ORDEM DO GR

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Prova Escrita Objetiva

Ordem dos Advogados do Brasil
SIMULADO PREPARATÓRIO

SUA PROVA INFORMAÇÕES GERAIS

a F rova
Além deste caderno de provas, contendo 80 ques- • As questões objetivas têm cinco alternativas de res-
tões objetivas, você receberá do fiscal de sala: posta (A, B, C, D, E) e somente uma delas está correta
• Verifique se seu caderno está completo, sem

GV
ba de p
• uma folha de respostas das questões objetivas repetição de questões ou falhas. Caso contrário,
notifique imediatamente o fiscal da sala, para
que sejam tomadas as devidas providências
• Confira seus dados pessoais, especialmente
TEMPO
ela to
nc nome, número de inscrição e documento de
identidade, e leia atentamente as instruções
ma

• 4 horas e 30 minutos é o período disponí- para preencher a folha de respostas

vel para a realização da prova, já incluído o • Use somente caneta esferográfica, fabricada em
tempo para a marcação da folha de respostas material transparente, com tinta preta ou azul
ad o for

da prova objetiva • Assine seu nome apenas no(s) espaço(s)

• 3 horas após o início da prova é possível retirar­- reservado( s)
-se da sala, sem levar o caderno de provas • Confira seu cargo, cor e tipo do caderno de
• 30 minutos antes do término do período de provas. Caso tenha recebido caderno de cargo,
op

cor ou tipo diferente do impresso em sua folha

on

prova é possível retirar-se da sala levando o

caderno de provas de respostas, o fiscal deve ser obrigatoriamente
informado para o devido registro na ata da sala
ad

• O preenchimento das respostas da prova obje-

tiva é de sua responsabilidade e não será
lic

NÃO SERÁ PERMITIDO permitida a troca da folha de respostas em

se

caso de erro
ap

• Reserve tempo suficiente para o preenchimento

Ba

• Qualquer tipo de comunicação entre os can- de suas respostas. Para fins de avaliação, serão
didatos durante a aplicação da prova levadas em consideração apenas as marcações
• Levantar da cadeira sem autorização do realizadas na folha de respostas da prova objetiva,
fiscal de sala não sendo permitido anotar informações relativas
• Usar o sanitário ao término da prova, após às respostas em qualquer outro meio que não seja
deixar a sala o caderno de provas
• A FGV coletará as impressões digitais dos can-
didatos na lista de presença
• Os candidatos serão submetidos ao sistema de
detecção de metais quando do ingresso e da saída
de sanitários durante a realização das provas
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● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente
a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe
apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito.
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Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de
ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta
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● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um
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FICHA TÉCNICA DO MATERIAL

GRANCURSOSONLINE.COM.BR

CÓDIGO:
3102022787

TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório

NUMERAÇÃO:
5º Simulado

NOME DO ÓRGÃO:
Ordem dos Advogados do Brasil
OAB

CARGO:
-

MODELO/BANCA:
FGV

EDITAL:
Pós-Edital

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
10/2022

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 5º Simulado OAB 1ª Fase do Exame 36º

ÉTICA PROFISSIONAL
MARIA CHRISTINA
1 Posteriormente, a advogada substabeleceu todos os
Meg é advogada e concomitantemente trabalha na junta
comercial do estado de Minas Gerais. Um dos seus clien-
tes postula o seu visto em atos constitutivos de pessoa
jurídica que pretende criar.
Diante dos fatos, assinale a opção correta:
(A) Meg deverá opor o visto conforme solicitado por seu
cliente na junta comercial de MG.
(B) Meg poderá opor o visto conforme solicitado por seu
cliente na junta comercial de MG.
(C) Meg não poderá opor o visto conforme solicitado por
seu cliente em nenhuma junta comercial de MG.
(D) Meg não possui qualquer impedimento para opor
visto perante contratos registrados na junta co-
mercial.
4
Cecília outorgou procuração para sua advogada Maria
Fernanda para que ela pudesse atuar em seu nome.
poderes que lhe foram conferidos ao advogado Marcus
Vinícius.
Diante dos fatos, assinale a alternativa correta:
(A) O substabelecimento é ato pessoal do advogado,
sendo dispensada a notificação ao cliente.
(B) O substabelecimento impede que a advogada Ma-
ria Fernanda receba eventuais honorários de su-
cumbência.
(C) O substabelecimento do mandato sem reserva de
poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento
do cliente.
(D) Diante do substabelecimento sem reserva de pode-
res, será devido ao antigo advogado apenas os hono-
rários sucumbenciais de forma integral.

2 5
Nos termos das normas do Regulamento Geral do Esta-
tuto da Advocacia e da OAB, o Estágio Profissional de
Advocacia é requisito para inscrição no quadro de esta-
giários da OAB, sendo correto afirmar:
(A) Será exercido nos dois últimos anos do curso por 4
anos improrrogáveis.
(B) O militar, estudante de direito, poderá requerer a
inscrição nos quadros de estágios da OAB como re-
quisito de conclusão do curso.
(C) O estágio deve ter carga horária mínima de 300 horas
distribuídas em dois anos de atividade.
(D) Pode ocorrer a complementação de carga horária em
escritórios sem credenciamento junto à OAB.
3 (C) É direito e dever do advogado assumir a defesa crimi-
Nos termos do Regulamento Geral do Estatuto da Advo-
cacia e da OAB quanto ao patrimônio pela Ordem dos
Advogados do Brasil, revela-se correto afirmar que
(A) a alienação de bem imóvel é ato da Diretoria do Con-
selho Federal da OAB.
(B) a oneração de bem imóvel é ato da Diretoria do Con-
selho Federal da OAB.
(C) a aquisição de bem imóvel é ato da Diretoria do Con-
selho Federal da OAB.
(D) a alienação de bem móvel é ato do pleno do Conse-
lho Federal da OAB.
João da Silva está sendo indiciado pelo esquartejamen-
to de seu filho de apenas dois anos de idade. Diante da
gravidade dos fatos, acabou por contratar o Dr. Paulo
Gustavo na qualidade de advogado para que realize sua
defesa criminal. O suposto crime gerou uma grave reper-
cussão pública.
Considerando os fatos narrados, assinale a alternati-
va correta.
(A) O advogado deverá renunciar a causa tendo em vista
a gravidade dos atos imputados para que a defenso-
ria pública possa assumi-la.
(B) É direito e dever do advogado assumir a defesa crimi-
nal, considerando sua própria opinião sobre a culpa
do acusado.
nal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa
do acusado.
(D) Nem toda causa criminal é digna de defesa quando
viola a moral particular do próprio advogado.

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 5º Simulado OAB
6 (C) Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou
Patrícia Dreyer presta serviços advocatícios de forma
eventual e gratuita em favor de uma Instituição Social,
sem fins econômicos, voltada para crianças e adolescen-
tes vítimas de abusos e maus tratos.
Diante da situação apresentada, assinale a alternati-
va correta.
(A) Considera-se advocacia pro bono a prestação gratui-
ta, eventual e voluntária de serviços jurídicos em fa-
vor apenas de pessoas físicas que não dispuserem de
recursos para a contratação de profissional.
(B) Considera-se advocacia  pro bono a prestação gra-
tuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos em
favor de instituições sociais sem fins econômicos e
aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não
dispuserem de recursos para a contratação de pro-
fissional.
(C) Considera-se advocacia pro bono a prestação gratui-
ta, eventual e voluntária de serviços jurídicos em fa-
vor de instituições sociais sem fins econômicos e aos
seus assistidos, mesmo que os beneficiários dispo-
nham de recursos para a contratação de profissional.
(D) A advocacia pro bono pode ser utilizada para fins
político-partidários ou eleitorais desde que seja para
beneficiar instituições sociais e desde que não seja
utilizada como instrumento de publicidade para cap-
tação de clientela.
7 (C) Não poderá o advogado, em hipótese alguma, en-
Nilton Coutinho é advogado militante na área de Direito
Ambiental e foi eleito Conselheiro pela Seccional do Dis-
trito Federal, tendo tomado posse no ano de 2020. Em
2021 adquiriu um bem imóvel da sua própria seccional
e passou a ministrar aulas remuneradas na Escola Supe-
rior de Advocacia.
Diante dos fatos apresentados, assinale a alternati-
va correta.
(A) Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou
funções em órgãos da OAB ou representar a classe
junto a quaisquer instituições, órgãos ou comissões,
públicos ou privados, adquirir bens imóveis ou mó-
veis da OAB nem o exercício remunerado de ativida-
de de magistério na Escola Nacional de Advocacia.
(B) O advogado, enquanto exercer cargos ou funções de
direção em órgãos da OAB, não poderá adquirir bens
imóveis ou móveis da OAB nem o exercício remune-
rado de atividade de magistério na Escola Nacional
de Advocacia.
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1ª Fase do Exame 36º
funções em órgãos da OAB ou representar a classe
junto a quaisquer instituições, órgãos ou comissões,
públicos ou privados, adquirir bens imóveis ou mó-
veis da OAB, mas não haverá impedimento para o
exercício remunerado de atividade de magistério na
Escola Nacional de Advocacia.
(D) Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou
funções em órgãos da OAB ou representar a classe
junto a quaisquer instituições, órgãos ou comissões,
públicos ou privados, adquirir bens imóveis ou mó-
veis da OAB nem o exercício remunerado nas Bancas
do Exame de Ordem.
8
Eugênio Brugger, advogado e Presidente da Seccional do
estado de Rondônia, acabou apresentando recurso em
processo disciplinar de um advogado.
Diante dessa situação hipotética, assinale a alternati-
va correta.
(A) Os dirigentes das Seccionais são legitimados a inter-
por recursos nos processos em trâmite perante os
órgãos da OAB.
(B) Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou
funções em órgãos da OAB ou tiver assento, em qual-
quer condição, nos seus Conselhos, atuar em proces-
sos que tramitem perante a entidade nem oferecer
pareceres destinados a instruí-los.
quanto exercer cargos ou funções em órgãos da OAB
ou tiver assento, em qualquer condição, nos seus
Conselhos, atuar em processos que tramitem peran-
te a entidade nem oferecer pareceres destinados a
instruí-los.
(D) Não poderá o advogado, nem em causa própria, en-
quanto exercer cargos ou funções em órgãos da OAB
ou tiver assento, em qualquer condição, nos seus
Conselhos, atuar em processos que tramitem peran-
te a entidade nem oferecer pareceres destinados a
instruí-los.
 5º Simulado OAB
FILOSOFIA DO DIREITO
ODAIR JOSÉ
9 11
Michel Foucault, na sua obra Vigiar e Punir, destaca o
poder disciplinar como uma das formas mais precisas
de dominação, porque não limitada ao uso do aparelho
estatal, mas disseminada na estrutura da própria socie-
dade. Mas para que a disciplina ocorra, são necessários
três instrumentos.
Assinale a opção que, segundo o autor no livro em refe-
rência, expressa os instrumentos utilizados para que a
disciplina ocorra.
(A) Vigilância hierárquica, sanção normalizadora, exame.
(B) Sanção normalizada, violência disciplinadora, nor-
mas jurídicas rígidas.
(C) Direito penal, sanção retributiva, exame disciplinar.
(D) Normas estatais, instituições de poder social, vigilân-
cia institucional.
10 à vinculação de espécies remuneratórias e a medida
“A diferença entre princípios e regras jurídicas é de na-
tureza lógica. Os dois conjuntos apontam para decisões
particulares acerca da obrigação jurídica em circunstân-
cias específicas, mas distinguem-se quanto à natureza
da orientação que oferecem”.
DWORKIN, Ronald. Levando os direitos à sério. São Paulo: Mar-
tins Fontes, 2002, p. 39).
Ronald Dworkin é responsável por introduzir uma com-
preensão da norma jurídica que se diferencia da con-
cepção juspositivista dominante. Nos termos do pensa-
mento do autor, assinale a opção correta quanto a sua
concepção acerca das normas jurídicas.
(A) Os princípios se diferenciam das regras por serem
aqueles dotados de baixa densidade normativa.
(B) As regras são aplicáveis à maneira do tudo ou nada,
ao passo que os princípios são aplicados mediante
juízo de ponderação.
(C) Os princípios são normas gerais e possuem função
supletiva, ao passo que as regras regulam a conduta
em abstrato e permitem maior segurança jurídica na
sua aplicação.
(D) Os princípios são normas exigíveis somente quando
expressos diretamente na ordem jurídica, ao passo
que as regras podem ser usadas para resolver pro-
blemas de lacunas por meio da analogia.
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1ª Fase do Exame 36º
DIREITO CONSTITUCIONAL
ANA PAULA BLAZUTE
O Governador do Estado Alfa foi intimado, pelo Tribu-
nal de Justiça local, de acórdão proferido pelo colegia-
do competente, o qual, com fundamento na isonomia,
confirmou sentença de primeiro grau e determinou o
reajuste dos vencimentos dos servidores públicos esta-
duais, com base no índice federal de correção monetá-
ria utilizado, por determinação legal, para os servidores
federais.
À luz da narrativa acima, responda a alternativa correta:
(A) O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado Alfa é
compatível com a ordem constitucional.
(B) O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado Alfa não é
compatível com a ordem constitucional, visto que ao
utilizar, para os servidores estaduais, o índice de cor-
reção monetária empregado para os servidores fe-
derais, o acórdão afrontou a vedação constitucional
cabível seria uma ADPF por violar súmula vinculante.
(C) O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado Alfa não é
compatível com a ordem constitucional, visto que ao
utilizar, para os servidores estaduais, o índice de cor-
reção monetária empregado para os servidores fe-
derais, o acórdão afrontou a vedação constitucional
à vinculação de espécies remuneratórias e a medida
cabível seria uma ADI por violar súmula vinculante.
(D) O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado Alfa não
é compatível com a ordem constitucional, visto que
ao utilizar, para os servidores estaduais, o índice de
correção monetária empregado para os servidores
federais, o acórdão afrontou a vedação constitucio-
nal à vinculação de espécies remuneratórias e a me-
dida cabível seria uma Reclamação por violar súmula
vinculante.
 5º Simulado OAB
12 14
Com o objetivo de estimular o crescimento econômico e
aumentar a oferta de empregos, a Lei n. XX, do Município
Alfa, grande metrópole brasileira, dispôs que os órgãos
administrativos, ao analisarem os requerimentos de
instalação de indústrias no território do Município, não
devem solicitar quaisquer documentos que possam pos-
tergar a concessão da licença. Entre esses documentos,
foi expressamente mencionada a análise técnica prévia
da atividade que tenha potencial para causar grave de-
gradação ambiental. Inconformado com essa situação,
o Partido Político WW, que conta com representação no
Senado Federal, solicitou que seu(sua) advogado(a) res-
pondesse aos questionamentos a seguir.
(A) A Lei n. XX, do Município Alfa, é materialmente com-
patível com a Constituição da República de 1988.
(B) A Lei n. XX, do Município Alfa, é materialmente in-
compatível com a Constituição da República de 1988,
por violar a exigência de que seja apresentado es-
tudo prévio de impacto ambiental para a instalação
dessa espécie de atividade, sendo cabível o ajuiza-
mento da arguição de descumprimento de preceito
fundamental (ADPF).
(C) A Lei n. XX, do Município Alfa, é materialmente in-
compatível com a Constituição da República de 1988,
por violar a exigência de que seja apresentado es-
tudo prévio de impacto ambiental para a instalação
dessa espécie de atividade, sendo cabível o ajuiza-
mento da ADI.
(D) A Lei n. XX, do Município Alfa, é materialmente in-
compatível com a Constituição da República de 1988,
por violar a exigência de que seja apresentado es-
tudo prévio de impacto ambiental para a instalação
dessa espécie de atividade, sendo cabível o ajuiza-
mento da reclamação.
13 IV – Florência é Presidente do Superior Tribunal
Eugênio, oficial de justiça, recebeu determinação judi-
cial para que procedesse à busca e apreensão de de-
terminado objeto que estava no interior da residência
de Roberta.
À luz dos balizamentos estabelecidos exclusivamente
na sistemática constitucional e partindo-se da premissa
de que foram cumpridas as exigências da lei processu-
al, Eugênio:
(A) pode cumprir o mandado em qualquer horário do dia
ou da noite, independentemente do dia da semana.
(B) precisa cumprir o mandado durante o dia, indepen-
dentemente do dia da semana.
(C) pode cumprir o mandado em qualquer horário do
dia ou da noite, mas apenas em dias úteis.
(D) só pode ingressar na residência de Roberta com o
consentimento desta última.
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1ª Fase do Exame 36º
Rafael, que jamais deixara de votar em uma eleição,
cumprindo fielmente os seus deveres cívicos, tomou
conhecimento de que o Prefeito Municipal estava rea-
lizando diversos gastos de forma irregular, sem a prévia
realização de processo licitatório e sem qualquer motivo
idôneo à contratação direta.
Com o objetivo de responsabilizar o Prefeito pelos da-
nos causados ao patrimônio público, Rafael procurou
um advogado e solicitou que fosse informado da ação
que poderia ajuizar.
À luz da sistemática constitucional, essa ação é:
(A) o mandado de segurança.
(B) a ação penal.
(C) o mandado de injunção.
(D) a ação popular.
15
O partido político “X”, que não possui representação no
Congresso Nacional,
(A) poderá propor ação declaratória de constitucionali-
dade e também, quando cabível, impetrar mandado
de segurança coletivo.
(B) não poderá propor ação direta de inconstitucionali-
dade, mas poderá, quando cabível, impetrar manda-
do de segurança coletivo.
(C) não poderá propor ação direta de inconstitucionali-
dade nem impetrar mandado de segurança coletivo.
(D) não poderá propor ação declaratória de constitu-
cionalidade, mas poderá, quando cabível, impetrar
mandado de segurança coletivo.
16
I – Nilton é Vice-Presidente da República.
II – Roberta é Presidente do Senado Federal.
III – Maria é Presidente do Supremo Tribunal Federal.
de Justiça.
De acordo com as informações fornecidas, são cargos
privativos de Brasileiros Natos, dentre as pessoas acima
apontadas, apenas
(A) Nilton e Roberta.
(B) Nilton, Roberta e Maria.
(C) Roberta, Maria e Florência.
(D) Nilton, Roberta, Maria e Florência.
17
É admissível, à luz da Constituição Federal, que medida
provisória disponha sobre
(A) nacionalidade.
(B) finanças públicas.
(C) majoração de impostos.
(D) processo civil.
 5º Simulado OAB 1ª Fase do Exame 36º

DIREITOS HUMANOS DIREITO INTERNACIONAL

ALICE ROCHA ALICE ROCHA

18 20
Ana Luísa se mudou recentemente para o prédio de Pe- Juan, colombiano de 37 anos, resolveu recomeçar sua
dro, que é protestante e gosta de ouvir hinos religiosos vida no Brasil solicitando para tal um pedido de autori-
todas as manhãs. Incomodada com os hinos que muitas zação de residência em 2021. Todavia, devido à situação
vezes são difundidos do carro de Pedro estacionado no da pandemia do Covid-19, a análise do pedido de Juan
estacionamento do prédio, Ana Luísa procura você, como ainda está pendente e ele deseja viajar por alguns dias
advogado, em busca de auxílio a respeito da situação. para a Colômbia para buscar seus últimos pertences. Re-
Com base no estabelecido pela Declaração Universal dos ceoso de sua situação, Juan consulta Elaine, advogada
Direitos Humanos, você deve informá-la que: especialista que, de acordo com a Lei n. 13.445/2017,
(A) é assegurada a liberdade religiosa a Pedro, desde deve informá-lo que:
que exercida no âmbito privado de sua residência. (A) não deve viajar enquanto seu pedido de autorização
(B) a liberdade de manifestação de religião ou crença de residência estiver pendente.
pode ser assegurada em âmbito público ou privado. (B) pode sair e reingressar no Brasil mesmo enquanto
(C) os direitos e as liberdades estabelecidos na Declara- pendente seu pedido de autorização de residência.
ção podem ser usufruídos por qualquer pessoa com (C) deverá cancelar seu pedido até que retorne ao Brasil.
capacidade de obedecer aos preceitos de sua religião. (D) deverá solicitar a suspensão do pedido até que retor-
(D) Pedro tem direito à liberdade de religião e crença ne ao Brasil.
por já estar residindo no prédio antes da chegada de
Ana Luísa. 21
Antônio, alemão domiciliado no Rio de Janeiro há muitos
19
anos, faleceu em acidente de moto quando apreciava a
Cleide possui um filho que está internado em estabele-
praia de Copacabana, deixando duas filhas, uma de 20
cimento público para pessoas portadoras de transtornos
e outra 22 anos. A filha mais velha residia com Antônio,
mentais. Buscando conhecer um pouco mais sobre o
mas a mais nova resolveu se mudar para a Alemanha
tema, Cleide passa a estudar a Lei n. 10.216/2001, que
com a mãe na ocasião do divórcio do casal há 5 anos. An-
dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas porta-
tônio deixou vários bens, dentre eles dois apartamentos
doras de transtornos mentais e direciona o modelo as-
em Copacabana e uma casa na Alemanha.
sistencial em saúde mental. A respeito do tema, Cleide
Em relação à sucessão de Antônio, assinale a afirmati-
vai aprender que:
va correta:
(A) de acordo com o princípio da publicidade, as infor-
(A) Se o inventário de Antônio for processado no Brasil,
mações prestadas sobre o estado de saúde de seu
sua sucessão deverá ser regulada pela lei alemã, que
filho não podem ser sigilosas.
é a lei de nacionalidade de Antônio.
(B) a internação de seu filho deve ser classificada como
(B) A capacidade da filha mais velha para sucedê-lo será
involuntária, tendo em vista que foi realizada com o
regulada pela lei brasileira.
consentimento dele.
(C) A capacidade da filha mais velha para sucedê-lo será
(C) os direitos e a proteção das pessoas acometidas de
regulada pela lei alemã.
transtorno mental, de que trata esta Lei, poderão ter
(D) O inventário de Antônio não poderá ser processado
diferenciação a depender da raça, cor, sexo, orien-
no Brasil, em razão de existirem bens a partilhar na
tação sexual, religião, opção política, nacionalidade,
Alemanha.
idade, família, recursos econômicos e ao grau de gra-
vidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou
qualquer outra.
(D) deve exigir do Estado o desenvolvimento de políti-
ca de saúde mental, de assistência e de promoção
de ações de saúde aos portadores de transtornos
mentais, com a devida participação da sociedade e
da família, a qual será prestada em estabelecimen-
to de saúde mental, assim entendidas as instituições
ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos
portadores de transtornos mentais.

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 5º Simulado OAB
DIREITO TRIBUTÁRIO
MARIA CHRISTINA
22 transmitir imóvel de sua propriedade, de alto valor, para
O Presidente da República, diante da iminência de guer-
ra contra a China, editou uma Medida Provisória de-
terminando a instituição do imposto extraordinário de
guerra com cobrança imediata e tendo como fato gera-
dor o faturamento das empresas. Diante do caso, assina-
le a alternativa correta.
(A) O imposto é inconstitucional, tendo em vista que não
poderia ter sido instituído por meio de medida pro-
visória, mas sim por lei ordinária e por ter fato gera-
dor idêntico ao do IRPJ, ocasionando situação de bis
in idem.
(B) O imposto é inconstitucional, tendo em vista que
apesar de poder ser instituído por meio de medida
provisória, não poderia ter fato gerador idêntico ao
do IRPJ sob pena de bis in idem.
(C) O imposto é inconstitucional, tendo em vista que não
poderia ter sido instituído por meio de medida pro-
visória, mas sim por lei ordinária e por não poder ser
cobrado de imediato, uma vez que deve obediência
aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal.
(D) O imposto é constitucional, tendo em vista que pode
ser instituído por meio de medida provisória e por
ser uma exceção constitucionalmente permitida
de bis in idem.
23 Considerando os aspectos aplicados ao ICMS, no que
A pessoa jurídica X, na condição de importadora de pro-
dutos industrializados, ajuizou medida judicial pleitean-
do a restituição de valores pagos a título de Imposto so-
bre Produtos Industrializados (IPI). No caso em questão,
o contribuinte pagou o tributo em operação de revenda
por ocasião da saída de seu estabelecimento e entendeu
que o pagamento foi feito indevidamente, uma vez que
não houve processo de industrialização no Brasil. Em seu
pleito, a pessoa jurídica X requereu, em sede de ante-
cipação de liminar, a compensação dos valores pagos a
título de IPI, objeto de contestação.
Diante do caso, assinale a opção correta.
(A) A ausência de operação de industrialização no Bra-
sil inviabiliza a cobrança do IPI na revenda pelo im-
portador.
(B) É impossível requerer, em sede de liminar, a compen-
sação de eventual tributo pago indevidamente.
(C) É devido o pagamento do IPI na importação, mesmo
diante da ausência de operação de industrialização
no Brasil.
(D) Pessoa física que realiza a importação de um único
bem para consumo próprio não deverá pagar o IPI.
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1ª Fase do Exame 36º
24
Marcelo, desejando integralizar sua parte no capital so-
cial da sociedade empresária da qual é sócio, buscou
a sociedade empresária, cuja atividade preponderante é
a de locação de imóveis. Ele ficou surpreso ao verificar
que havia cobrança do Imposto de Transmissão de Bens
Imóveis (ITBI) e, mais admirado ainda, com a aplicação
de alíquota superior àquela aplicada a outros imóveis de
menor valor, em razão da existência de lei municipal or-
dinária estabelecendo alíquotas progressivas do ITBI em
função do valor do imóvel.
Diante desse cenário, assinale a alternativa correta.
(A) É inconstitucional a cobrança de ITBI sobre a transfe-
rência de imóveis de Marcelo para a empresa com o
intuito de integralizar o capital social por ser deten-
tora de imunidade.
(B) É constitucional a estipulação de alíquotas progres-
sivas de ITBI, conforme o princípio da capacidade
economia.
(C) É constitucional a cobrança de ITBI no caso posto já
que a operação não é amparada por imunidade.
(D) É inconstitucional a cobrança de ITBI sobre a trans-
ferência de imóveis de Marcelo para a empresa com
o intuito de integralizar o capital social por ser de-
tentora de imunidade, bem como a estipulação de
alíquotas progressivas.
25
diga respeito ao princípio da legalidade, da anteriorida-
de e dos casos de imunidade tributária, assinale a op-
ção correta.
(A) Em regra, o ICMS é considerado um imposto plurifá-
sico, mas a própria CF prevê hipótese excepcional de
incidência monofásica do ICMS no caso da incidência
do imposto sobre o combustível apenas no estado de
consumo.
(B) O ICMS poderá ser não cumulativo, compensando-se
o que for devido em cada operação relativa à circu-
lação de mercadorias ou prestação de serviços com
o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal.
(C) A isenção ou não incidência de ICMS implicará cré-
dito para compensação com o montante devido nas
operações ou prestações seguintes.
(D) O ICMS será seletivo, em função da essencialidade
das mercadorias e dos serviços.
 
 5º Simulado OAB
26 28
A entidade beneficente de assistência social Associação
Lar das Crianças, devidamente registrada e cumprindo
todos os requisitos legais para o gozo de imunidade tri-
butária, requereu à Receita Federal o reconhecimento
de imunidade tributária, de forma retroativa, quanto às
contribuições para a seguridade social. O Fisco federal
negou o pedido, afirmando que a imunidade tributária
das entidades beneficentes de assistência social somen-
te abarcava impostos.
Diante da situação, assinale a alternativa correta.
(A) As entidades beneficentes de assistência social po-
dem ter a imunidade reconhecida de forma retro-
ativa desde que comprovem a reversão integral do
dinheiro nas finalidades essenciais da instituição.
(B) As entidades beneficentes de assistência social não
fazem jus ao reconhecimento de imunidade tributá-
ria quanto a contribuições para a seguridade social,
tendo em vista a não comprovação da reversão do
dinheiro auferido nas finalidades essenciais.
(C) As entidades beneficentes de assistência social pos-
suem imunidade apenas de impostos sobre o patri-
mônio, renda e serviços.
(D) As entidades de assistência social diante da imunida-
de não devem cumprir com as obrigações acessórias.
DIREITO ADMINISTRATIVO
GUSTAVO BRÍGIDO
27
João sofreu perseguição política do Estado brasileiro
durante o Regime Militar, especificamente no contexto
da década de 1970. Instigado por amigos, procura você
para que, na qualidade de advogado(a), oriente acerca
da possibilidade de ajuizamento de ação indenizatória.
Com base nos mais recentes entendimentos jurispru-
denciais, é correto orientar que
(A) são imprescritíveis as ações indenizatórias por danos
morais e materiais decorrentes de atos de persegui-
ção política com violação de direitos fundamentais
ocorridos durante o regime militar.
(B) são prescritíveis as ações indenizatórias por danos
morais e materiais decorrentes de atos de persegui-
ção política com violação de direitos fundamentais
ocorridos durante o regime militar.
(C) São imprescritíveis as ações indenizatórias, desde
que por danos morais, decorrentes de atos de perse-
guição política com violação de direitos fundamen-
tais ocorridos durante o regime militar.
(D) São imprescritíveis as ações indenizatórias, desde
que por danos materiais, decorrentes de atos de per-
seguição política com violação de direitos fundamen-
tais ocorridos durante o regime militar.
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1ª Fase do Exame 36º
Princípios são proposições básicas, fundamentais, típi-
cas, que condicionam todas as estruturas e institutos
organizados pelo sistema legal de um país, por exemplo.
Assim, a materialização de princípios relacionados aos
atos ou poderes, que podem ser exercidos pela Adminis-
tração Pública, expressa os limites de seus atos. Dessa
forma, a Administração Pública, quando utiliza a desa-
propriação, forma originária de aquisição da proprieda-
de, tem por fundamento de sua atuação:
(A) o princípio da indisponibilidade do interesse público.
(B) o princípio da imperatividade.
(C) o princípio da legalidade.
(D) o princípio da supremacia do interesse público.
29
João, servidor público federal, responde a processo
administrativo disciplinar pela prática de crime contra
a Administração Pública, o qual, nos termos da Lei n.
8.112/1990, acarreta a penalidade de demissão. João
procurou você, na qualidade de advogado(a), para saber
a possibilidade de a autoridade administrativa aplicar
pena diversa da prevista na legislação. No estudo do Po-
der Disciplinar, a resposta correta seria:
(A) A autoridade administrativa não dispõe de discricio-
nariedade para aplicar ao servidor pena diversa de
demissão quando caraterizadas as hipóteses previs-
tas na legislação.
(B) A autoridade administrativa dispõe de discricionarie-
dade para aplicar ao servidor pena diversa de demis-
são quando caraterizadas as hipóteses previstas na
legislação.
(C) A autoridade administrativa não dispõe de discricio-
nariedade para aplicar ao servidor pena diversa de
demissão quando caraterizadas as hipóteses previs-
tas na legislação, salvo se mais gravosa a penalidade.
(D) A autoridade administrativa não dispõe de discricio-
nariedade para aplicar ao servidor pena diversa de
demissão quando caraterizadas as hipóteses pre-
vistas na legislação, salvo se menos gravosa a pe-
nalidade.
30
O Governo do Estado do Ceará homologou procedimen-
to licitatório em que o objeto da licitação caracteriza
a operação continuada de sistemas estruturantes de
tecnologia da informação. Nesse caso, de acordo com
a Nova Lei de Licitações (Lei Federal n. 14.133/2021), o
contrato poderá ter vigência máxima de
(A) um exercício financeiro.
(B) cinco anos.
(C) dez anos.
(D) quinze anos.
 5º Simulado OAB
31 DIREITO AMBIENTAL
João foi demitido pela prática de improbidade adminis-
trativa, por decisão de autoridade administrativa, após
regular processo administrativo disciplinar, mesmo antes
de prévia condenação, por autoridade judiciária, à perda
da função pública. Você, na qualidade de advogado(a),
foi procurado(a) por João para saber da legalidade da
decisão, devendo afirmar corretamente que
(A) compete à autoridade administrativa aplicar a servi-
dor público a pena de demissão em razão da prática
de improbidade administrativa, desde que tenha ha-
vido prévia condenação, por autoridade judiciária, à
perda da função pública.
(B) compete apenas à autoridade administrativa aplicar
a servidor público a pena de demissão em razão da
prática de improbidade administrativa.
(C) compete à autoridade administrativa aplicar a servi-
dor público a pena de demissão em razão da prática
de improbidade administrativa, independentemente
de prévia condenação, por autoridade judiciária, à
perda da função pública.
(D) a condenação por ato de improbidade administrativa
só pode decorrer de decisão judicial a partir de ação
civil pública.
32 Antônio adquiriu um sítio na área rural do município
Determinado município cearense pretende celebrar
contrato de parceria público-privada relativo à conces-
são de serviço público, cujo valor é de R$ 30.000.000,00
(trinta milhões de reais) e com prazo de prestação de
serviço de 15 (quinze) anos, em situação em que, adi-
cionalmente à tarifa cobrada dos usuários, há a necessi-
dade de contraprestação pelo poder público ao parceiro
privado. Diante da situação mencionada e considerada a
lei de regência, assinale a alternativa correta.
(A) Não é possível celebrar contrato de parceria público-
-privada tendo em vista o elevado valor do contrato.
(B) Somente seria possível a celebração do contrato de
parceria público-privada em caso de prazo de presta-
ção de serviço não superior a cinco anos.
(C) É possível a celebração do contrato de parceria públi-
co-privada, que se amolda à modalidade legal deno-
minada “concessão administrativa”.
(D) É possível a celebração do contrato de parceria públi-
co-privada, que se amolda à modalidade legal deno-
minada “concessão patrocinada”.
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1ª Fase do Exame 36º
NILTON COUTINHO
33
Antônio foi acionado em uma ação de indenização por
danos ambientais. O processo tramitou em primeira e
segunda instância, sendo certo que houve a interposi-
ção de recurso especial junto ao STJ. Preocupado com
a situação, procura um advogado especialista na área o
qual lhe informa que, segundo a jurisprudência daque-
le tribunal:
(A) não é admitida na área ambiental a condenação si-
multânea do réu em obrigação de fazer ou de não
fazer cumulada com a de indenizar.
(B) as obrigações ambientais possuem natureza propter
rem, devendo ser cobradas somente do atual pro-
prietário ou atual possuidor do bem ambiental em
discussão
(C) não se admite a aplicação da teoria do fato consuma-
do em tema de direito ambiental
(D) a inversão do ônus da prova não se aplica às ações
de degradação ambiental, por dificultar a defesa por
parte do empreendedor.
34
Alfa. Preocupado com a questão do Cadastro Ambien-
tal Rural – CAR, procurou um advogado especialista na
área, o qual lhe informou que:
(A) Trata-se de um registro público eletrônico de âmbito
local, obrigatório para todos os imóveis rurais, com
a finalidade de integrar as informações ambientais
das propriedades e posses rurais, compondo base
de dados para controle, monitoramento, planeja-
mento ambiental e econômico e combate ao desma-
tamento.
(B) A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita,
preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou
estadual.
(C) O cadastramento, quando feito pelo proprietário,
será considerado título para fins de reconhecimento
do direito de propriedade.
(D) A inscrição no CAR é facultativa, mas tal registro é
necessário para acesso a recursos governamentais e
empréstimos com taxas diferenciadas.
 5º Simulado OAB
DIREITO CIVIL
ROBERTA QUEIROZ
35 prédio em chamas. Paulo, militar em serviço, encontrou
Jussara mora em uma cidade do interior e acaba de
saber que sua avó foi levada para a emergência, onde
foi indicada a necessidade de sua internação imediata
numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), sob risco
de morte. Jussara conseguiu uma vaga em um hospital
local, mas o plano de saúde não autorizou! Diante dessa
situação, Jussara prontamente assinou o contrato com o
hospital particular e se comprometeu a pagar pelo servi-
ço em preço bastante superior ao valor que normalmen-
te é cobrado.
Considerando a situação narrada, marque alternati-
va correta:
(A) O contrato entre Jussara e o hospital é viciado por
Estado de necessidade.
(B) O contrato entre Jussara e o hospital é viciado
por Dolo.
(C) O contrato entre Jussara e o hospital é viciado por
Coação.
(D) O contrato entre Jussara e o hospital é viciado por
Estado de perigo.
36 Enzo e Valentina se casaram. Diante da impossibilida-
Henrique e Marcos são casados com o regime jurídico de
comunhão parcial de bens. Na constância do casamen-
to, eles adquiriram duas casas, um carro e uma fazenda.
Após alguns anos, o casal optou pelo divórcio de forma
consensual. Diante dessa situação, pretendem apenas o
fim do matrimônio, sem a divisão dos bens.
Considerando a situação narrada, marque alternati-
va correta:
(A) Henrique e Marcos poderão realizar o divórcio, inde-
pendentemente da ocorrência de partilha de bens.
(B) Henrique e Marcos deverão realizar a partilha dos
bens concomitantemente com o divórcio.
(C) Henrique e Marcos devem entregar o esboço de par-
tilha quando fizerem o pedido de divórcio judicial.
(D) Caso Henrique e Marcos não façam o pedido de di-
vórcio, o juiz decidirá, de ofício, o quinhão ideal que
cada cônjuge receberá.
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1ª Fase do Exame 36º
37
Uma equipe de 5 militares estava dando suporte para
um grupo de bombeiros durante o desabamento de um
Maria e João no prédio. O casal estava bem, sem feridas
e em suas plenas faculdades mentais. Ocorre que, ao
tentar sair, uma grande viga cai sobre a perna de Paulo e
impede sua locomoção.
Antecipando o desabamento do edifício, o militar fala
para Maria e João sua disposição de última vontade e o
interesse em deixar seu carro para o sobrinho Matheus.
Após isso, Maria e João conseguem sair do local, mas
infelizmente Paulo não foi encontrado com vida.
Considerando a situação narrada, marque alternati-
va correta:
(A) O testamento de Paulo somente poderia ser conside-
rado válido se feito por escrito.
(B) A disposição de última vontade de Paulo será válida
somente se não existir herdeiros necessários.
(C) O testamento de Paulo é valido por esse estar em-
penhado em combate, tendo confiado a sua última
vontade a duas testemunhas.
(D) A disposição de última vontade de Paulo.
38
de de comprar um imóvel, o casal decidiu realizar um
contrato de aluguel. Gertrudes, tia de Valentina, figurou
como fiadora no contrato de um ano.
Após 6 meses, o jovem casal enfrentou dificuldades fi-
nanceiras e ficou inadimplente por 3 meses, o que resul-
tou em cobranças direcionadas a Gertrudes.
Considerando a situação narrada, marque alternati-
va correta:
(A) No caso em tela, Gertrudes não poderá se valer do
benefício de ordem.
(B) Caso seja executada judicialmente por essa dívida,
Gertrudes poderá exigir, até a contestação, que se-
jam primeiro executados os bens do casal devedor.
(C) Independentemente de realizar nomeação de
bens do casal, Gertrudes poderá alegar o benefício
de ordem.
(D) Caso seja executada judicialmente por essa dívida,
Gertrudes poderá exigir, a qualquer momento, que
sejam primeiro executados os bens do casal devedor.
 5º Simulado OAB
39 ECA
Everaldo e Francisca são casados e donos de um grande pa-
trimônio. Interessados em ajudar o filho mais velho, o casal
assinou um contrato de fiança em favor de seu filho. Con-
tudo, desde o segundo mês, o filho não pagou o aluguel.
Considerando a situação narrada, marque alternati-
va correta:
(A) O locador poderá cobrar diretamente de Everaldo
e Francisca, fiadores, que deverão adimplir a dívida
independentemente da existência de patrimônio
do filho.
(B) O locador poderá cobrar apenas de Everaldo, tendo
em vista que Francisca não é fiadora, mas somente
deu a outorga uxória.
(C) A dívida não poderá ser cobrada dos fiadores.
(D) O locador poderá cobrar de Everaldo e Francisca, fia-
dores, após tentar cobrar a dívida do filho do casal,
locatário, tendo em vista que os fiadores são devedo-
res subsidiários.
40 (C) à Secretaria Municipal de Educação.
Zamba, proprietário da Fazenda Sem Tinta, é um grande
pecuarista da região preocupado com possíveis danos
ambientais que poderão ou não atingir o ecossistema
local, formula consulta ao melhor advogado da região.
Considerando a situação narrada, marque a alternativa
que representa o conselho correto quanto ao direito de
propriedade:
(A) O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dis-
por da coisa, e o direito de reavê-la do poder de
quem quer que injustamente a possua ou detenha.
(B) A propriedade do solo abrange o subsolo e espaço aé-
reo, sem qualquer limite, seja de altura ou de profundi-
dade, incluindo as minas, jazidas e recursos minerais.
(C) A propriedade não abrange, em regra, os frutos e
produtos da coisa.
(D) O direito de propriedade, de forma legítima e autori-
zada pelo ordenamento, atendendo ao interesse do
titular, pode atentar contra a flora, a fauna, as bele-
zas naturais, o equilíbrio econômico e o patrimônio
histórico e artístico, além de poluir o ar ou as águas.
41 mento de monitoramento e medição de resultados
Carlinda, dona de um grande casarão na cidade de Juru-
piraca, concede a Edir o direito de usar onerosamente o
seu terreno, para guardar alguns instrumentos de traba-
lho. Tudo foi realizado por escritura pública, registrada
no cartório de registro de imóveis.
Considerando a situação narrada, indique o instrumento
jurídico adequado para a celebração do referido negó-
cio jurídico:
(A) Parcelamento urbano.
(B) Direito de preempção.
(C) Outorga onerosa.
(D) Direito de superfície.
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1ª Fase do Exame 36º
PATRÍCIA DREYER
42
Marta, dirigente de uma escola de ensino fundamental,
está bastante preocupada com Monique, pois ela apre-
senta elevados níveis de repetência. Apesar de todos os
seus esforços, bem como os da comunidade escolar, a
situação não foi revertida e as repetências continuaram.
Em várias conversas com os pais de Monique, descon-
fiou, ainda, que ela seja vítima de maus-tratos em casa.
Diante disso, Marta se viu obrigada a cumprir a diretriz
legal do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para
esse tipo de situação, em que se afirma que, para casos
de educando que apresente elevados níveis de repetên-
cia, devem os dirigentes de estabelecimentos de ensino
fundamental comunicarem:
(A) ao Conselho Tutelar.
(B) ao Ministério Público.
(D) à Autoridade Judiciária.
43
O Estado de Pernambuco registra elevado número de
mortes violentas de crianças e adolescentes, bem como
casos de violência sexual contra o mesmo público, ocor-
ridos especialmente nas cidades do interior. Nos estudos
realizados, são diversos os apontamentos no sentido de
que as medidas de prevenção são imprescindíveis para
a construção de uma nova história e alteração dos resul-
tados quanto aos dados sobre violência. Nesse sentido,
está de acordo com o que dispõe expressamente o ECA
a atuação do Ministério Público para:
(A) apurar dados e fatos recebidos em razão de sua atua-
ção e enviar relatório ao Poder Judiciário do Estado, a
fim de garantir a proteção de crianças e adolescentes
vítimas de violência letal e sexual naquele território.
(B) ajuizar ação civil pública contra o Estado de Pernam-
buco, a fim de reduzir ou eliminar os índices de vio-
lência contra a criança e adolescentes, em todas as
modalidades de práticas violentas, com estabeleci-
anuais sobre a ação estatal desenvolvida na proteção
e defesa dos direitos da criança e do adolescente.
(C) apurar dados e fatos recebidos em razão de sua atu-
ação e enviar aos órgãos policiais do Estado, para in-
vestigação e combate à violência.
(D) requisitar ao Poder Executivo que elimine ou reduza
sensivelmente os dados de violência contra a crian-
ça e adolescente, seja de violência letal, sexual ou
outras, a fim de que demonstrem ação no sentido
de garantir a proteção e defesa do público infanto-
-juvenil daquele território.
 5º Simulado OAB
CDC
PATRÍCIA DREYER
44 46
Considere as seguintes situações com vítimas dos even-
tos: (i) Juliana sofreu uma forte intoxicação pelo consu-
mo de água contaminada fornecida pelo serviço público
de saneamento. (ii) Ricardo foi vítima de uma propagan-
da enganosa veiculada na televisão aberta. (iii) Renata
foi vítima de um naufrágio de um transatlântico na costa
do país. Nessas hipóteses, houve, respectivamente, vio-
lação aos direitos
(A) difusos, difusos e individuais homogêneos.
(B) coletivos, individuais homogêneos e difusos.
(C) individuais homogêneos, individuais homogêneos e
difusos.
(D) individuais homogêneos, difusos e individuais ho-
mogêneos.
45 das atividades da empresa, mesmo que requerido
Caio recebeu em sua casa um cartão de crédito do Banco
Alfa S.A. Ele não é e nunca foi cliente desse banco e não
solicitou tal cartão. Na correspondência, havia ainda
uma advertência de que o serviço só seria liberado caso
o consumidor desbloqueasse o cartão por telefone ou
pela internet. Diante de tal fato, é certo afirmar:
(A) Caio poderá se socorrer dos órgãos administrativos
para reclamar da atitude do banco, tendo em vista
que tal prática é apenas ilícito administrativo.
(B) o Banco Alfa apenas comete infração administrati-
va ao agir dessa forma, mas não se pode considerar
prática abusiva, pois o ato deriva das estratégias de
marketing da empresa, respaldadas pelo princípio da
livre iniciativa.
(C) Caio poderá requerer indenização por ilícito civil, mas
tal prática não é considerada ilícito administrativo.
(D) tendo em vista que todo e qualquer produto envia-
do ao consumidor sem ter sido pedido é considerado
amostra grátis, é certo que Caio foi vítima de uma
prática considerada abusiva pelo Código de Defesa
do Consumidor.
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1ª Fase do Exame 36º
DIREITO EMPRESARIAL
RENATO BORELLI
Sandra e Saulo criaram a empresa de SS Sungas e Sun-
quínis. Sandra cuidou das questões de divulgação e pro-
paganda, enquanto Saulo se encarregou de cuidar das
formalidades legais. No entanto, ele se esqueceu de le-
var os atos constitutivos a registro.
À luz da legislação aplicável ao caso, é correto dizer:
(A) Não é necessário registro dos atos no início da ativi-
dade da empresa.
(B) Não haverá qualquer tipo de responsabilização às
pessoas obrigadas a requerer o registro em caso de
omissão ou demora.
(C) Os documentos necessários ao registro deverão ser
apresentados no prazo de trinta dias, contado da la-
vratura dos atos respectivos
(D) O registro produzirá efeito a partir da data de início
além do prazo previsto legalmente.
47
Rosana, Lourdes e Aparecida decidiram formar uma so-
ciedade empresarial limitada. Cada uma contribuiu com
R$ 50.000,00 para o capital social da empresa e foi esti-
pulado que Lourdes e Rosana seriam as administradoras.
À luz da legislação aplicável ao caso, é correto dizer:
(A) É necessário que somente uma das sócias seja a ad-
ministradora da empresa.
(B) A responsabilidade de cada sócia é restrita ao valor
de suas quotas, esteja ou não integralizado o capital
social.
(C) As sócias podem autorizar pelo contrato que não se-
rão obrigadas à reposição dos lucros e das quantias
retiradas, a qualquer título, mesmo que estes cau-
sem prejuízo do capital.
(D) Pode ser o capital aumentado, mesmo após integrali-
zadas as quotas, se houver a modificação correspon-
dente do contrato.
 5º Simulado OAB
48 50
Mercedes assinou um contrato de franquia com a em-
presa Chocolat et Amour, famosa confeitaria especiali-
zada em doces, bolos e tortas de chocolate. Juntamente
com este contrato, assinou três outros “subcontratos”,
que são comuns neste tipo de negócio. Dentre eles, não
está o contrato de:
(A) Engineering – o franqueador transmite ao franque-
ado informações referentes à montagem, ao plane-
jamento e ao layout do estabelecimento no qual as
atividades serão desenvolvidas; é dizer, aquele trans-
fere a este toda a “engenharia” necessária ao desem-
penho da franquia.
(B) Accountability – referente às regras de responsabili-
zação em casos de problemas com clientes, devolu-
ção de produtos, reclamações quanto ao atendimen-
to ou limpeza do ambiente, entre outros dissídios
ligadas ao direito consumerista.
(C) Marketing – refere-se às técnicas de colocação dos
produtos ou serviços junto aos seus consumidores,
envolvendo estudos de mercado, publicidade, ven-
das promocionais, lançamento de novos produtos e
serviços etc.
(D) Management – diz respeito ao treinamento e à es-
truturação administrativa do negócio, definidos e
ensinados pelo franqueador.
49 didos de Miguel. A partir desta realidade, marque a op-
Geraldo comprou de Joaquina, artesã, diversos casa-
quinhos de lã para seus filhos gêmeos que estavam a
nascer, efetuando o pagamento destes com um cheque
pré-datado para 23 de julho. Joaquina aceitou tal forma
de pagamento e concordou em descontar o cheque so-
mente na data prevista, contudo seu ateliê foi roubado
e, para que ela pudesse comprar materiais para continu-
ar com seu trabalho, apresentou à instituição bancária o
cheque no dia 4 de julho. Neste caso,
(A) a instituição bancária não poderá descontar o che-
que posto que a data constante ainda não chegou.
(B) Joaquina poderá responder por dano moral pela
apresentação antecipada.
(C) caso a instituição financeira desconte o cheque antes
da data prevista, ela responderá por danos morais,
pois é seu dever respeitar todos os termos expressos
no título.
(D) por ser uma ordem de pagamento à vista, o cheque
será descontado na data em que for apresentado e
não haverá qualquer sanção por desrespeitar a data
constante no cheque.
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1ª Fase do Exame 36º
Cores & Formas S.A. alega que uma das máquinas arre-
cadadas pelo administrador judicial da empresa Balas &
Balões havia sido vendida a crédito e entregue ao de-
vedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao requerimento
de sua falência. Neste caso, a empresa Cores & Formas:
(A) deverá se habilitar como credor quirografário no pro-
cesso de falência e aguardar o pagamento.
(B) receberá o correspondente a 50% do valor do bem
de imediato, posto que a máquina havia sido vendida
a crédito.
(C) não tem legitimidade para requerer nenhum ressar-
cimento se o bem já tiver sido alienado.
(D) poderá requerer a restituição do bem, e caso este já
tenha sido alienado, receberá o respectivo preço atu-
alizado.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
RAQUEL BUENO
51
Miguel promove uma demanda indenizatória em face
de Maurício, em virtude de colisão de veículos, perante
a 1ª Vara Cível de Boa Viagem (Recife). No prazo para
contestação, Maurício denuncia à lide sua seguradora,
que também se manifesta no processo. Após o devido
processo legal, o juiz julga improcedentes todos os pe-
ção correta:
(A) Neste caso, a denunciação da lide é obrigatória.
(B) Neste caso, a lide eventual resta prejudicada, sem fi-
xação de honorários advocatícios.
(C) Diante da improcedência dos pedidos da lide prin-
cipal, o juiz deverá prosseguir no julgamento da lide
eventual.
(D) Neste caso, a lide eventual resta prejudicada, caben-
do ao denunciante pagar honorários advocatícios ao
advogado da denunciada.
 5º Simulado OAB 1ª Fase do Exame 36º

52 54
Rafael ajuizou ação de rescisão contratual, pelo proce-
dimento comum, em face de uma pessoa jurídica de di-
reito privado, em virtude de problemas em um pacote
de viagens organizado pela ré. Todavia, a demandada
discorda da pretensão do autor, e deseja se unir à em-
presa hoteleira e à empresa aérea parceiras, para formu-
lar uma pretensão indenizatória contra o autor, suposta-
mente o real culpado pelo inadimplemento contratual.
Ressalte-se que foi designada audiência de conciliação/
mediação, sem êxito, uma vez que o autor, injustificada-
mente, não compareceu. No atual estágio, fora aberto
prazo para resposta da requerida. A partir desta realida-
de, assinale a opção correta:
(A) Caso a ré queira formular pretensão em face do au-
tor, deverá fazê-lo por meio de ação própria.
(B) O autor será multado em até 5% do valor da causa,
por ato atentatório à dignidade da justiça, pelo não
comparecimento injustificado à primeira audiência.
(C) Caso a ré queira formular pretensão em face do au-
tor, poderá apresentar reconvenção, mas sem a pos-
sibilidade de ampliação subjetiva da demanda.
(D) A ré pode apresentar, em uma única petição, a con-
testação e a reconvenção, podendo ampliar subjeti-
vamente a demanda na reconvenção.
53
Alcione, digital influencer de milhões, teve complicações
em sua cirurgia plástica e foi parar na UTI do hospital.
Considerando a necessidade de uma nova intervenção
cirúrgica, a fim de reparar uma considerável cicatriz ge-
rada por bisturi elétrico, o plano de saúde foi acionado
e recusou a cobertura da cirurgia. Diante deste cenário,
o advogado da paciente requereu uma tutela provisória
de urgência antecipada antecedente. A partir destes fa-
tos, assinale a opção certa:
(A) Caso o juiz entenda que não se trata de pedido de tu-
tela provisória de urgência antecipada antecedente,
determinará a emenda à petição inicial em 05 dias.
(B) Neste caso só é cabível a concessão de liminar inau-
dita altera pars.
(C) Regra geral, o juiz não poderá condicionar a conces-
são da tutela provisória de urgência à prestação de
caução.
(D) O advogado da autora equivocou-se, uma vez que
deveria ter formulado pedido de tutela provisória de
urgência cautelar antecedente.
Eduardo promoveu uma demanda de conhecimento
em face de Yuri e Agnaldo, pelo procedimento comum,
em autos eletrônicos. Agnaldo acabou sendo citado por
meio de edital, mas não constituiu advogado, muito me-
nos apresentou contestação. Yuri foi citado pelo correio
e apresentou contestação. Ressalte-se que o juiz dispen-
sou a audiência de conciliação/mediação. Considerando
esta realidade fática, assinale a opção certa:
(A) Agnaldo é réu revel, sendo-lhe aplicado os efeitos
materiais da revelia.
(B) Embora Agnaldo seja revel, o Ministério Público será
convocado para atuar em sua defesa, na condição de
curador especial.
(C) A defensoria pública atuará na defesa de Agnaldo,
podendo apresentar contestação por negativa geral,
sem o ônus da impugnação especificada.
(D) O advogado de Yuri teve prazo em dobro para apre-
sentação da contestação.
55
Juca e Esmeralda se casaram pelo regime da comunhão
parcial de bens. Após cinco anos de casamento, conside-
rando os investimentos arriscados do marido, o casal re-
solveu alterar o regime de bens do casamento. Segundo
o advogado do casal, Dr. Ferdinando, tal procedimento
poderia ser feito extrajudicialmente. Todavia, antes de
retornarem ao escritório do advogado com a documen-
tação solicitada, Esmeralda descobriu algumas cartas
que Juca trocava com Marta, sua primeira namorada,
dos últimos seis anos. Descobriu ainda que Marta tem
um filho de Juca, de dois anos de idade. Esmeralda, ain-
da com aquele punhal fincado em seu peito, lembrando-
-se de sua impotência generandi, procurou sua amiga e
advogada Vânia, para promover a ação de divórcio liti-
gioso. Neste contexto, assinale a opção correta:
(A) O parecer do Dr. Ferdinando é equivocado.
(B) O divórcio poderá ser feito por meio de escritura
pública.
(C) O divórcio deverá ser feito judicialmente, com a obri-
gatória intervenção do Ministério Público.
(D) Caso o casal resolvesse apenas promover a modificação
de regime de bens do casamento, o procedimento seria
o especial de jurisdição voluntária, perante a Vara de
Registros Públicos, tendo a sentença efeitos ex nunc.

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 5º Simulado OAB
56 DIREITO PENAL
Roberval promoveu uma execução contra Aline, envol-
vendo um cheque que voltou por insuficiência de fun-
dos. A petição inicial foi distribuída/registrada e, após
juízo positivo de admissibilidade, Aline foi citada, mas
não efetuou o pagamento da dívida de R$ 100.000,00,
no prazo legal. Aline sabe que deve, mas não reconhece
todo valor exigido na execução, possuindo o comprovan-
te de um pix para Roberval, no valor de cinco mil reais.
Ocorre que a executada não tem o valor total devido,
mas apenas parte do valor, conseguindo pagar o restan-
te que deve, mas nos próximos meses. A partir desta re-
alidade, à luz do CPC, assinale a opção certa:
(A) Como o pagamento não foi feito no prazo legal, have-
rá incidência de multa de 10% e honorários advocatí-
cios de 10%.
(B) Aline poderá requerer o parcelamento e opor em-
bargos à execução.
(C) Aline poderá apresentar impugnação para questio-
nar o pagamento parcial.
(D) Como Aline não reconhece toda dívida, poderá opor
embargos à execução, no prazo de quinze dias, tra-
tando-se de um processo incidente, sem efeito sus-
pensivo automático.
57 que a Lei n. 13.964/2019 incluiu o roubo majorado
Nicole ajuizou ação rescisória em face de Luciano, peran-
te o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios
– TJDFT. Após o juízo de admissibilidade positivo feito
pelo relator, foi concedido o prazo de 25 dias para o réu
contestar. Após a tramitação procedimental, foi proferi-
do acordão não unânime que acolheu o pedido de res-
cisão do julgado, com o consequente novo julgamento.
Todavia, não houve a aplicação da técnica de ampliação
do colegiado. O advogado de Nicole já foi intimado da
referida decisão, tendo transcorrido seis dias úteis. A
partir desta realidade, marque a opção correta:
(A) O prazo de contestação concedido está acima do pra-
zo legal do CPC.
(B) O advogado de Luciano poderá opor embargos in-
fringentes.
(C) Como não foi aplicada a técnica de ampliação do
colegiado prevista no CPC, será cabível a interposi-
ção do recurso especial, por violação de norma in-
fraconstitucional, desde que preenchidos os demais
requisitos de admissibilidade deste recurso.
(D) A técnica de ampliação do colegiado não é cabível
neste caso.
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1ª Fase do Exame 36º
MICHELLE TONON
58
Abílio foi condenado em primeira instância, em 4 de
abril de 2022, pela prática do crime de estupro (art. 213
do Código Penal), por fato cometido em 16 de outubro
de 2020. Em sua folha de antecedentes penais (FAP),
Abílio apresenta anotação pela prática do delito previsto
no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, por ter sido flagrado, na
via pública, fumando um cigarro de maconha, em 30 de
dezembro de 2018. Além disso, foi também condenado
pela prática de roubo majorado pelo emprego de arma
branca, ocorrido em 2 de junho de 2017, com trânsito
em julgado em 30 de novembro de 2020. Familiares de
Abílio o/a procuram, como advogado/a, para esclareci-
mentos quanto à situação processual do rapaz, que foi
considerado reincidente pelo magistrado que senten-
ciou o processo pelo crime de estupro. Acerca da situa-
ção hipotética, você deverá esclarecer que
(A) a condenação anterior pelo crime de roubo majora-
do, embora não transitada em julgado no momen-
to da prolação da sentença pela prática do estupro,
pode ser considerada para fins de reincidência.
(B) Abílio é reincidente específico em crime hediondo, já
pelo emprego de arma branca no rol dos crimes pre-
vistos na Lei n. 8.072/1990. Assim, somente poderá
progredir de regime com o resgate de 60% da pena
aplicada ao estupro.
(C) será possível alegar, em razões de apelação, o de-
sacerto da dosimetria de pena, já que Abílio não é
reincidente, pois o trânsito em julgado do crime de
roubo é posterior ao delito de estupro.
(D) a dosimetria da pena na sentença quanto ao crime
de estupro de Abílio está correta, vez que a prática
anterior do delito de porte de drogas para consumo
pessoal, previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006,
pode ser utilizada para fins de reincidência, segundo
entendimento jurisprudencial.
 5º Simulado OAB
59 (C) Lauro poderá ser criminalmente processado pela con-
Juliano, morador de pequena cidade no interior do es-
tado do Mato Grosso, inconformado com a traição de
sua namorada Nádia, decide matá-la. Alguns dias após
a descoberta da autoria do crime, Juliano contrata você
como seu advogado/a. Na entrevista pessoal, Juliano in-
forma que matou Nádia para preservar sua honra, afinal
a traição era algo imperdoável e todos os habitantes da
pequena cidade souberam do ocorrido e começaram a
fazer comentários jocosos. Diante da narrativa de Julia-
no, antes do julgamento do caso perante o Tribunal do
Júri, você deverá explicar ao seu cliente que a tese da
legítima defesa da honra, segundo o STF:
(A) admite seu cabimento em hipóteses excepcionais,
de forma mitigada, embora não possa ser utilizada
como tese defensiva principal, de forma direta.
(B) é inconstitucional, por contrariar os princípios cons-
titucionais da dignidade da pessoa humana, da pro-
teção à vida e da igualdade de gênero.
(C) pode ser alegada em plenário do Tribunal do Júri, já
que argumentos não jurídicos são admitidos em ho-
menagem à plenitude de defesa e considerando os
aspectos culturais da sociedade brasileira.
(D) possui aplicação condicionada à preservação da ima-
gem da vítima, a fim de afastar argumentos violado-
res da dignidade da pessoa.
60 de arma de fogo, ficando o crime de posse irregular
Lauro, primário, de bons antecedentes, sem envolvimen-
to anterior com práticas criminosas, aceita a proposta de
Carlos para levar, no interior de seu corpo, 20 gramas
de cocaína que deveriam ser entregues ao sentenciado
Rubens, que cumpre pena em regime fechado. Assim,
no dia de visitação no presídio, Lauro, após engolir o
entorpecente em pequenas trouxinhas, entra na fila de
visitantes na área externa do estabelecimento prisional
e passa pela revista no scanner corporal, quando os ob-
jetos suspeitos são identificados pelos policiais penais.
Lauro confessa os fatos e é encaminhado ao hospital,
para os procedimentos de retirada da droga, e após é
conduzido à delegacia de polícia. Considerando a situ-
ação hipotética narrada, assinale a alternativa correta:
(A) Lauro consumou o crime de tráfico de drogas, na for-
ma majorada, pois trazia o entorpecente consigo e ti-
nha a intenção de levá-lo para o interior do estabeleci-
mento prisional. Poderá, na individualização da pena,
ser beneficiado com a minorante do tráfico privilegia-
do, diante do preenchimento dos requisitos legais.
(B) Lauro praticou o crime de tráfico de drogas na moda-
lidade tentada, pois a consumação do delito exigiria
a efetiva entrada no estabelecimento prisional.
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1ª Fase do Exame 36º
duta prevista no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, já que
pode ser enquadrado como usuário de drogas, por não
ter comercializado o entorpecente que trazia consigo.
(D) Lauro não praticou crime, pois não chegou a entre-
gar ao sentenciado Rubens o entorpecente que tra-
zia consigo e sua conduta não causou qualquer gra-
vame à sociedade.
61
Norberto, proprietário de um pequeno mercado, adqui-
riu numa feira popular um revólver de uso permitido,
sem autorização legal ou regulamentar, com o intuito de
defender seu estabelecimento e patrimônio. Cerca de
um mês após a aquisição da arma, que ficou todo tempo
guardada, devidamente municiada, Norberto, resolveu
comemorar a vitória de seu time de futebol e efetuou
disparos para o alto na via pública. Assustados, os vizi-
nhos acionaram a polícia. Indagado sobre o ocorrido,
Norberto narrou aos policiais todos os fatos, sendo certo
que não tinha autorização legal para portar ou possuir
qualquer tipo de arma. Restando comprovados os fatos
por prova oral e pericial, assinale a alternativa correta:
(A) Norberto responderá pelos crimes de posse de arma
de fogo e de disparo de arma de fogo, em continui-
dade delitiva.
(B) Norberto responderá apenas pelo crime de disparo
absorvido.
(C) Norberto não responderá por qualquer crime, pois
sua conduta não gerou perigo concreto aos vizinhos
do bar.
(D) Norberto responderá pelos crimes de posse de arma
de fogo e de disparo de arma de fogo, em concurso
material.
 5º Simulado OAB 1ª Fase do Exame 36º

62 (C) Considerando o fato de Marcos ser reincidente espe-

Ao manobrar seu automóvel no interior da garagem cífico em crimes hediondos ou equiparados, somen-
de sua residência, Maria, descuidadamente, atropela o te poderá progredir de regime após a realização de
amigo André, que orientava a manobra, o qual sofre le- exame criminológico.
sões corporais de natureza leve. Durante a investigação (D) A Lei n. 13.964/2019, conhecida como Pacote An-
do fato, apura-se que Maria não possuía permissão ou ticrime, promoveu profundas alterações no marco
habilitação para dirigir veículos. Contudo, alguns dias normativo referente aos lapsos exigidos para o al-
depois do registro do fato, André comparece à Delegacia cance da progressão a regime menos gravoso na Lei
de Polícia e se retrata da representação anteriormente de Execução Penal. Porém, foram mantidas as dispo-
oferecida. sições do art. 2º, § 2º, da Lei n. 8.072/1990 (Lei dos
Sobre a situação hipotética descrita e as previsões do Có- Crimes Hediondos). Assim, a progressão de regime
digo de Trânsito Brasileiro, assinale a alternativa correta: de Marcos ocorrerá com o implemento de 3/5 da
(A) Maria poderá ser criminalmente responsabilizada pena referente ao tráfico de drogas.
por dirigir veículo automotor sem permissão ou ha-
bilitação, ou quando cassado o direito de dirigir, nos DIREITO PROCESSUAL PENAL
termos do art. 309 da Lei n. 9.503/1997.
LORENA OCAMPOS
(B) Passados seis meses do atropelamento, Maria pode-
rá ser criminalmente responsabilizada por lesão cor-
64
poral culposa na direção de veículo automotor, delito
João e José são candidatos ao cargo de síndico do Edifí-
previsto no art. 303 da Lei n. 9.503/1997.
cio Maravilha. Em uma reunião de condomínio, estando
(C) Em qualquer hipótese de lesão corporal culposa pra-
presentes cerca de 50 pessoas, João grita a seguinte fra-
ticada na direção de veículo automotor, a ação penal
se de caráter dúbio: “José tem tudo o que tem porque
será pública condicionada à representação da vítima.
pegou na mão grande”. José, ofendido, procura a tutela
(D) Sendo esse um delito de ação penal pública condi-
de seus direitos na Delegacia de Polícia competente e
cionada, como André se retratou da representação
contrata você como advogado. Diante do caso prático,
anteriormente oferecida, uma vez exaurido o prazo
assinale a alternativa correta.
decadencial de seis meses, Maria não poderá ser cri-
(A) José tem 6 meses para exercer o seu direito de quei-
minalmente responsabilizada pelo delito.
xa, contados do dia em que vier a saber quem é o
autor do crime.
63 (B) Em caso de morte de José, o direito de oferecer quei-
Marcos foi sentenciado, em 22 de março de 2022, a
xa ou prosseguir na ação passará ao seu cônjuge,
6 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pelo
descendente ou inventariante.
delito de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n.
(C) O pedido de instauração de inquérito policial sus-
11.343/2006), tendo sido reconhecida sua reincidência
pende o transcurso do prazo decadencial para pro-
devido a condenações definitivas anteriores pelos cri-
positura da queixa enquanto o inquérito não estiver
mes de furto qualificado pelo concurso de agentes (art.
relatado pela autoridade policial.
155, § 4º, IV, do Código Penal) e porte ilegal de arma
(D) Não é possível a propositura de queixa sem que te-
de fogo de uso restrito (art. 16 da Lei n. 10.826/2003).
nha sido instaurado previamente o inquérito policial.
Considerando a legislação em vigor e o caso hipotético
narrado, assinale a alternativa correta sobre a execução
da pena privativa de liberdade de Marcos:
(A) Com o advento do Pacote Anticrime, Lei n.
13.964/2019, não houve modificação quanto à natu-
reza hedionda do crime de porte de arma de fogo de
uso restrito, previsto no art. 16 da Lei n. 10.826/2003
(Estatuto do Desarmamento).
(B) Segundo a jurisprudência dos Tribunais Superiores,
deve ser reconhecida a retroatividade do patamar
estabelecido no art. 112, V, da Lei de Execução Penal,
àqueles apenados que, embora tenham cometido
crime hediondo ou equiparado sem resultado morte,
não sejam reincidentes em delito de natureza seme-
lhante. Logo, a progressão de Marcos quanto ao trá-
fico de drogas se dará com o alcance de 40% da pena.

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 5º Simulado OAB
65 67
André responde a inquérito policial por furto suposta-
mente praticado contra a vítima Joana. Consta dos autos
a subtração da bolsa e do celular da vítima, havendo re-
ferência de que apenas a bolsa foi apreendida e restitu-
ída a Joana. O celular não foi localizado, tendo a vítima
sofrido um prejuízo de aproximadamente R$ 1.000,00.
Com medo de não ser indenizada pela perda de seu
celular, Joana procura você, como advogado, para uma
consultoria jurídica. Você deverá esclarecer à vítima
que, nos termos do Código de Processo Penal, poderá
propor ação para que tenha o valor do bem restituído.
No entanto, impede a propositura de ação civil indeniza-
tória a decisão penal que
(A) julgar extinta a punibilidade de André.
(B) arquivar o inquérito policial que tramita con-
tra André.
(C) reconhecer a inexistência material do furto.
(D) absolver André em razão de o fato imputado não
constituir crime.
66 ção judicial, a guarnição policial ingressou na residência,
Pedro e Paulo, ambos devidamente identificados, foram
denunciados pela prática de um crime de receptação
(pena: 01 a 04 anos de reclusão e multa), não tendo o
Ministério Público requerido, por ocasião da denúncia,
decretação da prisão preventiva. No curso da ação pe-
nal, o magistrado verificou que Pedro possuiria diversas
condenações pela prática de crimes patrimoniais, sendo
reincidente em crime doloso. Já Paulo seria tecnicamen-
te primário, mas possuidor de maus antecedentes. Com
base nisso, o juiz decretou a prisão preventiva de ambos
os denunciados, apesar de ausência de requerimento do
Ministério Público. Considerando apenas as informações
expostas, é correto afirmar que
(A) as prisões são legais, pois o juiz, no curso do proces-
so penal, pode decretar, de ofício, a prisão preventi-
va dos acusados, diferente do que ocorre antes do
início da ação penal.
(B) as prisões são ilegais, mas, ainda que se trate de
crime punido com pena máxima não superior a 4
(quatro) anos, a prisão preventiva seria, em tese,
possível, diante da reincidência de Pedro e dos maus
antecedentes de Paulo.
(C) o juiz não poderá, de oficio, revogar a prisão preven-
tiva dos denunciados, caso verifique que não mais
subsistem os motivos que a justificaram, dependen-
do de provocação da parte.
(D) o decreto de prisão foi ilegal, apesar de, em tese,
ser possível a prisão de Pedro, por ser reincidente,
e não ser possível a de Paulo, por ser tecnicamente
primário.
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1ª Fase do Exame 36º
Mateus responde, preso preventivamente, a inquérito
policial conduzido pela Polícia Civil, que investiga a prá-
tica do crime de roubo, previsto no art. 157 do Código
Penal. Quanto ao prazo de duração, é correto dizer que
o inquérito em questão deve ser concluído no prazo de
(A) 15 dias, contados do dia em que foi executada a or-
dem de prisão.
(B) 30 dias, contados do dia em que foi executada a or-
dem de prisão, podendo ser prorrogado uma vez por
igual período.
(C) 90 dias, contados do dia em que foi executada a or-
dem de prisão.
(D) 10 dias, contados do dia em que foi executada a or-
dem de prisão.
68
Policiais militares estavam em patrulhamento de rotina,
quando avistaram Roberto e Ricardo que fugiram ao ver
a viatura policial, um dos quais entrou em sua residência.
Sem que houvesse denúncia anônima e sem autoriza-
momento em que se logrou apreender entorpecentes.
Apresentando a ocorrência na unidade de Polícia Judici-
ária, a guarnição policial fez constar que um vizinho teria
autorizado o ingresso na residência. Roberto e Ricardo
contratam você como advogado. Diante desse cenário, é
correto afirmar que a prisão é:
(A) ilegal, diante da ausência de prévia autorização judi-
cial para busca na residência.
(B) legal, por haver flagrante de crime permanente, o
que dispensa a prévia autorização judicial.
(C) legal, diante do consentimento válido do vizinho
para ingresso na residência.
(D) ilegal, pois a busca e apreensão não poderia ser exe-
cutada pela Polícia Militar.
 5º Simulado OAB
69 72
Marcos desferiu um soco no rosto de Roberta, na frente
dos filhos do casal, mas a vítima não compareceu à dele-
gacia de polícia após os fatos, nem mesmo buscou atendi-
mento no hospital, pois o ofensor a impediu. Apenas uma
semana depois a vítima conseguiu buscar ajuda e procurou
a delegacia de polícia para registro da ocorrência, mas não
foi encaminhada ao Instituto Médico Legal para a realiza-
ção do exame de corpo de delito, pois os vestígios do crime
já tinham desaparecido. Também não foi possível a realiza-
ção de exame indireto, já que não havia boletim ou pron-
tuário de atendimento médico, pois a vítima não pode ir
ao hospital anteriormente, já que o ofensor a impediu. No
caso em tela, estabelece o Código de Processo Penal que:
(A) a realização do exame de corpo de delito, em regra, é
facultativa, cabendo ao delegado de polícia decidir se
a vítima deve ser submetida à perícia e, em caso de
negativa da vítima, haverá sua condução coercitiva.
(B) não sendo possível o exame de corpo de delito, por
haverem desaparecido os vestígios, a prova testemu-
nhal poderá suprir-lhe a falta.
(C) como a infração deixou vestígios, é indispensável o
exame de corpo de delito direto, razão pela qual não
há como se provar a materialidade delitiva, exceto se
houver exame indireto por foto ou vídeo.
(D) como a infração deixou vestígios, é indispensável o
exame de corpo de delito, razão pela qual não há
como se provar a materialidade delitiva, exceto se
houver a confissão do investigado.
DIREITO DO TRABALHO
RAFAEL TONASSI
70 bano será computada como de cinquenta minutos e
Em relação às limitações de idade para o trabalho, é cor-
reto afirmar que há proibição de:
(A) trabalho penoso aos menores de dezesseis anos.
(B) trabalho na condição de aprendiz após os dezoi-
to anos.
(C) qualquer trabalho, inclusive na condição de apren-
diz, aos menores de quatorze anos.
(D) trabalho noturno, insalubre e perigoso aos menores
de vinte e um anos.
71 aquele que é executado entre às vinte e duas horas
Considerando-se que a CLT prevê requisitos para a con-
figuração da relação de emprego, é um dos elementos
essenciais da relação entre empregado e empregador,
previsto na CLT:
(A) a eventualidade na prestação dos serviços.
(B) o trabalho do empregado sujeito a controle de
horário.
(C) a remuneração paga por produtividade e desempe-
nho do empregado.
(D) a subordinação na prestação dos serviços.
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1ª Fase do Exame 36º
Para que as alterações das condições dos contratos in-
dividuais de trabalho sejam consideradas lícitas, é ne-
cessário que
(A) sejam comunicadas por escrito pelo empregador ao
empregado.
(B) decorram de mútuo consentimento, independente-
mente de prejuízo.
(C) decorram de mútuo consentimento e delas não de-
corram prejuízos nem para o empregado, nem para
o empregador.
(D) decorram de mútuo consentimento e delas não de-
corram prejuízos diretos ou indiretos ao empregado.
73
No que se refere aos períodos de repouso assegurados
ao empregado por lei, é incorreto afirmar:
(A) O descanso semanal remunerado terá duração de
vinte e quatro horas consecutivas e será concedido
preferencialmente aos domingos.
(B) O trabalho em domingo, seja total ou parcial, será
sempre subordinado à permissão prévia da autorida-
de competente em matéria de trabalho.
(C) Entre duas jornadas de trabalho, haverá um período
mínimo de descanso de dez horas consecutivas.
(D) Não excedendo de seis horas o trabalho, será obriga-
tório um intervalo de quinze minutos quando a dura-
ção ultrapassar quatro horas.
74
As normas trabalhistas regulamentam o trabalho notur-
no e as horas extraordinárias. Segundo tais normas,
(A) a hora do trabalho noturno para o trabalhador ur-
trinta segundos.
(B) a remuneração da hora extraordinária ou suplemen-
tar, que será, pelo menos, 25% (vinte cinco por cen-
to) superior à da hora normal.
(C) os gerentes que exercem cargos de gestão, bem
como os diretores e chefes de departamento ou fi-
lial também estão sujeitos ao regime de duração do
trabalho, recebendo pelo trabalho extraordinário su-
perior a 10 horas por dia.
(D) o trabalho noturno urbano será considerado como
de um dia e às cinco horas do dia seguinte.
 5º Simulado OAB
75 77
Nos contratos de trabalho comuns regidos pela CLT, após
cada período de 12 meses de vigência do contrato de
trabalho, considerando-se as faltas injustificadas no res-
pectivo período aquisitivo, o empregado terá direito a
férias, na proporção de
(A) 30 dias corridos, quando não houver faltado ao ser-
viço mais de 5 vezes.
(B) 22 dias corridos, quando houver tido de 6 a 20 faltas.
(C) 18 dias corridos, quando houver tido de 21 a 25
faltas.
(D) 14 dias corridos, quando houver tido de 26 a 30
faltas.
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
ARYANNA LINHARES
76
Lúcia Narizinho Arrebitado trabalhou por um ano e meio
para Reino das Águas Claras Lavanderia e foi dispensada
sem justa causa em agosto de 2021. Recebeu as verbas
rescisórias, mas verificou que algumas horas extras tra-
balhadas não foram pagas. Para defender seus direitos,
contratou um advogado que conseguiu fazer um acordo
com a ex-empregadora. Narizinho ficou bastante satis-
feita com o que foi combinado e a empresa também.
Sendo assim, as partes ajuizaram uma homologação de
acordo extrajudicial na Justiça do Trabalho, por meio de
uma petição conjunta assinada pelo advogado de cada
uma. Entretanto, o juiz se recusou a homologar o acordo
porque entendeu que o valor não era nada favorável à
Lúcia. Com base no que foi relatado, considerando o que
dispõe a CLT, marque a afirmativa correta.
(A) As partes deverão, quantas vezes necessário, propor
novamente a mesma ação, que será levada à livre
distribuição para outro juízo, até que consigam obter
a homologação.
(B) Da decisão que negou a homologação desejada cabe
recurso ordinário.
(C) O juiz do trabalho não está obrigado a homologar o
acordo, por esse motivo, nada mais poderá ser fei-
to com relação à demanda proposta, cabendo à ex-
-empregada propor uma reclamação trabalhista para
obter o pagamento das horas extras devidas.
(D) Não há previsão legal para esse tipo de demanda na
Justiça do Trabalho, por isso, o juiz agiu bem.
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1ª Fase do Exame 36º
Saci Pererê ingressou com reclamação trabalhista contra
Bolinhos de Polvilho do Sítio do Pica-Pau Amarelo Ltda.
Durante a audiência, foram ouvidos os depoimentos
pessoais de ambas as partes. Saci Pererê optou por não
produzir prova testemunhal, mas Bolinhos de Polvilho
do Sítio do Pica-Pau Amarelo levou 3 testemunhas que
estiveram todo o tempo dentro da sala de audiência e
foram ouvidas uma depois da outra, sem que as demais
se retirassem do ambiente. Com base no que prevê a
CLT, o advogado de Pererê deve:
(A) acatar, pois a medida atende aos princípios da celeri-
dade e da economia processual, sendo esse o proce-
dimento esperado.
(B) requerer a invalidação dos depoimentos.
(C) se o reclamante optou por não ouvir testemunhas,
o reclamado também não poderia indicar tes-
temunhas.
(D) requerer que seja adiada a audiência, para que o au-
tor possa produzir prova testemunhal.
78
Pirlimpimpim Pós Mágicos Ltda. contratou Emília, com
seus 17 anos de idade, para trabalhar na linha de acon-
dicionamento do pó de pirlimpimpim em saquinhos
especiais para exportação. Como Emília era malcria-
da, teimosa e “falava pelos cotovelos”, acabou não se
adaptando muito bem ao trabalho, o que acarretou sua
dispensa no dia seguinte à comemoração dos seus 18
anos. A empresa, então, efetuou o pagamento das ver-
bas rescisórias. Para o azar da ex-empregadora, algumas
horas extras trabalhadas ao longo do contrato não foram
pagas à Emília, justamente a ela, a boneca-gente taga-
rela. Emília, sem papas na língua, disse “poucas e boas”
para seu supervisor e, ao deixar as dependências da em-
presa, correu para contratar um advogado que pudesse
orientá-la quanto aos seus direitos. Você, na qualidade
de advogado de Emília, o que faria? Marque a afirmati-
va correta.
(A) Orientaria Emília a ajuizar a ação, pois, embora tenha
sido contratada ainda menor, não corre contra ela a
prescrição bienal, mas a quinquenal sim, iniciando-
-se a contagem a partir da data de sua dispensa.
(B) Recomendaria à Emília que ajuizasse a ação no prazo
de cinco anos contados da sua contratação, sob pena
de ter seu direito às horas extras prescrito.
(C) Explicaria à Emília que ela poderia ajuizar a ação a
qualquer tempo, pois, para empregado menor que
tenha trabalhado sempre nessa condição, como foi o
caso dela, não há prazo prescricional para ajuizamen-
to da ação.
(D) Explicaria à Emília que é possível ajuizar uma recla-
mação trabalhista e que a ação deve ser proposta no
prazo de dois anos contados da sua dispensa.
 5º Simulado OAB 1ª Fase do Exame 36º

79
Visconde de Sabugosa propôs reclamação trabalhista
em face de Laboratório do Porão Ltda. O processo já
se encontra na fase de execução. Laboratório do Porão
apresentou exceção de pré-executividade que, após
conferida vista à parte contrária, foi julgada procedente
pelo juiz. Este também reconheceu a nulidade da citação
e de todos os atos a ela subsequentes, determinando
que seja realizada nova citação para que o Laboratório,
querendo, conteste a demanda. Na qualidade de advo-
gado do Visconde de Sabugosa, considerando o disposto
na CLT, assinale qual recurso apresentaria para tentar re-
verter a decisão judicial.
(A) Recurso de Revista.
(B) Apelação.
(C) Recurso Ordinário.
(D) Agravo de Petição.

80
Há alguns dias, Marquês de Rabicó, morador de longa
data do Sítio do Pica-Pau Amarelo, foi ao seu escritório
e, confiando em seu trabalho, o contratou como advoga-
do. Rabicó desejava ajuizar uma reclamação trabalhista
em face de Reino das Abelhas Produção e Comércio de
Mel Ltda., uma das empresas da Abelha Rainha, mora-
dora também antiga da região, o que foi prontamente
realizado por você. Marcada a audiência, compareceram
as partes. Logo no início, o juiz constatou que não havia
procuração nos autos e você, rapidamente, requereu
que fosse registrado em ata que o Marquês o constituía
como procurador e ele anuiu em seguida. Com base no
caso apresentado e nos termos da CLT, assinale a afirma-
tiva correta.
(A) O mandato, no caso, é válido e os poderes são ape-
nas para o foro em geral.
(B) O mandato, no caso, é inválido, e seria necessário e
obrigatório o requerimento de prazo para juntada de
procuração.
(C) O mandato, no caso, é válido e os poderes são para o
foro em geral, bem como os especiais, dentre eles os
poderes para transigir.
(D) O mandato é válido apenas para a representação na
audiência, devendo os demais atos serem regulariza-
dos e juntada a procuração para atos futuros.

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 5º SIMULADO OAB
1ª FASE DO EXAME 36º

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C C C C C B C A A B
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D B B D C B C B D B
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B D C C A A A D A D
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C D C B D A C B D A
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
D A B A D C D B B D
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
D D A C A D C C B A
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
D D B A C D D A B C
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
D D C D A B B D D A

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 5º Simulado OAB
ÉTICA PROFISSIONAL
MARIA CHRISTINA
1 Advogados do Brasil, revela-se correto afirmar que
Meg é advogada e concomitantemente trabalha na junta
comercial do estado de Minas Gerais. Um dos seus clien-
tes postula o seu visto em atos constitutivos de pessoa
jurídica que pretende criar.
Diante dos fatos, assinale a opção correta:
(A) Meg deverá opor o visto conforme solicitado por seu
cliente na junta comercial de MG.
(B) Meg poderá opor o visto conforme solicitado por seu
cliente na junta comercial de MG.
(C) Meg não poderá opor o visto conforme solicitado por
seu cliente em nenhuma junta comercial de MG.
(D) Meg não possui qualquer impedimento para opor
visto perante contratos registrados na junta co-
mercial.
Letra c.
Como Meg trabalha na junta comercial de MG, ela es-
tará impedida de opor visto apenas na junta comercial
de MG, estando liberada nas demais juntas comerciais.
2 Cecília outorgou procuração para sua advogada Maria
Nos termos das normas do Regulamento Geral do Esta-
tuto da Advocacia e da OAB, o Estágio Profissional de
Advocacia é requisito para inscrição no quadro de esta-
giários da OAB, sendo correto afirmar:
(A) Será exercido nos dois últimos anos do curso por 4
anos improrrogáveis.
(B) O militar, estudante de direito, poderá requerer a
inscrição nos quadros de estágios da OAB como re-
quisito de conclusão do curso.
(C) O estágio deve ter carga horária mínima de 300 horas
distribuídas em dois anos de atividade.
(D) Pode ocorrer a complementação de carga horária em
escritórios sem credenciamento junto à OAB.
Letra c.
(A) Errado. Prazo improrrogável de 3 anos.
(B) Errado. O militar, apesar de poder advogar hoje em
causa própria, não poderá se inscrever nos quadros de
estagiários da OAB.
(C) Certo. Estágio com 300 horas no mínimo nos dois úl-
timos anos do curso.
(D) Errado. Deve ter credenciamento.
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1ª Fase do Exame 36º
3
Nos termos do Regulamento Geral do Estatuto da Advo-
cacia e da OAB quanto ao patrimônio pela Ordem dos
(A) a alienação de bem imóvel é ato da Diretoria do Con-
selho Federal da OAB.
(B) a oneração de bem imóvel é ato da Diretoria do Con-
selho Federal da OAB.
(C) a aquisição de bem imóvel é ato da Diretoria do Con-
selho Federal da OAB.
(D) a alienação de bem móvel é ato do pleno do Conse-
lho Federal da OAB.
Letra c.
(A) Errado. Alienação de bem imóvel é ato do ple-
no do CFOAB.
(B) Errado. Oneração de bem imóvel é ato do ple-
no do CFOAB.
(C) Certo. Aquisição de bem imóvel é ato da direto-
ria do CFOAB.
(D) Errado. Alienação de bem móvel é ato da direto-
ria do CFOAB.
4
Fernanda para que ela pudesse atuar em seu nome.
Posteriormente, a advogada substabeleceu todos os
poderes que lhe foram conferidos ao advogado Marcus
Vinícius.
Diante dos fatos, assinale a alternativa correta:
(A) O substabelecimento é ato pessoal do advogado,
sendo dispensada a notificação ao cliente.
(B) O substabelecimento impede que a advogada Ma-
ria Fernanda receba eventuais honorários de su-
cumbência.
(C) O substabelecimento do mandato sem reserva de
poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento
do cliente.
(D) Diante do substabelecimento sem reserva de pode-
res, será devido ao antigo advogado apenas os hono-
rários sucumbenciais de forma integral.
Letra c.
(A) Errado. Substabelecimento sem reserva deve ser
notificado.
(B) Errado. Recebe proporcional à atuação.
(C) Certo. Deve avisar.
(D) Errado. Ambos de forma proporcional.
 5º Simulado OAB
5 Letra b.
João da Silva está sendo indiciado pelo esquartejamen-
to de seu filho de apenas dois anos de idade. Diante da
gravidade dos fatos, acabou por contratar o Dr. Paulo
Gustavo na qualidade de advogado para que realize sua
defesa criminal. O suposto crime gerou uma grave reper-
cussão pública.
Considerando os fatos narrados, assinale a alternati-
va correta.
(A) O advogado deverá renunciar a causa tendo em vista
a gravidade dos atos imputados para que a defenso-
ria pública possa assumi-la.
(B) É direito e dever do advogado assumir a defesa crimi-
nal, considerando sua própria opinião sobre a culpa
do acusado.
(C) É direito e dever do advogado assumir a defesa crimi-
nal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa
do acusado.
(D) Nem toda causa criminal é digna de defesa quando
viola a moral particular do próprio advogado.
Letra c.
(A) Errado. Não, nenhuma causa é indigna de defesa.
(B) Errado. Não, nenhuma causa é indigna de defesa.
(C) Certo. Art. 23 do CED.
(D) Errado. Não, nenhuma causa é indigna de defesa.
6 funções em órgãos da OAB ou representar a classe
Patrícia Dreyer presta serviços advocatícios de forma
eventual e gratuita em favor de uma Instituição Social,
sem fins econômicos, voltada para crianças e adolescen-
tes vítimas de abusos e maus tratos.
Diante da situação apresentada, assinale a alternati-
va correta.
(A) Considera-se advocacia pro bono a prestação gratui-
ta, eventual e voluntária de serviços jurídicos em fa-
vor apenas de pessoas físicas que não dispuserem de
recursos para a contratação de profissional.
(B) Considera-se advocacia  pro bono a prestação gra-
tuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos em
favor de instituições sociais sem fins econômicos e
aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não
dispuserem de recursos para a contratação de pro-
fissional.
(C) Considera-se advocacia pro bono a prestação gratui-
ta, eventual e voluntária de serviços jurídicos em fa-
vor de instituições sociais sem fins econômicos e aos
seus assistidos, mesmo que os beneficiários dispo-
nham de recursos para a contratação de profissional.
(D) A advocacia pro bono pode ser utilizada para fins
político-partidários ou eleitorais desde que seja para
beneficiar instituições sociais e desde que não seja
utilizada como instrumento de publicidade para cap-
tação de clientela.
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1ª Fase do Exame 36º
(A) Errado. Pessoa física ou jurídica.
(B) Certo. Art. 30, CED.
(C) Errado. Desde que não disponha de recursos.
(D) Errado. Não pode ser utilizada.
7
Nilton Coutinho é advogado militante na área de Direito
Ambiental e foi eleito Conselheiro pela Seccional do Dis-
trito Federal, tendo tomado posse no ano de 2020. Em
2021 adquiriu um bem imóvel da sua própria seccional
e passou a ministrar aulas remuneradas na Escola Supe-
rior de Advocacia.
Diante dos fatos apresentados, assinale a alternati-
va correta.
(A) Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou
funções em órgãos da OAB ou representar a classe
junto a quaisquer instituições, órgãos ou comissões,
públicos ou privados, adquirir bens imóveis ou mó-
veis da OAB nem o exercício remunerado de ativida-
de de magistério na Escola Nacional de Advocacia.
(B) O advogado, enquanto exercer cargos ou funções de
direção em órgãos da OAB, não poderá adquirir bens
imóveis ou móveis da OAB nem o exercício remune-
rado de atividade de magistério na Escola Nacional
de Advocacia.
(C) Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou
junto a quaisquer instituições, órgãos ou comissões,
públicos ou privados, adquirir bens imóveis ou mó-
veis da OAB, mas não haverá impedimento para o
exercício remunerado de atividade de magistério na
Escola Nacional de Advocacia.
(D) Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou
funções em órgãos da OAB ou representar a classe
junto a quaisquer instituições, órgãos ou comissões,
públicos ou privados, adquirir bens imóveis ou mó-
veis da OAB nem o exercício remunerado nas Bancas
do Exame de Ordem.
Letra c.
(A) Errado. Pode o exercício remunerado do magisté-
rio na ESA.
(B) Errado. Pode o exercício remunerado do magisté-
rio na ESA.
(C) Certo. Art. 32 do CED.
(D) Errado. Pode o exercício remunerado em banca do
Exame de Ordem.
 5º Simulado OAB
8 FILOSOFIA DO DIREITO
Eugênio Brugger, advogado e Presidente da Seccional do
estado de Rondônia, acabou apresentando recurso em
processo disciplinar de um advogado.
Diante dessa situação hipotética, assinale a alternati-
va correta.
(A) Os dirigentes das Seccionais são legitimados a inter-
por recursos nos processos em trâmite perante os
órgãos da OAB.
(B) Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou
funções em órgãos da OAB ou tiver assento, em qual-
quer condição, nos seus Conselhos, atuar em proces-
sos que tramitem perante a entidade nem oferecer
pareceres destinados a instruí-los.
(C) Não poderá o advogado, em hipótese alguma, en-
quanto exercer cargos ou funções em órgãos da OAB
ou tiver assento, em qualquer condição, nos seus
Conselhos, atuar em processos que tramitem peran-
te a entidade nem oferecer pareceres destinados a
instruí-los.
(D) Não poderá o advogado, nem em causa própria, en-
quanto exercer cargos ou funções em órgãos da OAB
ou tiver assento, em qualquer condição, nos seus
Conselhos, atuar em processos que tramitem peran-
te a entidade nem oferecer pareceres destinados a
instruí-los.
Letra a.
(A) Certo. Art. 33, CED.
(B) Errado. Em causa própria pode.
(C) Errado. Em causa própria pode.
(D) Errado. Em causa própria pode.
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1ª Fase do Exame 36º
ODAIR JOSÉ
9
Michel Foucault, na sua obra Vigiar e Punir, destaca o
poder disciplinar como uma das formas mais precisas
de dominação, porque não limitada ao uso do aparelho
estatal, mas disseminada na estrutura da própria socie-
dade. Mas para que a disciplina ocorra, são necessários
três instrumentos.
Assinale a opção que, segundo o autor no livro em refe-
rência, expressa os instrumentos utilizados para que a
disciplina ocorra.
(A) Vigilância hierárquica, sanção normalizadora, exame.
(B) Sanção normalizada, violência disciplinadora, nor-
mas jurídicas rígidas.
(C) Direito penal, sanção retributiva, exame disciplinar.
(D) Normas estatais, instituições de poder social, vigilân-
cia institucional.
Letra a.
Para Foucault o poder se manifesta não apenas pela
macroestrutura das instituições, mas está presente na
própria estrutura da sociedade e se espraia nas relações
como um todo. A dominação operada não ocorre em
razão da presença constante de um macro poder, mas
porque se operou uma disciplina que se inicia desde a
infância dos indivíduos nas mais diversas instituições de
que faz parte, como a família e a escola. Assim, essa dis-
ciplina é possível em razão da vigilância hierárquica, da
sanção normalizadora e do exame a que os indivíduos
são submetidos.
 5º Simulado OAB
10 DIREITO CONSTITUCIONAL
“A diferença entre princípios e regras jurídicas é de na-
tureza lógica. Os dois conjuntos apontam para decisões
particulares acerca da obrigação jurídica em circunstân-
cias específicas, mas distinguem-se quanto à natureza
da orientação que oferecem”.
DWORKIN, Ronald. Levando os direitos à sério. São Paulo: Mar-
tins Fontes, 2002, p. 39).
Ronald Dworkin é responsável por introduzir uma com-
preensão da norma jurídica que se diferencia da con-
cepção juspositivista dominante. Nos termos do pensa-
mento do autor, assinale a opção correta quanto a sua
concepção acerca das normas jurídicas.
(A) Os princípios se diferenciam das regras por serem
aqueles dotados de baixa densidade normativa.
(B) As regras são aplicáveis à maneira do tudo ou nada,
ao passo que os princípios são aplicados mediante
juízo de ponderação.
(C) Os princípios são normas gerais e possuem função
supletiva, ao passo que as regras regulam a conduta
em abstrato e permitem maior segurança jurídica na
sua aplicação.
(D) Os princípios são normas exigíveis somente quando
expressos diretamente na ordem jurídica, ao passo
que as regras podem ser usadas para resolver pro-
blemas de lacunas por meio da analogia.
Letra b.
(A) Errado. Essa concepção de que os princípios são do-
tados de baixa densidade normativa é de compreensão
juspositivista, criticada por Dworkin.
(B) Certo. Responde exatamente ao que defende
Dworkin sobre regras e princípios, as primeiras são es-
truturadas hierarquicamente e, quando entram em con-
flito, uma deverá ser derrogada para que a outra seja
aplicada, ao passo que os princípios não são estrutura-
dos hierarquicamente, por isso são aplicados mediante
juízo de ponderação.
(C) Errado. A alternativa vai na mesma direção da alter-
nativa A, referem-se a uma compreensão dos princípios
presentes na versão juspositivista.
(D) Errado. Os princípios, na concepção de Dworkin,
não são exigíveis somente quando expressos na or-
dem jurídica.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
1ª Fase do Exame 36º
ANA PAULA BLAZUTE
11
O Governador do Estado Alfa foi intimado, pelo Tribu-
nal de Justiça local, de acórdão proferido pelo colegia-
do competente, o qual, com fundamento na isonomia,
confirmou sentença de primeiro grau e determinou o
reajuste dos vencimentos dos servidores públicos esta-
duais, com base no índice federal de correção monetá-
ria utilizado, por determinação legal, para os servidores
federais.
À luz da narrativa acima, responda a alternativa correta:
(A) O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado Alfa é
compatível com a ordem constitucional.
(B) O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado Alfa não é
compatível com a ordem constitucional, visto que ao
utilizar, para os servidores estaduais, o índice de cor-
reção monetária empregado para os servidores fe-
derais, o acórdão afrontou a vedação constitucional
à vinculação de espécies remuneratórias e a medida
cabível seria uma ADPF por violar súmula vinculante.
(C) O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado Alfa não é
compatível com a ordem constitucional, visto que ao
utilizar, para os servidores estaduais, o índice de cor-
reção monetária empregado para os servidores fe-
derais, o acórdão afrontou a vedação constitucional
à vinculação de espécies remuneratórias e a medida
cabível seria uma ADI por violar súmula vinculante.
(D) O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado Alfa não
é compatível com a ordem constitucional, visto que
ao utilizar, para os servidores estaduais, o índice de
correção monetária empregado para os servidores
federais, o acórdão afrontou a vedação constitucio-
nal à vinculação de espécies remuneratórias e a me-
dida cabível seria uma Reclamação por violar súmula
vinculante.
Letra d.
Ao utilizar, para os servidores estaduais, o índice de cor-
reção monetária empregado para os servidores federais,
o acórdão afrontou a vedação constitucional à vincula-
ção de espécies remuneratórias (art. 37, inciso XIII, da
CRFB/88). A medida constitucional cabível, nos termos
do art. 103-A, § 3º, da CRFB/88, ou do art. 7º, caput, da
Lei n. 11.417/2006, ou do art. 988, inciso III, do CPC, é
a reclamação, pois restou violada a Súmula Vinculante
42 do STF.
 5º Simulado OAB
12 13
Com o objetivo de estimular o crescimento econômico e
aumentar a oferta de empregos, a Lei n. XX, do Município
Alfa, grande metrópole brasileira, dispôs que os órgãos
administrativos, ao analisarem os requerimentos de
instalação de indústrias no território do Município, não
devem solicitar quaisquer documentos que possam pos-
tergar a concessão da licença. Entre esses documentos,
foi expressamente mencionada a análise técnica prévia
da atividade que tenha potencial para causar grave de-
gradação ambiental. Inconformado com essa situação,
o Partido Político WW, que conta com representação no
Senado Federal, solicitou que seu(sua) advogado(a) res-
pondesse aos questionamentos a seguir.
(A) A Lei n. XX, do Município Alfa, é materialmente com-
patível com a Constituição da República de 1988.
(B) A Lei n. XX, do Município Alfa, é materialmente in-
compatível com a Constituição da República de 1988,
por violar a exigência de que seja apresentado es-
tudo prévio de impacto ambiental para a instalação
dessa espécie de atividade, sendo cabível o ajuiza-
mento da arguição de descumprimento de preceito
fundamental (ADPF).
(C) A Lei n. XX, do Município Alfa, é materialmente in-
compatível com a Constituição da República de 1988,
por violar a exigência de que seja apresentado es-
tudo prévio de impacto ambiental para a instalação
dessa espécie de atividade, sendo cabível o ajuiza-
mento da ADI.
(D) A Lei n. XX, do Município Alfa, é materialmente in-
compatível com a Constituição da República de 1988,
por violar a exigência de que seja apresentado es-
tudo prévio de impacto ambiental para a instalação
dessa espécie de atividade, sendo cabível o ajuiza-
mento da reclamação.
Letra b.
A Lei n. XX do Município Alfa é materialmente incons-
titucional por violar a exigência de que seja apresenta-
do estudo prévio de impacto ambiental para a instala-
ção dessa espécie de atividade, nos termos do art. 225,
§ 1º, inciso IV, da CRFB/88. É cabível o ajuizamento de
arguição de descumprimento de preceito fundamental,
consoante o art. 1º, parágrafo único, inciso I, da Lei n.
9.882/1999.
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1ª Fase do Exame 36º
Eugênio, oficial de justiça, recebeu determinação judi-
cial para que procedesse à busca e apreensão de de-
terminado objeto que estava no interior da residência
de Roberta.
À luz dos balizamentos estabelecidos exclusivamente
na sistemática constitucional e partindo-se da premissa
de que foram cumpridas as exigências da lei processu-
al, Eugênio:
(A) pode cumprir o mandado em qualquer horário do dia
ou da noite, independentemente do dia da semana.
(B) precisa cumprir o mandado durante o dia, indepen-
dentemente do dia da semana.
(C) pode cumprir o mandado em qualquer horário do
dia ou da noite, mas apenas em dias úteis.
(D) só pode ingressar na residência de Roberta com o
consentimento desta última.
Letra b.
Art. 5º, XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, nin-
guém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre,
ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determi-
nação judicial;
14
Rafael, que jamais deixara de votar em uma eleição,
cumprindo fielmente os seus deveres cívicos, tomou
conhecimento de que o Prefeito Municipal estava rea-
lizando diversos gastos de forma irregular, sem a prévia
realização de processo licitatório e sem qualquer motivo
idôneo à contratação direta.
Com o objetivo de responsabilizar o Prefeito pelos da-
nos causados ao patrimônio público, Rafael procurou
um advogado e solicitou que fosse informado da ação
que poderia ajuizar.
À luz da sistemática constitucional, essa ação é:
(A) o mandado de segurança.
(B) a ação penal.
(C) o mandado de injunção.
(D) a ação popular.
Letra d.
Art. 5º, LXXIII, da CF/88 – qualquer cidadão é parte le-
gítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais
e do ônus da sucumbência;
 5º Simulado OAB
15 17
O partido político “X”, que não possui representação no
Congresso Nacional,
(A) poderá propor ação declaratória de constitucionali-
dade e também, quando cabível, impetrar mandado
de segurança coletivo.
(B) não poderá propor ação direta de inconstitucionali-
dade, mas poderá, quando cabível, impetrar manda-
do de segurança coletivo.
(C) não poderá propor ação direta de inconstitucionali-
dade nem impetrar mandado de segurança coletivo.
(D) não poderá propor ação declaratória de constitu-
cionalidade, mas poderá, quando cabível, impetrar
mandado de segurança coletivo.
Letra c.
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucio-
nalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
VIII – partido político com representação no Congres-
so Nacional;
Art. 5°, LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser
impetrado por:
a) partido político com representação no Congres-
so Nacional;
16 Direitos Humanos, você deve informá-la que:
I – Nilton é Vice-Presidente da República.
II – Roberta é Presidente do Senado Federal.
III – Maria é Presidente do Supremo Tribunal Federal.
IV – Florência é Presidente do Superior Tribunal
de Justiça.
De acordo com as informações fornecidas, são cargos
privativos de Brasileiros Natos, dentre as pessoas acima
apontadas, apenas
(A) Nilton e Roberta.
(B) Nilton, Roberta e Maria.
(C) Roberta, Maria e Florência.
(D) Nilton, Roberta, Maria e Florência.
Letra b.
Art. 12, § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I – de Presidente e Vice-Presidente da República;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas.
VII – de Ministro de Estado da Defesa.
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1ª Fase do Exame 36º
É admissível, à luz da Constituição Federal, que medida
provisória disponha sobre
(A) nacionalidade.
(B) finanças públicas.
(C) majoração de impostos.
(D) processo civil.
Letra c.
Art. 62, § 1º, I – Dispõe que é vedada a edição de medida
provisória sobre nacionalidade, finanças e processo civil.
Não há vedação em relação à majoração de impostos,
salvo casos específicos previstos na CF.
DIREITOS HUMANOS
ALICE ROCHA
18
Ana Luísa se mudou recentemente para o prédio de Pe-
dro, que é protestante e gosta de ouvir hinos religiosos
todas as manhãs. Incomodada com os hinos que muitas
vezes são difundidos do carro de Pedro estacionado no
estacionamento do prédio, Ana Luísa procura você, como
advogado, em busca de auxílio a respeito da situação.
Com base no estabelecido pela Declaração Universal dos
(A) é assegurada a liberdade religiosa a Pedro, desde
que exercida no âmbito privado de sua residência.
(B) a liberdade de manifestação de religião ou crença
pode ser assegurada em âmbito público ou privado.
(C) os direitos e as liberdades estabelecidos na Declara-
ção podem ser usufruídos por qualquer pessoa com
capacidade de obedecer aos preceitos de sua religião.
(D) Pedro tem direito à liberdade de religião e crença
por já estar residindo no prédio antes da chegada de
Ana Luísa.
Letra b.
Conforme o artigo XVIII da Declaração:
Artigo XVIII. Todo ser humano tem direito à liberdade
de pensamento, consciência e religião, esse direito
inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a
liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo
ensino, pela prática, pelo culto em público ou em par-
ticular.
Sendo assim:
(A) Errado. Não há restrição ao espaço privado de sua
residência.
(C/D) Errado. Não existe restrição em relação à capaci-
dade de obediência aos ritos religiosos ou aspecto tem-
poral de manifestação da crença.
 5º Simulado OAB
19 DIREITO INTERNACIONAL
Cleide possui um filho que está internado em estabele-
cimento público para pessoas portadoras de transtornos
mentais. Buscando conhecer um pouco mais sobre o
tema, Cleide passa a estudar a Lei n. 10.216/2001, que
dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas porta-
doras de transtornos mentais e direciona o modelo as-
sistencial em saúde mental. A respeito do tema, Cleide
vai aprender que:
(A) de acordo com o princípio da publicidade, as infor-
mações prestadas sobre o estado de saúde de seu
filho não podem ser sigilosas.
(B) a internação de seu filho deve ser classificada como
involuntária, tendo em vista que foi realizada com o
consentimento dele.
(C) os direitos e a proteção das pessoas acometidas de
transtorno mental, de que trata esta Lei, poderão ter
diferenciação a depender da raça, cor, sexo, orien-
tação sexual, religião, opção política, nacionalidade,
idade, família, recursos econômicos e ao grau de gra-
vidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou
qualquer outra.
(D) deve exigir do Estado o desenvolvimento de políti-
ca de saúde mental, de assistência e de promoção
de ações de saúde aos portadores de transtornos
mentais, com a devida participação da sociedade e
da família, a qual será prestada em estabelecimen-
to de saúde mental, assim entendidas as instituições
ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos
portadores de transtornos mentais.
Letra d.
De acordo com o artigo 3º da Lei n. 10.216/2001, o Es-
tado tem a responsabilidade de desenvolver tais políti-
cas e ações.
(A) Errado, tendo em vista a necessidade de sigilo de tais
informações (art. 2º, § único, IV, da lei).
(B) Errado, visto que com o consentimento à internação
é voluntário.
(C) Errado, visto que não pode haver a discriminação
apontada na alternativa.
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1ª Fase do Exame 36º
ALICE ROCHA
20
Juan, colombiano de 37 anos, resolveu recomeçar sua
vida no Brasil solicitando para tal um pedido de autori-
zação de residência em 2021. Todavia, devido à situação
da pandemia do Covid-19, a análise do pedido de Juan
ainda está pendente e ele deseja viajar por alguns dias
para a Colômbia para buscar seus últimos pertences. Re-
ceoso de sua situação, Juan consulta Elaine, advogada
especialista que, de acordo com a Lei n. 13.445/2017,
deve informá-lo que:
(A) não deve viajar enquanto seu pedido de autorização
de residência estiver pendente.
(B) pode sair e reingressar no Brasil mesmo enquanto
pendente seu pedido de autorização de residência.
(C) deverá cancelar seu pedido até que retorne ao Brasil.
(D) deverá solicitar a suspensão do pedido até que retor-
ne ao Brasil.
Letra b.
Conforme o artigo 4º, XV, da Lei n. 13.445/2017:
Art. 4º. Ao migrante é garantida no território nacio-
nal, em condição de igualdade com os nacionais, a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igual-
dade, à segurança e à propriedade, bem como são
assegurados:
(...)
XV – direito de sair, de permanecer e de reingressar
em território nacional, mesmo enquanto pendente
pedido de autorização de residência, de prorrogação
de estada ou de transformação de visto em autoriza-
ção de residência;
 5º Simulado OAB
21 (C) O imposto é inconstitucional, tendo em vista que não
Antônio, alemão domiciliado no Rio de Janeiro há muitos
anos, faleceu em acidente de moto quando apreciava a
praia de Copacabana, deixando duas filhas, uma de 20
e outra 22 anos. A filha mais velha residia com Antônio,
mas a mais nova resolveu se mudar para a Alemanha
com a mãe na ocasião do divórcio do casal há 5 anos. An-
tônio deixou vários bens, dentre eles dois apartamentos
em Copacabana e uma casa na Alemanha.
Em relação à sucessão de Antônio, assinale a afirmati-
va correta:
(A) Se o inventário de Antônio for processado no Brasil,
sua sucessão deverá ser regulada pela lei alemã, que
é a lei de nacionalidade de Antônio.
(B) A capacidade da filha mais velha para sucedê-lo será
regulada pela lei brasileira.
(C) A capacidade da filha mais velha para sucedê-lo será
regulada pela lei alemã.
(D) O inventário de Antônio não poderá ser processado
no Brasil, em razão de existirem bens a partilhar na
Alemanha.
Letra b.
De acordo com o artigo 10, § 2º, da LINDB: “A lei do
domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade
para suceder.”
DIREITO TRIBUTÁRIO
MARIA CHRISTINA
22
O Presidente da República, diante da iminência de guer-
ra contra a China, editou uma Medida Provisória de-
terminando a instituição do imposto extraordinário de
guerra com cobrança imediata e tendo como fato gera-
dor o faturamento das empresas. Diante do caso, assina-
le a alternativa correta.
(A) O imposto é inconstitucional, tendo em vista que não
poderia ter sido instituído por meio de medida pro-
visória, mas sim por lei ordinária e por ter fato gera-
dor idêntico ao do IRPJ, ocasionando situação de bis
in idem.
(B) O imposto é inconstitucional, tendo em vista que
apesar de poder ser instituído por meio de medida
provisória, não poderia ter fato gerador idêntico ao
do IRPJ sob pena de bis in idem.
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1ª Fase do Exame 36º
poderia ter sido instituído por meio de medida pro-
visória, mas sim por lei ordinária e por não poder ser
cobrado de imediato, uma vez que deve obediência
aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal.
(D) O imposto é constitucional, tendo em vista que pode
ser instituído por meio de medida provisória e por
ser uma exceção constitucionalmente permitida
de bis in idem.
Letra d.
(A) Errado. Pode por MP e é a única exceção de bis in
idem constitucional permitida.
(B) Errado. Única exceção de bis in idem constitucional
permitida.
(C) Errado. Pode ser por MP por ser matéria de LO.
(D) Certo. Art. 154, II, da CF, e 76 do CTN.
23
A pessoa jurídica X, na condição de importadora de pro-
dutos industrializados, ajuizou medida judicial pleitean-
do a restituição de valores pagos a título de Imposto so-
bre Produtos Industrializados (IPI). No caso em questão,
o contribuinte pagou o tributo em operação de revenda
por ocasião da saída de seu estabelecimento e entendeu
que o pagamento foi feito indevidamente, uma vez que
não houve processo de industrialização no Brasil. Em seu
pleito, a pessoa jurídica X requereu, em sede de ante-
cipação de liminar, a compensação dos valores pagos a
título de IPI, objeto de contestação.
Diante do caso, assinale a opção correta.
(A) A ausência de operação de industrialização no Bra-
sil inviabiliza a cobrança do IPI na revenda pelo im-
portador.
(B) É impossível requerer, em sede de liminar, a compen-
sação de eventual tributo pago indevidamente.
(C) É devido o pagamento do IPI na importação, mesmo
diante da ausência de operação de industrialização
no Brasil.
(D) Pessoa física que realiza a importação de um único
bem para consumo próprio não deverá pagar o IPI.
Letra c.
(A) Errado. Na importação por pessoa física ou jurídica é
devido IPI na importação.
(B) Errado. Pode pedir para compensar em liminar. O art.
7, § 2°, da Lei n. 12.016 de 2009 foi declarado incons-
titucional.
(C) Certo. Art. 46, I, e 51, I, do CTN.
(D) Errado. Importou? Lascou-se.
 5º Simulado OAB
24 (C) A isenção ou não incidência de ICMS implicará cré-
Marcelo, desejando integralizar sua parte no capital so-
cial da sociedade empresária da qual é sócio, buscou
transmitir imóvel de sua propriedade, de alto valor, para
a sociedade empresária, cuja atividade preponderante é
a de locação de imóveis. Ele ficou surpreso ao verificar
que havia cobrança do Imposto de Transmissão de Bens
Imóveis (ITBI) e, mais admirado ainda, com a aplicação
de alíquota superior àquela aplicada a outros imóveis de
menor valor, em razão da existência de lei municipal or-
dinária estabelecendo alíquotas progressivas do ITBI em
função do valor do imóvel.
Diante desse cenário, assinale a alternativa correta.
(A) É inconstitucional a cobrança de ITBI sobre a transfe-
rência de imóveis de Marcelo para a empresa com o
intuito de integralizar o capital social por ser deten-
tora de imunidade.
(B) É constitucional a estipulação de alíquotas progres-
sivas de ITBI, conforme o princípio da capacidade
economia.
(C) É constitucional a cobrança de ITBI no caso posto já
que a operação não é amparada por imunidade.
(D) É inconstitucional a cobrança de ITBI sobre a trans-
ferência de imóveis de Marcelo para a empresa com
o intuito de integralizar o capital social por ser de-
tentora de imunidade, bem como a estipulação de
alíquotas progressivas.
Letra c.
(A) Errado. Não tem imunidade já que a atividade é
de locação.
(B) Errado. Súmula 656 do STF. É inconstitucional as alí-
quotas progressivas de ITBI.
(C) Certo. Art. 156, § 2°, I, da CF, e 37 do CTN.
(D) Errado. Não tem imunidade já que a atividade é de
locação e não pode ter alíquotas progressivas.
25 (D) As entidades de assistência social diante da imunida-
Considerando os aspectos aplicados ao ICMS, no que
diga respeito ao princípio da legalidade, da anteriorida-
de e dos casos de imunidade tributária, assinale a op-
ção correta.
(A) Em regra, o ICMS é considerado um imposto plurifá-
sico, mas a própria CF prevê hipótese excepcional de
incidência monofásica do ICMS no caso da incidência
do imposto sobre o combustível apenas no estado de
consumo.
(B) O ICMS poderá ser não cumulativo, compensando-se
o que for devido em cada operação relativa à circu-
lação de mercadorias ou prestação de serviços com
o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal.
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1ª Fase do Exame 36º
dito para compensação com o montante devido nas
operações ou prestações seguintes.
(D) O ICMS será seletivo, em função da essencialidade
das mercadorias e dos serviços.
 
Letra a.
(A) Certo. Art. 155, § 4°, da CF.
(B) Errado. Não implica em crédito, pois não houve
pagamento.
(C) Errado. Não implica em crédito para compensar, pois
não houve pagamento.
(D) Errado. Poderá ser seletivo.
26
A entidade beneficente de assistência social Associação
Lar das Crianças, devidamente registrada e cumprindo
todos os requisitos legais para o gozo de imunidade tri-
butária, requereu à Receita Federal o reconhecimento
de imunidade tributária, de forma retroativa, quanto às
contribuições para a seguridade social. O Fisco federal
negou o pedido, afirmando que a imunidade tributária
das entidades beneficentes de assistência social somen-
te abarcava impostos.
Diante da situação, assinale a alternativa correta.
(A) As entidades beneficentes de assistência social po-
dem ter a imunidade reconhecida de forma retro-
ativa desde que comprovem a reversão integral do
dinheiro nas finalidades essenciais da instituição.
(B) As entidades beneficentes de assistência social não
fazem jus ao reconhecimento de imunidade tributá-
ria quanto a contribuições para a seguridade social,
tendo em vista a não comprovação da reversão do
dinheiro auferido nas finalidades essenciais.
(C) As entidades beneficentes de assistência social pos-
suem imunidade apenas de impostos sobre o patri-
mônio, renda e serviços.
de não devem cumprir com as obrigações acessórias.
Letra a.
(A) Certo. Súmula 612 do STJ.
(B) Errado. Imunidade de impostos sobre patrimônio,
renda e serviços e de contribuições para seguridade.
(C) Errado. Imunidade de impostos sobre patrimônio,
renda e serviços e de contribuições para seguridade.
(D) Errado. Devem cumprir as obrigações acessórias.
 5º Simulado OAB
DIREITO ADMINISTRATIVO
GUSTAVO BRÍGIDO
27 administrativo, que tem como princípios basilares: a su-
João sofreu perseguição política do Estado brasileiro
durante o Regime Militar, especificamente no contexto
da década de 1970. Instigado por amigos, procura você
para que, na qualidade de advogado(a), oriente acerca
da possibilidade de ajuizamento de ação indenizatória.
Com base nos mais recentes entendimentos jurispru-
denciais, é correto orientar que
(A) são imprescritíveis as ações indenizatórias por danos
morais e materiais decorrentes de atos de persegui-
ção política com violação de direitos fundamentais
ocorridos durante o regime militar.
(B) são prescritíveis as ações indenizatórias por danos
morais e materiais decorrentes de atos de persegui-
ção política com violação de direitos fundamentais
ocorridos durante o regime militar.
(C) São imprescritíveis as ações indenizatórias, desde
que por danos morais, decorrentes de atos de perse-
guição política com violação de direitos fundamen-
tais ocorridos durante o regime militar.
(D) São imprescritíveis as ações indenizatórias, desde
que por danos materiais, decorrentes de atos de per-
seguição política com violação de direitos fundamen-
tais ocorridos durante o regime militar.
Letra a.
Súmula 647 – STJ. DIREITO ADMINISTRATIVO – ANISTIA
POLÍTICA. São imprescritíveis as ações indenizatórias por
danos morais e materiais decorrentes de atos de perse-
guição política com violação de direitos fundamentais
ocorridos durante o regime militar. (PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 10/03/2021, DJe 15/03/2021)
28 ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. A autoridade adminis-
Princípios são proposições básicas, fundamentais, típi-
cas, que condicionam todas as estruturas e institutos
organizados pelo sistema legal de um país, por exemplo.
Assim, a materialização de princípios relacionados aos
atos ou poderes, que podem ser exercidos pela Adminis-
tração Pública, expressa os limites de seus atos. Dessa
forma, a Administração Pública, quando utiliza a desa-
propriação, forma originária de aquisição da proprieda-
de, tem por fundamento de sua atuação:
(A) o princípio da indisponibilidade do interesse público.
(B) o princípio da imperatividade.
(C) o princípio da legalidade.
(D) o princípio da supremacia do interesse público.
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1ª Fase do Exame 36º
Letra d.
Todas as formas de intervenção do Estado na proprie-
dade privada traduzem manifestação do regime jurídico
premacia do interesse público e a indisponibilidade do
interesse público.
29
João, servidor público federal, responde a processo
administrativo disciplinar pela prática de crime contra
a Administração Pública, o qual, nos termos da Lei n.
8.112/1990, acarreta a penalidade de demissão. João
procurou você, na qualidade de advogado(a), para saber
a possibilidade de a autoridade administrativa aplicar
pena diversa da prevista na legislação. No estudo do Po-
der Disciplinar, a resposta correta seria:
(A) A autoridade administrativa não dispõe de discricio-
nariedade para aplicar ao servidor pena diversa de
demissão quando caraterizadas as hipóteses previs-
tas na legislação.
(B) A autoridade administrativa dispõe de discricionarie-
dade para aplicar ao servidor pena diversa de demis-
são quando caraterizadas as hipóteses previstas na
legislação.
(C) A autoridade administrativa não dispõe de discricio-
nariedade para aplicar ao servidor pena diversa de
demissão quando caraterizadas as hipóteses previs-
tas na legislação, salvo se mais gravosa a penalidade.
(D) A autoridade administrativa não dispõe de discricio-
nariedade para aplicar ao servidor pena diversa de
demissão quando caraterizadas as hipóteses pre-
vistas na legislação, salvo se menos gravosa a pe-
nalidade.
Letra a.
Súmula 650. DIREITO ADMINISTRATIVO – PROCESSO
trativa não dispõe de discricionariedade para aplicar
ao servidor pena diversa de demissão quando cara-
terizadas as hipóteses previstas no art. 132 da Lei n.
8.112/1990. (PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/09/2021,
DJe 27/09/2021)
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguin-
tes casos:
I – crime contra a administração pública;
 5º Simulado OAB
30 Letra c.
O Governo do Estado do Ceará homologou procedimen-
to licitatório em que o objeto da licitação caracteriza
a operação continuada de sistemas estruturantes de
tecnologia da informação. Nesse caso, de acordo com
a Nova Lei de Licitações (Lei Federal n. 14.133/2021), o
contrato poderá ter vigência máxima de
(A) um exercício financeiro.
(B) cinco anos.
(C) dez anos.
(D) quinze anos.
Letra d.
Lei n. 14.133/2021, art. 114. O contrato que previr a
operação continuada de sistemas estruturantes de tec-
nologia da informação poderá ter vigência máxima de
15 (quinze) anos.
Art. 105. A duração dos contratos regidos por esta Lei
será a prevista em edital, e deverão ser observadas, no
momento da contratação e a cada exercício financeiro, a
disponibilidade de créditos orçamentários, bem como a
previsão no plano plurianual, quando ultrapassar 1 (um)
exercício financeiro.
31 (C) É possível a celebração do contrato de parceria públi-
João foi demitido pela prática de improbidade adminis-
trativa, por decisão de autoridade administrativa, após
regular processo administrativo disciplinar, mesmo antes
de prévia condenação, por autoridade judiciária, à perda
da função pública. Você, na qualidade de advogado(a),
foi procurado(a) por João para saber da legalidade da
decisão, devendo afirmar corretamente que
(A) compete à autoridade administrativa aplicar a servi-
dor público a pena de demissão em razão da prática
de improbidade administrativa, desde que tenha ha-
vido prévia condenação, por autoridade judiciária, à
perda da função pública.
(B) compete apenas à autoridade administrativa aplicar
a servidor público a pena de demissão em razão da
prática de improbidade administrativa.
(C) compete à autoridade administrativa aplicar a servi-
dor público a pena de demissão em razão da prática
de improbidade administrativa, independentemente
de prévia condenação, por autoridade judiciária, à
perda da função pública.
(D) a condenação por ato de improbidade administrativa
só pode decorrer de decisão judicial a partir de ação
civil pública.
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1ª Fase do Exame 36º
Súmula 651. DIREITO ADMINISTRATIVO – IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA Compete à autoridade administrativa
aplicar a servidor público a pena de demissão em razão
da prática de improbidade administrativa, independen-
temente de prévia condenação, por autoridade judiciá-
ria, à perda da função pública. (PRIMEIRA SEÇÃO, julga-
do em 21/10/2021, DJe 25/10/2021)
32
Determinado município cearense pretende celebrar
contrato de parceria público-privada relativo à conces-
são de serviço público, cujo valor é de R$ 30.000.000,00
(trinta milhões de reais) e com prazo de prestação de
serviço de 15 (quinze) anos, em situação em que, adi-
cionalmente à tarifa cobrada dos usuários, há a necessi-
dade de contraprestação pelo poder público ao parceiro
privado. Diante da situação mencionada e considerada a
lei de regência, assinale a alternativa correta.
(A) Não é possível celebrar contrato de parceria público-
-privada tendo em vista o elevado valor do contrato.
(B) Somente seria possível a celebração do contrato de
parceria público-privada em caso de prazo de presta-
ção de serviço não superior a cinco anos.
co-privada, que se amolda à modalidade legal deno-
minada “concessão administrativa”.
(D) É possível a celebração do contrato de parceria públi-
co-privada, que se amolda à modalidade legal deno-
minada “concessão patrocinada”.
Letra d.
Lei n. 11.079/2004:
Art. 2º. Parceria público-privada é o contrato admi-
nistrativo de concessão, na modalidade patrocinada
ou administrativa.
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de servi-
ços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei
n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando en-
volver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao
parceiro privado.
 5º Simulado OAB
DIREITO AMBIENTAL
NILTON COUTINHO
33 tal Rural – CAR, procurou um advogado especialista na
Antônio foi acionado em uma ação de indenização por
danos ambientais. O processo tramitou em primeira e
segunda instância, sendo certo que houve a interposi-
ção de recurso especial junto ao STJ. Preocupado com
a situação, procura um advogado especialista na área o
qual lhe informa que, segundo a jurisprudência daque-
le tribunal:
(A) não é admitida na área ambiental a condenação si-
multânea do réu em obrigação de fazer ou de não
fazer cumulada com a de indenizar.
(B) as obrigações ambientais possuem natureza propter
rem, devendo ser cobradas somente do atual pro-
prietário ou atual possuidor do bem ambiental em
discussão
(C) não se admite a aplicação da teoria do fato consuma-
do em tema de direito ambiental
(D) a inversão do ônus da prova não se aplica às ações
de degradação ambiental, por dificultar a defesa por
parte do empreendedor.
Letra c.
(A) Errado. Súmula 629/STJ: Quanto ao dano ambiental,
é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou
à de não fazer cumulada com a de INDENIZAR.
(B) Errado. Súmula 623/STJ: As obrigações ambientais
possuem natureza propter rem, sendo admissível cobrá-
-las do proprietário ou possuidor atual e/ou dos ante-
riores, à escolha do credor.
(C) Certo. Súmula 613/STJ: Não se admite a aplica-
ção da teoria do fato consumado em tema de direito
ambiental.
(D) Errado. Súmula 618/STJ: A inversão do ônus da prova
aplica-se às ações de degradação ambiental.
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1ª Fase do Exame 36º
34
Antônio adquiriu um sítio na área rural do município
Alfa. Preocupado com a questão do Cadastro Ambien-
área, o qual lhe informou que:
(A) Trata-se de um registro público eletrônico de âmbito
local, obrigatório para todos os imóveis rurais, com
a finalidade de integrar as informações ambientais
das propriedades e posses rurais, compondo base
de dados para controle, monitoramento, planeja-
mento ambiental e econômico e combate ao desma-
tamento.
(B) A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita,
preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou
estadual.
(C) O cadastramento, quando feito pelo proprietário,
será considerado título para fins de reconhecimento
do direito de propriedade.
(D) A inscrição no CAR é facultativa, mas tal registro é
necessário para acesso a recursos governamentais e
empréstimos com taxas diferenciadas.
Letra b.
(A) Errado. Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Ru-
ral – CAR, no âmbito do Sistema Nacional de Informa-
ção sobre Meio Ambiente – SINIMA, registro público
eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos
os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as infor-
mações ambientais das propriedades e posses rurais,
compondo base de dados para controle, monitoramen-
to, planejamento ambiental e econômico e combate ao
desmatamento.
(B) Certo. Art. 29, § 1º A inscrição do imóvel rural no
CAR deverá ser feita, preferencialmente, no órgão am-
biental municipal ou estadual, que, nos termos do regu-
lamento, exigirá do proprietário ou possuidor rural: (...)
(C) Errado. Art. 29, § 2º O cadastramento não será con-
siderado título para fins de reconhecimento do direito
de propriedade ou posse, tampouco elimina a necessi-
dade de cumprimento do disposto no  art. 2º da Lei n.
10.267, de 28 de agosto de 2001.
(D) Errado. Art. 29, § 3º A inscrição no CAR é obrigatória
e por prazo indeterminado para todas as propriedades e
posses rurais.
 5º Simulado OAB
DIREITO CIVIL
ROBERTA QUEIROZ
35
Jussara mora em uma cidade do interior e acaba de
saber que sua avó foi levada para a emergência, onde
foi indicada a necessidade de sua internação imediata
numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), sob risco
de morte. Jussara conseguiu uma vaga em um hospital
local, mas o plano de saúde não autorizou! Diante dessa
situação, Jussara prontamente assinou o contrato com o
hospital particular e se comprometeu a pagar pelo servi-
ço em preço bastante superior ao valor que normalmen-
te é cobrado.
Considerando a situação narrada, marque alternati-
va correta:
(A) O contrato entre Jussara e o hospital é viciado por
Estado de necessidade.
(B) O contrato entre Jussara e o hospital é viciado
por Dolo.
(C) O contrato entre Jussara e o hospital é viciado por
Coação.
(D) O contrato entre Jussara e o hospital é viciado por
Estado de perigo.
Letra d.
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando al-
guém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa
de sua família, de grave dano conhecido pela outra par-
te, assume obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente
à família do declarante, o juiz decidirá segundo as cir-
cunstâncias.
36 ou três testemunhas, se o testador não puder, ou não
Henrique e Marcos são casados com o regime jurídico de
comunhão parcial de bens. Na constância do casamen-
to, eles adquiriram duas casas, um carro e uma fazenda.
Após alguns anos, o casal optou pelo divórcio de forma
consensual. Diante dessa situação, pretendem apenas o
fim do matrimônio, sem a divisão dos bens.
Considerando a situação narrada, marque alternati-
va correta:
(A) Henrique e Marcos poderão realizar o divórcio, inde-
pendentemente da ocorrência de partilha de bens.
(B) Henrique e Marcos deverão realizar a partilha dos
bens concomitantemente com o divórcio.
(C) Henrique e Marcos devem entregar o esboço de par-
tilha quando fizerem o pedido de divórcio judicial.
(D) Caso Henrique e Marcos não façam o pedido de di-
vórcio, o juiz decidirá, de ofício, o quinhão ideal que
cada cônjuge receberá.
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1ª Fase do Exame 36º
Letra a.
Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja
prévia partilha de bens.
37
Uma equipe de 5 militares estava dando suporte para
um grupo de bombeiros durante o desabamento de um
prédio em chamas. Paulo, militar em serviço, encontrou
Maria e João no prédio. O casal estava bem, sem feridas
e em suas plenas faculdades mentais. Ocorre que, ao
tentar sair, uma grande viga cai sobre a perna de Paulo e
impede sua locomoção.
Antecipando o desabamento do edifício, o militar fala
para Maria e João sua disposição de última vontade e o
interesse em deixar seu carro para o sobrinho Matheus.
Após isso, Maria e João conseguem sair do local, mas
infelizmente Paulo não foi encontrado com vida.
Considerando a situação narrada, marque alternati-
va correta:
(A) O testamento de Paulo somente poderia ser conside-
rado válido se feito por escrito.
(B) A disposição de última vontade de Paulo será válida
somente se não existir herdeiros necessários.
(C) O testamento de Paulo é valido por esse estar em-
penhado em combate, tendo confiado a sua última
vontade a duas testemunhas.
(D) A disposição de última vontade de Paulo.
Letra c.
Art. 1.893. O testamento dos militares e demais pessoas
a serviço das Forças Armadas em campanha, dentro do
País ou fora dele, assim como em praça sitiada, ou que
esteja de comunicações interrompidas, poderá fazer-se,
não havendo tabelião ou seu substituto legal, ante duas,
souber assinar, caso em que assinará por ele uma delas.
Art. 1.896. As pessoas designadas no art. 1.893, estan-
do empenhadas em combate, ou feridas, podem tes-
tar oralmente, confiando a sua última vontade a duas
testemunhas.
Parágrafo único. Não terá efeito o testamento se o testa-
dor não morrer na guerra ou convalescer do ferimento.
 5º Simulado OAB
38 (C) A dívida não poderá ser cobrada dos fiadores.
Enzo e Valentina se casaram. Diante da impossibilida-
de de comprar um imóvel, o casal decidiu realizar um
contrato de aluguel. Gertrudes, tia de Valentina, figurou
como fiadora no contrato de um ano.
Após 6 meses, o jovem casal enfrentou dificuldades fi-
nanceiras e ficou inadimplente por 3 meses, o que resul-
tou em cobranças direcionadas a Gertrudes.
Considerando a situação narrada, marque alternati-
va correta:
(A) No caso em tela, Gertrudes não poderá se valer do
benefício de ordem.
(B) Caso seja executada judicialmente por essa dívida,
Gertrudes poderá exigir, até a contestação, que se-
jam primeiro executados os bens do casal devedor.
(C) Independentemente de realizar nomeação de
bens do casal, Gertrudes poderá alegar o benefício
de ordem.
(D) Caso seja executada judicialmente por essa dívida,
Gertrudes poderá exigir, a qualquer momento, que
sejam primeiro executados os bens do casal devedor.
Letra b.
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida
tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam
primeiro executados os bens do devedor.
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de or-
dem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do
devedor, sitos no mesmo município, livres e desembar-
gados, quantos bastem para solver o débito.
Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador:
I – se ele o renunciou expressamente;
II – se se obrigou como principal pagador, ou devedor
solidário;
III – se o devedor for insolvente, ou falido.
39 produtos da coisa.
Everaldo e Francisca são casados e donos de um grande
patrimônio. Interessados em ajudar o filho mais velho,
o casal assinou um contrato de fiança em favor de seu
filho. Contudo, desde o segundo mês, o filho não pagou
o aluguel.
Considerando a situação narrada, marque alternati-
va correta:
(A) O locador poderá cobrar diretamente de Everaldo
e Francisca, fiadores, que deverão adimplir a dívida
independentemente da existência de patrimônio
do filho.
(B) O locador poderá cobrar apenas de Everaldo, tendo
em vista que Francisca não é fiadora, mas somente
deu a outorga uxória.
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1ª Fase do Exame 36º
(D) O locador poderá cobrar de Everaldo e Francisca, fia-
dores, após tentar cobrar a dívida do filho do casal,
locatário, tendo em vista que os fiadores são devedo-
res subsidiários.
Letra d.
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida
tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam
primeiro executados os bens do devedor.
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de or-
dem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do
devedor, sitos no mesmo município, livres e desembar-
gados, quantos bastem para solver o débito.
Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador:
I – se ele o renunciou expressamente;
II – se se obrigou como principal pagador, ou devedor
solidário;
III – se o devedor for insolvente, ou falido.
40
Zamba, proprietário da Fazenda Sem Tinta, é um grande
pecuarista da região preocupado com possíveis danos
ambientais que poderão ou não atingir o ecossistema
local, formula consulta ao melhor advogado da região.
Considerando a situação narrada, marque a alternativa
que representa o conselho correto quanto ao direito de
propriedade:
(A) O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dis-
por da coisa, e o direito de reavê-la do poder de
quem quer que injustamente a possua ou detenha.
(B) A propriedade do solo abrange o subsolo e espa-
ço aéreo, sem qualquer limite, seja de altura ou de
profundidade, incluindo as minas, jazidas e recursos
minerais.
(C) A propriedade não abrange, em regra, os frutos e
(D) O direito de propriedade, de forma legítima e autori-
zada pelo ordenamento, atendendo ao interesse do
titular, pode atentar contra a flora, a fauna, as bele-
zas naturais, o equilíbrio econômico e o patrimônio
histórico e artístico, além de poluir o ar ou as águas.
Letra a.
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar
e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de
quem quer que injustamente a possua ou detenha.
 5º Simulado OAB 1ª Fase do Exame 36º

41 43
Carlinda, dona de um grande casarão na cidade de Juru- O Estado de Pernambuco registra elevado número de
piraca, concede a Edir o direito de usar onerosamente o mortes violentas de crianças e adolescentes, bem como
seu terreno, para guardar alguns instrumentos de traba- casos de violência sexual contra o mesmo público, ocor-
lho. Tudo foi realizado por escritura pública, registrada ridos especialmente nas cidades do interior. Nos estudos
no cartório de registro de imóveis. realizados, são diversos os apontamentos no sentido de
Considerando a situação narrada, indique o instrumento que as medidas de prevenção são imprescindíveis para
jurídico adequado para a celebração do referido negó- a construção de uma nova história e alteração dos resul-
cio jurídico: tados quanto aos dados sobre violência. Nesse sentido,
(A) Parcelamento urbano. está de acordo com o que dispõe expressamente o ECA
(B) Direito de preempção. a atuação do Ministério Público para:
(C) Outorga onerosa. (A) apurar dados e fatos recebidos em razão de sua atua-
(D) Direito de superfície. ção e enviar relatório ao Poder Judiciário do Estado, a
fim de garantir a proteção de crianças e adolescentes
Letra d. vítimas de violência letal e sexual naquele território.
Art. 1.369. O proprietário pode conceder a outrem o (B) ajuizar ação civil pública contra o Estado de Pernam-
direito de construir ou de plantar em seu terreno, por buco, a fim de reduzir ou eliminar os índices de vio-
tempo determinado, mediante escritura pública devida- lência contra a criança e adolescentes, em todas as
mente registrada no Cartório de Registro de Imóveis. modalidades de práticas violentas, com estabeleci-
Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza obra mento de monitoramento e medição de resultados
no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão. anuais sobre a ação estatal desenvolvida na proteção
e defesa dos direitos da criança e do adolescente.
ECA (C) apurar dados e fatos recebidos em razão de sua atu-
ação e enviar aos órgãos policiais do Estado, para in-
PATRÍCIA DREYER
vestigação e combate à violência.
(D) requisitar ao Poder Executivo que elimine ou reduza
42
sensivelmente os dados de violência contra a crian-
Marta, dirigente de uma escola de ensino fundamental,
ça e adolescente, seja de violência letal, sexual ou
está bastante preocupada com Monique, pois ela apre-
outras, a fim de que demonstrem ação no sentido
senta elevados níveis de repetência. Apesar de todos os
de garantir a proteção e defesa do público infanto-
seus esforços, bem como os da comunidade escolar, a
-juvenil daquele território.
situação não foi revertida e as repetências continuaram.
Em várias conversas com os pais de Monique, descon-
Letra b.
fiou, ainda, que ela seja vítima de maus-tratos em casa.
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses
Diante disso, Marta se viu obrigada a cumprir a diretriz
coletivos ou difusos, consideram-se legitimados concor-
legal do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para
rentemente:
esse tipo de situação, em que se afirma que, para casos
I – o Ministério Público;
de educando que apresente elevados níveis de repetên-
II – a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal
cia, devem os dirigentes de estabelecimentos de ensino
e os territórios;
fundamental comunicarem:
III – as associações legalmente constituídas há pelo me-
(A) ao Conselho Tutelar.
nos um ano e que incluam entre seus fins institucionais
(B) ao Ministério Público.
a defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei,
(C) à Secretaria Municipal de Educação.
dispensada a autorização da assembleia, se houver pré-
(D) à Autoridade Judiciária.
via autorização estatutária.
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Mi-
Letra a.
nistérios Públicos da União e dos estados na defesa dos
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fun-
interesses e direitos de que cuida esta Lei.
damental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
§ 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por
I – maus-tratos envolvendo seus alunos;
associação legitimada, o Ministério Público ou outro le-
II – reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar,
gitimado poderá assumir a titularidade ativa.
esgotados os recursos escolares;
III – elevados níveis de repetência.

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 5º Simulado OAB
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ame-
aça ou violação dos direitos da criança e do adolescente.
Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios deverão atuar de forma articulada na elabo-
ração de políticas públicas e na execução de ações des-
tinadas a coibir o uso de castigo físico ou de tratamento
cruel ou degradante e difundir formas não violentas de
educação de crianças e de adolescentes, tendo como
principais ações:
VI – A promoção de espaços intersetoriais locais para a
articulação de ações e a elaboração de planos de atuação
conjunta focados nas famílias em situação de violência,
com participação de profissionais de saúde, de assistên-
cia social e de educação e de órgãos de promoção, pro-
teção e defesa dos direitos da criança e do adolescente.
CDC
PATRÍCIA DREYER
44
Considere as seguintes situações com vítimas dos even-
tos: (i) Juliana sofreu uma forte intoxicação pelo consu-
mo de água contaminada fornecida pelo serviço público
de saneamento. (ii) Ricardo foi vítima de uma propagan-
da enganosa veiculada na televisão aberta. (iii) Renata
foi vítima de um naufrágio de um transatlântico na costa
do país. Nessas hipóteses, houve, respectivamente, vio-
lação aos direitos
(A) difusos, difusos e individuais homogêneos.
(B) coletivos, individuais homogêneos e difusos.
(C) individuais homogêneos, individuais homogêneos e
difusos.
(D) individuais homogêneos, difusos e individuais ho-
mogêneos.
Letra a.
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumi-
dores e das vítimas poderá ser exercida em juízo indivi-
dualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando
se tratar de:
I – interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza in-
divisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas
e ligadas por circunstâncias de fato;
II – interesses ou direitos coletivos, assim entendidos,
para efeitos deste código, os transindividuais, de nature-
za indivisível de que seja titular grupo, categoria ou clas-
se de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária
por uma relação jurídica base;
III – interesses ou direitos individuais homogêneos, as-
sim entendidos os decorrentes de origem comum.
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1ª Fase do Exame 36º
Hugo Nigro Mazzilli exemplifica e distingue as categorias
de direitos transindividuais segundo as suas origens:
a) se o que une interessados determináveis é a mesma
situação de fato (p. ex., os consumidores que adquiriram
produtos fabricados em série com defeito), temos inte-
resses individuais homogêneos;
b) se o que une interessados determináveis é a cir-
cunstância de compartilharem a mesma relação jurídica
(como os consorciados que sofrem o mesmo aumento
ilegal das prestações), temos interesses coletivos em
sentido estrito;
c) se o que une interessados indetermináveis é a mes-
ma situação de fato ( p. ex., os que assistem pela tele-
visão à mesma propaganda enganosa), temos interes-
ses difusos.
Fonte: https://jus.com.br/artigos/29924/direitos-difusos-cole-
tivos-em-sentido-estrito-e-individuais-homogeneos-conceito-e-
-diferenciacao
MAZZILLI, Hugro Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo:
meio ambiente, consumidor e outros interesses difusos e coletivos.
12ª ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Editora Saraiva, 2000, p. 41.
45
Caio recebeu em sua casa um cartão de crédito do Banco
Alfa S.A. Ele não é e nunca foi cliente desse banco e não
solicitou tal cartão. Na correspondência, havia ainda
uma advertência de que o serviço só seria liberado caso
o consumidor desbloqueasse o cartão por telefone ou
pela internet. Diante de tal fato, é certo afirmar:
(A) Caio poderá se socorrer dos órgãos administrativos
para reclamar da atitude do banco, tendo em vista
que tal prática é apenas ilícito administrativo.
(B) o Banco Alfa apenas comete infração administrati-
va ao agir dessa forma, mas não se pode considerar
prática abusiva, pois o ato deriva das estratégias de
marketing da empresa, respaldadas pelo princípio da
livre iniciativa.
(C) Caio poderá requerer indenização por ilícito civil, mas
tal prática não é considerada ilícito administrativo.
(D) tendo em vista que todo e qualquer produto envia-
do ao consumidor sem ter sido pedido é considerado
amostra grátis, é certo que Caio foi vítima de uma
prática considerada abusiva pelo Código de Defesa
do Consumidor.
Letra d.
CDC, art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
serviços, dentre outras práticas abusivas:
III – enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação
prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço.
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos
remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese
prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis,
inexistindo obrigação de pagamento.
 5º Simulado OAB
Súmula 532, STJ: Constitui prática comercial abusiva o
envio de cartão de crédito sem prévia e expressa solici-
tação do consumidor, configurando-se ato ilícito indeni-
zável e sujeito à aplicação de multa administrativa.
“Há a abusividade da conduta com o simples envio do
cartão de crédito, sem pedido pretérito e expresso do
consumidor, independentemente da múltipla função e
do bloqueio da função crédito, pois tutelam-se os inte-
resses dos consumidores em fase pré-contratual, evi-
tando a ocorrência de abuso de direito na atuação dos
fornecedores na relação consumerista com esse tipo de
prática comercial, absolutamente contrária à boa-fé ob-
jetiva.” (STJ – REsp 1261513 SP, Rel. Min. Mauro Camp-
bell Marques, 2ª Turma, DJe 04/09/2013)
DIREITO EMPRESARIAL
RENATO BORELLI
46
Sandra e Saulo criaram a empresa de SS Sungas e Sun-
quínis. Sandra cuidou das questões de divulgação e pro-
paganda, enquanto Saulo se encarregou de cuidar das
formalidades legais. No entanto, ele se esqueceu de le-
var os atos constitutivos a registro.
À luz da legislação aplicável ao caso, é correto dizer:
(A) Não é necessário registro dos atos no início da ativi-
dade da empresa.
(B) Não haverá qualquer tipo de responsabilização às
pessoas obrigadas a requerer o registro em caso de
omissão ou demora.
(C) Os documentos necessários ao registro deverão ser
apresentados no prazo de trinta dias, contado da la-
vratura dos atos respectivos
(D) O registro produzirá efeito a partir da data de início
das atividades da empresa, mesmo que requerido
além do prazo previsto legalmente.
Letra c.
Conforme o Código Civil:
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária
vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mer-
cantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade
simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual
deverá obedecer às normas fixadas para aquele re-
gistro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de
sociedade empresária.
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1ª Fase do Exame 36º
Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos à formalida-
de exigida no artigo antecedente será requerido pela
pessoa obrigada em lei, e, no caso de omissão ou de-
mora, pelo sócio ou qualquer interessado.
§ 1º Os documentos necessários ao registro deverão
ser apresentados no prazo de trinta dias, contado da
lavratura dos atos respectivos.
§ 2º Requerido além do prazo previsto neste artigo, o
registro somente produzirá efeito a partir da data de
sua concessão.
§ 3º As pessoas obrigadas a requerer o registro res-
ponderão por perdas e danos, em caso de omissão
ou demora.
47
Rosana, Lourdes e Aparecida decidiram formar uma so-
ciedade empresarial limitada. Cada uma contribuiu com
R$ 50.000,00 para o capital social da empresa e foi esti-
pulado que Lourdes e Rosana seriam as administradoras.
À luz da legislação aplicável ao caso, é correto dizer:
(A) É necessário que somente uma das sócias seja a ad-
ministradora da empresa.
(B) A responsabilidade de cada sócia é restrita ao valor
de suas quotas, esteja ou não integralizado o capital
social.
(C) As sócias podem autorizar pelo contrato que não se-
rão obrigadas à reposição dos lucros e das quantias
retiradas, a qualquer título, mesmo que estes cau-
sem prejuízo do capital.
(D) Pode ser o capital aumentado, mesmo após integrali-
zadas as quotas, se houver a modificação correspon-
dente do contrato.
Letra d.
Conforme o Código Civil:
(A) Errado. Art. 1.060. A sociedade limitada é adminis-
trada por uma ou mais pessoas designadas no contrato
social ou em ato separado.
(B) Errado. Art. 1052. Na sociedade limitada, a respon-
sabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quo-
tas, mas todos respondem solidariamente pela integrali-
zação do capital social.
(C) Errado. Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à repo-
sição dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer títu-
lo, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lu-
cros ou quantia se distribuírem com prejuízo do capital.
(D) Certo. Art. 1.081. Ressalvado o disposto em lei espe-
cial, integralizadas as quotas, pode ser o capital aumen-
tado, com a correspondente modificação do contrato.
 5º Simulado OAB
48 Letra b.
Mercedes assinou um contrato de franquia com a em-
presa Chocolat et Amour, famosa confeitaria especiali-
zada em doces, bolos e tortas de chocolate. Juntamente
com este contrato, assinou três outros “subcontratos”,
que são comuns neste tipo de negócio. Dentre eles, não
está o contrato de:
(A) Engineering – o franqueador transmite ao franque-
ado informações referentes à montagem, ao plane-
jamento e ao layout do estabelecimento no qual as
atividades serão desenvolvidas; é dizer, aquele trans-
fere a este toda a “engenharia” necessária ao desem-
penho da franquia.
(B) Accountability – referente às regras de responsabili-
zação em casos de problemas com clientes, devolu-
ção de produtos, reclamações quanto ao atendimen-
to ou limpeza do ambiente, entre outros dissídios
ligadas ao direito consumerista.
(C) Marketing – refere-se às técnicas de colocação dos
produtos ou serviços junto aos seus consumidores,
envolvendo estudos de mercado, publicidade, ven-
das promocionais, lançamento de novos produtos e
serviços etc.
(D) Management – diz respeito ao treinamento e à es-
truturação administrativa do negócio, definidos e
ensinados pelo franqueador.
Letra b.
As letras A, C e D estão corretas e apresentam a defi-
nição dos contratos apresentados. A letra B não existe,
sendo um conceito totalmente inventado.
49
Geraldo comprou de Joaquina, artesã, diversos casa-
quinhos de lã para seus filhos gêmeos que estavam a
nascer, efetuando o pagamento destes com um cheque
pré-datado para 23 de julho. Joaquina aceitou tal forma
de pagamento e concordou em descontar o cheque so-
mente na data prevista, contudo seu ateliê foi roubado
e, para que ela pudesse comprar materiais para continu-
ar com seu trabalho, apresentou à instituição bancária o
cheque no dia 4 de julho. Neste caso,
(A) a instituição bancária não poderá descontar o che-
que posto que a data constante ainda não chegou.
(B) Joaquina poderá responder por dano moral pela
apresentação antecipada.
(C) caso a instituição financeira desconte o cheque antes
da data prevista, ela responderá por danos morais,
pois é seu dever respeitar todos os termos expressos
no título.
(D) por ser uma ordem de pagamento à vista, o cheque
será descontado na data em que for apresentado e
não haverá qualquer sanção por desrespeitar a data
constante no cheque.
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1ª Fase do Exame 36º
Embora o cheque seja ordem de pagamento à vista, a
emissão de cheque pré-datado é aceita no Brasil, por ser
praxe, trazendo como única consequência a ampliação
do prazo de apresentação, não o desnaturando como
título de crédito. Portanto, a instituição financeira, ao
receber o título, procederá o pagamento, se houver fun-
dos na conta bancária.
A Súmula 370 do STJ estabelece que “caracteriza dano
moral a apresentação antecipada do cheque pré-data-
do”. Contudo, tal sanção não é aplicável à instituição
financeira que procedeu ao pagamento, mas, sim, ao
portador do cheque, Joaquina.
50
Cores & Formas S.A. alega que uma das máquinas arre-
cadadas pelo administrador judicial da empresa Balas &
Balões havia sido vendida a crédito e entregue ao de-
vedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao requerimento
de sua falência. Neste caso, a empresa Cores & Formas:
(A) deverá se habilitar como credor quirografário no pro-
cesso de falência e aguardar o pagamento.
(B) receberá o correspondente a 50% do valor do bem
de imediato, posto que a máquina havia sido vendida
a crédito.
(C) não tem legitimidade para requerer nenhum ressar-
cimento se o bem já tiver sido alienado.
(D) poderá requerer a restituição do bem, e caso este já
tenha sido alienado, receberá o respectivo preço atu-
alizado.
Letra d.
Conforme o art. 85 da Lei n. 11.101/2005:
Art. 85, parágrafo único. Também pode ser pedida a
restituição de coisa vendida a crédito e entregue ao
devedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao requeri-
mento de sua falência, se ainda não alienada.”
E ainda:
Art. 86. Proceder-se-á à restituição em dinheiro:
I – se a coisa não mais existir ao tempo do pedido
de restituição, hipótese em que o requerente rece-
berá o valor da avaliação do bem, ou, no caso de ter
ocorrido sua venda, o respectivo preço, em ambos
os casos no valor atualizado;
 5º Simulado OAB
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
RAQUEL BUENO
51 reito privado, em virtude de problemas em um pacote
Miguel promove uma demanda indenizatória em face
de Maurício, em virtude de colisão de veículos, perante
a 1ª Vara Cível de Boa Viagem (Recife). No prazo para
contestação, Maurício denuncia à lide sua seguradora,
que também se manifesta no processo. Após o devido
processo legal, o juiz julga improcedentes todos os pe-
didos de Miguel. A partir desta realidade, marque a op-
ção correta:
(A) Neste caso, a denunciação da lide é obrigatória.
(B) Neste caso, a lide eventual resta prejudicada, sem fi-
xação de honorários advocatícios.
(C) Diante da improcedência dos pedidos da lide prin-
cipal, o juiz deverá prosseguir no julgamento da lide
eventual.
(D) Neste caso, a lide eventual resta prejudicada, caben-
do ao denunciante pagar honorários advocatícios ao
advogado da denunciada.
Letra d.
CPC, artigo 129, parágrafo único.
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promo-
vida por qualquer das partes: (...) II – àquele que es-
tiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar,
em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido
no processo.
§ 1º O direito regressivo será exercido por ação autô-
noma quando a denunciação da lide for indeferida,
deixar de ser promovida ou não for permitida. (Obs.:
nenhuma modalidade de intervenção de terceiros é
obrigatória).
Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação prin-
cipal, o juiz passará ao julgamento da denunciação
da lide.
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a
ação de denunciação não terá o seu pedido examina-
do, sem prejuízo da condenação do denunciante ao
pagamento das verbas de sucumbência em favor do
denunciado.
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1ª Fase do Exame 36º
52
Rafael ajuizou ação de rescisão contratual, pelo proce-
dimento comum, em face de uma pessoa jurídica de di-
de viagens organizado pela ré. Todavia, a demandada
discorda da pretensão do autor, e deseja se unir à em-
presa hoteleira e à empresa aérea parceiras, para formu-
lar uma pretensão indenizatória contra o autor, suposta-
mente o real culpado pelo inadimplemento contratual.
Ressalte-se que foi designada audiência de conciliação/
mediação, sem êxito, uma vez que o autor, injustificada-
mente, não compareceu. No atual estágio, fora aberto
prazo para resposta da requerida. A partir desta realida-
de, assinale a opção correta:
(A) Caso a ré queira formular pretensão em face do au-
tor, deverá fazê-lo por meio de ação própria.
(B) O autor será multado em até 5% do valor da causa,
por ato atentatório à dignidade da justiça, pelo não
comparecimento injustificado à primeira audiência.
(C) Caso a ré queira formular pretensão em face do au-
tor, poderá apresentar reconvenção, mas sem a pos-
sibilidade de ampliação subjetiva da demanda.
(D) A ré pode apresentar, em uma única petição, a con-
testação e a reconvenção, podendo ampliar subjeti-
vamente a demanda na reconvenção.
Letra d.
CPC, art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos
essenciais e não for o caso de improcedência liminar do
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias,
devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias
de antecedência. (...)
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou
do réu à audiência de conciliação é considerado ato
atentatório à dignidade da justiça e será sancionado
com multa de até dois por cento da vantagem econômi-
ca pretendida ou do valor da causa, revertida em favor
da União ou do Estado.
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor recon-
venção para manifestar pretensão própria, conexa com
a ação principal ou com o fundamento da defesa. (...)
§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor
e terceiro. § 4º A reconvenção pode ser proposta pelo
réu em litisconsórcio com terceiro. (Obs.: Quando um
novo sujeito é inserido no processo, por meio da recon-
venção, fala-se em ampliação subjetiva da demanda,
formando-se um litisconsórcio superveniente).
Obs.: A reconvenção não é obrigatória, de maneira que,
mesmo não sendo apresentada, nada impede o ajui-
zamento de ação autônoma contra o autor pelo réu.
Muitas vezes se utiliza da reconvenção por economia
processual.
 5º Simulado OAB
53 54
Alcione, digital influencer de milhões, teve complicações
em sua cirurgia plástica e foi parar na UTI do hospital.
Considerando a necessidade de uma nova intervenção
cirúrgica, a fim de reparar uma considerável cicatriz ge-
rada por bisturi elétrico, o plano de saúde foi acionado
e recusou a cobertura da cirurgia. Diante deste cenário,
o advogado da paciente requereu uma tutela provisória
de urgência antecipada antecedente. A partir destes fa-
tos, assinale a opção certa:
(A) Caso o juiz entenda que não se trata de pedido de tu-
tela provisória de urgência antecipada antecedente,
determinará a emenda à petição inicial em 05 dias.
(B) Neste caso só é cabível a concessão de liminar inau-
dita altera pars.
(C) Regra geral, o juiz não poderá condicionar a conces-
são da tutela provisória de urgência à prestação de
caução.
(D) O advogado da autora equivocou-se, uma vez que
deveria ter formulado pedido de tutela provisória de
urgência cautelar antecedente.
Letra a.
Conforme artigo 303, § 6º, abaixo reproduzido.
CPC, art. 300. A tutela de urgência será concedida
quando houver elementos que evidenciem a proba-
bilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
§ 1  o  Para a concessão da tutela de urgência, o juiz
pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejus-
sória idônea para ressarcir os danos que a outra parte
possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada
se a parte economicamente hipossuficiente não pu-
der oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminar-
mente ou após justificação prévia.
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contem-
porânea à propositura da ação, a petição inicial pode
limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à
indicação do pedido de tutela final, com a exposição
da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de
dano ou do risco ao resultado útil do processo.
(...) § 6º Caso entenda que não há elementos para a
concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicio-
nal determinará a emenda da petição inicial em até
5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o pro-
cesso ser extinto sem resolução de mérito.
O caso não retrata situação de tutela provisória de urgên-
cia cautelar, uma vez que a medida almejada não é acau-
telatória/acessória, mas satisfativa.
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1ª Fase do Exame 36º
Eduardo promoveu uma demanda de conhecimento
em face de Yuri e Agnaldo, pelo procedimento comum,
em autos eletrônicos. Agnaldo acabou sendo citado por
meio de edital, mas não constituiu advogado, muito me-
nos apresentou contestação. Yuri foi citado pelo correio
e apresentou contestação. Ressalte-se que o juiz dispen-
sou a audiência de conciliação/mediação. Considerando
esta realidade fática, assinale a opção certa:
(A) Agnaldo é réu revel, sendo-lhe aplicado os efeitos
materiais da revelia.
(B) Embora Agnaldo seja revel, o Ministério Público será
convocado para atuar em sua defesa, na condição de
curador especial.
(C) A defensoria pública atuará na defesa de Agnaldo,
podendo apresentar contestação por negativa geral,
sem o ônus da impugnação especificada.
(D) O advogado de Yuri teve prazo em dobro para apre-
sentação da contestação.
Letra c.
CPC, art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: (...)
II – réu preso revel, bem como ao réu revel citado por
edital ou com hora certa, enquanto não for constituí-
do advogado.
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela
Defensoria Pública, nos termos da lei.
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes pro-
curadores, de escritórios de advocacia distintos, terão
prazos contados em dobro para todas as suas manifesta-
ções, em qualquer juízo ou tribunal, independentemen-
te de requerimento.
§ 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, haven-
do apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por ape-
nas um deles.
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos
em autos eletrônicos.
Ônus da impugnação especificada = Art. 341. Incumbe
também ao réu manifestar-se precisamente sobre as
alegações de fato constantes da petição inicial, presu-
mindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: (...)
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada
dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advoga-
do dativo e ao curador especial.
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considera-
do revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de
fato formuladas pelo autor. (efeito material da revelia
= confissão ficta, presunção relativa de veracidade das
alegações fáticas do autor).
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado
no art. 344 se: I – havendo pluralidade de réus, algum
deles contestar a ação; (...)
 5º Simulado OAB
55 somente podendo decidir depois de decorrido o pra-
Juca e Esmeralda se casaram pelo regime da comunhão
parcial de bens. Após cinco anos de casamento, conside-
rando os investimentos arriscados do marido, o casal re-
solveu alterar o regime de bens do casamento. Segundo
o advogado do casal, Dr. Ferdinando, tal procedimento
poderia ser feito extrajudicialmente. Todavia, antes de
retornarem ao escritório do advogado com a documen-
tação solicitada, Esmeralda descobriu algumas cartas
que Juca trocava com Marta, sua primeira namorada,
dos últimos seis anos. Descobriu ainda que Marta tem
um filho de Juca, de dois anos de idade. Esmeralda, ain-
da com aquele punhal fincado em seu peito, lembrando-
-se de sua impotência generandi, procurou sua amiga e
advogada Vânia, para promover a ação de divórcio liti-
gioso. Neste contexto, assinale a opção correta:
(A) O parecer do Dr. Ferdinando é equivocado.
(B) O divórcio poderá ser feito por meio de escritura
pública.
(C) O divórcio deverá ser feito judicialmente, com a obri-
gatória intervenção do Ministério Público.
(D) Caso o casal resolvesse apenas promover a modificação
de regime de bens do casamento, o procedimento seria
o especial de jurisdição voluntária, perante a Vara de
Registros Públicos, tendo a sentença efeitos ex nunc.
Letra a.
O procedimento de modificação de regime de bens do
casamento ainda não pode ser realizado em cartório ou
serventia extrajudicial, mas apenas judicialmente, sendo
um procedimento especial de jurisdição voluntária.
Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público
somente intervirá quando houver interesse de inca-
paz e deverá ser ouvido previamente à homologação
de acordo.
Art. 733. O divórcio consensual, a separação consen-
sual e a extinção consensual de união estável, não
havendo nascituro ou filhos incapazes e observados
os requisitos legais, poderão ser realizados por es-
critura pública, da qual constarão as disposições de
que trata o art. 731.
Ação de Modificação de Regime de Bens – compe-
tência da Vara de Família – decisão com efeitos ex
nunc ou não retroativos.
CPC, art. 734. A alteração do regime de bens do ca-
samento, observados os requisitos legais, poderá ser
requerida, motivadamente, em petição assinada por
ambos os cônjuges, na qual serão expostas as razões
que justificam a alteração, ressalvados os direitos de
terceiros.
§ 1º Ao receber a petição inicial, o juiz determinará
a intimação do Ministério Público e a publicação de
edital que divulgue a pretendida alteração de bens,
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1ª Fase do Exame 36º
zo de 30 (trinta) dias da publicação do edital.
§ 2º Os cônjuges, na petição inicial ou em petição
avulsa, podem propor ao juiz meio alternativo de
divulgação da alteração do regime de bens, a fim de
resguardar direitos de terceiros.
§ 3º Após o trânsito em julgado da sentença, serão
expedidos mandados de averbação aos cartórios de
registro civil e de imóveis e, caso qualquer dos cônju-
ges seja empresário, ao Registro Público de Empresas
Mercantis e Atividades Afins.
56
Roberval promoveu uma execução contra Aline, envol-
vendo um cheque que voltou por insuficiência de fun-
dos. A petição inicial foi distribuída/registrada e, após
juízo positivo de admissibilidade, Aline foi citada, mas
não efetuou o pagamento da dívida de R$ 100.000,00,
no prazo legal. Aline sabe que deve, mas não reconhece
todo valor exigido na execução, possuindo o comprovan-
te de um pix para Roberval, no valor de cinco mil reais.
Ocorre que a executada não tem o valor total devido,
mas apenas parte do valor, conseguindo pagar o restan-
te que deve, mas nos próximos meses. A partir desta re-
alidade, à luz do CPC, assinale a opção certa:
(A) Como o pagamento não foi feito no prazo legal, have-
rá incidência de multa de 10% e honorários advocatí-
cios de 10%.
(B) Aline poderá requerer o parcelamento e opor em-
bargos à execução.
(C) Aline poderá apresentar impugnação para questio-
nar o pagamento parcial.
(D) Como Aline não reconhece toda dívida, poderá opor
embargos à execução, no prazo de quinze dias, tra-
tando-se de um processo incidente, sem efeito sus-
pensivo automático.
Letra d.
Trata-se de uma ação de execução, envolvendo título
executivo extrajudicial. Neste contexto, após o juízo de
admissibilidade positivo da petição inicial, já são fixados
os 10% de honorários advocatícios. Ademais, neste mo-
delo de execução, a parte executada é citada para pa-
gar em três dias, não havendo incidência de multa de
10% em caso de não pagamento. A letra A faz referência
ao que ocorre no cumprimento de sentença. Por outro
lado, caso a parte executada queira oferecer resistência,
o caminho processual são os embargos à execução (des-
pidos de efeito suspensivo automático), formando-se
um processo incidente. Optando a executada pelo par-
celamento, estará renunciando ao direito de opor em-
bargos à execução.
 5º Simulado OAB 1ª Fase do Exame 36º

CPC, art. 914. O executado, independentemente de Letra c.

penhora, depósito ou caução, poderá se opor à exe- CPC, art. 942. Quando o resultado da apelação for não
cução por meio de embargos. unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão
§ 1º Os embargos à execução serão distribuídos por a ser designada com a presença de outros julgadores,
dependência, autuados em apartado e instruídos que serão convocados nos termos previamente defini-
com cópias das peças processuais relevantes, que po-
dos no regimento interno, em número suficiente para
derão ser declaradas autênticas pelo próprio advoga-
garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial,
do, sob sua responsabilidade pessoal.
assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de sustentar oralmente suas razões perante os novos julga-
15 (quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma dores. (...) § 3º A técnica de julgamento prevista neste
do art. 231 . artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento não unâni-
me proferido em: I – ação rescisória, quando o resulta-
Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o do for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu
crédito do exequente e comprovando o depósito de prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição
trinta por cento do valor em execução, acrescido de previsto no regimento interno; (...)
custas e de honorários de advogado, o executado po-
derá requerer que lhe seja permitido pagar o restante Art. 970. O relator ordenará a citação do réu, desig-
em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de corre- nando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem
ção monetária e de juros de um por cento ao mês. (...)
superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar
§ 6º A opção pelo parcelamento de que trata este
resposta, ao fim do qual, com ou sem contestação, ob-
artigo importa renúncia ao direito de opor embargos
servar-se-á, no que couber, o procedimento comum.
Art. 917. Nos embargos à execução, o executado po-
derá alegar: Obs.: O recurso de embargos infringentes deixou de
VI – qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir existir no CPC/15.
como defesa em processo de conhecimento.
CF/88, art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justi-
Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito ça: (...) III – julgar, em recurso especial, as causas decidi-
suspensivo. das, em única ou última instância, pelos Tribunais Regio-
nais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito
57 Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) con-
Nicole ajuizou ação rescisória em face de Luciano, peran- trariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
te o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios
– TJDFT. Após o juízo de admissibilidade positivo feito
pelo relator, foi concedido o prazo de 25 dias para o réu
contestar. Após a tramitação procedimental, foi proferi-
do acordão não unânime que acolheu o pedido de res-
cisão do julgado, com o consequente novo julgamento.
Todavia, não houve a aplicação da técnica de ampliação
do colegiado. O advogado de Nicole já foi intimado da
referida decisão, tendo transcorrido seis dias úteis. A
partir desta realidade, marque a opção correta:
(A) O prazo de contestação concedido está acima do pra-
zo legal do CPC.
(B) O advogado de Luciano poderá opor embargos in-
fringentes.
(C) Como não foi aplicada a técnica de ampliação do
colegiado prevista no CPC, será cabível a interposi-
ção do recurso especial, por violação de norma in-
fraconstitucional, desde que preenchidos os demais
requisitos de admissibilidade deste recurso.
(D) A técnica de ampliação do colegiado não é cabível
neste caso.

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 5º Simulado OAB
DIREITO PENAL
MICHELLE TONON
58 sua namorada Nádia, decide matá-la. Alguns dias após
Abílio foi condenado em primeira instância, em 4 de
abril de 2022, pela prática do crime de estupro (art. 213
do Código Penal), por fato cometido em 16 de outubro
de 2020. Em sua folha de antecedentes penais (FAP),
Abílio apresenta anotação pela prática do delito previsto
no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, por ter sido flagrado, na
via pública, fumando um cigarro de maconha, em 30 de
dezembro de 2018. Além disso, foi também condenado
pela prática de roubo majorado pelo emprego de arma
branca, ocorrido em 2 de junho de 2017, com trânsito
em julgado em 30 de novembro de 2020. Familiares de
Abílio o/a procuram, como advogado/a, para esclareci-
mentos quanto à situação processual do rapaz, que foi
considerado reincidente pelo magistrado que senten-
ciou o processo pelo crime de estupro. Acerca da situa-
ção hipotética, você deverá esclarecer que
(A) a condenação anterior pelo crime de roubo majora-
do, embora não transitada em julgado no momen-
to da prolação da sentença pela prática do estupro,
pode ser considerada para fins de reincidência.
(B) Abílio é reincidente específico em crime hediondo, já
que a Lei n. 13.964/2019 incluiu o roubo majorado
pelo emprego de arma branca no rol dos crimes pre-
vistos na Lei n. 8.072/1990. Assim, somente poderá
progredir de regime com o resgate de 60% da pena
aplicada ao estupro.
(C) será possível alegar, em razões de apelação, o de-
sacerto da dosimetria de pena, já que Abílio não é
reincidente, pois o trânsito em julgado do crime de
roubo é posterior ao delito de estupro.
(D) a dosimetria da pena na sentença quanto ao crime
de estupro de Abílio está correta, vez que a prática
anterior do delito de porte de drogas para consumo
pessoal, previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006,
pode ser utilizada para fins de reincidência, segundo
entendimento jurisprudencial.
Letra c.
Abílio não é reincidente, nos termos do art. 63 do Có-
digo Penal, pois o trânsito em julgado da condenação
pelo roubo é posterior à prática do estupro. Ademais,
a prática anterior do delito previsto no art. 28 da Lei n.
11.343/2006 não autoriza o reconhecimento da reinci-
dência, segundo entendimento pacificado no STJ.
Embora o estupro seja, de fato, crime hediondo, o roubo
praticado por Abílio não se inclui nessa categoria.
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1ª Fase do Exame 36º
59
Juliano, morador de pequena cidade no interior do es-
tado do Mato Grosso, inconformado com a traição de
a descoberta da autoria do crime, Juliano contrata você
como seu advogado/a. Na entrevista pessoal, Juliano in-
forma que matou Nádia para preservar sua honra, afinal
a traição era algo imperdoável e todos os habitantes da
pequena cidade souberam do ocorrido e começaram a
fazer comentários jocosos. Diante da narrativa de Julia-
no, antes do julgamento do caso perante o Tribunal do
Júri, você deverá explicar ao seu cliente que a tese da
legítima defesa da honra, segundo o STF:
(A) admite seu cabimento em hipóteses excepcionais,
de forma mitigada, embora não possa ser utilizada
como tese defensiva principal, de forma direta.
(B) é inconstitucional, por contrariar os princípios cons-
titucionais da dignidade da pessoa humana, da pro-
teção à vida e da igualdade de gênero.
(C) pode ser alegada em plenário do Tribunal do Júri, já
que argumentos não jurídicos são admitidos em ho-
menagem à plenitude de defesa e considerando os
aspectos culturais da sociedade brasileira.
(D) possui aplicação condicionada à preservação da ima-
gem da vítima, a fim de afastar argumentos violado-
res da dignidade da pessoa.
Letra b.
Segundo decidido pelo STF na Medida Cautelar na ADPF
779, a tese da legítima defesa da honra é inconstitucio-
nal, por contrariar os princípios constitucionais da digni-
dade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF), da proteção
à vida e da igualdade de gênero (art. 5º, caput, da CF).
Fica obstado à defesa, à acusação, à autoridade policial e
ao juízo que utilizem, direta ou indiretamente, a tese de
legítima defesa da honra (ou qualquer argumento que
induza à tese) nas fases pré-processual ou processual pe-
nais, bem como durante o julgamento perante o tribunal
do júri, sob pena de nulidade do ato e do julgamento.
 5º Simulado OAB
60 61
Lauro, primário, de bons antecedentes, sem envolvimen-
to anterior com práticas criminosas, aceita a proposta de
Carlos para levar, no interior de seu corpo, 20 gramas
de cocaína que deveriam ser entregues ao sentenciado
Rubens, que cumpre pena em regime fechado. Assim,
no dia de visitação no presídio, Lauro, após engolir o
entorpecente em pequenas trouxinhas, entra na fila de
visitantes na área externa do estabelecimento prisional
e passa pela revista no scanner corporal, quando os ob-
jetos suspeitos são identificados pelos policiais penais.
Lauro confessa os fatos e é encaminhado ao hospital,
para os procedimentos de retirada da droga, e após é
conduzido à delegacia de polícia. Considerando a situ-
ação hipotética narrada, assinale a alternativa correta:
(A) Lauro consumou o crime de tráfico de drogas, na for-
ma majorada, pois trazia o entorpecente consigo e ti-
nha a intenção de levá-lo para o interior do estabeleci-
mento prisional. Poderá, na individualização da pena,
ser beneficiado com a minorante do tráfico privilegia-
do, diante do preenchimento dos requisitos legais.
(B) Lauro praticou o crime de tráfico de drogas na moda-
lidade tentada, pois a consumação do delito exigiria
a efetiva entrada no estabelecimento prisional.
(C) Lauro poderá ser criminalmente processado pela con-
duta prevista no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, já que
pode ser enquadrado como usuário de drogas, por não
ter comercializado o entorpecente que trazia consigo.
(D) Lauro não praticou crime, pois não chegou a entre-
gar ao sentenciado Rubens o entorpecente que tra-
zia consigo e sua conduta não causou qualquer gra-
vame à sociedade.
Letra a.
A conduta praticada por Lauro corresponde ao tráfi-
co de drogas consumado, previsto no art. 33 da Lei n.
11.343/2006. O tipo penal em comento é misto alterna-
tivo, de conteúdo múltiplo ou variado e Lauro incidiu na
modalidade “trazer consigo”. Não é necessário, para a
consumação do crime, que o agente obtenha algum pro-
veito econômico ou que chegue ao destino pretendido.
O fato de praticar o tráfico nas imediações do presídio
torna o crime majorado, nos termos do art. 40, III, da Lei
n. 11.343/2006.
Não se cogita de incidência no art. 28 da Lei n.
11.343/2006, pois Lauro não trazia consigo a droga para
fins de consumo pessoal.
Considerando a presença cumulativa dos requisitos da
primariedade, bons antecedentes, a não dedicação a
atividades criminosas e não integrar organização crimi-
nosa, Lauro, na individualização da pena, fará jus ao pri-
vilégio previsto no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006,
uma causa de diminuição de pena que afasta o caráter
hediondo do tráfico.
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1ª Fase do Exame 36º
Norberto, proprietário de um pequeno mercado, adqui-
riu numa feira popular um revólver de uso permitido,
sem autorização legal ou regulamentar, com o intuito de
defender seu estabelecimento e patrimônio. Cerca de
um mês após a aquisição da arma, que ficou todo tempo
guardada, devidamente municiada, Norberto, resolveu
comemorar a vitória de seu time de futebol e efetuou
disparos para o alto na via pública. Assustados, os vizi-
nhos acionaram a polícia. Indagado sobre o ocorrido,
Norberto narrou aos policiais todos os fatos, sendo certo
que não tinha autorização legal para portar ou possuir
qualquer tipo de arma. Restando comprovados os fatos
por prova oral e pericial, assinale a alternativa correta:
(A) Norberto responderá pelos crimes de posse de arma
de fogo e de disparo de arma de fogo, em continui-
dade delitiva.
(B) Norberto responderá apenas pelo crime de disparo
de arma de fogo, ficando o crime de posse irregular
absorvido.
(C) Norberto não responderá por qualquer crime, pois
sua conduta não gerou perigo concreto aos vizinhos
do bar.
(D) Norberto responderá pelos crimes de posse de arma
de fogo e de disparo de arma de fogo, em concurso
material.
Letra d.
Considerando os contextos fáticos distintos e os desíg-
nios autônomos, Norberto deverá ser punido pelos cri-
mes previstos nos artigos 12 e 15 da Lei n. 10.826/2003,
em concurso material.
De acordo com o art. 12 da Lei n. 10.826/2003, possuir
ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, em desacordo com deter-
minação legal ou regulamentar, no interior de sua re-
sidência ou dependência desta, ou, ainda no seu local
de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
legal do estabelecimento ou empresa configura o crime
de posse irregular de arma de fogo de uso permitido. O
crime é de perigo abstrato ou presumido, isto é, não é
necessária a demonstração de efetiva situação de perigo
na hipótese concreta.
Por sua vez, o art. 15 da Lei n. 10.826/2003 prevê ser cri-
me disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
finalidade a prática de outro crime.
Segundo a Edição 102 da Jurisprudência em Teses do STJ:
Não se aplica o princípio da consunção quando os
delitos de posse ilegal de arma de fogo e disparo de
arma em via pública são praticados em momentos di-
versos e em contextos distintos.
 5º Simulado OAB
62 63
Ao manobrar seu automóvel no interior da garagem
de sua residência, Maria, descuidadamente, atropela o
amigo André, que orientava a manobra, o qual sofre le-
sões corporais de natureza leve. Durante a investigação
do fato, apura-se que Maria não possuía permissão ou
habilitação para dirigir veículos. Contudo, alguns dias
depois do registro do fato, André comparece à Delegacia
de Polícia e se retrata da representação anteriormente
oferecida.
Sobre a situação hipotética descrita e as previsões do Có-
digo de Trânsito Brasileiro, assinale a alternativa correta:
(A) Maria poderá ser criminalmente responsabilizada
por dirigir veículo automotor sem permissão ou ha-
bilitação, ou quando cassado o direito de dirigir, nos
termos do art. 309 da Lei n. 9.503/1997.
(B) Passados seis meses do atropelamento, Maria pode-
rá ser criminalmente responsabilizada por lesão cor-
poral culposa na direção de veículo automotor, delito
previsto no art. 303 da Lei n. 9.503/1997.
(C) Em qualquer hipótese de lesão corporal culposa pra-
ticada na direção de veículo automotor, a ação penal
será pública condicionada à representação da vítima.
(D) Sendo esse um delito de ação penal pública condi-
cionada, como André se retratou da representação
anteriormente oferecida, uma vez exaurido o prazo
decadencial de seis meses, Maria não poderá ser cri-
minalmente responsabilizada pelo delito.
Letra d.
Maria praticou o crime de lesão corporal culposa majo-
rada na direção de veículo automotor (art. 303, § 1º, do
CTB). A pena máxima é de 3 (três) anos. Logo, não se
trata de infração de menor potencial ofensivo. A com-
petência será do juízo criminal comum, e não do Juizado
Especial Criminal. No entanto, continua sendo cabível a
suspensão condicional do processo, visto que a pena mí-
nima não é superior a 1 ano. A ação penal é pública con-
dicionada à representação (visto que não caracterizada
as hipóteses do art. 291, § 1º, do CTB).
Sendo esse um delito de ação penal condicionada a re-
presentação, nos termos do art. 88 da Lei n. 9.099/1995,
como André se retratou da representação anteriormen-
te oferecida e, uma vez exaurido o prazo decadencial de
seis meses (art. 38 do CPP), Maria não poderá ser crimi-
nalmente responsabilizada pelo crime.
O crime previsto no art. 309 do CTB exige que o agente
dirija em via pública o veículo automotor, sem a devi-
da permissão para dirigir ou habilitação. Porém, como
Maria manobrou o veículo no interior de uma garagem
particular, não se tipifica a conduta descrita no referido
dispositivo legal.
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1ª Fase do Exame 36º
Marcos foi sentenciado, em 22 de março de 2022, a
6 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pelo
delito de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n.
11.343/2006), tendo sido reconhecida sua reincidência
devido a condenações definitivas anteriores pelos cri-
mes de furto qualificado pelo concurso de agentes (art.
155, § 4º, IV, do Código Penal) e porte ilegal de arma
de fogo de uso restrito (art. 16 da Lei n. 10.826/2003).
Considerando a legislação em vigor e o caso hipotético
narrado, assinale a alternativa correta sobre a execução
da pena privativa de liberdade de Marcos:
(A) Com o advento do Pacote Anticrime, Lei n.
13.964/2019, não houve modificação quanto à natu-
reza hedionda do crime de porte de arma de fogo de
uso restrito, previsto no art. 16 da Lei n. 10.826/2003
(Estatuto do Desarmamento).
(B) Segundo a jurisprudência dos Tribunais Superiores,
deve ser reconhecida a retroatividade do patamar
estabelecido no art. 112, V, da Lei de Execução Penal,
àqueles apenados que, embora tenham cometido
crime hediondo ou equiparado sem resultado morte,
não sejam reincidentes em delito de natureza seme-
lhante. Logo, a progressão de Marcos quanto ao trá-
fico de drogas se dará com o alcance de 40% da pena.
(C) Considerando o fato de Marcos ser reincidente espe-
cífico em crimes hediondos ou equiparados, somen-
te poderá progredir de regime após a realização de
exame criminológico.
(D) A Lei n. 13.964/2019, conhecida como Pacote An-
ticrime, promoveu profundas alterações no marco
normativo referente aos lapsos exigidos para o al-
cance da progressão a regime menos gravoso na Lei
de Execução Penal. Porém, foram mantidas as dispo-
sições do art. 2º, § 2º, da Lei n. 8.072/1990 (Lei dos
Crimes Hediondos). Assim, a progressão de regime
de Marcos ocorrerá com o implemento de 3/5 da
pena referente ao tráfico de drogas.
Letra b.
Marcos foi condenado por crime equiparado a hedion-
do, o tráfico de drogas, e teve a reincidência reconhecida
pela prática dos crimes de furto qualificado, crime não
hediondo, e porte ilegal de arma de fogo de uso restri-
to, crime que deixou de ser hediondo com o advento
da Lei n. 13.964/2019 e em relação ao qual se opera
a retroatividade da norma penal mais benéfica. Logo,
Marcos não pode ser considerado reincidente específico
em crime hediondo ou equiparado, vez que as conde-
nações anteriores, com trânsito em julgado, foram por
crimes comuns.
 5º Simulado OAB
Com a entrada em vigor do Pacote Anticrime, foi revoga-
do expressamente o art. 2º, § 2º, da Lei n. 8.072/1990,
passando a progressão de regime dos crimes hedion-
dos e equiparados a ser regida pela Lei n. 7.210/1984,
a Lei de Execução Penal. Antes, de acordo com a Lei n.
11.464/2007, as frações para progressão em caso de cri-
me hediondo ou equiparado eram de 2/5 para o senten-
ciado primário e 3/5 para o reincidente, independente-
mente da natureza da reincidência (específica ou não).
Marcos foi condenado por crime equiparado a hedion-
do, o tráfico de drogas, e teve a reincidência reconhe-
cida pela prática de crimes comuns. Para tal hipótese,
inexiste na novatio legis percentual a disciplinar a pro-
gressão de regime, pois as porcentagens de 60% e 70%
foram destinadas aos reincidentes específicos. Dessa
forma, Marcos irá progredir para o regime menos gravo-
so quando resgatar 40% da pena fixada para o tráfico de
drogas, nos termos do art. 112, V, da Lei n. 7.210/1984,
com a redação conferida pelo Pacote Anticrime. Tal en-
tendimento já está consolidado pela jurisprudência da
Terceira Seção do STJ, com tema fixado em sede de jul-
gamento de recursos especiais repetitivos.
Quanto ao exame criminológico, está previsto no art. 8º
da LEP e busca analisar questões de ordem psicológica e
psiquiátrica do sentenciado, com o propósito de revelar
elementos como maturidade, frustrações, vínculos afe-
tivos, grau de agressividade e periculosidade e, a partir
disso, fornecer um prognóstico sobre a potencialidade
de novas práticas criminosas. Não existe, desde a altera-
ção da LEP promovida pela Lei n. 10.792/2003, exigên-
cia expressa em lei quanto à realização do exame crimi-
nológico como requisito para a progressão de regime.
Uma vez preenchido o lapso temporal correspondente
(requisito objetivo) e ostentando bom comportamento
carcerário, será possível ao apenado passar ao regime
mais brando.
Não obstante a ausência de previsão legislativa, entende
a jurisprudência que o exame pode ser realizado, desde
que de forma fundamentada. Nesse sentido, observa-se
entendimento sumulado do STJ (Súmula 439) e Súmula
Vinculante 26.
De todo modo, a fundamentação para que o exame seja
feito deve estar relacionada a fatos ocorridos durante
a execução da pena (fugas, participação em rebeliões,
atos reiterados de indisciplina) e não pode se pautar na
gravidade do delito, que já foi considerada para a fixação
da pena pelo juízo de conhecimento.
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1ª Fase do Exame 36º
DIREITO PROCESSUAL PENAL
LORENA OCAMPOS
64
João e José são candidatos ao cargo de síndico do Edifí-
cio Maravilha. Em uma reunião de condomínio, estando
presentes cerca de 50 pessoas, João grita a seguinte fra-
se de caráter dúbio: “José tem tudo o que tem porque
pegou na mão grande”. José, ofendido, procura a tutela
de seus direitos na Delegacia de Polícia competente e
contrata você como advogado. Diante do caso prático,
assinale a alternativa correta.
(A) José tem 6 meses para exercer o seu direito de quei-
xa, contados do dia em que vier a saber quem é o
autor do crime.
(B) Em caso de morte de José, o direito de oferecer quei-
xa ou prosseguir na ação passará ao seu cônjuge,
descendente ou inventariante.
(C) O pedido de instauração de inquérito policial sus-
pende o transcurso do prazo decadencial para pro-
positura da queixa enquanto o inquérito não estiver
relatado pela autoridade policial.
(D) Não é possível a propositura de queixa sem que te-
nha sido instaurado previamente o inquérito policial.
Letra a.
(A) Certo. De acordo com o art. 38 do CPP.
(B) Errado. Em caso de morte de José, o direito de ofere-
cer queixa ou prosseguir na ação penal passará ao CADI:
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, conforme
art. 31 do CPP.
(C) Errado. O pedido e a instauração de inquérito policial
não suspendem o prazo decadencial para o oferecimen-
to da queixa-crime.
(D) Errado. Uma das características do inquérito policial
é a dispensabilidade, ou seja, pode ocorrer a promoção
da ação penal desde que a denúncia ou a queixa este-
jam minimamente consubstanciadas nos elementos exi-
gidos em lei.
 5º Simulado OAB
65 (C) o juiz não poderá, de oficio, revogar a prisão preven-
André responde a inquérito policial por furto suposta-
mente praticado contra a vítima Joana. Consta dos autos
a subtração da bolsa e do celular da vítima, havendo re-
ferência de que apenas a bolsa foi apreendida e restitu-
ída a Joana. O celular não foi localizado, tendo a vítima
sofrido um prejuízo de aproximadamente R$ 1.000,00.
Com medo de não ser indenizada pela perda de seu
celular, Joana procura você, como advogado, para uma
consultoria jurídica. Você deverá esclarecer à vítima
que, nos termos do Código de Processo Penal, poderá
propor ação para que tenha o valor do bem restituído.
No entanto, impede a propositura de ação civil indeniza-
tória a decisão penal que
(A) julgar extinta a punibilidade de André.
(B) arquivar o inquérito policial que tramita con-
tra André.
(C) reconhecer a inexistência material do furto.
(D) absolver André em razão de o fato imputado não
constituir crime.
Letra c.
Nos termos do art. 66, do CPP, a ação civil poderá ser
proposta quando não tiver sido, categoricamente, reco-
nhecida a inexistência material do fato. Na sequência,
prevê o art. 67, do CPP, que não impedirão a propositura
da ação civil: o despacho de arquivamento do inquérito
ou das peças de informação; a decisão que julgar extinta
a punibilidade; a sentença absolutória que decidir que o
fato imputado não constitui crime.
66 tica do crime de roubo, previsto no art. 157 do Código
Pedro e Paulo, ambos devidamente identificados, foram
denunciados pela prática de um crime de receptação
(pena: 01 a 04 anos de reclusão e multa), não tendo o
Ministério Público requerido, por ocasião da denúncia,
decretação da prisão preventiva. No curso da ação pe-
nal, o magistrado verificou que Pedro possuiria diversas
condenações pela prática de crimes patrimoniais, sendo
reincidente em crime doloso. Já Paulo seria tecnicamen-
te primário, mas possuidor de maus antecedentes. Com
base nisso, o juiz decretou a prisão preventiva de ambos
os denunciados, apesar de ausência de requerimento do
Ministério Público. Considerando apenas as informações
expostas, é correto afirmar que
(A) as prisões são legais, pois o juiz, no curso do proces-
so penal, pode decretar, de ofício, a prisão preventi-
va dos acusados, diferente do que ocorre antes do
início da ação penal.
(B) as prisões são ilegais, mas, ainda que se trate de
crime punido com pena máxima não superior a 4
(quatro) anos, a prisão preventiva seria, em tese,
possível, diante da reincidência de Pedro e dos maus
antecedentes de Paulo.
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1ª Fase do Exame 36º
tiva dos denunciados, caso verifique que não mais
subsistem os motivos que a justificaram, dependen-
do de provocação da parte.
(D) o decreto de prisão foi ilegal, apesar de, em tese,
ser possível a prisão de Pedro, por ser reincidente,
e não ser possível a de Paulo, por ser tecnicamente
primário.
Letra d.
(A) Errado. O juiz não pode decretar a prisão preventiva
de ofício, de acordo com o art. 311 do CPP.
(B) Errado. As prisões foram ilegais, tendo em vista que
o magistrado decretou de ofício (art. 311, CPP). Em
tese, é possível a prisão preventiva de Pedro, confor-
me art. 313, II, CPP. Não é cabível/admissível a prisão
de Paulo, por não se encaixar em nenhuma previsão do
art. 313, CPP.
(C) Errado. O juiz poderá, de ofício, revogar a prisão pre-
ventiva dos denunciados, caso verifique que não mais
subsistem os motivos que a justificaram, conforme art.
316, caput, do CPP.
(D) Certo. As prisões foram ilegais, tendo em vista que o
magistrado decretou de ofício (art. 311, CPP). Em tese, é
possível a prisão preventiva de Pedro, conforme art. 313,
II, CPP. Não é cabível/admissível a prisão de Paulo, por
não se encaixar em nenhuma previsão do art. 313, CPP.
67
Mateus responde, preso preventivamente, a inquérito
policial conduzido pela Polícia Civil, que investiga a prá-
Penal. Quanto ao prazo de duração, é correto dizer que
o inquérito em questão deve ser concluído no prazo de
(A) 15 dias, contados do dia em que foi executada a or-
dem de prisão.
(B) 30 dias, contados do dia em que foi executada a or-
dem de prisão, podendo ser prorrogado uma vez por
igual período.
(C) 90 dias, contados do dia em que foi executada a or-
dem de prisão.
(D) 10 dias, contados do dia em que foi executada a or-
dem de prisão.
Letra d.
Nos termos do art. 10, do CPP, o inquérito deverá termi-
nar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, conta-
do o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se exe-
cutar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando
estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
 5º Simulado OAB
68 (B) não sendo possível o exame de corpo de delito, por
Policiais militares estavam em patrulhamento de rotina,
quando avistaram Roberto e Ricardo que fugiram ao ver
a viatura policial, um dos quais entrou em sua residência.
Sem que houvesse denúncia anônima e sem autoriza-
ção judicial, a guarnição policial ingressou na residência,
momento em que se logrou apreender entorpecentes.
Apresentando a ocorrência na unidade de Polícia Judici-
ária, a guarnição policial fez constar que um vizinho teria
autorizado o ingresso na residência. Roberto e Ricardo
contratam você como advogado. Diante desse cenário, é
correto afirmar que a prisão é:
(A) ilegal, diante da ausência de prévia autorização judi-
cial para busca na residência.
(B) legal, por haver flagrante de crime permanente, o
que dispensa a prévia autorização judicial.
(C) legal, diante do consentimento válido do vizinho
para ingresso na residência.
(D) ilegal, pois a busca e apreensão não poderia ser exe-
cutada pela Polícia Militar.
Letra a.
Segundo entendimento jurisprudencial firmado pelo
STJ, a existência de denúncias anônimas somada à fuga
do acusado, por si sós, não configuram fundadas razões
a autorizar o ingresso policial no domicílio do acusado
sem o seu consentimento ou determinação judicial. É
possível notar que na situação narrada sequer existiam
elementos para a entrada no domicílio.
Não é possível, portanto, que a mera apreensão por
eventualidade sirva para dar guarida retroativa à viola-
ção de domicílio que deveria ter sido precedida de or-
dem judicial.
69 reto afirmar que há proibição de:
Marcos desferiu um soco no rosto de Roberta, na frente
dos filhos do casal, mas a vítima não compareceu à dele-
gacia de polícia após os fatos, nem mesmo buscou atendi-
mento no hospital, pois o ofensor a impediu. Apenas uma
semana depois a vítima conseguiu buscar ajuda e procu-
rou a delegacia de polícia para registro da ocorrência, mas
não foi encaminhada ao Instituto Médico Legal para a re-
alização do exame de corpo de delito, pois os vestígios do
crime já tinham desaparecido. Também não foi possível
a realização de exame indireto, já que não havia boletim
ou prontuário de atendimento médico, pois a vítima não
pode ir ao hospital anteriormente, já que o ofensor a im-
pediu. No caso em tela, estabelece o Código de Processo
Penal que:
(A) a realização do exame de corpo de delito, em regra, é
facultativa, cabendo ao delegado de polícia decidir se
a vítima deve ser submetida à perícia e, em caso de
negativa da vítima, haverá sua condução coercitiva.
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1ª Fase do Exame 36º
haverem desaparecido os vestígios, a prova testemu-
nhal poderá suprir-lhe a falta.
(C) como a infração deixou vestígios, é indispensável o
exame de corpo de delito direto, razão pela qual não
há como se provar a materialidade delitiva, exceto se
houver exame indireto por foto ou vídeo.
(D) como a infração deixou vestígios, é indispensável o
exame de corpo de delito, razão pela qual não há
como se provar a materialidade delitiva, exceto se
houver a confissão do investigado.
Letra b.
Nos termos do art. 158, do CPP, quando a infração deixar
vestígios, será indispensável o exame de corpo de deli-
to, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão
do acusado. Desse modo, o exame é obrigatório, e não
facultativo, bem como a confissão não poderá suprir a
falta, o que torna as letras A, C e D incorretas.
No caso em tela, o aluno deve ter atenção ao detalhe
dito pelo examinador: o exame de corpo de delito não
foi possível, pois o ofensor impediu que a vítima fosse ao
hospital ou à delegacia e, assim, desapareceram os ves-
tígios. Nesse caso, de acordo com o art. 167, do CPP, não
sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá
suprir-lhe a falta.
DIREITO DO TRABALHO
RAFAEL TONASSI
70
Em relação às limitações de idade para o trabalho, é cor-
(A) trabalho penoso aos menores de dezesseis anos.
(B) trabalho na condição de aprendiz após os dezoi-
to anos.
(C) qualquer trabalho, inclusive na condição de apren-
diz, aos menores de quatorze anos.
(D) trabalho noturno, insalubre e perigoso aos menores
de vinte e um anos.
Letra c.
Art. 7º, CF/88. São direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou
insalubre aos menores de dezoito e de qualquer tra-
balho a menores de quatorze anos, salvo na condição
de aprendiz;
 5º Simulado OAB
71 Letra c.
Considerando-se que a CLT prevê requisitos para a con-
figuração da relação de emprego, é um dos elementos
essenciais da relação entre empregado e empregador,
previsto na CLT:
(A) a eventualidade na prestação dos serviços.
(B) o trabalho do empregado sujeito a controle de
horário.
(C) a remuneração paga por produtividade e desempe-
nho do empregado.
(D) a subordinação na prestação dos serviços.
Letra d.
Art. 3º, CLT. Considera-se empregado toda pessoa física
que prestar serviços de natureza não eventual a empre-
gador, sob a dependência deste e mediante salário.
72 trabalho, recebendo pelo trabalho extraordinário su-
Para que as alterações das condições dos contratos in-
dividuais de trabalho sejam consideradas lícitas, é ne-
cessário que
(A) sejam comunicadas por escrito pelo empregador ao
empregado.
(B) decorram de mútuo consentimento, independente-
mente de prejuízo.
(C) decorram de mútuo consentimento e delas não de-
corram prejuízos nem para o empregado, nem para
o empregador.
(D) decorram de mútuo consentimento e delas não de-
corram prejuízos diretos ou indiretos ao empregado.
Letra d.
Art. 468, CLT. Nos contratos individuais de trabalho só
é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo
consentimento, e ainda assim desde que não resultem,
direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob
pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
73 férias, na proporção de
No que se refere aos períodos de repouso assegurados
ao empregado por lei, é incorreto afirmar:
(A) O descanso semanal remunerado terá duração de
vinte e quatro horas consecutivas e será concedido
preferencialmente aos domingos.
(B) O trabalho em domingo, seja total ou parcial, será
sempre subordinado à permissão prévia da autorida-
de competente em matéria de trabalho.
(C) Entre duas jornadas de trabalho, haverá um período
mínimo de descanso de dez horas consecutivas.
(D) Não excedendo de seis horas o trabalho, será obriga-
tório um intervalo de quinze minutos quando a dura-
ção ultrapassar quatro horas.
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1ª Fase do Exame 36º
Art. 66, CLT. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho have-
rá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas
para descanso.
74
As normas trabalhistas regulamentam o trabalho notur-
no e as horas extraordinárias. Segundo tais normas,
(A) a hora do trabalho noturno para o trabalhador ur-
bano será computada como de cinquenta minutos e
trinta segundos.
(B) a remuneração da hora extraordinária ou suplemen-
tar, que será, pelo menos, 25% (vinte cinco por cen-
to) superior à da hora normal.
(C) os gerentes que exercem cargos de gestão, bem
como os diretores e chefes de departamento ou fi-
lial também estão sujeitos ao regime de duração do
perior a 10 horas por dia.
(D) o trabalho noturno urbano será considerado como
aquele que é executado entre às vinte e duas horas
de um dia e às cinco horas do dia seguinte.
Letra d.
Art. 73, CLT. Salvo nos casos de revezamento semanal
ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração su-
perior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração
terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo me-
nos, sobre a hora diurna.
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo,
o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5
horas do dia seguinte.
75
Nos contratos de trabalho comuns regidos pela CLT, após
cada período de 12 meses de vigência do contrato de
trabalho, considerando-se as faltas injustificadas no res-
pectivo período aquisitivo, o empregado terá direito a
(A) 30 dias corridos, quando não houver faltado ao ser-
viço mais de 5 vezes.
(B) 22 dias corridos, quando houver tido de 6 a 20 faltas.
(C) 18 dias corridos, quando houver tido de 21 a 25
faltas.
(D) 14 dias corridos, quando houver tido de 26 a 30
faltas.
Letra a.
Art. 130, CLT. Após cada período de 12 (doze) meses de
vigência do contrato de trabalho, o empregado terá di-
reito a férias, na seguinte proporção:
I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado
ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
 5º Simulado OAB
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
ARYANNA LINHARES
76 vogado comum.
Lúcia Narizinho Arrebitado trabalhou por um ano e meio
para Reino das Águas Claras Lavanderia e foi dispensada
sem justa causa em agosto de 2021. Recebeu as verbas
rescisórias, mas verificou que algumas horas extras tra-
balhadas não foram pagas. Para defender seus direitos,
contratou um advogado que conseguiu fazer um acordo
com a ex-empregadora. Narizinho ficou bastante satis-
feita com o que foi combinado e a empresa também.
Sendo assim, as partes ajuizaram uma homologação de
acordo extrajudicial na Justiça do Trabalho, por meio de
uma petição conjunta assinada pelo advogado de cada
uma. Entretanto, o juiz se recusou a homologar o acordo
porque entendeu que o valor não era nada favorável à
Lúcia. Com base no que foi relatado, considerando o que
dispõe a CLT, marque a afirmativa correta.
(A) As partes deverão, quantas vezes necessário, propor
novamente a mesma ação, que será levada à livre
distribuição para outro juízo, até que consigam obter
a homologação.
(B) Da decisão que negou a homologação desejada cabe
recurso ordinário.
(C) O juiz do trabalho não está obrigado a homologar o
acordo, por esse motivo, nada mais poderá ser fei-
to com relação à demanda proposta, cabendo à ex-
-empregada propor uma reclamação trabalhista para
obter o pagamento das horas extras devidas.
(D) Não há previsão legal para esse tipo de demanda na
Justiça do Trabalho, por isso, o juiz agiu bem.
Letra b.
(A) Errado. Não há previsão legal nesse sentido.
(B) Certo. Considerando que a decisão do juízo que não
homologa acordo é uma sentença terminativa do feito,
a única medida possível seria o RO, com base no que
prevê o art. 895, I, da CLT.
Art. 895, CLT. Cabe recurso ordinário para a instância
superior:
I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas
e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias;
(C) Errado. O juiz realmente não é obrigado a homologar
o acordo, mas isso não significa que nada mais possa ser
feito na demanda, pois a decisão não homologatória de
acordo extrajudicial desafia recurso ordinário.
(D) Errado. Existe previsão legal sim. A homologação de
acordo extrajudicial é tratada pela CLT em seus artigos
855-B a 855-E.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
1ª Fase do Exame 36º
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo
extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo
obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1º As partes não poderão ser representadas por ad-
§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advo-
gado do sindicato de sua categoria.
Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o
prazo estabelecido no § 6o do art. 477 desta Consoli-
dação e não afasta a aplicação da multa prevista no §
8o art. 477 desta Consolidação.
Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da dis-
tribuição da petição, o juiz analisará o acordo, desig-
nará audiência se entender necessário e proferirá
sentença.
Art. 855-E. A petição de homologação de acordo ex-
trajudicial suspende o prazo prescricional da ação
quanto aos direitos nela especificados.
Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir
no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da deci-
são que negar a homologação do acordo.
77
Saci Pererê ingressou com reclamação trabalhista contra
Bolinhos de Polvilho do Sítio do Pica-Pau Amarelo Ltda.
Durante a audiência, foram ouvidos os depoimentos
pessoais de ambas as partes. Saci Pererê optou por não
produzir prova testemunhal, mas Bolinhos de Polvilho
do Sítio do Pica-Pau Amarelo levou 3 testemunhas que
estiveram todo o tempo dentro da sala de audiência e
foram ouvidas uma depois da outra, sem que as demais
se retirassem do ambiente. Com base no que prevê a
CLT, o advogado de Pererê deve:
(A) acatar, pois a medida atende aos princípios da celeri-
dade e da economia processual, sendo esse o proce-
dimento esperado.
(B) requerer a invalidação dos depoimentos.
(C) se o reclamante optou por não ouvir testemunhas,
o reclamado também não poderia indicar tes-
temunhas.
(D) requerer que seja adiada a audiência, para que o au-
tor possa produzir prova testemunhal.
Letra b.
(A) Errado. A CLT é expressa em impedir que as testemu-
nhas ouçam os depoimentos umas das outras, confor-
me art. 824.
Art. 824, CLT. O juiz ou presidente providenciará para
que o depoimento de uma testemunha não seja ou-
vido pelas demais que tenham de depor no processo.
 5º Simulado OAB 1ª Fase do Exame 36º

(B) Certo. Os depoimentos das testemunhas ouvidos pe- (D) Explicaria à Emília que é possível ajuizar uma recla-
las demais resultam manifesto prejuízo à parte autora mação trabalhista e que a ação deve ser proposta no
(art. 794, CLT) e contrariam expressa determinação legal, prazo de dois anos contados da sua dispensa.
devendo, por isso, ser requerida a invalidação da oitiva.
Letra d.
Art. 794, CLT. Nos processos sujeitos à apreciação da (A/B/C) Errado. As prescrições não correm contra me-
Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resul- nor, conforme determina o art. 440 da CLT, mas passam
tar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes a correr quando o empregado se torna maior.
litigantes.
Art. 440, CLT. Contra os menores de 18 (dezoito) anos
(C) Errado. O direito das partes de ouvir testemunhas não corre nenhum prazo de prescrição.
independe da vontade da outra parte.
(D) Errado. Não há que se falar em adiamento de audi- (D) Certo. A ação cabível é a reclamação trabalhista. E,
ência especificamente para produção de prova testemu- nos termos do art. 440 da CLT, não há prescrição contra
nhal, pois o direito do autor em produzi-la precluiu no o menor. Isso significa que o prazo da prescrição bienal
ato da audiência em que compareceu e não apresentou (2 anos) só começa a ser contado quando o empregado
suas testemunhas. A nulidade não pode se pronunciada completa 18 anos. Como Emília fez 18 anos um dia an-
por aquele que lhe deu causa (art. 796, b, CLT). tes de ser dispensada, a reclamação trabalhista pode ser
proposta em até dois anos a contar da dispensa.
Art. 796, CLT. A nulidade não será pronunciada:
(...) 79
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa.
Visconde de Sabugosa propôs reclamação trabalhista
em face de Laboratório do Porão Ltda. O processo já
78
se encontra na fase de execução. Laboratório do Porão
Pirlimpimpim Pós Mágicos Ltda. contratou Emília, com
apresentou exceção de pré-executividade que, após
seus 17 anos de idade, para trabalhar na linha de acon-
conferida vista à parte contrária, foi julgada procedente
dicionamento do pó de pirlimpimpim em saquinhos
pelo juiz. Este também reconheceu a nulidade da citação
especiais para exportação. Como Emília era malcria-
e de todos os atos a ela subsequentes, determinando
da, teimosa e “falava pelos cotovelos”, acabou não se
que seja realizada nova citação para que o Laboratório,
adaptando muito bem ao trabalho, o que acarretou sua
querendo, conteste a demanda. Na qualidade de advo-
dispensa no dia seguinte à comemoração dos seus 18
gado do Visconde de Sabugosa, considerando o disposto
anos. A empresa, então, efetuou o pagamento das ver-
na CLT, assinale qual recurso apresentaria para tentar re-
bas rescisórias. Para o azar da ex-empregadora, algumas
verter a decisão judicial.
horas extras trabalhadas ao longo do contrato não foram
(A) Recurso de Revista.
pagas à Emília, justamente a ela, a boneca-gente taga-
(B) Apelação.
rela. Emília, sem papas na língua, disse “poucas e boas”
(C) Recurso Ordinário.
para seu supervisor e, ao deixar as dependências da em-
(D) Agravo de Petição.
presa, correu para contratar um advogado que pudesse
orientá-la quanto aos seus direitos. Você, na qualidade
Letra d.
de advogado de Emília, o que faria? Marque a afirmati-
(A) Errado. Recurso de revista na execução só é cabível
va correta.
quando houver ofensa literal e direta à Constituição da
(A) Orientaria Emília a ajuizar a ação, pois, embora tenha
República (art. 896, § 2°, da CLT e Súmula 266 do TST).
sido contratada ainda menor, não corre contra ela a
Entretanto, nas execuções fiscais e nas controvérsias
prescrição bienal, mas a quinquenal sim, iniciando-
da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa
-se a contagem a partir da data de sua dispensa.
de Débitos Trabalhistas (CNDT) cabe recurso de revista
(B) Recomendaria à Emília que ajuizasse a ação no prazo
por violação à lei federal, divergência jurisprudencial e
de cinco anos contados da sua contratação, sob pena
ofensa à Constituição Federal (art. 896, § 10, da CLT).
de ter seu direito às horas extras prescrito.
Como o enunciado da questão não se enquadra em ne-
(C) Explicaria à Emília que ela poderia ajuizar a ação a
nhuma dessas hipóteses, o recurso de revista é inaplicá-
qualquer tempo, pois, para empregado menor que
vel ao caso.
tenha trabalhado sempre nessa condição, como foi o
caso dela, não há prazo prescricional para ajuizamen-
to da ação.

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 5º Simulado OAB
Art. 896, CLT. Cabe Recurso de Revista para Turma do
Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas
em grau de recurso ordinário, em dissídio individual,
pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
§ 10. Cabe recurso de revista por violação a lei fe-
deral, por divergência jurisprudencial e por ofensa à
Constituição Federal nas execuções fiscais e nas con-
trovérsias da fase de execução que envolvam a Certi-
dão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada
pela Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011.
(B) Errado. A apelação não é cabível no processo do tra-
balho, conforme se depreende do art. 893 da CLT.
Art. 893, CLT. Das decisões são admissíveis os seguin-
tes recursos:
I – embargos;
II – recurso ordinário;
III – recurso de revista;
IV – agravo.
(C) Errado. Não há que se falar em RO nesse caso, pois
não se enquadra nas hipóteses de cabimento previstas
nos incisos I e II do art. 895 da CLT.
Art. 895 da CLT. Cabe recurso ordinário para a instân-
cia superior:
I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas
e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias;
II – das decisões definitivas ou terminativas dos Tri-
bunais Regionais, em processos de sua competência
originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios
individuais, quer nos dissídios coletivos.
(D) Certo. O agravo de petição é o recurso a ser apresen-
tado. Em face de decisão do juiz do trabalho na execu-
ção, que acolhe a exceção de pré-executividade, é cabí-
vel o agravo de petição, nos termos do art. 897, a, da CLT.
Art. 897, CLT. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas
execuções;
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1ª Fase do Exame 36º
80
Há alguns dias, Marquês de Rabicó, morador de longa
data do Sítio do Pica-Pau Amarelo, foi ao seu escritório
e, confiando em seu trabalho, o contratou como advoga-
do. Rabicó desejava ajuizar uma reclamação trabalhista
em face de Reino das Abelhas Produção e Comércio de
Mel Ltda., uma das empresas da Abelha Rainha, mora-
dora também antiga da região, o que foi prontamente
realizado por você. Marcada a audiência, compareceram
as partes. Logo no início, o juiz constatou que não havia
procuração nos autos e você, rapidamente, requereu
que fosse registrado em ata que o Marquês o constituía
como procurador e ele anuiu em seguida. Com base no
caso apresentado e nos termos da CLT, assinale a afirma-
tiva correta.
(A) O mandato, no caso, é válido e os poderes são ape-
nas para o foro em geral.
(B) O mandato, no caso, é inválido, e seria necessário e
obrigatório o requerimento de prazo para juntada de
procuração.
(C) O mandato, no caso, é válido e os poderes são para o
foro em geral, bem como os especiais, dentre eles os
poderes para transigir.
(D) O mandato é válido apenas para a representação na
audiência, devendo os demais atos serem regulariza-
dos e juntada a procuração para atos futuros.
Letra a.
Em situações como a do enunciado, o advogado sem
procuração pode, na própria audiência, requerer verbal-
mente seja consignada em ata a sua constituição como
procurador da parte. Esta, por sua vez, deve dar a sua
anuência. Os poderes serão apenas para o foro em geral,
não sendo conferidos poderes especiais.
Art. 791. Os empregados e os empregadores poderão
reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho
e acompanhar as suas reclamações até o final.
§ 3º A constituição de procurador com poderes para o
foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples
registro em ata de audiência, a requerimento verbal
do advogado interessado, com anuência da parte re-
presentada.