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Aluno: Fernando Miguel

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL


DE NITERÓI-RJ

ENRICO, nacionalidade, estado civil, engenheiro, portador do RG XXXX e do CPF


XXXX, residente e domiciliado no endereço..., por seu advogado que esta lhe subscreve
(procuração em anexo), vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência
oferecer:

QUEIXA CRIME com fundamento no art. 100, §2º do CP c/c 30 do CPP em face de:

HELENA,  nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG XXXX e do CPF


XXXX, residente e domiciliada no endereço ..., pelas razões de fatos e de direitos a
seguir expostas:

I- BREVE SINTESE DOS FATOS

O querelante, Enrico, planejou festejar seu aniversário, que ocorrera no dia


19/04/2014, em uma famosa churrascaria situada na cidade de Niterói – RJ. Para
tanto, optou por realizar o convite de seus amigos e parentes utilizando a sua rede
social facebook.

Ocorre que a querelada, Helena, sua vizinha e ex-namorada, pertence ao grupo


de amigos adicionados na referida página da rede social de Enrico, por meio da qual
ficou sabendo da comemoração do aniversário do querelante e o local da celebração.

Assim, no referido dia, por motivos não esclarecidos e com a clara intenção de
ofender o querelante, Helena, por meio de seu computador, instalado em sua
residência, localizada na cidade de Niterói, publicou as seguintes mensagens no perfil
de Enrico, disseminando ofensas que seriam visualizadas por todos os convidados da
festa: “Não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota,
bêbado, irresponsável e sem vergonha”, “ele trabalha todo dia embriagado, no dia 10
do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão
bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar
uma ambulância para socorrê-lo!”

Enrico, que estava em seu apartamento na companhia de seus amigos Carlos,


Miguel e Ramirez conectado à rede social por meio de seu tablet, abalou-se ao ver as
referidas mensagens altamente ofensivas postadas em sua página do facebook. É claro
que a repercussão desta mensagem causou um enorme abalo emocional em Enrico, de
tal modo que, de tão constrangido pela situação ocorrida, cancelou sua festa.

Por tamanho dano à sua honra, o querelante instaurou inquérito policial para
maiores averiguações na Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes
de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo
impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia
ser visualizada.

II- DOS FUNDAMENTOS


Conforme diz o artigo 139 e 140 do CP Helena praticou difamação e ofensas ao
Enrico com as falas: ” não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”,
atacando a reputação do querelante. Ela praticou injúria no momento em que
disse: “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava
bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a
empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”,
ofendendo assim a dignidade do querelante.

Quando se examina o caso em detalhes, não restam dúvidas de que a querelada,


por meio de mensagens ofensivas enviada pela rede social Facebook, destruiu a
reputação do querelante e seu respeito por ele, acusando-o de agir de forma a
prejudicar sua própria imagem.

Helena utilizou um meio que possibilitou a disseminação da difamação e da injúria


por meio de uma rede mundial de computadores. Ao utilizar o seu computador
pessoal para inserir declarações ofensivas e difamatórias no perfil do querelante nas
redes sociais. Como resultado, ela violou a lei e deve enfrentar o agravamento da pena
prevista artigo 141, § 2o, do Código Penal.

A querelada praticou também o concurso formal de crimes, onde com somente


uma ação praticou mais de um crime e de acordo com o art. 70 do CP deverá ser
aplicado a pena do crime mais grave com o referido aumento. 

III- DOS PEDIDOS

Diante do exposto narrado acima, requer:

a) A designação de audiência de reconciliação, prevista no artigo 520 do Código


de Processo Penal;
b) Que seja a querelada citada, processada e, ao final, condenada nas penas dos
artigos 139 e 140, combinado com o artigo 141, III na forma do artigo 70, todos
do Código Penal;
c) A notificação das testemunhas abaixo arroladas,
d) Nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, que seja ao
final fixado valor mínimo de indenização à querelada.

Local/Data

ADVOGADO/OAB...

ROL DE TESTEMUNHAS:

1) Carlos......

2) Miguel.....

3) Ramirez....

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