de
Custódia e Tratamento Psiquiátrico.
III Não haverá crime de lavagem de dinheiro caso o agente seja absolvido, por
atipicidade da conduta, do crime antecedente a ele imputado, uma vez que o crime de
branqueamento, embora autônomo, é delito derivado do antecedente.
Gabarito C
234- A respeito de penas, julgue os itens a seguir.
I O trabalho externo é admissível no regime fechado.
II Em se tratando de reincidentes em crimes dolosos, as penas restritivas de direitos não
podem ser autônomas.
III São penas restritivas de direitos: interdição temporária de direitos e pagamento de
multa.
IV A limitação de final de semana é uma das penas restritivas de direitos e consiste em
permanecer em casa de albergado por cinco horas aos finais de semana.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
177
d) II e IV.
e) III e IV.
Gabarito B
I:
Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame
criminológico de classificação para individualização da execução. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante
o repouso noturno. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não
for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena
aplicada, se o crime for culposo;(Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
II – o réu não for reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de
1998)
III:
IV:
Art. 43:
Não são computadas, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direito, as
frações de dias, isto é, as horas e os minutos dessas penas.
Gabarito CORRETO
238- em tema de sanções penais assinale a alternativa incorreta, consoante
jurisprudência sumulada do stf:
a) Admite-se a progressão de regime de cumprimento de pena ou a aplicação imediata
de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória;
b) Impede a progressao de regime de execução da pena, fixada em sentença não
transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisao especial;
c) A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui
motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a
pena aplicada;
d) A imposição de regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir
exige motivação idônea.
Gabarito B
Teoria sintomática: com a sua conduta, demonstra o agente ser perigoso, razão pela
qual deve ser punido, ainda que o crime se mostre impossível de ser consumado. Por ter
como fundamento a periculosidade do agente, esta teoria se relaciona diretamente com o
direito penal do autor;
b) CERTO - de acordo com o art. 89 da Lei 9099, somente é cabível a sursis
processual quando a pena mínima do delito for menor ou igual a 1 ano. O
famigerado tráfico privilegiado (causa de aumento de pena do art. 33, §4º da lei de
drogas), ainda que aplicada a fração MÁXIMA para diminuir a pena do delito do caput
do art. 33, resultaria em uma pena mínima de mais de 1 ano (fração de 2/3 na redução
da pena mínima de 5 anos do tráfico = 1,67, ou seja, mais de 1 ano e meio de pena
mínima). Portanto, inaplicável a suspensão condicional do processo.
c) ERRADO - não admite transação penal, pois não é delito de menor potencial
ofensivo (pena máxima de 2 anos), ainda que se aplique a maior fração para diminuir a
pena máximo do caput do art. 33 da lei de drogas (2/3 de diminuição de 15 anos, resulta
em 5 anos de pena máxima).
241- O lapso temporal para progressão de regime em caso de crime não hediondo
praticado por reincidente é de
a) 2/5 da pena.
b) 3/5 da pena.
c) 2/3 da pena.
d) 1/6 da pena.
e) 1/2 da pena.
Gabarito D
PEGAR DE VEZ!!!
É bom ter em mãos a posse de outros dados, para análise de questões similares:
Da Permissão de Saída
Da Remição
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá
remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
184
A Súmula 269 do STJ é para as hipóteses de penas de reclusão e não detenção, visto que
esta é comporta apenas o regime semi-aberto, ou aberto
O erro da D:
INJÚRIA RACIAL
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas
horas;
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol.
Art. 52. (...) § 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos
provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a
ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
245- Depois de finalizado o devido processo legal, um indivíduo foi condenado à
pena concreta mínima de um ano de reclusão e de dez dias-multa por ter praticado
crime de estelionato.
De acordo com o Código Penal e com o entendimento dos tribunais superiores, nesse
caso é permitido ao juiz, na sentença condenatória,
a) converter a pena de reclusão aplicada em duas penas restritivas de direitos, sendo
uma de prestação de serviços comunitários e outra de prestação pecuniária.
b) estabelecer prestação de serviços comunitários como condição do regime aberto.
c) aplicar o regime aberto, ainda que o condenado seja reincidente.
d) estabelecer regime mais severo que o permitido em lei, ainda que a pena base tenha
se mantido no mínimo legal.
e) converter a pena de reclusão aplicada em uma pena de multa.
Gabarito E
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por
multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de
liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas
restritivas de direitos.
c) caso o novo ato cometido, previsto como crime doloso, seja punível com reclusão.
d) que poderá limitar o número de pessoas e a duração das visitas semanais.
e) depois de transitar em julgado eventual decisão condenatória do crime que motivou a
sua prisão, pois, como preso provisório, ele não pode ser sujeito ao referido regime.
Gabarito D
a) ERRADO. CP, art. 77, § 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a
concessão do benefício.
c) ERRADO. Não revoga, ocorre a prorrogação. CP, art. 81, § 2º - Se o beneficiário está
sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se PRORROGADO o
prazo da suspensão até o julgamento definitivo.
d) ERRADO. CP, art. 77, caput – A execução da pena privativa de liberdade, não
superior a DOIS ANOS, poderá ser suspensa (...)
e) CORRETO. CP, art. 78, § 1º - No primeiro ano do prazo deverá o condenado prestar
serviços à comunidade (artigo 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (artigo
48).
Há 4 tipos de sursis:
1. Simples:
2. especial:
* condições favoráveis
3. Etário:
* prova: 4 a 6 anos
* primeiro ano: qualquer das hipóteses previstas para PRD, a depender da situação de
reparabilidade do dano ou não.
4. Humanitário:
* prova: 4 a 6 anos
* pessoa doente
Código Penal
d) se tratando de prestação pecuniária o valor pago pelo réu não será deduzido do
montante de eventual condenação em ação de reparação civil, ainda que coincidentes os
beneficiários.
e) a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável apenas às
condenações superiores a um ano de privação da liberdade.
Gabarito C
Letra A. Errada. A reincidência não impede a substituição de PPL por PRD, quando
for reincidente em crime culposo ou a reincidência não for específica (mesmo crime) e
sendo favoráveis as circunstâncias judiciais.
§ 3oSe o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em
face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência
não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
Art. 46. § 4oSe a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado
cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena
privativa de liberdade fixada.
Letra C. CORRETA.
Art. 45. § 1oA prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus
dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância
fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e
sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual
condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários.
Letra A: está errada por que os 04 anos é limite apenas nos casos de crimes dolosos (nos
culposos não há limite);
Letra B: está errada por que a substituição também é possível se o sujeito for reincidente
em doloso (desde que não seja específico);
Letra C: está errada por que a medida ser socialmente recomendável é requisito apenas
para os reincidentes;
Letra D: essa é a única que não é exceção de nada; não é requisito pelo CP para
substituição;
Letra E: está correta por que é a única que apresenta requisito geral da substituição (sem
exceções).
DETALHE: essas são as razões pelas quais acredito que a banca tenha dado como certa
apenas a letra E, mas nem o enunciado e nem as alternativas especificam com um
"apenas", por exemplo. No final das contas, todas, exceto a letra D, são requisitos para
substituição, porém, não para todos os casos, não se tratam de requisitos "gerais". A
banca focou nas exceções.
C - Errada. Não existe vedação legal a que a PRD seja imposta como condição do
"sursis". A propósito, o STJ admite que prestação pecuniária ou prestação de serviços
seja fixada como condição de cumprimento da suspensão condicional do processo.
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por
multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de
liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas
restritivas de direitos.
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena
aplicada, se o crime for culposo;
d) não pode substituir isoladamente pena privativa de liberdade, nos casos de violência
doméstica e familiar contra a mulher, apenas se condenado o agente pelo crime de lesão
corporal.
Gabarito E
MULTA (reincidência):
196
Se ISOLADA: 2 anos.
NÃO. Nos casos em que haja condenação a pena privativa de liberdade e multa,
cumprida a primeira (ou a restritiva de direitos que eventualmente a tenha substituído),
o inadimplemento da sanção pecuniária não obsta o reconhecimento da extinção da
punibilidade.
- O valor pago não será deduzido de eventual condenação, diferente do que ocorre na
prestação pecuniária
- NÃO admite conversão! Caso não seja paga, a multa se tornará dívida de valor a ser
executada na vara da Fazenda Pública.
b) pode substituir, ainda que isoladamente, a pena privativa de liberdade nos casos de
violência doméstica e familiar contra a mulher.
d) pode substituir pena privativa de liberdade e ser aplicada em conjunto com restritiva
de direitos, na condenação superior a 1 (um) ano, se presentes os requisitos legais.
Gabarito D
Art. 44. As penas restritivas de direitos (PRD) são autônomas e substituem as privativas
de liberdade, quando: § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição
pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a
pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e
multa ou por duas restritivas de direitos.
Ou seja,
DEMAIS QUESTÕES:
• Exceção: mesmo sem ter pago, pode ser permitida a progressão de regime se ficar
comprovada a absoluta impossibilidade econômica do apenado em quitar a multa, ainda
que parceladamente.
Muito embora parte da assertiva esteja correta (em relação à execução pela
Procuradoria da Fazenda, na Vara de Execuções Fiscais), o critério para a fixação da
pena deve ser aquele estabelecido no art. 49 do Código Penal (sistema bifásico, no
qual primeiro é estipulada a quantidade de dias-multa – entre 10 a 360 – e depois é
determinado o valor de cada dia multa – entre 1/30 a 5 vezes o valor do salário
200
Em relação à parte da assertiva correta, vale relembrar a Súmula 521 do STJ, pela
qual “a legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de pagamento imposta
em sentença condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública”.
iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso de um sexto até metade.
As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os
crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos.
d) Na sentença condenatória o juiz poderá aplicar penas privativas de liberdade,
restritivas de direitos e de multa. A pena privativa de liberdade poderá ser no regime
fechado, semiaberto e aberto. Se a condenação for superior a 8 (oito) anos o regime
deverá ser o fechado, desde que o acusado seja reincidente em crime doloso.
Gabarito C
269- São penas restritivas de direito:
I. Prestação pecuniária e perda de bens e valores.
II. Multa.
III. Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas.
IV. Interdição temporária de direitos.
A sequência correta é:
a) Apenas a assertiva III está correta.
b) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
c) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
Gabarito B
Art. 43. As penas restritivas de direitos são:
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude
de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
203
b) O réu deve ser absolvido e aplicada medida de segurança, caso seja constatada a
inimputabilidade por doença mental superveniente à prática do fato.
c) As medidas de segurança de internação ou tratamento ambulatorial, quanto aos réus
inimputáveis, são aplicáveis por prazo determinado de 01 a 03 anos.
d) Após a aplicação de medida de segurança de tratamento ambulatorial poderá ser
determinada a internação, no processo de execução, se o acusado praticar novo crime.
Gabarito A
279- Assinale a opção que apresenta medidas de segurança passíveis de aplicação
no ordenamento penal brasileiro.
a) tratamento psiquiátrico e prestação de serviços a comunidade
b) internação em hospital público e frequência a curso educativo
c) tratamento ambulatorial e internação em hospital de custódia e tratamento
psiquiátrico
d) tratamento ambulatorial e frequência a curso educativo
e) prestação de serviços a comunidade e internação
Gabarito C
b) Obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho.
c) Recolher-se à habitação em hora fixada.
d) Não mudar do território da comarca do Juízo da Execução, sem prévia autorização
deste.
Gabarito C
CPP
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o
livramento.
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho;
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização
deste.
RECOLHER-SE EM HORA FIXADA PODE SER CONDICIONADO, MAS EM
CARATER EXCEPCIONAL
284- No tocante à jurisprudência sumulada pelo STJ quanto ao direito penal,
assinale a opção correta.
a) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva, com fundamento
em pena hipotética, é admitida, independentemente da existência ou do resultado do
processo penal.
b) Fixada a pena-base no mínimo legal, a decisão, fundamentada na gravidade abstrata
do delito, poderá estabelecer ao sentenciado regime prisional mais gravoso do que o
cabível em razão da sanção imposta.
c) A contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena será
interrompida pela prática de falta grave e se reiniciará a partir do cometimento dessa
infração.
d) A falta grave interrompe o prazo para a obtenção de livramento condicional.
e) A prática de falta grave interrompe o prazo para o fim de comutação de pena ou
indulto.
Gabarito C
Atrapalha:
- CONVERSÃO: se o réu está cumprindo pena restritiva de direitos, esta poderá ser
convertida em privativa de liberdade
Não interfere:
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento
condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao
reincidente específico.
● PROGRESSÃO DE REGIME
------------------------
● LIVRAMENTO CONDICIONAL
Cuidado!!!
- Falta grave:
De acordo com o Art 83 do CP, terá direito ao livramento condicional, sendo o réu
primário:
- Quando cumprida mais de 1/3 da pena, caso não seja reincidente em crimes dolosos e
tiver bom comportamento.
Obs. Na situação, ele foi condenado a 60 anos de reclusão, e para o computo do prazo
não devemos levar em consideração a pena máxima de 30 anos permitida no Brasil. E
sim a pena máxima que ele recebeu que no caso foram 60 anos. Sendo assim, ele ficará
20 anos preso para ter sua liberdade condicional. Segundo o Código penal.
Alternativa b) Errado: Não constitui efeito genérico, mas sim efeito específico
previsto no artigo 92, I do código penal. Aplicável quando ocorrer uma das hipóteses
das alíneas a ou b
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um
ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a
Administração Pública;
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro)
anos nos demais casos.
Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi
suspenso ou privado por decisão judicial:
Alternativa d) Errado:
I. Além de seus efeitos penais, a sentença proferida em processo criminal pode gerar
outros efeitos, a exemplo de tornar certa a obrigação de reparar o dano causado pelo
crime, ou mesmo fazer com que o condenado venha a perder eventual função pública.
II. A sentença penal condenatória com trânsito em julgado evidencia, quando possível, o
dano causado pelo agente mediante a prática de sua conduta típica, e gera para a vítima
um título executivo judicial.
III. Um dos efeitos da condenação penal é a perda, em favor da União, do produto do
crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a
prática do fato criminoso.
IV. Se alguém, dolosamente, utilizar seu automóvel para causar lesão na vítima, um dos
efeitos da condenação penal será a perda do veículo em favor da União.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, somente.
b) II e III, somente.
c) I, II e IV, somente.
d) I, II e III, somente.
e) I, III e IV, somente.
Gabarito D
Vamos aproveitar para estudar:são efeitos automáticos que não precisam ser motivados:
Exceções: tbm são efeitos automáticos: a perda do cargo ou função quando se tratar dos
seguintes casos:
2- ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
3- MANDATO ELETIVO
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano,
nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a
Administração Pública;
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos
nos demais casos.
294- A respeito dos efeitos da condenação, da ação penal e das causas de extinção
da punibilidade previstas no Código Penal (CP), assinale a opção correta.
a) Constitui efeito extrapenal automático da condenação pela prática do crime de
corrupção passiva a perda do cargo ocupado por servidor, desde que a pena aplicada ao
condenado seja igual ou superior a um ano.
b) O prazo decadencial de seis meses para a propositura de queixa-crime por crime para
o qual se prevê ação penal privada tem início na data em que ocorrer o fato contra o
ofendido, independentemente do dia em que tenha tido conhecimento da identidade do
autor do crime.
c) A perda do cargo público imposta na sentença penal condenatória, como efeito
extrapenal, possui efeitos permanentes, contudo não implica impossibilidade de
investidura em outro cargo público.
d) As causas de extinção da punibilidade que atingem a pretensão executória eliminam
todos os efeitos penais de eventual sentença condenatória, não podendo ser pressuposto
da reincidência tampouco ser usada como título executivo judicial na área cível.
e) A anistia destina-se a um indivíduo determinado, condenado irrecorrivelmente,
podendo, assim como o indulto, ser concedida de forma total ou parcial.
Gabarito C
295- Um servidor público, concursado e estável, praticou crime de corrupção
passiva e foi condenado definitivamente ao cumprimento de pena privativa de
liberdade de seis anos de reclusão, em regime semiaberto, bem como ao pagamento
de multa.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
O servidor deve perder, automaticamente, o cargo público que ocupa, mas poderá
reingressar no serviço público após o cumprimento da pena e a reabilitação penal.
215
Gabarito ERRADO
*Mesmo que a pena privativa de liberdade seja substituída por multa, PREVALECERÁ
A PERDA DO CARGO PÚBLICO.
Outras:
Q247130 Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão da Polícia
Federal
Um agente de polícia civil foi condenado a 6 anos de reclusão pela prática de tortura
contra preso que estava sob sua autoridade. Nessa situação, o policial condenado deve
perder seu cargo público e, durante 12 anos, ser-lhe-á vedado exercer cargos, funções ou
empregos públicos.
CORRETA.
O policial condenado por induzir, por meio de tortura praticada nas dependências do
distrito policial, um acusado de tráfico de drogas a confessar a prática do crime perderá
automaticamente o seu cargo, sendo desnecessário, nessa situação, que o juiz
sentenciante motive a perda do cargo.
CORRETA.
a) III e IV.
b) I, II, III e V.
c) II, III, IV e V.
d) II, III e V.
e) I, II e IV.
Gabarito D
I. Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que
for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o
período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier
revogação, desde que o condenado: I - tenha tido domicílio no País no prazo acima
referido;
II. Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que
for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o
período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier
revogação, desde que o condenado:
III. Art. 94. (...) II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante
de bom comportamento público e privado;
V. Art. 94. (...) III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a
absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que
comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida.
a) A reabilitação pode ser requerida após o decurso de dois anos do dia em que for
extinta de qualquer modo a pena, seja o condenado reincidente ou não.
d) Uma vez negada a reabilitação não há prazo mínimo para renovação do pedido.
Gabarito B
217
c) CERTO, CP Art. 94. III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre
a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que
comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida.
d) CERTO, Art. 94. Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a
qualquer tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos
comprobatórios dos requisitos necessários.
a) ERRADA: Item errado, pois tal efeito da condenação ocorrerá mesmo que se trate de
crime meramente tentado, nos termos do art. 83 da Lei 8.666/93.
c) ERRADA: Item errado, pois tal conduta configura crime contra a administração da
Justiça, mais especificamente o crime de “Desobediência a decisão judicial sobre perda
ou suspensão de direito”, nos termos do art. 359 do CP:
218
Art. 359 – Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso
ou privado por decisão judicial:
e) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 1º, §5º da lei 9.455/97:
(...)
Em outras palavras, jamais poderá ser exercido novamente o poder familiar, tutela ou
curatela em face da vítima do crime cuja condenação produziu o efeito previsto no art.
92, II, do Código Penal
Art. 94, CP - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em
que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o
período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier
revogação, desde que o condenado:
Vale mencionar que na reabilitação criminal, instituto declaratório com previsão nos
artigos 93 a 95 do CP e 743 a 750 do CPP, têm seus requisitos cumulativos elencados
no artigo 94 do CP. Logo, cumprido apenas as condições que constam no inciso III do
art. 94 do CP não é suficiente para que o condenado faça jus a reabilitação.
220
Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada,
cabendo ao Ministério Público promovê- la.
303- Bruna, em razão de uma briga com sua mãe, foi morar na residência de sua
tia Lucia, de 50 anos de idade, irmã de seu pai. Após 04 meses morando no local,
Bruna subtrai, sem autorização, a motocicleta de Lucia, que ela nunca deixou a
sobrinha usar, e foge para outra cidade juntamente com seu namorado. A tia,
chateada com a situação, apenas conta o fato para a mãe de Bruna, mas afirma
que nada fará do ponto de vista criminal ou civil, pois gosta muito da sobrinha. O
ocorrido, porém, chega ao conhecimento do Ministério Público, que oferece
denúncia em face de Bruna pela prática do crime de furto. Nessa situação, o
promotor de justiça agiu:
a) corretamente, pois, no caso, é irrelevante a condição da vítima e seu interesse na
persecução penal;
221
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo:
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é
cometido em prejuízo:
c) admissível a renúncia tácita, mas o perdão do ofendido deve ser expresso. (Art 106, §
1º do CP - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a
vontade de prosseguir na ação. Ou seja, o perdão pode ser tácito)
e) concedido o perdão por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros. (Art.
106, II do CP) - CORRETA
306- Antonio, de 25 anos, está sendo processado pelo delito de furto praticado
contra João, seu irmão gêmeo. Diante disso,
a) mesmo depois de oferecida a denúncia, se a pedido de João, o Ministério Público
pode desistir da ação.
b) o número máximo de testemunhas a serem arroladas na denúncia é 5.
c) o Ministério Público não pode oferecer denúncia sem representação de João.
223
O tipo penal de furto (art. 155) está no Título II (dos crimes contra o patrimônio) da
Parte Especial do Código Penal, sendo que em suas disposições gerais possui as
seguintes regras previstas no art. 182:
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título
é cometido em prejuízo:
Importante destacar o art. 183 que elenca algumas exceções às hipóteses previstas no
art. 182:
III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta)
anos.
307- Acerca dos crimes contra a pessoa, disciplinados no Código Penal, assinale a
alternativa correta.
a) São crimes contra a pessoa: o homicídio, o infanticídio, o aborto e o latrocínio.
b) A pena mínima do infanticídio é maior do que a pena mínima do homicídio simples
doloso.
c) Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção
penal se torne desnecessária.
d) O aborto com consentimento é sempre permitido até o terceiro mês da gestação.
Gabarito C
a) ERRADO. O latrocínio é crime contra o patrimônio (art. 157, § 3º, Código Penal).
224
c) CERTO. Art. 121, § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de
aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de
forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
Importante ter em mente o teor do art. 115 do Código Penal (redução do prazo
presecricional)
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso
era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior
de 70 (setenta) anos.
isoladamente. Não se pode calcular a prescrição com base na soma das penas;
-
Letra D:
Correta.
-
Letra E:
Crime continuado = cálculo da prescrição incide sobre a pena do crime continuado,
mas não se leva em consideração o acréscimo;
Sumula 497 do Supremo Tribunal Federal: “Quando se tratar de crime continuado, a
prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo
decorrente da continuação”. A orientação da súmula também incide em relação ao
concurso formal próprio ou perfeito, pela identidade de fundamento.
312- O Código Penal, em seu artigo 107, prevê uma relação de causas de extinção
de punibilidade, dentre as quais se destaca a prescrição. A doutrina
tradicionalmente define prescrição como a perda pelo Estado do direito de aplicar
sanção penal adequada ou de executá-la em razão do decurso do tempo.
Sobre o tema, de acordo com as previsões do Código Penal e a jurisprudência
majoritária do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar que:
a) o oferecimento da denúncia é causa interruptiva da prescrição;
b) o maior de 60 anos terá o prazo prescricional computado pela metade;
c) o início do cumprimento da pena interrompe o prazo da prescrição da pretensão
punitiva;
d) a pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal do Júri venha a
desclassificar o crime em sessão plenária;
e) a prescrição pela pena aplicada, depois do trânsito em julgado para a acusação,
independentemente da data do crime, não poderá ter por base período anterior ao
recebimento da denúncia.
Gabarito D
B- O maior de 70 nanos terá prazo prescrional cumputado pela metade, art. 115 do CP
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação
privada;
A - Incorreta. O STF passou a entender que o tráfico de drogas privilegiado não tem
natureza de crime hediondo. Logo, admite indulto, graça e anistia.
a) incorreta: indulto é uma forma de extinção da pena, (art. 107, II, Código penal)
concedida por Decreto doPresidente da República.
d) incorreta: Não há essa possibilidade no artigo (Valeu pela ajuda, colega Denise)
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
318- Diz o parágrafo 5o do artigo 121 do Código Penal Brasileiro, que: “na
hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a
sanção penal se torne desnecessária”. Trata-se de
a) graça.
b) perdão judicial.
c) anistia.
d) indulto.
Gabarito B
PRA PEGAR DE VEZ!!!
- Uma vez concedida, não pode lei superveniente impedir seus efeitos extintivos da
punibilidade. Deve ser respeitada a garantia constitucional da proibição da
retroatividade maléfica.
Perdão judicial é o institutio através do qual a lei possibilita ao juiz deixar de aplicar a
pena diante da existência de determinadas circunstâncias expressamente determinadas.
Basicamente, quando o resultado do crime é tão grave ao agente que a pena se torne
desnecessária, o juiz pode deixar de aplicá-la.
324- A ação de grupos armados civis contra o Estado democrático constitui crime
insuscetível de graça ou anistia.
Gabarito ERRADO
Inafiançáveis:
3T, HRA = Tortura,Tráfico, Terrorismo, Hediondos, Racismo, Ação de grupos
armados.
Imprescritíveis:
RA = Racismo, Ação de grupos armados.
Hediondos:
1 - Homicídio (Simples ñ):
1.2 - Qualificado.
1.3 - Praticado por grupo de extermínio;
2- Latrocínio;
3 - Extorsão:
3.1 - Qualificada.
3.2 - Qualificada pela morte.
3.3 - mediante sequestro;
4 - Estupro:
4.1 - Comum.
4. 2- De vulnerável;
5 - Epidemia com resultado morte;
6 - Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins
terapeuticos ou medicinais;
7 - Genocídio.
Equiparados: 3T
325- Não é possível a concessão de anistia, graça ou indulto àqueles que tenham
praticado crimes hediondos.
Gabarito CORRETO
É exatamente o que prescreve o art. 2°, I, da lei 8.072/90:
ouro em seu bolso e, em seguida, saiu da loja, sem nada ter comprado. Trinta
minutos depois, ele retornou à loja e devolveu a joia, incentivado por sua mãe.
Apesar disso, o gerente, representando a joalheria, decidiu registrar boletim de
ocorrência sobre o fato em uma delegacia de polícia, e o homem foi indiciado por
furto simples. Após o término do inquérito policial, o Ministério Público denunciou
o acusado por furto simples. A denúncia foi recebida pelo juízo competente quatro
anos e seis meses depois da prática do delito, com a determinação da citação do
acusado.
Nesse caso, é possível o reconhecimento de
a) arrependimento eficaz.
b) desistência voluntária.
c) prescrição da pretensão punitiva.
d) tentativa de furto.
e) crime oco.
Gabarito C
327- Assinale a opção correta, acerca de extinção da punibilidade
a) Uma lei de anistia pode ser revogada por lei posterior, diante de mudança de opinião
do Congresso Nacional a respeito da extinção de punibilidade concedida.
b) Graça e indulto somente podem ser concedidos pelo presidente da República, uma
vez que tais prerrogativas são insuscetíveis de delegação.
c) A punibilidade de qualquer crime pode ser extinta por meio de graça e indulto.
d) O instituto da prescrição atinge a pretensão de punir ou de executar a pena.
e) A anistia ou abolitio criminis é causa extintiva de punibilidade discutida no âmbito do
Poder Legislativo.
Gabarito D
328- No que se refere ao instituto da prescrição, assinale a opção correta.
a) O Supremo Tribunal Federal entende ser admissível a extinção da punibilidade em
virtude da prescrição da pretensão punitiva com base na previsão da pena que
hipoteticamente seria aplicada, ou seja, da pena em perspectiva.
b) Não se considera, para fins de aferição da prescrição executória, a redução da pena
decorrente da concessão de indulto.
c) Na hipótese de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na
sentença, computando-se o acréscimo decorrente da continuação.
d) O recebimento de denúncia por magistrado absolutamente incompetente não
interrompe a prescrição penal.
236
b) O prazo decadencial de seis meses para a propositura de queixa-crime por crime para
o qual se prevê ação penal privada tem início na data em que ocorrer o fato contra o
ofendido, independentemente do dia em que tenha tido conhecimento da identidade do
autor do crime.
c) A perda do cargo público imposta na sentença penal condenatória, como efeito
extrapenal, possui efeitos permanentes, contudo não implica impossibilidade de
investidura em outro cargo público.
d) As causas de extinção da punibilidade que atingem a pretensão executória eliminam
todos os efeitos penais de eventual sentença condenatória, não podendo ser pressuposto
da reincidência tampouco ser usada como título executivo judicial na área cível.
e) A anistia destina-se a um indivíduo determinado, condenado irrecorrivelmente,
podendo, assim como o indulto, ser concedida de forma total ou parcial.
Gabarito C
331- Considerando o entendimento sumulado dos Tribunais Superiores, analise as
assertivas abaixo e indique a alternativa:
I - A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal do Júri venha a
desclassificar o crime.
II - A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade,
não subsistindo qualquer efeito condenatório.
III - A reincidência interrompe o prazo da prescrição da pretensão punitiva.
IV - É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva
com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do
processo penal.
a) Todas as assertivas estão corretas;
b) Apenas as assertivas I e III estão incorretas;
c) Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas;
d) Apenas as assertivas II, III e IV estão incorretas;
e) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
Gabarito C
- é a Súmula 191 do STJ: "A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o
Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime."
II- é o que afirma a Súmula 18 do STJ: "A sentença concessiva do perdão judicial é
declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório."
III- contraria o teor da Súmula 220 do STJ: "A reincidência não influi no prazo da
prescrição da pretensão punitiva." (INCORRETA)
238
IV- está de acordo com o disposto na Súmula 438 do STJ: "É inadimissível a extinção
da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena
hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal."
Gabarito D
334- É causa impeditiva da prescrição:
a) o recebimento da denúncia ou da queixa
b) a pronúncia; a decisão confirmatória da pronúncia.
c) depois de passada em julgado a sentença condenatória, o lapso temporal em que o
condenado está preso por outro motivo.
d) a publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
Gabarito C
335- A prescrição da pretensão punitiva do Estado, em segundo grau de jurisdição,
se interrompe na data da:
a) publicação na sessão de julgamento do recurso;
b) publicação do acórdão no diário oficial;
c) intimação pessoal do Ministério Público e réu;
d) intimação pessoal do Ministério Público, sem recurso;
e) entrega dos autos ao escrivão.
Gabarito B
336- Sobre a prescrição, é correto afirmar que
a) o oferecimento da denúncia ou queixa é causa interruptiva da prescrição.
b) o prazo da prescrição da pretensão executória regula-se pela pena aplicada na
sentença, aumentado de um terço, se o condenado for reincidente.
c) no caso de concurso de crimes, as penas se somam para fins de prescrição.
d) é reduzido de metade o prazo de prescrição quando o agente for menor de 21 anos na
data da sentença.
e) no caso de fuga ou evasão do condenado a prescrição é regulada de acordo com o
total da pena fixada na sentença.
Gabarito B
337- Não retroage a lei penal que alterou o prazo prescricional de dois anos para
três anos dos crimes punidos com pena máxima inferior a um ano.
Gabarito C
Item correto. Tal Lei penal é considerada mais gravosa, pois aumentou o prazo
prescricional do delito, ou seja, ampliou o prazo para que o Estado exerça seu jus
puniendi. Assim, tal lei penal não poderá ser aplicada retroativamente.
338- Rodolfo é processado criminalmente e condenado pela prática do crime de
prevaricação, cometido no ano de 2013, a cumprir pena de detenção de 06 meses e
240
A - Errada - Não existe essa qualíficadora (matar o próprio pai) no crime de Homicídio.
Entretanto, poderá ser aplicada circunstância agravante:
Código Penal - Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não
constituem ou qualificam o crime: (...) e) contra ascendente, descendente, irmão ou
cônjuge.
B - Errada - Para coexistir essa qualificadora (ingestão de veneno) a vitma deve
desconhecer o teor da substância.
Exemplo: João, pretendendo matar Pedro, troca o suco de laranja por um veneno, este,
da mesma cor daquele.
E - Errada - Insignificante é motivo FUTIL, ou seja, motivo bobo, banal ou
desproporcional, o agente matou, por exemplo, ao tomar uma buzinada enquanto dirigia
o seu carro, ao tomar uma fechada no transito, etc.
Motivo TORPE - É aquele motivo revoltante, desprezível. Um exemplo seria matar para
receber uma herança, ou matar por ter qualquer tipo de preconceito, entre outros.
D - Errada - Inexiste tal previsão, insenção de pena, no tipo do Homicidio, Art.121 CP:
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral,
ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima,
o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
E - Correta - Perfeitamente cabível o Privilégio, que é de ordem SUBJETIVA, previsto
no Art.121 § 1, com as qualificadoras, previstas no Art.121 § 2, desde que estas sejam
de ordem OBJETIVA. E quais são as qualificadoras de ordem objetiva ??? São aquelas
que digam respeito aos meios e modo de execução para a pratica do Crime, vejamos:
Código Penal - Art. 121 - Homicídio qualificado - § 2° Se o homicídio é cometido:
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso
ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte
ou torne impossivel a defesa do ofendido;
Todas as outras, são de natureza subjetiva, ou seja, são os motivos que levaram a pratica
do crime, os quais partem internamente do agente.
Por fim, temos que, como já dito, o Homicidio Qualificado Privilegiado NÃO É
CRIME HEDIONDO.
341- o que tange aos crimes dolosos contra a vida, assinale a alternativa
CORRETA.
a) A qualificadora do feminicídio incide em todos os casos em que a vítima for mulher.
b) O homicídio qualificado-privilegiado é crime hediondo.
c) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal admite a antecipação terapêutica do
parto de fetos como microcefalia.
242
A - Não incide em todos, mas somente quando o homicídio é cometido contra a mulher
por razões de condição do sexo feminino.
deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender,
aplica-se a regra do art. 70 deste Código
Ou seja, o agente responder pelo seu intento, que era atira com PAF em sua esposa, que
sabidamente estava grávida. Como esta não sofreu aborto, somente pode ser atribuída a
tentativa.
343- Abigail, depois de iniciado parto caseiro, mas antes de completá-lo, sob
influência do estado puerperal, mata o próprio filho. Abigail praticou crime de:
a) homicidio qualificado.
b) consentimento para o aborto
c) homicídio.
d) autoaborto.
e) infanticídio.
Gabarito E
a) infanticídio.
b) homicídio qualificado.
c) homicídio.
d) consentimento para o aborto
e) autoaborto.
Gabarito A
d) deve ser processado por homicídio culposo, com causa de diminuição de pena, eis
que não agiu com intenção de provocar o resultado morte do pedreiro;
e) deve ser processado por homicídio culposo, com causa de aumento de pena, eis que o
crime resultou de inobservância de regra técnica de profissão.
Gabarito E
João responderá por homicídio culposo, já que a questão deixa claro que ele não
observou o dever de cuidado nem as regras técnicas da profissão. E por não observar as
regras técnicas da profissão, ele ainda irá ter a pena aumentada conforme o parágrafo IV
do Art. 121:
Crimes de dano: só se consumam com a efetiva lesão do bem jurídico visado, por
exemplo, lesão a vida;
B) errada. Vago - é aquele que tem por sujeito passivo entidade sem personalidade
jurídica, como a coletividade em seu pudor. Ex: ato obsceno.
C) errado. Próprio - exige ser o agente portador de uma capacidade especial, ex: ser
funcionário público.
Forma livre: não precisa de lei que determine o modo de sua forma.
O crime de infanticídio - ofende a vida do recém nascido, que está ameaçado pela mãe
em estado puerperal
Artigo 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o
faça: também chamado de PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO.
Galera, atenção, estou vendo alguns comentários equivocados, não confundam ERRO
NA EXECUÇÃO (Aberratio Ictus) COM ERRO SOBRE A PESSOA (Aberratio in
persona).
Erro na Execução > é o exemplo desta questão > o agente, por exemplo, ao tentar matar
uma pessoa, por erro de pontaria, atinge pessoa diversa. Quero matar A, mas o tiro, por
má pontaria, acaba matando B.
Erro Sobre a Pessoa > o agente se confunde, por exemplo, eu quero matar João, mas por
este ser irmão gêmeo de Pedro, acabo atirando e matando Pedro.
Em ambos os casos, o agente responde como se tivesse praticado o crime contra quem
ele realmente queria atingir, levando-se em consideração a vitima inicial/virtual.
Exemplo > quero matar João, Policial Federal, mas tanto por erro na execução ou
tanto por erro sobre a pessoa, eu mato Pedro, maior e capaz fisíca e mentalmente. Neste
simples exemplo, eu vou responder por Homícidio Qualíficado contra João > CP -
Art.121 - § 2° - inciso VI
b) incorreta: cabe aos jurados decidir se foi privilegiado o homicídio, após a devida
quesitação
250
c) correta: Realmente, eles não são motivos fúteis. STJ já se pronunciou sobre isso. No
caso da ausência de motivo: HC 152548 (STJ).
Homicídio simples
Os crimes dolosos contra a vida são de competência do Tribunal do Júri (CF, art. 5º,
XXXVIII, d), cabendo o reconhecimento das causas de diminuição da pena aos jurados,
não podendo o juiz presidente contrariar a soberania dos veredictos constitucionalmente
consagrada (art. 5º, XXXVIII, c). A discricionariedade do juiz limitar-se-á ao
quantum da diminuição.
251
Circunstâncias:
Subjetiva (§1 art. 121) + Objetivas (§ 2º, III, IV,) = compatíveis.
358- Decididamente disposto a matar Tício, por erro de pontaria o astuto Caio
acerta-lhe de leve raspão um disparo no braço. Porém, assustado com o estrondo
do estampido, e temendo acordar a vizinhança que o poderia prender, ao invés de
descarregar a munição restante, Caio estrategicamente decide socorrer o cândido
Tício que, levado ao hospital pelo próprio algoz, acaba logo liberado com curativo
mínimo. Caio primeiramente diz, em sua autodefesa, que o tiro ocorrera por
acidente, chegando ardilosamente a indenizar de pronto todos os prejuízos
materiais e morais de Tício com o fato, mas sua trama acaba definitivamente
desvendada pela límpida investigação policial que se segue. Com esses dados já
indiscutíveis, mais precisamente pode-se classificar os fatos como
a) tentativa de homicídio.
b) desistência voluntária.
c) arrependimento eficaz.
d) arrependimento posterior.
e) aberratio ictus.
Gabarito B
assim sobrevivesse, Tício certamente seria denunciado por tentativa. Aqui, além do
animus nacandi, ou seja, além da vontade livre e consciente de matar Caio deve haver
também a prática de todos os atos necessários para a consumação do ato.
359- Logo após saber que seu filho fora vítima de agressão, Ernane saiu ao encalço
do agressor, tendo disparado vários tiros em direção a este, que veio a falecer em
virtude da conduta de Ernane.
Nesse caso hipotético,
a) configura-se, em tese, homicídio privilegiado, que é causa excludente da ilicitude.
b) Ernane responderá, consoante a mais recente posição do STJ, por crime de homicídio
qualificado por motivo torpe.
c) Ernane responderá pelo crime de homicídio simples, não havendo previsão legal, em
relação à sua conduta, que possa de alguma forma influenciar em sua pena.
d) configura-se, em tese, homicídio privilegiado, que é causa de diminuição da pena.
e) configura-se, em tese, homicídio privilegiado, que é causa excludente da
culpabilidade.
Gabarito D
360- A respeito do erro de execução, do denominado dolus generalis, das normas
penais em branco e dos crimes previstos na parte especial do CP, assinale a
alternativa correta.
a) A complementação da Lei de Drogas por portaria do Ministério da Saúde configura
hipótese da chamada norma penal em branco homogênea heteróloga.
253
a) Trata-se de norma penal em branco heterogênea, pois deve ser complementada por
ato normativo editado por órgão diverso do Poder Legislativo.
e) O policial tem o dever de prender em flagrante delito quem quer que se encontre
nesta situação, desde que possa fazê-lo, independentemente de estar ou não em serviço
(art. 301 do CPP). Neste caso o agente, pela violação ao dever de proteção e vigilância,
responderia pelo próprio resultado ocorrido (o roubo), na modalidade de crime omissivo
impróprio.
361- Abel, após ingerir pequena quantidade de bebida com teor alcoólico, inicia
uma discussão com sua colega de trabalho, Zulmira, grávida de 6 meses. Após se
sentir ofendido verbalmente, Abel obtém uma barra de madeira e desfere alguns
golpes contra Zulmira apenas no intuito de feri-la fisicamente, e não ao seu feto.
254
Corretíssima a questão!
Aplica-se o princípio da consunção, em que o crime meio é absorvido pelo crime fim.
Letra A ERRADA
Não basta que o crime de homicídio doloso seja praticado contra mulher para ser
configurado hediondo, mas sim que seja praticado contra a mulher por razões da
condição de sexo feminino. Considera-se que há razões de condição de sexo feminino
quando o crime envolve: violência doméstica e familiar; menosprezo ou discriminação
à condição de mulher.
D) ERRADA, segundo Art.1º, I-A da Lei 8.072/90: “lesão corporal dolosa de natureza
gravíssima e lesão corporal seguida de morte, quando praticadas contra autoridade ou
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
terceiro grau, em razão dessa condição;”
E) ERRADA, sobre o CP: "Art. 5º XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar
o réu;". Já sobre o CPP, como regra geral, a aplicação imediata da norma.
PIDA (GRAVE)
369- De acordo com o Código Penal (CP), a lesão corporal será classificada como
258
Grave: PIDA
P- perigo de Vida;
GRAVISSÍMA: PEIDA
E - enfermidade incurável;
D - deformidade permanente;
A - aborto.
Progressão criminosa: o agente substitui o seu dolo, dando causa a resultado mais
grave. O agente deseja praticar um crime menor e o consuma. Depois, delibera praticar
um crime maior e o também o concretiza, atentando contra o mesmo bem jurídico.
Exemplo de progressão criminosa é o caso do agente que inicialmente pretende somente
causar lesões na vítima, porém, após consumar os ferimentos, decide ceifar a vida do
ferido, causando-lhe a morte. Somente incidirá a norma referente ao crime de
homicídio, artigo 121 do Código Penal, ficando absorvido o delito de lesões corporais.
373- Após uma discussão em um bar, Pedro decide matar Roberto. Para tanto,
dirige-se até sua residência onde arma-se de um revólver. Ato contínuo, retorna ao
estabelecimento e efetua um disparo em direção a Roberto. Contudo, erra o alvo,
260
I. Lesões corporais que causem incapacidade para as ocupações habituais por mais de
30 dias serão consideradas graves.
Correta. Lembrando que o referido inciso se aplica inclusive a criança de tenra idade,
por exemplo, bebê que ficou 40 dias sem amamentação
II. Lesões corporais com perda ou inutilização de membro, sentido ou função serão
consideradas graves.
III. Lesões corporais que causem extrema dor serão consideradas gravíssimas.
261
Errada. A dor, por si só, não determina o tipo de lesão. Um tapa forte por exemplo
pode causar uma dor intensa, mas pode caracterizar apenas vias de fato. Da mesma
forma, o local da lesão, por si só, também não é determinante.
IV. Lesões corporais que causem qualquer alteração psíquica serão consideradas leves.
Errada. Apesar de não concordar com a escrita, mas entendo que o erro está em afirmar
que QUEALQUER ALTERAÇÃO PSÍQUICA será lesão corporal . A pertubações
mentais (alterações prejudicial na atividade cerebral) está protegida no tipo penal do art.
129. Todavia, a depender da alteração pode configurar lesão grave ou gravíssima. A
título de exeplo imagine o caso de por causa de uma alteração psíquica a pessoa tenha
que ficar por 40 dias em casa sem poder laborar.
375- Paulo, após subtrair a bolsa de Regina, é perseguido pelo cidadão Rodrigo,
particular que passava pelo local e presenciou o crime. Rodrigo consegue segurar
Paulo para efetuar a prisão. Entretanto, Paulo desfere um soco no rosto de
Rodrigo, lesionando-o, e consegue empreender fuga. Nesse caso, Paulo, além do
delito de furto,
a) cometeu crime de desobediência e lesão corporal dolosa.
b) cometeu crimes de resistência e lesão corporal dolosa.
c) não cometeu nenhum crime.
d) cometeu crime de lesão corporal dolosa.
e) cometeu crime de resistência qualificada, pois o ato não foi executado em razão da
resistência.
Gabarito D
O particular pode efetuar prisão em flagrante, nos termos do art. 301 do Código de
Processo Penal. Se o fizer desacompanhado de algum funcionário público e contra
ele for empregada violência ou ameaça, não haverá crime de resistência, já que não é
funcionário público.
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à
violência.
Desobediência
Lesão corporal
380- Naiara, adolescente, ao chegar à própria casa depois do colégio, encontra seu
pai caído, com um ferimento na cabeça, aparentemente produzido por disparo de
arma de fogo realizado por ele mesmo, todavia ainda respirando. Desesperada,
corre até a casa de seu tio Hermínio, cunhado da vítima, solicitando ajuda. Como
houvera uma rusga entre Hermínio e a vítima, aquele se recusa a prestar auxílio,
limitando-se a dizer à sobrinha: “tomara que morra”. Naiara, então, vai à casa de
um vizinho, que se compromete a ajudá- la. Ao retornarem ao local do fato,
encontram a vítima ainda viva, mas dando seus últimos suspiros, vindo a óbito em
menos de um minuto. Do momento em que Naiara viu a vítima ferida até sua
morte não transcorreram mais do que quinze minutos. Realizado o exame
cadavérico, o laudo pericial indica que o ferimento seria inexoravelmente fatal,
ainda que o socorro tivesse sido prestado de imediato. Nesse contexto, com base
nos estudos sobre a omissão e acerca do bem jurídico-penal, é correto afirmar que
a conduta de Hermínio caracteriza:
a) homicidio qualificado.
b) induzimento. instigação ou auxílio ao suicídio.
264
c) homicídio culposo.
d) conduta atípica.
e) omissão de socorro.
Gabarito D
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em
grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
B) SITUAÇÃO DO VIZINHO: Fato atípico, ainda que este tivesse se negado a
prestar o auxílio (não foi o caso), pois é indispensável que o sujeito ativo esteja na
presença da vítima em perigo, bem como a atuação do omitente não evitaria a produção
do evento letal. É sabdo que é exigivel para a incidência da qualificadora "resultado
morte" que se prove no caso concreto que a conduta omitida seja capaz de impedir o
resultado mais gravoso (Sanches).
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o
preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o
atendimento médico-hospitalar emergencial:
265
Letra A) O crime de abandono de incapaz (art. 133 CP), é um crime de perigo concreto,
portanto, para consumação é necessário que a vítima sofra concretamente a situação de
risco, diferente do que diz a questão, afirmando ser o crime de perigo abstrato.
Letra B) A questão está correta até a parte que diz que o crime de porte ilegal de arma
de fogo é um crime de perigo abstrato, contudo, o STJ entende ser dispensável a
perícia na arma.
266
Letra C) Mesmo o agente não sendo funcionário público poderá sim responder por
peculato, é o famoso art. 30 do CP: Não se comunicam as circunstâncias e as condições
de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Art. 206 - Recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para
território estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 8.683, de 1993)
Letra E) Só corroborando o que foi dito pelos colegas a vantagem no crime de
concussão (art. 316 do CP) , não precisa ser necessariamente em dinheiro.
21- Rixa
Crime unissubsistente - cometido apenas com um ato (não admite tentativa - iter
criminis não pode ser fracionado)
Plurissubjetivo - Ou de concurso necessário: exige mais de uma pessoa para a prática.
a) errada. se apenas um dos rixosos desistir não seria suficiente para evitar a
consumação do delito;
b) errada. Neste caso já haveria a consumação do delito, uma vez iniciado a execução
do delito em exame;
390- No que concerne aos crimes contra a honra, considere as afirmativas abaixo:
I. Não é admissível a exceção da verdade para o delito de injúria.
II. A retratação somente é admissível nos casos de calúnia e difamação.
III. O juiz pode deixar de aplicar a pena na difamação no caso de retorsão imediata, que
consista em outra difamação.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, apenas.
e) I e II, apenas.
Gabarito E
Calúnia
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi
condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por
sentença irrecorrível.
Difamação
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário
público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
a) injúria, consumado;
e) calúnia, consumado.
270
Gabarito A
392- Sobre a determinação do regime inicial de cumprimento de pena, é correto
afirmar:
a) A hediondez do crime não permite a determinação do regime inicial fechado para
todos os casos, mas deve ser observada na determinação do regime inicial.
b) Os crimes cometidos com violência contra a pessoa impedem a determinação do
regime inicial aberto.
c) A análise judicial das consequências do crime é irrelevante para a determinação do
regime inicial de cumprimento de pena, pois é circunstância que já pode aumentar a
pena-base.
d) Os crimes contra a honra, por serem punidos com detenção, impedem a aplicação do
regime inicial fechado, mesmo em caso de reincidência.
e) É possível a aplicação do regime inicial semiaberto para pena superior a quatro anos
no caso de réu reincidente, a depender do tempo de prisão provisória cumprida por ele
até a sentença.
Gabarito E
393- Acerca dos crimes contra a honra, é correto afirmar que:
a) apenas a calúnia, considerados todos os crimes contra a honra, pode ter a pessoa
morta como sujeito passivo do delito, hipótese em que o bem jurídico atingido será a
honra objetiva ou externa do morto.
b) não comete crime de calúnia quem. com intenção de ampliar a lesão à honra do
ofendido, propala ou divulga a imputação prévia feita por outrem, sabendo da falsidade
da imputação, hipótese capaz de gerar apenas responsabilidade civil.
c) xingar um nomem casado de "corno" ou “cornudo” é uma hipótese de injúria reflexa,
dando azo ao concurso formal de crimes.
d) o crime de calúnia pressupõe a falsidade da imputação, cuja ciência deve integrar o
dolo do agente, de modo que somente se admitirá dolo direto no referido delito.
e) escarnecer de alguém por motivo de crença e de forma privada caracteriza crime de
ultraje a culto, que prevalecerá sobre o crime de injúria.
Gabarito C
O barato dessa questão, é que ela cobra o conceito de injúria reflexa, que é quando o
ato de injúria atinge também uma outra pessoa além daquela que recebeu a ofensa, no
caso o marido ( ao ser chamado de corno) é ofendido e a esposa tambem.( seria então
tida como infiel).
394- Encaminhar uma mensagem de texto a um policial civil que se encontra em
outro município, xingando-o de ladrão, configura crime de:
a) injúria.
271
b) difamação
c) desacato
d) denunciação caluniosa
e) calúnia.
Gabarito A
Injúria
Não é possível a exceção da verdade, pois o próprio tipo penal é incompatível, pouco
importando se o fato é verdadeiro ou não.
Racismo: incondicionada
Detalhando um pouquinho mais para não precisar recorrer ao Código Penal, além dos
Crimes de Ação Penal Privada (regra) existem os de:
art. 140. § 2º - "Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza
ou pelo meioempregado, se considerem aviltantes" - Resultado Lesão Corporal Leve
(art. 129, caput)
art. 140. § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementosreferentes a raça, cor,
etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ouportadora de deficiência
Difamação (art. 139) cabe, tanto a exceção da verdade, como a retratação. Artigos 139,
parágrafo único e 143 do CPB, respectivamente.
Falso Testemunho (art. 342) é retratável. Deixa de ser punível se ocorrer a referida
retratação ou declaração da verdade, antes da sentença no processo em que ocorreu o
ilícito (art. 342, §2°).
400- Com base no Código Penal, em relação aos crimes contra a liberdade pessoal
e aos crimes contra o patrimônio, considera-se
a) “furto de coisa comum” a subtração, para si ou para outrem, de bem móvel fungível
que esteja armazenado, juntamente com outros assemelhados, em local de guarda
compartilhada.
b) “furto qualificado” a subtração, para si ou outrem, de coisa alheia móvel, desde que
praticada por quadrilha.
c) “roubo”, a subtração de coisa alheia móvel, para si ou outrem, quando praticada
contra pessoa incapaz ou menor de 14 anos, presumindo-se o emprego ao menos de
grave ameaça, salvo prova em contrário.
d) “constrangimento ilegal” a prática de qualquer ato que, após haver reduzido a
capacidade de resistência de alguém, lhe constrange a não fazer o que a lei permite ou a
fazer que ela não manda.
e) “extorsão indireta” ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro
meio simbólico, de causar mal injusto e grave, com o objetivo de atingir fim ilícito que
beneficie terceiro.
274
Gabarito D
a) Furto de coisa comum -> Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para
si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:
e) Extorsão indireta -> Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida,
abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento
criminal contra a vítima ou contra terceiro
401- No que se refere aos crimes contra a liberdade pessoal, é correto afirmar:
a) A intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento da vítima ou de seu
representante legal, não exclui, em qualquer situação, o constrangimento ilegal.
b) O crime de constrangimento ilegal não se reveste de subsidiariedade em relação a
outros delitos.
c) Constitui figura equiparada à de redução a condição análoga à de escravo o ato de
cercear o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de
retê-lo no local de trabalho.
d) O crime de cárcere privado é permanente e formal, não admitindo a tentativa.
e) O crime de ameaça, se praticado no contexto de violência doméstica e familiar contra
a mulher, é de ação penal pública incondicionada.
Gabarito C
Contravenções penais (art. 4º, da LCP) que estabelece não ser punível a tentativa.
Crimes culposos nos tipos culposos, existe uma conduta negligente, mas não uma
vontade finalisticamente dirigida ao resultado incriminado na lei. Não se pode tentar
aquilo que não se tem vontade livre e consciente, ou seja, sem que haja dolo.
Crimes habituais são aqueles que exigem uma reiteração de condutas para que o crime
seja consumado. Cada conduta isolada é um indiferente para o Direito Penal.
Gabarito A
"CORRE CRIADO"
Cor:
Origem
Raça
Religião
Etnia
CRIADO"
CRIança
ADOlescente
406- O sujeito ativo no delito em apreço poderá ser qualquer pessoa, embora, em
regra, seja o empregador ou seus prepostos, e o sujeito passivo só poderá ser
alguém vinculado a determinada relação de trabalho.
Gabarito CORRETO
Trata-se de crime comum, pois qualquer pessoa pode cometer, nada obstante o delito
seja normalmente cometido pelo empregado ou por seus prepostos.
Quanto ao sujeito passivo, qualquer ser humano pode ser vítima do crime. Porém, ainda
que a descrição típica fale em "alguém", em todas as condutas criminosas a lei se refere
a "trabalhador", "empregador" ou "preposto", e também a "trabalhos forçados" ou
"jornadas exaustivas", evidenciando a necessidade de vínculo de trabalho entre o autor
do crime e o ofendido.
d) O tipo penal do crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista consiste
em norma penal em branco e não prevê modalidade culposa.
e) Não respondida.
Gabarito C
Tentou confundir com o crime de Tráfico de Pessoas -> Art. 149-A. Agenciar, aliciar,
recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave
ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de: I- remover-lhe órgãos,
tecidos ou partes do corpo.
D) CORRETO, Art. 203. O crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista
é de ação múltipla (frustraçao, mediante fraude ou violência). Trata-se de norma penal
em branco, cujo complemento está nas leis do trabalho. Não há previsão de culpa.
-o crime classificado como de dano é aquele que não se consuma apenas com o perigo,
é necessário que ocorra uma efetiva destruição, a um bem jurídico penalmente
protegido. No caso da questão, o bem jurídico lesado/destruído é a liberdade pessoal.
409- Quem constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de
lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não
fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda estará incorrendo no
crime de:
a) ameaça.
b) constrangimento ilegal.
c) extorsão.
d) estelionato.
280
e) extorsão indireta.
Art. 29 Código Penal- Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas
a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter
sido previsível o resultado mais grave.
411- Nilson, na companhia de sua namorada, Ana Paula, ambos maiores e capazes,
subtraem a quantia de R$ 200,00 da carteira do avô de Nilson que, na data do
furto, contava 62 anos de idade. Diante da situação hipotética apresentada,
a) Nilson ficará isento de pena, em razão do crime ter sido praticado contra seu
ascendente. Contudo, tal isenção não alcançará Ana Paula.
b) haverá isenção da pena para Nilson, circunstância que também alcançará sua
namorada Ana Paula.
c) Nilson e Ana Paula responderão pelo crime de furto qualificado, não incidindo a
isenção de pena para nenhum dos agentes.
d) Nilson responderá por furto qualificado, enquanto que Ana Paula responderá por
furto simples.
e) a responsabilização penal de Nilson e Ana Paula dependerá de queixa-crime.
Gabarito C
281
Furto qualificado
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título,
em prejuízo:
412- Leonardo encontra uma cédula de R$ 50,00 sob a poltrona da sala da casa de
seu amigo Fausto, lugar que habitualmente frequenta e, sem que o dono da casa
perceba, dela se apodera. Diante do caso hipotético apresentado, Leonardo pratica
o crime de
a) apropriação de coisa achada.
b) furto qualificado.
c) estelionato.
d) furto simples.
e) apropriação indébita.
Gabarito B
Furto qualificado
413- No que concerne aos crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que
282
Gabarito E
e) correta:
283
O sinal de TV a cabo não é energia, e assim, não pode ser objeto material do delito
previsto no art. 155, § 3º, do Código Penal. Daí a impossibilidade de se equiparar o
desvio de sinal de TV a cabo ao delito descrito no referido dispositivo. Ademais, na
esfera penal não se admite a aplicação da analogia para suprir lacunas, de modo a se
criar penalidade não mencionada na lei (analogia in malam partem), sob pena de
violação ao princípio constitucional da estrita legalidade. Precedentes. Ordem
concedida. (HC 97261, Relator (a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma,
julgado em 12/04/2011, DJe-081 DIVULG 02-05-2011 PUBLIC 03-05-2011
EMENT VOL-02513-01 PP-00029 RTJ VOL-00219- PP-00423 RT v. 100, n. 909,
2011, p. 409-415).
414- Com base no Código Penal, em relação aos crimes contra a liberdade pessoal
e aos crimes contra o patrimônio, considera-se
a)“furto de coisa comum” a subtração, para si ou para outrem, de bem móvel fungível
que esteja armazenado, juntamente com outros assemelhados, em local de guarda
compartilhada.
b) “furto qualificado” a subtração, para si ou outrem, de coisa alheia móvel, desde que
praticada por quadrilha.
c) “roubo”, a subtração de coisa alheia móvel, para si ou outrem, quando praticada
contra pessoa incapaz ou menor de 14 anos, presumindo-se o emprego ao menos de
grave ameaça, salvo prova em contrário.
d) “constrangimento ilegal” a prática de qualquer ato que, após haver reduzido a
capacidade de resistência de alguém, lhe constrange a não fazer o que a lei permite ou a
fazer que ela não manda.
e) “extorsão indireta” ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro
meio simbólico, de causar mal injusto e grave, com o objetivo de atingir fim ilícito que
beneficie terceiro.
Gabarito D
a) Furto de coisa comum -> Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para
si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:
e) Extorsão indireta -> Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida,
abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento
criminal contra a vítima ou contra terceiro
415- Placídio achou na rua um cartão de crédito e o utilizou para efetuar compras
de roupas finas em um estabelecimento comercial. Essa conduta caracterizou o
crime de
a) apropriação indébita.
b) furto qualificado pela fraude.
c) estelionato.
d) extorsão simples.
e) receptação.
Gabarito C
O agente utiliza artifício ou ardil para iludir a vítima e reduzir a vigilância sobre a coisa,
facilitando, assim, a sua subtração.
No furto, a fraude é utilizada pelo agente com o fim de burlar a vigilância da vítima que,
desatenta, tem seu bem subtraído, sem que se perceba; no estelionato, a fraude é usada
como meio de obter o consentimento da vítima que, iludida, entrega voluntariamente o
bem ao agente - STJ
418- Peter, pessoa de grande porte físico, agarrou Paulus pelas costas e o
imobilizou com uma “gravata”. Com a vítima imobilizada, subtraiu-lhe a carteira,
o celular e o relógio. Em seguida, deixou o local e soltou a vítima que não sofreu
nenhum ferimento. Peter cometeu crime de
a) extorsão simples.
b) furto qualificado pela destreza.
c) roubo qualificado.
d) roubo simples.
e) extorsão qualificada.
Gabarito D
Assim nem todo o roubo conterá a violência própria, ou seja, uma agressão ou ameaça.
Um exemplo esclarece a situação. Imagine que num trem uma pessoa 'A' se levante para
ir ao banheiro e deixe sua bolsa no assento. Outra pessoa 'B', espera 'A' entrar no
banheiro e a tranca dentro do banheiro por fora. Após isso procede e subtrai a bolsa e sai
do trem. Neste caso não é furto, é roubo, pois foi impossibilitada a defesa e resistencia
da vítima (violência imprópria).
Furto
421- João, imputável, foi preso em flagrante no momento em que subtraía para si,
com a ajuda de um adolescente de dezesseis anos de idade, cabos de telefonia
287
5)A configuração do crime previsto no artigo 244-B do ECA independe da prova da
efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal---> independe se o
adolescente tinha maus antecedentes ou não. Crime 3
422- O furto praticado por um irmão em desfavor do outro deve ser considerado
isento de pena, por expressa previsão legal.
Gabarito ERRADO
"CAD-CITS"
Cônjuge
Ascendente ou Descendente
288
Tio ou Sobrinho
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça
ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência:
424- O furto de bagatelas não é passível de punição por ser o valor da coisa
pequeno ou insignificante, havendo, nesse caso, exclusão da tipicidade.
Gabarito CORRETO
Princ. da Insignificância:
criminoso é primário, e de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena
de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena
de multa”. Fácil notar, portanto, que o pequeno valor da res (além da primariedade) leva
à aplicação de um dos três benefícios previstos em lei.
425- O agente considerado primário que furta coisa de pequeno valor faz jus a
causa especial de diminuição de pena ou furto privilegiado, ainda que esteja
presente qualificadora consistente no abuso de confiança.
Gabarito ERRADO
O crime é um todo unitário e indivisível. Ou o agente comete o delito (fato típico, ilícito
e culpável) ou o fato por ele praticado será considerado um indiferente penal.
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o
ajuizamento de suas execuções fiscais.
24.2- Roubo
430- O fato de um indivíduo retirar sorrateiramente de uma bolsa a carteira de
outrem, sem o uso de força ou ameaça, configura a prática do crime de roubo.
Gabarito ERRADO
Sorrateiramente = Despercebidamente
Furto
Furto qualificado
Gabarito B
DICA:
293
Roberto, Pedro e Lucas planejaram furtar uma relojoaria. Para a consecução desse
objetivo, eles passaram a vigiar a movimentação da loja durante algumas noites.
Quando perceberam que o lugar era habitado pela proprietária, uma senhora de setenta
anos de idade, que dormia, quase todos os dias, em um quarto nos fundos do
estabelecimento, eles desistiram de seu plano. Certa noite depois dessa desistência, sem
a ajuda de Roberto, quando passavam pela frente da loja, Pedro e Lucas perceberam que
a proprietária não estava presente e decidiram, naquele momento, realizar o furto. Pedro
ficou apenas vigiando de longe as imediações, e Lucas entrou na relojoaria com uma
sacola, quebrou a máquina registradora, pegou o dinheiro ali depositado e alguns
relógios, saiu em seguida, encontrou-se com Pedro e deu-lhe 10% dos valores que
conseguiu subtrair da loja.
Considerando a situação hipotética apresentada no texto CE1A04AAA e os tipos
penais inscritos no Código Penal sob o título “Dos Crimes contra o Patrimônio”,
assinale a opção correta.
a) Na situação considerada, a quebra da máquina registradora caracterizou emprego de
violência na subtração de bem móvel e, consequentemente, a prática do crime de roubo.
b) O cometimento do crime no período de repouso noturno poderá ser causa de aumento
de pena.
c) Apropriação indébita é o tipo penal em que incorrerá a pessoa que vier a adquirir
algum dos relógios, desde que saiba ela tratar-se de fruto de crime.
d) A venda dos relógios, objeto do crime cometido por Pedro e Lucas, configurará o
crime de receptação.
e) A situação em apreço traz o tipo penal furto mediante subtração de coisa alheia
móvel com violência ou grave ameaça.
294
Gabarito B
434- Assinale a opção correta acerca dos crimes contra o patrimônio conforme
entendimento do STJ e da doutrina majoritária.
a) Indivíduo que vender coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou
imóvel que tiver prometido vender a terceiro mediante pagamento em prestações, e
silenciar sobre quaisquer dessas circunstâncias, praticará o delito de induzimento à
especulação.
b) Se, posteriormente à subtração dos bens, a vítima for obrigada a fornecer senha para
a realização de saques em sua conta bancária, será configurado um delito único, ou seja,
a extorsão.
c) O crime de roubo se consuma quando o agente se torna possuidor da coisa subtraída,
mediante violência ou grave ameaça, ainda que o objeto subtraído não saia da esfera de
vigilância da vítima.
d) No crime de apropriação indébita, assim como no de estelionato, o agente detém,
anteriormente à prática do crime, a posse lícita da coisa.
e) A destruição de patrimônio de empresa pública, a exemplo da Caixa Econômica
Federal, configura dano qualificado.
Gabarito C
E) ERRADA: Item errado, pois as empresas públicas não foram incluídas no rol do art.
163, § único, III do CP, e não há possibilidade de se fazer analogia aqui, pois seria
analogia in malam partem.
C) CORRETA
D) ERRADA. Questão trata do princípio da consunção, que incidirá, quando entre duas
normas houver uma que se constitui em ato preparatório, meio necessário, fase da
execução ou mero exaurimento de outro fato descrito por norma mais ampla. O
princípio da subsidiariedade, será usado quando houver duas normas e uma delas
descrever lesão ao bem jurídico maior do que da outra. O que não ocorre nesse item.
Assim: "A atualização, por meio de Portaria do Ministério da Fazenda, do valor a ser
considerado nas execuções fiscais repercute, portanto, na na análise da tipicidade de
condutas que envolvem a importação irregular de mercadorias".
=====
Na cogitação não existe ainda a preparação do crime, o autor apenas mentaliza, planeja
em sua mente como vai ele praticar o delito, nesta etapa não existe a punição do agente,
pois o fato dele pensar em fazer o crime não configura ainda um fato típico e
antijurídico pela lei, sendo irrelevante para o direito penal.
Segundo o ilustre Fernando Capez (2008, p.241), é a prática dos atos imprescindíveis à
execução do crime. Nesta fase ainda não se iniciou a agressão ao bem jurídico, o agente
não começou a realizar o verbo constante da definição legal (núcleo do tipo), logo o
crime ainda não pode ser punido.
Execução
Segundo o autor Cezar Roberto Bitencourt (2012, p.523), dos atos preparatórios passa-
se, naturalmente, aos atos executórios. Atos de execução são aqueles que se dirigem
diretamente à prática do crime, isto é, a realização concreta dos elementos constitutivos
do tipo penal.
Consumação
Exaurimento
438- No que concerne aos crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que
a) há pluralidade de latrocínios, se diversas as vítimas fatais, ainda que único o
patrimônio visado e lesado, conforme entendimento pacificado dos tribunais superiores.
b) possível o reconhecimento da figura privilegiada do delito nos casos de furto
qualificado, se primário o agente e de pequeno valor a coisa subtraída,
independentemente da natureza da qualificadora, segundo entendimento sumulado do
Superior Tribunal de Justiça.
c) a indispensabilidade do comportamento da vítima não constitui critério de
diferenciação entre o roubo e a extorsão.
d) a receptação própria não prevê modalidade de crime permanente.
e) não constitui furto de energia a subtração de sinal de TV a cabo, consoante já
decidido pelo Supremo Tribunal Federal.
Gabarito E
e) correta:
O sinal de TV a cabo não é energia, e assim, não pode ser objeto material do delito
previsto no art. 155, § 3º, do Código Penal. Daí a impossibilidade de se equiparar o
desvio de sinal de TV a cabo ao delito descrito no referido dispositivo. Ademais, na
esfera penal não se admite a aplicação da analogia para suprir lacunas, de modo a se
criar penalidade não mencionada na lei (analogia in malam partem), sob pena de
violação ao princípio constitucional da estrita legalidade. Precedentes. Ordem
concedida. (HC 97261, Relator (a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma,
julgado em 12/04/2011, DJe-081 DIVULG 02-05-2011 PUBLIC 03-05-2011 EMENT
VOL-02513-01 PP-00029 RTJ VOL-00219- PP-00423 RT v. 100, n. 909, 2011, p. 409-
415).
439- Pedro subtraiu o veículo de Eduardo mediante grave ameaça, exercida com
emprego de arma de fogo, e empreendeu fuga. Pouco tempo depois, foi capturado
em busca efetuada pelos policiais.
Considerando esse caso hipotético, assinale a alternativa correta.
a) Pedro praticou roubo tentado, pois não teve a posse mansa, pacífica, tranquila e(ou)
desvigiada do veículo.
b) Pedro praticou roubo tentado, considerando que não se tornou possuidor do veículo,
uma vez que foi capturado pouco tempo depois do crime.
c) Segundo o STJ, que adota a teoria da contrectatio, Pedro praticou roubo consumado.
299
São quatro:
4- a teoria da "illatio", que exige, para ocorrer a consumação, que a coisa seja levada ao
local desejado pelo ladrão para tê-la a salvo.
440- Pedro subtraiu o veículo de Eduardo mediante grave ameaça, exercida com
emprego de arma de fogo, e empreendeu fuga. Pouco tempo depois, foi capturado
em busca efetuada pelos policiais.
Considerando esse caso hipotético, assinale a alternativa correta.
a) Pedro praticou roubo tentado, considerando que não se tornou possuidor do veículo,
uma vez que foi capturado pouco tempo depois do crime.
b) Segundo o STJ, que adota a teoria da contrectatio, Pedro praticou roubo consumado.
c) Segundo o STJ, que adota a teoria da apprehensio, também denominada de amotio,
Pedro praticou roubo consumado.
d) Segundo o STJ, que adota a teoria da ablatio, Pedro praticou roubo consumado.
e) Pedro praticou roubo tentado, pois não teve a posse mansa, pacífica, tranquila e(ou)
desvigiada do veículo.
Gabarito C
441- Considere as seguintes afirmações a respeito dos crimes contra o patrimônio.
I. Tratando-se de crime de roubo, o juiz poderá substituir a pena de reclusão pela de
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa, se o
criminoso é primário e se é de pequeno valor a coisa objeto do roubo.
II. No delito de estelionato a pena será aplicada em dobro se o crime for cometido
contra idoso.
III. O delito de receptação não admite a forma qualificada.
300
b) apropriação indébita.
c) estelionato.
d) extorsão.
e) roubo.
Gabarito E
>> Roubo próprio (caput, art. 157): emprega-se violência ou grave ameaça à pessoa
para roubar, ocorrendo estas antes ou durante a subtração; ou a emprega para reduzir a
resistência da vítima. Há duas situações aqui:
- Violência própria: há agressão física/grave ameaça para subtrair a coisa (ex: soco ou
ameaça de morte com faca).
>> Roubo impróprio (§ 1º, art. 157): após a subtração da coisa, o agente emprega
violência ou grave ameaça para assegurar a impunidade do crime ou detenção da coisa
subtraída. A violência deve ser contemporânea à subtração da coisa.
Na questão, o roubador utilizou (antes da subtração) um remédio para a vítima dormir
e, assim, conseguir tomar o bem (após ela dormir). Houve ROUBO PRÓPRIO
MEDIANTE VIOLÊNCIA IMPRÓPRIA, do art. 157, "caput", in fine, CP
24.3- Extorsão
445- Tício subtrai coisa alheia móvel de Mélvio e, logo depois de subtraída a coisa,
emprega violência ou grave ameaça contra Mélvio, a fim de assegurar a
impunidade do crime ou a detenção da coisa para si. O crime cometido por Tício
foi:
a) Extorsão.
b) Furto.
c) Extorsão indireta.
d) Roubo.
e) Lesão corporal grave.
Gabarito D
Cuidado para não confundir violência propria ou imprópria com roubo proprio ou
impróprio. Segue a relação
OBS. subtrair + violência imprópria= será furto + outro crime relacionado a violência
imprópria; ou seja, não existe roubo impróprio com violência imprópria por falta de
tipificação, resultando em furto + crime correspondente a violência imprópria:
Código Penal:
Furto
Furto qualificado
Roubo
304
Extorsão
Extorsão indireta
Na concussão, não traz na sua forma tipica o verbo SOLICITAR, mas apenas o
EXIGIR:
Concussão: Art. 316 - EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida(...)
Corrupção passiva: Art. 317 - SOLICITAR ou receber, para si ou para outrem, direta
ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem(...)
501- O crime de extorsão mediante sequestro, desde que se prove que a intenção do
agente era, de fato, sequestrar a vítima, se consuma no exato instante em que a
pessoa é sequestrada, privada de sua liberdade, independentemente de o(s)
sequestrador(es) conseguir(em) solicitar(em) ou receber(em) o resgate.
Gabarito CORRETO
Tudo bem que o crime é formal, consumando-se com a privação de liberdade. Porém, a
questão peca ao afirmar que o dolo é de simplesmente sequestrar. Na verdade, o dolo
consubstancia-se na vontade consciente de privar a liberdade da vítima, com a
finalidade de obter vantagem ilícita (elemento subjetivo do tipo).
502- Sobre o crime de extorsão mediante sequestro, é correto afirmar que:
a) a consumação do crime do art. 159 do CP se opera com a exigência de uma vantagem
como condição ou preço do resgate, o que faz com que o delito seja doutrinariamente
classificado como crime formal.
b) o crime é hediondo mesmo em sua forma simples, dispensando a verificação de
resultados morte ou lesão corporal de natureza grave para a incidência da Lei n°8.072,
de 1990.
c) o concurso de pessoas é uma das circunstâncias qualificadoras concernentes ao crime
de extorsão mediante sequestro, nos mesmos moldes do furto e diferentemente do que
ocorre no roubo, no qual a pluralidade de agentes tem a natureza de causa de aumento
da pena.
d) há, no art. 159 do Código Penal, previsão expressa de delação premiada,
determinando diminuição da pena ao participante que revelar o crime à autoridade,
permitindo a libertação do sequestrado ou a recuperação do produto ou do proveito do
crime.
e) ocorre a forma qualificada da extorsão mediante sequestro, entre outras hipóteses,
quando a restrição à liberdade da vítima dura mais de quinze dias, mas nunca em tempo
inferior.
Gabarito B
503- Após a leitura das alternativas abaixo, que contém alguns dos crimes contra o
patrimônio previstos no Código Penal Brasileiro, identifique a(s) afirmações
correta(s):
306
Delito mutilado (atrofiado) de 2 atos: Também é um crime formal, que possui uma
finalidade específica, essa finalidade específica não precisa ser realizada para a
consumação do crime, porém a peculiaridade desse crime é que para a realização da
finalidade específica almejada é necessário uma conduta do PRÓPRIO AGENTE,
como no caso do crime de moeda falsa (art 289 § 4 do CP- Nas mesmas penas incorre
quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada. ) o
agente que realizou a falsificação poderá colocar em circulação a moeda.
Peço atenção aos senhores para não confundirem com o delito de tendência
intensifica, ou apenas (delitos de tendência) nesses crimes para a sua caracterização é
necessário conhecer a ''intenção- finalidade específica'' que move o agente, por
exemplo, o ginecologista, caso este esteja satisfazendo a sua lascívia praticará o crime
de violação sexual mediante fraude, caso haja conforme a profissão o fato é atípico.
505- Quanto ao crime de extorsão mediante sequestro, pode- -se afirmar que
a) se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade,
facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de 1 (um) a 2/3 (dois
terços).
b) a vantagem almejada com a extorsão é necessariamente o pagamento do preço do
resgate.
c) se resultar em morte da vítima, tipifica homicídio.
d) a pena é aumentada quando o sequestro superar, no mínimo, 48 horas.
Gabarito A
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer
vantagem, como condição ou preço do resgate:
24.5- Dano
308
NO FURTO---> QUALIFICADORA
NO ROUBO--->AUMENTO DE PENA
Código Penal
Dano
Dano qualificado
Dano
Dano qualificado
Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à
violência.
B) Latrocínio.
C) Não há modalidade culposa no crime de dano.
Apropriação indébita
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:
I - em depósito necessário;
II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou
depositário judicial;
III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
311
511- Leonardo encontra uma cédula de R$ 50,00 sob a poltrona da sala da casa de seu
amigo Fausto, lugar que habitualmente frequenta e, sem que o dono da casa perceba,
dela se apodera. Diante do caso hipotético apresentado, Leonardo pratica o crime de
a) apropriação de coisa achada.
b) furto qualificado.
c) estelionato.
312
d) furto simples.
e) apropriação indébita.
Gabarito B
512- Vitor, sócio administrador da Sociedade X, em razão da grande quantidade
de serviço que desempenha, deixa de repassar no prazo devido, de maneira
negligente, à previdência social contribuições previdenciárias recolhidas dos
empregados contribuintes. Um dos empregados, porém, descobre o ocorrido e
narra para autoridade policial.
Considerando as informações narradas, é correto afirmar que a conduta de Vitor
configura:
a) indiferente penal;
b) apropriação indébita comum majorada;
c) apropriação indébita previdenciária;
d) apropriação indébita de coisa havida por erro;
e) furto qualificado.
Gabarito A
O crime é um todo unitário e indivisível. Ou o agente comete o delito (fato típico, ilícito
e culpável) ou o fato por ele praticado será considerado um indiferente penal.
513- Alcides, administrador de um cemitério, percebendo que, depois de uma
chuva torrencial, ossos anteriormente sepultados em uma cova rasa ficaram
expostos, decide levar para sua casa o crânio que compunha aquele esqueleto.
Assinale a alternativa que corretamente indica a subsunção de seu comportamento
à norma penal.
a) Conduta atipica
b) Subtração de cadáver
c) Apropriação indébita
d) Furto
e) Vilipêndio a cadáver
Gabarito A
Todavia, nota-se que não houve violação de sepultura, pois os ossos foram expostos em
virtude de uma chuva torrencial. Dessa forma, a conduta do agente se tornou atípica, já
que não são objetos do crime de subtração de cadáver o esqueleto, as cinzas, as múmias
e as partes do corpo incapazes de se reconhecer como tal.
Artigo 210 -Violação de Sepultura- As ações típicas previstas são a de violar (abrir,
quebrar, devassar) ou profanar (ofender, ultrajar, desrespeitar) sepultura (local onde se
enterram os cadáveres) ou urna funerária (reservatório destinado ao depósito de cinzas
ou partes do defunto).
Exige-se finalidade especial por parte do agente, vez que no ato de violação ou
profanação, é imprescindível o sentimento de desrespeito.
"Cadáver é todo o corpo humano sem vida, quer a morte, isto é, a cessação dos
fenômenos vitais, tenha ocorrido antes ou depois do nascimento (…) Note-se que, para
que seja considerado cadáver, não basta ao corpo humano estar sem vida, sendo
imprescindível que mantenha os traços mínimos identificadores da aparência humana,
ou seja, que não tenha sido atingido pela decomposição cadavérica. Assim, não são
objetos do crime em estudo o esqueleto, as cinzas, as múmias e as partes do corpo
incapazes de se reconhecer como tal.
c) crime de estelionato;
d) crime de receptação;
e) crime de apropriação indébita.
Gabarito E
APROPRIAÇÃO INDÉBITA
- É um crime que se caracteriza por uma situação de quebra de confiança, uma vez que
a vítima espontaneamente entrega um objeto ao agente, e este, depois de já estar na
sua posse ou detenção, inverte seu ânimo em relação ao objeto, passando
a comportar-se como dono (prática de um ato de disposição que somente poderia ser
efetuado pelo proprietário - ex.: venda, locação, doação, troca etc - “apropriação
indébita propriamente dita”; recusa em efetuar a devolução da coisa solicitada pela
vítima - “negativa de restituição”); ao receber o bem o sujeito deve estar de boa-fé, ou
seja, ter intenção de devolvê-lo a vítima ou de dar a ele a correta destinação; se já recebe
o objeto com intenção de apoderar-se dele comete crime de “estelionato”.
O item está errado. A conduta de João caracteriza o delito de furto, previsto no art. 155
do CP:
Furto
Art. 155 – Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Não se trata, ainda, de peculato-furto porque os bens não estavam na posse do Estado.
Os bens apenas foram furtados dentro das dependências de uma Instituição pública.
315
e) cometeu crime de apropriação indébita, mas não será punido em vista do instituto do
arrependimento eficaz
Gabarito B
24.6- Estelionato
521- Praticará o crime de estelionato aquele que obtiver para si vantagem ilícita,
em prejuízo de incapaz, mantendo-o em erro, mediante fraude.
Gabarito ERRADO
Para configurar estelionato, art. 171/CP, a vítima deve ser capaz. Isso é importante,
porque se a vítima é incapaz, o crime é o do art. 173, do CP e não mais admite
suspensão do processo.
Abuso de Incapazes
522- Aquele que vender a terceiro de boa-fé coisa que tenha furtado praticará os
crimes de furto e estelionato, já que lesionará bens jurídico-penais de pessoas
distintas.
317
Gabarito ERRADO
VENDA DA RES FURTIVA
Apesar de existirem duas correntes posicionadas acerca do tema, quais sejam 1ª) Crime
único de furto e; 2ª) Concurso material entre furto e estelionato, a primeira corrente é
majoritária, tanto na doutrina como na jurisprudência pátria.
A venda do proveito do furto trata-se de pós fato impunível, pois não há nova violação
para o legítimo dono da coisa. Ademais, a alienação do objeto é mero exaurimento do
delito anterior, não tem força para configurar um novo delito autônomo. Por fim, é caso
de aplicação do princípio da concussão.
524- Placídio achou na rua um cartão de crédito e o utilizou para efetuar compras
de roupas finas em um estabelecimento comercial. Essa conduta caracterizou o
crime de
a) apropriação indébita.
b) furto qualificado pela fraude.
c) estelionato.
d) extorsão simples.
e) receptação.
Gabarito C
525- Alfredo, de posse de cheque em branco do empregador, falsifica a assinatura
deste no título e o utiliza na compra de determinado bem, obtendo vantagem ilícita
318
24.7- Receptação
1) Por que, para o STJ, talonário de cheques e cartão de crédito não podem ser
objeto de receptação?
Não! Podendo ser crime v.g. contra a administração pública (peculato), contra os
direitos autorais (pirataria), etc.
SIM!
NÃO!
319
SIM!
530- O réu primário cujo crime tenha sido o de adquirir ou receber coisa que, por
sua natureza ou pela desproporção entre seu valor e preço, ele presumia ter sido
obtida por meio criminoso poderá receber o perdão judicial, caso o juiz considere,
conforme as circunstâncias, ser adequada tal medida.
Gabarito CORRETO
A receptação culposa encontra-se descrita no art. 180, § 3.º, do Código Penal: “Adquirir
ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou
pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso.
Perdão judicial
Encontra-se previsto no art. 180, § 5.º, 1.ª parte, do Código Penal, e incide unicamente
na receptação culposa. Na dicção legal: “Na hipótese do § 3.º, se o criminoso é
primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a
pena”
531- NÃO admite a figura privilegiada, com substituição da pena de reclusão pela
de detenção, diminuição de um a dois terços ou aplicação somente da pena de
multa, o crime de
a) furto.
b) duplicata simulada.
c) estelionato.
d) apropriação indébita.
e) receptação.
Gabarito B
c) não incide a agravante de crime praticado contra maior de sessenta anos no caso de
estelionato contra idoso.
d) admitem a figura privilegiada os crimes de furto, dano, apropriação indébita,
estelionato e receptação.
Gabarito C
a) ERRADA: Item errado, pois não se trata de causa de aumento de pena, e sim
qualificadora, na forma do art. 155, §6º do CP.
b) ERRADA: Item errado, pois, se o ascendente é pessoa idosa, ou seja, possui idade
igual ou superior a 60 anos, não é aplicável tal causa pessoal de isenção de pena, na
forma do art. 183, III do CP.
d) ERRADA: Item errado, pois a figura privilegiada não está prevista para o crime de
dano.
"CAD-CITS"
Cônjuge
322
Ascendente ou Descendente
Tio ou Sobrinho
535- Maurício estava na festa de aniversário de seu pai e sua mãe, que, juntos,
comemoravam seus aniversários de 61 anos e 59 anos respectivamente. Com a
intenção de comprar bebidas, subtrai R$1.000,00 (mil reais) da carteira de seu pai
sem que ninguém veja sua conduta. Já no dia seguinte pela manhã, ingressa no
quarto de sua mãe para subtrair dólares, mas depara-se com a genitora trocando
de sapatos. Decide, então, ameaçá-la de morte e levar todo o dinheiro que era
apenas de sua mãe. Diante dessa situação, é correto afirmar que:
a) Maurício é isento de pena pela prática dos dois crimes, em razão da escusa
absolutória pelo fato de as vítimas serem seus genitores;
b) Maurício é isento de pena pela prática da conduta engendrada contra o pai, mas não
contra a mãe;
c) as condutas praticadas por Maurício são atípicas, pois os bens subtraídos também
podem ser considerados de sua propriedade;
d) Maurício é isento de pena pela prática da conduta engendrada em desfavor de sua
mãe, mas não pela conduta praticada contra seu pai;
e) Maurício deverá responder pela prática de ambos os crimes, não havendo que se falar
em aplicação de escusas absolutórias.
Gabarito E
536- É correto afirmar que é isento de pena a esposa que pratica crime de furto
qualificado com emprego de chave falsa contra seu marido na constância do
casamento, gozando esta de imunidade penal absoluta.
Gabarito CORRETO
537- Após analisar as assertivas a respeito dos crimes contra o patrimônio, assinale
a alternativa correta.
a) As ações dos seguintes crimes somente se procedem mediante representação: Furto
de coisa comum; Outras fraudes; Estelionato cometido em prejuízo de irmão que conta
20 anos de idade.
b) Aquele que encontra uma nota de cem reais sob o sofá da sala da residência de um
amigo e dela se apodera pratica o crime de apropriação de coisa achada.
c) É isento de pena quem comete furto em prejuízo de ascendente com idade igual ou
inferior a sessenta anos.
323
d) Aquele que subtrai coisa alheia móvel do cônjuge judicialmente separado é isento de
pena.
Gabarito A
538- Considere que Marcos, penalmente imputável, subtraia de seu genitor de
sessenta e oito anos de idade, um relógio de alto valor. Nessa situação, o autor não
pode beneficiar-se da escusa penal absolutória, em razão da idade da vítima.
Gabarito CORRETO
539- João, que morava com o irmão do seu pai, subtraiu R$ 1.000,00 da carteira
dele. Assim, a ação penal será:
a) pública incondicionada.
b) pública condicionada à representação.
c) privada simples.
d) privada personalíssima.
e) privada subsidiária da pública.
Gabarito CORRETO
Trata-se das chamadas imunidades relativas ou processuais previstas no artigo 182 do
Código Penal.
Há imunidade relativa entre irmãos sendo irrelevante qualquer distinção. Não prevalece
o parentesco por afinidade, mas apenas o decorrente de adoção.
Há ainda a imunidade relativa quando o fato envolve tio e sobrinho desde que morem
sob o mesmo teto, juntos, e em relativa dependência.
A lei exclui expressamente as imunidades em face dos crimes praticados com violência
ex vi o art. 183 do CP.
A -> Não há que se falar no principio da adequação social, ou seja, continua sendo uma
conduta criminosa (Súmula 502,STJ)
B-> Correta
C-> Apenas arma de fogo ou arma branca para majorar o crime de roubo (Art. 157, P.
2º , II)
D-> Menor de 14 ou maior de 60 anos a pena é aumentada de 1 terço (Art 121, P. 5º)
541- Vanessa foi presa em flagrante enquanto vendia e expunha à venda cerca de
duzentos DVDs piratas, falsificados, de filmes e séries de televisão. Realizada a
devida perícia, foi confirmada a falsidade dos objetos. Incapaz de apresentar
autorização para a comercialização dos produtos, Vanessa alegou em sua defesa
que desconhecia a ilicitude de sua conduta.
Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da jurisprudência
dominante dos tribunais superiores.
a) Vanessa é isenta de culpabilidade, pois incidiu em erro de proibição.
325
b) O MP deve comprovar que os detentores dos direitos autorais das obras falsificadas
sofreram real prejuízo para que a conduta de Vanessa seja criminosa.
c) A conduta de Vanessa ofende o direito constitucional que protege a autoria de obras
intelectuais e configura crime de violação de direito autoral.
d) A conduta de vender e expor à venda DVDs falsificados é atípica em razão da
incidência do princípio da adequação social.
e) A conduta de vender e expor à venda DVDs falsificados é atípica em razão da
incidência do princípio da insignificância.
Gabarito C
542- Acerca da disciplina legal dos crimes previstos na parte especial do CP,
assinale a opção correta.
a) A conduta de subtrair cadáver de sua sepultura configura crime de furto qualificado.
b) O ato de escarnecer de alguém publicamente em razão de sua crença ou de sua
função religiosa configura crime de injúria qualificada.
c) Nas figuras qualificadas do crime de direito autoral, é desnecessário que haja o
intuito de obter lucro para que seja configurado o referido crime.
d) No crime de impedimento ou perturbação de enterro ou cerimônia funerária, constitui
causa de aumento de pena o fato de o agente praticar o referido crime mediante
violência.
e) A ação penal para os crimes contra a propriedade intelectual é de iniciativa privada e
deverá ser ajuizada mediante queixa do ofendido.
Gabarito D
d) (CERTA)
a) Crime de violação de direito autoral, previsto no art. 184, §2º, do Código Penal.
e) Não pratica crime algum, pois a conduta caracteriza livre exercício de trabalho ou
profssão.
Gabarito A
546- Caio, ao cessar suas atividades empresariais, determina que o responsável por
inscrever informações na Carteira de Trabalho e Previdência Social dos
funcionários inclua no documento a informação de que os empregados foram
demitidos em 01.02.2017, enquanto, na verdade, o vínculo empregatício foi
rompido em 01.05.2017.
Descobertos os fatos, a Caio:
a) não poderá ser aplicada qualquer pena, já que não foi ele que inseriu a informação na
carteira de trabalho;
b0 será aplicada a pena do crime de falsificação de documento público;
c) será aplicada a pena do crime de falsificação de documento particular;
d) será aplicada a pena do crime de falsidade ideológica de documento público;
e) será aplicada a pena do crime de certidão ou atestado ideologicamente falso.
Gabarito B
ABARITO: B
Código Penal
e) Não respondida.
Gabarito C
548- Considere as assertivas abaixo sobre crimes em espécie.
I - O crime de assédio sexual prescinde de prevalecer-se o agente de sua condição de
superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou
função.
II - Constitui crime o recrutamento de trabalhadores, mediante fraude, com o fim de
levá-los para território estrangeiro, exceto se para o trabalhador advier vantagem
econômica.
III - Constitui crime de sonegação de contribuição previdenciária deixar de lançar
mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas
dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços.
Quais são corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas II e III
e) I, II e III
329
Gabarito C
549- Segundo a tipologia especificamente adotada pelo Código Penal, quem omite,
na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a
fazer prova perante a previdência social, nome do segurado e seus dados pessoais,
a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços,
incorre nas penas correspondentes ao crime de:
a) Atentado contra a liberdade de trabalho.
b) Apropriação indébita previdenciária.
c) Falsificação de documento público.
d) Falsificação de documento particular.
e) Redução a condição análoga à de escravo.
Gabarito C
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000)
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o,
nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de
trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
330
550- No tocante à interpretação dos crimes de perigo abstrato e dos crimes contra
a organização do trabalho, contra a administração pública e contra a dignidade
sexual, consoante a jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção
correta.
a) Por se tratar de delito de perigo abstrato, o abandono de incapaz dispensa a prova do
efetivo risco de dano à saúde da vítima.
b) O crime de porte ilegal de arma de fogo, classificado como delito de perigo abstrato,
não dispensa a prova pericial para estabelecer a sua eficiência na realização de disparos,
necessária para demonstrar o risco potencial à incolumidade física das pessoas.
c) O agente que não é funcionário público não pode figurar como sujeito ativo do crime
de peculato.
d) No crime de aliciamento para o fim de emigração, pune-se a conduta de recrutar
trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para território estrangeiro, como
forma de se garantir a proteção à organização do trabalho.
e) Para a caracterização do crime de concussão, a conduta do servidor público deve
consistir na exigência de vantagem indevida, necessariamente em dinheiro, para si ou
para outrem, em razão da função que o servidor exerce.
Gabarito D
d) correta
551- Com relação ao excesso punível, aos crimes contra a dignidade sexual, aos
crimes contra o sentimento religioso e o respeito aos mortos, aos crimes contra a
família e aos crimes contra a administração pública, assinale a opção correta.
a) No estupro de vulnerável, a presunção de violência é absoluta, segundo a
jurisprudência do STJ, sendo irrelevante a aquiescência do menor ou mesmo o fato de já
ter mantido relações sexuais anteriormente.
b) As cinzas humanas não podem ser objeto material do crime de vilipêndio a cadáver.
c) No crime de bigamia, a data do fato constitui o termo inicial do prazo prescricional.
331
e) Ao contrário do que ocorria com a Parte Geral do Código Penal de 1940, o Código
Penal atual PREVÊ, expressamente, a aplicabilidade das regras de excesso punível às
quatro causas de exclusão de ilicitude.
552- Com relação ao excesso punível, aos crimes contra a dignidade sexual, aos
crimes contra o sentimento religioso e o respeito aos mortos, aos crimes contra a
família e aos crimes contra a administração pública, assinale a opção correta.
a) No crime de bigamia, a data do fato constitui o termo inicial do prazo prescricional.
b) Comete o crime de concussão o empregado de empresa pública que, utilizando-se de
grave ameaça, exige para si vantagem econômica.
c) Ao contrário do que ocorria com a Parte Geral do Código Penal de 1940, o Código
Penal atual não prevê, expressamente, a aplicabilidade das regras de excesso punível às
quatro causas de exclusão de ilicitude.
d) No estupro de vulnerável, a presunção de violência é absoluta, segundo a
jurisprudência do STJ, sendo irrelevante a aquiescência do menor ou mesmo o fato de já
ter mantido relações sexuais anteriormente.
e) As cinzas humanas não podem ser objeto material do crime de vilipêndio a cadáver.
Gabarito D
Exclusão de ilicitude
I - em estado de necessidade;
332
II - em legítima defesa;
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo
O cadáver, em regra, não pode ser objeto material de furto, roubo ou dano, pois não
possui valor patrimonial. Se, entretanto, foi vendido ou entregue a um instituto
anatômico ou para fim de estudo científico, converte-se em coisa alheia e passa a
integrar o acervo patrimonial da respectiva entidade, e sua subtração ou destruição
constitui crime contra o patrimônio. (Código Comentado. Cleber Masson. Editora
Método. 2013).
Na alternativa apresentada, o cadáver estava sepultado, logo não poderá ser objeto do
delito de furto.
a) ERRADO --> Se o agente violar a sepultura com a finalidade de subtrair objetos
junto ao cadáver, o crime meio (violação da sepultura) será absorvido pelo crime fim
(furto), ou seja, aplica-se o princípio da consução
d) CORRETO --> o cadáver apenas pode ser objeto de furto quando pertencer às
universidades para fins educacionais e, evidentemente, nesse caso o cadáver não está
sepultado.
Todavia, nota-se que não houve violação de sepultura, pois os ossos foram expostos em
virtude de uma chuva torrencial. Dessa forma, a conduta do agente se tornou atípica, já
que não são objetos do crime de subtração de cadáver o esqueleto, as cinzas, as múmias
e as partes do corpo incapazes de se reconhecer como tal.
Artigo 210 -Violação de Sepultura- As ações típicas previstas são a de violar (abrir,
quebrar, devassar) ou profanar (ofender, ultrajar, desrespeitar) sepultura (local onde se
enterram os cadáveres) ou urna funerária (reservatório destinado ao depósito de cinzas
ou partes do defunto).
Exige-se finalidade especial por parte do agente, vez que no ato de violação ou
profanação, é imprescindível o sentimento de desrespeito.
"Cadáver é todo o corpo humano sem vida, quer a morte, isto é, a cessação dos
fenômenos vitais, tenha ocorrido antes ou depois do nascimento (…) Note-se que, para
que seja considerado cadáver, não basta ao corpo humano estar sem vida, sendo
imprescindível que mantenha os traços mínimos identificadores da aparência humana,
ou seja, que não tenha sido atingido pela decomposição cadavérica. Assim, não são
objetos do crime em estudo o esqueleto, as cinzas, as múmias e as partes do corpo
incapazes de se reconhecer como tal.
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza
grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada
em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de
335
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência:
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal
circunstância.
Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe
cause a nulidade absoluta.
557- Acerca da disciplina legal dos crimes previstos na parte especial do CP,
assinale a opção correta.
a) A conduta de subtrair cadáver de sua sepultura configura crime de furto qualificado.
b) O ato de escarnecer de alguém publicamente em razão de sua crença ou de sua
função religiosa configura crime de injúria qualificada.
c) Nas figuras qualificadas do crime de direito autoral, é desnecessário que haja o
intuito de obter lucro para que seja configurado o referido crime.
336
b) Vítima do sexo masculino não pode ser sujeito passivo do crime de estupro, pois a
caracterização desse tipo penal demanda a conjunção carnal.
c) Se a conjunção carnal decorrer de um ardil que leve a vítima a enganar-se quanto à
identidade pessoal do agente, este responderá pelo crime de estupro.
d) Estupro e atentado violento ao pudor cometidos contra a mesma vítima e no mesmo
contexto devem ser tratados como concurso material de crimes.
e) Presentes os requisitos legais, admite-se a continuidade delitiva entre estupro e
atentado violento ao pudor quando praticados contra vítimas diversas ou fora do mesmo
contexto.
Gabarito E
É possível reconhecer a continuidade delitiva entre estupro e atentado violento ao pudor
quando praticados contra vítimas diversas ou fora do mesmo contexto, desde que
presentes os requisitos do artigo 71 do Código Penal. Precedentes: HC 236713/SP.
501- Assinale a alternativa que corretamente apresenta uma hipótese de estupro,
na forma consumada ou tentada (art. 213 do CP).
a) Aproveitar-se do pouco espaço para locomoção em um coletivo lotado para beliscar
as nádegas de uma mulher, que, desconhecendo a autoria do fato, fica impedida de agir
contra o autor.
b) Valer-se de violência contra pessoa portadora de deficiência mental, possuidora de
discernimento para o exercício da sexualidade, para com ela praticar ato libidinoso
diverso da conjunção carnal.
c) Propor a um adolescente de quinze anos, por aplicativo de mensagens instantâneas,
um encontro sexual para a prática de coito anal, sendo a proposta prontamente refutada
pelo adolescente.
d) Manter relações sexuais, mediante remuneração, com adolescente de quatorze anos
completos, o qual esteja submetido à prostituição.
e) Manipular, sob a roupa, a genitália de pessoa completamente bêbada, que esteja
desacordada em virtude da severa ingestão de álcool.
Gabarito B
b) Estupro
c) Creio ser fato atípico. Para enquadrar em outros tipos precisariamos de mais dados.
Lembrando que não é o Art. 241-D ECA, pois exige criança: Aliciar, assediar, instigar
ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela
praticar ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Pena –
reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
338
e) pelo fato do agente passivo estar completamente bêbado, não tem o necessário
discernimento para a prática do ato, ou não pode oferecer resistência, se torna assim
uma pessoa vulneral, caracterizando o art. 217-A §1º do CP.
502- No que se refere aos crimes contra a dignidade sexual, analise as afirmativas
abaixo.
III - No crime de estupro, o tipo penal não exige contato físico entre a vítima e o agente.
a) I, II e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III, apenas.
Gabarito D
II - Errada. A ação penal, nos crimes contra dignidade sexual, é, em regra, pública
condicionada. Será pública incondicionada quando resultar lesão grave, morte, ou
quando a vítima for menor de 18 anos ou vulnerável (salvo vulnerabilidade fugaz).
III - Correta. O crime de estupro não exige o contato físico (ato libidinoso diverso da
conjunção carnal). É o caso da "contemplação lascíva" de menor de 14 anos (violência
presumida). Há julgado do STJ nesse sentido, lavrado no segundo semestre deste ano.
339
IV - Errada. O crime de corrupção de menores está previsto no artigo 244-B do ECA.
Além disso, o crime do art. 218 do CP menciona vítima menor de 14 anos, e não de 16
anos.
503- Laura e Tiago são casados há seis anos, mas estão separados, de fato, há três
meses, embora mantenham contato por conta de um filho, ainda criança, que
possuem em comum. Certo dia, aproveitando-se da sua franca entrada na
residência em que Laura mora com a criança, Tiago conseguiu subtrair a chave de
um dos portões da casa, fez uma cópia dessa chave e devolveu o exemplar original
ao seu lugar, sem que Laura disso tivesse conhecimento. Tempos depois, em dia em
que Laura estava ausente de casa e o filho deles estava na casa da avó materna,
Tiago entrou na casa da ex-esposa e ficou aguardando-a, com a intenção de
surpreendê-la e reconquistá-la. Próximo à meia-noite desse mesmo dia, Laura
chegou e, por estar bastante embriagada, adormeceu muito rapidamente, sem dar
a Tiago a atenção de que ele acreditava ser merecedor. Este ficou enfurecido e
enciumado e tentou, sem sucesso, acordá-la. Não tendo alcançado seu objetivo,
Tiago resolveu manter, e efetivamente manteve, relação sexual com Laura, que
então já estava praticamente desacordada.
Nessa situação hipotética, conforme os dispositivos pertinentes aos crimes contra a
dignidade sexual insertos na Lei Maria da Penha e no Código Penal,
a) para que o crime de estupro se configure, é preciso que tenha ocorrido conjunção
carnal na relação sexual.
b) Tiago não poderá ser acusado de crime de estupro porque Laura ainda é sua esposa.
c) Tiago não poderá ser acusado de crime de estupro porque não usou de grave ameaça
ou violência contra Laura.
d) Tiago poderá ser acusado de crime de estupro de vulnerável.
e) Tiago praticou o crime de assédio sexual, pois qualquer indivíduo pode ser sujeito
ativo desse crime, independentemente de ostentar condição especial em relação à
vítima.
Gabarito D
B) CORRETA. CP, Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos neste
Título correrão em segredo de justiça.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Gabarito B
Assédio sexual
Trata-se de crime próprio, que só pode ser praticado por aquele que ostente alguma das
condições previstas no tipo penal.
Com redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009, o artigo do Código Penal que definia
estupro foi mudado. Antigamente tínhamos estupro e atentado violento ao pudor, bem
como apenas mulheres podiam ser estupradas. E mais: o estupro apenas ocorria se
houvesse penetração vaginal.
“Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso (...)”
Reparem que a nova regra ampliou a atuação do dispositivo, ao passo que não
mais faz a distinção entre homens e mulheres. Em outras palavras qualquer
conjunção carnal ou ato libidinoso feito de forma forçada é considerado um estupro,
não importando o sexo da vitima e do criminoso.
Antes da Lei 12015/09 a regra era a AP de iniciativa privada, havendo, contudo, quatro
exceções:
- A ação era pública incondicionada de acordo com a Súmula 608 do STF quando o
crime de estupro fosse praticado mediante o emprego de violência real.
sua colega, faz cessar sua intenção e a conduz ao departamento médico, para que
receba o atendimento adequado.
Em relação a sua conduta, Carlos:
a) responderá por estupro tentado, em virtude da ocorrência de tentativa imperfeita;
b) não responderá por estupro, em virtude da desistência voluntária;
c) não responderá por estupro, em virtude de arrependimento eficaz;
d) não responderá por estupro, em virtude de arrependimento posterior;
e) responderá por estupro consumado, pois atualmente a lei não exige a prática de
conjunção carnal para a configuração desse delito.
Gabarito B
Carlos não cometeu estupro, pois praticou a chamada "desistência voluntária", que
está prevista no Código Penal: "Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de
prosseguir naexecução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já
praticados."
Assim, Carlos responderá pelo crime de lesão corporal, tipificado no Código Penal:
"Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:"
A) Correta.
D) Errado, crime subsidiário é aquele cujo tipo penal tem aplicação subsidiária, isto é,
só se aplica se não for o caso de crime mais grave. Exemplo: a invasão de domicílio é
um crime subsidiário ao furto qualificado, pois para que o furto qualificado seja
consumado é preciso invadir o domicílio de alguém. Porém, no mesmo ângulo, é
absurdo falar que o crime de estupro de vulnerável seria apenas uma fase para facilitar a
consumação do crime de estupro, o que torna visível o erro da alternativa.
345
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
(catorze) anos:
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém
que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
d) A ausência de representação formulada pela menor ou por sua mãe impede que José
seja processado pelos fatos ocorridos.
e) A anterior experiência sexual da vítima afasta sua vulnerabilidade, de forma que José
deve responder apenas por corrupção de menor.
518- Assinale a opção correta a respeito dos crimes contra a dignidade sexual e a
família.
a) No crime de subtração de incapazes, a restituição do menor até o momento da
prolação da sentença, desde que este não tenha sofrido maus-tratos ou privações,
configura arrependimento posterior.
b) A persecução penal do crime de estupro de vulnerável ocorre mediante ação penal
pública condicionada à representação do ofendido.
c) O crime de estupro de vulnerável praticado por dois agentes em concurso de pessoas
incorre em causa de aumento de pena prevista na parte especial do CP.
d) O agente solteiro que contrai casamento com pessoa casada, ciente do estado civil
desta, pratica conduta atípica.
e) O agente que, conscientemente, registra, em cartório, filho de terceira pessoa como se
fosse seu próprio filho pratica conduta atípica.
Gabarito C
A) Incorreta - não configura arrependimento posterior. O juiz pode deixar de aplicar a
pena.
Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua
guarda em virtude de lei ou de ordem judicial:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro
crime.
§ 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do interdito não o exime
de pena, se destituído ou temporariamente privado do pátrio poder, tutela, curatela ou
guarda.
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante
ação penal pública condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
D) O agente solteiro que contrai casamento com pessoa casada, ciente do estado civil
desta, pratica conduta atípica - Incorreta - a conduta é típica.
§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada,
conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos.
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem;
ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao
estado civil:
Tanto o STF, quanto o STJ entendem que a ocorrência de lesão na vítima de estupro não
é pressuposto para a configuração de violência real. Nesse sentido:
521- Maria, a pedido de sua prima Joana, por concupiscência desta, convenceu
sua vizinha Pauliana, de 12 anos de idade, a assistir Joana e seu namorado Paulo
em intimidades sexuais. Assim, pode-se concluir que Maria obrou para o delito de:
351
§ 1º Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar pessoa
traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transpotá-la, transferi-la ou
alojá-la.
29.4- Rufianismo
525- No que tange aos crimes contra a família, assinale a resposta correta.
a) O crime de abandono intelectual pode ocorrer quando os pais, sem justa causa,
deixam de matricular o filho no ensino fundamental ou no ensino médio, ou quando o
obrigam a faltar repetidas vezes, prejudicando seu desempenho escolar.
b) O crime de conhecimento de prévio impedimento é uma norma penal em branco
homogênea, cuja ação penal dependerá de queixa do contraente enganado.
c) Aquele que falsifica documentos com o exclusivo objetivo de contrair novas núpcias,
já sendo casado, comete crimes de bigamia e contra a fé pública, em concurso.
353
d) Comete crime de abandono material quem, sendo solvente e sem motivo justo, com o
único propósito de deixar de pagar pensão alimentícia fixada em acordo judicialmente
homologado, abandona o emprego, gerando situação de necessidade - não suprida por
outrem - para o alimentando.
e) A subtração de incapazes é crime expressamente subsidiário, além de classificado
pela doutrina como permanente, de modo que seu prazo prescricional tem termo inicial
quando o incapaz é restituído.
Gabarito D
527- O crime de registrar como seu o filho de outrem:
a) pode ser praticado através da inscrição, no registro civil, de nascimento inexistente.
b) não admite concurso de pessoas.
c) não admite transação penal em nenhuma de suas formas.
d) tem como termo inicial do prazo prescricional a ciência da falsidade pela pessoa
fraudulentamente registrada.
e) é classificado como uma hipótese de falsidade ideológica.
Gabarito E
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem;
ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao
estado civil:
c) Errada, pois apesar de a conduta do caput não admitir os benefícios da lei 9.099, no
parágrafo único é possível a transação penal.
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar
recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil:
d) Errada, pois a prescrição começa a correr na data em que o fato se tornou conhecido.
354
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr:
e) Correta, de fato é uma forma de falsidade ideológica, contudo, esta fica absorvida,
tratando-se de crime-meio para a prática do delito do art. 242 do CP. Essa prática
também é conhecida como adoção à brasileira, utilizada para burlar o procedimento
legal da adoção.
c) tem como termo inicial do prazo prescricional a ciência da falsidade pela pessoa
fraudulentamente registrada.
Gabarito B
rt. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar,
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita,
com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante.
a) Que no crime de “registrar como seu filho de outrem”, que a doutrina denomina
“adoção à brasileira”, admite-se, presente o motivo de reconhecida nobreza, privilégio e
até mesmo perdão judicial.
b) Que o crime de entrega de filho menor a pessoa inidônea admite formas dolosa e
culposa.
c) Que ao definir o crime de bigamia, houve por bem o direto brasileiro excepcionar a
teoria monista, cominando ao concorrente para a sua prática pena mais branda que a
atribuída ao autor.
Gabarito B
530- O Código Penal, ao tratar dos crimes contra a família, especificamente quanto
ao tipo misto alternativo do induzimento a erro essencial ou ocultação de
impedimento, apresenta uma ressalva específica à hipótese de seu reconhecimento,
que caracteriza outro delito da mesma natureza.
Gabarito CORRETO
De forma mais clara para que se identifique o que a questão quer:
O Código Penal, ao tratar dos crimes contra a família, especificamente quanto ao tipo
misto alternativo do induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento,
apresenta uma ressalva específica à hipótese de seu reconhecimento, que caracteriza
outro delito da mesma natureza.
531- Com relação ao excesso punível, aos crimes contra a dignidade sexual, aos
crimes contra o sentimento religioso e o respeito aos mortos, aos crimes contra a
família e aos crimes contra a administração pública, assinale a opção correta.
c) Ao contrário do que ocorria com a Parte Geral do Código Penal de 1940, o Código
Penal atual não prevê, expressamente, a aplicabilidade das regras de excesso punível às
quatro causas de exclusão de ilicitude.
e) As cinzas humanas não podem ser objeto material do crime de vilipêndio a cadáver.
Gabarito D
356
Ainda que a conduta delituosa tenha sido praticada por funcionário público, o qual teria
se valido dessa condição para a obtenção da vantagem indevida, o crime por ele
cometido corresponde ao delito de extorsão e não ao de concussão, uma vez
configurado o emprego de grave ameaça, circunstância elementar do delito de
extorsão. Precedentes. (HC 54.776/SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA
TURMA, julgado em 18/09/2014, DJe 03/10/2014)
532- Túlio, em razão de seu casamento com Maria, declarou no cartório de registro
de pessoas naturais que era divorciado, sendo o matrimônio com Maria
consumado. Entretanto, Túlio era casado com Claudia, mas estavam separados de
fato há muitos anos. Serviram como testemunhas Joana e Paulo, primos de Túlio,
que tinham conhecimento do casamento e da separação de fato deste com
Claudia.Assim pode-se afirmar:
I. Houve o crime de falsidade ideológica praticado porTúlio,mas que restará absorvido
pelo princípio da especialidade.
II. Trata-se de crime próprio, sendo coautores Joana e Paulo, primos deTúlio.
III. A anulação do casamento de Túlio com Claudia pelo motivo da bigamia, tornaria
inexistente o crime de bigamia.
IV. O objeto material desse crime é Claudia.
Indique a opção que contempla a(s) assertiva(s) correta(s).
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) II, apenas.
d) III, apenas.
e) IV, apenas.
Gabarito C
I. Houve o crime de falsidade ideológica praticado porTúlio,mas que restará absorvido
pelo princípio da especialidade.
Não se trata de princípio da especialidade e sim do princípio da consunção. O delito de
Bigamia exige a falsidade precedente- que se declare em documento público ser
solteiro, viúvo ou divorciado. A bigamia (crime-fim) absorve o crime de falidade
ideológica (crime-meio).
II. Trata-se de crime próprio, sendo coautores Joana e Paulo, primos deTúlio.
Correto. As testemunham que afirmam a inexistência de impedimento, sabendo que um
dos nubentes é pessoa casada, respondem com particípes (Luiz Regis Prado)
III. A anulação do casamento de Túlio com Claudia pelo motivo da bigamia, tornaria
inexistente o crime de bigamia.
Nos termos do art. 235,§2 anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o
outro por motivo queNÃO a bigamia, considera-se inexistente o crime. O artigo
357
em comento trata de outro motivo que não a bigamia e questão afirma o contrário.
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode
ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou
impedimento, anule o casamento.
536- Sobre crimes contra a saúde pública previstos no Código Penal, assinale a
alternativa incorreta:
a) Admitem prática dolosa (dolo direto e eventual) e culposa.
b) Considerado o requisito objetivo de cominação de pena, alguns deles são de
competência do juizado especial criminal.
c) O bem jurídico protegido é a saúde pública.
d) Quanto ao agente ativo do crime, nenhum deles é especial próprio.
e) Há apenas dois crimes hediondos (Lei nº 8.072/90), no caso a epidemia com
resultado morte e a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto
destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
Gabarito D
A) sim. há previsao de crime doloso e culposo. ex: art.270 paragrafo 2º.
d) o colega abaixo já trouxe o art. 282. é necessario ser médico para cometer. logo crime
próprio.
537- Acerca dos crimes contra a incolumidade pública, é correto afirmar que:
a) o crime de incêndio não admite a modalidade culposa.
b) caso ocorra, no crime de perigo de desasire ferroviário, resultado morte indesejado
pelo agente, existirá concurso de crimes com o delito de homicídio culposo.
c) há arremesso de projétil quando alguém realiza disparos de arma de fogo contra um
ônibus em andamento.
d) o exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica é doutrinariamente
classificado como crime habitual e de perigo abstrato.
359
a) Incêndio
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o
patrimônio de outrem:
Incêndio culposo
III - transmitindo falso aviso acerca do movimento dos veículos ou interrompendo
ou embaraçando o funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia;
Desastre ferroviário
§ 3º - Para os efeitos deste artigo, entende-se por estrada de ferro qualquer via de
comunicação em que circulem veículos de tração mecânica, em trilhos ou por meio de
cabo aéreo
Crime habitual e perigo abstrato. No caso de perigo concreto ou mesmo alguma lesão
ou morte responderá pelo crime mais grave.
538- OSÉ e PEDRO foram despedidos do emprego. Os dois foram para casa
revoltados. JOSÉ mora na zona rural e sua casa fica isolada. Ele pegou 20 litros de
gasolina e incendiou a casa, mas naquela semana ninguém tomou conhecimento
desse incêndio. Já seu amigo PEDRO, que mora num conjunto habitacional,
também incendiou sua casa, mas foi necessário, neste caso, a intervenção dos
bombeiros, para que o fogo não se alastrasse para os vizinhos. Durante a operação,
TICIO aproveitou e furou duas mangueiras que estavam sendo usadas pelos
bombeiros, prejudicando o trabalho. Duas semanas depois, a autoridade policial
tomou conhecimento dos fatos. Marque a alternativa CORRETA.
a) PEDRO e JOSÉ responderão pelo crime de incêndio.
b) Poderá ocorrer responsabilização de PEDRO pelo crime de incêndio.
c) Não há crime a ser punido.
d) TICIO responde por crime de dano.
e) TICIO responde por crime de dano e por crime de incêndio.
Gabarito B
Incêndio
CP. Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o
patrimônio de outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
No caso de JOSÉ era seu próprio patrimônio e ficava isolado, não teria risco para a vida
nem integridade física de terceiros.
538- O crime de “atentado contra a segurança de outro meio de transporte”
a) é classificado como crime de dano.
b) é apenado com reclusão e multa, seja qual for a modalidade.
c) apenas se configura se ocorre dano à saúde ou patrimônio público.
d) é punido tanto por dolo como por culpa mas, nesta modalidade, apenas se ocorre
desastre.
e) não pune aquele que simplesmente dificulta o funcionamento do meio de transporte.
Gabarito D
Art. 262 - Expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou
dificultar-lhe o funcionamento:
539- No campo do Direito Penal, no capítulo referente aos crimes contra a saúde
pública, assinale a alternativa correta quanto ao que a doutrina e jurisprudência
tem entendido.
a) Pratica crime contra a saúde pública aquele que causar epidemia, mediante a
propagação de germes patogênicos.
b) Os crimes contra a saúde pública são puníveis somente na modalidade dolosa.
c) Aquele que inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível pratica crime de
curandeirismo.
d) Alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, configura crime
contra a saúde pública. Nesse caso, porém, aquele que vende o produto adulterado não
incorre nas mesmas penas.
e) Aquele que fornecer substância medicinal em desacordo com a receita médica pratica
crime de charlatanismo.
Gabarito A
540- O crime de envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou
medicinal, de uso comum ou particular, cujo objeto jurídico a ser protegido é a
saúde pública, não admite a modalidade culposa.
Gabarito ERRADO
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 1º - Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo ou tem em depósito, para o
fim de ser distribuída, a água ou a substância envenenada.
Modalidade culposa
362
§ 2º - Se o crime é culposo:
A) Crimes omissivos próprios ou puros: a omissão está contida no tipo penal. Ex:
crime de omissão de socorro.
Não há previsão legal do dever jurídico de agir, de forma que o crime pode ser praticado
por qualquer pessoa. Nesses casos, o omitente não responde pelo resultado naturalístico
eventualmente produzido, mas somente pela sua omissão.
As hipóteses do dever de agir foram previstas no art. 13, §2º, do CP: dever
legal, posição de garantidor; e ingerência.
363
543- Sobre o crime de incêndio, qualificado pelo resultado morte ou lesão corporal
de natureza grave, é correta a afirmação:
a) Se doloso e resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é
aumentada de um a dois terços.
b) Se doloso e resulta morte, a pena é aumentada de metade.
c) Se culposo e do fato resulta lesão corporal, a pena é aumentada de dois terços.
d) Se culposo e do fato resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo,
aumentada de um terço.
e) As formas qualificadas de crime de perigo comum, dispostas no artigo 258 do Código
Penal, não se aplicam ao crime de incêndio na modalidade culposa.
Gabarito D
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza
grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada
em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de
metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada
de um terço.
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou
farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites:
Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
546- O artigo 282 do Código Penal determina como ação criminosa exercer, ainda
que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem
autorização legal ou excedendo-lhe os limites. Assim, são consideradas infrações:
a) técnicos em prótese dentária divulgarem seus serviços em revistas, jornais ou folhetos
especializados, dirigidos aos cirurgiões-dentistas, e acompanhados do nome da oficina,
do seu responsável e do número de inscrição no Conselho Regional de Odontologia.
b) técnicos em higiene bucal realizarem os procedimentos relacionados a biossegurança,
visando ao controle de infecção.
c) a realização do acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal pelos técnicos
em higiene bucal.
d) a prestação, sob qualquer forma, de assistência direta a clientes, por técnicos em
prótese dentária.
e) auxiliares de prótese dentária exercerem a profissão sob a supervisão do cirurgião-
dentista em consultórios, clínicas odontológicas ou laboratórios.
Gabarito D
Os técnicos em prótese dentária estariam excedendo aos limites de sua atuação e
exercendo funções típicas de dentista.
547- Figure que em consultório odontológico exista uma pequena copa, onde os
dentistas e demais profissionais que ali trabalham realizam suas refeições.
Imagine, ainda, que por imprudência na manutenção do fogão e respectivas
mangueiras ocorra um vazamento de gás, seguido de uma explosão. Dela decorrem
danos materiais de razoável monta, mas não se registra nenhum dano à
incolumidade física. Independentemente de quem seja (eventual) responsável, é
correto afirmar que
a) não houve ilícito algum.
b) apenas poderá haver responsabilização civil, uma vez que o fato é penalmente
atípico.
c) houve crime de explosão dolosa.
d) houve crime de explosão culposa.
365
Incêndio
Aumento de pena
II - se o incêndio é:
Modalidade Culposa
Arremesso de projétil
Charlatanismo
Curandeirismo
Forma qualificada
Art. 285 - Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes previstos neste Capítulo, salvo
quanto ao definido no art. 267.
C) CORRETO: Art. 35, p.u da Lei 11.343/06 "nas mesmas penas do caput deste artigo
incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta lei",
este que possui a seguinte redação "financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes
previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei".
D) INCORRETO: O bem jurídico protegido pelo crime do art. 35 é a paz pública, e
não a sáude pública, conforme explica Paulo Rangel e Carlos Roberto Bacila "tendo em
368
vista que o bem jurídico do tipo de associação é distinto dos demais tipos objeto da Lei,
o concurso é plenamente aceitável", e nas palavras de Renato Brasileiro "Como espécie
de crime formal, sua consumação independe da prática dos delitos para os quais os
agentes se associaram. No entanto, se tais delitos forem cometidos, os agentes deveráo
responder pelo crime de tráfico por eles praticado em concurso material com o delito
de associação".
E) INCORRETO: Como dito no item D, o crime é formal, não se exigindo a prática do
(s) crime (s) para o qual se associaram.
a) ERRADO - pois nos crimes preterdolosos o resultado não é intencional. Portanto, não
há como associar-se para cometer crimes que não são intencionais, uma vez que nos
delitos culposos há uma previsibilidade objetiva do resultado, mas que não foi realizada
pelo agente por inobservância de um dever objetivo de cuidado.
d) CERTO - Em que pese o fato de o tipo penal não exigir um número mínimo de
participantes, tampouco os requisitos da estabilidade e da permanência, a doutrina e a
jurisprudência têm sustentado que a quantidade mínima de 3 (três) pessoas, além da
estabilidade e da permanência, são requisitos ínsitos ao tipo do artigo 288-A do
Código Penal, tal como sucede em relação ao artigo 288 do mesmo diploma legal.
369
Gabarito E
554- Segundo a nova redação do art. 288 do Código Penal, conferida pela Lei n°
12.850/13, o crime de associação criminosa
a) deve ter a pena aumentada até o dobro, se houver a participação de criança ou
adolescente.
b) consiste na associação de mais de três pessoas para o fim específico de cometer
crimes.
c) deve ter a pena aumentada até a metade, se houver a participação de criança ou
adolescente, não retroagindo tal disposição.
d) conduz à aplicação da pena em dobro, se a associação é armada.
e) deve ter a pena aumentada até a metade, se a associação é armada, não retroagindo tal
disposição.
Gabarito C
555- No que se refere aos crimes contra a paz pública, assinale a opção correta.
a) A conduta de custear milícia privada para a prática de homicídios é tipificada como
crime de associação criminosa.
b) No crime de associação criminosa, incide causa de aumento de pena o fato de a
associação ser armada ou haver participação de criança ou de adolescente.
c) Constitui crime incitar terceira pessoa a praticar conduta punida pela lei como
contravenção penal.
d) Funcionário público que fizer apologia de fato criminoso praticará, na forma
qualificada, delito de apologia de crime ou criminoso.
372
Observação:
Associação para o tráfico: 02 (duas) ou mais pessoas (Lei 11.343/06, art. 35)
Organização criminosa: 04 (quatro) ou mais pessoas (Lei 12.850/13, art. 1º, § 1º)
d) I.
e) II.
Gabarito D
I.. CORRETA - NÃO CARACTERIZA, pq o incitamento deve ser voltado a
DETERMINADO CRIME (fato determinado)
III. ERRADA. - A defesa de tese é mera expressão da opinião de uma pessoa, o agente
simplesmente apresenta uma tese de que certa conduta deve ser descriminalizada. como
no caso do homicídio eutanásico ou crime de Otelo.
558- No que se refere aos crimes contra a paz pública, assinale a alternativa
INCORRETA
a) O art.288-A do Código Penal brasileiro constitui um tipo penal aberto, posto que o
legislador deixara de definir o que se pode entender por “organização paramilitar”,
“milícia particular”, “grupo” e “esquadrão”.
b) Para configuração do crime de associação criminosa não se exige a realização do fim
visado, mas tão somente o simples fato de figurar como integrante da associação
374
c) Como a nova redação do tipo penal previsto no art.288 do Código Penal brasileiro
exige a associação de apenas três pessoas, esta se caracteriza como norma mais severa e,
assim, irretroativa neste aspecto.
d) O crime de constituição de milícia privada caracteriza-se como delito plurissubjetivo
ou de concurso necessário.
e) O crime de constituição de milícia privada não exige, para sua configuração, um
elemento subjetivo especial, podendo a prática recair sobre qualquer crime previsto no
ordenamento jurídico brasileiro.
Gabarito E
559- De acordo com a atual redação do artigo 288 do Código Penal, o crime de
“associação criminosa" estará configurado quando se associarem:
a) 2 (duas) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes.
b) 2 (duas) pessoas, para o fim específico de cometer crimes.
c) de 2 (duas) a 3 (três) pessoas para o fim específico de cometer crimes, somente se
disso resulte consumação do crime.
d) 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes.
e) 2 (duas) pessoas, para o fim específico de cometer crimes, ainda que disso não resulte
consumação do crime.
Gabarito D
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou
guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado
à falsificação de moeda:
I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal
destinado à arrecadação de tributo
563- Suponha que Felisberto, 25 anos, estudante de direito, pague uma compra no
valor de R$ 150,00 com duas cédulas falsas de R$ 100,00, das quais conhece a
falsidade, e que, dois dias após o pagamento, se arrependa, procure o dono do
estabelecimento comercial e pague com moeda verdadeira. Nesse caso hipotético,
pode-se afirmar que Felisberto poderá responder criminalmente por
a) moeda falsa.
b) moeda falsa com redução de pena em razão da desistência voluntária.
c) moeda falsa na modalidade tentada.
d) moeda falsa, mas fará jus à redução de pena, referente ao arrependimento posterior.
e) moeda falsa, mas fará jus à redução de pena referente ao arrependimento eficaz.
Gabarito A
I - O delito de moeda falsa tem como bem jurídico tutelado de forma principal a fé
pública, bem intangível que consiste na segurança que a sociedade deposita em relação
à moeda e à circulação monetária, sendo inaplicável o princípio da insignificância.
(TRF-4 - APELAÇÃO CRIMINAL : ACR 50314334220114047100 RS)
Gabarito D
570- No que se refere aos crimes contra a fé pública, assinale a opção correta.
a) O agente que insere declaração incorreta acerca de seu estado civil por desatenção e
falta de cuidado comete crime de falsidade ideológica.
b) O indivíduo que falsifica, para posterior utilização, bilhete ou passe de trânsito
concedido por empresa de transporte coletivo municipal pratica os crimes de
falsificação de documento público e de uso de documento falso.
c) A conduta do agente que fabrica notas de real, por meio da falsificação de papel-
moeda, é apenada com mais gravidade que a conduta do agente que introduz a moeda
falsa em circulação.
d) A falsificação de cartão de crédito ou de débito é equiparada, para fins penais, ao
crime de moeda falsa.
e) O agente que faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou símbolos
identificadores de órgãos da administração pública comete crime de falsificação de selo
ou sinal público.
Gabarito E
B) ERRADA, responde apenas pelo Art.293, e não pelo Art.293 + Art.307 como
descreve a assertiva;
Falsificação de cartão
d) falsidade ideológica.
e) falsidade material de atestado ou certidão.
Gabarito D
Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante:
II. A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei nº 9.099/95 faz coisa
julgada material e, descumpridas suas cláusulas, não pode ser retomada a situação
anterior, inviabilizando-se a continuidade da persecução penal mediante oferecimento
de denúncia ou requisição de inquérito policial.
III. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a pagar de despesa que não tenha sido
previamente empenhada ou que exceda limite estabelecido em lei é crime contra as
finanças públicas.
IV. Falsificar, mediante fabrico ou alteração, selo destinado a controle tributário é crime
de falsificação de papel público (art. 293, CP), e não falsificação de documento público
(art. 297, CP).
Após a análise, pode-se dizer que:
a) Está correta apenas a assertiva III.
b) Está incorreta apenas a assertiva I.
c) Estão incorretas apenas as assertivas I e II.
d) Estão incorretas apenas as assertivas I, II e III.
e) Todas as assertivas estão incorretas.
Gabarito C
d) a pena é de detenção.
e) a pena é aplicada àquele que altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas,
logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados por órgãos da Administração
pública do material, nos termos da súmula vinculante 35 do STF:
D) Falsificação do selo ou sinal público: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra
que o não seja:
Classificação
Tentativa
Momento consumativo
a) conduta atípica.
c) falsidade ideológica.
d) falsa identidade.
Gabarito E
580- Assinale a alternativa incorreta:
a) A pena para o crime de falso reconhecimento de firma ou letra (art.300 do Código
Penal) é a mesma, tenha a falsificação sido realizada em documento público ou
particular.
b) Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade
paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade
comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
c) Incorre nas mesmas penas do crime de falsificação de documento público (art.297 do
Código Penal) quem insere ou faz inserir na folha de pagamento ou em documento de
informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que
não possua a qualidade de segurado obrigatório.
d) Para fins do crime de falsificação de documento particular (art.298 do Código Penal)
equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito.
387
Gabarito A
Se a omissão foi involuntária (falta de dolo), não há como fazer o enquadramento típico,
visto que o artigo 299 do CP exige para sua consumação a exitência de "uma"
finalidade, a qual decorre de uma vontade:
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre
fato juridicamente relevante:
Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante.
583- À luz do Código Penal, sobre a falsidade documental nos crimes contra a fé
pública,
a) a falsificação de um documento emanado de sociedade de economia mista federal
caracteriza o crime de falsificação de documento público.
b) equipara-se a documento público para caracterização do crime de falsificação de
documento público o cartão de crédito ou débito.
c) se o autor do crime de falsificação de selo ou sinal público é funcionário público e
comete o crime prevalecendo-se do cargo, a pena é aumentada de um terço.
d) aquele que faz inserir na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado
declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado estará sujeito às penas
cominadas ao crime de falsidade ideológica.
e) o médico que dá, no exercício de sua função, atestado falso com o fim lucrativo
estará sujeito à pena privativa de liberdade cominada ao delito de falsidade de atestado
médico aumentada de metade.
Gabarito A
Letra A. CERTO.
Para Victor Eduardo Rios Gonçalves, o termo "entidades paraestatais" inclui autarquia,
389
Letra B. FALSO.
Art. 298. Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento
particular o cartão de crédito ou débito.
Letra C. FALSO.
Art. 296. (...) § 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se
do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
Letra D. FALSO.
Falsificação de documento público
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento
público verdadeiro:
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que
deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que
deveria ter sido escrita;
Letra E. FALSO.
Falsidade de atestado médico
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Código Penal:
Falsificação de cartão
a) estelionato tentado.
b) falsa identidade.
c) falsidade ideológica.
d) falsificação de documento público.
e) falsificação de documento particular.
Gabarito D
Falsificação de documento público
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento
público verdadeiro
[...]
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade
paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade
comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
588- A falsificação e o uso de um documento público, pelo mesmo agente,
configura o delito de
a) uso de documento falso.
b) falsificação de documento público e uso de documento falso, em concurso material.
c) falsificação de documento público e uso de documento falso, em concurso formal.
d) falsificação de documento público.
Gabarito D
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem
os arts. 297 a 302:
O uso do documento falso pelo próprio falsário constitui “post-factum” impunível. Não
temos dois crimes, sim, um único: o de falsidade (que absorve o posterior, por não
ostentar nova ofensa punível ao mesmo bem jurídico).
Gabarito A
Resumindo:
590- O agente que atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter
vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem, comete o
crime de:
a) Falsa identidade.
b) Supressão de documento.
c) Falsidade ideológica.
d) Uso de documento falso.
e) Falsificação de documento particular.
Gabarito A
ERRADA - Art. 299 (Falsidade ideológica) verbos do tipo: omitir, inserir ou fazer
inserir
393
4- os livros mercantis
5- o testamento particular.
e) documentos públicos.
Gabarito E
594- Pablo, enquanto se dirigia para o trabalho, foi parado em uma blitz realizada
pela Polícia Militar. O policial pediu ao motorista que se identificasse e
apresentasse a documentação do veículo. Pablo, então, apresentou os documentos
do automóvel e sua carteira de motorista. Ocorre que, em consulta ao sistema
próprio, o agente da lei verificou que o documento de identificação apresentado
era falsificado. Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar
que a conduta de Pablo:
a) configura crime de uso de documento falso em concurso material com falsificação de
documento particular;
b) configura crime de falsa identidade;
c) configura crime de uso de documento falso em concurso material com falsificação de
documento público;
d) é atípica, pois a apresentação dos documentos não foi espontânea, somente ocorrendo
por solicitação dos policiais;
e) configura crime de uso de documento falso, apenas.
Gabarito E
595- Em relação aos crimes praticados contra a fé pública, assinale a alternativa
correta.
a) O crime de falso atestado médico, previsto no artigo 302, do CP, admite tanto a
forma dolosa quanto a forma culposa.
b) O crime de falso reconhecimento de firma ou letra (art. 300, CP), por ser crime
próprio, não admite coautoria ou participação.
c) A falsidade material consistente na omissão de declaração que deveria constar no
documento público ou particular ou na inserção (direta ou indireta) de declaração falsa
ou diversa da que deveria ser nele escrita.
d) Os delitos de falso se consumam independentemente do resultado (prejuízo).
e) Os testamentos particulares inserem-se no conceito de documento particular para fins
de falsificação (art. 298, CP).
Gabarito D
D) CERTO: trata-se do crime formal, entende-se por delito formal aquele que se
consuma independentemente do prejuízo.
Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante:
597- Com relação aos crimes em espécie previstos no CP, assinale a opção correta,
considerando o entendimento jurisprudencial do STJ.
396
a) O indivíduo que, ao ser preso em flagrante, informa nome falso com o objetivo de
esconder seus maus antecedentes pratica o crime de falsa identidade, não sendo cabível
a alegação do direito à autodefesa e à não autoincriminação.
b) Para a configuração do crime de descaminho, é necessária a constituição definitiva do
crédito tributário por processo administrativo-fiscal.
c) Em se tratando de crime de concussão, a situação de flagrante se configura com a
entrega da vantagem indevida.
d) O crime de sonegação fiscal não absorve o crime de falsidade ideológica, mesmo que
seja praticado unicamente para assegurar a evasão fiscal.
Gabarito A
Gabarito A
B) ERRADA - Trocar a foto do documento de identidade por uma mais recente não é
crime.
D) ERRADA - Crime de falsa identidade (Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte,
título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou
ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de
terceiro
A) Art. 307 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui
elemento de crime mais grave
E) CORRETO: O crime de falsa identidade é comum, ou seja, pode ser praticado por
qualquer pessoa, diferentemente do crime próprio, no qual a lei penal exige uma certa
qualidade do sujeito ativo. Ex: peculato – funcionário público (Art. 327 CP).
398
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em
proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de
crime mais grave
Particular que apresentar em seu trabalho atestado médico falso, com assinatura e
carimbo de médico inexistente, responderá pelo crime de falsidade ideológica, na
modalidade do uso.
Gabarito ERRADO
Vai a dica: se o documento é FALSO, não importa se os dados são ou não verdadeiros.
Temeros FALSIDADE DOCUMENTAL. Agora se o documento é VERDADEIRO
com dados FALSOS. Teremos FALSIDADE IDEOLÓGICA.
601- O agente que atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter
vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem, comete o
crime de:
a) Falsa identidade.
b) Supressão de documento.
c) Falsidade ideológica.
d) Uso de documento falso.
e) Falsificação de documento particular.
Gabarito A
602- A falsa atribuição de identidade só é caracterizada como delito de falsa
identidade se feita oralmente, com o poder de ludibriar; quando formulada por
escrito, constitui crime de falsificação de documento público.
Gabarito ERRADO
602- Assinale a opção correta a respeito dos crimes contra a fé pública.
a) O uso de documento falso ou a atribuição de falsa identidade visando à ocultação de
antecedentes, ainda que para fins de autodefesa, configuram crime.
b) Para a configuração do delito de falsa identidade, não se exige que o agente se utilize
de documento verdadeiro e de titularidade de outrem, como se fosse seu, para ocultar a
sua verdadeira identidade.
399
Falsa identidade
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em
proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de
crime mais grave.
400
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou
qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize,
documento dessa natureza, próprio ou de terceiro:
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento
de crime mais grave.
Gabarito B
607- om referência à tipificação das diversas modalidades de crimes e ao
processamento desses crimes, assinale a opção correta.
a) Configura-se o peculato na modalidade de desvio quando o servidor público,
consciente e voluntariamente, desvia, em proveito próprio ou de terceiro, verba que
detém em razão do cargo que ocupa na sua repartição.
b) Não constitui causa especial de aumento de pena a prática de lesões corporais contra
cônjuge ou companheiro(a) de policial civil ou militar em razão dessa condição.
c) O assassinato da esposa ou companheira será classificado como feminicídio apenas
quando for praticado no ambiente doméstico e familiar, sujeitando o infrator à pena de
doze a trinta anos de reclusão.
d) Consoante a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, reputa-se tentado o
latrocínio quando há a morte da vítima, mas o agente não logra obter a subtração da res
furtiva pretendida por circunstâncias alheias à sua vontade.
e) O crime de estupro de vulnerável constitui ação penal pública condicionada à
representação da pessoa ofendida, que deve estar assistida pelo seu representante legal.
Gabarito A
608- Será reduzida pela metade a pena de indivíduo condenado por crime de
peculato culposo que reparar o dano após o trânsito em julgado do acórdão.
Gabarito ERRADO
609- Assinale a opção correta com relação a crimes contra a administração
pública.
a) Policial que exigir propina para liberar a passagem de pessoas por uma estrada
cometerá corrupção passiva.
b) O agente penitenciário que não recolher aparelhos celulares de pessoas em privação
de liberdade cometerá crime de condescendência criminosa.
c) Um governador que ordenar a aquisição de viaturas policiais e o pagamento destas
com recurso legalmente destinado à educação infantil cometerá o crime de peculato.
d) Se forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou
assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista,
empresa pública ou fundação instituída pelo poder público, os autores de crimes contra
a administração pública terão direito a redução de suas penas.
e) A circunstância de funcionário público é comunicável a particular que cometa o
crime sabendo dessa condição especial do funcionário.
Gabarito E
a)Policial que exigir propina para liberar a passagem de pessoas por uma estrada
cometerá CONCUSSÃO.
402
b)O agente penitenciário que não recolher aparelhos celulares de pessoas em privação
de liberdade cometerá crime prevaricação art. 319-A do CP
610- Augusto, diretor de uma repartição pública, por estar distraído, esquece a
porta do cofre ali existente destrancada. Alexandre, outro funcionário público que
ali trabalha, valendo-se da facilidade de acesso ao local em razão de seu cargo,
percebe o ocorrido e subtrai bens particulares que ali estavam guardados. De
acordo com esta situação,
a) Augusto e Alexandre responderão pelo crime de peculato-furto em concurso de
agentes.
b) Augusto cometeu o crime de furto culposo, enquanto Alexandre praticou o crime de
furto qualificado, considerando que os bens subtraídos do cofre eram particulares.
c) Augusto praticou o crime de peculato culposo, ao passo que Alexandre responderá
pelo crime de peculato mediante erro de outrem.
d) Augusto cometeu o crime de peculato culposo e Alexandre praticou o crime de
peculato-furto.
e) Augusto não cometeu crime algum, em razão da ausência de dolo. Alexandre
responderá pela prática de peculato-apropriação.
Gabarito D
611- Josué, funcionário público, após cometer crime de peculato culposo, é
denunciado pelo Ministério Público e regularmente processado pela Justiça
Pública. Após a regular instrução do feito, Josué é condenado a cumprir pena de
seis meses de detenção em regime inicial aberto pelo Magistrado de Primeiro
Grau. Josué, inconformado, interpôs o recurso cabível. Durante o trâmite do
recurso, Josué, arrependido, repara integralmente o dano causado à
Administração pública. Neste caso, Josué
a) terá sua pena reduzida em metade.
b) terá a sua punibilidade extinta.
403
Reparação do dano:
Peculato
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse
do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário.
O peculato é o único crime contra a adm. pública que admite a modalidade culposa!
Como o aparelho telefônico é um bem particular e móvel, que estava em posse em razão
do cargo e foi desviado, configurou-se o crime de peculato.
Peculato
405
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: ( Pena -
reclusão, de dois a oito anos, e multa).
b) Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:( Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa).
c) Corrupção ativa
d) Prevaricação
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem: (Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa).
617- Em relação aos crimes praticados por funcionário público contra a
administração em geral, assinale a alternativa correta.
a) Se o funcionário público se apropria de bem particular de quem tem a posse em razão
do cargo, comete furto e não peculato, pois esse último só se configura em caso de
subtração de bem público.
b) Ao contrário do furto, o peculato admite a figura culposa.
c) É pressuposto da prevaricação a obtenção de vantagem econômica.
d) Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, apenas quem exerce cargo,
função ou emprego público de forma efetiva e remunerada.
Gabarito B
618- O crime de peculato tem a seguinte descrição típica: “apropriar-se o
funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito
próprio ou alheio”. Quanto ao sujeito ativo ele pode ser classificado como um
crime:
a) Próprio.
b) Impróprio.
c) Plurissubjetivo.
d) De mão própria.
Gabarito A
Crime PRÓPRIO - são os que só podem ser cometidos por determinada categoria
de pessoas. Ex: infanticídio, que só poderá ser praticado pela mãe em estado puerperal;
peculato, que só poderá ser praticado por funcionário público; etc.
Crime de MÃO PRÓPRIA - são aqueles cuja conduta descrita no tipo penal só poderá
ser executada por uma "única mão", ou seja, por uma única pessoa, e em razão dessa
característica, não admitem coautoria. Ex: falso testemunho, que só poderá ser praticado
por aquela pessoa que está prestando depoimento naquele momento.
b) fato atípico.
c) prevaricação.
d) peculato-subtração.
e) mero ilícito funcional, sem repercussão na esfera penal.
34.2- Concussão
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Excesso de exação
Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida,
ou aceitar promessa de tal vantagem:
408
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro
bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo,
em proveito próprio ou alheio:
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse
do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário.
Desobediência
Ex: Imagine que Tuco é convidado por Juca, func. público, para cometer um furto. Sem
saber da qualidade especial de Juca, Tuco pratica o delito. Nesta situação, responderá
Tuco por FURTO; e Juca, por PECULATO-FURTO. Ou seja, (TUCO) tem de saber
que o agente é func. público; se não, está fora deste rol dos crimes contra Adm.
Pública.
a) Ao peculato mediante erro de outrem se aplica, por expressa disposição legal, a causa
extintiva da punibilidade da reparação do dano anterior à sentença irrecorrível.
d) Já decidiu o Supremo Tribunal Federal que ser o sujeito ativo policial, no crime de
concussão, pode ser considerada circunstância judicial negativa, não obstante a
condição de funcionário público ser elementar do tipo.
Gabarito D
a) Ao peculato mediante erro de outrem se aplica, por expressa disposição legal, a causa
extintiva da punibilidade da reparação do dano anterior à sentença irrecorrível. Errado,
é peculato culposo, e se for posterior à sentença, reduz de metade a pena imposta.
c) O crime de abandono de função é próprio e material, exigindo, para sua consumação,
a causação de prejuízo à Administração Pública. Errado. Causar prejuízo à
administração e qualificadora.
O crime de peculato exige que o sujeito ativo seja funcionário público, sendo cabível
esta condição para o particular, desde que em coautoria com o funcionário público.
B) Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida
E) Errado, o tipo descrito é de corrupção passiva privilegiada (Art. 317 §2). Segue
abaixo o tipo da condescendência criminosa:
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que
cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o
fato ao conhecimento da autoridade competente.
412
d) peculato.
e) extorsão.
Gabarito A
O verbo solicitar nos leva ao artigo 317, CP (corrupção passiva), portanto, teríamos
duas respostas, concussão (art. 316, caput, CP) e corrupção passiva, ou seja, ou existe
um concurso de crimes ou existe um exaurimento em um deles. Como a questão não
adentra essa seara, acredito que seja passível de anulação.
Gabarito A
Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem:
629- O agente público que exige para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, incorre na prática do delito de:
a) peculato.
b) concussão.
c) corrupção ativa.
d) corrupção passiva.
e) prevaricação.
Gabarito B
34.3-Corrupção passiva
630- Renato, fiscal da prefeitura, flagra Rogério, pessoa que até então não
conhecia, cometendo determinada irregularidade. Ao abordá-lo, deixa, contudo, de
aplicar-lhe a devida multa em razão de insistentes pedidos de Rogério. Renato,
com sua conduta
a) cometeu o crime de prevaricação.
b) praticou o crime de corrupção passiva privilegiada.
c) não praticou qualquer crime.
d) cometeu o crime de condescendência criminosa.
e) praticou o crime de desobediência.
Gabarito B
Corrupção passiva
Não é crime de condescendência criminosa porque o fiscal não sentiu pena da pessoa,
mas sim agiu por pedido.
Condescendência criminosa
E na prevaricação, o próprio agente decide deixar de praticar o ato por motivo pessoal.
Errada, portanto.
Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-
lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
b) desobediência.
c) corrupção passiva majorada
d) corrupção passiva privilegiada
e) prevaricação
Gabarito D
Gabarito B
Advocacia administrativa
MACETE:
Concussão = exigir
34.4- Prevaricação
Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-
lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu
dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita
a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº
11.466, de 2007).
D) Exercício arbitrário das próprias razões Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias
mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite
643- Assinale a alternativa que indica o crime praticado por particular contra a
administração em geral, previsto no Código Penal, que se caracteriza por oferecer
ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a
praticar, omitir ou retardar ato de ofício.
a) Tráfico de influência.
b) Corrupção ativa.
c) Usurpação de função pública.
d) Desobediência.
e) Sonegação fiscal.
Gabarito B
Código Penal
Corrupção Ativa
644- O servidor público que solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem, incorrerá na prática do
crime de:
a) concussão.
422
b) peculato.
c) prevaricação.
d) corrupção ativa.
e) corrupção passiva.
Gabarito E
645- Um detento que oferece ao agente da SUSEPE vantagem indevida,
consistente em determinada quantia em dinheiro, para determinar que o
funcionário público retarde ato de ofício, comete o crime de:
a) Concussão.
b) Corrupção ativa.
c) Corrupção passiva.
d) Tráfico de influência.
e) Excesso de exação.
Gabarito B
646- Imagine que um perito nomeado pelo juiz, em processo judicial, mediante
suborno, produza um laudo falso para favorecer uma determinada parte,
praticando a conduta que configura crime do art. 342 do CP (falsa perícia). Ocorre
que, arrependido e antes de proferida a sentença no mesmo processo, o perito
retrata-se, corrigindo a falsidade. De acordo com o texto literal do art. 342, § 2° do
CP, como consequência jurídica da retratação,
a) o perito fica isento de pena criminal, mas deverá indenizar o prejudicado pela
falsidade que cometeu.
b) o perito fica isento de pena criminal, mas deverá devolver os honorários recebidos
em dobro.
c) o fato deixa de ser punível.
d) o perito, se condenado pelo crime de falsa perícia, terá a pena reduzida de 1/3 (um
terço) a 2/3 (dois terços).
e) o perito fica impedido, por 5 (cinco) anos, de prestar tal serviço.
Gabarito C
elementos do tipo: (I) fazer afirmação falsa: mentir ou narrar fato não correspondente
à verdade. (II) negar a verdade: não reconhecer a existência de algo verdadeiro ou
recusar-se a admitir a realidade dos fatos
tentativa: é admissível
consumação: quando houver a prática de qualquer das condutas previstas no tipo, ainda
que não ocorra o efetivo prejuízo material para o Estado ou para terceiros.
causa de aumento: 1/6 a 1/3 se praticado mediante (I) suborno ou (II) com o fim de
obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que
for parte entidade da Adm. direta ou indireta.
- é essencial que o fato falso seja juridicamente relevante, isto é, tenha potencialidade
para lesar a Adm. da Justiça. O fato relevante de alguma forma é levado em
consideração pelo juiz ou delegado, se assim não o for, não configura crime, trata-se de
crime impossível.
Resposta: CORRETA, pois o crime formal é aquele em que a lei descreve uma ação e
um resultado, no entanto, o delito restará consumado no momento da prática da ação,
independentemente do resultado, que se torna mero exaurimento do delito.
Fonte: http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/848/Crime-formal
Fonte: Art 342, § 2º do CPP " O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no
processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
III - A tentativa ocorre quando o Juiz percebe, durante a elaboração da sentença, que a
testemunha ouvida em audiência faltou com a verdade e, em razão disso, desconsidera
suas afirmações.
c) o fato deixará de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o
ilícito, Martim se retratar e declarar a verdade a respeito do laudo pericial.
d) a conduta de Martim caracteriza o crime de fraude processual, porque, com suas
omissões, tentou induzir a erro o delegado de polícia.
e) E estará caracterizado o crime de favorecimento pessoal caso a conduta de Martim
colabore para que o autor do fato não seja indiciado pela autoridade policial.
Gabarito C
FUNDAMENTO:
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha,
perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo,
inquérito policial, ou em juízo arbitral:
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que
ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
Letra A - errada
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora
legítima, salvo quando a lei o permite:
Letra B - errada
Exploração de prestígio
Letra C - errada
Auto-acusação falsa
Letra D - errada
Letra E - correta
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é
cominada pena de reclusão:
427
650- Rodrigo está sendo processado por crime de roubo cometido na cidade de
Jardim Azul. Na defesa preliminar, Petrônio é arrolado como testemunha de
defesa. Durante audiência de instrução e julgamento Petrônio faz afirmação falsa
na condição de testemunha ao relatar ao magistrado que o réu Rodrigo estava em
sua casa no momento do crime. O delito de falso testemunho deixará de ser punido
se Petrônio se retratar ou declarar a verdade até:
a) o início do interrogatório do réu no processo pelo crime de roubo em que Petrônio
depôs como testemunha.
b) a data da prolação da sentença no processo pelo crime de roubo em que Petrônio
depôs como testemunha.
c) o julgamento do recurso de apelação no processo pelo crime de roubo em que
Petrônio depôs como testemunha.
d) a data do recebimento da denúncia na ação penal pelo crime de falso testemunho.
e) a data da prolação da sentença no processo pelo crime de falso testemunho.
Gabarito B
CP Art. 342 § 2° O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que
ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
651- Quanto aos crimes contra a administração pública, assinale a opção
CORRETA:
a) Para a caracterização do delito de comunicação falsa de crime ou contravenção,
exige-se a instauração formal de procedimento de investigação do fato comunicado.
b) O falso testemunho deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que se
apura o falso, o agente se retrata ou declara a verdade.
c) O agente de polícia que, valendo-se da facilidade proporcionada pelo cargo, subtrai,
em proveito próprio, dinheiro de fiança prestada por preso em flagrante na delegacia de
polícia em que trabalha, e que estava na posse do escrivão de polícia, pratica o crime de
peculato.
d) Pratica conduta atípica o policial que, negligentemente, deixa à vista, sobre o painel
de seu veículo, a arma de fogo pertencente à corporação e a si acautelada, sendo tal
objeto subtraído sem violência por um ladrão que por ali passava.
e) O agente de trânsito que retarda, indevidamente, a prática de ato de ofício, cedendo a
pedido ou por influência de alguém, comete crime de prevaricação.
Gabarito C
LETRA A – INCORRETA
428
LETRA B – INCORRETA
Art. 342, § 2°, CP: O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em
que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade
LETRA C – CORRETA
Art. 312, § 1°, CP: Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não
tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário. [Peculato furto]
LETRA D – INCORRETA
“O peculato culposo nada mais é do que o concurso não intencional pelo funcionário
público, realizado por ação ou omissão – mediante imprudência, negligência ou desídia
– para a apropriação, desvio ou subtração de dinheiro, valor ou qualquer outro
bem móvel pertencente ao Estado ou sob sua guarda, por uma terceira pessoa, que
pode ser funcionário público (intraneus) ou particular (extraneus).” Fonte: MASSON,
Cleber. Código Penal Comentado. iBooks.
LETRA E – INCORRETA
Corrupção passiva: Art. 317, CP - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta
ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Difamação (art. 139) cabe, tanto a exceção da verdade, como a retratação. Artigos 139,
parágrafo único e 143 do CPB, respectivamente.
Falso Testemunho (art. 342) é retratável. Deixa de ser punível se ocorrer a referida
retratação ou declaração da verdade, antes da sentença no processo em que ocorreu o
ilícito (art. 342, §2°).
Prevaricação
656- A respeito dos crimes contra as finanças públicas, previstos no Código Penal
Brasileiro, assinale a alternativa correta.
a) São crimes próprios, pois só podem ser praticados por agentes públicos responsáveis
pelas finanças públicas dos entes e órgãos públicos respectivos, não se admitindo
coautoria ou participação.
b) O crime de ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, com inobservância de
limite estabelecido em lei ou resolução do Senado Federal, é norma penal em branco.
c) O crime de contratação de operação de crédito sem prévia autorização legislativa é de
ação penal pública condicionada à representação do presidente da casa legislativa
desrespeitada.
d) O não cancelamento de restos a pagar é crime de omissão imprópria.
e) São puníveis a título de culpa.
Gabarito A
A) Errado, embora sejam crimes próprios, os crimes contra as finanças públicas
admitem coautoria ou participação.
B) CERTO: Norma penal em branco - é aquela norma penal cujo preceito primário é
incompleto, indeterminado, e precisa ser complementado. Nesse caso se trata da
Resolução do Senado Federal, que estabelecerá os limites para se saber quando aplicar a
pena de ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, com inobservância desse
limite.
a) FALSO. Trata de crime próprio praticado por detentor de mandato com poder de
decisão administrativa, ainda que não detentor de mandato (ex: prefeito, governado,
procurador-geral de Justiça).
b) FALSO. O tipo penal estabece exige que caso reste parcela a ser paga no exercício
seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa
Conduta: o tipo prevê apenas uma ação nuclear: ordenar despesa não autorizada por lei,
ou seja, gerar despesa sem que haja previsão orçamentária para tanto.
Características do crime:
-Crime PRÓPRIO: só pode ser praticado pelo servidor público que foi designado para
433
671- O agente público que ordena despesa sem o conhecimento de que tal despesa
não era autorizada por lei incide em erro de proibição.
Gabarito E
Comete o crime descrito no CP, art. 359-D. Não há que se falar em erro de proibição
pelo desconhecimento da ilicitude do fato. Trata-se de crime próprio, formal, comissivo,
excepcionalmente na forma de crime comissivo por omissão, instantâneo, de perigo
abstrato(que independe da forma de perigo para as finanças públicas, bastando a simples
realização da conduta prevista no tipo penal), unissubsistente, em que se admite a
tentativa.
Nenhum crime contra as finanças públicas traz hipótese de causa de aumento ou causa
de diminuição de pena.
674- Situação hipotética: Determinado indivíduo autorizou a assunção de obrigação,
no último quadrimestre do mandato, mesmo sabendo que não haveria contrapartida
suficiente de disponibilidade de caixa para o pagamento de parcela que venceria no
exercício seguinte. Assertiva: Nessa situação, o referido indivíduo praticou crime
contra as finanças públicas, estando sujeito a pena de reclusão.
Gabarito C
Código Penal
Vai algumas dicas sobre os crimes contras as fianças públicas que poderão ajudar na
hora da prova:
8. CUIDADO com o crime do art. 315 do CP: Emprego irregular de verbas e rendas
públicas; pois este crime não é contra as finanças públicas, mas sim, crime praticado por
funcionário público contra a administração em geral.
c) multa;
d) detenção e multa;
e) reclusão e multa.
Gabarito B
b) I e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
Gabarito D
b) Não há previsão expressa de crime culposo na Lei 8.137/90, a qual define crimes
contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo, e dá outras
providências. (ERRADO)
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e IX pune-se a modalidade culposa,
reduzindo-se a pena e a detenção de 1/3 (um terço) ou a de multa à quinta parte.
c) Constitui Contravenção Penal a representação por ato de improbidade contra agente
público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente, conforme
previsão constante na Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92). (ERRADO)
LEI Nº 8.429 Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra
agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
684- Se uma pessoa praticar vias de fato contra alguém, sem que o fato constitua
crime, ela terá cometido contravenção penal. Entretanto, segundo a Lei das
Contravenções Penais,
a) ela será considerada reincidente se tiver cometido crime no exterior, com sentença
condenatória transitada em julgado.
b) ela será considerada reincidente se tiver cometido qualquer crime no Brasil, ainda
que a sentença condenatória não tenha transitado em julgado.
c) ela responderá por tentativa de contravenção, se o fato ocorrer por circunstância
própria da vontade dela.
d) se o fato ocorrer entre brasileiros e no exterior, a lei brasileira será aplicada e a pena,
agravada.
e) ela será considerada reincidente se tiver cometido anteriormente contravenção penal
no exterior.
Gabarito A
Art. 63, Código Penal. Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime,
depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior.
Art. 7º, Lei das Contravenções. Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma
contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil
ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção.
Entendendo..
Na verdade, a tabela parece confusa, mas é bem simples. Basta lembrar duas regras que
normalmente causam confusão:
III) Em que pese haver uma "escalada criminosa", pois o agente praticou uma
contravenção e depois um crime (em tese seria uma situação ainda mais passível de
440
punição pela reincidência), por um descuido legal, acabou não sendo tipificada e,
portanto, o agente é primário;
Brasil = br
Estrangeiro = est.
Gabarito E
A - Não será considerado reincidente pois não existe extraterritorialidade de
contravenção.
B - A pena de contravenção é prisão simples.
C - Não responderá por contravenção no Brasil, pois não existe extraterritorialidade
de contravenção.
D - Art. 4º (Lei de Contravenções Penais) Não é punível a tentativa de contravenção.
E - Correta.
687- As contravenções penais:
a) podem ser punidas com pena de detenção.
b) não prescrevem.
c) não são punidas na forma tentada.
d) constituem meros ilícitos administrativos.
e) estão inseridas na Parte Especial do Código Penal.
Gabarito C
Cuidado com a pegadinha comum em prova:
As contravenções penais ADMITEM tentativa sim, porém, NÃO SÃO PUNIDAS a
título de tentativa.
Não caia nessa!
b) não prescrevem.
R: ERRADO.
R: CORRETO
R: ERRADO.
688- A tentativa de recusa a receber, pelo seu valor, moeda de curso legal no país,
em conformidade com a Lei de Contravenções:
a) É punível com prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa.
b) Não é punível.
c) É punível somente com multa.
d) É punível somente com prisão simples, de um a três meses.
Gabarito B
C ulposos
H abituais
U nissubsistentes
P reterdolodosos
A tentado
O missivos própios
ofensivo ao pudor:
Pena - Multa
Lei 4898/65
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.
a) advertência;
b) repreensão;
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com
perda de vencimentos e vantagens;
d) destituição de função;
e) demissão;
444
§ 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do dano, consistirá no
pagamento de uma indenização de quinhentos a dez mil cruzeiros.
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por
prazo até três anos.
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de
qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o
acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por
prazo de um a cinco anos.
691- Carlos exerce cargo público de natureza civil, de forma transitória e sem
remuneração. No exercício do seu trabalho, cometeu atentado ao livre exercício do
culto religioso. Por isso, Carlos recebeu sanção administrativa legalmente
determinada em função da gravidade do abuso cometido, que consistiu em
advertência. Considerando as disposições da Lei n° 4.898/65, Carlos
a) não é considerado autoridade, pois exerce seu cargo de forma transitória.
b) sofreu advertência por abuso de autoridade.
c) não é considerado autoridade, pois exerce seu cargo sem remuneração.
d) cometeu abuso de autoridade, mas a advertência não é sanção administrativa prevista
para o atentado cometido.
e) cometeu atentado que não caracteriza abuso de autoridade.
Gabarito B
692- Sobre a Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965),
analise as afirmativas a seguir.
I. Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de
qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o
acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por
prazo de um a três anos.
445
II. Considera-se autoridade, para os efeitos da lei de abuso de autoridade, quem exerce
cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que
transitoriamente e sem remuneração.
III. A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial ou justificação
por denúncia do Ministério Público, instruída com a representação da vítima do abuso.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II e III.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
Gabarito D
Art. 6 § 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou
militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de
não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da
culpa, por prazo de um a cinco anos.
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego
ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem
remuneração.
A - trata-se de um crime próprio, que somente pode ser paticado do funcionário público
(lato sensu);
B - não há de ser falar, nem ao menos, em modalidade culposa para tal crime.
E -uma exemplo de conduta omissiva para esse crime seria o fato de a autoridade
policial deixar de comunicar o juiz e a família do preso quanto a sua prisão.
Os únicos crimes que tem a perda do cargo como efeito automático da condenação são:
1- Crime de organização criminosa (lei 12850/13) 2- Crime de tortura ( lei
9455/97).
701- Nos termos da Lei 4.898/65 que regula o direito de representação e o processo
de responsabilidade administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade
assinale a alternativa incorreta.
Gabarito A
Letra B) Certa Art. 8º A sanção aplicada será anotada na ficha funcional da autoridade
civil ou militar.
Letra D. Certa Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito
policial ou justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a
representação da vítima do abuso.
703- Uma serventia extrajudicial que cuida do registro civil de pessoas naturais
recebe um ofício judicial solicitando informação acerca do registro de nascimento
de uma criança. Do que se depreende do teor do referido ofício, é uma ação penal
referente a envio de criança ao exterior, tipo penal tratado pelo ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente – Lei Federal nº 8.069/1990). Acerca do referido tipo
penal, assinale a alternativa correta.
a) É punível tanto aquele que promove ou quanto o que auxilia o envio de criança para o
exterior, com intuito de lucro, independentemente da finalidade do envio, para fins
lícitos ou ilícitos.
b) O tipo penal estabelecido no ECA é da modalidade material, ou seja, necessita do
efetivo envio da criança ao exterior para que se dê a consumação.
c) Aquele que auxilia nos atos destinados ao envio de criança ao exterior, sem
observação das formalidades legais, incorre em tipo penal diverso, todavia, daquele
estabelecido no ECA.
451
a) CORRETO - É punível tanto aquele que promove ou quanto o que auxilia o envio
de criança para o exterior, com intuito de lucro, independentemente da finalidade do
envio, para fins lícitos ou ilícitos.
c) ERRADO - pela justificativa acima exposta, quem auxilia responde pelo mesmo tipo
penal (art. 239 do ECA).
d) ERRADO - o uso de passaporte falso poderá fazer com que o agente responda pelo
crime de uso de documento falso (art. 304 do CP).
c) Não há prazo mínimo para o cumprimento da liberdade assistida fixada pelo ECA,
sendo o limite fixado de acordo com a gravidade do ato infracional e as circunstâncias
de vida do adolescente.
d) O crime de corrupção de menores se consuma quando o infrator pratica infração
penal com o menor ou o induz a praticá-la, sendo imprescindível, para sua configuração,
a prova da efetiva corrupção do menor.
e) O ECA prevê expressamente os prazos de prescrição das medidas socioeducativas.
Gabarito B
A) Errada. A autoridade policial não é competente para aplicar as medidas.
B) Correta. Art. 2ºECA - Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até
doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de
idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este
Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
C) Errada. Existe sim prazo mínimo para liberdade assistida, segundo o §2º do art. 118
ECA, será de 6 meses.
D) Errada. Vide súmula 500 STJ - "A configuração do crime previsto no art.244-B do
Estatuto da Criança e do Adolescente independe da prova da efetiva corrupção do
menor, por se tratar de delito formal."
706- Com base na Lei n.º 8.069/1990, assinale a opção que apresenta medida
passível de aplicação por autoridade competente tanto a criança quanto a
adolescente que cometa ato infracional.
a) prestação de serviços à comunidade
b) internação em estabelecimento educacional
c) requisição de tratamento psicológico
d) inserção em regime de semiliberdade
e) liberdade assistida
Gabarito C
As demais hipóteses são medidas socioeducativas e só se aplicam aos adolescentes.
707- • Gabriel, como dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestantes,
deixou de fornecer a uma parturiente, na ocasião da alta médica desta, declaração de
nascimento em que constassem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do
neonato.
• Júlia, professora de ensino fundamental, teve conhecimento de caso que envolvia
suspeita de maus-tratos contra uma aluna de dez anos de idade e deixou de comunicar o
fato à autoridade competente.
• Alexandre hospedou, no hotel do qual é responsável, um adolescente que estava
desacompanhado de seus pais ou de um responsável e sem autorização escrita deles ou
de autoridade judiciária.
Nessas situações hipotéticas, de acordo com o que prevê o ECA,
a) somente Gabriel e Alexandre responderão por crime.
b) somente Júlia e Alexandre responderão por infração administrativa.
c) somente Gabriel e Alexandre responderão por infração administrativa.
d) Gabriel, Júlia e Alexandre responderão por crime.
e) somente Gabriel e Júlia responderão por crime.
Gabarito B
711- João, imputável, foi preso em flagrante no momento em que subtraía para si,
com a ajuda de um adolescente de dezesseis anos de idade, cabos de telefonia
avaliados em cem reais. Ao ser interrogado na delegacia, João, apesar de ser
primário, disse ser Pedro, seu irmão, para tentar ocultar seus maus antecedentes
criminais. Por sua vez, o adolescente foi ouvido na delegacia especializada,
continuou sua participação nos fatos e afirmou que já havia sido internado
anteriormente pela prática de ato infracional análogo ao furto.
Nessa situação hipotética, conforme a jurisprudência dominante dos tribunais
superiores, em tese, João praticou os crimes de
a) furto qualificado privilegiado, corrupção de menores e falsa identidade.
b) corrupção de menores e falsidade ideológica.
c) furto simples, falsa identidade e corrupção de menores.
d) furto qualificado e falsidade ideológica.
e) furto simples e corrupção de menores.
Gabarito A
5)A configuração do crime previsto no artigo 244-B do ECA independe da prova da
efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal---> independe se o
adolescente tinha maus antecedentes ou não. Crime 3
712- Está previsto no ECA a internação de menores infratores por um período de,
no máximo, três anos, exceto quando o crime for considerado hediondo, como o
latrocínio e o estupro.
Gabarito ERRADO
Art. 121.
Internado Provisório:
Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento, estando
o adolescente internado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.
b) Considera-se criança, para os efeitos da Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompleto, e adolescente entre doze e dezoito anos de idade.
c) São penalmente inimputáveis os menores de 18 (dezoito) anos, sujeitos às medidas
previstas nesta Lei. Para os efeitos do Estatuto da Criança e do Adolescente deve ser
considerada a idade do adolescente na data da sentença.
d) O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo, encaminhado
à autoridade policial.
Gabarito B
716- Para a configuração do crime de corrupção de menores, previsto no ECA, não
se faz necessária prova da efetiva corrupção do menor, uma vez que se trata de
delito formal.
Gabarito CORRETO
Súmula 500 do Superior Tribunal de Justiça: "A configuração do crime do art. 244-B
do ECA independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito
formal."
717- Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou
recompensa, é crime previsto no artigo 238 do Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA, classificado como próprio, sendo admissível a suspensão
condicional do processo, prevista no artigo 89, da lei n. 9.099/95.
Gabarito CORRETO
718- De acordo com entendimento recentemente sumulado pelo STJ, o crime de
corrupção de menores do art. 244-B da Lei n.º 8.069/90 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), é delito _________________ e, portanto, para sua configuração,
_________da prova da efetiva corrupção do menor.
Completam, correta e respectivamente, as lacunas as expressões contidas em
a) formal … depende
b) material … depende
c) material … independe
d) formal … independe
Gabarito D
719- altemir praticou conjunção carnal com sua enteada Flaviana, que possui 12
anos de idade. Assim, Valtemir deve responder pelo crime de:
a) satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (artigo 218-Ado
CP).
b) submissão de criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual (artigo
244-A da Lei nº 8.069/1990).
458
II - fiança.
c) O fato de o crime ser considerado hediondo, por si só, não impede a concessão da
liberdade provisória, de acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores.
d) O sistema adotado pela legislação brasileira para rotular uma conduta como hediondo
é o sistema misto.
e) Dentre os crimes equiparados aos hediondos estão: tortura, tráfico ilícito de drogas e
racismo.
Gabarito C
723- Acerca dos crimes hediondos (Lei n° 8.072/1990 e suas alterações), pode-se
afirmar que a:
a) pena por crime hediondo será cumprida integralmente em regime fechado.
b) prisão temporária por crimes hediondos terá o prazo de 10 (dez) dias, prorrogável por
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
c) progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos, dar-se-á após o
cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado for primário, havendo vedação
em caso de ser reincidente.
d) progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos, dar-se-á após o
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três
quintos), se reincidente.
e) prisão temporária por crimes hediondos terá o prazo de 20 (vinte) dias, prorrogável
por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Gabarito D
A - ERRADO - É considerado inconstitucional;
B - ERRADO - Prisão Temporária normal > 5 dias, prorrogável por mais 5. Nos Crimes
Hediondos e Equiparados > 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
d) prisão temporária por crimes hediondos terá o prazo de 20 (vinte) dias, prorrogável
por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
e) progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos, dar-se-á após o
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três
quintos), se reincidente.
Gabarito E
A) Pena será cumprida conforme o juiz decidir;
E) correta, vide B.
725- Acerca dos crimes hediondos (Lei n° 8.072/1990 e suas alterações), pode-se
afirmar que a:
a) progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos, dar-se-á após o
cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado for primário, havendo vedação
em caso de ser reincidente.
b) prisão temporária por crimes hediondos terá o prazo de 10 (dez) dias, prorrogável por
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
c) pena por crime hediondo será cumprida integralmente em regime fechado.
d) progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos, dar-se-á após o
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três
quintos), se reincidente.
e) prisão temporária por crimes hediondos terá o prazo de 20 (vinte) dias, prorrogável
por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Gabarito D
A) Progressão de regime nos crimes hediondos é de 2/5 se primário e 3/5 se reincidente;
D) correta.
726- Sobre os crimes em espécie, é correto afirmar:
a) Segundo posição do Supremo Tribunal Federal, os crimes de estupro e atentado
violento ao pudor, mesmo que cometidos antes da edição da Lei n° 12.015/2009, são
considerados hediondos, ainda que praticados na forma simples.
b) A escusa relativa prevista nas disposições gerais dos crimes contra o patrimônio
extingue a punibilidade do sujeito ativo do crime.
461
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo:
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é
cometido em prejuízo:
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de
obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça
ou deixar de fazer alguma coisa:
Receptação
E - INCORRETA
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo,
ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X
do caput do art. 6o desta Lei.
a) Embora tortura, tráfico de drogas e terrorismo não sejam crimes hediondos, também
são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto.
b) Para que se considere o crime de homicídio hediondo, ele deve ser qualificado.
c) Considera-se hediondo o homicídio praticado em ação típica de grupo de extermínio
ou em ação de milícia privada.
d) O crime de roubo qualificado é tratado pela lei como hediondo.
e) Aquele que tiver cometido o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma
de exploração sexual no período entre 2011 e 2015 não responderá pela prática de crime
hediondo.
Gabarito A
a) CORRETA. Crimes hediondos e equiparados (tráfico de drogas, tortura e
terrorismo) são insuscetíveis, por expressa vedação legal, de fiança, anistia, graça e
indulto (art. 2°, I e II da Lei nº 8.072/90). STJ e STF já decidiram que tal vedação é
constitucional.
III Não haverá crime de lavagem de dinheiro caso o agente seja absolvido, por
atipicidade da conduta, do crime antecedente a ele imputado, uma vez que o crime de
branqueamento, embora autônomo, é delito derivado do antecedente.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
Gabarito C
pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata puder
comprometer as investigações.
Gabarito C
a) CORRETA. Art. 1º, § 3º, da Lei de Lavagem de Capitais: A tentativa é punida nos
termos do parágrafo único do art. 14 do Código Penal.
Gabarito ERRADO
A figura do caput, artigo 1º, lei 9.613/96, segundo parte da doutrina é crime material,
pois o crime se consuma com a efetiva ocultação ou dissimulação. Já o STF entende que
o crime é formal, por prever o resultado, mas não exigir a efetiva ocultação ou
dissimulação. Luis Regis Prado entende que se trata de crime de mera conduta (esta
última posição foi adotada pela banca CESPE), por não ser um crime unissubsistente
pode admitir a tentativa.
Lei. 9.613/96
(...)
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a III.
d) Apenas a II e III.
e) Apenas a I e III.
Gabarito B
739- A lei brasileira que criminaliza a lavagem de dinheiro classifica-se como de
terceira geração, pois admite que o delito de lavagem de dinheiro pode ter como
precedente qualquer ilícito penal.
Gabarito CORRETO
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
Público ou mediante representação da autoridade policial.
a) CERTO.
b - correta;
Violência Doméstica - § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente,
irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda,
prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
748- Mulher que foi vítima de lesões corporais perpetradas por seu marido, firmou
representação perante a autoridade policial e requereu medidas protetivas
previstas na Lei 11.340/06. O Juiz, na análise das medidas protetivas requeridas,
poderá determinar, EXCETO:
a) Afastamento da ofendida do lar conjugal.
b) Revogação das procurações conferidas pela ofendida ao agressor.
c) Prestação de caução provisória, mediante depósito judicial.
d) Proibição temporária de celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de
propriedade em comum.
Gabarito B
alternativa (a): poderá ser determinado conforme art. 23 inciso III da Lei 11340/2006.
(correto)
474
alternativa (c): poderá ser determinado conforme art. 24, inciso IV da Lei 11340/2006.
(correto)
alternativa (d): poderá ser determinado conforme art. 24, inciso II da Lei 11340/2006.
(correto)
749- Assinale a opção correta com base na jurisprudência do STF sobre crimes
ambientais, crimes contra a propriedade intelectual, execução penal e violência
doméstica e familiar.
a) A venda de CDs e(ou) DVDs pirateados é uma prática amplamente tolerada pela
população, implicando a atipicidade material da conduta com base no princípio da
adequação social.
b) Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher são
inaplicáveis as normas tutelares despenalizadoras da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais.
Gabarito B
750- Assinale a alternativa correta sobre a espécie de violência que a Lei Federal nº
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) indica, em termos expressos e
precisos, como qualquer conduta contra a mulher que lhe cause dano emocional e
diminuição da autoestima, que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento,
que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões,
mediante ameaça.
a) Violência psicológica
b) Violência moral
c) Violência imaterial
d) Violência uxória
e) Violência extra corporal
Gabarito A
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
475
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou
saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem,
ridicularizarão, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que
lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar,
a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça,
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a
sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem,
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e
reprodutivos;
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
§ 1o As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na
legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o
exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público.
C) Errada . Art. 17 Lei Maria da Penha. "É vedada a aplicação, nos casos de violência
doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação
pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de
multa."
D) Correta. Art. 19 (LMP) "§ 1o As medidas protetivas de urgência poderão ser
concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação
do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado."
E) Errada. Na verdade, a LMP está mais preocupada com o sujeito PASSIVO, por isso,
sendo a vítima mulher, independente do agressor, serão aplicados os dispositivos da
LMP.
d) o crime de furto não pode ser considerado uma das formas de violência doméstica ou
familiar contra a mulher.
e) a representação por medidas protetivas de urgência deverá seguir a juízo em
expediente apartado, no prazo de 48 horas.
Gabarito E
755- No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, nos
termos da Lei n° 11.340, de 2006, é correto afirmar como procedimento a ser
adotado pela autoridade policial, sem prejuízo daqueles previstos no Código de
Processo Penal:
a) Determinar a suspensão da posse ou restrição do porte de armas do agressor.
b) Determinar a proibição ao agressor de aproximação da ofendida, de seus familiares e
das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor.
c) Determinar ao agressor o afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com
a ofendida.
d) Determinar a proibição ao agressor o contato com a ofendida, seus familiares e
testemunhas por qualquer meio de comunicação.
e) Determinar que se proceda o exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros
exames periciais necessários.
Gabarito E
756- Assinale a alternativa correta no que tange a Lei Maria da Penha:
a) A coabitação entre os sujeitos ativo e passivo é condição para a aplicação da Lei nº
11.340/20006.
b) O Superior Tribunal de Justiça entende que não há a necessidade de coabitação para a
aplicação da lei, bastando que se configure relação íntima de afeto entre agressor e
vítima para atrair o rigor maior da lei.
c) O parentesco entre os sujeitos ativo e passivo é condição para a aplicação da lei.
d) O Superior Tribunal de Justiça, na ADIn nº 4.424/2012, estabeleceu a natureza
incondicionada da ação penal nos crimes de ameaça praticados contra a mulher no
ambiente doméstico.
Gabarito B
OBS: A retratação nos crimes de ação penal pública condicionada a representação será
realizada em audiência especial até o RECEBIMENTO DA DENÚNCIA.
757- Nos termos da Lei Maria da Penha, assinale a assertiva correta quanto as
medidas protetivas de urgência a serem aplicas de imediato ao agressor, quando
constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher:
a) Restrição ou suspensão de visitas aos dependentes maiores ou menores, ouvida a
equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar.
b) Prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
c) Afastamento do lar, domicílio ou local de propriedade da ofendida.
d) Proibição frequentar lugares públicos, a fim de preservar a integridade física e
psicológica da ofendida.
Gabarito B
758- Para os efeitos da Lei Maria da Penha, configura-se violência doméstica e
familiar contra a mulher:
a) Toda e qualquer ação baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico, ressalvadas as hipóteses de dano patrimonial.
b) Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico, ressalvadas as hipóteses de dano patrimonial.
c) Toda e qualquer ação baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico
ou sexual, não incluindo o dano moral ou patrimonial.
d) Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.
Gabarito D
(A) Toda e qualquer ação baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico, ressalvadas as hipóteses de dano patrimonial.
(B) Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico, ressalvadas as hipóteses de dano patrimonial.
(C) Toda e qualquer ação baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico ou sexual, não incluindo o dano moral ou patrimonial.
(D) Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
a) Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida.
b) Sempre acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local
da ocorrência ou do domicílio familiar.
c) Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando no prazo de 48 (quarenta
e oito) horas ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
d) Se necessário, encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto
Médico Legal.
Gabarito A
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local
seguro, quando houver risco de vida;
b) CERTO - de acordo com o art. 89 da Lei 9099, somente é cabível a sursis
processual quando a pena mínima do delito for menor ou igual a 1 ano. O
famigerado tráfico privilegiado (causa de aumento de pena do art. 33, §4º da lei de
drogas), ainda que aplicada a fração MÁXIMA para diminuir a pena do delito do caput
do art. 33, resultaria em uma pena mínima de mais de 1 ano (fração de 2/3 na redução
da pena mínima de 5 anos do tráfico = 1,67, ou seja, mais de 1 ano e meio de pena
mínima). Portanto, inaplicável a suspensão condicional do processo.
c) ERRADO - não admite transação penal, pois não é delito de menor potencial
ofensivo (pena máxima de 2 anos), ainda que se aplique a maior fração para diminuir a
pena máximo do caput do art. 33 da lei de drogas (2/3 de diminuição de 15 anos, resulta
em 5 anos de pena máxima).
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente
ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
C) nas mesmas penas deste crime incorre quem se associa para a prática reiterada
do financiamento de tráfico de drogas.
CORRETO -
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou
não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa
para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
A) ERRADA.
Como o STF já reconheceu que tráfico privilegiado não é crime hediondo, consiste em
constrangimento ilegal ato de juiz que adota tese contrária. Assim entendeu o ministro
484
Dias Toffoli ao determinar que a Justiça de São Paulo recalcule a pena de 2 réus, em
pedidos de Habeas Corpus apresentados pela Defensoria Pública.
C) ERRADA. A tese da autolesão está cada vez mais em voga, mas ainda não foi
reconhecida pelo STF.
B) A natureza da pena do crime de posse de drogas para uso pessoal NÃO dispensa a
realização de laudo de constatação da substância para aferir a tipicidade da conduta.
E) Art. 40 Lei 11.343 - Não se trata de agravante, mas de causa de aumento de pena, a
ser considerada na 3ª fase de aplicação da pena
766- “Nos processos por crimes de tráfico de drogas, oferecida a denúncia, o juiz
ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no
prazo de ______ dias.” Assinale a alternativa que completa corretamente a
afirmativa anterior.
a) 5
b) 10
c) 15
d) 30
Gabarito B
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006.
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve
medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e
486
Da Instrução Criminal
a) o emprego de arma de fogo constitui causa de aumento da pena no crime de tráfico,
não configurando majorante, porém, o concurso de pessoas.
CERTO
487
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a
dois terços, se: IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego
de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
b) constitui crime a associação de três ou mais pessoas para o fim de, reiteradamente
ou não, financiar ou custear o tráfico de drogas.
FALSO
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente
ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: Pena -
reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e
duzentos) dias-multa.
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33,
caput e § 1o, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento
de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.
c) a prescrição no crime de posse de droga para consumo pessoal ocorre no menor
prazo previsto no Código Penal para as penas privativas de liberdade.
FALSO
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado,
no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
d) é isento de pena o agente que, em razão de dependência, era, ao tempo da ação ou
da omissão relacionada, com exclusividade, a crimes de drogas, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
FALSO
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
770- “A” praticou o crime de tráfico de drogas (art. 33 da Lei n° 11.343/06) depois
de haver sido condenado, com trânsito em julgado, pelo delito previsto no artigo 28
do mesmo estatuto. Na sentença, a condenação anterior
a) não poderá ser considerada para fins de reincidência, porquanto tal delito não possui
cominada a pena de prisão.
b) poderá ser considerada para fins de reincidência, mesmo não tendo o réu recebido
pena privativa de liberdade.
c) somente poderá ser considerada como maus antecedentes.
488
d) não poderá gerar qualquer efeito por não ser crime nos termos da lei de introdução ao
código penal.
Gabarito B
"A condenação por porte de drogas para consumo próprio (art. 28 da lei 11343/06)
transitada em julgado gera reincidência. Isso porque a referida conduta foi apenas
despenalizada pela nova Lei de Drogas, mas não descriminalizada (abolitio criminis)."
771- Quanto à natureza jurídica do art. 28, que trata do porte de drogas para
consumo pessoal, prevalece no Supremo Tribunal Federal o entendimento de que:
a) houve uma descriminalização formal e transformação em infração suigeneris.
b) houve uma descriminalização substancial e transformação em infração do Direito
judicial sancionador.
c) houve uma descriminalização substancial e transformação em infração sui generis.
d) houve uma despenalização e descriminalização formal e substancial.
e) houve uma despenalização e manutenção do status de crime.
Gabarito E
Portanto, o art. 28, que trata do porte de drogas para consumo pessoal, passa a ser
despenalizado, mas ainda assim configura o status de crime.
1ª - Aplica-se a lei 9099/95 - salvo se a infração for cometida com outros crimes
previstos na lei de drogas.
489
Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante,
devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na
falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo
circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários.
c) Por ser crime acessório, a associação para o tráfico de drogas não pode existir sem a
prova da materialidade do crime principal.
d) Não é hediondo o crime de tráfico de entorpecentes praticado por agente primário, de
bons antecedentes e que não se dedique a atividades criminosas nem integre
organização criminosa.
Gabarito D
a) A arma de fogo desmuniciada e desmontada não serve para configurar o delito
de porte ilegal de arma de fogo. INCORRETA.
c) Por ser crime acessório, a associação para o tráfico de drogas não pode existir
sem a prova da materialidade do crime principal. INCORRETA.
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
(LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006.)
777- Quanto aos crimes previstos na Lei de Drogas, é correto afirmar que
a) a pena de multa pode ser aumentada até o limite do triplo se, em virtude da condição
econômica do acusado, o juiz considerá-la ineficaz, ainda que aplicada no máximo.
b) não se tipifica o delito de associação para o tráfico se ausentes os requisitos de
estabilidade e permanência, configurando-se apenas a causa de aumento da pena do
concurso de pessoas.
c) constitui causa de aumento da pena a promoção do tráfico de drogas nas imediações
de estabelecimento de ensino e, consoante expressa previsão legal, a circunstância
independe de comprovação de se destinar aos respectivos estudantes.
d) o condenado por tráfico privilegiado poderá ser promovido de regime prisional após
o cumprimento de um sexto da pena, segundo entendimento do Supremo Tribunal
Federal.
e) cabível a aplicação retroativa da figura do tráfico privilegiado, desde que o redutor
incida sobre a pena prevista na lei anterior, pois vedada a combinação de leis.
Gabarito D
Art. 43, § único: “As multas, que em caso de concurso de crimes serão impostas sempre
cumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação
econômica do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo”.
d) correta: O STF decidiu que o tráfico privilegiado não é crime hediondo. A discussão
ocorreu no julgamento do Habeas Corpus (HC) 118533, que foi deferido por maioria
dos votos. Por isso, a progressão será, em regra, em 1/6 da pena.
e) incorreta: É possível a retroatividade da norma, por ser mais benéfica. Porém, como
não existia o tráfico privilegiado na antiga lei de drogas, a causa de diminuição será pela
atual lei.
493
Destruição de Drogas
a) INCORRETA
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto
no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a
personalidade e a conduta social do agente.
Sendo assim, a proibição de bis in idem tem por finalidade evitar que a mesma
circunstância seja levada em conta mais de uma vez pelo juiz na dosimetria da pena,
quer para exasperá-la, quer para diminuí-la.
b) INCORRETA
496
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser
reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos,
desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades
criminosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012)
Suspende, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução de parte
do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
c) INCORRETA
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a
mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a
substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.
d) INCORRETA
e) CORRETA
STJ. 5ª Turma. REsp 1.374.653-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em
11/3/2014 (Info 538).STJ. 6ª Turma. RHC 41.970-MG, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado
em 7/8/2014 (Info 544).
C - Errada - Ainda que a posse não sendo mansa e pacífica, configura-se o crime de
roubo.
Complementando:
Furto de uso > é admitido e reconhecido em nosso ordenamento jurídico, desde que
atendido os demais requisitos para sua caracterização.
Roubo de uso > vedado !!! Porque a violência ou grave ameaça já elimina a menor
ofensividade da conduta !!!
a) INCORRETA
Súmula 719
b) CORRETA
c) INCORRETA
Incabível a transação penal, visto que a pena máxima cominada ultrapassa dois anos
(art. 77 do Código Penal).
d) INCORRETA
e) INCORRETA
Tal previsão, foi declarada inconstitucional de acordo com o STF, pois vai em
desencontro aos princípios da individualização da pena, da proporcionalidade e da
razoabilidade.
• Exceção: mesmo sem ter pago, pode ser permitida a progressão de regime se ficar
comprovada a absoluta impossibilidade econômica do apenado em quitar a multa, ainda
que parceladamente. (STF. Plenário. EP 12 ProgReg-AgR/DF, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgado em 8/4/2015 (Info 780).
786- A respeito da execução penal e dos crimes hediondos, assinale a opção correta
à luz da jurisprudência do STF e do STJ.
a) O crime de associação para o tráfico é hediondo, razão pela qual a progressão de
regime para o condenado por esse crime só pode ser concedida depois de cumpridos
dois terços da pena.
b) O condenado iniciará o cumprimento da pena obrigatoriamente no regime fechado e
a pena privativa de liberdade não poderá em nenhuma hipótese ser substituída por pena
restritiva de direito.
c) A progressão de regime será admitida somente mediante a realização de exame
criminológico, que é imprescindível para os condenados por crime hediondo.
d) O inadimplemento da pena de multa aplicada cumulativamente ao condenado impede
a progressão de regime, salvo quando provada a absoluta incapacidade econômica do
condenado.
Gabarito D
A) ERRADA.
"A teor da jurisprudência consolidada desta Corte, o delito de associação para o tráfico
(art. 35 da Lei n. 11.343/2006), não é equiparado a hediondo, uma vez que não está
expressamente elencado no rol do artigo 2º da Lei n. 8.072/1990" (STJ, HC 381.202, j.
27/4/17).
Progressão de crime hediondo: art. 2º, § 2º, LCH. A progressão de regime, no caso dos
condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 da
pena, se o apenado for primário, e de 3/5, se reincidente.
Progressão de crime comum: art. 112 LEP. A pena privativa de liberdade será
executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser
determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos 1/6 da pena no regime
anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do
estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.
B) ERRADA.
C) ERRADA.
"Com as inovações trazidas pela Lei n. 10.792/03, alterando a redação do art. 112 da Lei
n. 7.210/84 (Lei de Execução Penal), afastou-se a exigência do exame criminológico
para fins de progressão de regime. Por outro lado, este eg. Superior Tribunal de Justiça
firmou entendimento de que o magistrado de primeiro grau, ou mesmo o Tribunal a
quo, diante das circunstâncias do caso concreto, podem determinar a realização da
referida prova técnica para a formação de seu convencimento, desde que essa decisão
seja adequadamente motivada" (STJ, HC 372.600, j. 6/4/17).
D) CORRETA.
Alternativa "D"
II- está de acordo com a redação da Súmula 171 do STJ: "Cominadas cumulativamente,
em lei especial, penas privativas de liberdade e pecuniária, é defeso a substituição da
prisão por multa."
III- é o teor da Súmula 269 do STJ: "É admissível a adoção de regime prisional
semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 4 (quatro) anos se
favoráveis as cinscunstâncias judiciais."
I- é a Súmula 191 do STJ: "A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o
Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime."
II- é o que afirma a Súmula 18 do STJ: "A sentença concessiva do perdão judicial é
declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório."
III- contraria o teor da Súmula 220 do STJ: "A reincidência não influi no prazo da
prescrição da pretensão punitiva." (INCORRETA)
IV- está de acordo com o disposto na Súmula 438 do STJ: "É inadimissível a extinção
da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena
hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal."
792- No que se refere ao crime de peculato, assinale a opção correta com base na
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
a) A reparação do dano pelo funcionário público antes do recebimento da denúncia
exclui a configuração do crime de peculato doloso.
b) A qualidade de funcionário público do sujeito ativo é elementar do crime de peculato,
a qual não se comunica a coautores e partícipes estranhos ao serviço público.
c) A circunstância de o sujeito ativo ser funcionário público ocupante de cargo de
elevada responsabilidade justifica a majoração da pena-base aplicada em decorrência da
condenação pela prática do crime de peculato.
d) A consumação do crime de peculato-apropriação ocorre com a posse mansa e
pacífica do objeto material pelo funcionário público.
e) A consumação do crime de peculato-desvio ocorre no momento em que o funcionário
público obtém a vantagem indevida com o desvio do dinheiro, ou outro bem móvel, em
proveito próprio ou de terceiro.
Gabarito C
b) O sujeito ativo do crime de peculato é o funcionário público, todavia, pode haver co-
autoria ou participação de pessoas que não sejam funcionários públicos, desde que elas
tenham conhecimento dessa qualidade do autor. A qualidade de funcionário comunica-
se ao particular que é partícipe do peculato (STF, RTJ 153/245-6, 100/144; HC 74.558-
1/RS, DJU 7.2.97, p. 1340, in RBCCr 18/223; STJ, JSTJ e TRF 72/268; TJMG, JM
131/419).
508
793- À luz da jurisprudência do STJ, assinale a opção correta, no que se refere aos
crimes contra administração pública.
a) O crime de corrupção ativa se consuma com a realização da promessa ou apenas com
a oferta de vantagem indevida.
b) O crime de concussão se consuma com o recebimento das vantagens exigidas
indevidamente, sendo mero exaurimento a utilização de tais vantagens.
c) O funcionário público que se utiliza de violência ou grave ameaça para obter
vantagem indevida em razão de sua função comete o crime de concussão.
d) Em razão da incidência do princípio da bilateralidade nos crimes de corrupção
passiva e ativa, a comprovação de um deles pressupõe a do outro.
e) Para a configuração do crime de corrupção passiva, é prescindível a existência de
nexo de causalidade entre a conduta do funcionário público e a realização de ato
funcional de sua competência.
Gabarito A
d) Não há bilateralidade entre os crimes de corrupção passiva e ativa, uma vez que
estão previstos em tipos penais distintos e autônomos, são independentes e a
comprovação de um deles não pressupõe a do outro.
Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de
2000)
796- O agente público que ordena despesa sem o conhecimento de que tal despesa
não era autorizada por lei incide em erro de proibição.
Gabarito E
Comete o crime descrito no CP, art. 359-D. Não há que se falar em erro de proibição
pelo desconhecimento da ilicitude do fato. Trata-se de crime próprio, formal, comissivo,
excepcionalmente na forma de crime comissivo por omissão, instantâneo, de perigo
abstrato(que independe da forma de perigo para as finanças públicas, bastando a simples
realização da conduta prevista no tipo penal), unissubsistente, em que se admite a
tentativa.
797- João, policial civil, exigiu vantagem indevida de particular para não prendê-lo
em flagrante. A vítima não realizou o pagamento e prontamente comunicou o fato
a policiais civis. Nessa situação, como o delito de concussão é formal, o crime
consumou-se com a exigência da vantagem indevida, devendo João por ele
responder.
Gabarito CORRETO
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
A chave para acertar a questão é saber que este crime é de natureza FORMAL, ou seja,
é aquele que se consome no momento da prática da ação, independentemente do
resultado, que se torna mero exaurimento do delito (receber ou não a vantagem indevida
nao o torna tentado).
798- Pedro, funcionário público, solicitou a Maria a quantia de R$ 10.000 para não
lavrar auto de infração decorrente de ato ilícito descoberto durante fiscalização
fazendária. Ao perceber que teria que pagar uma multa de mais de R$ 20.000,
511
a) teoria unitária: quando mais de um agente concorre para a prática da infração penal,
mas cada um praticando conduta diversa do outro, obtendo, porém, um só resultado.
Neste caso, haverá somente um delito. Assim, todos os agentes incorrem no mesmo tipo
penal. Tal teoria é adotada pelo Código Penal.
c) teoria dualista: segunda tal teoria, quando houver mais de um agente, com
diversidades de conduta, provocando-se um resultado, deve-se separar os coautores e
partícipes, sendo que cada "grupo" responderá por um delito