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Ao Juízo de Direito da Vara Criminal da Comarca de Niterói do Estado do Rio de

Janeiro

Pedro, nacionalidade, engenheiro, estado civil, portador da carteira de identidade nº


CPF nº (filiação), e-mail, telefone, residente e domiciliado na rua Nº
cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro vêm, por seu advogado infra-assinado, com
procuração em anexo, com fundamento nos artigos 30, 519 e seguintes do CPP
apresentar QUEIXA CRIME em face de Helena, nacionalidade, profissão, estado civil,
portadora da carteira de identidade, nº e CPF nº (filiação), e-mail, telefone,
residente e domiciliada na rua nº cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, pelos
fatos e fundamentos narrados a seguir:

DOS FATOS

No dia 19/04/2016, o Querelante pretendia comemorar o seu aniversário em uma


famosa churrascaria na cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, para tanto, decidiu
convidar seus familiares e amigos por meio de uma rede social na Internet. A Querelada
que também tem acesso à rede social, tomou ciência da comemoração, e com o intuito
de denegrir a imagem do Querelante, fez a seguinte postagem: “não sei o motivo da
comemoração já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem
vergonha. Ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado,
ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário de
Expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para
socorre-lo!
O Querelante estava em seu apartamento, com os amigos Marcos, Miguel e Manoel, ao
ler as ofensas ficou mortificado e completamente sem saber o que dizer, constrangido
acabou desistindo da festa que ira fazer para comemorar o seu aniversário.
DO DIREITO

A Querelada, com dolo, praticou o crime de injúria tipificado no artigo 140 do Código
Penal – CP, cuja pena é de detenção de um a seis meses ou multa, quando afirmou que:
“não sei o motivo da comemoração já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco,
irresponsável e sem vergonha”. Bem como praticou dolosamente o crime difamação,
tipificado no artigo 139 do CP, cuja pena é de três meses a um ano e multa, quando
afirmou que: “Ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia”! No dia 10 do mês
passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no
horário de Expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância
para socorrê-lo!
Faz-se relevante ressaltar que as condutas praticadas pela Querelada, foram realizadas
por meio de rede social, devendo ter a pena triplicada, em razão do disposto no artigo
141, § 2º do CP, com redação dada pela Lei 13.964/19. Portanto o crime de injuria
passará a ter a pena de três meses a um ano e seis meses e o crime de difamação a pena
de nove meses a três anos.
Não resta a menor sombra de dúvida da gravidade da conduta praticada pela Querelada,
que de forma contundente e intencional, atingiu gravemente a hora objetiva e subjetiva
do Querelante disseminando ideias equivocadas.
A honra objetiva representa o que as pessoas da sociedade pensam de alguém, podendo
ser violada pelos crimes de calúnia, artigo 138 do CP e difamação, artigo 139 do CP. Já
a honra subjetiva importa na imagem que uma pessoas tem de si mesma, e pode ser
violada pelo delito de injúria, artigo 140 do CP.
A atuação da Querelada tinha por finalidade denegrir a imagem do Querelante perante
os seus familiares, amigos e colegas de trabalho, podendo, inclusive prejudica-lo
profissionalmente de forma irremediável, e deixou tamanha sequela psicológica que
nem mesmo comemorar o próprio aniversário o Querelante não mais quis. Humilhado e
envergonhado que ficou.
A conduta deliberada e irresponsável da Querelada, não pode nem deve ficar imune à
reprimenda estatal, merecendo receber a sanção máxima a ser fixada em quatro anos e
seis meses e multa devido à grave repercussão causada.
DOS PEDIDOS

Em face de todo o exposto, requer o Querelante:


1 – a citação da Querelada, para responder à acusação
2 – A condenação da Querelada na pena máxima dos artigos 139 c/c 140 n/f do artigo
141,§ 2º todos do CP
3 – a condenação da Querelada no valor mínimo para reparação dos danos na forma do
artigo 387, IV do CPP
4 – a condenação da Querelada nas custas processuais
5 – A produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente, testemunhal,
pericial e documental suplementar.
6- A intimação das testemunhas arroladas

Rol de testemunhas
Marcos (nacionalidade, estado civil, profissão, carteira de identidade número, CPF
numero, endereço, e-mail, telefone)
Miguel (nacionalidade, estado civil, profissão, carteira de identidade número, CPF
numero, endereço, e-mail, telefone)
Manuel (nacionalidade, estado civil, profissão, carteira de identidade número, CPF
numero, endereço, e-mail, telefone)

Nesses termos
Pede deferimento

Niterói, 19 de outubro de 2016


(último dia do prazo decadencial)

Assinatura do Advogado

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