ORDEM DO GR

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E

Ordem dos Advogados do Brasil

SIMULADO PREPARATÓRIO

SUA PROVA INFORMAÇÕES GERAIS

a F rova
• As questões objetivas têm cinco alternativas • Verifique se seu caderno está completo, sem
de resposta (A, B, C, D) e somente uma delas repetição de questões ou falhas. Caso contrário,
notifique imediatamente o Fiscal da Sala, para

GV
está correta;

ba de p
que sejam tomadas as devidas providências;
• Além deste caderno de questões, contendo
setenta questões objetivas, você receberá do • Confira seus dados pessoais, especialmente
Fiscal de Sala: nome, número de inscrição e documento de
identidade e leia atentamente as instruções para
ela to
• o cartão-resposta das questões objetivas.
nc preencher o cartão-resposta;
ma

• Use somente caneta esferográfica, fabricada em

material transparente, com tinta preta ou azul;
• Assine seu nome apenas no(s) espaço(s)
ad o for

reservado(s);
TEMPO
• Confira sua cor e tipo do caderno de questões.
Caso tenha recebido caderno de cor ou tipo
• Você dispõe de 4h para a realização da prova, já
op

diferente do impresso em seu cartão-resposta,

on

incluído o tempo para a marcação do cartão-res-

o fiscal deve ser obrigatoriamente informado
posta e preenchimento da folha de texto definitivo;
para o devido registro na Ata da Sala;
• 3 horas após o início da prova é possível retirar-
ad

• Reserve tempo suficiente para o preenchimento

-se da sala, sem levar o caderno de questões;
do seu material. O preenchimento é de sua res-
lic
se

• Faltando 30 minutos para o final da prova é ponsabilidade e não será permitida a troca do
possível retirar-se da sala levando o caderno cartão-resposta ou folha de texto definitivo em
ap

de questões. caso de erro;

Ba

• Para fins de avaliação, serão levadas em consi-

deração apenas as marcações realizadas no car-
tão-resposta e na folha de texto definitivo;
• Os candidatos serão submetidos ao sistema
de detecção de metais quando do ingresso
NÃO SERÁ PERMITIDO
e da saída de sanitários durante a realização
das provas.
• Qualquer tipo de comunicação entre os candidatos
durante a aplicação da prova; • Boa sorte!

• Levantar da cadeira sem autorização do

Fiscal de Sala;
• Usar o sanitário ao término da prova, após
deixar a sala.

Livro Eletrônico
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● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas.

● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente
a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe
apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito.
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designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder
a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste
estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa.
Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de
ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta
em caso de respostas erradas.
– Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha:
marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É
preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão
com respostas em branco.
● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um
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FICHA TÉCNICA DO MATERIAL

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CÓDIGO:
2712023828

TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório

NUMERAÇÃO:
3º Simulado

NOME DO ÓRGÃO:
Ordem dos Advogados do Brasil

EXAME:
37º Exame de Ordem

CARGO:
Advogado

MODELO/BANCA:
FGV

EDITAL:
Pós-Edital

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
02/2023

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3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
Ética Profissional
Maria Christina
1 Y proferiu decisão desfavorável sobre a mesma maté-
Mário procurou seu advogado José para ajuizar uma
ação contra Maria por uma dívida sabidamente quitada
por ela. Diante dos fatos, assinale a opção correta.
(A) José será solidariamente responsável com Mário por
ter ajuizado execução contra Maria por uma dívida
sabidamente quitada.
(B) José será subsidiariamente responsável com Mário
por ter ajuizado execução contra Maria por uma dívi-
da sabidamente quitada.
(C) José será pessoalmente responsável por ter ajuizado
execução contra Maria por uma dívida sabidamente
quitada.
(D) Mário será responsabilizado de forma pessoal por
ter contratado advogado para ajuizar execução con-
tra Maria por uma dívida sabidamente quitada.
2 (C) não ocupar cargo de livre nomeação e exoneração.
Joana é estagiária de direito no nono semestre da Facul-
dade. Com a projeção que obteve no escritório, passa a
realizar inúmeras entrevistas para as redes de TV locais
instigando a população a procurar o escritório para liti-
gar em juízo. Diante dos fatos, assinale a opção correta.
(A) Joana não poderá celebrar termo de ajustamento de
conduta por ser estagiária.
(B) Joana não poderá celebrar termo de ajustamento de
conduta pois a conduta deve ser punida com penali-
dade de censura.
(C) Joana poderá celebrar termo de ajustamento de con-
duta pelo ato praticado.
(D) Joana não pode sofrer qualquer punição por ser
mera estagiária.
3
O Conselho Seccional do Distrito Federal, com dificulda-
des financeiras, resolveu onerar um bem imóvel. Diante
disso, assinale a afirmativa correta.
(A) O ato dependerá de decisão da diretoria da Seccional.
(B) O ato dependerá de decisão do Presidente da
Seccional.
(C) O ato dependerá de decisão da maioria da Seccional.
(D) O ato dependerá de decisão da Caixa de Assistência
da Seccional.
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Pós-Edital
4
A secional X proferiu decisão unânime e favorável sobre
determinado tema. Ocorre que a seccional do estado
ria, de forma unânime. Diante dos fatos, assinale a op-
ção correta.
(A) Caberá recurso ao pleno de cada seccional para re-
verter a decisão.
(B) Caberá recurso ao Conselho Federal apenas de deci-
sões não unânimes.
(C) Caberá recurso ao Conselho Federal apenas de deci-
sões unânimes que violem o Estatuto.
(D) Caberá recurso ao Conselho Federal.
5
João Pedro deseja concorrer ao cargo de Conselheiro
de certa subseção. Para tanto, deverá preencher alguns
requisitos:
(A) possuir cinco anos de inscrição na OAB.
(B) não estar respondendo a processo criminal.
(D) estar em dia com a anuidade, não sendo admitido o
parcelamento da dívida.
6
Diante da greve realizada pela Defensoria Pública, a OAB
começou a indicar recém inscritos na OAB como advo-
gado dativo. Diante dos fatos, assinale a opção correta.
(A) O recém inscrito na OAB poderá atuar como advoga-
do dativo sendo devido o valor de honorários.
(B) O recém inscrito na OAB não poderá atuar como ad-
vogado dativo por falta de experiência profissional.
(C) O advogado dativo tem direito apenas à sucumbên-
cia proporcional.
(D) O advogado dativo tem direito apenas ao honorário
arbitrado judicialmente.
7
O estagiário de direito poderá sozinho, mas sob a res-
ponsabilidade de um advogado:
(A) assinar petições de contestação em processos judiciais.
(B) obter, junto aos escrivães e chefes de secretarias,
certidões de peças de processos em curso sem a ne-
cessidade de substabelecimentos.
(C) comparecer à prática de atos extrajudiciais, sem au-
torização ou substabelecimento do advogado.
(D) retirar e devolver autos em cartório, assinando a res-
pectiva carga.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
8 10
Jonas foi Presidente da Secional São Paulo em 1989.
Diante dos fatos, assinale a opção correta.
(A) Jonas passa a ser membro honorário vitalício com di-
reito a voz e voto.
(B) Jonas passa a ser membro honorário vitalício apenas
com direito a voz.
(C) Jonas passa a ser membro honorário vitalício apenas
com direito a voto.
(D) Jonas não terá direito nem a voz nem a voto após
deixar o cargo.
Filosofia do Direito
Odair José
9 rá abandonado a si mesmo, obrigando-o a criar uma
Norberto Bobbio, na obra Teoria do Ordenamento Jurídi-
co, afirma que as relações entre ordenamentos jurídicos
diversos podem ser classificadas em três planos distin-
tos. Primeiro, quanto ao grau de validade que um orde-
namento tem na relação com outro; segundo, quanto à
extensão recíproca dos âmbitos de validade; terceiro, a
validade que um ordenamento jurídico atribui às regras
de outro ordenamento com os quais entra em contrato.
Acerca desse tema e nos termos da obra em referência,
assinale a alternativa que corresponde corretamente ao
grau de validade que um ordenamento tem na relação
que estabelece com outro ordenamento.
(A) Relações de coordenação ou relações de subor-
dinação.
(B) Âmbito de validade por meio do qual se inclui total-
mente às regras do ordenamento com o qual se re-
laciona.
(C) Indiferença quanto à validade das regras de outro or-
denamento jurídico.
(D) Nas relações entre ordenamentos jurídicos diversos,
sempre irá prevalecer as regras do direito internacio-
nal, porque possuem grau de superioridade em rela-
ção às normas nacionais.
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Pós-Edital
“O juiz continua tendo o dever, mesmo nos casos difí-
ceis, de descobrir quais são os direitos das partes, e não
de inventar novos direitos retroativamente”.
DWORKIN, Ronald. Levando os direitos a sério. São Paulo,
2020, p. 127).
A inexistência de regra regulamentadora para um deter-
minado caso não pode ser impedimento para se encon-
trar o direito das partes.
Sobre esse tema, assinale a alternativa apresentada por
Dworkin para solução dos casos não previstos nas regras.
(A) Diante de casos difíceis e não regulados, o juiz deve-
rá usar o poder discricionário para solucionar a lide.
(B) Na ausência de norma regulamentadora, o juiz fica-
norma específica para o caso.
(C) Os casos não previstos numa regra regulamentadora
impõem a necessidade de que juízes e juristas sensatos
acordem entre si sobre os direitos jurídicos das partes.
(D) O dever do juiz é buscar a melhor solução para o caso,
independentemente da existência ou não de regra
regulamentadora, o que é possível por meio da ex-
tração dos valores que se encontram nos princípios.
Direito Constitucional
Ana Paula Blazute
11
O Município Alfa celebrou uma parceria com o Japão
visando ao desenvolvimento de programa esportivo,
formador de atletas de alto rendimento, direcionado a
crianças de baixa renda.
Por ocasião da prestação de contas, o Japão entendeu
que os recursos que repassara não foram empregados
por Alfa na finalidade a que se destinavam, o que levou
o Estado Estrangeiro a contratar um advogado para que
ajuizasse uma ação, de modo que o Município devolves-
se os valores que não foram aplicados regularmente.
Considerando os termos dessa narrativa e os balizamen-
tos oferecidos pela ordem constitucional, a ação deve
ser ajuizada perante:
(A) o Supremo Tribunal Federal, em instância única.
(B) o Superior Tribunal de Justiça, em instância única.
(C) um Juiz Federal, com recurso ordinário para o Supre-
mo Tribunal Federal.
(D) um Juiz Federal, com recurso ordinário para o Supe-
rior Tribunal de Justiça.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
12 15
Pétrea nasceu no território da Bélgica à época em que
seu pai, brasileiro, ali atuava em uma indústria privada
de conectores eletrônicos. Sua mãe era belga.
Considerando que Pétrea foi registrada apenas perante
o órgão competente belga, não perante uma repartição
brasileira, ela é considerada:
(A) estrangeira, somente lhe restando a opção de se na-
turalizar brasileira, na forma da lei.
(B) brasileira nata, já que seu pai era brasileiro e se en-
contrava em território belga a trabalho.
(C) estrangeira, mas, caso venha a residir no território
brasileiro e opte, a qualquer tempo, após atingir a
maioridade, pela nacionalidade brasileira, adquiri-la-
-á em caráter nato.
(D) estrangeira, mas pode adquirir a nacionalidade brasi-
leira, em caráter nato, caso o requeira, em território
belga, perante repartição consular brasileira, no ano
seguinte à maioridade.
13 essa temática, assinale a afirmativa incorreta.
Mévio e Tício foram eleitos em 2022, respectivamente,
Presidente e Vice-Presidente da República. Ocorre que,
em outubro de 2023, ambos vêm a falecer em trágico
acidente aéreo. Marque a alternativa correta de acordo
com a Constituição Federal.
(A) Far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a últi-
ma vaga.
(B) Deve ser realizada eleição, pelo Congresso Nacional,
em trinta dias.
(C) Deve ser realizada eleição, pelo Congresso Nacional,
em noventa dias.
(D) Assume a Presidência da República o Presidente do
Senado Federal, até completar o período de seus an-
tecessores.
14
A Constituição Federal foi responsável por elencar com-
petências legislativas e administrativas aos diversos en-
tes da federação, de acordo com o âmbito de interesse.
Nesse sentido, conforme previsto constitucionalmente,
a competência para legislar sobre proteção e tratamento
de dados pessoais compete:
(A) privativamente à União.
(B) privativamente aos Estados e ao Distrito Federal.
(C) privativamente aos Municípios.
(D) concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito
Federal.
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Pós-Edital
Fagner, ocupante de cargo de provimento efetivo no
Município de Santa Helena de Goiás, foi eleito e tomou
posse no cargo de prefeito. À luz da sistemática consti-
tucional, Fagner:
(A) poderá acumular o cargo no Município com o man-
dato eletivo, desde que haja compatibilidade de
horários.
(B) exercerá o mandato eletivo de Prefeito, mas poderá
optar pela remuneração do cargo municipal.
(C) será exonerado do cargo no Município a partir da
posse como Prefeito.
(D) ficará afastado do cargo no Município, sem receber a
remuneração, durante o exercício do mandato.
16
A Constituição da República Federativa do Brasil dedicou
um capítulo específico aos direitos e deveres individuais
e coletivos. Considerando a funcionalidade da Consti-
tuição e a natureza das normas constitucionais afetas a
(A) É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado
o anonimato.
(B) Aos litigantes, em processo judicial ou administrati-
vo, e aos acusados em geral são assegurados o con-
traditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes.
(C) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis
de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilíci-
to de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respon-
dendo os mandantes, os executores e os que, poden-
do evitá-los, se omitirem.
(D) São gratuitas as ações de habeas corpus e mandado
de segurança, e, na forma da lei, os atos necessários
ao exercício da cidadania.
17
A decisão do Tribunal de Justiça do Estado X contrariou
expressamente a orientação da Súmula Vinculante 6 ao
decidir que viola a Constituição o estabelecimento de
remuneração inferior ao salário mínimo para as praças
prestadoras de serviço militar inicial.
Neste caso, a medida constitucional devida perante o
STF seria:
(A) mandado de segurança.
(B) reclamação constitucional.
(C) ação Popular.
(D) ação direta de inconstitucionalidade.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
Direitos Humanos
Alice Rocha
18 20
Cícera acabou de se formar e logo foi aprovada no Exa-
me da OAB, passando a atuar como advogada de uma
ONG de proteção das comunidades originárias no Brasil.
Recentemente, Cícera recebeu uma demanda de ques-
tionamento sobre o status legal das terras ocupadas
por uma aldeia indígena em uma região de expansão do
agronegócio.
A respeito desse tema e com base na Constituição Fede-
ral, Cícera deve esclarecer que:
(A) como bens do estado onde estão localizadas, as terras
tradicionalmente ocupadas pelos indígenas devem ser
monitoradas pelos agentes desse mesmo estado.
(B) são reconhecidos aos indígenas sua organização so-
cial, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direi-
tos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União e aos Estados demarcá-
-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
(C) os indígenas, suas comunidades e organizações são
partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de
seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Pú-
blico em atos de diligência ao longo do processo.
(D) as terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas
destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o
usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos
lagos nelas existentes.
19 (A) é possível a homologação de sentença estrangeira,
Em 2010, Antônia, grande influencer no meio da estética,
teve seus dados pessoais divulgados por uma empresa
de telefonia. Desde então, sofre uma série de problemas
a partir do uso indevido desses dados tais como ligações
indesejadas, uso de seu número de documentos para
atividades ilegais, dentre outras. Para buscar a defesa
de seus direitos, Antônia ligou para Carlos, seu amigo
de infância e advogado atuante na defesa dos Direi-
tos Humanos.
A partir das regras previstas na Constituição Federal e das
normativas do Sistema de Direitos Humanos, Carlos deve
pleitear a defesa de Antônia a partir:
(A) da previsão da aplicação mediata desse direito, bus-
cando instrumentos de concretização do mesmo.
(B) da previsão desse direito no rol de direitos previstos
no artigo 7 da Constituição.
(C) da interpretação de que, mesmo que não estivesse
formalmente previsto na Constituição Federal, po-
deria ser defendido por outras regras infraconstitu-
cionais.
(D) da compreensão de que sendo influencer, Antônia
não tem direitos a resguardar seus dados.
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Pós-Edital
Direito Internacional
Alice Rocha
Odair, angolano, mudou-se para o Brasil em janeiro de
2020, buscando novas oportunidades de trabalho frente
à crise da COVID-19. Passados 4 meses de sua chegada,
Odair se casou com Nilton, brasileiro nato, e como não
tem mais pretensão de voltar para Angola, Odair gostaria
de se naturalizar brasileiro.
Baseado na situação hipotética e com base na Constitui-
ção Federal, assinale a alternativa correta.
(A) Para se naturalizar brasileiro, Odair deve comprovar
pelo menos 2 (dois) anos de residência ininterrupta.
(B) Para se naturalizar brasileiro, Odair deve comprovar
apenas residência por um ano ininterrupto e idonei-
dade moral.
(C) Odair pode solicitar a nacionalidade originária por ser
casado com brasileiro nato.
(D) Odair não pode solicitar a nacionalidade originária
mesmo sendo casado com brasileiro nato, tendo em
vista que o Brasil não reconhece o casamento entre
pessoas do mesmo sexo.
21
Um dos instrumentos mais úteis para o estabelecimento
da cooperação internacional é a homologação de senten-
ça possibilitando o reconhecimento de decisões proferi-
das em outras jurisdições e geração de efeitos no Brasil.
A respeito dessa temática, podemos afirmar que:
mesmo que seja contrária ao conteúdo de decisão
judicial proferida no Brasil.
(B) a pendência de causa perante a jurisdição brasileira im-
pede a homologação de sentença judicial estrangeira.
(C) na ausência de tratado, a homologação de sentença
só poderá realizar-se com base em reciprocidade,
manifestada por via diplomática.
(D) os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país
estrangeiro não dependem de homologação para se-
rem executados.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828 Pós-Edital

Direito Tributário (C) inválida, pois o valor global das obras deveria ser ra-
Maria Christina teado entre todos os imóveis localizados no Muni-
cípio, sem qualquer distinção, haja vista que a obra
22 atenderá à coletividade.
João, recém aprovado no exame de ordem, procura um (D) inválida, pois o valor global da obra não poderia ser
colega especialista na área de direito tributário para ti- rateado entre todos os imóveis localizados no Muni-
rar dúvidas sobre a matéria. Diante dos fatos, assinale a cípio, mas apenas cobrado em relação aos imóveis
opção correta. que experimentaram valorização imobiliária.
(A) O fato gerador da obrigação principal é a situação
definida na legislação como necessária e suficiente à 25
sua ocorrência. O Município alterou a data de vencimento de seu IPTU
(B) Responsável pelo tributo é o sujeito credor que de março de 2023 para fevereiro de 2023. Assim, o ato
tenha relação pessoal e direta com a situação que poderá ser realizado:
constitua o respectivo fato gerador. (A) somente por meio de lei ordinária, se respeitar os
(C) Salvo disposição de lei em contrário, a isenção é ex- princípios da anterioridade anual e nonagesimal.
tensiva às taxas e às contribuições de melhoria. (B) somente por meio de lei complementar, se respeitar
(D) A capacidade tributária passiva independe da capaci- os princípios da anterioridade anual e nonagesimal.
dade civil das pessoas naturais. (C) poderá ser realizado por um mero ato do Poder Exe-
cutivo, podendo produzir efeitos de imediato.
23 (D) somente por meio de lei ordinária, podendo produzir
João e Maria são proprietários de uma mesma fazenda efeitos de imediato.
e, portanto, solidariamente responsáveis pelo pagamen-
to do ITR. Sobre os efeitos da solidariedade, assinale a 26
opção correta. Sobre o contribuinte do IPTU, assinale a alternati-
(A) A remissão de crédito sempre exonera todos os obri- va correta.
gados solidários. (A) O locatário tem legitimidade ativa para litigar em
(B) A interrupção da prescrição, em favor ou contra um ações de natureza tributária envolvendo o IPTU.
dos obrigados, não favorece ou prejudica os demais. (B) O promitente comprador já pode ser considerado le-
(C) O pagamento efetuado por um dos obrigados apro- gítimo contribuinte de IPTU.
veita apenas aquele que efetuou o pagamento. (C) O cessionário de direito de uso de imóvel público não
(D) A isenção de crédito exonera todos os obrigados, sal- é contribuinte do IPTU, pois detém a posse mediante
vo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistin- relação de natureza pessoal, sem animus domini.
do, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais (D) É legítima a cobrança do Imposto Predial Territorial
pelo saldo. Urbano – IPTU sobre imóveis situados em área de
expansão urbana somente se dotada dos melhora-
24 mentos previstos no art. 32, § 1º, do CTN.
O Município Beta construiu um complexo educacional
no bairro Alfa a fim de que sejam desenvolvidas ativida-
des instrutivas para toda a população. A obra acarretou
valorização imobiliária de inúmeras residências do bair-
ro Alfa próximas ao complexo. Em razão disso, o Muni-
cípio Beta instituiu contribuição de melhoria por meio
de lei ordinária para custear o valor global da obra, ra-
teando o valor entre todos os imóveis do Município. Na
hipótese, segundo as regras pertinentes à contribuição
de melhoria, a exação instituída é:
(A) inválida, pois o Município Beta não tem competên-
cia tributária para instituir a referida contribuição de
melhoria.
(B) inválida, pois a Contribuição de Melhoria não pode
ser instituída por lei ordinária dependendo da edição
de lei complementar.

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Direito Administrativo
Gustavo Brigido
27 comum com vistas à defesa do direito de candidato
João e Maria, estudantes de Direito, discutiam aspectos
relacionados ao estudo dos bens públicos, no contexto
dos acontecimentos ocorridos no dia 08/01/2023, em
Brasília, em razão dos quais foi decretada a intervenção
federal no Distrito Federal. A discussão girou em torno
da classificação dos seguintes bens públicos: Praça dos
Três Poderes, Congresso Nacional, Palácio do Planalto
e Supremo Tribunal Federal. Os estudantes procuraram
você, na qualidade de advogado(a) especialista em Di-
reito Administrativo, para saber a correta classificação
dos mencionados bens públicos. Você os orientou cor-
retamente que:
(A) os quatro bens públicos mencionados se classificam
como bens de uso comum do povo, sendo todos im-
prescritíveis.
(B) os quatro bens públicos mencionados se classificam
como bens de uso especial, sendo todos impres-
critíveis.
(C) a Praça dos Três Poderes é bem de uso comum do
povo e os demais são bens de uso especial, sendo
todos imprescritíveis.
(D) a Praça dos Três Poderes é bem de uso comum es-
pecial e os demais são bens de uso comum do povo,
sendo todos imprescritíveis.
28 prestadoras de serviços públicos essenciais, não de-
José, devidamente inscrito no Concurso da Polícia Mi-
litar do Estado do Ceará, é candidato autodeclarado
pardo quando da inscrição no certame. Todavia, conso-
ante o tino dos membros da comissão posteriormente
designada para a pessoal conferência dessa informação,
a condição de pardo do impetrante restou por eles recu-
sada, mesmo após a apreciação de pertinente recurso
administrativo, então instruído com fotografias e laudos
emitidos por médicos dermatologistas. José procurou
você, na qualidade de advogado(a) especialista em Di-
reito Administrativo, para orientá-lo acerca da medida
judicial adequada a ser tomada, sendo corretamente
informado que:
(A) é inadequado o manejo de mandado de seguran-
ça com vistas à defesa do direito de candidato em
concurso público a continuar concorrendo às vagas
reservadas às pessoas pretas ou pardas, quando a
comissão examinadora de heteroidentificação não
confirma a sua autodeclaração.
(B) é adequado o manejo de mandado de segurança com
vistas à defesa do direito de candidato em concurso
público a continuar concorrendo às vagas reservadas
às pessoas pretas ou pardas, quando a comissão exa-
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Pós-Edital
minadora de heteroidentificação não confirma a sua
autodeclaração.
(C) é inadequado o manejo de ação de procedimento
em concurso público a continuar concorrendo às va-
gas reservadas às pessoas pretas ou pardas, quando
a comissão examinadora de heteroidentificação não
confirma a sua autodeclaração.
(D) é adequado o manejo de ação de procedimento co-
mum com vistas à defesa do direito de candidato em
concurso público a continuar concorrendo às vagas
reservadas às pessoas pretas ou pardas, quando a
comissão examinadora de heteroidentificação con-
firma a sua autodeclaração.
29
Joaquim acabou de assumir a coordenação jurídica de
uma Sociedade de Economia Mista prestadora de ser-
viços públicos essenciais, sem finalidade lucrativa. Em
face do elevado número de processos ajuizados em
face da estatal, Joaquim procurou você, na qualidade de
advogado(a) especialista em Direito Administrativo, para
orientá-lo acerca do tema da prescrição, de modo a con-
cluir corretamente que:
(A) se aplica a prescrição quinquenal às empresas esta-
tais prestadoras de serviços públicos essenciais, não
dedicadas à exploração de atividade econômica com
finalidade lucrativa e natureza concorrencial.
(B) se aplica a prescrição decenal às empresas estatais
dicadas à exploração de atividade econômica com
finalidade lucrativa e natureza concorrencial.
(C) se aplica a prescrição trienal às empresas estatais
prestadoras de serviços públicos essenciais, não de-
dicadas à exploração de atividade econômica com
finalidade lucrativa e natureza concorrencial.
(D) se aplica a prescrição anual às empresas estatais pres-
tadoras de serviços públicos essenciais, não dedicadas
à exploração de atividade econômica com finalidade
lucrativa e natureza concorrencial.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828 Pós-Edital

30 Direito Ambiental
A ANATEL é agência reguladora da área de telecomu-
nicações, cooptada pelo setor empresarial regulado,
diante do forte poderio econômico das empresas atu-
antes no mercado. Assim, a ANATEL acabou por aban-
donar a atuação imparcial e técnica que deveria ter e
passou a operar em benefício dos próprios regulados,
servindo de instrumento para proteção e benefício
de interesses setoriais que deveriam ser fiscalizados.
Essa situação hipotética é tratada pela doutrina de Direi-
to Administrativo como teoria
(A) dos motivos determinantes.
(B) do risco administrativo.
(C) da captura.  (A) como o dano foi causado antes da compra, Paulo é
(D) da aparência.
31 tencia a Pedro, Paulo deverá requerer a inclusão do
Saulo, servidor público titular de cargo efetivo, so-
freu limitação em sua capacidade física por conta de
acidente ocorrido durante sua jornada de trabalho.
Observadas as formalidades do estatuto jurídico funcio-
nal de regência, de acordo com a Constituição da Repú-
blica, em razão do ocorrido, Saulo poderá exercer cargo
cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis
com a limitação que sofreu, enquanto permanecer nesta
condição, desde que possua a habilitação e o nível de
escolaridade exigidos para o cargo de destino, mediante:
(A) o aproveitamento, com a remuneração do cargo de
destino.
(B) a reintegração, mantida a remuneração do cargo de
origem.
(C) a recondução, com a remuneração do cargo de
destino.
(D) a readaptação, mantida a remuneração do cargo de
origem.
32 (B) como o crime foi praticado no interesse e em bene-
João, Secretário Municipal de Obras do Município Alfa,
pretende nomear sua irmã, Maria, para o cargo de as-
sessora do seu gabinete. Procurou você, na qualidade
de advogado(a) especialista em Direito Administrativo,
para orientá-lo acerca da sua pretensão, sendo instruído
corretamente que:
(A) constitui ato de improbidade administrativa que
atenta contra os princípios da Administração Pública.
(B) não mais constitui ato de improbidade administrati-
va, por revogação do correlato dispositivo legal que
tratava do tema.
(C) constitui ato de improbidade administrativa que cau-
sa prejuízo ao erário. 
(D) constitui ato de improbidade administrativa que im-
porta enriquecimento ilícito.
Nilton Coutinho
33
Pedro era proprietário dê um sítio no estado de Goiás.
Em razão das altas temperaturas, houve um incêndio
que acabou queimando todo o sítio. Triste com aconte-
cido, Pedro vendeu o sítio para Paulo. Porém, um mês
após a compra, Paulo recebeu uma citação para res-
ponder a uma ação civil pública movida pelo Ministério
Público, pleiteando a recomposição da área queimada.
Preocupado, Paulo procura um advogado especialista na
área, o qual lhe informa que:
parte ilegítima para a ação civil pública.
(B) como o dano foi causado quando o sítio ainda per-
mesmo na lide.
(C) em razão da natureza propter rem da obrigação am-
biental, a ação civil pública poderá ser ajuizada con-
tra Pedro ou contra Paulo.
(D) como o incêndio decorreu de força maior (altas tem-
peraturas da região) será possível alegar excludente
de responsabilidade em sede de contestação.
34
Jorge, após ter acertado os números da Mega-Sena da
Virada, resolveu adquirir uma empresa que atua na área
de construção civil. Por determinação do gerente da em-
presa, Antônio, foram derrubados 5 hectares de floresta
de preservação permanente para construção de um con-
domínio de luxo.
Preocupado com a situação, Jorge consulta um advoga-
do especialista na área, o qual lhe informa que:
(A) como Jorge é o proprietário da empresa, será res-
ponsabilizado pelo crime ambiental cometido.
fício da empresa, apenas a pessoa jurídica será res-
ponsabilizada.
(C) caso Antônio tenha informado previamente a Jorge
sua intenção de derrubar parte da floresta, Jorge
também poderá ser responsabilizado na esfera penal.
(D) como o intuito da empresa era construir um condo-
mínio, a derrubada de árvores de uma floresta não é
considerada prática criminosa.

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3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
Direito Civil
Roberta Queiroz
35 de variadas plantas. Os vizinhos estão bastante incomo-
Sônia e Dióges tiveram um casamento frutuoso por mui-
tos anos. Casaram-se em 1999, pelo regime supletório
de bens à época. Contudo, em 2018 resolveram se divor-
ciar, mas como estavam muito magoados um com outro,
fizeram o divórcio sem, contudo, promover a partilha de
bens. Em 2023, Sônia decide se casar com Marcela e, as-
sim o fazem sem determinar por escrito regime de bens.
Considerando o caso em tela e as regras pertinentes,
marque alternativa correta.
(A) O segundo casamento de Sônia é nulo diante da au-
sência de partilha de bens no primeiro casamento.
(B) O segundo casamento de Sônia é regido pelo regime
da comunhão parcial de bens, diante da ausência de
designação escrita de regime de bens diverso.
(C) O segundo casamento de Sônia é anulável diante da
ausência de partilha de bens no primeiro casamento.
(D) Sônia, no segundo casamento, encontra-se em con-
dição suspensiva, não podendo optar sobre regime
de bens neste casamento.
36 de fato há 5 anos, e não realizaram o divórcio. Há dois
Seu Coisinha da Silva é dono de uma propriedade rural
que possui divisa com a propriedade de Dona Clotilde.
As propriedades são separadas por um rio e de uma
margem a outra do rio há um espaço de 2 km, aproxi-
madamente. Contudo, com o tempo, o álveo foi aban-
donado, secando por completo. O local deu lugar a um
mangue bastante frutuoso. Considerando o caso narra-
do, marque alternativa correta.
(A) A área correspondente ao leito seco pertence ao po-
der público.
(B) A área de álveo abandonado deve ser fracionada en-
tre seu Coisinha e dona Clotilde, seguindo as respec-
tivas propriedades até o meio do terreno seco.
(C) Poderá tomar para si a propriedade da terra o pro-
prietário ribeirinho que indenizar primeiro a fazenda
pública local.
(D) Será o novo proprietário da terra seca aquele que
primeiro a ocupar.
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Pós-Edital
37
Cristina Cristiny tem um amor muito grande por plantas
e decidiu entupir seu apartamento com vasos e jarros
dados com o fato de que ela, moradora do oitavo andar,
vem colocando inúmeros vasos no parapeito da varanda,
que não tem tela de proteção. O condomínio já notificou
a Cristina, mas ela sempre ignora o pedido condominial
para retirar as plantas do parapeito. Em um domingo de
manhã, um jarro caiu e atingiu a cabeça de um morador
que, por sua vez, faleceu na hora. Considerando as re-
gras aplicáveis ao caso, marque alternativa correta.
(A) A responsabilidade de Cristina é subjetiva.
(B) A responsabilidade civil, neste caso, é do condomínio
que, por sua vez, responderá objetivamente.
(C) Cristina deve responder objetivamente pelo homicí-
dio da vítima, devendo arcar com valor integral de
alimentos indenizatórios.
(D) O prazo prescricional aplicável ao caso é de cinco anos.
38
João de Deus Divino realizou contrato de seguro de vida
com a seguradora “Vai na Fé”, em 2012. João foi casado
por muitos anos com Fátima das Dores, mas separaram
anos, João de Deus vive com Catarina, moram juntos e
possuem dois filhos. Contudo, João faleceu e a segura-
dora constatou que ele havia deixado como beneficiá-
rios os pais, que também faleceram há pouco tempo.
Considerando que João não deixou bens de herança,
mas muitas dívidas, marque alternativa correta.
(A) O valor do seguro deve ser usado para pagamento
das dívidas antes da entrega ao beneficiário.
(B) O valor do seguro deve ser pago aos herdeiros dos
pais de João de Deus.
(C) O valor do seguro deve ser pago para Catarina.
(D) O valor do seguro deve ser pago para Fátima.
39
Rafael Pinto Molhadinho alugou o apartamento de Len-
da Selvagem, pagando mensalmente o aluguel de mil re-
ais. Contudo, mesmo sem autorização de Lenda, trocou
o piso do apartamento por um mais moderno, trocou
as torneiras que estavam com vazamentos, bem como a
fiação elétrica que tinha sido condenada pelo eletricista.
Considerando o caso, marque alternativa correta.
(A) As benfeitorias feitas são consideradas necessárias.
(B) As benfeitorias feitas são consideradas voluptuárias.
(C) A troca do piso é considerada benfeitoria voluptuá-
ria, devendo haver ressarcimento por parte de Len-
da, sob pena de enriquecimento ilícito.
(D) Rafael poderá ser indenizado pela troca das torneiras e
da fiação elétrica, ainda que sem autorização de Lenda.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
40 ECA
Nilton, empresário do ramo de fornecimento de flo-
res, anda encontrando dificuldades para financiamento
de alguns investimentos em seu negócio. Assim, resol-
ve tentar crédito junto ao banco GranBank S.A., o qual
exige um bem em garantia. Nilton oferece um pequeno
avião de sua propriedade em garantia da dívida. Sobre o
tema, marque alternativa correta.
(A) Caso o banco aceite o bem dado em garantia, haverá
a formalização de uma hipoteca.
(B) A entrega de aeronave em garantia caracteriza um
penhor.
(C) Trata-se de direito real de garantia denominado an-
ticrese.
(D) Caso Nilton não efetue o pagamento da dívida, pode-
rá o banco ficar com o bem dado em garantia.
41 nor, se omite na sua exclusão, desde que haja ordem
Alice precisa com urgência vender seu relógio de ouro
rosé, no valor de R$ 20.000,00, para pagamento de al-
gumas dívidas. Raquel, amiga de Alice desde a infância,
fica muito preocupada com a situação e, vendo que a
amiga não consegue vender o relógio, ameaça Patrícia
para que compre o relógio de Alice. Patrícia, com justo
receio de sofrer a ameaça promovida por Raquel, com-
pra o relógio. Alice, sem saber da prática de Raquel, fica
muito feliz e paga suas dívidas. Patrícia, após a compra,
incomodada, procura aconselhamento jurídico. Consi-
derando o caso narrado, marque alternativa correta.
(A) Diante do dolo empregado por Raquel, é possível
que Patrícia promova a ação anulatória do negócio
jurídico.
(B) O caso reflete a coação, gerando nulidade da venda
realizada.
(C) No caso retratado, não há possibilidade de invalida-
ção do caso por coação.
(D) Patrícia poderá invalidar o negócio por lesão pratica-
da por Raquel.
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Pós-Edital
Patrícia Dreyer
42
O influenciador digital XPTO resolveu fazer uma série
de publicações, no intuito de atrair seguidores para as
suas redes sociais. Com isso, decidiu postar conteúdos
polêmicos. Numa dessas postagens, em específico, uti-
lizou imagens com duas crianças e três adolescentes ao
lado de adultos (que, na verdade, eram seus respecti-
vos pais), alegando que se tratavam de estupradores e
suas vítimas. As pessoas constantes da foto, estupefatas,
procuram você, como advogado(a), e recebem a correta
informação de que:
(A) o provedor de aplicação de internet responde civil-
mente por danos morais se, após formalmente co-
municado de publicação ofensiva a imagem de me-
judicial.
(B) o provedor de aplicação de internet não tem qual-
quer responsabilidade pela publicação ofensiva a
imagem de menor, pois não pode ser controlador do
conteúdo postado por terceiro.
(C) o juiz não pode, em casos como esses, antecipar, to-
tal ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida
no pedido inicial, ainda que exista prova inequívoca
do fato, pois há que se resguardar, primeiro, o con-
traditório e a ampla defesa.
(D) o provedor de aplicação de internet responde civil-
mente por danos morais se, após formalmente co-
municado de publicação ofensiva a imagem de me-
nor, se omite na sua exclusão, independentemente
de ordem judicial.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
43 CDC
Jorge, advogado, 44 anos, foi preso após operação poli-
cial realizada em sua casa, devidamente autorizada, em
que foram apreendidas mais de 500 imagens espalhadas
pela casa com cenas de sexo explícito ou pornográfica
envolvendo crianças e adolescentes. Em seu depoimen-
to na delegacia, Jorge afirma que não se trata do crime
de posse de material pornográfico, pois a genitália dos
menores não estava desnuda. Sobre o crime previsto no
art. 241-B do ECA (adquirir, possuir ou armazenar, por
qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de re-
gistro que contenha cena de sexo explícito ou pornográ-
fica envolvendo criança ou adolescente), e o argumento
de Jorge, assinale a alternativa correta.
(A) O argumento de Jorge está incorreto, pois o sentido
da expressão "cena de sexo explícito ou pornográfi-
ca" não restringe tal conceito apenas às imagens em
que a genitália de crianças e adolescentes esteja des-
nuda, pois basta o contexto obsceno, as poses sensu-
ais, e a finalidade sexual das imagens.
(B) Jorge está correto pois o sentido da expressão "cena
de sexo explícito ou pornográfica" restringe tal con-
ceito apenas às imagens em que a genitália de crian-
ças e adolescentes esteja desnuda.
(C) Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente,
não há crime porque a posse ou o armazenamento
tinha a finalidade de comunicar às autoridades com-
petentes a ocorrência das condutas descritas generi-
camente como crime de pedofilia.
(D) Jorge deveria manter o material sob sigilo até a en-
trega às autoridades competentes.
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Pós-Edital
Patrícia Dreyer
44
Maurício comprou um veículo financiado pelo Banco
XPTO, em 72 parcelas de R$2.000,00. No final do ano de
2022, recebeu o pagamento de seu salário, férias e 13º
salário e resolveu, então, antecipar as últimas parcelas
para quitar o financiamento e dar baixa no gravame. Sua
intenção era vender o veículo, sem qualquer pendên-
cia, por um ótimo valor, ao seu amigo Álvaro. Por conta
disso, Maurício entrou em contato com o Banco XPTO e
informou a quitação das parcelas. Todavia, o Banco le-
vou mais de 90 dias para dar baixa no gravame, o que
fez com que Maurício perdesse a oportunidade de ven-
da. Indignado, ele procura você, como advogado(a), na
intenção de ajuizar ação pleiteando danos morais pela
desídia do Banco. Você responde acertadamente que:
(A) o Código de Defesa do Consumidor não é aplicável
à hipótese, pois ele não se aplica às instituições fi-
nanceiras que devem seguir exclusivamente as reso-
luções do Banco Central.
(B) se Maurício quisesse contratar um seguro, a segura-
dora não poderia se recusar mesmo que Paulo se dis-
pusesse ao pronto pagamento, ainda que seu nome
esteja negativado.
(C) se Maurício fosse assaltado, dentro desse veículo, ao
comprar lanche no drive-thru de uma lanchonete,
isso seria considerado caso fortuito a afastar a res-
ponsabilidade da lanchonete.
(D) se Maurício vencer a demanda e, ao cumprir a de-
manda, encontrar obstáculo à sua indenização en-
quanto consumidor, poderá pedir a desconsideração
da personalidade jurídica, para alcançar o patrimô-
nio dos sócios ou administradores não sócios da ins-
tituição financeira.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
45 47
Cristiane, bastante endividada, já com nome negativa-
do, e comprometida em seu mínimo existencial, vai até
o Banco Sr. Dinheiro para contrair novo empréstimo na
tentativa de pagar contas cotidianas em seu nome para
manter sua família. O gerente Tiago resolve oferecer a
Cristiane um empréstimo, com cláusulas abusivas. Intri-
gada, Cristiane resolve telefonar para você, advogado(a),
que orienta, acertadamente, que:
(A) o banco pode condicionar a concessão do emprésti-
mo à contratação de um seguro de vida, pelo prazo
de um ano, prática bastante comum no mercado.
(B) o banco pode enviar um cartão de crédito para o do-
micílio de Cristiane, para facilitar seu acesso ao cré-
dito, ainda que ela não tenha solicitado.
(C) Cristiane poderia ter buscado uma cooperativa de
crédito, pois elas são equiparadas às instituições fi-
nanceiras.
(D) no empréstimo concedido a Cristiane, a estipulação
de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano,
tão somente, indica abusividade.
Direito Empresarial
Renato Borelli
46
Além de advogado e engenheiro agrônomo, Paulo é
proprietário de quatro grandes fazendas, onde realiza,
em nome próprio, exploração de culturas de soja e tri-
go, bem como criação intensiva de gado. A atividade em
todas as fazendas é voltada para exportação, com em-
prego intenso de tecnologia e insumos de alto custo. Por
fim, Paulo não está registrado na Junta Comercial.
Com base nessas informações, é correto afirmar:
(A) Paulo, por exercer empresa em caráter profissional,
é considerado empresário independentemente de
ter ou não registro na Junta Comercial.
(B) Paulo, mesmo que exerça uma empresa, não será
considerado empresário pelo fato de não ter realiza-
do seu registro na Junta Comercial.
(C) Paulo não pode ser registrado como empresário,
porque, sendo engenheiro agrônomo, exerce profis-
são intelectual de natureza científica, com auxílio de
colaboradores.
(D) Paulo é um empresário de fato, por não ter realizado
seu registro na Junta Comercial antes do início de sua
atividade, descumprindo obrigação legal.
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Pós-Edital
Marcel, durante a realização de seu estágio em um es-
critório de advocacia, devidamente autorizado por seu
chefe, atendeu a uma consulta formulada por um clien-
te. O cliente desejava esclarecimentos sobre o direito de
voto e seu exercício nas companhias.
Marcel respondeu, corretamente, que:
(A) na eleição dos membros do Conselho Fiscal, o voto
poderá ser múltiplo.
(B) em caso de penhor da ação, somente o credor pigno-
ratício exercerá o direito de voto.
(C) independente da espécie ou da classe de ação, o voto
é um direito essencial de todo e qualquer acionista.
(D) a qualquer espécie ou classe de ação, é vedado atri-
buir voto plural.
48
Marcelinho emitiu uma nota promissória em favor de Ri-
cardo. No momento da emissão, ele não inseriu a quan-
tia nem o lugar de pagamento. Na data do vencimento,
o subscritor foi procurado por um procurador do bene-
ficiário, que lhe exibiu a cártula com endosso-mandato
e exigiu o pagamento. Marcelinho verificou, então, que
o título havia sido preenchido abusivamente, pois cons-
tava o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), quando
o correto seria R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), e
o lugar de pagamento era diverso de seu domicílio, em
Itaboraí/RJ.
Procurado pelo devedor para analisar o caso, e ciente de
que o pagamento não foi realizado por ele, você, como
advogado(a), responde que:
(A) é possível alegar em juízo, com êxito, a nulidade do
título, em razão de o lugar de pagamento ser domi-
cílio diverso do subscritor, caracterizando má-fé do
portador atual.
(B) não é possível ao subscritor se recusar validamente ao
pagamento diante da autonomia das obrigações cam-
biárias e do endosso-mandato realizado na cártula.
(C) é possível ao subscritor da nota promissória opor
exceção pessoal ao beneficiário quanto ao conteúdo
literal do título, diante do preenchimento abusivo.
(D) não é possível a oposição de exceção ao pagamen-
to, porque o subscritor da nota promissória é equi-
parado ao aceitante da letra de câmbio e, como tal,
obriga-se a pagar na data do vencimento.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
49 (C) O cumprimento de sentença pode ser promovido
Na condição de advogado, você participou da elabora-
ção, apresentação e negociação do plano de recupe-
ração extrajudicial de devedor sociedade empresária.
Tendo sido o plano assinado por todos os credores por
ele atingidos, seu cliente o contratou para requerer a ho-
mologação judicial.
Assinale a opção que indica o juízo em que deverá ser
apresentado o pedido de homologação do plano de re-
cuperação extrajudicial.
(A) O juízo da sede do devedor.
(B) O juízo do principal estabelecimento do devedor.
(C) O juízo da sede ou de qualquer filial do devedor.
(D) O juízo do principal estabelecimento ou da sede do
devedor.
50 contexto, assinale a alternativa correta.
A sociedade empresarial Cerqueira Moda Masculina
Ltda. é locatária de uma loja situada no shopping
center Sousa Stores. Sobre o contrato de locação de
uma unidade comercial em shopping center, assinale a
afirmativa correta.
(A) O locador poderá recusar a renovação do contrato
com fundamento na necessidade de ele próprio utili-
zar o imóvel.
(B) As despesas cobradas do locatário não precisam es-
tar previstas em orçamento, desde que devidamente
demonstradas.
(C) O empreendedor poderá cobrar do locatário as des-
pesas com obras de reformas que interessem à es-
trutura do shopping.
(D) As condições livremente pactuadas no contrato res-
pectivo prevalecerão nas relações entre os lojistas e
o empreendedor.
Direito Processual Civil
Raquel Bueno
51
Minervina ajuizou ação de cobrança em face do loca-
tário Pedro, perante a 5ª Vara Cível de Fortaleza/CE. O
contrato previa a garantia fidejussória, com benefício de
ordem, mas o fiador Fábio não foi demandado. Após o
devido processo legal, a sentença acolheu todos os pe-
didos da autora, com a consequente condenação de Pe-
dro, ao pagamento de R$ 50.000,00. A decisão transitou
em julgado e a exequente descobriu que Pedro mudou-
-se para Tiros/MG. A partir dessa realidade, assinale a
alternativa correta.
(A) O cumprimento de sentença deve ser promovido pe-
rante o mesmo juízo onde se formou o título.
(B) O fiador Fábio pode ser demandado no cumprimen-
to de sentença.
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Pós-Edital
perante a 5ª Vara Cível de Fortaleza/CE, ou no atual
domicílio do executado.
(D) O fiador não poderia ser acionado na ação de cobran-
ça, em respeito à cláusula de benefício de ordem.
52
Alberto demandou Calixto em uma ação indenizatória,
obtendo êxito na sentença. Inconformado, Calixto inter-
pôs recurso de apelação, ao qual foi negado provimento.
Considerando haver ofensa de norma infraconstitucio-
nal, Calixto interpôs recurso especial. Tal recurso foi co-
nhecido, mas não provido. Todavia, o advogado de Ca-
lixto identificou um julgado no STJ, de outra turma, com
situação fática idêntica à do cliente, mas com resultado
favorável, também em sede de recurso especial. Neste
(A) O advogado de Calixto pode opor embargos de di-
vergência.
(B) O advogado de Calixto pode opor embargos in-
fringentes.
(C) O advogado de Calixto pode opor embargos de de-
claração, diante da contradição.
(D) O advogado de Calixto pode interpor recurso extra-
ordinário.
53
Isabela sofreu um atropelamento em Niterói/RJ, en-
quanto passava férias na casa da avó. O responsável foi
o motorista de um caminhão, da empresa Móveis Pla-
nejados RJ. Considerando a necessidade de fazer proce-
dimentos cirúrgicos céleres para sua total recuperação,
buscou a defensoria pública local, e ajuizou uma ação
de produção antecipada de provas, em face da pessoa
jurídica mencionada, retornando posteriormente para
sua casa, em Caxias/RJ. A partir desta situação, assinale
a opção certa.
(A) A ação indenizatória deve ser proposta perante o
mesmo juízo onde tramitou a ação de produção an-
tecipada de provas.
(B) Na ação de produção antecipada de provas o juiz
deve se manifestar sobre a responsabilidade civil da
empresa demandada.
(C) A ação de produção antecipada de provas só é cabí-
vel quando há risco de se perder o objeto da prova.
(D) Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recur-
so, salvo contra decisão que indeferir totalmente a pro-
dução da prova pleiteada pelo requerente originário.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
54 (D) Considerando a apresentação de embargos à execu-
Madalena ajuizou ação em face de Sérgio, formulando
quatro pedidos, em sede de cumulação própria simples.
Após audiência de conciliação sem êxito, Sérgio apre-
sentou contestação com reconvenção, formulando dois
pedidos, também em sede de cumulação própria sim-
ples. Posteriormente, o juiz entendeu que dois pedidos
da autora e um do réu se tornaram incontroversos, deci-
dindo-os de maneira definitiva. Com base neste cenário,
marque a opção certa.
(A) Tanto Madalena quanto Sérgio podem interpor re-
curso de agravo de instrumento.
(B) Tanto Madalena quanto Sérgio podem interpor re-
curso de apelação.
(C) Tal decisão pode ser impugnada em preliminar da
apelação ou nas contrarrazões da apelação, após jul-
gamento final de todos os pedidos formulados por
autora e réu.
(D) Caso não interposto recurso em face da referida de-
cisão, será admitida sua execução provisória.
55 audiências públicas.
Jennifer promoveu uma ação reivindicatória de um imó-
vel em face de Camila, perante a 1ª Vara Cível de Pira-
canjuba/GO, local da situação do imóvel. Inconformada,
Letícia promoveu uma oposição em face de Jennifer e
Camila, por entender ser a real titular do bem, herdado
de sua tia, por meio de um legado. A partir desta realida-
de, marque a alternativa correta.
(A) Neste caso, há um litisconsórcio passivo necessário
unitário.
(B) Neste caso, há um litisconsórcio passivo necessário
simples.
(C) Neste caso, há um litisconsórcio passivo facultativo
unitário.
(D) Neste caso, há um litisconsórcio passivo facultativo
simples .
56 e a leva ao hospital, onde é feita uma cirurgia. Contu-
Eduardo promoveu a execução de uma nota promissória
em face de Eliza. Devidamente citada, Eliza não efetuou
o pagamento no prazo legal, mas apresentou embargos
à execução, no prazo de 10 dias, a contar da juntada do
mandado de citação cumprido, o que não impediu a pe-
nhora de uma moto, de sua titularidade. Após o devido
processo legal, os embargos foram julgados completa-
mente improcedentes. Considerando esta realidade, as-
sinale a opção correta.
(A) Eliza pode interpor recurso de agravo de instrumento.
(B) Eliza pode interpor recurso de apelação, com efeito
devolutivo e suspensivo.
(C) Eliza pode interpor recurso de apelação, dotado ape-
nas de efeito devolutivo.
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Pós-Edital
ção por parte de Eliza, a penhora de sua moto não
poderia ser autorizada pelo magistrado.
57
Considerando a existência de múltiplos processos em
andamento no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia,
envolvendo a mesma matéria de direito processual, com
risco à isonomia e à segurança jurídica, o advogado Má-
rio, aproveitando a pendência de julgamento do recurso
de apelação de seu cliente, resolve suscitar o incidente
de resolução de demandas repetitivas ao presidente do
tribunal, uma vez que a questão de direito ainda não
estava afetada por nenhum tribunal superior, para jul-
gamento repetitivo. A partir desta realidade, assinale a
alternativa correta.
(A) O presidente do Tribunal fará a admissibilidade do in-
cidente, mas seu julgamento competirá ao órgão co-
legiado designado no regimento interno do tribunal.
(B) Neste tipo de julgamento, não é admitida a interven-
ção do amicus curiae, muito menos a designação de
(C) Do acórdão que julgar o IRDR, a depender da maté-
ria, caberá recurso extraordinário ou especial, dota-
dos de efeito suspensivo automático.
(D) No julgamento do IRDR em questão, o advogado
Mário terá o prazo improrrogável de quinze minutos
para sua sustentação oral.
Direito Penal
Michelle Tonon
58
Anderson estava em casa exibindo e brincando com
uma arma de pressão que desfere balas de aço, quando,
acidentalmente, dispara a arma na direção de Amanda,
uma amiga que o estava visitando, vindo a atingir seu
olho direito. Desesperado, Anderson socorre Amanda
do, infelizmente, Amanda perde por completo o globo
ocular e, consequentemente, a visão de um dos olhos.
Anderson procura você, advogado(a), para aconselha-
mento jurídico. Nessa situação, você deverá esclarecer
a Anderson, acerca de sua responsabilidade penal, que:
(A) Anderson praticou o crime de lesão corporal culposa
grave, já que Amanda ficou com uma deformidade
permanente.
(B) Anderson praticou tentativa de homicídio culposo.
(C) Anderson praticou tentativa de homicídio doloso.
(D) Anderson praticou lesão corporal culposa.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
59 (C) a denúncia está equivocada, pois o fato não é delito
Considere as seguintes situações hipotéticas:
1. Gilson praticou, em 25 de janeiro de 2022, roubo cir-
cunstanciado pelo emprego de arma de fogo.
2. Roberto integrou associação criminosa ao longo do
ano de 2021.
3. Marcelo praticou crime de homicídio simples em 10
de dezembro de 2022.
4. Vera, em concurso com outros dois agentes, praticou
furto qualificado pelo emprego de explosivo que causa
perigo comum, em 30 de maio de 2020.
De acordo com as disposições da Lei n. 8.072/1990, a Lei
dos Crimes Hediondos, com as modificações feitas pelo
Pacote Anticrime (Lei n. 13.964/2019), poderá(ão) ser
condenado(s) pela prática de crime hediondo:
(A) Gilson e Vera.
(B) Gilson, Roberto e Vera.
(C) Gilson, Roberto, Marcelo e Vera.
(D) Apenas Gilson.
60 so de pessoas.
Jéssica estava no ônibus, em 26 de setembro de 2022,
viajando em pé pelo excesso de passageiros, quando
um homem passou por ela, ao se dirigir para a porta de
saída e, no percurso, apalpou seus seios de forma não
consentida e empreendeu fuga logo em seguida, saltan-
do do ônibus. As câmeras existentes no coletivo flagra-
ram a cena. Considerando apenas as informações acima,
pode-se dizer que Jéssica foi vítima de:
(A) assédio sexual.
(B) tentativa de estupro.
(C) importunação sexual.
(D) estupro consumado.
61 dirigiu à direção do hospital público, narrou o ocorrido
Fátima, 50 anos, devia uma elevada quantia em dinheiro
a José, 45 anos, famoso agiota da cidade em que am-
bos viviam. Em 15 de janeiro de 2020, após cobrar de
Fátima o imediato pagamento da dívida, José se aborre-
ce e desfere contra Fátima três disparos fatais de arma
de fogo. Os fatos são investigados e o inquérito policial
encaminhado ao Ministério Público, que denuncia José
pela prática de feminicídio, crime previsto no art. 121,
§ 2º, inc. VI, do Código Penal. José é preso preventiva-
mente e a família dele procura você, advogado(a), para
atuar na defesa da causa. Considerando apenas os fatos
narrados, você deverá esclarecer que:
(A) o delito praticado por José é, de fato, feminicídio, por
envolver violência contra a mulher.
(B) a denúncia está equivocada, pois o homicídio não
pode ser qualificado como feminicídio, já que Fáti-
ma não foi morta por razões e condições do gênero
feminino.
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Pós-Edital
contra a vida, mas contra o patrimônio, caracterizan-
do-se latrocínio.
(D) o feminicídio não é considerado crime hediondo e,
portanto, é incabível a prisão preventiva de José.
62
Armando e Bruno desejam a morte de Carlos e ambos,
sem saber da intenção do outro e sem combinação pré-
via, atiram contra a vítima quase ao mesmo tempo, com
revólveres calibre 38. Carlos morre em decorrência de
um dos disparos, que o acerta fatalmente no peito. O
outro tiro, conforme verificado em exame pericial, atin-
giu a vítima de raspão. Apesar dos esforços investigati-
vos, não foi possível identificar a autoria do tiro mortal,
pois as armas utilizadas eram idênticas. Na situação hi-
potética apresentada, Armando e Bruno podem respon-
der criminalmente:
(A) ambos por homicídio culposo.
(B) ambos por lesão corporal seguida de morte.
(C) ambos por homicídio doloso consumado, em concur-
(D) ambos por homicídio doloso tentado, sem concurso
de pessoas.
63
Em dezembro de 2022, em hospital público, Mário, mé-
dico concursado da secretaria estadual de saúde, exigiu
para si, de Alice, a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil re-
ais), para realizar na paciente Maria, mãe de Alice, uma
endoscopia, necessária para o correto diagnóstico e tra-
tamento. Mário alegou que o sistema de saúde público
estava sobrecarregado e que o valor permitiria a Maria
passar na frente de outros pacientes que aguardavam,
na fila, a realização do exame. Inconformada, Alice se
e disse que jamais pagaria a quantia por um exame que
deveria ser fornecido gratuitamente. Na condição de
advogado(a), você é consultado pelo diretor do hospital,
acerca da conduta do médico Mário. Diante da situação
hipotética acima descrita, a conduta praticada pelo mé-
dico constituiu o crime de:
(A) peculato mediante erro de outrem tentado.
(B) corrupção passiva consumada.
(C) concussão consumada.
(D) corrupção ativa tentada.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
Direito Processual Penal
Lorena Ocampos
64 prática de crime de roubo. Após a condenação, dentro
Mateus foi condenado em primeira instância pela práti-
ca de crime de roubo, sendo aplicada em sentença uma
pena de cinco anos e quatro meses de reclusão a ser
cumprida em regime inicial fechado. Em recurso de ape-
lação, exclusivo da defesa, o advogado de Mateus reque-
reu a anulação da sentença por falta de fundamentação,
a absolvição do réu e, subsidiariamente, a redução da
pena pelo reconhecimento da tentativa. Em julgamen-
to, a sentença foi parcialmente mantida. Por unanimi-
dade, foi afastada a alegação de nulidade e mantida a
condenação. Por maioria de votos, foi mantida a pena
aplicada, tendo um Desembargador votado pela sua re-
dução. Intimados da decisão, as partes poderão adotar
qual medida?
(A) A defesa poderá opor embargos infringentes e de
nulidade para o reconhecimento de nulidade, absol-
vição e redução da pena aplicada.
(B) A defesa poderá opor embargos infringentes e de nu-
lidade para o reconhecimento de nulidade e redução
da pena aplicada, somente, enquanto o Ministério
Público não poderá apresentar recurso de embargos
infringentes.
(C) A defesa poderá opor embargos infringentes bus-
cando a redução da pena aplicada, apenas, e o Mi-
nistério Público também poderá opor embargos in-
fringentes.
(D) A defesa poderá opor embargos infringentes buscan-
do a redução da pena aplicada, somente, enquanto o
Ministério Público não poderá apresentar recurso de
embargos infringentes.
65 ria, independentemente de ter interesse em indicar
Em determinada data, Joana ingressou em estabeleci-
mento comercial para subtrair diversos bens e, para tan-
to, arrombou a fechadura da porta. Descobertos os fa-
tos, foi denunciada pelo crime de furto qualificado pelo
rompimento de obstáculo. Considerando que a infração
deixou vestígios, o reconhecimento da qualificadora:
(A) poderia ser obtido a partir da produção de provas
de qualquer natureza, tendo em vista que adotado o
princípio do livre convencimento motivado.
(B) exigiria exame de corpo de delito, que poderia ser
direto ou indireto, ainda que realizado por um perito,
mas a confissão não seria suficiente.
(C) dependeria de realização de exame pericial, que po-
deria, porém, ser suprido pela confissão do réu.
(D) exigiria a realização de exame pericial, exame esse
que deveria ser realizado por dois peritos oficiais.
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Pós-Edital
66
Anderson foi denunciado e condenado, em primeira
instância, perante a 1ª Vara Criminal de Brasília, pela
do prazo legal, apresentou o recurso cabível, que se
encontra pendente de julgamento. Nesse período, foi
novamente denunciado pela prática do crime de roubo,
dessa vez perante a 2ª Vara Criminal de Brasília, sendo
verificado pelo teor da denúncia que os fatos imputa-
dos são os mesmos daquela ação da 1ª Vara Criminal.
Você, advogado(a) de Anderson, poderá apresentar a
exceção de:
(A) incompetência do juízo, que deverá ser processada
nos autos principais.
(B) coisa julgada, que deverá ser processada em autos
apartados.
(C) litispendência, que deverá ser processada em autos
apartados.
(D) suspeição, que precederá a qualquer outra eventual-
mente oposta.
67
Uma das partes fundamentais da ação penal é o réu, que
é aquele que figura no polo passivo do processo, na con-
dição de suposto autor do fato. Sobre a figura do acusa-
do e de seu defensor, é correto afirmar que:
(A) em virtude do direito ao silêncio, o réu pode se recu-
sar a responder às perguntas do Ministério Público
sobre os fatos, mas não as do magistrado.
(B) a ampla defesa é um direito do réu, de modo que
pode ele optar por não ser assistido por patrono par-
ticular ou defensor público, ainda que não seja ele
próprio advogado.
(C) caso o advogado particular não tenha mais interesse
em patrocinar o réu, será ele assistido pela defenso-
novo patrono.
(D) mesmo o réu revel tem direito a uma defesa, como a
Defensoria Pública, caso não constitua advogado.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828 Pós-Edital

68 Direito do Trabalho
Gabriel responde a ação penal na condição de réu solto. Rogério Dias
Em razão da complexidade do procedimento, após oitiva
das testemunhas, foi designada nova data para realiza- 70
ção exclusivamente do interrogatório do acusado. Ape- Mariana era sócia da sociedade empresária Bueno &
sar de regularmente intimado, Gabriel, por opção, não Queiroz Ltda., até sua retirada, em 2020. A devida aver-
compareceu à audiência, esclarecendo seu advogado ao bação da modificação do contrato foi realizada no dia
juiz o desinteresse do seu cliente de ser interrogado. De 20 de março de 2020. Em julho de 2022, Thiago ajuizou
acordo com as previsões do Código de Processo Penal e ação trabalhista em face da referida empresa e postulou,
a jurisprudência dos Tribunais Superiores, o juiz: já na petição inicial, a desconsideração da personalidade
(A) poderá decretar a revelia de Gabriel, gerando como jurídica para atingir, também, os bens de Mariana, em
consequência a presunção de veracidade dos fatos
futura execução. Com isso,
narrados na denúncia.
(A) não há que se falar em responsabilidade de Mariana.
(B) poderá determinar a condução do réu coercitiva-
(B) Mariana terá responsabilidade solidária.
mente diante de sua intimação regular para o ato,
(C) não se admite a desconsideração da personalidade
evitando-se seu adiamento, uma vez que não existe
jurídica na fase de cognição.
revelia no Processo Penal.
(D) Mariana terá responsabilidade subsidiária.
(C) poderá decretar a revelia de Gabriel, mas permane-
cerá sob a responsabilidade do Ministério Público
71
provar a acusação.
Juliana foi contratada pela empresa Dreyer Ltda. para
(D) poderá decretar a prisão preventiva de Gabriel em
prestar seus serviços em regime de tempo parcial, com
razão de sua ausência, já que era obrigado, uma vez
carga horária semanal de 20 horas. Em determinada se-
intimado, a comparecer para o ato de interrogatório.
mana, Juliana realizou seis horas extras. Com base na
situação hipotética,
69
(A) os empregados contratados em regime de tempo
Bernardo foi denunciado e condenado, em primeira ins-
parcial não poderão realizar horas extras.
tância, pela prática de crime de latrocínio, sendo ele e
(B) as horas extras poderão ser compensadas na semana
seu advogado intimados do teor da sentença penal con-
imediatamente posterior.
denatória no dia 20 de setembro de 2022, terça-feira. A
(C) não há limitação de quantidade de horas extras que
juntada do mandado de intimação do réu ao processo,
Juliana poderá realizar.
todavia, somente ocorreu em 26 de setembro de 2022,
(D) as horas extras realizadas por Juliana poderão ser
segunda-feira. Considerando as informações narradas,
compensadas no período de seis meses.
assinale qual o recurso cabível e qual o início do prazo
para interposição pelo advogado de João, de acordo
72
com a jurisprudência dos Tribunais Superiores.
Juliano é estudante de Direito e está cursando o 5º pe-
(A) Será cabível o recurso em sentido estrito e o prazo
ríodo. Um de seus colegas indicou uma vaga de estágio
terá início no dia seguinte à juntada do mandado de
no escritório de advocacia em que ele estagiava. Após
intimação (27/9/2022), devendo a data final do pra-
seleção e aprovação, Juliano foi contratado. Ao assinar o
zo ser prorrogada para o primeiro dia útil seguinte,
termo de compromisso, Juliano verificou que suas ativi-
caso se encerre no final de semana.
dades seriam realizadas em regime de teletrabalho. Na
(B) Será cabível o recurso de apelação e o prazo terá
dúvida, Juliano liga para você a fim de esclarecer se re-
início no dia da juntada do mandado de intimação
almente pode realizar suas atividades pelo teletrabalho.
(26/9/2020), devendo ser cumprido até o final do
Você informa a Juliano:
prazo de 05 dias previsto em lei, ainda que este ocor-
(A) que essa prática é proibida na lei.
ra no final de semana.
(B) que não há qualquer irregularidade.
(C) Será cabível o recurso em sentido estrito e o prazo terá
(C) que a legislação é omissa a esse respeito.
início no dia da intimação (20/09/2020), independen-
(D) que somente os aprendizes poderiam ser admitidos
temente da data da juntada do mandado, devendo ser
em regime de teletrabalho.
o recurso interposto até o final do prazo de 05 dias pre-
visto em lei, ainda que este finalize no final de semana.
(D) Será cabível o recurso de apelação e o prazo terá início
no dia seguinte à intimação (21/09/2020), indepen-
dentemente da data da juntada do mandado, devendo
a data final do prazo ser prorrogada para o primeiro dia
útil seguinte, caso se encerre no final de semana.

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3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828 Pós-Edital

73 Direito Processual do Trabalho

Aurélio é cipeiro, tendo sido eleito titular de representa-
ção dos empregados, com cumprimento de mandato no
ano de 2022. Em setembro de 2022, Aurélio foi dispen-
sado sem justa causa, pois sua empresa encerrou todas
as suas atividades. Com isso,
(A) a empresa deverá indenizar o empregado pelo perío-
do de estabilidade a que ele teria direito.
(B) trata-se de despedida arbitrária.  Lancelot ajuíza reclamação trabalhista em face de sua
(C) é devida a reintegração.
(D) é indevida a indenização do período estabilitário.
74 tramitar o feito. Neste caso:
Roberta é empregada da empresa Barreiros Ltda., reside
na Asa Norte (Brasília/DF) e presta seus serviços na Asa
Sul. Ocorre que no ano de 2023, por ato unilateral do
empregador, Roberta passou a prestar os seus serviços
no Guará/DF, localidade mais distante, mas continuou
residindo na Asa Norte. Com base na situação hipotética,
(A) Roberta tem direito a receber o adicional de trans-
ferência.
(B) trata-se de transferência definitiva.
(C) Roberta terá direito a um suplemento salarial, tendo
em vista o acréscimo da despesa de transporte.
(D) Roberta deverá arcar com a despesa adicional que
tiver.  so normal e teve concluída a fase de liquidação. Nesta,
75 Em seguida, iniciou-se a fase de execução. Passados al-
Sofia é bancária e exerce cargo de confiança com car-
ga horária de 8 horas, por dia, recebendo gratificação
de dois terços de seu salário. Inconformada com a carga
horária e com o volume de atividades que deve realizar,
soube, por meio de uma colega, que a jornada do bancá-
rio é de 6 horas diárias. Com base na situação hipotética,
(A) Sofia tem direito a receber duas horas extras.
(B) bancário não tem direito a horas extras.
(C) Sofia somente terá direito a horas extras a partir da
oitava hora.
(D) a gratificação de Sofia deveria ser de 100% de seu
salário.
Aryanna Linhares
76
Lancelot trabalhou por alguns bons anos para Haras da
Távola Redonda Ltda. Após uma pequena desavença
com Artur e Guinevere, proprietários da empresa, foi
dispensado sem justa causa. Sentindo-se injustiçado,
ex-empregadora em Piúma/ES. Entretanto, o autor sem-
pre trabalhou em Salvador das Missões/RS. Na ótica da
reclamada, Salvador das Missões é o local onde deveria
(A) Haras da Távola Redonda deve apresentar exceção
de incompetência em 5 dias contados do recebimen-
to da notificação.
(B) Haras da Távola Redonda deve apresentar exceção
de incompetência em 48 horas.
(C) é incabível a alegação de incompetência territorial.
(D) Haras da Távola Redonda deve arguir a incompetên-
cia territorial em preliminar de contestação.
77
Igraine ajuizou reclamação trabalhista em face da em-
presa Botica Brumas de Avalon Ltda que seguiu seu cur-
o juiz homologou os cálculos no valor de R$25.000,00.
guns dias, Igraine e Botica Brumas de Avalon Ltda. com-
parecem em juízo, acompanhadas de seus advogados,
pleiteando a homologação de um acordo no valor de
R$ 10.000,00. Com base no narrado acima, é correto
afirmar que:
(A) o acordo poderá ser homologado pelo juiz, mas o
INSS será recolhido sobre R$25.000,00.
(B) o acordo poderá ser homologado e, sobre seu valor,
o INSS será recolhido.
(C) o acordo não poderá ser homologado, pois ocorreu
após a sentença de liquidação.
(D) o acordo só poderá ser homologado se houver a con-
cordância do órgão previdenciário, uma vez que é
inferior ao valor calculado após a liquidação.

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3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
78 80
Dom Quixote moveu ação trabalhista em face de seu
ex-empregador Moinhos de Vento Consuegra Ltda. Na
reclamatória, postulou o pagamento de adicional de pe-
riculosidade e a gratuidade de justiça, que lhe foi deferi-
da. A perícia foi realizada e, no laudo, o perito apontou a
ausência de periculosidade. Em razão disso, o pedido foi
julgado improcedente. Diante dessa situação, marque a
afirmativa correta.
(A) Ainda que beneficiário da gratuidade de justiça, Dom
Quixote fica responsável pelo pagamento dos hono-
rários periciais.
(B) Diante da inversão do ônus da prova pela hipossu-
ficiência do empregado, a parte ré deve custear a
perícia.
(C) Por ser beneficiário da justiça gratuita, Dom Quixo-
te não só está isento do pagamento de custas como
também não custeará os honorários periciais, que
serão pagos pela União.
(D) A parte reclamante nunca arca com os honorários do
perito.
79 presa (Clube da Serpente).
Raskolnikov ingressou com uma ação trabalhista em
face de sua ex-empregadora, Ivanovna Empréstimos, e
da União, que, segundo seu entendimento, deve respon-
der subsidiariamente. Os pedidos de Raskolnikov foram
julgados totalmente procedentes e já liquidados, não ul-
trapassando 40 salários-mínimos. Com base no exposto,
assinale a alternativa correta.
(A) A reclamação trabalhista tramitará pelo rito sumarís-
simo, tendo em vista que o valor da causa não ultra-
passou 40 salários mínimos.
(B) A reclamação trabalhista tramitará pelo rito suma-
ríssimo e, sendo necessária prova testemunhal, cada
parte poderá ouvir até três testemunhas. 
(C) A reclamação trabalhista tramitará pelo rito ordiná-
rio e, sendo necessária prova testemunhal, cada par-
te poderá ouvir no máximo 2 testemunhas.
(D) A reclamação trabalhista tramitará pelo rito ordiná-
rio uma vez que há ente de direito público figurando
no polo passivo da ação.
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Pós-Edital
Horácio Oliveira ajuizou reclamação trabalhista em face
de Brinquedos Jogo da Amarelinha e de Clube da Ser-
pente Recreação Ltda. Nela, Horácio está requerendo o
pagamento de horas extras, adicional noturno e adicio-
nal de periculosidade, bem como a condenação solidária
das duas empresas. Entendendo que as empresas estão
inseridas no mesmo grupo econômico, o juiz proferiu
sentença condenando-as solidariamente ao pagamento
das verbas postuladas.
Brinquedos Jogo da Amarelinha e Clube da Serpente
Recreação Ltda. recorreram. Clube da Serpente não efe-
tuou o recolhimento do depósito recursal. Já Brinquedos
Jogo da Amarelinha não só realizou o depósito, como
também sustentou, dentre outras coisas, que deve ser
excluída da lide, pois não forma grupo econômico com
Clube da Serpente Recreação Ltda. Diante desses fatos,
assinale a alternativa correta.
(A) O recurso de Clube da Serpente Recreação Ltda. é
deserto. Como Brinquedos Jogo da Amarelinha pe-
diu sua exclusão da lide, o depósito recursal por ela
efetuado não pode ser aproveitado pela outra em-
(B) Não há depósito recursal na Justiça do Trabalho.
(C) O depósito recursal recolhido por Brinquedos Jogo
da Amarelinha pode ser aproveitado por Clube da
Serpente Recreação Ltda.
(D) Brinquedos Jogo da Amarelinha e Clube da Serpente Re-
creação Ltda. estão dispensadas do depósito recursal.
 3º SIMULADO
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
1ª FASE DO 37º EXAME DE ORDEM

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A C C D C B D A A D
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D C C A B D B D C B
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
D D D D C B C A A C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
D A C C D B C C D A
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C D A B C B D C B D
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
C A D A B C C D A C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
B D C D B C D C D A
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
B B D C C A B C D A

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3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
Ética Profissional
Maria Christina
1 (C) VERDADEIRO. Art. 47-A e 58-A do CED.
Mário procurou seu advogado José para ajuizar uma
ação contra Maria por uma dívida sabidamente quitada
por ela. Diante dos fatos, assinale a opção correta.
(A) José será solidariamente responsável com Mário por
ter ajuizado execução contra Maria por uma dívida
sabidamente quitada.
(B) José será subsidiariamente responsável com Mário
por ter ajuizado execução contra Maria por uma dívi-
da sabidamente quitada.
(C) José será pessoalmente responsável por ter ajuizado
execução contra Maria por uma dívida sabidamente
quitada.
(D) Mário será responsabilizado de forma pessoal por
ter contratado advogado para ajuizar execução con-
tra Maria por uma dívida sabidamente quitada.
Letra a.
(A) VERDADEIRO. Advogado e cliente que executam dí-
vida sabidamente pagas respondem solidariamente por
incidir em lide temerária.
(B) FALSO. Responsabilidade solidária por terem agido
em conluio.
(C) FALSO. Responsabilidade solidária por terem agido
em conluio.
(D) FALSO. Responsabilidade solidária por terem agido
em conluio.
2 ção correta.
Joana é estagiária de direito no nono semestre da Facul-
dade. Com a projeção que obteve no escritório, passa a
realizar inúmeras entrevistas para as redes de TV locais
instigando a população a procurar o escritório para liti-
gar em juízo. Diante dos fatos, assinale a opção correta.
(A) Joana não poderá celebrar termo de ajustamento de
conduta por ser estagiária.
(B) Joana não poderá celebrar termo de ajustamento de
conduta pois a conduta deve ser punida com penali-
dade de censura.
(C) Joana poderá celebrar termo de ajustamento de con-
duta pelo ato praticado.
(D) Joana não pode sofrer qualquer punição por ser
mera estagiária.
Letra c.
(A) FALSO. Advogados e estagiários podem celebrar ter-
mo de ajustamento de conduta desde que a pena previs-
ta seja de censura e não acarrete prejuízo para dignida-
de da profissão.
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Pós-Edital
(B) FALSO. Violação aos quesitos de publicidade gera
pena de censura e, portanto, pode gerar a celebra-
ção de TAC.
(D) FALSO. A única penalidade que o estagiário pode su-
portar é a penalidade de censura.
3
O Conselho Seccional do Distrito Federal, com dificulda-
des financeiras, resolveu onerar um bem imóvel. Diante
disso, assinale a afirmativa correta.
(A) O ato dependerá de decisão da diretoria da Seccional.
(B) O ato dependerá de decisão do Presidente da
Seccional.
(C) O ato dependerá de decisão da maioria da Seccional.
(D) O ato dependerá de decisão da Caixa de Assistência
da Seccional.
Letra c.
(A) FALSO. Decisão do Pleno.
(B) FALSO. Decisão do Pleno.
(C) VERDADEIRO. A alienação ou oneração de bens imó-
veis da OAB só pode ser efetivada por decisão da maio-
ria do Pleno da Seccional.
(D) FALSO. Decisão do Pleno.
4
A secional X proferiu decisão unânime e favorável sobre
determinado tema. Ocorre que a seccional do estado
Y proferiu decisão desfavorável sobre a mesma maté-
ria, de forma unânime. Diante dos fatos, assinale a op-
(A) Caberá recurso ao pleno de cada seccional para re-
verter a decisão.
(B) Caberá recurso ao Conselho Federal apenas de deci-
sões não unânimes.
(C) Caberá recurso ao Conselho Federal apenas de deci-
sões unânimes que violem o Estatuto.
(D) Caberá recurso ao Conselho Federal.
Letra d.
(A) FALSO. Caberá recurso ao CFOAB.
(B) FALSO. Caberá recurso ao CFOAB.
(C) FALSO. Caberá recurso ao CFOAB.
(D) VERDADEIRO. Das decisões unânimes de seccional
que sejam divergentes entre si caberá recurso ao Conse-
lho Federal para pacificar a decisão.
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5 7
João Pedro deseja concorrer ao cargo de Conselheiro
de certa subseção. Para tanto, deverá preencher alguns
requisitos:
(A) possuir cinco anos de inscrição na OAB.
(B) não estar respondendo a processo criminal.
(C) não ocupar cargo de livre nomeação e exoneração.
(D) estar em dia com a anuidade, não sendo admitido o
parcelamento da dívida.
Letra c.
(A) FALSO. Apenas 3 anos.
(B) FALSO. Não ter condenação, salvo reabilitação.
(C) VERDADEIRO. São requisitos para concorrer aos car-
gos de conselheiro da seccional e subseção: estar em dia
com a anuidade, não possuir condenação disciplinar sal-
vo reabilitação, não exercer carga ad nuttum, inscrição
regular e pelo menos 3 anos de inscrição.
(D) FALSO. Parcelamento suspende a exigibilidade.
6 requerer certidão do estado do processo se possuir
Diante da greve realizada pela Defensoria Pública, a OAB
começou a indicar recém inscritos na OAB como advo-
gado dativo. Diante dos fatos, assinale a opção correta.
(A) O recém inscrito na OAB poderá atuar como advoga-
do dativo sendo devido o valor de honorários.
(B) O recém inscrito na OAB não poderá atuar como ad-
vogado dativo por falta de experiência profissional.
(C) O advogado dativo tem direito apenas à sucumbên-
cia proporcional.
(D) O advogado dativo tem direito apenas ao honorário
arbitrado judicialmente.
Letra b.
(A) VERDADEIRO. O advogado recém inscrito na OAB
poderá atuar como dativo, sendo devido o pagamento
de honorários arbitrados judicialmente e sucumbenciais
proporcionais à atuação no processo.
(B) FALSO. Poderá atuar.
(C) FALSO. Tem direito aos honorários arbitrados judi-
cialmente e sucumbenciais.
(D) FALSO. Tem direito aos honorários arbitrados judi-
cialmente e sucumbenciais.
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Pós-Edital
O estagiário de direito poderá sozinho, mas sob a res-
ponsabilidade de um advogado:
(A) assinar petições de contestação em processos ju-
diciais.
(B) obter, junto aos escrivães e chefes de secretarias,
certidões de peças de processos em curso sem a ne-
cessidade de substabelecimentos.
(C) comparecer à prática de atos extrajudiciais, sem au-
torização ou substabelecimento do advogado.
(D) retirar e devolver autos em cartório, assinando a res-
pectiva carga.
Letra d.
(A) FALSO. Somente petição de juntada.
(B) FALSO. É necessário substabelecimento.
(C) FALSO. É necessário autorização.
(D) VERDADEIRO. O estagiário sozinho, mas sob a res-
ponsabilidade de um advogado, poderá: fazer cargo
dos autos, assinar petição de juntada de documentos,
substabelecimento e comparecer a atos extrajudiciais se
possuir autorização.
8
Jonas foi Presidente da Secional São Paulo em 1989.
Diante dos fatos, assinale a opção correta.
(A) Jonas passa a ser membro honorário vitalício com di-
reito a voz e voto.
(B) Jonas passa a ser membro honorário vitalício apenas
com direito a voz.
(C) Jonas passa a ser membro honorário vitalício apenas
com direito a voto.
(D) Jonas não terá direito nem a voz nem a voto após
deixar o cargo.
Letra a.
(A) VERDADEIRO. O ex-presidente da Seccional ou do
Conselho Federal da OAB, anteriores a 1994, tem direito
a voz e vota nas sessões do pleno.
(B) FALSO. Direito a voz e voto por ter sido presidente
antes de 1994.
(C) FALSO. Direito a voz e voto por ter sido presidente
antes de 1994.
(D) FALSO. Direito a voz e voto por ter sido presidente
antes de 1994.
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Filosofia do Direito
Odair José
9 internacionais, até porque o mais comum é que os orde-
Norberto Bobbio, na obra Teoria do Ordenamento Jurídi-
co, afirma que as relações entre ordenamentos jurídicos
diversos podem ser classificadas em três planos distin-
tos. Primeiro, quanto ao grau de validade que um orde-
namento tem na relação com outro; segundo, quanto à
extensão recíproca dos âmbitos de validade; terceiro, a
validade que um ordenamento jurídico atribui às regras
de outro ordenamento com os quais entra em contrato.
Acerca desse tema e nos termos da obra em referência,
assinale a alternativa que corresponde corretamente ao
grau de validade que um ordenamento tem na relação
que estabelece com outro ordenamento.
(A) Relações de coordenação ou relações de subor-
dinação.
(B) Âmbito de validade por meio do qual se inclui total-
mente às regras do ordenamento com o qual se re-
laciona.
(C) Indiferença quanto à validade das regras de outro or-
denamento jurídico.
(D) Nas relações entre ordenamentos jurídicos diversos,
sempre irá prevalecer as regras do direito internacio-
nal, porque possuem grau de superioridade em rela-
ção às normas nacionais.
Letra a.
(A) CORRETA: A classificação das relações entre ordena-
mentos pode ser com base no diferente grau de validade
que eles têm um em relação ao outro, podendo ser (a)
relação de coordenação ou (b) relação de subordinação
(ou de supremacia recíproca). Na prática, verifica-se, por
exemplo, nos acordos bilaterais entre dois Estados sobe-
ranos, quando se observa uma relação de coordenação
entre ordenamentos.
(B) INCORRETA: A questão pede para assinalar a alter-
nativa que corresponde ao grau de validade que um or-
denamento tem na relação que estabelece com outro
ordenamento, mas a alternativa se refere, no final das
contas, à extensão dessa validade, que, segundo Bob-
bio, poderá ser de (a) exclusão total; (b) inclusão total;
(c) exclusão parcial (o mesmo que incluir parcialmente).
Trata-se, na verdade, o quanto um ordenamento jurídico
irá incluir das regras de outro ordenamento.
(C) INCORRETA: A alternativa se refere, na verdade, à
validade que se atribui às regras de um outro ordena-
mento. Nessa relação entre ordenamentos, afirma Bob-
bio, é possível que ocorra (a) indiferença em relação às
regras do outro ordenamento jurídico; (b) recusa; ou (c)
absorção, esta se divide ainda em (c1) reenvio quando se
reconhecer a validade da norma de outro ordenamento
no próprio âmbito de atuação, ou (c2) recepção, quando
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Pós-Edital
ocorrer a apropriação do conteúdo das normas de outro
ordenamento jurídico.
(D) Não há que se falar em superioridade das normas
namentos jurídicos nacionais absorvam as normas inter-
nacionais por meio de acordos ou convenções. Não se
trata de superioridade dessas normas, mas de absorção.
10
“O juiz continua tendo o dever, mesmo nos casos difí-
ceis, de descobrir quais são os direitos das partes, e não
de inventar novos direitos retroativamente”.
DWORKIN, Ronald. Levando os direitos a sério. São Paulo,
2020, p. 127).
A inexistência de regra regulamentadora para um deter-
minado caso não pode ser impedimento para se encon-
trar o direito das partes.
Sobre esse tema, assinale a alternativa apresentada por
Dworkin para solução dos casos não previstos nas regras.
(A) Diante de casos difíceis e não regulados, o juiz deve-
rá usar o poder discricionário para solucionar a lide.
(B) Na ausência de norma regulamentadora, o juiz fica-
rá abandonado a si mesmo, obrigando-o a criar uma
norma específica para o caso.
(C) Os casos não previstos numa regra regulamentadora
impõem a necessidade de que juízes e juristas sen-
satos acordem entre si sobre os direitos jurídicos das
partes.
(D) O dever do juiz é buscar a melhor solução para o caso,
independentemente da existência ou não de regra
regulamentadora, o que é possível por meio da ex-
tração dos valores que se encontram nos princípios.
Letra d
(A) INCORRETA: A alternativa se refere ao pensamento
de Herbert Hart. Dworkin critica Hart por essa postura,
entendendo que a defesa de Hart levaria, dentre outros,
ao ativismo judicial.
(B) INCORRETA: Alternativa semelhante a alternativa “a”,
também criticada por Dworkin, porque entende que os di-
reitos se encontram nas regras e nos princípios, de tal ma-
neira que o autor negará a existência de lacunas no direito.
(C) INCORRETA: É exatamente o contrário, Dworkin en-
tende que a discordância na interpretação do direito é
normal e não impeditiva para se identificar os direitos
das partes numa dada ação judicial.
(D) CORRETA: Dworkin entende que o direito é compos-
to por um conjunto de normas e estas se dividem em
regras e princípios. Os direitos não precisam necessa-
riamente estarem expressos nas regras, podem tam-
bém ser extraídos dos valores que se encontram nos
princípios.
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Direito Constitucional
Ana Paula Blazute
11 seguinte à maioridade.
O Município Alfa celebrou uma parceria com o Japão
visando ao desenvolvimento de programa esportivo,
formador de atletas de alto rendimento, direcionado a
crianças de baixa renda.
Por ocasião da prestação de contas, o Japão entendeu
que os recursos que repassara não foram empregados
por Alfa na finalidade a que se destinavam, o que levou
o Estado Estrangeiro a contratar um advogado para que
ajuizasse uma ação, de modo que o Município devolves-
se os valores que não foram aplicados regularmente.
Considerando os termos dessa narrativa e os balizamen-
tos oferecidos pela ordem constitucional, a ação deve ser
ajuizada perante:
(A) o Supremo Tribunal Federal, em instância única.
(B) o Superior Tribunal de Justiça, em instância única.
(C) um Juiz Federal, com recurso ordinário para o Supre-
mo Tribunal Federal.
(D) um Juiz Federal, com recurso ordinário para o Supe-
rior Tribunal de Justiça.
Letra d.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e
julgar: (...)
II – as causas entre Estado estrangeiro ou organismo in-
ternacional e Município ou pessoa domiciliada ou resi-
dente no País;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...)
II – julgar, em recurso ordinário: (...)
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou
organismo internacional, de um lado, e, do outro, Muni-
cípio ou pessoa residente ou domiciliada no País.
12 petências legislativas e administrativas aos diversos en-
Pétrea nasceu no território da Bélgica à época em que
seu pai, brasileiro, ali atuava em uma indústria privada de
conectores eletrônicos. Sua mãe era belga.
Considerando que Pétrea foi registrada apenas perante
o órgão competente belga, não perante uma repartição
brasileira, ela é considerada:
(A) estrangeira, somente lhe restando a opção de se na-
turalizar brasileira, na forma da lei.
(B) brasileira nata, já que seu pai era brasileiro e se en-
contrava em território belga a trabalho.
(C) estrangeira, mas, caso venha a residir no território
brasileiro e opte, a qualquer tempo, após atingir a
maioridade, pela nacionalidade brasileira, adquiri-la-
-á em caráter nato.
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Pós-Edital
(D) estrangeira, mas pode adquirir a nacionalidade brasi-
leira, em caráter nato, caso o requeira, em território
belga, perante repartição consular brasileira, no ano
Letra c.
CF, art. 12. São brasileiros: I – natos: c) os nascidos no
estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, des-
de que sejam registrados em repartição brasileira com-
petente ou venham a residir na República Federativa do
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.
13
Mévio e Tício foram eleitos em 2022, respectivamente,
Presidente e Vice-Presidente da República. Ocorre que,
em outubro de 2023, ambos vêm a falecer em trágico
acidente aéreo. Marque a alternativa correta de acordo
com a Constituição Federal.
(A) Far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a últi-
ma vaga.
(B) Deve ser realizada eleição, pelo Congresso Nacional,
em trinta dias.
(C) Deve ser realizada eleição, pelo Congresso Nacional,
em noventa dias.
(D) Assume a Presidência da República o Presidente do
Senado Federal, até completar o período de seus an-
tecessores.
Letra c.
CRFB, art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-
-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias
depois de aberta a última vaga.
14
A Constituição Federal foi responsável por elencar com-
tes da federação, de acordo com o âmbito de interesse.
Nesse sentido, conforme previsto constitucionalmente, a
competência para legislar sobre proteção e tratamento
de dados pessoais compete:
(A) privativamente à União.
(B) privativamente aos Estados e ao Distrito Federal.
(C) privativamente aos Municípios.
(D) concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito
Federal.
Letra a.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXX – proteção e tratamento de dados pessoais.
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15 17
Fagner, ocupante de cargo de provimento efetivo no
Município de Santa Helena de Goiás, foi eleito e tomou
posse no cargo de prefeito. À luz da sistemática consti-
tucional, Fagner:
(A) poderá acumular o cargo no Município com o man-
dato eletivo, desde que haja compatibilidade de
horários.
(B) exercerá o mandato eletivo de Prefeito, mas poderá
optar pela remuneração do cargo municipal.
(C) será exonerado do cargo no Município a partir da
posse como Prefeito.
(D) ficará afastado do cargo no Município, sem receber a
remuneração, durante o exercício do mandato.
Letra b.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, au-
tárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar
pela sua remuneração.
16
A Constituição da República Federativa do Brasil dedicou
um capítulo específico aos direitos e deveres individuais
e coletivos. Considerando a funcionalidade da Consti-
tuição e a natureza das normas constitucionais afetas a
essa temática, assinale a afirmativa incorreta.
(A) É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado
o anonimato.
(B) Aos litigantes, em processo judicial ou administrati-
vo, e aos acusados em geral são assegurados o con-
traditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes.
(C) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis
de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilíci-
to de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respon-
dendo os mandantes, os executores e os que, poden-
do evitá-los, se omitirem.
(D) São gratuitas as ações de habeas corpus e mandado
de segurança, e, na forma da lei, os atos necessários
ao exercício da cidadania.
Letra d.
(A) Correta, de acordo com o art. 5º, IV, CF.
(B) Correta, de acordo com o art. 5º, LV, CF.
(C) Correta, de acordo com o art. 5º, XLIII, CF.
(D) Incorreta, de acordo com o art. 5º, LXXVII, são gratui-
tas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na for-
ma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
A decisão do Tribunal de Justiça do Estado X contrariou
expressamente a orientação da Súmula Vinculante 6 ao
decidir que viola a Constituição o estabelecimento de
remuneração inferior ao salário mínimo para as praças
prestadoras de serviço militar inicial.
Neste caso, a medida constitucional devida perante o
STF seria:
(A) mandado de segurança.
(B) reclamação constitucional.
(C) ação Popular.
(D) ação direta de inconstitucionalidade.
Letra b.
Art. 103-A, § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial
que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente
a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Fede-
ral que, julgando-a procedente, anulará o ato adminis-
trativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e deter-
minará que outra seja proferida com ou sem a aplicação
da súmula, conforme o caso.
Direitos Humanos
Alice Rocha
18
Cícera acabou de se formar e logo foi aprovada no Exa-
me da OAB, passando a atuar como advogada de uma
ONG de proteção das comunidades originárias no Brasil.
Recentemente, Cícera recebeu uma demanda de ques-
tionamento sobre o status legal das terras ocupadas
por uma aldeia indígena em uma região de expansão do
agronegócio.
A respeito desse tema e com base na Constituição Fede-
ral, Cícera deve esclarecer que:
(A) como bens do estado onde estão localizadas, as ter-
ras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas devem
ser monitoradas pelos agentes desse mesmo estado.
(B) são reconhecidos aos indígenas sua organização
social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os
direitos originários sobre as terras que tradicional-
mente ocupam, competindo à União e aos Estados
demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os
seus bens.
(C) os indígenas, suas comunidades e organizações são
partes legítimas para ingressar em juízo em defesa
de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério
Público em atos de diligência ao longo do processo.
(D) as terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas
destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes
o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e
dos lagos nelas existentes.

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Letra d.
(A) ERRADA. Conforme o art. 20, XI, da CF/88, essas ter-
ras são bens da União.
(B) ERRADA. Conforme art. 231 da CF/88, a competência
para demarcá-las é somente da União.
(C) ERRADA. Conforme art. 232 da CF/88, o MP deve in-
tervir em TODOS os atos do processo.
(D) CERTA. Conforme art. 231, § 2º, da CF/88.
19 ria de se naturalizar brasileiro.
Em 2010, Antônia, grande influencer no meio da esté-
tica, teve seus dados pessoais divulgados por uma em-
presa de telefonia. Desde então, sofre uma série de pro-
blemas a partir do uso indevido desses dados tais como
ligações indesejadas, uso de seu número de documen-
tos para atividades ilegais, dentre outras. Para buscar a
defesa de seus direitos, Antônia ligou para Carlos, seu
amigo de infância e advogado atuante na defesa dos Di-
reitos Humanos.
A partir das regras previstas na Constituição Federal e
das normativas do Sistema de Direitos Humanos, Carlos
deve pleitear a defesa de Antônia a partir:
(A) da previsão da aplicação mediata desse direito, bus-
cando instrumentos de concretização do mesmo.
(B) da previsão desse direito no rol de direitos previstos
no artigo 7 da Constituição.
(C) da interpretação de que, mesmo que não estivesse
formalmente previsto na Constituição Federal, po-
deria ser defendido por outras regras infraconstitu-
cionais.
(D) da compreensão de que sendo influencer, Antônia
não tem direitos a resguardar seus dados.
Letra c.
(A) ERRADA. Sendo um direito fundamental, tal direito
deve ser aplicado de modo IMEDIATO.
(B) ERRADA. Tal preceito está previsto no artigo 5º, LX-
XIX, da CF.
(C) CERTA. Tendo em vista o art. 5º, § 2º, da CF
Os direitos e garantias expressos nesta Constituição
não excluem outros decorrentes do regime e dos
princípios por ela adotados, ou dos tratados interna-
cionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte.
Sendo assim, mesmo que não estivesse previsto no art.
5º da CF, poderia ser defendido por normas infracons-
titucionais.
(D) ERRADA. Independente de sua profissão, Antônia
tem direitos inerentes, dentre eles a sua proteção de da-
dos pessoais, inclusive nos meios digitais.
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Pós-Edital
Direito Internacional
Alice Rocha
20
Odair, angolano, mudou-se para o Brasil em janeiro de
2020, buscando novas oportunidades de trabalho frente
à crise da COVID-19. Passados 4 meses de sua chegada,
Odair se casou com Nilton, brasileiro nato, e como não
tem mais pretensão de voltar para Angola, Odair gosta-
Baseado na situação hipotética e com base na Constitui-
ção Federal, assinale a alternativa correta.
(A) Para se naturalizar brasileiro, Odair deve comprovar
pelo menos 2 (dois) anos de residência ininterrupta.
(B) Para se naturalizar brasileiro, Odair deve comprovar
apenas residência por um ano ininterrupto e idonei-
dade moral.
(C) Odair pode solicitar a nacionalidade originária por
ser casado com brasileiro nato.
(D) Odair não pode solicitar a nacionalidade originária
mesmo sendo casado com brasileiro nato, tendo em
vista que o Brasil não reconhece o casamento entre
pessoas do mesmo sexo.
Letra b.
(A) ERRADA. Por ser originário de país de língua portu-
guesa, Odair precisa comprovar apenas 1 ano ininter-
rupto de residência.
(B) CERTA. Em conformidade com o artigo 12, II,
a, da CF/88.
(C) ERRADA. O vínculo do casamento não é suficiente
para cumprir os requisitos para a obtenção do
status de nato.
(D) ERRADA. O Brasil reconhece o casamento entre pes-
soas do mesmo sexo, todavia este vínculo não é suficien-
te para garantir a nacionalidade originária.
21
Um dos instrumentos mais úteis para o estabelecimen-
to da cooperação internacional é a homologação de
sentença possibilitando o reconhecimento de decisões
proferidas em outras jurisdições e geração de efeitos no
Brasil. A respeito dessa temática, podemos afirmar que:
(A) é possível a homologação de sentença estrangeira,
mesmo que seja contrária ao conteúdo de decisão
judicial proferida no Brasil.
(B) a pendência de causa perante a jurisdição brasileira im-
pede a homologação de sentença judicial estrangeira.
(C) na ausência de tratado, a homologação de senten-
ça só poderá realizar-se com base em reciprocidade,
manifestada por via diplomática.
(D) os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país
estrangeiro não dependem de homologação para se-
rem executados.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
Letra d.
(A) ERRADA. Se for contrária ao conteúdo de decisão ju-
dicial brasileira, não será homologada. (Vide: STJ. Corte
Especial. AgInt na SEC 6362-EX, Rel. Min. Jorge Mussi,
julgado em 01/06/2022 (Info 739).)
(B) ERRADA. Conforme art. 24, Parágrafo único, do
CPC, não impede a homologação de sentença judicial
estrangeira
Parágrafo único. A pendência de causa perante a ju-
risdição brasileira não impede a homologação de sen-
tença judicial estrangeira quando exigida para produ-
zir efeitos no Brasil.
(C) ERRADA. De acordo com o art. 26, § 1º, CPC, não se
exigirá a reciprocidade.
(D) CERTA. Literalidade do art. 784, § 2º, do CPC.
Direito Tributário
Maria Christina
22 res solidários a todos aproveita.
João, recém aprovado no exame de ordem, procura um
colega especialista na área de direito tributário para ti-
rar dúvidas sobre a matéria. Diante dos fatos, assinale a
opção correta.
(A) O fato gerador da obrigação principal é a situação
definida na legislação como necessária e suficiente à
sua ocorrência.
(B) Responsável pelo tributo é o sujeito credor que
tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador.
(C) Salvo disposição de lei em contrário, a isenção é ex-
tensiva às taxas e às contribuições de melhoria.
(D) A capacidade tributária passiva independe da capaci-
dade civil das pessoas naturais.
Letra d.
(A) FALSO. O fato gerador da obrigação tributária é a si-
tuação definida em Lei (Lei Ordinária) e não o conjunto
inteiro da legislação pois não abarca os atos infralegais.
(B) FALSO. Responsável é aquele que possui relação in-
direta com o fato gerador por meio de lei. Art. 121, Pará-
grafo único, II, do CTN.
(C) FALSO. A isenção, como regra, NÃO se aplica às taxas
e contribuições de melhoria – art. 177 do CTN.
(D) VERDADEIRO. O direito tributário ignora a capacida-
de civil, bastando a ocorrência do fato gerador para ser
devido o tributo inclusive por um menor de idade – art.
126, I, do CTN.
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Pós-Edital
23
João e Maria são proprietários de uma mesma fazenda
e, portanto, solidariamente responsáveis pelo pagamen-
to do ITR. Sobre os efeitos da solidariedade, assinale a
opção correta.
(A) A remissão de crédito sempre exonera todos os obri-
gados solidários.
(B) A interrupção da prescrição, em favor ou contra um
dos obrigados, não favorece ou prejudica os demais.
(C) O pagamento efetuado por um dos obrigados apro-
veita apenas aquele que efetuou o pagamento.
(D) A isenção de crédito exonera todos os obrigados, sal-
vo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistin-
do, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais
pelo saldo.
Letra d.
(A) FALSO. Se for pessoal apenas ao sujeito.
(B) FALSO. A interrupção da prescrição favorece ou pre-
judica todos os devedores solidários.
(C) FALSO. O pagamento efetuado por um dos devedo-
(D) VERDADEIRO. Art. 125, II, do CTN. A isenção ou remis-
são concedida a todos os devedores solidários aproveito
aos demais salvo se for concedida de forma pessoal.
24
O Município Beta construiu um complexo educacional
no bairro Alfa a fim de que sejam desenvolvidas ativida-
des instrutivas para toda a população. A obra acarretou
valorização imobiliária de inúmeras residências do bair-
ro Alfa próximas ao complexo. Em razão disso, o Muni-
cípio Beta instituiu contribuição de melhoria por meio
de lei ordinária para custear o valor global da obra, ra-
teando o valor entre todos os imóveis do Município. Na
hipótese, segundo as regras pertinentes à contribuição
de melhoria, a exação instituída é:
(A) inválida, pois o Município Beta não tem competên-
cia tributária para instituir a referida contribuição de
melhoria.
(B) inválida, pois a Contribuição de Melhoria não pode
ser instituída por lei ordinária dependendo da edição
de lei complementar.
(C) inválida, pois o valor global das obras deveria ser ra-
teado entre todos os imóveis localizados no Muni-
cípio, sem qualquer distinção, haja vista que a obra
atenderá à coletividade.
(D) inválida, pois o valor global da obra não poderia ser
rateado entre todos os imóveis localizados no Muni-
cípio, mas apenas cobrado em relação aos imóveis
que experimentaram valorização imobiliária.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828 Pós-Edital

Letra d.
(A) FALSO. Todos os entes federativos podem instituir
contribuição de melhoria.
(B) FALSO. Contribuição de melhoria é matéria reserva-
da a edição de lei ordinária.
(C) FALSO. O cálculo da contribuição de melhoria não
abarca todos os proprietários da cidade, mas apenas
aqueles que suportaram valorização.
(D) VERDADEIRO. O cálculo da contribuição de melho-
ria deve levar em consideração o custo total da obra e a
valorização individual que cada imóvel suportará. – art.
145, III, do CF.
Letra b.
(A) FALSO. O locatário não tem legitimidade por não ser
contribuinte, mas mero possuidor sem expectativa em
se tornar proprietário. Súmula 614 do STJ.
(B) VERDADEIRO. Promitente comprador já é legítimo
contribuinte de IPTU por ser um possuidor com expec-
tativa em se tornar proprietário.
(C) FALSO. Cessionário possui expectativa em se tornar
proprietário.
(D) FALSO. Em imóveis em área de expansão, será devido
o pagamento de IPTU pela simples destinação do imó-
vel. Súmula 626 do STJ.

25 Direito Administrativo
O Município alterou a data de vencimento de seu IPTU
Gustavo Brigido
de março de 2023 para fevereiro de 2023. Assim, o ato
poderá ser realizado:
27
(A) somente por meio de lei ordinária, se respeitar os
João e Maria, estudantes de Direito, discutiam aspectos
princípios da anterioridade anual e nonagesimal.
relacionados ao estudo dos bens públicos, no contexto
(B) somente por meio de lei complementar, se respeitar
dos acontecimentos ocorridos no dia 08/01/2023, em
os princípios da anterioridade anual e nonagesimal.
Brasília, em razão dos quais foi decretada a intervenção
(C) poderá ser realizado por um mero ato do Poder Exe-
federal no Distrito Federal. A discussão girou em torno
cutivo, podendo produzir efeitos de imediato.
da classificação dos seguintes bens públicos: Praça dos
(D) somente por meio de lei ordinária, podendo produzir
Três Poderes, Congresso Nacional, Palácio do Planalto
efeitos de imediato.
e Supremo Tribunal Federal. Os estudantes procuraram
você, na qualidade de advogado(a) especialista em Di-
Letra c.
reito Administrativo, para saber a correta classificação
(A) FALSO. Pode ser por decreto e pode produzir efeitos
dos mencionados bens públicos. Você os orientou cor-
de imediato.
retamente que:
(B) FALSO. Pode ser por decreto e pode produzir efeitos
(A) os quatro bens públicos mencionados se classificam
de imediato.
como bens de uso comum do povo, sendo todos im-
(C) VERDADEIRO. Súmula Vinculante 50 e Súmula 669
prescritíveis.
do STF. A mera alteração do prazo de pagamento/venci-
(B) os quatro bens públicos mencionados se classificam
mento/recolhimento de um tributo poderá ser realizado
como bens de uso especial, sendo todos impres-
por um mero ato do Poder Executivo podendo produ-
critíveis.
zir efeitos de imediato pois não equivale a majoração e
(C) a Praça dos Três Poderes é bem de uso comum do
nem criação de tributo.
povo e os demais são bens de uso especial, sendo
(D) FALSO. Pode ser por decreto e pode produzir efeitos
todos imprescritíveis.
de imediato.
(D) a Praça dos Três Poderes é bem de uso comum es-
pecial e os demais são bens de uso comum do povo,
26 sendo todos imprescritíveis.
Sobre o contribuinte do IPTU, assinale a alternati-
va correta.
Letra c.
(A) O locatário tem legitimidade ativa para litigar em
Dos Bens Públicos
ações de natureza tributária envolvendo o IPTU.
Art. 99. São bens públicos:
(B) O promitente comprador já pode ser considerado le-
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, es-
gítimo contribuinte de IPTU.
tradas, ruas e praças;
(C) O cessionário de direito de uso de imóvel público não
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos
é contribuinte do IPTU, pois detém a posse mediante
destinados a serviço ou estabelecimento da administra-
relação de natureza pessoal, sem animus domini.
ção federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive
(D) É legítima a cobrança do Imposto Predial Territorial
os de suas autarquias;
Urbano – IPTU sobre imóveis situados em área de
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pes-
expansão urbana somente se dotada dos melhora-
soas jurídicas de direito público, como objeto de direito
mentos previstos no art. 32, § 1º, do CTN.
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

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3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os
de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem
a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser aliena-
dos, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
28 É inadequado o manejo de mandado de segurança com
José, devidamente inscrito no Concurso da Polícia Mi-
litar do Estado do Ceará, é candidato autodeclarado
pardo quando da inscrição no certame. Todavia, conso-
ante o tino dos membros da comissão posteriormente
designada para a pessoal conferência dessa informação,
a condição de pardo do impetrante restou por eles recu-
sada, mesmo após a apreciação de pertinente recurso
administrativo, então instruído com fotografias e laudos
emitidos por médicos dermatologistas. José procurou
você, na qualidade de advogado(a) especialista em Di-
reito Administrativo, para orientá-lo acerca da medida
judicial adequada a ser tomada, sendo corretamente
informado que:
(A) é inadequado o manejo de mandado de seguran-
ça com vistas à defesa do direito de candidato em
concurso público a continuar concorrendo às vagas
reservadas às pessoas pretas ou pardas, quando a
comissão examinadora de heteroidentificação não
confirma a sua autodeclaração.
(B) é adequado o manejo de mandado de segurança com
vistas à defesa do direito de candidato em concurso
público a continuar concorrendo às vagas reservadas
às pessoas pretas ou pardas, quando a comissão exa-
minadora de heteroidentificação não confirma a sua
autodeclaração.
(C) é inadequado o manejo de ação de procedimento
comum com vistas à defesa do direito de candidato
em concurso público a continuar concorrendo às va-
gas reservadas às pessoas pretas ou pardas, quando
a comissão examinadora de heteroidentificação não
confirma a sua autodeclaração.
(D) é adequado o manejo de ação de procedimento co-
mum com vistas à defesa do direito de candidato em
concurso público a continuar concorrendo às vagas
reservadas às pessoas pretas ou pardas, quando a
comissão examinadora de heteroidentificação con-
firma a sua autodeclaração.
Letra a.
Informativo nº 746
29 de agosto de 2022.
PRIMEIRA TURMA
Processo
RMS 58.785-MS, Rel. Min. Sérgio Kukina, Primeira Tur-
ma, por unanimidade, julgado em 23/08/2022.
Ramo do Direito
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Pós-Edital
DIREITO ADMINISTRATIVO
Tema
Concurso público. Cotas. Candidato autodeclarado
pardo. Posterior recusa pela comissão especial. Caso
concreto. Dilação probatória. Inadequação da via
mandamental.
DESTAQUE
vistas à defesa do direito de candidato em concurso pú-
blico a continuar concorrendo às vagas reservadas às
pessoas pretas ou pardas, quando a comissão exami-
nadora de heteroidentificação não confirma a sua auto-
declaração.
29
Joaquim acabou de assumir a coordenação jurídica de
uma Sociedade de Economia Mista prestadora de ser-
viços públicos essenciais, sem finalidade lucrativa. Em
face do elevado número de processos ajuizados em
face da estatal, Joaquim procurou você, na qualidade de
advogado(a) especialista em Direito Administrativo, para
orientá-lo acerca do tema da prescrição, de modo a con-
cluir corretamente que:
(A) se aplica a prescrição quinquenal às empresas esta-
tais prestadoras de serviços públicos essenciais, não
dedicadas à exploração de atividade econômica com
finalidade lucrativa e natureza concorrencial.
(B) se aplica a prescrição decenal às empresas estatais
prestadoras de serviços públicos essenciais, não de-
dicadas à exploração de atividade econômica com
finalidade lucrativa e natureza concorrencial.
(C) se aplica a prescrição trienal às empresas estatais
prestadoras de serviços públicos essenciais, não de-
dicadas à exploração de atividade econômica com
finalidade lucrativa e natureza concorrencial.
(D) se aplica a prescrição anual às empresas estatais pres-
tadoras de serviços públicos essenciais, não dedicadas
à exploração de atividade econômica com finalidade
lucrativa e natureza concorrencial.
Letra a.
Informativo nº 753
17 de outubro de 2022.
PRIMEIRA TURMA
Processo
REsp 1.635.716-DF, Rel. Min. Regina Helena Costa, Pri-
meira Turma, por unanimidade, julgado em 04/10/2022,
DJe 11/10/2022.
Ramo do Direito
DIREITO ADMINISTRATIVO, DIREITO CIVIL, DIREITO PRO-
CESSUAL CIVIL
Tema
Sociedade de economia mista prestadora de serviços
públicos essenciais, sem finalidade lucrativa e natu-
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
reza concorrencial. Prescrição quinquenal. Decreto n.
20.910/1932. Aplicabilidade.
DESTAQUE
Aplica-se a prescrição quinquenal do Decreto n.
20.910/1932 às empresas estatais prestadoras de servi-
ços públicos essenciais, não dedicadas à exploração de
atividade econômica com finalidade lucrativa e natureza
concorrencial.
A partir do panorama jurisprudencial delineado, nota-se
que as regras de prescrição estabelecidas no Código Ci-
vil não têm incidência quando a demanda envolver em-
presa estatal prestadora de serviços públicos essenciais,
não dedicada à exploração de atividade econômica com
finalidade lucrativa e natureza concorrencial.
Com efeito, em tais casos, aplica-se a prescrição quin-
quenal do Decreto n. 20.910/1932, por se tratar de en-
tidade que, conquanto dotada de personalidade jurídica
de direito privado, faz as vezes do próprio ente político
ao qual se vincula e, com isso, pode, em certa medida,
receber tratamento assemelhado ao de Fazenda Pública.
30 CF 88, art. 37. § 13. O servidor público titular de cargo
A ANATEL é agência reguladora da área de telecomu-
nicações, cooptada pelo setor empresarial regulado,
diante do forte poderio econômico das empresas atu-
antes no mercado. Assim, a ANATEL acabou por aban-
donar a atuação imparcial e técnica que deveria ter e
passou a operar em benefício dos próprios regulados,
servindo de instrumento para proteção e benefício
de interesses setoriais que deveriam ser fiscalizados.
Essa situação hipotética é tratada pela doutrina de Direi-
to Administrativo como teoria
(A) dos motivos determinantes.
(B) do risco administrativo.
(C) da captura.  de advogado(a) especialista em Direito Administrativo,
(D) da aparência.
Letra c.
Segundo Justen Filho (2002, p. 369-370), ocorre quando
a agência perde sua condição de autoridade compro-
metida com a realização do interesse coletivo e passa a
reproduzir atos destinados a legitimar a consecução de
interesses privados dos segmentos regulados.
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Pós-Edital
31
Saulo, servidor público titular de cargo efetivo, so-
freu limitação em sua capacidade física por conta de
acidente ocorrido durante sua jornada de trabalho.
Observadas as formalidades do estatuto jurídico funcio-
nal de regência, de acordo com a Constituição da Repú-
blica, em razão do ocorrido, Saulo poderá exercer cargo
cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis
com a limitação que sofreu, enquanto permanecer nesta
condição, desde que possua a habilitação e o nível de
escolaridade exigidos para o cargo de destino, mediante:
(A) o aproveitamento, com a remuneração do cargo de
destino.
(B) a reintegração, mantida a remuneração do cargo de
origem.
(C) a recondução, com a remuneração do cargo de
destino.
(D) a readaptação, mantida a remuneração do cargo de
origem.
Letra d.
efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo
cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental, enquanto permanecer nesta condição,
desde que possua a habilitação e o nível de escolarida-
de exigidos para o cargo de destino, mantida a remune-
ração do cargo de origem.
32
João, Secretário Municipal de Obras do Município Alfa,
pretende nomear sua irmã, Maria, para o cargo de as-
sessora do seu gabinete. Procurou você, na qualidade
para orientá-lo acerca da sua pretensão, sendo instruído
corretamente que:
(A) constitui ato de improbidade administrativa que
atenta contra os princípios da Administração Pública.
(B) não mais constitui ato de improbidade administrati-
va, por revogação do correlato dispositivo legal que
tratava do tema.
(C) constitui ato de improbidade administrativa que cau-
sa prejuízo ao erário. 
(D) constitui ato de improbidade administrativa que im-
porta enriquecimento ilícito.
Letra a.
Art. 11. XI – nomear cônjuge, companheiro ou parente
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro
grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor
da mesma pessoa jurídica investido em cargo de dire-
ção, chefia ou assessoramento, para o exercício de car-
go em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste me-
diante designações recíprocas.
Direito Ambiental
Nilton Coutinho
33
Pedro era proprietário dê um sítio no estado de Goiás.
Em razão das altas temperaturas, houve um incêndio
que acabou queimando todo o sítio. Triste com aconte-
cido, Pedro vendeu o sítio para Paulo. Porém, um mês
após a compra, Paulo recebeu uma citação para res-
ponder a uma ação civil pública movida pelo Ministério
Público, pleiteando a recomposição da área queimada.
Preocupado, Paulo procura um advogado especialista na
área, o qual lhe informa que:
(A) como o dano foi causado antes da compra, Paulo é
parte ilegítima para a ação civil pública.
(B) como o dano foi causado quando o sítio ainda per-
tencia a Pedro, Paulo deverá requerer a inclusão do
mesmo na lide.
(C) em razão da natureza propter rem da obrigação am-
biental, a ação civil pública poderá ser ajuizada con-
tra Pedro ou contra Paulo.
(D) como o incêndio decorreu de força maior (altas tem-
peraturas da região) será possível alegar excludente
de responsabilidade em sede de contestação.
Letra c.
Súmula 623. As obrigações ambientais possuem nature-
za propter rem, sendo admissível cobrá-las do proprie-
tário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha
do credor.
34 (A) O segundo casamento de Sônia é nulo diante da au-
Jorge, após ter acertado os números da Mega-Sena da
Virada, resolveu adquirir uma empresa que atua na área
de construção civil. Por determinação do gerente da em-
presa, Antônio, foram derrubados 5 hectares de floresta
de preservação permanente para construção de um con-
domínio de luxo.
Preocupado com a situação, Jorge consulta um advoga-
do especialista na área, o qual lhe informa que:
(A) como Jorge é o proprietário da empresa, será res-
ponsabilizado pelo crime ambiental cometido.
(B) como o crime foi praticado no interesse e em bene-
fício da empresa, apenas a pessoa jurídica será res-
ponsabilizada.
(C) caso Antônio tenha informado previamente a Jorge
sua intenção de derrubar parte da floresta, Jorge
também poderá ser responsabilizado na esfera penal.
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Pós-Edital
(D) como o intuito da empresa era construir um condo-
mínio, a derrubada de árvores de uma floresta não é
considerada prática criminosa.
Letra c.
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prá-
tica dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a
estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem
como o diretor, o administrador, o membro de conselho
e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou
mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da condu-
ta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua práti-
ca, quando podia agir para evitá-la.
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas ad-
ministrativa, civil e penalmente conforme o disposto
nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida
por decisão de seu representante legal ou contratual,
ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da
sua entidade.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídi-
cas não exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras
ou partícipes do mesmo fato.
Direito Civil
Roberta Queiroz
35
Sônia e Dióges tiveram um casamento frutuoso por mui-
tos anos. Casaram-se em 1999, pelo regime supletório
de bens à época. Contudo, em 2018 resolveram se divor-
ciar, mas como estavam muito magoados um com outro,
fizeram o divórcio sem, contudo, promover a partilha de
bens. Em 2023, Sônia decide se casar com Marcela e, as-
sim o fazem sem determinar por escrito regime de bens.
Considerando o caso em tela e as regras pertinentes,
marque alternativa correta.
sência de partilha de bens no primeiro casamento.
(B) O segundo casamento de Sônia é regido pelo regime
da comunhão parcial de bens, diante da ausência de
designação escrita de regime de bens diverso.
(C) O segundo casamento de Sônia é anulável diante da
ausência de partilha de bens no primeiro casamento.
(D) Sônia, no segundo casamento, encontra-se em con-
dição suspensiva, não podendo optar sobre regime
de bens neste casamento.
Letra d.
Sônia, por não ter realizado a partilha de bens do pri-
meiro casamento, encontra-se em causa suspensiva,
devendo se casar mediante regime de separação obri-
gatória de bens.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
Art. 1.523. Não devem casar: III – o divorciado, en-
quanto não houver sido homologada ou decidida a
partilha dos bens do casal;
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de
bens no casamento:
I – das pessoas que o contraírem com inobservância
das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
III – de todos os que dependerem, para casar, de su-
primento judicial.
36 Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste,
Seu Coisinha da Silva é dono de uma propriedade rural
que possui divisa com a propriedade de Dona Clotilde.
As propriedades são separadas por um rio e de uma
margem a outra do rio há um espaço de 2 km, aproxi-
madamente. Contudo, com o tempo, o álveo foi aban-
donado, secando por completo. O local deu lugar a um
mangue bastante frutuoso. Considerando o caso narra-
do, marque alternativa correta.
(A) A área correspondente ao leito seco pertence ao po-
der público.
(B) A área de álveo abandonado deve ser fracionada en-
tre seu Coisinha e dona Clotilde, seguindo as respec-
tivas propriedades até o meio do terreno seco.
(C) Poderá tomar para si a propriedade da terra o pro-
prietário ribeirinho que indenizar primeiro a fazenda
pública local.
(D) Será o novo proprietário da terra seca aquele que
primeiro a ocupar.
Letra b.
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence
aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que
tenham indenização os donos dos terrenos por onde as
águas abrirem novo curso, entendendo-se que os pré-
dios marginais se estendem até o meio do álveo.
37
Cristina Cristiny tem um amor muito grande por plantas
e decidiu entupir seu apartamento com vasos e jarros
de variadas plantas. Os vizinhos estão bastante incomo-
dados com o fato de que ela, moradora do oitavo andar,
vem colocando inúmeros vasos no parapeito da varanda,
que não tem tela de proteção. O condomínio já notificou
a Cristina, mas ela sempre ignora o pedido condominial
para retirar as plantas do parapeito. Em um domingo de
manhã, um jarro caiu e atingiu a cabeça de um morador
que, por sua vez, faleceu na hora. Considerando as re-
gras aplicáveis ao caso, marque alternativa correta.
(A) A responsabilidade de Cristina é subjetiva.
(B) A responsabilidade civil, neste caso, é do condomínio
que, por sua vez, responderá objetivamente.
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Pós-Edital
(C) Cristina deve responder objetivamente pelo homicí-
dio da vítima, devendo arcar com valor integral de
alimentos indenizatórios.
(D) O prazo prescricional aplicável ao caso é de cin-
co anos.
Letra c.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, res-
ponde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem
ou forem lançadas em lugar indevido.
sem excluir outras reparações:
I – no pagamento das despesas com o tratamento da ví-
tima, seu funeral e o luto da família;
II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o mor-
to os devia, levando-se em conta a duração provável da
vida da vítima.
O PRAZO PRESCRICIONAL É DE 3 ANOS CONFORME AR-
TIGO 206, § 3°, DO CC.
38
João de Deus Divino realizou contrato de seguro de vida
com a seguradora “Vai na Fé”, em 2012. João foi casado
por muitos anos com Fátima das Dores, mas separaram
de fato há 5 anos, e não realizaram o divórcio. Há dois
anos, João de Deus vive com Catarina, moram juntos e
possuem dois filhos. Contudo, João faleceu e a segura-
dora constatou que ele havia deixado como beneficiá-
rios os pais, que também faleceram há pouco tempo.
Considerando que João não deixou bens de herança,
mas muitas dívidas, marque alternativa correta.
(A) O valor do seguro deve ser usado para pagamento
das dívidas antes da entrega ao beneficiário.
(B) O valor do seguro deve ser pago aos herdeiros dos
pais de João de Deus.
(C) O valor do seguro deve ser pago para Catarina.
(D) O valor do seguro deve ser pago para Fátima.
Letra c.
Art. 792. Na falta de indicação da pessoa ou beneficiário,
ou se por qualquer motivo não prevalecer a que for fei-
ta, o capital segurado será pago por metade ao cônjuge
não separado judicialmente, e o restante aos herdeiros
do segurado, obedecida a ordem da vocação hereditária.
Art. 794. No seguro de vida ou de acidentes pessoais
para o caso de morte, o capital estipulado não está su-
jeito às dívidas do segurado, nem se considera herança
para todos os efeitos de direito.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828 Pós-Edital

39 41
Rafael Pinto Molhadinho alugou o apartamento de Len-
da Selvagem, pagando mensalmente o aluguel de mil re-
ais. Contudo, mesmo sem autorização de Lenda, trocou
o piso do apartamento por um mais moderno, trocou
as torneiras que estavam com vazamentos, bem como a
fiação elétrica que tinha sido condenada pelo eletricista.
Considerando o caso, marque alternativa correta.
(A) As benfeitorias feitas são consideradas necessárias.
(B) As benfeitorias feitas são consideradas voluptuárias.
(C) A troca do piso é considerada benfeitoria voluptuá-
ria, devendo haver ressarcimento por parte de Len-
da, sob pena de enriquecimento ilícito.
(D) Rafael poderá ser indenizado pela troca das tornei-
ras e da fiação elétrica, ainda que sem autorização
de Lenda.
Letra d.
Lei n. 8245/1991.
Art. 35. Salvo expressa disposição contratual em contrá-
rio, as benfeitorias necessárias introduzidas pelo locatá-
rio, ainda que não autorizadas pelo locador, bem como
as úteis, desde que autorizadas, serão indenizáveis e
permitem o exercício do direito de retenção.
Art. 36. As benfeitorias voluptuárias não serão indeni-
záveis, podendo ser levantadas pelo locatário, finda a
locação, desde que sua retirada não afete a estrutura e a
substância do imóvel.
40 tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da co-
Nilton, empresário do ramo de fornecimento de flo-
res, anda encontrando dificuldades para financiamento
de alguns investimentos em seu negócio. Assim, resol-
ve tentar crédito junto ao banco GranBank S.A., o qual
exige um bem em garantia. Nilton oferece um pequeno
avião de sua propriedade em garantia da dívida. Sobre o
tema, marque alternativa correta.
(A) Caso o banco aceite o bem dado em garantia, haverá
a formalização de uma hipoteca.
(B) A entrega de aeronave em garantia caracteriza um
penhor.
(C) Trata-se de direito real de garantia denominado an-
ticrese.
(D) Caso Nilton não efetue o pagamento da dívida, pode-
rá o banco ficar com o bem dado em garantia.
Alice precisa com urgência vender seu relógio de ouro
rosé, no valor de R$ 20.000,00, para pagamento de al-
gumas dívidas. Raquel, amiga de Alice desde a infância,
fica muito preocupada com a situação e, vendo que a
amiga não consegue vender o relógio, ameaça Patrícia
para que compre o relógio de Alice. Patrícia, com justo
receio de sofrer a ameaça promovida por Raquel, com-
pra o relógio. Alice, sem saber da prática de Raquel, fica
muito feliz e paga suas dívidas. Patrícia, após a compra,
incomodada, procura aconselhamento jurídico. Consi-
derando o caso narrado, marque alternativa correta.
(A) Diante do dolo empregado por Raquel, é possível
que Patrícia promova a ação anulatória do negócio
jurídico.
(B) O caso reflete a coação, gerando nulidade da venda
realizada.
(C) No caso retratado, não há possibilidade de invalida-
ção do caso por coação.
(D) Patrícia poderá invalidar o negócio por lesão pratica-
da por Raquel.
Letra c.
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por
terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a
parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente
com aquele por perdas e danos.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação de-
correr de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela
ação responderá por todas as perdas e danos que hou-
ver causado ao coacto.

Letra a.
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca: VI – os navios;
VII – as aeronaves.

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3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
ECA
Patrícia Dreyer
42 de personalidade, bem como sobre a indisponibilização
O influenciador digital XPTO resolveu fazer uma série
de publicações, no intuito de atrair seguidores para as
suas redes sociais. Com isso, decidiu postar conteúdos
polêmicos. Numa dessas postagens, em específico, uti-
lizou imagens com duas crianças e três adolescentes ao
lado de adultos (que, na verdade, eram seus respecti-
vos pais), alegando que se tratavam de estupradores e
suas vítimas. As pessoas constantes da foto, estupefatas,
procuram você, como advogado(a), e recebem a correta
informação de que:
(A) o provedor de aplicação de internet responde civil-
mente por danos morais se, após formalmente co-
municado de publicação ofensiva a imagem de me-
nor, se omite na sua exclusão, desde que haja ordem
judicial.
(B) o provedor de aplicação de internet não tem qual-
quer responsabilidade pela publicação ofensiva a
imagem de menor, pois não pode ser controlador do
conteúdo postado por terceiro.
(C) o juiz não pode, em casos como esses, antecipar, to-
tal ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida
no pedido inicial, ainda que exista prova inequívoca
do fato, pois há que se resguardar, primeiro, o con-
traditório e a ampla defesa.
(D) o provedor de aplicação de internet responde civil-
mente por danos morais se, após formalmente co-
municado de publicação ofensiva a imagem de me-
nor, se omite na sua exclusão, independentemente
de ordem judicial.
Letra d.
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de ex-
pressão e impedir a censura, o provedor de aplicações
de internet somente poderá ser responsabilizado civil-
mente por danos decorrentes de conteúdo gerado por
terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar
as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do
seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indispo-
nível o conteúdo apontado como infringente, ressalva-
das as disposições legais em contrário.
§ 1º A ordem judicial de que trata o caput deverá conter,
sob pena de nulidade, identificação clara e específica do
conteúdo apontado como infringente, que permita a lo-
calização inequívoca do material.
§ 2º A aplicação do disposto neste artigo para infrações a
direitos de autor ou a direitos conexos depende de pre-
visão legal específica, que deverá respeitar a liberdade
de expressão e demais garantias previstas no art. 5º da
Constituição Federal.
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Pós-Edital
§ 3º As causas que versem sobre ressarcimento por da-
nos decorrentes de conteúdos disponibilizados na in-
ternet relacionados à honra, à reputação ou a direitos
desses conteúdos por provedores de aplicações de in-
ternet, poderão ser apresentadas perante os juizados
especiais.
§ 4º O juiz, inclusive no procedimento previsto no § 3º,
poderá antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tu-
tela pretendida no pedido inicial, existindo prova inequí-
voca do fato e considerado o interesse da coletividade
na disponibilização do conteúdo na internet, desde que
presentes os requisitos de verossimilhança da alegação
do autor e de fundado receio de dano irreparável ou de
difícil reparação.
Informativo nº 723. 7 de fevereiro de 2022.
REsp 1.783.269-MG, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira,
Quarta Turma, por maioria, julgado em 14/12/2021
Responde civilmente por danos morais o provedor de
aplicação de internet que, após formalmente comunica-
do de publicação ofensiva a imagem de menor, se omite
na sua exclusão, independentemente de ordem judicial.
43
Jorge, advogado, 44 anos, foi preso após operação poli-
cial realizada em sua casa, devidamente autorizada, em
que foram apreendidas mais de 500 imagens espalhadas
pela casa com cenas de sexo explícito ou pornográfica
envolvendo crianças e adolescentes. Em seu depoimen-
to na delegacia, Jorge afirma que não se trata do crime
de posse de material pornográfico, pois a genitália dos
menores não estava desnuda. Sobre o crime previsto no
art. 241-B do ECA (adquirir, possuir ou armazenar, por
qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de re-
gistro que contenha cena de sexo explícito ou pornográ-
fica envolvendo criança ou adolescente), e o argumento
de Jorge, assinale a alternativa correta.
(A) O argumento de Jorge está incorreto, pois o sentido
da expressão "cena de sexo explícito ou pornográfi-
ca" não restringe tal conceito apenas às imagens em
que a genitália de crianças e adolescentes esteja des-
nuda, pois basta o contexto obsceno, as poses sensu-
ais, e a finalidade sexual das imagens.
(B) Jorge está correto pois o sentido da expressão "cena
de sexo explícito ou pornográfica" restringe tal con-
ceito apenas às imagens em que a genitália de crian-
ças e adolescentes esteja desnuda.
(C) Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente,
não há crime porque a posse ou o armazenamento
tinha a finalidade de comunicar às autoridades com-
petentes a ocorrência das condutas descritas generi-
camente como crime de pedofilia.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
(D) Jorge deveria manter o material sob sigilo até a en-
trega às autoridades competentes.
Letra a.
Letras “a” e “b” – SEXTA TURMA
Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Laurita Vaz, Sex-
ta Turma, por unanimidade, julgado em 15/03/2022.
Tema: Estatuto da Criança e do Adolescente. Arts. 6º,
240, 241-B e 241-E da Lei n. 8.069/1990. Expressão
"cena de sexo explícito ou pornográfica". Exposição de
órgãos genitais das vítimas. Prescindibilidade. Contexto
obsceno, poses sensuais, e a finalidade sexual das ima-
gens. Suficiência.
DESTAQUE: O art. 241-E do Estatuto da Criança e do
Adolescente, ao explicitar o sentido da expressão
"cena de sexo explícito ou pornográfica" não restringe
tal conceito apenas às imagens em que a genitália de
crianças e adolescentes esteja desnuda.
Letra “c” – Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar,
por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de
registro que contenha cena de sexo explícito ou porno-
gráfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclu-
são, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 2º Não há crime se a posse ou o armazenamento tem
a finalidade de comunicar às autoridades competentes
a ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241,
241-A e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita
por: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
I – agente público no exercício de suas funções;
II – membro de entidade, legalmente constituída, que
inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebi-
mento, o processamento e o encaminhamento de notí-
cia dos crimes referidos neste parágrafo;
III – representante legal e funcionários responsáveis de
provedor de acesso ou serviço prestado por meio de
rede de computadores, até o recebimento do material
relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministé-
rio Público ou ao Poder Judiciário.
Letra “d” – Art. 241, § 3º As pessoas referidas no § 2º
deste artigo deverão manter sob sigilo o material ilíci-
to referido.
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Pós-Edital
CDC
Patrícia Dreyer
44
Maurício comprou um veículo financiado pelo Banco
XPTO, em 72 parcelas de R$2.000,00. No final do ano de
2022, recebeu o pagamento de seu salário, férias e 13º
salário e resolveu, então, antecipar as últimas parcelas
para quitar o financiamento e dar baixa no gravame. Sua
intenção era vender o veículo, sem qualquer pendên-
cia, por um ótimo valor, ao seu amigo Álvaro. Por conta
disso, Maurício entrou em contato com o Banco XPTO e
informou a quitação das parcelas. Todavia, o Banco le-
vou mais de 90 dias para dar baixa no gravame, o que
fez com que Maurício perdesse a oportunidade de ven-
da. Indignado, ele procura você, como advogado(a), na
intenção de ajuizar ação pleiteando danos morais pela
desídia do Banco. Você responde acertadamente que:
(A) o Código de Defesa do Consumidor não é aplicável
à hipótese, pois ele não se aplica às instituições fi-
nanceiras que devem seguir exclusivamente as reso-
luções do Banco Central.
(B) se Maurício quisesse contratar um seguro, a segura-
dora não poderia se recusar mesmo que Paulo se dis-
pusesse ao pronto pagamento, ainda que seu nome
esteja negativado.
(C) se Maurício fosse assaltado, dentro desse veículo, ao
comprar lanche no drive-thru de uma lanchonete,
isso seria considerado caso fortuito a afastar a res-
ponsabilidade da lanchonete.
(D) se Maurício vencer a demanda e, ao cumprir a de-
manda, encontrar obstáculo à sua indenização en-
quanto consumidor, poderá pedir a desconsideração
da personalidade jurídica, para alcançar o patrimô-
nio dos sócios ou administradores não sócios da ins-
tituição financeira.
Letra b.
(A) Súmula 297 do STJ – O Código de Defesa do Consumi-
dor é aplicável às instituições financeiras.
(B) Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
serviços, dentre outras práticas abusivas: IX – recusar a
venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente
a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto paga-
mento, ressalvados os casos de intermediação regulados
em leis especiais;
Informativo nº 0640
Publicação: 15 de fevereiro de 2019.
TERCEIRA TURMA
REsp 1.594.024-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cue-
va, por unanimidade, julgado em 27/11/2018, DJe
05/12/2018
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
Tema: Seguro de automóvel. Restrição de crédito do
consumidor. Contratação e renovação. Pagamento à vis-
ta. Recusa de venda direta. Conduta abusiva.
DESTAQUE: A seguradora não pode recusar a contrata-
ção de seguro a quem se disponha a pronto pagamen-
to se a justificativa se basear unicamente na restrição
financeira do consumidor junto a órgãos de proteção
ao crédito.
(C) Informativo n. 0637
Publicação: 7 de dezembro de 2018.
QUARTA TURMA
REsp 1.450.434-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por
unanimidade, julgado em 18/09/2018, DJe 09/11/2018
Tema: Responsabilidade civil e consumidor. Crime de
roubo. Emprego de arma de fogo. Drive-thru de lancho-
nete. Fortuito interno. Súmula n. 130/STJ. Aplicabilidade.
DESTAQUE: A lanchonete responde pela reparação de
danos sofridos pelo consumidor que foi vítima de crime
ocorrido no drive-thru do estabelecimento comercial.
(D) REsp 1.860.333-DF, Rel. Min. Marco Buzzi, Quarta
Turma, por unanimidade, julgado em 11/10/2022.
DESTAQUE: Para fins de aplicação da Teoria Menor da
desconsideração da personalidade jurídica, o § 5º do
art. 28 do CDC não dá margem para admitir a responsa-
bilização pessoal de quem não integra o quadro socie-
tário da empresa (administrador não sócio).
45 (A) Paulo, por exercer empresa em caráter profissional,
Cristiane, bastante endividada, já com nome negativa-
do, e comprometida em seu mínimo existencial, vai até
o Banco Sr. Dinheiro para contrair novo empréstimo na
tentativa de pagar contas cotidianas em seu nome para
manter sua família. O gerente Tiago resolve oferecer a
Cristiane um empréstimo, com cláusulas abusivas. Intri-
gada, Cristiane resolve telefonar para você, advogado(a),
que orienta, acertadamente, que:
(A) o banco pode condicionar a concessão do emprésti-
mo à contratação de um seguro de vida, pelo prazo
de um ano, prática bastante comum no mercado.
(B) o banco pode enviar um cartão de crédito para o do-
micílio de Cristiane, para facilitar seu acesso ao cré-
dito, ainda que ela não tenha solicitado.
(C) Cristiane poderia ter buscado uma cooperativa de
crédito, pois elas são equiparadas às instituições fi-
nanceiras.
(D) no empréstimo concedido a Cristiane, a estipulação
de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano,
tão somente, indica abusividade.
Letra c.
(A) Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou ser-
viços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada
pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
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Pós-Edital
I – condicionar o fornecimento de produto ou de servi-
ço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem
como, sem justa causa, a limites quantitativos;
(B) Súmula 532 do STJ – Constitui prática comercial abu-
siva o envio de cartão de crédito sem prévia e expressa
solicitação do consumidor, configurando-se ato ilícito in-
denizável e sujeito à aplicação de multa administrativa.
(C) Tese n. 4 da Edição 83 do STJ – 4) As cooperativas
de crédito são equiparadas às instituições financeiras,
aplicando-se- lhes o Código de Defesa do Consumidor,
nos termos da Súmula n. 297/STJ.
(D) Súmula 382 do STJ – A estipulação de juros remune-
ratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
abusividade.
Direito Empresarial
Renato Borelli
46
Além de advogado e engenheiro agrônomo, Paulo é
proprietário de quatro grandes fazendas, onde realiza,
em nome próprio, exploração de culturas de soja e tri-
go, bem como criação intensiva de gado. A atividade em
todas as fazendas é voltada para exportação, com em-
prego intenso de tecnologia e insumos de alto custo. Por
fim, Paulo não está registrado na Junta Comercial.
Com base nessas informações, é correto afirmar:
é considerado empresário independentemente de
ter ou não registro na Junta Comercial.
(B) Paulo, mesmo que exerça uma empresa, não será
considerado empresário pelo fato de não ter realiza-
do seu registro na Junta Comercial.
(C) Paulo não pode ser registrado como empresário,
porque, sendo engenheiro agrônomo, exerce profis-
são intelectual de natureza científica, com auxílio de
colaboradores.
(D) Paulo é um empresário de fato, por não ter realizado
seu registro na Junta Comercial antes do início de sua
atividade, descumprindo obrigação legal.
Letra b.
A questão envolve o conceito de empresário, noções de
inscrição, e o tratamento do empresário rural no nosso
Código Civil.
CC, art. 966. Considera-se empresário quem exerce
profissionalmente atividade econômica organiza-
da para a produção ou a circulação de bens ou de
serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem
exerce profissão intelectual, de natureza científica,
literária ou artística, ainda com o concurso de auxi-
liares ou colaboradores, salvo se o exercício da pro-
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
fissão constituir elemento de empresa. (sem grifos
no original)
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no
Registro Público de Empresas Mercantis da respecti-
va sede, antes do início de sua atividade. (sem grifos
no original)
Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, di-
ferenciado e simplificado ao empresário rural e ao
pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos
daí decorrentes. (sem grifos no original)
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua
sua principal profissão, pode, observadas as forma-
lidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos,
requerer inscrição no Registro Público de Empresas
Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de
inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao
empresário sujeito a registro.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste
artigo à associação que desenvolva atividade fute-
bolística em caráter habitual e profissional, caso em
que, com a inscrição, será considerada empresária,
para todos os efeitos. (Incluído pela Lei nº 14.193,
de 2021)
47 Marcelinho emitiu uma nota promissória em favor de Ri-
Marcel, durante a realização de seu estágio em um es-
critório de advocacia, devidamente autorizado por seu
chefe, atendeu a uma consulta formulada por um clien-
te. O cliente desejava esclarecimentos sobre o direito de
voto e seu exercício nas companhias.
Marcel respondeu, corretamente, que:
(A) na eleição dos membros do Conselho Fiscal, o voto
poderá ser múltiplo.
(B) em caso de penhor da ação, somente o credor pigno-
ratício exercerá o direito de voto.
(C) independente da espécie ou da classe de ação, o voto
é um direito essencial de todo e qualquer acionista.
(D) a qualquer espécie ou classe de ação, é vedado atri-
buir voto plural.
Letra d.
A assertiva D é o gabarito da nossa 47ª questão. Veja-
mos os dispositivos relativos a cada um dos itens.
(A) Na eleição dos membros do Conselho Administrati-
vo, o voto poderá ser múltiplo, pois repercutirá nos di-
versos interesses da sociedade. (art. 141, § 7º, da LSA)
(B) No penhor da ação, o credor pignoratício, exceto se
estiver estabelecido no contrato, não exerce ainda o di-
reito de voto, pois ainda está adstrito ao devedor acio-
nista, ou seja, mesmo que a ação esteja sob penhora,
isso não impede o voto do devedor.
Art. 113. O penhor da ação não impede o acionista
de exercer o direito de voto; será lícito, todavia, es-
tabelecer, no contrato, que o acionista não poderá,
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Pós-Edital
sem consentimento do credor pignoratício, votar em
certas deliberações.
(C) O direito de voto é inerente às ações ordinárias, nas
preferenciais, por exemplo, o voto poderá ser suprimido.
Art. 111. O estatuto poderá deixar de conferir às
ações preferenciais algum ou alguns dos direitos re-
conhecidos às ações ordinárias, inclusive o de voto,
ou conferi-lo com restrições, observado o disposto no
artigo 109.
(D) É vedado atribuir voto plural, pois a cada uma das
ações é estabelecido e atribuído um único direito de
voto, ou seja, não posso utilizar a mesma ação para vo-
tar várias vezes determinada matéria.
Art. 110. A cada ação ordinária corresponde 1 (um)
voto nas deliberações da assembleia-geral.
§ 2º É vedado atribuir voto plural a qualquer classe
de ações.
48
cardo. No momento da emissão, ele não inseriu a quan-
tia nem o lugar de pagamento. Na data do vencimento,
o subscritor foi procurado por um procurador do bene-
ficiário, que lhe exibiu a cártula com endosso-mandato
e exigiu o pagamento. Marcelinho verificou, então, que
o título havia sido preenchido abusivamente, pois cons-
tava o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), quando
o correto seria R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), e
o lugar de pagamento era diverso de seu domicílio, em
Itaboraí/RJ.
Procurado pelo devedor para analisar o caso, e ciente de
que o pagamento não foi realizado por ele, você, como
advogado(a), responde que:
(A) é possível alegar em juízo, com êxito, a nulidade do
título, em razão de o lugar de pagamento ser domi-
cílio diverso do subscritor, caracterizando má-fé do
portador atual.
(B) não é possível ao subscritor se recusar validamen-
te ao pagamento diante da autonomia das obriga-
ções cambiárias e do endosso-mandato realizado na
cártula.
(C) é possível ao subscritor da nota promissória opor
exceção pessoal ao beneficiário quanto ao conteúdo
literal do título, diante do preenchimento abusivo.
(D) não é possível a oposição de exceção ao pagamen-
to, porque o subscritor da nota promissória é equi-
parado ao aceitante da letra de câmbio e, como tal,
obriga-se a pagar na data do vencimento.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828 Pós-Edital

Letra c. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AGRAVO INTERNO.

Nos termos do Parágrafo único do art. 891 do Có- PROCESSAMENTO E JULGAMENTO DA RECUPERAÇÃO
digo Civil: JUDICIAL. ART. 3º DA LEI N. 11.101/2005.
1. Nos termos do art. 3º da Lei n. 11.101/2005, o foro
Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da competente para o processamento da recuperação
emissão, deve ser preenchido de conformidade com judicial e a decretação de falência é aquele onde se
os ajustes realizados. situe o principal estabelecimento da sociedade, as-
Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes pre- sim considerado o local onde haja o maior volume
vistos neste artigo pelos que deles participaram, não de negócios, ou seja, o local mais importante da ativi-
constitui motivo de oposição ao terceiro portador, dade empresária sob o ponto de vista econômico.(...)
salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé. (AgInt no CC 147.714/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SA-
LOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/02/2017,
DJe 07/03/2017)
Portanto, o gabarito da questão é assertiva de letra "c".
Apenas recordando, nos termos do art. 75, da LUG, a
50
nota promissória deve conter:
A sociedade empresarial Cerqueira Moda Masculina
1. denominação "nota promissória" inserta no próprio
Ltda. é locatária de uma loja situada no shopping
texto do título e expressa na língua empregada para a
center Sousa Stores. Sobre o contrato de locação de
redação desse título;
uma unidade comercial em shopping center, assinale a
2. a promessa pura e simples de pagar uma quantia
afirmativa correta.
determinada;
(A) O locador poderá recusar a renovação do contrato
3. a época do pagamento;
com fundamento na necessidade de ele próprio utili-
4. a indicação do lugar em que se efetuar o pagamento;
zar o imóvel.
5. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem
(B) As despesas cobradas do locatário não precisam es-
deve ser paga;
tar previstas em orçamento, desde que devidamente
6. a indicação da data em que e do lugar onde a nota
demonstradas.
promissória é passada;
(C) O empreendedor poderá cobrar do locatário as des-
7. a assinatura de quem passa a nota promissória
pesas com obras de reformas que interessem à es-
(subscritor).
trutura do shopping.
(D) As condições livremente pactuadas no contrato res-
49
pectivo prevalecerão nas relações entre os lojistas e
Na condição de advogado, você participou da elabora-
o empreendedor.
ção, apresentação e negociação do plano de recupe-
ração extrajudicial de devedor sociedade empresária.
Letra d.
Tendo sido o plano assinado por todos os credores por
Segundo a Lei n. 8.245/1991:
ele atingidos, seu cliente o contratou para requerer a ho-
mologação judicial.
Art. 54. Nas relações entre lojistas e empreendedo-
Assinale a opção que indica o juízo em que deverá ser
res de shopping center , prevalecerão as condições
apresentado o pedido de homologação do plano de re- livremente pactuadas nos contratos de locação res-
cuperação extrajudicial. pectivos e as disposições procedimentais previstas
(A) O juízo da sede do devedor. nesta lei.
(B) O juízo do principal estabelecimento do devedor. (...)
(C) O juízo da sede ou de qualquer filial do devedor.
(D) O juízo do principal estabelecimento ou da sede do Observação: quanto à natureza jurídica desses contra-
devedor. tos, o Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do
Resp 178.908, decidiu que “os contratos de locação de
Letra b. espaços em shopping center são contratos atípicos, en-
A competência é do local do principal estabelecimento sejando locação de bens e serviços”.
do devedor (ou da filial, se a empresa tiver sede fora do
Brasil) – art. 3º da Lei.
Para o direito falimentar, a correta noção de principal es-
tabelecimento está ligada ao aspecto econômico: local
onde o devedor concentra o maior volume de negócios.
Esta competência é absoluta.
Neste sentido, é o entendimento do STJ:

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Direito Processual Civil
Raquel Bueno
51 ver renunciado ao benefício de ordem.
Minervina ajuizou ação de cobrança em face do loca-
tário Pedro, perante a 5ª Vara Cível de Fortaleza/CE. O
contrato previa a garantia fidejussória, com benefício de
ordem, mas o fiador Fábio não foi demandado. Após o
devido processo legal, a sentença acolheu todos os pe-
didos da autora, com a consequente condenação de Pe-
dro, ao pagamento de R$ 50.000,00. A decisão transitou
em julgado e a exequente descobriu que Pedro mudou-
-se para Tiros/MG. A partir dessa realidade, assinale a
alternativa correta.
(A) O cumprimento de sentença deve ser promovido pe-
rante o mesmo juízo onde se formou o título.
(B) O fiador Fábio pode ser demandado no cumprimen-
to de sentença.
(C) O cumprimento de sentença pode ser promovido
perante a 5ª Vara Cível de Fortaleza/CE, ou no atual
domicílio do executado.
(D) O fiador não poderia ser acionado na ação de cobran-
ça, em respeito à cláusula de benefício de ordem.
Letra c.
A questão trata da competência no cumprimento
de sentença.
CPC, art. 513. O cumprimento da sentença será fei-
to segundo as regras deste Título, observando-se,
no que couber e conforme a natureza da obrigação,
o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
(...) § 5º O cumprimento da sentença não poderá ser
promovido em face do fiador, do coobrigado ou do
corresponsável que não tiver participado da fase de
conhecimento.
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á
perante: (...) II – o juízo que decidiu a causa no pri-
meiro grau de jurisdição; (...) Parágrafo único. Nas hi-
póteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar
pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo
do local onde se encontrem os bens sujeitos à execu-
ção ou pelo juízo do local onde deva ser executada
a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que
a remessa dos autos do processo será solicitada ao
juízo de origem.
Sobre os efeitos da cláusula contratual de benefício de
ordem na execução.
CPC, art. 794. O fiador, quando executado, tem o di-
reito de exigir que primeiro sejam executados os bens
do devedor situados na mesma comarca, livres e de-
sembargados, indicando-os pormenorizadamente à
penhora. § 1º Os bens do fiador ficarão sujeitos à exe-
cução se os do devedor, situados na mesma comarca
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Pós-Edital
que os seus, forem insuficientes à satisfação do direi-
to do credor. § 2º O fiador que pagar a dívida poderá
executar o afiançado nos autos do mesmo processo. §
3º O disposto no caput não se aplica se o fiador hou-
52
Alberto demandou Calixto em uma ação indenizatória,
obtendo êxito na sentença. Inconformado, Calixto inter-
pôs recurso de apelação, ao qual foi negado provimento.
Considerando haver ofensa de norma infraconstitucio-
nal, Calixto interpôs recurso especial. Tal recurso foi co-
nhecido, mas não provido. Todavia, o advogado de Ca-
lixto identificou um julgado no STJ, de outra turma, com
situação fática idêntica à do cliente, mas com resultado
favorável, também em sede de recurso especial. Neste
contexto, assinale a alternativa correta.
(A) O advogado de Calixto pode opor embargos de di-
vergência.
(B) O advogado de Calixto pode opor embargos in-
fringentes.
(C) O advogado de Calixto pode opor embargos de de-
claração, diante da contradição.
(D) O advogado de Calixto pode interpor recurso extra-
ordinário.
Letra a.
Recurso de embargos de divergência.
CPC, art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fra-
cionário que:
I – em recurso extraordinário ou em recurso especial,
divergir do julgamento de qualquer outro órgão do
mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e
paradigma, de mérito; § 1º Poderão ser confrontadas
teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e
de ações de competência originária.
§ 2º A divergência que autoriza a interposição de em-
bargos de divergência pode verificar-se na aplicação
do direito material ou do direito processual.
§ 3º Cabem embargos de divergência quando o acór-
dão paradigma for da mesma turma que proferiu a
decisão embargada, desde que sua composição te-
nha sofrido alteração em mais da metade de seus
membros.
§ 4º O recorrente provará a divergência com certidão,
cópia ou citação de repositório oficial ou credencia-
do de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica,
onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a
reprodução de julgado disponível na rede mundial de
computadores, indicando a respectiva fonte, e men-
cionará as circunstâncias que identificam ou asseme-
lham os casos confrontados.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
53 54
Isabela sofreu um atropelamento em Niterói/RJ, en-
quanto passava férias na casa da avó. O responsável foi
o motorista de um caminhão, da empresa Móveis Pla-
nejados RJ. Considerando a necessidade de fazer proce-
dimentos cirúrgicos céleres para sua total recuperação,
buscou a defensoria pública local, e ajuizou uma ação
de produção antecipada de provas, em face da pessoa
jurídica mencionada, retornando posteriormente para
sua casa, em Caxias/RJ. A partir desta situação, assinale
a opção certa.
(A) A ação indenizatória deve ser proposta perante o
mesmo juízo onde tramitou a ação de produção an-
tecipada de provas.
(B) Na ação de produção antecipada de provas o juiz
deve se manifestar sobre a responsabilidade civil da
empresa demandada.
(C) A ação de produção antecipada de provas só é cabí-
vel quando há risco de se perder o objeto da prova.
(D) Neste procedimento, não se admitirá defesa ou re-
curso, salvo contra decisão que indeferir totalmente
a produção da prova pleiteada pelo requerente ori-
ginário.
Letra d.
A questão trata da ação de produção antecipada
de provas.
CPC, art. 381. A produção antecipada da prova será
admitida nos casos em que:
I – haja fundado receio de que venha a tornar-se im-
possível ou muito difícil a verificação de certos fatos
na pendência da ação;
II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar
a autocomposição ou outro meio adequado de solu-
ção de conflito;
III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar
ou evitar o ajuizamento de ação.
§ 2º A produção antecipada da prova é da competên-
cia do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou
do foro de domicílio do réu.
§ 3º A produção antecipada da prova não previne a
competência do juízo para a ação que venha a ser
proposta.
§ 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou
a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas con-
sequências jurídicas.
§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou
recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmen-
te a produção da prova pleiteada pelo requerente
originário.
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Pós-Edital
Madalena ajuizou ação em face de Sérgio, formulando
quatro pedidos, em sede de cumulação própria simples.
Após audiência de conciliação sem êxito, Sérgio apre-
sentou contestação com reconvenção, formulando dois
pedidos, também em sede de cumulação própria sim-
ples. Posteriormente, o juiz entendeu que dois pedidos
da autora e um do réu se tornaram incontroversos, deci-
dindo-os de maneira definitiva. Com base neste cenário,
marque a opção certa.
(A) Tanto Madalena quanto Sérgio podem interpor re-
curso de agravo de instrumento.
(B) Tanto Madalena quanto Sérgio podem interpor re-
curso de apelação.
(C) Tal decisão pode ser impugnada em preliminar da
apelação ou nas contrarrazões da apelação, após jul-
gamento final de todos os pedidos formulados por
autora e réu.
(D) Caso não interposto recurso em face da referida de-
cisão, será admitida sua execução provisória.
Letra a.
A questão trata do instituto jurídico denominado julga-
mento antecipado do mérito, que se dá por meio de de-
cisão interlocutória de mérito, impugnável por agravo de
instrumento.
CPC, art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito
quando um ou mais dos pedidos formulados ou par-
cela deles: I – mostrar-se incontroverso;
§ 3º Na hipótese do § 2º, se houver trânsito em julga-
do da decisão, a execução será definitiva.
§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é im-
pugnável por agravo de instrumento.
55
Jennifer promoveu uma ação reivindicatória de um imó-
vel em face de Camila, perante a 1ª Vara Cível de Pira-
canjuba/GO, local da situação do imóvel. Inconformada,
Letícia promoveu uma oposição em face de Jennifer e
Camila, por entender ser a real titular do bem, herdado
de sua tia, por meio de um legado. A partir desta realida-
de, marque a alternativa correta.
(A) Neste caso, há um litisconsórcio passivo necessário
unitário.
(B) Neste caso, há um litisconsórcio passivo necessário
simples.
(C) Neste caso, há um litisconsórcio passivo facultativo
unitário.
(D) Neste caso, há um litisconsórcio passivo facultativo
simples .
Letra b.
Na oposição, há um litisconsórcio passivo necessário
e simples.
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CPC, art. 682. Quem pretender, no todo ou em par- 57

te, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor Considerando a existência de múltiplos processos em
e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer andamento no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia,
oposição contra ambos. envolvendo a mesma matéria de direito processual, com
Art. 684. Se um dos opostos reconhecer a procedên- risco à isonomia e à segurança jurídica, o advogado Má-
cia do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente.
rio, aproveitando a pendência de julgamento do recurso
de apelação de seu cliente, resolve suscitar o incidente
As partes (autor e réu) da ação originária serão neces-
de resolução de demandas repetitivas ao presidente do
sariamente partes rés na oposição, mas a decisão pro-
tribunal, uma vez que a questão de direito ainda não
ferida não precisa ser homogênea para os litisconsortes
estava afetada por nenhum tribunal superior, para jul-
passivos necessários.
gamento repetitivo. A partir desta realidade, assinale a
alternativa correta.
56
(A) O presidente do Tribunal fará a admissibilidade do in-
Eduardo promoveu a execução de uma nota promissória
cidente, mas seu julgamento competirá ao órgão co-
em face de Eliza. Devidamente citada, Eliza não efetuou
legiado designado no regimento interno do tribunal.
o pagamento no prazo legal, mas apresentou embargos
(B) Neste tipo de julgamento, não é admitida a interven-
à execução, no prazo de 10 dias, a contar da juntada do
ção do amicus curiae, muito menos a designação de
mandado de citação cumprido, o que não impediu a pe-
audiências públicas.
nhora de uma moto, de sua titularidade. Após o devido
(C) Do acórdão que julgar o IRDR, a depender da maté-
processo legal, os embargos foram julgados completa-
ria, caberá recurso extraordinário ou especial, dota-
mente improcedentes. Considerando esta realidade, as-
dos de efeito suspensivo automático.
sinale a opção correta.
(D) No julgamento do IRDR em questão, o advogado
(A) Eliza pode interpor recurso de agravo de instrumento.
Mário terá o prazo improrrogável de quinze minutos
(B) Eliza pode interpor recurso de apelação, com efeito
para sua sustentação oral.
devolutivo e suspensivo.
(C) Eliza pode interpor recurso de apelação, dotado ape-
Letra c.
nas de efeito devolutivo.
Art. 976. É cabível a instauração do incidente de reso-
(D) Considerando a apresentação de embargos à execu-
lução de demandas repetitivas quando houver, simulta-
ção por parte de Eliza, a penhora de sua moto não
neamente: I – efetiva repetição de processos que conte-
poderia ser autorizada pelo magistrado.
nham controvérsia sobre a mesma questão unicamente
de direito; II – risco de ofensa à isonomia e à seguran-
Letra c.
ça jurídica.
CPC, art. 919. Os embargos à execução não terão efeito
§ 4º É incabível o incidente de resolução de demandas
suspensivo. (Regra geral, os embargos à execução não
repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âm-
possuem efeito suspensivo automático. Logo, a penhora
bito de sua respectiva competência, já tiver afetado re-
da moto da executada foi correta. Caso a embargante
curso para definição de tese sobre questão de direito
quisesse o efeito suspensivo aos embargos do devedor,
material ou processual repetitiva. (requisito negativo de
deveria requerê-lo, fundamentar, usando os mesmos re-
admissibilidade do IRDR)
quisitos para obtenção da tutela provisória, e garantir o
Art. 981. Após a distribuição, o órgão colegiado com-
juízo com penhora, caução ou depósito.
petente para julgar o incidente procederá ao seu juízo
Art. 920. Recebidos os embargos: I – o exequente será
de admissibilidade, considerando a presença dos pres-
ouvido no prazo de 15 (quinze) dias; II – a seguir, o juiz
supostos do art. 976. (OBS.: tanto a admissibilidade do
julgará imediatamente o pedido ou designará audiência;
IRDR quanto o seu julgamento são feitos pelo órgão co-
III – encerrada a instrução, o juiz proferirá sentença.
legiado designado no regimento interno do respectivo
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
tribunal).
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
(Sobre o amicus curiae) Art. 983. O relator ouvirá as par-
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa
tes e os demais interessados, inclusive pessoas, órgãos e
a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação
entidades com interesse na controvérsia, que, no prazo
a sentença que: (...)
comum de 15 (quinze) dias, poderão requerer a junta-
III – extingue sem resolução do mérito ou julga improce-
da de documentos, bem como as diligências necessárias
dentes os embargos do executado.
para a elucidação da questão de direito controvertida,
e, em seguida, manifestar-se-á o Ministério Público, no
mesmo prazo.

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§ 1º Para instruir o incidente, o relator poderá designar 59

data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de Considere as seguintes situações hipotéticas:
pessoas com experiência e conhecimento na matéria. 1. Gilson praticou, em 25 de janeiro de 2022, roubo cir-
Art. 984. No julgamento do incidente, observar-se-á a cunstanciado pelo emprego de arma de fogo.
seguinte ordem: I – o relator fará a exposição do objeto 2. Roberto integrou associação criminosa ao longo do
do incidente; II – poderão sustentar suas razões, suces- ano de 2021.
sivamente: a) o autor e o réu do processo originário e o 3. Marcelo praticou crime de homicídio simples em 10
Ministério Público, pelo prazo de 30 (trinta) minutos; (...) de dezembro de 2022.
Art. 987. Do julgamento do mérito do incidente caberá 4. Vera, em concurso com outros dois agentes, praticou
recurso extraordinário ou especial, conforme o caso. furto qualificado pelo emprego de explosivo que causa
§ 1º O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a perigo comum, em 30 de maio de 2020.
repercussão geral de questão constitucional eventual-
mente discutida. De acordo com as disposições da Lei n. 8.072/1990, a Lei
dos Crimes Hediondos, com as modificações feitas pelo
Direito Penal Pacote Anticrime (Lei n. 13.964/2019), poderá(ão) ser
condenado(s) pela prática de crime hediondo:
Michelle Tonon
(A) Gilson e Vera.
(B) Gilson, Roberto e Vera.
58
(C) Gilson, Roberto, Marcelo e Vera.
Anderson estava em casa exibindo e brincando com
(D) Apenas Gilson.
uma arma de pressão que desfere balas de aço, quando,
acidentalmente, dispara a arma na direção de Amanda,
Letra a.
uma amiga que o estava visitando, vindo a atingir seu
A questão exigia o conhecimento do rol taxativo dos cri-
olho direito. Desesperado, Anderson socorre Amanda
mes hediondos, previsto na Lei n. 8.072/1990. O Pacote
e a leva ao hospital, onde é feita uma cirurgia. Contu-
Anticrime fez algumas modificações no rol, com vigência
do, infelizmente, Amanda perde por completo o globo
a partir de 23 de janeiro de 2020.
ocular e, consequentemente, a visão de um dos olhos.
O roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo
Anderson procura você, advogado(a), para aconselha-
é hediondo, conforme art. 1º, inc. II, alínea “b”, da Lei n.
mento jurídico. Nessa situação, você deverá esclarecer
8.072/1990.
a Anderson, acerca de sua responsabilidade penal, que:
O crime de associação criminosa não está no rol dos he-
(A) Anderson praticou o crime de lesão corporal culposa
diondos. Não confundir com o crime de organização cri-
grave, já que Amanda ficou com uma deformidade
minosa, quando direcionado à prática de crime hedion-
permanente.
do ou equiparado, este último hediondo.
(B) Anderson praticou tentativa de homicídio culposo.
O homicídio será hediondo quando qualificado ou pra-
(C) Anderson praticou tentativa de homicídio doloso.
ticado em atividade típica de grupo de extermínio (art.
(D) Anderson praticou lesão corporal culposa.
1º, inc. I, da Lei n. 8.072/90). O homicídio simples não é
crime hediondo.
Letra d.
Por fim, o crime de furto qualificado pelo emprego de
Anderson não tinha intenção de matar ou ferir Amanda,
explosivos ou artefatos análogos que geram perigo co-
porém adotou um comportamento descuidado e im-
mum é crime hediondo, a partir de 23 de janeiro de
prudente, ao brincar com a arma de pressão. Ao atingir,
2020, conforme o art. 1º, inc. IX, da Lei n. 8.072/1990.
acidentalmente, o rosto de Amanda, Anderson pratica o
crime de lesão corporal culposa, já que não tinha o dolo
de ferir, mas violou um dever objetivo de cuidado. Por
se tratar de lesão culposa, prevista no art. 129, § 6º, do
Código Penal, não é relevante, para fins de tipificação, a
gravidade do resultado (perda da visão). A lesão é cul-
posa em si mesma. Somente se verifica a gravidade da
lesão, para fins de tipificação, no caso de atuar o agen-
te com dolo. No caso da lesão culposa, a gravidade da
lesão poderá ser sopesada na individualização da pena,
na primeira fase da dosimetria, na circunstância judicial
referente às consequências do crime.

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60 Letra b.
Jéssica estava no ônibus, em 26 de setembro de 2022,
viajando em pé pelo excesso de passageiros, quando
um homem passou por ela, ao se dirigir para a porta de
saída e, no percurso, apalpou seus seios de forma não
consentida e empreendeu fuga logo em seguida, saltan-
do do ônibus. As câmeras existentes no coletivo flagra-
ram a cena. Considerando apenas as informações acima,
pode-se dizer que Jéssica foi vítima de:
(A) assédio sexual.
(B) tentativa de estupro.
(C) importunação sexual.
(D) estupro consumado.
Letra c.
Jéssica foi vítima do crime previsto no art. 215-A do CP,
que prevê:
Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libi-
dinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia
ou a de terceiro:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato
não constitui crime mais grave.
O crime foi incluído no Código Penal pela Lei n.
13.718/2018. Podem ser considerados atos libidinosos
práticas e comportamentos que tenham finalidade de
satisfazer desejo sexual, tais como: apalpar, lamber, to-
car, desnudar, masturbar-se ou ejacular em público, den-
tre outros.
61 (C) ambos por homicídio doloso consumado, em concur-
Fátima, 50 anos, devia uma elevada quantia em dinheiro
a José, 45 anos, famoso agiota da cidade em que am-
bos viviam. Em 15 de janeiro de 2020, após cobrar de
Fátima o imediato pagamento da dívida, José se aborre-
ce e desfere contra Fátima três disparos fatais de arma
de fogo. Os fatos são investigados e o inquérito policial
encaminhado ao Ministério Público, que denuncia José
pela prática de feminicídio, crime previsto no art. 121,
§ 2º, inc. VI, do Código Penal. José é preso preventiva-
mente e a família dele procura você, advogado(a), para
atuar na defesa da causa. Considerando apenas os fatos
narrados, você deverá esclarecer que:
(A) o delito praticado por José é, de fato, feminicídio, por
envolver violência contra a mulher.
(B) a denúncia está equivocada, pois o homicídio não
pode ser qualificado como feminicídio, já que Fáti-
ma não foi morta por razões e condições do gênero
feminino.
(C) a denúncia está equivocada, pois o fato não é delito
contra a vida, mas contra o patrimônio, caracterizan-
do-se latrocínio.
(D) o feminicídio não é considerado crime hediondo e,
portanto, é incabível a prisão preventiva de José.
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Pós-Edital
José não praticou feminicídio contra Fátima, pois nem
todo homicídio contra mulher será feminicídio. É preciso
que se caracterize uma das hipóteses do art. 121, § 2o-A,
do Código Penal, o qual prevê:
Considera-se que há razões de condição de sexo femi-
nino quando o crime envolve:
I – violência doméstica e familiar;
II – menosprezo ou discriminação à condição de
mulher.
No caso, não há contexto de violência doméstica e fa-
miliar, nem menosprezo ou discriminação à condição de
mulher. Fátima foi morta em razão de uma dívida, o que
não se enquadra como feminicídio.
62
Armando e Bruno desejam a morte de Carlos e ambos,
sem saber da intenção do outro e sem combinação pré-
via, atiram contra a vítima quase ao mesmo tempo, com
revólveres calibre 38. Carlos morre em decorrência de
um dos disparos, que o acerta fatalmente no peito. O
outro tiro, conforme verificado em exame pericial, atin-
giu a vítima de raspão. Apesar dos esforços investigati-
vos, não foi possível identificar a autoria do tiro mortal,
pois as armas utilizadas eram idênticas. Na situação hi-
potética apresentada, Armando e Bruno podem respon-
der criminalmente:
(A) ambos por homicídio culposo.
(B) ambos por lesão corporal seguida de morte.
so de pessoas.
(D) ambos por homicídio doloso tentado, sem concurso
de pessoas.
Letra d.
A hipótese é de autoria colateral incerta (ou autoria pa-
relha), não se cogitando de concurso de agentes, pois
Armando e Bruno, embora buscassem o mesmo resulta-
do, não sabiam da intenção do outro, não havendo liame
subjetivo entre eles.
Como não foi possível saber o autor do disparo fatal,
em homenagem ao princípio da dúvida em favor do réu
(in dubio pro reo), não é possível imputar o homicídio
consumado a qualquer deles e, assim, Armando e Bruno
responderão ambos pela tentativa de homicídio.
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63 Direito Processual Penal
Em dezembro de 2022, em hospital público, Mário, mé-
dico concursado da secretaria estadual de saúde, exigiu
para si, de Alice, a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil re-
ais), para realizar na paciente Maria, mãe de Alice, uma
endoscopia, necessária para o correto diagnóstico e tra-
tamento. Mário alegou que o sistema de saúde público
estava sobrecarregado e que o valor permitiria a Maria
passar na frente de outros pacientes que aguardavam,
na fila, a realização do exame. Inconformada, Alice se
dirigiu à direção do hospital público, narrou o ocorrido
e disse que jamais pagaria a quantia por um exame que
deveria ser fornecido gratuitamente. Na condição de
advogado(a), você é consultado pelo diretor do hospital,
acerca da conduta do médico Mário. Diante da situação
hipotética acima descrita, a conduta praticada pelo mé-
dico constituiu o crime de:
(A) peculato mediante erro de outrem tentado.
(B) corrupção passiva consumada.
(C) concussão consumada.
(D) corrupção ativa tentada.
Letra c.
A conduta do médico Mário, funcionário público para
fins penais, nos termos do art. 327 do Código Penal, se
amolda ao tipo penal do art. 316 do mesmo diploma, a
concussão:
Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamen-
te, ainda que fora da função ou antes de assumi-la,
mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
A concussão é crime formal. A mera exigência da vanta-
gem indevida já consuma o crime, não sendo necessário
o efetivo pagamento.
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Pós-Edital
Lorena Ocampos
64
Mateus foi condenado em primeira instância pela práti-
ca de crime de roubo, sendo aplicada em sentença uma
pena de cinco anos e quatro meses de reclusão a ser
cumprida em regime inicial fechado. Em recurso de ape-
lação, exclusivo da defesa, o advogado de Mateus reque-
reu a anulação da sentença por falta de fundamentação,
a absolvição do réu e, subsidiariamente, a redução da
pena pelo reconhecimento da tentativa. Em julgamen-
to, a sentença foi parcialmente mantida. Por unanimi-
dade, foi afastada a alegação de nulidade e mantida a
condenação. Por maioria de votos, foi mantida a pena
aplicada, tendo um Desembargador votado pela sua re-
dução. Intimados da decisão, as partes poderão adotar
qual medida?
(A) A defesa poderá opor embargos infringentes e de
nulidade para o reconhecimento de nulidade, absol-
vição e redução da pena aplicada.
(B) A defesa poderá opor embargos infringentes e de nu-
lidade para o reconhecimento de nulidade e redução
da pena aplicada, somente, enquanto o Ministério
Público não poderá apresentar recurso de embargos
infringentes.
(C) A defesa poderá opor embargos infringentes bus-
cando a redução da pena aplicada, apenas, e o Mi-
nistério Público também poderá opor embargos in-
fringentes.
(D) A defesa poderá opor embargos infringentes buscan-
do a redução da pena aplicada, somente, enquanto o
Ministério Público não poderá apresentar recurso de
embargos infringentes.
Letra d.
Os embargos infringentes e de nulidade possuem previ-
são no art. 609, parágrafo único, do CPP, e são recursos
exclusivos da defesa. Alguns são os requisitos exigidos
para a sua oposição: a) decisão não unânime; b) contra
decisão de segunda instância; c) desfavorável ao réu.
O caso hipotético, apenas será cabível a oposição de em-
bargos pela defesa quanto à tese de causa de redução
da pena. Quanto às demais, todos os desembargadores
afastaram a nulidade e mantiveram a condenação, ou
seja, uma decisão unânime.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
65 (C) litispendência, que deverá ser processada em autos
Em determinada data, Joana ingressou em estabeleci-
mento comercial para subtrair diversos bens e, para tan-
to, arrombou a fechadura da porta. Descobertos os fa-
tos, foi denunciada pelo crime de furto qualificado pelo
rompimento de obstáculo. Considerando que a infração
deixou vestígios, o reconhecimento da qualificadora:
(A) poderia ser obtido a partir da produção de provas
de qualquer natureza, tendo em vista que adotado o
princípio do livre convencimento motivado.
(B) exigiria exame de corpo de delito, que poderia ser
direto ou indireto, ainda que realizado por um perito,
mas a confissão não seria suficiente.
(C) dependeria de realização de exame pericial, que po-
deria, porém, ser suprido pela confissão do réu.
(D) exigiria a realização de exame pericial, exame esse
que deveria ser realizado por dois peritos oficiais.
Letra b.
(A) Incorreta. O reconhecimento da qualificadora não
poderia ser obtido a partir da produção de provas de
qualquer natureza, pois nas infrações que deixam vestí-
gios é indispensável o exame de corpo de delito, de acor-
do com o art. 158 do CPP.
(B) Correta. O crime de furto qualificado, por ter deixa-
do vestígios, exigirá o exame de corpo de delito, seja ele
direto ou indireto, de acordo com o art. 158 do CPP. E re-
almente, em regra, será realizado o exame por um perito
oficial portador de diploma de curso superior, somente na
sua falta é que o exame será realizado por 2 duas pessoas
idôneas, com base no art. 159, § 1º, do CPP. A confissão
não poderá suprir a falta de exame de corpo de delito.
(C) Incorreta. O erro está em dizer que poderia ser suprido
pela confissão do réu, quando na verdade a confissão do acu-
sado não pode suprir o exame, com base no art. 158, do CPP.
(D) Incorreta. O exame não será realizado por dois peri-
tos oficiais e sim por um, conforme art. 159, §1º, do CPP.
66 trado, artigo 5º, LXIII, da Constituição Federal:
Anderson foi denunciado e condenado, em primeira
instância, perante a 1ª Vara Criminal de Brasília, pela
prática de crime de roubo. Após a condenação, dentro
do prazo legal, apresentou o recurso cabível, que se
encontra pendente de julgamento. Nesse período, foi
novamente denunciado pela prática do crime de roubo,
dessa vez perante a 2ª Vara Criminal de Brasília, sendo
verificado pelo teor da denúncia que os fatos imputa-
dos são os mesmos daquela ação da 1ª Vara Criminal.
Você, advogado(a) de Anderson, poderá apresentar a
exceção de:
(A) incompetência do juízo, que deverá ser processada
nos autos principais.
(B) coisa julgada, que deverá ser processada em autos
apartados.
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Pós-Edital
apartados.
(D) suspeição, que precederá a qualquer outra eventual-
mente oposta.
Letra c.
Trata-se de litispendência (art. 95, III, CPP), espécie de
exceção peremptória.
A litispendência caracteriza-se por se encontrarem em
curso dois processos criminais versando sobre o mesmo
fato (enquanto objeto da acusação) e o mesmo acusa-
do. O processo anterior que tramita na 1ª vara criminal,
apesar de sentenciado, ainda não transitou em julgado,
razão pela qual não se trata de coisa julgada.
67
Uma das partes fundamentais da ação penal é o réu, que
é aquele que figura no polo passivo do processo, na con-
dição de suposto autor do fato. Sobre a figura do acusa-
do e de seu defensor, é correto afirmar que:
(A) em virtude do direito ao silêncio, o réu pode se recu-
sar a responder às perguntas do Ministério Público
sobre os fatos, mas não as do magistrado.
(B) a ampla defesa é um direito do réu, de modo que
pode ele optar por não ser assistido por patrono par-
ticular ou defensor público, ainda que não seja ele
próprio advogado.
(C) caso o advogado particular não tenha mais interesse
em patrocinar o réu, será ele assistido pela defenso-
ria, independentemente de ter interesse em indicar
novo patrono.
(D) mesmo o réu revel tem direito a uma defesa, como a
Defensoria Pública, caso não constitua advogado.
Letra d.
(A) Incorreta. O réu pode exercer o direito ao silêncio em
relação às perguntas sobre os fatos, tanto as realizadas
pelo Ministério Público quanto as realizadas pelo Magis-
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à seguran-
ça e à propriedade, nos termos seguintes:
LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre
os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegu-
rada a assistência da família e de advogado.
(B) Incorreta. A defesa técnica é imprescindível/neces-
sária. O acusado não pode abrir mão da defesa técnica
realizada por advogado ou defensor público.
(C) Incorreta. No caso de o advogado constituído não ter
mais interesse em patrocinar o réu, o juiz deverá primei-
ramente intimar o acusado para que este constitua novo
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
advogado, visto que o réu tem o direito a escolha de um
advogado de sua confiança. Caso o acusado não consti-
tua novo advogado, será nomeado um defensor, poden-
do ser este substituído por um advogado de confiança
do réu a qualquer momento, artigo 263 do CPP:
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado
defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo
tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mes-
mo defender-se, caso tenha habilitação.
(D) Correta. Nenhum acusado, ainda que ausente ou fo-
ragido ou revel, será processado ou julgado sem defen-
sor, conforme art. 261 do CPP.
68 caso se encerre no final de semana.
Gabriel responde a ação penal na condição de réu solto.
Em razão da complexidade do procedimento, após oitiva
das testemunhas, foi designada nova data para realiza-
ção exclusivamente do interrogatório do acusado. Ape-
sar de regularmente intimado, Gabriel, por opção, não
compareceu à audiência, esclarecendo seu advogado ao
juiz o desinteresse do seu cliente de ser interrogado. De
acordo com as previsões do Código de Processo Penal e
a jurisprudência dos Tribunais Superiores, o juiz:
(A) poderá decretar a revelia de Gabriel, gerando como
consequência a presunção de veracidade dos fatos
narrados na denúncia.
(B) poderá determinar a condução do réu coercitiva-
mente diante de sua intimação regular para o ato,
evitando-se seu adiamento, uma vez que não existe
revelia no Processo Penal.
(C) poderá decretar a revelia de Gabriel, mas permane-
cerá sob a responsabilidade do Ministério Público
provar a acusação.
(D) poderá decretar a prisão preventiva de Gabriel em
razão de sua ausência, já que era obrigado, uma vez
intimado, a comparecer para o ato de interrogatório.
Letra c.
Diante do princípio da presunção de inocência, primor-
dial no processo penal, incumbe à acusação comprovar
a verdade dos fatos narrados na denúncia. À acusação
incumbe esse ônus probatório. Existe, no processo pe-
nal, o instituto da revelia, prevista no art. 367, do CPP. O
processo seguirá sem a presença do acusado que, cita-
do ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar
de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de
mudança de residência, não comunicar o novo endereço
ao juízo. A decretação da revelia, portanto, gera como
efeito no processo penal unicamente a ausência de obri-
gação de nova intimação do réu até a sentença, mas não
gera a presunção de veracidade dos fatos. Como já cita-
do, esse ônus continuará de responsabilidade do órgão
acusatório.
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Pós-Edital
69
Bernardo foi denunciado e condenado, em primeira ins-
tância, pela prática de crime de latrocínio, sendo ele e
seu advogado intimados do teor da sentença penal con-
denatória no dia 20 de setembro de 2022, terça-feira. A
juntada do mandado de intimação do réu ao processo,
todavia, somente ocorreu em 26 de setembro de 2022,
segunda-feira. Considerando as informações narradas,
assinale qual o recurso cabível e qual o início do prazo
para interposição pelo advogado de João, de acordo
com a jurisprudência dos Tribunais Superiores.
(A) Será cabível o recurso em sentido estrito e o prazo
terá início no dia seguinte à juntada do mandado de
intimação (27/9/2022), devendo a data final do pra-
zo ser prorrogada para o primeiro dia útil seguinte,
(B) Será cabível o recurso de apelação e o prazo terá
início no dia da juntada do mandado de intimação
(26/9/2020), devendo ser cumprido até o final do
prazo de 05 dias previsto em lei, ainda que este ocor-
ra no final de semana.
(C) Será cabível o recurso em sentido estrito e o prazo
terá início no dia da intimação (20/09/2020), inde-
pendentemente da data da juntada do mandado,
devendo ser o recurso interposto até o final do prazo
de 05 dias previsto em lei, ainda que este finalize no
final de semana.
(D) Será cabível o recurso de apelação e o prazo terá início
no dia seguinte à intimação (21/09/2020), indepen-
dentemente da data da juntada do mandado, devendo
a data final do prazo ser prorrogada para o primeiro dia
útil seguinte, caso se encerre no final de semana.
Letra d.
O recurso cabível é o de apelação (art. 593 do CPP), ten-
do em vista se tratar de sentença penal condenatória
proferida ao final do processo. O dia da intimação foi
20/09/2022 e o prazo terá início a partir do dia seguinte
(21/09/2020). O prazo da Apelação é de 5 dias (21, 22,
23, 24, 25). O prazo terminará no dia 25/09/2020, do-
mingo, devendo ser prorrogado para o próximo dia útil
subsequente: dia 26/09/2020 (segunda).
Atenção ao art. 798, § 3º, do CPP e ao teor das Súmulas
310 e 710 do STF.
CPP, art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e
serão contínuos e peremptórios, não se interrompen-
do por férias, domingo ou dia feriado.
§ 3º O prazo que terminar em domingo ou dia feriado
considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato.
Súmula 710 do STF: No processo penal, contam-se os
prazos da data da intimação, e não da juntada aos au-
tos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.
3º Simulado OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem - Cod. 2712023828
Súmula 310 do STF: Quando a intimação tiver lugar na
sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação
for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na se-
gunda-feira imediata, salvo se não houver expedien-
te, caso em que começará no primeiro dia útil que se
seguir.
Direito do Trabalho
Rogério Dias
70 (A) que essa prática é proibida na lei.
Mariana era sócia da sociedade empresária Bueno &
Queiroz Ltda., até sua retirada, em 2020. A devida aver-
bação da modificação do contrato foi realizada no dia
20 de março de 2020. Em julho de 2022, Thiago ajuizou
ação trabalhista em face da referida empresa e postulou,
já na petição inicial, a desconsideração da personalidade
jurídica para atingir, também, os bens de Mariana, em
futura execução. Com isso,
(A) não há que se falar em responsabilidade de Mariana.
(B) Mariana terá responsabilidade solidária.
(C) não se admite a desconsideração da personalidade
jurídica na fase de cognição.
(D) Mariana terá responsabilidade subsidiária.
Letra a.
Levando em consideração que a ação foi ajuizada depois
de mais de 2 anos, a contar da averbação da modificação
do contrato, não há que se falar em responsabilização de
Mariana, conforme previsto no artigo 10-A da CLT.
71 (C) é devida a reintegração.
Juliana foi contratada pela empresa Dreyer Ltda. para
prestar seus serviços em regime de tempo parcial, com
carga horária semanal de 20 horas. Em determinada se-
mana, Juliana realizou seis horas extras. Com base na
situação hipotética,
(A) os empregados contratados em regime de tempo
parcial não poderão realizar horas extras.
(B) as horas extras poderão ser compensadas na semana
imediatamente posterior.
(C) não há limitação de quantidade de horas extras que
Juliana poderá realizar.
(D) as horas extras realizadas por Juliana poderão ser
compensadas no período de seis meses.
Letra b.
Os empregados que trabalham em regime de tempo
parcial até 26 horas semanais, poderão realizar, no máxi-
mo, 6 horas extras, que devem ser compensadas na se-
mana imediatamente posterior. Caso não haja a devida
compensação, as horas extras deverão ser pagas acres-
cidas do adicional de 50%, consoante disposto no artigo.
58-A, § 5º, da CLT.
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Pós-Edital
72
Juliano é estudante de Direito e está cursando o 5º pe-
ríodo. Um de seus colegas indicou uma vaga de estágio
no escritório de advocacia em que ele estagiava. Após
seleção e aprovação, Juliano foi contratado. Ao assinar o
termo de compromisso, Juliano verificou que suas ativi-
dades seriam realizadas em regime de teletrabalho. Na
dúvida, Juliano liga para você a fim de esclarecer se re-
almente pode realizar suas atividades pelo teletrabalho.
Você informa a Juliano:
(B) que não há qualquer irregularidade.
(C) que a legislação é omissa a esse respeito.
(D) que somente os aprendizes poderiam ser admitidos
em regime de teletrabalho.
Letra b.
Fica permitida a adoção do regime de teletrabalho ou
trabalho remoto para estagiários e aprendizes, com base
no artigo 75-B, § 6º, da CLT. Logo, não há qualquer irre-
gularidade na contratação.
73
Aurélio é cipeiro, tendo sido eleito titular de representa-
ção dos empregados, com cumprimento de mandato no
ano de 2022. Em setembro de 2022, Aurélio foi dispen-
sado sem justa causa, pois sua empresa encerrou todas
as suas atividades. Com isso,
(A) a empresa deverá indenizar o empregado pelo perío-
do de estabilidade a que ele teria direito.
(B) trata-se de despedida arbitrária. 
(D) é indevida a indenização do período estabilitário.
Letra d.
A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vanta-
gem pessoal, mas garantia para as atividades dos mem-
bros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em
atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se
verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a rein-
tegração e indevida a indenização do período estabilitá-
rio, com base na Súmula 339, II, do TST. Assim, Aurélio
não tem direito à reintegração, nem à indenização do
período de estabilidade.
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74 Direito Processual do Trabalho
Roberta é empregada da empresa Barreiros Ltda., reside
na Asa Norte (Brasília/DF) e presta seus serviços na Asa
Sul. Ocorre que no ano de 2023, por ato unilateral do
empregador, Roberta passou a prestar os seus serviços
no Guará/DF, localidade mais distante, mas continuou
residindo na Asa Norte. Com base na situação hipotética,
(A) Roberta tem direito a receber o adicional de trans-
ferência.
(B) trata-se de transferência definitiva.
(C) Roberta terá direito a um suplemento salarial, tendo
em vista o acréscimo da despesa de transporte.
(D) Roberta deverá arcar com a despesa adicional que
tiver.  (A) Haras da Távola Redonda deve apresentar exceção
Letra c.
Empregado transferido, por ato unilateral do emprega-
dor, para local mais distante de sua residência, tem direi-
to a suplemento salarial correspondente ao acréscimo
da despesa de transporte, segundo a Súmula 29 do TST.
75
Sofia é bancária e exerce cargo de confiança com car-
ga horária de 8 horas, por dia, recebendo gratificação
de dois terços de seu salário. Inconformada com a carga
horária e com o volume de atividades que deve realizar,
soube, por meio de uma colega, que a jornada do bancá-
rio é de 6 horas diárias. Com base na situação hipotética,
(A) Sofia tem direito a receber duas horas extras.
(B) bancário não tem direito a horas extras.
(C) Sofia somente terá direito a horas extras a partir da
oitava hora.
(D) a gratificação de Sofia deveria ser de 100% de seu
salário.
Letra c.
O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT, cum-
pre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extra-
ordinárias as trabalhadas além da oitava. E mais, o ban-
cário que exerce a função a que se refere o § 2º do art.
224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço
de seu salário já tem remuneradas as duas horas extra-
ordinárias excedentes de seis, com base na Súmula 102,
II e IV, do TST.
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Pós-Edital
Aryanna Linhares
76
Lancelot trabalhou por alguns bons anos para Haras da
Távola Redonda Ltda. Após uma pequena desavença
com Artur e Guinevere, proprietários da empresa, foi
dispensado sem justa causa. Sentindo-se injustiçado,
Lancelot ajuíza reclamação trabalhista em face de sua
ex-empregadora em Piúma/ES. Entretanto, o autor sem-
pre trabalhou em Salvador das Missões/RS. Na ótica da
reclamada, Salvador das Missões é o local onde deveria
tramitar o feito. Neste caso:
de incompetência em 5 dias contados do recebimen-
to da notificação.
(B) Haras da Távola Redonda deve apresentar exceção
de incompetência em 48 horas.
(C) é incabível a alegação de incompetência territorial.
(D) Haras da Távola Redonda deve arguir a incompetên-
cia territorial em preliminar de contestação.
Letra a.
Nos termos do art. 800 da CLT, a exceção de incompetên-
cia territorial deverá ser apresentada no prazo de cinco
dias a contar da notificação, antes da audiência e em
peça que sinalize a existência dessa exceção.
77
Igraine ajuizou reclamação trabalhista em face da em-
presa Botica Brumas de Avalon Ltda que seguiu seu cur-
so normal e teve concluída a fase de liquidação. Nesta,
o juiz homologou os cálculos no valor de R$25.000,00.
Em seguida, iniciou-se a fase de execução. Passados al-
guns dias, Igraine e Botica Brumas de Avalon Ltda. com-
parecem em juízo, acompanhadas de seus advogados,
pleiteando a homologação de um acordo no valor de
R$ 10.000,00. Com base no narrado acima, é correto
afirmar que:
(A) o acordo poderá ser homologado pelo juiz, mas o
INSS será recolhido sobre R$25.000,00.
(B) o acordo poderá ser homologado e, sobre seu valor,
o INSS será recolhido.
(C) o acordo não poderá ser homologado, pois ocorreu
após a sentença de liquidação.
(D) o acordo só poderá ser homologado se houver a con-
cordância do órgão previdenciário, uma vez que é
inferior ao valor calculado após a liquidação.
Letra b.
Nos termos do § 5º do art. 43 da Lei n. 8212/1991, a
contribuição previdenciária incide sobre o valor do acor-
do celebrado e homologado após o trânsito em julgado
da sentença homologatória. Ressalte-se que essa dispo-
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sição legal revogou tacitamente o disposto no art. 832, §
6º, da CLT, segundo o qual a celebração de acordo após
o trânsito em julgado não poderia prejudicar os crédi-
tos da União.
78 julgados totalmente procedentes e já liquidados, não ul-
Dom Quixote moveu ação trabalhista em face de seu
ex-empregador Moinhos de Vento Consuegra Ltda. Na
reclamatória, postulou o pagamento de adicional de pe-
riculosidade e a gratuidade de justiça, que lhe foi deferi-
da. A perícia foi realizada e, no laudo, o perito apontou a
ausência de periculosidade. Em razão disso, o pedido foi
julgado improcedente. Diante dessa situação, marque a
afirmativa correta.
(A) Ainda que beneficiário da gratuidade de justiça, Dom
Quixote fica responsável pelo pagamento dos hono-
rários periciais.
(B) Diante da inversão do ônus da prova pela hipossu-
ficiência do empregado, a parte ré deve custear a
perícia.
(C) Por ser beneficiário da justiça gratuita, Dom Quixo-
te não só está isento do pagamento de custas como
também não custeará os honorários periciais, que
serão pagos pela União.
(D) A parte reclamante nunca arca com os honorários do
perito.
Letra c.
Nos termos do art.790-B da CLT, é responsável pelo pa-
gamento dos honorários periciais a parte sucumbente
no pedido que ensejou a produção da prova pericial, sal-
vo se beneficiária da justiça gratuita (ADI 5766)
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Pós-Edital
79
Raskolnikov ingressou com uma ação trabalhista em
face de sua ex-empregadora, Ivanovna Empréstimos, e
da União, que, segundo seu entendimento, deve respon-
der subsidiariamente. Os pedidos de Raskolnikov foram
trapassando 40 salários-mínimos. Com base no exposto,
assinale a alternativa correta.
(A) A reclamação trabalhista tramitará pelo rito sumarís-
simo, tendo em vista que o valor da causa não ultra-
passou 40 salários mínimos.
(B) A reclamação trabalhista tramitará pelo rito suma-
ríssimo e, sendo necessária prova testemunhal, cada
parte poderá ouvir até três testemunhas. 
(C) A reclamação trabalhista tramitará pelo rito ordiná-
rio e, sendo necessária prova testemunhal, cada par-
te poderá ouvir no máximo 2 testemunhas.
(D) A reclamação trabalhista tramitará pelo rito ordiná-
rio uma vez que há ente de direito público figurando
no polo passivo da ação.
Letra d.
O procedimento sumaríssimo se aplica aos dissídios in-
dividuais cujo valor não ultrapasse 40 salários mínimos
(art. 852-A, CLT). Entretanto, atenção: é muito impor-
tante observar quem são as partes envolvidas no dissí-
dio, pois estão excluídas do procedimento sumaríssimo
as demandas em que for parte a Administração direta
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios), autárqui-
ca e fundacional (art. 852-A, parágrafo único, CLT). Note
que uma das partes é a União, logo, mesmo que o valor
da causa não ultrapasse 40 salários mínimos, ela deverá
tramitar pelo rito ordinário e, nesse procedimento, o nú-
mero máximo de testemunhas será de 3 para cada parte
nos termos do art. 821 da CLT.
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80
Horácio Oliveira ajuizou reclamação trabalhista em face
de Brinquedos Jogo da Amarelinha e de Clube da Ser-
pente Recreação Ltda. Nela, Horácio está requerendo o
pagamento de horas extras, adicional noturno e adicio-
nal de periculosidade, bem como a condenação solidária
das duas empresas. Entendendo que as empresas estão
inseridas no mesmo grupo econômico, o juiz proferiu
sentença condenando-as solidariamente ao pagamento
das verbas postuladas.
Brinquedos Jogo da Amarelinha e Clube da Serpente
Recreação Ltda. recorreram. Clube da Serpente não efe-
tuou o recolhimento do depósito recursal. Já Brinquedos
Jogo da Amarelinha não só realizou o depósito, como
também sustentou, dentre outras coisas, que deve ser
excluída da lide, pois não forma grupo econômico com
Clube da Serpente Recreação Ltda. Diante desses fatos,
assinale a alternativa correta.
(A) O recurso de Clube da Serpente Recreação Ltda. é
deserto. Como Brinquedos Jogo da Amarelinha pe-
diu sua exclusão da lide, o depósito recursal por ela
efetuado não pode ser aproveitado pela outra em-
presa (Clube da Serpente).
(B) Não há depósito recursal na Justiça do Trabalho.
(C) O depósito recursal recolhido por Brinquedos Jogo
da Amarelinha pode ser aproveitado por Clube da
Serpente Recreação Ltda.
(D) Brinquedos Jogo da Amarelinha e Clube da Serpente Re-
creação Ltda. estão dispensadas do depósito recursal.

Letra a.
Há depósito recursal na Justiça do Trabalho, nos termos
do § 1º do art. 899 da CLT.
O depósito realizado não pode ser aproveitado por Clu-
be da Serpente Recreação Ltda., porque, mesmo haven-
do condenação solidária, a empresa Brinquedos Jogo da
Amarelinha pediu a sua exclusão da lide. Uma vez excluí-
da, o depósito realizado será levantado. Nesse sentido, é
a Súmula 128, III, do TST, segundo a qual, havendo con-
denação solidária de duas ou mais empresas, o depósito
recursal efetuado por uma delas aproveita as demais,
salvo se a empresa que efetuou o depósito tenha pleite-
ado a sua exclusão da lide.

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