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PODER JUDICIÁRIO
Livro Eletrônico
DIREITO CONSTITUCIONAL
Poder Judiciário
Luciano Dutra
Poder Judiciário...............................................................................................................3
1. Considerações Iniciais..................................................................................................3
2. Órgãos........................................................................................................................4
3. Estatuto da Magistratura............................................................................................ 7
4. Quinto Constitucional................................................................................................ 16
5. Garantias Funcionais..................................................................................................17
6. Vedações aos Magistrados....................................................................................... 20
7. Autonomia Administrativa, Orçamentária e Financeira..............................................24
8. Precatórios............................................................................................................... 27
9. Supremo Tribunal Federal........................................................................................ 30
10. Conselho Nacional de Justiça................................................................................... 37
11. Superior Tribunal de Justiça......................................................................................45
12. Justiça Federal. ....................................................................................................... 50
13. Justiça do Trabalho..................................................................................................53
14. Justiça Eleitoral.......................................................................................................55
15. Justiça Militar Federal.............................................................................................. 57
16. Justiça Militar Estadual........................................................................................... 58
17. Justiça Estadual.......................................................................................................59
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis.............................................................................59
Resumo......................................................................................................................... 72
Questões de Concurso................................................................................................... 81
Gabarito...................................................................................................................... 108
Gabarito Comentado. ................................................................................................... 109
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Poder Judiciário
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PODER JUDICIÁRIO
1. Considerações Iniciais
Meu(minha) jovem, como função típica, cabe ao Poder Judiciário julgar, isto é, exercer a
jurisdição, assim considerado o poder-dever de dizer o Direito, aplicando a lei ao caso concreto
e compondo os litígios (conflitos de interesses qualificados por uma pretensão resistida). Ati-
picamente, administra seus órgãos e pessoal e legisla, elaborando os regimentos internos dos
tribunais, à luz do previsto no art. 96, I, a.
Certo.
Exato!!!
Certo.
Certíssimo!!!
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Poder Judiciário
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Errado.
Exerce atipicamente as funções de legislar e administrar.
Para exercer sua importantíssima missão constitucional de julgar, o Poder Judiciário dis-
põe de órgãos. Vamos a eles!
2. Órgãos
Os órgãos do Poder Judiciário estão dispostos, em rol taxativo, no art. 92, são eles:
I – o Supremo Tribunal Federal;
I.A – o Conselho Nacional de Justiça
II – o Superior Tribunal de Justiça;
II.A – o Tribunal Superior do Trabalho;
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
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Poder Judiciário
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Certo.
Conforme o art. 92.
Errado.
O TCU não é órgão do Poder Judiciário.
Além disso, o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Su-
periores têm sede na Capital Federal (art. 92, § 1º). Lembrando que, de acordo com o art. 18, §
1º, a Capital Federal é Brasília. Ademais, o Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores
têm jurisdição em todo o território nacional (art. 92, § 2º).
Podemos organizar o Poder Judiciário conforme a figura a seguir. Como órgão de cúpula,
temos o Supremo Tribunal Federal (STF). Logo abaixo do STF, está o Conselho Nacional de
Justiça (CNJ). Perceba que represento o CNJ em forma de elipse, diferenciando-o dos demais,
porque o CNJ, muito embora pertença ao Poder Judiciário, não exerce jurisdição. Falaremos
no momento adequado que o CNJ é um tribunal administrativo que realiza o controle interno
do Poder Judiciário. Abaixo do STF e do CNJ situam-se os Tribunais Superiores. Ensino que os
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Tribunais Superiores são aqueles que possuem “superior” no nome. São eles: o Superior Tribu-
nal de Justiça (STJ), o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e
o Superior Tribunal Militar (STM).
Abaixo do STJ está a chamada justiça comum. Temos a justiça comum federal formada
pelos Tribunais Regionais Federais (TRF) e os juízes federais e a justiça comum estadual for-
mada pelos Tribunais de Justiça e os juízes estaduais (ou juízes de direito). Hoje temos efeti-
vamente instalados 5 TRFs, mas importante dizer que a Emenda Constitucional n. 73, de 2103,
criou mais 4 TRFs. Não houve a instalação dos novos Tribunais Regionais Federais porque
houve uma decisão cautelar do STF, suspendendo os efeitos da lei que criou esses órgãos (ADI
5.017).
Temos, também, a justiça especializada trabalhista, eleitoral e militar. A justiça trabalhista
é composta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), por 24 Tribunais Regionais do Trabalho
(TRT) e pelos juízes do trabalho. Por sua vez, a justiça eleitoral é formada pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral (TSE), por 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) e, ainda, por juízes e juntas elei-
torais. Por fim, a justiça militar federal é composta pelo Superior Tribunal Militar (STM) e pelos
juízes militares, também chamados de juízes-auditores. Tudo isso, conforme a figura abaixo,
vejamos:
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Por ora, precisamos apenas ter uma boa noção acerca da estrutura do Poder Judiciário.
Mais a frente, vamos pormenorizar cada órgão do Poder Judiciário, definindo sua composição
e sua competência.
Certo.
Conforme o art. 92, § 2º.
Certo.
Exatamente isso que extraímos do art. 92, §§ 1º e 2º.
Agora que conhecemos os órgãos que integram o Poder Judiciário, vamos trabalhar o con-
junto de regras e princípios inerentes a esse Poder, conhecido como Estatuto da Magistratura.
3. Estatuto da Magistratura
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Errado.
O Supremo Tribunal Federal cumpre, entre outras, a função de órgão de cúpula do Poder Ju-
diciário, e a ele cabe a iniciativa de, por meio de lei complementar, dispor sobre o Estatuto da
Magistratura.
Certo.
Exato!!!
Segundo o “caput” do art. 93, lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal,
disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os princípios a seguir expostos.
De acordo com o art. 93, I, o ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto,
será mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advo-
gados do Brasil (OAB) em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três
anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.
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Errado.
O ingresso na carreira da magistratura ocorre mediante concurso público de provas e títulos,
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do ba-
charel em Direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica. Conforme ensinamos, a atividade
jurídica é um conceito mais amplo do que atividade advocatícia.
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a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alter-
nadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância
e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com
tais requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produ-
tividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos
oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo
voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e asse-
gurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do
prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.
Importante assinalar que a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de
igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas “a” , “b” , “c” e “e” deste inciso
II (art. 93, VIII-A).
Dito isso, vamos a um mapa mental das partes mais importantes vistas até aqui.
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O art. 93, III, define como será a promoção para outra instância, afirmando que o acesso
aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apura-
dos na última ou única entrância.
Segundo o art. 93, IV, o cumprimento de 2 anos de estágio probatório não é suficiente
para o vitaliciamento. Segundo a norma, há previsão de cursos oficiais de preparação, aper-
feiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vita-
liciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e
aperfeiçoamento de magistrado.
O art. 93, V, nos traz o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores, dizendo que cor-
responderá a 95% do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Além disso, informa que os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalo-
nados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária
nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a 10% ou inferior a 5%, nem
exceder a 95% do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores.
Vamos entender melhor este inciso V. O teto geral da Administração Pública é o subsídio
mensal em espécie dos Ministros do STF. Já o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superio-
res (STJ, TST, TSE e STM) corresponderá a 95% do subsídio mensal fixado para os Ministros
do STF. Por sua vez, os Desembargadores dos TJs e TRFs terão como limite remuneratório o
patamar de 95% do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, que corresponde
a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF, conforme citado na parte final do art. 37, XI. Ade-
mais, a diferença do subsídio de um juiz para um desembargador deve estar entre 5 a 10% do
subsídio de um de outro. Para facilitar ainda mais, vamos à uma figura.
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Conforme o art. 93, VI, a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes
observarão o disposto no art. 40, que trata do regime próprio de previdência social, que estuda-
mos ao tratar da Administração Pública.
O art. 93, VII, determina que o juiz titular resida na respectiva comarca, salvo autorização
do tribunal. Perceba que não há a exigência constitucional de que o juiz substituto resida na
respectiva comarca.
Segundo o inc. VIII do art. 93, o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal
ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa. Esse inc. VIII foi alterado pela
Emenda Constitucional n. 103, de 2019, para acabar com a aposentadoria compulsória dos
magistrados. Portanto, muito cuidado com isso: não se fala mais em sanção de aposentadoria
compulsória. OK?
A publicidade dos julgamentos e a exigência de fundamentação das decisões judiciais
são asseguradas pelo art. 93, IX, segundo o qual todos os julgamentos dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, poden-
do a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou
somente a estes (os advogados), em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
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Certo.
Conforme o art. 93, X.
O art. 93, XI, fala do órgão especial citado por nós ao estudarmos o princípio da reserva de
plenário dentro do contexto do controle de constitucionalidade. Segundo a norma, nos tribu-
nais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial,
com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se me-
tade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno.
Já o art. 93, XII, veda férias forenses para juízos e tribunais de segundo grau, apenas.
Diz a Constituição Federal que a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias
coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver
expediente forense normal, juízes em plantão permanente. Ou seja, não são vedadas férias
coletivas nos Tribunais Superiores e no Supremo Tribunal Federal.
Errado.
São vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau.
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Errado.
Segundo o art. 93, XI, nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser
constituído órgão especial. Como no STM há 15 Ministros apenas, não poderá constituir órgão
especial. Falaremos sobre a composição do STM no momento adequado.
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4. Quinto Constitucional
À luz do art. 94, um quinto das vagas nos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais de
Justiça dos Estados e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios será composto
de membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de
notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade pro-
fissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Recebidas as indicações, o tribunal (TRF, TJ ou TJDFT) formará uma lista tríplice, envian-
do-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes
para nomeação (art. 94, parágrafo único).
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Errado.
No STJ não há quinto constitucional.
Errado.
Não é isso que prevê o recém estudado art. 94.
5. Garantias Funcionais
O art. 95 traz algumas garantias destinadas aos membros do Poder Judiciário para que
a) vitaliciedade: adquirida, em primeiro grau, após dois anos de exercício. Apesar do si-
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ingressam diretamente nos Tribunais adquirem vitaliciedade logo após a posse. Impor-
tante dizer que durante o estágio probatório de dois anos, a perda do cargo dependerá
apenas de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado. Mas, após adquirir
Errado.
Nesse caso, a vitaliciedade se dá na data da posse.
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b) inamovibilidade: o membro da magistratura não poderá, como regra, ser removido con-
tra a sua vontade, salvo por motivo de interesse público, pelo quórum de maioria absolu-
ta do respectivo tribunal, assegurada a ampla defesa, ou decisão do Conselho Nacional
de Justiça (também por maioria absoluta). Como se nota, a garantia da inamovibilidade
é relativa, podendo ser afastada quando presente o interesse público e houver decisão
por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça,
assegurada ampla defesa.
Questão 17 (TJ-MS/JUIZ/2008) Aos juízes são asseguradas algumas garantias, que se des-
tinam a efetivar a independência da atividade judicial. A garantia da inamovibilidade é excep-
cionada quando presente o interesse público, e o ato de remoção do magistrado deve fundar-
-se em decisão por voto de maioria simples do respectivo tribunal, com revisão obrigatória do
Conselho Nacional de Justiça.
Errado.
Aos juízes são asseguradas algumas garantias, que se destinam a efetivar a independência da
atividade judicial. A garantia da inamovibilidade é excepcionada quando presente o interesse
público, e o ato de remoção do magistrado deve fundar-se em decisão por voto de maioria ab-
soluta do respectivo tribunal, assegurada a ampla defesa, ou decisão do CNJ.
Certo.
A inamovibilidade pode ser relativizada por motivo de interesse público, pelo quórum de maio-
ria absoluta do respectivo tribunal, assegurada a ampla defesa, ou decisão do CNJ.
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Os membros do Poder Judiciário devem respeitar algumas vedações trazidas pelo art. 95,
parágrafo único. Vejamos!
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Errado.
Pode acumular o cargo público de magistério.
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Errado.
Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de de-
corridos três ANOS do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração.
Certo.
Exato!!!
Certo.
Certíssimo!!!
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Certo.
Exatamente!!!
Certo.
Percebeu a importância de conhecer o instituto da quarentena de saída?
Errado.
Segundo o art. 95, parágrafo único, I, pode acumular o cargo público de magistério.
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b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vincula-
dos, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva
jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no
art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de con-
fiança assim definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores
que lhes forem imediatamente vinculados;
O Poder Judiciário também possui a competência legiferante para propor projetos de lei
sobre assuntos inerentes a esse Poder. Estabelece o art. 96, inc. II, que compete privativamen-
te ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao
Poder Legislativo respectivo:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juí-
zos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes,
inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
O art. 96, inc. III, traz uma regra de competência. Segundo a Constituição Federal, compete
privativamente aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e
Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsa-
bilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
Por sua vez, o art. 97, consagra o princípio da reserva de plenário amplamente estudado
dentro do controle de constitucionalidade. Diz a norma que somente pelo voto da maioria ab-
soluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
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O art. 98 trata dos juizados especiais e da justiça de paz. De acordo com a Constituição
Federal, a União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para
a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações
penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permi-
tidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de
juízes de primeiro grau;
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e
secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamen-
tos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e
exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legis-
lação.
Por fim, dentro da autonomia orçamentário-financeira do Poder Judiciário, o art. 99 deter-
mina que:
1) Os tribunais elaborem suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias (LDO).
2) O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Supe-
riores, com a aprovação dos respectivos tribunais;
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribu-
nais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.
3) Se os órgãos referidos acima não encaminharem as respectivas propostas orçamentá-
rias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo consi-
derará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma da LDO.
4) Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites esti-
pulados na LDO, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolida-
ção da proposta orçamentária anual.
5) Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despe-
sas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplemen-
tares ou especiais.
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8. Precatórios
Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais,
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresen-
tação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim (art. 100,
caput).
Pode-se afirmar que os precatórios são uma ordem de pagamento proveniente de uma
condenação transitada em julgada em face da Fazenda Pública (ou seja, o ente público perdeu
a ação e foi condenado a pagar uma quantia certa).
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Poder Judiciário
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FOCO NA JURISPRUDÊNCIA
Segundo o STF, a definição do que se entende por crédito de natureza alimentícia não é taxati-
va. Como exemplo, os honorários advocatícios são considerados também créditos de natureza
alimentícia que devem ser pago com prioridade via precatório (RE 470.407).
Nos casos de débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão
hereditária, tenham 60 anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com
deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os
demais débitos, até o valor equivalente ao triplo dos débitos considerados de pequeno valor,
admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cro-
nológica de apresentação do precatório (art. 100, § 2º).
Nesses termos, pode-se dizer que há três “filas” distintas no regime de precatórios:
1ª fila - débitos de natureza alimentícia, cujos os titulares tenham mais de 60 anos ou se-
jam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, até o valor equivalente ao triplo
dos débitos considerados de pequeno valor, admitido o fracionamento para essa finalidade,
sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório;
2ª fila - demais débitos de natureza alimentícia;
3ª fila - demais débitos de natureza não alimentar.
O regime de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis
como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial
transitada em julgado (art. 100, § 3º).
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Poder Judiciário
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Importante fixar que obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de direito público
de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em
julgado constantes de precatórios judiciários apresentados até 2 de abril, fazendo-se o paga-
mento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamen-
te (art. 100, § 5º, com redação dada pela EC n. 114, de 2021).
Com isso, terminamos o estudo das disposições gerais acerca do Poder Judiciário. Agora
vamos tratar da composição e da competência dos tribunais, começando pelo STF. Venha
comigo!
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Poder Judiciário
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Composição
O Supremo Tribunal Federal (STF) é composto por 11 Ministros, nomeados pelo Presiden-
te da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, dentre brasileiros
natos com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico
e reputação ilibada (art. 101, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022).
DE OLHO NA DOUTRINA
Quanto ao requisito de notável saber jurídico, Alexandre de Moraes informa que o STF
não exige para seus membros a obrigatoriedade do bacharelado em Ciências Jurídicas e
tampouco que seus membros sejam provenientes da magistratura. Porém, o tema está
longe de ser pacífico. Pedro Lenza, por exemplo, afirma que todo Ministro do STF terá de
ser, necessariamente, jurista, tendo cursado a faculdade de direito.
DICA DO LD
Para memorizar o número de membros por tribunal, vamos
trazer alguns mnemônicos que, apesar de simples, ajuda-nos
na hora da prova. Então, vamos ao primeiro: STF - Santos é um
Time de Futebol. Um time de futebol tem 11 jogadores, portan-
to o STF tem 11 membros.
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Poder Judiciário
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Certo.
Conforme o art. 101, compete ao Presidente da República a escolha dos onze Ministros do
STF. E, de fato, o Presidente da República não pode interferir na função jurisdicional do Supre-
mo em obediência ao princípio da separação dos poderes.
Competências
À luz do art. 102, inc. I, compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a
ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. Na verdade, ao STF
compete processar e julgar todas as ações de controle concentrado de constitucionalidade;
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Poder Judiciário
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DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
É inconstitucional, por violação ao princípio da simetria, norma de Constituição Estadual
que confere foro por prerrogativa de função a autoridades que não guardam semelhança
com as que o detém na esfera federal.
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores;
o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procura-
dor-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal. Cuidado: se for ação popular em
face dessas autoridades, a competência é do juiz federal de 1ª instância;
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Dis-
trito Federal ou o Território. Caso o litígio seja entre Estado estrangeiro ou organismo interna-
cional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País, a competência é do juiz federal
de 1ª instância (art. 109, II), com recurso ordinário para o Superior Tribunal de Justiça (art. 105,
II, “c”);
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre
uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta. Nesse caso, o papel
do STF é proteger o pacto federativo. Se o litígio for entre a União (e suas entidades da adminis-
tração indireta) e o Município, a competência será do juiz federal de 1ª instância (ACO 1.342);
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro. Sempre bom lembrar que o STF vai ana-
lisar a juridicidade do pedido extradicional. A decisão final cabe ao Presidente da República,
na qualidade de Chefe de Estado. Entretanto, se o STF negar a extradição, o Presidente ficará
vinculado a essa decisão.
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Poder Judiciário
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Certo.
Conforme o art. 102, I, r, da CF/1988.
Certo.
É o que determina o art. 102, I, “r”, da CF/1988.
Dito isso, vamos a um mapa mental que retrata as competências originárias mais impor-
tantes.
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Em sede recursal, de acordo com o art. 102, II, compete ao STF julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção de-
cididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político.
Por fim, segundo o art. 102, III, compete ao STF julgar, mediante recurso extraordinário, as
causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo da Constituição Federal;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal;
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Importante mencionar que no recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a re-
percussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de
que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação
de dois terços de seus membros (art. 102, § 3º).
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Súmula Vinculante
O art. 103-A, incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004 (chamada de reforma do
Poder Judiciário) prevê a súmula vinculante, dizendo que o Supremo Tribunal Federal poderá,
de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reite-
radas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula [vinculante] que, a partir de sua
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e munici-
pal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
A súmula vinculante terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas de-
terminadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e
a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de
processos sobre questão idêntica.
Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitu-
cionalidade. A Lei nº 11.417, de 2006, que disciplina a edição, a revisão e o cancelamento de
enunciado de súmula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal, ampliou este rol. Segundo o
art. 3º, da Lei nº 11.417, de 2006, são legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancela-
mento de enunciado de súmula vinculante: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado
Federal; III – a Mesa da Câmara dos Deputados; IV – o Procurador-Geral da República; V - o
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI - o Defensor Público-Geral da União;
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VII – partido político com representação no Congresso Nacional; VIII – confederação sindical
ou entidade de classe de âmbito nacional; IX – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câ-
mara Legislativa do Distrito Federal; X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; XI - os
Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios,
os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais
Eleitorais e os Tribunais Militares.
Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevida-
mente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente,
anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra
seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
DICA DO LD
Para a edição de uma súmula vinculante, deve haver os seguin-
tes requisitos:
1) reiteradas decisões sobre matéria constitucional;
2) controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e
a administração pública;
3) grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de pro-
cessos sobre questão idêntica;
4) decisão de dois terços dos membros do STF.
Composição
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Certo.
Exato!!!
Errado.
Não exerce jurisdição.
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DICA DO LD
CNJ – Comemoração Nacional das mulheres Jovens, que se
dá ao 15 anos. Portanto, 15 membros.
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DICA DO LD
A partir da EC 61, de 2009, não há limites mínimo e máximo de
idade para compor o CNJ.
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DICAS DO LD
1) Os juízes oriundos dos tribunais superiores são indicados
pelo próprio tribunal;
2) Os juízes oriundos da magistratura estadual são indicados
pelo STF;
3) Os juízes oriundos da magistratura federal são indicados
pelo STJ;
4) Os juízes oriundos da justiça do trabalho são indicados pelo
TST;
5) Os membros do Ministério Público são indicados pelo PGR;
6) Os advogados são indicados pelo Conselho Federal da OAB;
7) Os cidadãos são indicados pelas Casas do Congresso Na-
cional.
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Competências
Errado.
Como vimos anteriormente, por pertencer ao Poder Judiciário, o CNJ exerce um controle inter-
no.
III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços nota-
riais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da
competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares
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Por fim, é importante destacar que o CNJ está abaixo do STF, não fiscalizando os atos dos
seus Ministros.
Errado.
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Composição
menos de 70 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha
pela maioria absoluta do Senado Federal (art. 104, caput, e parágrafo único, com redação dada
pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022). A escolha pelo Presidente da República deve
respeitar, além dos requisitos citados, os quantitativos a seguir (art. 104, parágrafo único, I e II):
I – um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembar-
gadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II – um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
DICA DO LD
O STJ não obedece o quinto constitucional, uma vez que a
Constituição Federal determina que 1/3 (e não 1/5) das vagas
sejam reservadas a advogados e membros do Ministério Pú-
blico.
DICA DO LD
STJ – Santíssima Trindade de Jesus, que morreu aos 33 anos.
Portanto, 33 membros (no mínimo).
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Competências
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Poder Judiciário
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Errado.
É uma competência originária do STJ, à luz do art. 105, I, “a”.
Errado.
É uma competência originária do STJ, conforme o art. 105, I, “b”.
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De acordo com o art. 105, III, compete ao STJ julgar, em recurso especial, as causas deci-
didas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça:
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre
outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;
II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão admi-
nistrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central
do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.
Vamos a um mapa mental com as competências recursais mais importantes.
Por fim, importante mencionar que a recentíssima EC nº 125, de 2022, passa a exigir que,
no recurso especial, o recorrente demonstre a relevância das questões de direito federal in-
fraconstitucional discutidas no caso.
Segundo os §§ 2º e 3º do art. 105, inseridos pela novel EC nº 125, de 2022, no recurso
especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de direito federal infracons-
titucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a admissão do recurso seja exa-
minada pelo Tribunal (o STJ), o qual somente pode dele não conhecer com base nesse motivo
pela manifestação de 2/3 dos membros do órgão competente para o julgamento. Haverá a
relevância de que estamos tratando nos seguintes casos:
I – ações penais;
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DICA DO LD
Instalarão a justiça itinerante e poderão funcionar descentrali-
zadamente os TRFs (art. 107, §§ 2º e 3º), os TRTs (art. 115, §§
1º e 2º) e os TJs (art. 125, § 6º e 7º).
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Já o art. 109 determina que, aos juízes federais, compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem inte-
ressadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II – as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa
domiciliada ou residente no País;
III – as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou orga-
nismo internacional;
IX – os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da
Justiça Militar;
X – os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta
rogatória, após o “exequatur”, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas refe-
rentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
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de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal
de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de compe-
tência para a Justiça Federal”.
Por fim, cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá
por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei. Nos Territó-
rios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da
justiça local, na forma da lei.
A Justiça do Trabalho é composta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), pelos Tribu-
nais Regionais do Trabalho (TRTs) e pelos juízes do trabalho (art. 111).
O TST é composto de 27 Ministros, escolhidos dentre brasileiros (natos ou naturalizados)
com mais de 35 e menos de 70 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação
pela maioria absoluta do Senado Federal (art. 111-A, com redação dada pela Emenda Consti-
tucional nº 122, de 2022), sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, obser-
vado o disposto no art. 94;
II – os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura
da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
DICA DO LD
TST – Trinta Sem Três = 27. Portanto, 27 membros.
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Competências
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DICA DO LD
A Justiça do Trabalho não possui competência penal.
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Poder Judiciário
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DICA DO LD
TSE – Passando o T do início para o fim, ficamos com SET.
Portanto, 7 membros.
nas respectivas capitais (art. 120, caput), compor-se-ão (art. 120, § 1º):
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional
Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desem-
bargadores.
Os juízes eleitorais são juízes estaduais (ou juízes de direito) que exercem função eleitoral.
Esses juízes estaduais exercem mandato de dois anos, permitindo-se uma única recondução
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Poder Judiciário
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Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de
direito e das juntas eleitorais.
Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no
exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão
inamovíveis.
Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no míni-
mo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mes-
ma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta
Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou
estaduais;
IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injun-
ção.
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I – três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos
de efetiva atividade profissional;
II – dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da
Justiça Militar.
DICA DO LD
STM – Somos Trinta pela Metade = 15. Portanto, 15 membros.
Segundo o art. 124, compete à Justiça Militar processar e julgar os crimes militares de-
finidos em lei (Código Penal Militar). A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a
competência da Justiça Militar.
DICA DO LD
Não há órgãos de segunda instância na Justiça Militar federal,
ou seja, das decisões dos juízes militares cabe recurso direto
para o STM.
bendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os de-
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Constituição Federal, sendo que a competência dos tribunais é definida nas respectivas Cons-
tituições estaduais. Em primeiro grau, a Justiça estadual é composta por juízes de direito (ou
processo.
O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e de-
mais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servin-
Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especiali-
zadas, com competência exclusiva para questões agrárias. Sempre que necessário à eficiente
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2) ADI 4.243: Lei Estadual paranaense que estabelece a criação de cargo de Corregedor
Adjunto no Tribunal de Justiça. Alegação de violação ao art. 93, CF, por incompatibilidade
da previsão com a Lei Orgânica da Magistratura Nacional. (...) A Lei Orgânica da Magis-
tratura Nacional não veda a criação de um segundo cargo de Corregedor. Além disso,
as funções estabelecidas pelo Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do
Paraná não são puramente auxiliares. Questão que se insere na autonomia e no poder de
auto-organização dos tribunais
[ADI 4.243, rel. min. Roberto Barroso, j. 19-12-2018, P, DJE de 6-3-2019.]
5) ADI 4.414: Criação, por lei estadual, de varas especializadas em delitos praticados
por organizações criminosas. (...) Os juízes integrantes de vara especializada criada por
lei estadual devem ser designados com observância dos parâmetros constitucionais de
antiguidade e merecimento previstos no art. 93, II e VIII-A, da Constituição da República,
sendo inconstitucional, em vista da necessidade de preservação da independência do jul-
gador, previsão normativa segundo a qual a indicação e nomeação dos magistrados que
ocuparão a referida vara será feita pelo presidente do tribunal de justiça, com a aprovação
do tribunal.
[ADI 4.414, rel. min. Luiz Fux, j. 31-5-2012, P, DJE de 17-6-2013.]
7) ADI 4.414: A publicidade assegurada constitucionalmente (art. 5º, LX, e 93, IX, da
CRFB) alcança os autos do processo, e não somente as sessões e audiências, razão
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8) AI 791.292: O art. 93, IX, da CF exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados,
ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma
das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.
[AI 791.292 QO-RG, rel. min. Gilmar Mendes, j. 23-6-2010, P, DJE de 13-8-2010, Tema 339.]
9) MS 26.411: O órgão especial age por delegação do plenário, que é o órgão maior
dos tribunais, conforme prevê o art. 93, XI, da CF, na redação conferida pela EC 45/2004
(...). Incumbindo ao plenário, de modo facultativo, a criação do órgão especial, compete
somente a ele definir quais são as atribuições que delega ao referido órgão, que, por
expressa disciplina do art. 93, XI, da Constituição, exerce as atribuições administrativas e
jurisdicionais da competência do pleno que lhes sejam por esse delegadas.
[MS 26.411 QO, rel. p/ o ac. min. Teori Zavascki, j. 26-11-2015, P, DJE de 16-5-2016.]
10) ADI 4.150: Conflita com a CF norma da Carta do Estado que junge à aprovação da
assembleia legislativa a escolha de candidato à vaga do quinto em tribunal.
[ADI 4.150, rel. min. Marco Aurélio, j. 25-2-2015, P, DJE de 19-3-2015.]
11) MS 27.958: A inamovibilidade é, nos termos do art. 95, II, da CF, garantia de toda a
magistratura, alcançando não apenas o juiz titular como também o substituto. O magis-
trado só poderá ser removido por designação, para responder por determinada vara ou
comarca ou para prestar auxílio, com o seu consentimento, ou, ainda, se o interesse
público o exigir, nos termos do inciso VIII do art. 93 do Texto Constitucional.
[MS 27.958, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 17-5-2012, P, DJE de 29-8-2012.]
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14) HC 143.333: Os regimentos internos dos Tribunais, editados com base no art. 96, I, a,
da Constituição Federal, consubstanciam normas primárias de idêntica categoria às leis,
solucionando-se eventual antinomia não por critérios hierárquicos mas, sim, pela subs-
tância regulada, sendo que, no que tange ao funcionamento e organização dos afazeres
do Estado-Juiz, prepondera o dispositivo regimental.
[HC 143.333, rel. min. Edson Fachin, j. 12-4-2018, P, DJE de 21-3-2019.]
15) ADI 3.915: É inválida a inclusão de norma com conteúdo próprio à disciplina dos
regimentos internos dos tribunais, por emenda parlamentar, ao projeto de lei apresen-
tado pelo tribunal de justiça com o propósito de dispor sobre a organização judiciária do
Estado, uma vez que violada a reserva de iniciativa disposta no art. 96, II, d, da CF, preva-
lecendo a previsão do Regimento Interno que comete aos órgãos fracionários do tribunal
(câmaras criminais) a competência para julgamento dos prefeitos.
[ADI 3.915, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 20-6-2018, P, DJE de 28-6-2018.]
16) Súmula Vinculante 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão
de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucio-
nalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em
parte.
17) ARE 791.932: É nula a decisão de órgão fracionário que, ao negar a aplicação do
inciso II, do art. 94 da Lei 9.472/1997, com base na Súmula 331/TST, e declarar ilícita a
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18) ARE 914.045: A jurisprudência pacífica desta Corte, agora reafirmada em sede de
repercussão geral, entende que é desnecessária a submissão de demanda judicial à regra
da reserva de plenário na hipótese em que a decisão judicial estiver fundada em jurispru-
dência do Plenário do STF ou em súmula deste Tribunal, nos termos dos arts. 97 da CF e
481, parágrafo único, do CPC.
[ARE 914.045 RG, rel. min. Edson Fachin, j. 15-10-2015, P, DJE de 19-11-2015, Tema 856.]
19) Súmula Vinculante 27: Compete à Justiça estadual julgar causas entre consumidor
e concessionária de serviço público de telefonia, quando a Anatel não seja litisconsorte
passiva necessária, assistente, nem opoente.
20) RE 1.009.828: Casa da Moeda do Brasil. Empresa pública que presta serviço público
em regime de monopólio. Prerrogativas de fazenda pública. Execução pelo regime de
precatório.
[RE 1.009.828 AgR, rel. min. Roberto Barroso, j. 24-8-2018, 1ª T, DJE de 6-9-2018.]
21) RE 1.028.771: Incabível aplicar à empresa pública a regra da execução pela via do
precatório.
[RE 1.028.771 AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 1º-12-2017, 2ª T, DJE de 14-12-2017.]
= RE 851.711 ED-AgR-AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 12-12-2017, 1ª T, DJE de 10-4-2018
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23) Súmula Vinculante 17: Durante o período previsto no § 1º do art. 100 da Constituição,
não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.
24) Súmula 642, do STF: Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito
Federal derivada da sua competência legislativa municipal.
26) ADI 5.749: A causa de pedir aberta das ações do controle concentrado de constitu-
cionalidade torna desnecessário o ajuizamento de nova ação direta para a impugnação
de norma cuja constitucionalidade já é discutida em ação direta em trâmite perante o STF,
proposta pela mesma parte processual.
[ADI 5.749 AgR, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 9-2-2018, P, DJE de 26-2-2018.]
27) AP 937: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos
durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas; e (ii) Após o
final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresen-
tação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será
mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar cargo ou deixar o cargo que ocu-
pava, qualquer que seja o motivo.
[AP 937 QO, rel. min. Roberto Barroso, j. 3-5-2018, P, DJE de 11-5-2018.]
28) Rcl 23.457: Segundo reiterada jurisprudência desta Corte, cabe apenas ao STF, e
não a qualquer outro juízo, decidir sobre a cisão de investigações envolvendo autoridade
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29) Pet 3.230: O foro especial por prerrogativa de função previsto na CF em relação às
infrações penais comuns não é extensível às ações de improbidade administrativa, de
natureza civil. (...) não há lacuna constitucional, mas legítima opção do poder constituinte
originário em não instituir foro privilegiado para o processo e julgamento de agentes polí-
ticos pela prática de atos de improbidade na esfera civil.
[Pet 3.230 AgR, rel. min. p/ o ac. min. Roberto Barroso, j. 10-5-2018, P, DJE de 22-8-2018.]
31) Súmula 624, do STF: Não compete ao STF conhecer originariamente de mandado de
segurança contra atos de outros tribunais.
32) Súmula 510, do STF: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência
delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.
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34) Súmula 517, do STF: As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Fede-
ral, quando a União intervém como assistente ou opoente.
35) Súmula 421, do STF: Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando
casado com brasileira ou ter filho brasileiro.
36) RE 608.847: Não é relevante, para a definição da competência para processar e julgar
esta ação, que tenha ela sido ajuizada por magistrado estadual, e não federal. Conquanto
interpretação literal do art. 102, I, n, da Carta Magna dê a entender “a necessidade de
envolvimento de ‘todos os membros da magistratura’ de forma direta ou indireta” para a
aplicação da competência originária do STF, deve-se ter em conta que essa disposição
normativa constitucional “não possui outro objetivo senão o de deslocar a competência
para evitar-se, embora de forma geral, o julgamento da causa por interessados” (AO 1.569
QO, rel. min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJE de 27-8-2010). A existência de interesse
pertinente apenas à magistratura estadual não afasta a competência originária desta
Corte (AO 183, rel. min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJ de 10-10-2003; Rcl 1.813, rel.
min. Moreira Alves, Tribunal Pleno, DJ de 22-2-2002). O que importa é que, no âmbito da
jurisdição do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a matéria é de interesse
exclusivo e geral da magistratura, o que recomenda que seu julgamento não seja realizado
pelos interessados, mas, sim, pelo STF, conforme determina o art. 102, I, n, da CF/1988.
[RE 608.847 AgR, rel. p/ o ac. min. Teori Zavascki, j. 1º-12-2015, 2ª T, DJE de 18-4-2016.]
38) RC 1.473: Crimes políticos, para os fins do art. 102, II, b, da CF, são aqueles dirigidos,
subjetiva e objetivamente, de modo imediato, contra o Estado como unidade orgânica das
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39) ADI 4.638: (...) esta Suprema Corte em distintas ocasiões já afirmou que o CNJ não
é dotado de competência jurisdicional, sendo mero órgão administrativo. Assim sendo, a
Resolução 135, ao classificar o CNJ e o CJF de “tribunal”, (...) simplesmente disse – até
porque mais não poderia dizer – que as normas que nela se contêm aplicam-se também
aos referidos órgãos.
[ADI 4.638 MC-REF, rel. min. Marco Aurélio, voto do min. Ricardo Lewandowski, j. 8-2-
2012, P, DJE de 30-10-2014.]
41) MS 28.872: O CNJ, embora seja órgão do Poder Judiciário, nos termos do art. 103-B,
§ 4º, II, da CF, possui, tão somente, atribuições de natureza administrativa e, nesse sen-
tido, não lhe é permitido apreciar a constitucionalidade dos atos administrativos, mas
somente sua legalidade.
[MS 28.872 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 24-2-2011, P, DJE de 18-3-2011.]
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42) ADI 5.540: Não há fundamento normativo-constitucional expresso que faculte aos
Estados possuírem em suas Constituições estaduais a exigência de autorização prévia
da Assembleia Legislativa para o processamento e julgamento de Governador por crime
comum perante o Superior Tribunal de Justiça. A regra do art. 51, I, CRFB, prevista de
forma expressa apenas para o Presidente da República, não comporta interpretação
extensiva aos Governadores de Estado, visto que excepciona a regra geral que estabelece
a ausência de condição de procedibilidade política para o processamento de ação penal
pública. A exigência de autorização prévia de Assembleia Estadual para o processamento
e julgamento de Governador do Estado por crime comum perante o Superior Tribunal de
Justiça ofende o princípio republicano (art. 1º, caput, CRFB), a separação de Poderes
(art. 2º, caput, CRFB) e a cláusula geral de igualdade (art. 5º, caput, CRFB). Ação direta
de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente, com fixação da seguinte tese:
Não há necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para o recebimento
de denúncia ou queixa e instauração de ação penal contra Governador de Estado, por
crime comum, cabendo ao STJ, no ato de recebimento ou no curso do processo, dispor,
fundamentadamente, sobre a aplicação de medidas cautelares penais, inclusive afasta-
mento do cargo.
[ADI 5.540, rel. min. Edson Fachin, j. 3-5-2017, P, DJE de 28-3-2019.]
43) RE 598.770: A EC 45/2004 transferiu do STF para o STJ a competência para homo-
logar sentenças estrangeiras. Considerando que um dos principais objetivos da reforma
do Judiciário foi promover a celeridade processual, seria um contrassenso imaginar que
ela teria transformado esta Corte em uma nova instância nessa matéria, tornando ainda
mais longo e complexo o processo. Por isso, embora possível em tese, a interposição
de recurso extraordinário contra esses acórdãos do STJ deve ser examinada com rigor e
cautela. Somente se pode admitir o recurso quando demonstrada, clara e fundamentada-
mente, a existência de afronta à CF.
[RE 598.770, rel. min. Marco Aurélio, j. 12-2-2014, P, DJE de 12-6-2014.]
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45) Súmula Vinculante 27: Compete à Justiça estadual julgar causas entre consumidor
e concessionária de serviço público de telefonia, quando a Anatel [Agência Nacional de
Telecomunicações] não seja litisconsorte passiva necessária, assistente, nem opoente.
46) Súmula Vinculante 22: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar
as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de
trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da EC 45/2004.
49) Súmula 522, do STF: Salvo ocorrência de tráfico com o exterior, quando, então, a
competência será da Justiça Federal, compete à Justiça dos Estados o processo e o jul-
gamento dos crimes relativos a entorpecentes.
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[RE 1.034.840 RG, rel. min. Luiz Fux, j. 1º-6-2017, P, DJE de 30-6-2017, Tema 947.]
Vide RE 222.368 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 30-4-2002, 2ª T, DJ de 14-2-2003
Vide ACi 9.696, rel. min. Sydney Sanches, j. 31-5-1989, P, DJ de 12-10-1990
51) RE 1.090.128: (...) compete à Justiça do Trabalho julgar ação civil pública na qual se
discute questões relativas à saúde, à higiene e à segurança do trabalho.
[RE 1.090.128 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 23-3-2018, 2ª T, DJE de 18-4-2018.]
53) RE 846.854: A Justiça Comum Federal ou Estadual é competente para julgar a abu-
sividade de greve de servidores públicos celetistas da administração direta, autarquias e
fundações de direito público.
[RE 846.854, rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 1º-8-2017, P, DJE de 7-2-2018, Tema
544.]
54) ADI 4.984: Os Estados-membros são incompetentes para designar obrigações para a
Justiça Eleitoral, que integra a Justiça Federal.
[ADI 4.984, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 12-4-2018, P, DJE de 25-4-2018.]
55) ADI 2.553: O Plenário, por maioria, julgou procedente pedido formulado em ação
direta para declarar a inconstitucionalidade do art. 81, IV, da Constituição do Estado do
Maranhão, acrescentado pela Emenda Constitucional 34/2001. O dispositivo impugnado
inclui, entre as autoridades com foro criminal originário perante o tribunal de justiça, os
procuradores de Estado, os procuradores da assembleia legislativa, os defensores públi-
cos e os delegados de polícia. (...) Ressaltou que interpretação que conferisse às cons-
tituições estaduais a possibilidade de definir foro, considerando o princípio federativo e
com esteio no art. 125, § 1º, da CF, permitiria aos Estados dispor, livremente, sobre essas
prerrogativas, o que seria equivalente a assinar um cheque em branco.
[ADI 2.553, rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 15-5-2019, P, Informativo 940.]
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56) ADI 5.326: Ausente controvérsia a envolver relação de trabalho, compete ao Juízo da
Infância e da Juventude, inserido no âmbito da Justiça Comum, apreciar, no campo da
jurisdição voluntária, pedido de autorização visando a participação de crianças e adoles-
centes em eventos de caráter artístico.
[ADI 5.326 MC, rel. min. Marco Aurélio, j. 27-9-2018, P, DJE de 20-3-2020.]
57) Súmula 673, do STF: O art. 125, § 4º, da Constituição não impede a perda da gradua-
ção de militar mediante procedimento administrativo.
É isso!!! Esgotamos o tema Poder Judiciário de maneira direta e objetiva. Com essas infor-
mações, você está pronto(a) para gabaritar este assunto na sua prova de Direito Constitucional.
As partes transcritas merecem uma leitura atenta.
Caso persista alguma dúvida, procure-me no nosso fórum de dúvidas. Gostaria de receber
sua avaliação acerca da nossa aula. Isso é muito importante para nós.
Fique com Deus, fortíssimo abraço e bons estudos.
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RESUMO
Funções: como função típica, cabe ao Poder Judiciário julgar, isto é, exercer a jurisdição,
assim considerado o poder-dever de dizer o Direito, aplicando a lei ao caso concreto e compon-
do os litígios (conflitos de interesses qualificados por uma pretensão resistida). Atipicamente,
administra seus órgãos e pessoal e legisla, elaborando os regimentos internos dos tribunais.
Órgãos: são órgãos do Poder Judiciário: I – o Supremo Tribunal Federal; I.A – o Conselho
Nacional de Justiça II – o Superior Tribunal de Justiça; II.A – o Tribunal Superior do Trabalho;
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI – os Tribunais e Juízes Militares; VII – os Tribunais e
Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. O Supremo Tribunal Federal, o Conselho
Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. O Supremo Tribunal
Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.
Estatuto da Magistratura: é um conjunto de regras e princípios, previstos no art. 93, rela-
tivos ao Poder Judiciário, que será estabelecido obrigatoriamente por lei complementar de
iniciativa do STF.
Quinto Constitucional: um quinto das vagas nos Tribunais Regionais Federais, dos Tribu-
nais de Justiça dos Estados e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios será com-
posto de membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados
de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade pro-
fissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Recebidas as indicações, o tribunal (TRF, TJ ou TJDFT) formará uma lista tríplice, enviando-a
ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para
nomeação.
Garantias Funcionais: a) vitaliciedade: adquirida, em primeiro grau, após dois anos de exer-
cício. Já os membros da magistratura que ingressam diretamente nos Tribunais adquirem
vitaliciedade logo após a posse; b) inamovibilidade: o membro da magistratura não poderá,
como regra, ser removido contra a sua vontade, salvo por motivo de interesse público, pelo
quórum de maioria absoluta do respectivo tribunal, assegurada a ampla defesa, ou decisão do
CNJ (também por maioria absoluta); c) irredutibilidade de subsídio: cuida-se de uma
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irredutibilidade nominal, vale dizer, não garante o aumento automático caso o valor real do
subsídio seja consumido pela inflação.
Vedações Aos Magistrados: aos juízes é vedado: I – exercer, ainda que em disponibilidade,
outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II – receber, a qualquer título ou pretexto, cus-
tas ou participação em processo; III – dedicar-se à atividade político-partidária; IV – receber, a
qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal
do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria
ou exoneração [chamada de quarentena].
Autonomia Administrativa: compete privativamente: I – aos tribunais: a) eleger seus ór-
gãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo
e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos
respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços
auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correi-
cional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira
da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso
público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os
cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em
lei; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servido-
res que lhes forem imediatamente vinculados; II – ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o dis-
posto no art. 169: a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e
a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem
vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tri-
bunais inferiores, onde houver; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração
da organização e da divisão judiciárias; III – aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais
e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes
comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
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essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do
precatório. Nesses termos, pode-se dizer que há três “filas” distintas no regime de precatórios:
1ª fila) débitos de natureza alimentícia, cujos os titulares tenham mais de 60 anos ou sejam
portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, até o valor equivalente ao triplo dos
débitos considerados de pequeno valor, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo
que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório; 2ª fila) demais
débitos de natureza alimentícia; 3ª fila) demais débitos de natureza não alimentar.
Composição do STF: o Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhi-
dos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade,
de notável saber jurídico e reputação ilibada. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta
do Senado Federal.
Competências do STF: art. 102, da CF/88.
SÚMULA VINCULANTE: o STF poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de
dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar
súmula [vinculante] que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante
em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta,
nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento,
na forma estabelecida em lei. A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia
de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou
entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante mul-
tiplicação de processos sobre questão idêntica. Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido
em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles
que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. Do ato administrativo ou decisão ju-
dicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao
Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará
a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação
da súmula, conforme o caso.
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Composição dos TRFs: os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete
juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da Re-
pública dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: I - um
quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; II - os demais, mediante pro-
moção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antiguidade e merecimento,
alternadamente. A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais
Federais e determinará sua jurisdição e sede. Os Tribunais Regionais Federais instalarão a jus-
tiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos
limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitá-
rios. Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar descentralizadamente, constituindo
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as
fases do processo.
Competências dos TRFs: art. 108, da CF/88.
Competências dos Juízes Federais: art. 109, da CF/88.
Composição do TST: o TST compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasi-
leiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurí-
dico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria
absoluta do Senado Federal, sendo: I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de
efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez
anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II os demais dentre juízes dos Tri-
bunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tri-
bunal Superior. Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: I a Escola Nacional de For-
mação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções,
regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; II o Conselho Superior
da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orça-
mentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como
órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.
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Regional Federal respectivo; III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes
dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de
Justiça. O TRE elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. Os juí-
zes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca
por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e
pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
Composição do STM: o STM compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três den-
tre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-
-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre
civis. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maio-
res de trinta e cinco anos, sendo: I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional; II - dois, por escolha paritária,
dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar.
Justiça Militar Estadual: a lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Jus-
tiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos
Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal
de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.
Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a
perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. Compete aos juízes de
direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra
civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça,
sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.
Justiça Estadual: a competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado,
sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. Cabe aos Estados a
instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou
municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a
um único órgão. O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR/2019) Qual dos seguintes órgãos NÃO
está vinculado ao Poder Judiciário?
a) Superior Tribunal Militar – STM.
b) Conselho Nacional de Justiça – CNJ.
c) Tribunal de Contas da União – TCU.
d) Tribunal Superior Eleitoral – TSE.
e) Tribunal Superior do Trabalho – TST.
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c) O direito de greve dos servidores públicos civis não está regulamentado em lei, o que impede
o exercício de tal direito.
d) O direito de greve é constitucionalmente assegurado a todas as categorias profissionais,
incluindo os militares das Forças Armadas, os policiais militares e os bombeiros militares.
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II – Atuar como órgão de revisão de decisões jurisdicionais, podendo cassá-las nos casos
estabelecidos na Constituição Federal.
III – Exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cum-
primento dos deveres funcionais dos juízes, ainda que as decisões do CNJ possam ser
revistas pelo Supremo Tribunal Federal nos termos da jurisprudência dessa Corte. Está
correto o que consta APENAS em
a) I.
b) II.
c) III.
d) II e III.
e) I e III.
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Justiça por entender que, em processo administrativo em curso perante o citado órgão, sofreu
grave violação a seu direito líquido e certo. Nos termos da Constituição Federal, o Mandado de
Segurança deverá ser impetrado perante o
a) Tribunal de Justiça de São Paulo.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
d) Supremo Tribunal Federal.
e) Conselho da Justiça Federal.
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c) Supondo-se que João, servidor público federal regido pela Lei n.º 8.112/1990, pretendesse
ingressar com ação contra a União buscando o pagamento de verbas salariais a que tivesse
direito, a ação deveria ser proposta perante a justiça federal e não perante a justiça do trabalho.
d) Supondo-se que Marcos, após ter sofrido dano por ação de empregado de empresa pública
federal, pretendesse ingressar com ação de reparação de danos materiais e morais contra a
empresa pública, deveria fazê-lo na justiça comum estadual.
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c) O enunciado da súmula deve versar sobre normas determinadas, quando exista, com rela-
ção a elas, controvérsia atual, entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração públi-
ca, que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos.
d) O procurador-geral da República manifestar-se-á acerca da edição de enunciado de súmula
vinculante apenas nos casos em que o propuser.
Questão 25 (EXAME DA OAB/2010.3) Um juiz federal proferiu uma sentença em processo rela-
tivo a crime político e outra sentença em processo movido por Estado estrangeiro contra pessoa
residente no Brasil. Os recursos interpostos contra essas duas sentenças serão julgados pelo
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Questão 28 (XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Como determinado minério vem obtendo
alto preço no mercado mundial devido às grandes quantidades compradas pela China, o Esta-
do-membro Alfa recorre ao governo chinês para obter um empréstimo, com vistas à constru-
ção da infraestrutura necessária à sua extração. Sabedor do fato, o prefeito do Município Beta,
onde se localiza o principal porto do Estado Alfa, também solicita um empréstimo à China,
para viabilizar o melhor escoamento do minério. Concedidos os empréstimos, com estrita ob-
servância da sistemática constitucional e gastos os recursos, a crise no setor público acaba
por inviabilizar o pagamento da dívida contraída pelos entes federativos. Insatisfeita, a China
ajuíza ação, no Brasil, contra o Estado Alfa e o Município Beta. Assinale a opção que indica a
competência para processar e julgar as matérias.
a) Supremo Tribunal Federal nos dois processos, posto que a presença da China no polo ativo da
relação processual obriga que a Corte Suprema seja responsável pela solução dos dois litígios.
b) Supremo Tribunal Federal na relação jurídica entre a China e o Estado Alfa, e Superior Tribu-
nal de Justiça na relação entre a China e o Município Beta, por expressa determinação consti-
tucional.
c) Supremo Tribunal Federal na relação jurídica entre a China e o Estado Alfa, e juiz federal, na
relação entre a China e o Município Beta, por expressa determinação constitucional.
d) Tribunal de Justiça do Estado Alfa, posto que, não havendo interesse da União nos negócios
jurídicos firmados, os órgãos da Justiça Federal não podem solucionar as lides.
Questão 29 (XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO) O instituto da súmula vinculante aos pou-
cos vai tendo suas características cristalizadas a partir da interpretação dos seus contornos
constitucionais pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Considerando a importância
assumida pelo instituto, determinada associação de classe procura seu advogado e solicita
esclarecimentos a respeito dos legitimados a requerer a edição da súmula vinculante, dos
seus efeitos e do órgão que pode editá-la. Com base no fragmento acima, assinale a opção que
se apresenta em consonância com os delineamentos desse instituto.
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a) Pode ser editada pelos tribunais superiores quando houver reiteradas decisões, proferidas
na sua esfera de competência, que recomendem a uniformização de entendimento junto aos
órgãos jurisdicionais inferiores.
b) Estão legitimados a propor a sua edição, exclusivamente, os legitimados para o ajuizamento
da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, estabe-
lecidos no art. 103 da Constituição Federal.
c) Pode dizer respeito a qualquer situação jurídica constituída sob a égide das normas brasi-
leiras, de natureza constitucional ou infraconstitucional, e ser especificamente direcionada à
resolução de um caso concreto, nele exaurindo a sua eficácia.
d) A vinculação sumular incide sobre a administração pública direta e indireta e os demais ór-
gãos do Poder Judiciário, não podendo, porém, atingir o Poder Legislativo.
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Seguro Social (INSS), pleiteando uma revisão de seus benefícios previdenciários. A comarca
X possui vara única da Justiça estadual, mas não é sede de vara federal. Contudo, a comarca
vizinha Y é sede de vara da justiça federal, com competência sobre as comarcas X, Y e Z. Con-
siderando a situação exposta, assinale a afirmativa correta.
a) A ação poderá ser ajuizada na Justiça estadual, perante a vara única da comarca X, cabendo
eventual recurso ao Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
b) A ação deverá ser ajuizada na Vara Federal da comarca vizinha Y, que é sede de vara federal
com jurisdição sobre a comarca X.
c) A ação poderá ser ajuizada na Justiça estadual, perante a vara única da comarca X, cabendo
eventual recurso ao Tribunal de Justiça do Estado.
d) A ação deverá ser proposta diretamente no Tribunal Regional Federal que abrange o estado
onde se localiza a comarca X, em razão da matéria ser competência originária desse Tribunal.
Questão 32 (XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Nos termos da Constituição Federal, assi-
nale a alternativa que apresenta competência(s) do Superior Tribunal de Justiça.
a) Processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança contra ato do Comandante
da Marinha
b) Julgar as ações contra o Conselho Nacional do Ministério Público.
c) Julgar e processar, originariamente, litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacio-
nal e a União, os Estados, o Distrito Federal ou os Territórios.
d) Julgar, mediante recurso, as causas decididas em única ou última instância, quando a deci-
são recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
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d) A reclamação pode ser utilizada tanto para a preservação da competência do Supremo Tri-
bunal Federal quanto do Superior Tribunal de Justiça.
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e) o Estado não poderia ter criado uma Justiça Militar estadual, por expressa vedação consti-
tucional.
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a) Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República, sendo três dentre advo-
gados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional; dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Públi-
co da Justiça Estadual.
b) São órgãos da Justiça Militar o Superior Tribunal Militar e os Tribunais e Juízes Militares
instituídos por lei.
c) O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presi-
dente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal.
d) O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, sendo três dentre ofi-
ciais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais- generais do Exército, três dentre oficiais-ge-
nerais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.
e) Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maiores
de trinta e cinco anos.
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orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados,
na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.
d) O Conselho Nacional de Justiça não é considerado órgão do Poder Judiciário.
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b) O CNJ será presidido pelo Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e, nas suas ausências e
impedimentos, pelo Vice- Presidente do Tribunal Superior Eleitoral
c) As escolhas para composição do CNJ serão aprovadas por maioria simples do Senado Fe-
deral
d) O CNJ é órgão do Poder Legislativo
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Poder Judiciário
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GABARITO
1. c 28. c 55. a
2. c 29. d 56. a
3. a 30. a 57. d
4. e 31. a 58. C
5. b 32. a 59. a
6. a 33. d 60. a
7. a 34. b 61. C
8. c 35. C 62. a
9. d 36. C 63. b
10. e 37. E 64. c
11. c 38. C 65. b
12. d 39. E 66. c
13. e 40. C 67. d
14. c 41. C 68. a
15. e 42. C 69. a
16. e 43. E 70. e
17. d 44. C 71. a
18. d 45. E 72. b
19. b 46. E 73. d
20. c 47. E 74. a
21. a 48. E 75. C
22. c 49. d 76. E
23. c 50. E 77. d
24. b 51. E 78. c
25. c 52. C 79. b
26. d 53. E
27. c 54. b
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Poder Judiciário
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR/2019) Qual dos seguintes órgãos NÃO
está vinculado ao Poder Judiciário?
a) Superior Tribunal Militar – STM.
b) Conselho Nacional de Justiça – CNJ.
c) Tribunal de Contas da União – TCU.
d) Tribunal Superior Eleitoral – TSE.
e) Tribunal Superior do Trabalho – TST.
Letra c.
Os órgãos que integram o Poder Judiciário estão arrolados no art. 92, segundo o qual: “são ór-
gãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II
- o Superior Tribunal de Justiça; II- a) o Tribunal Superior do Trabalho; III - os Tribunais Regionais
Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Elei-
torais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito
Federal e Territórios. Não integra o Poder Judiciário, portanto, o TCU.
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Poder Judiciário
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Letra c.
É a expressão do art. 121, § 3º, que determina que são irrecorríveis as decisões do Tribunal Su-
perior Eleitoral, salvo as que contrariarem a Constituição Federal e as denegatórias de habeas
corpus ou mandado de segurança.
Letra a.
Cuida-se de um posicionamento jurisprudencial do STF. Segundo a Corte, a competência para
julgar questões relativas à greve dos servidores públicos da Administração direta, autárquica
e fundacional é da Justiça Comum, mesmo que o vínculo do servidor com a Administração
Pública seja regido pela CLT, isto é, ainda que se trate de empregado público. Ou seja, a Justiça
Comum é sempre competente para julgar causa relacionada ao direito de greve de servidor
público da Administração direta, autárquica e fundacional, pouco importando se se trata de
celetista ou estatutário. Contudo, se a greve for de empregados públicos de empresa pública
ou sociedade de economia mista, a competência será da Justiça do Trabalho.
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Poder Judiciário
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Letra e.
Segundo art. 95, II, a garantia da inamovibilidade pode ser afastada por questões de interesse
público, na forma do art. 93, VIII, isto é, fundada em decisão por voto da maioria absoluta do
respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa.
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Poder Judiciário
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c) irredutibilidade;
d) indisponibilidade;
e) inelegibilidade.
Letra b.
De acordo com o art. 95, I, “os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no
primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo,
nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos,
de sentença judicial transitada em julgado”.
Letra a.
Em respeito ao art. 93, II, as promoções dos juízes de entrância para entrância será, alternada-
mente, por antiguidade e merecimento.
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Poder Judiciário
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Federal, argumentando que o ato foi praticado por dirigente de pessoa jurídica de direito priva-
do, agindo por delegação do Poder Público Federal. Remetidos os autos à Justiça Federal, o
Magistrado suscitou conflito negativo de competência, argumentando ser incompetente para
analisar o mandado de segurança, inexistindo ato praticado por autoridade no exercício de
função delegada federal. Neste caso, o julgamento do conflito de competência negativo ins-
taurado caberá ao
a) Superior Tribunal de Justiça.
b) Supremo Tribunal Federal.
c) Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
d) Tribunal de Justiça de São Paulo.
e) Conselho Nacional de Justiça.
Letra a.
O citado conflito negativo de competência será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, pelo
fato de envolver juízes vinculados a tribunais diversos, no caso, um juiz vinculado ao Tribunal
de Justiça de São Paulo e outro vinculado ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em obe-
diência ao art. 105, inciso I, alínea d).
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Letra c.
A questão traz à baila o Estatuto da Magistratura, previsto no art. 93, da CF/88. Dentre os prin-
cípios elencados nesse Estatuto é determinado, no inciso II letra “e”, com sua redação dada
pela Emenda Constitucional 45, de 2004, que não será promovido o juiz que, injustificadamen-
te, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o
devido despacho ou decisão. Aliás, consigne-se que é muito importante a leitura deste art. 93,
sobretudo para os candidatos a cargos no Poder Judiciário.
Letra d.
A elaboração do relatório é semestral, conforme o art. 103-B, § 4º, inciso VI, da CF/1988, se-
gundo o qual compete ao CNJ “elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e
sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário”.
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a) I.
b) II.
c) III.
d) II e III.
e) I e III.
Letra e.
Está de acordo com o art. 103-B, § 4º, “caput” e inciso III, da CF/1988, segundo os quais “com-
pete ao Conselho [CNJ] o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e
do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes [...]” e “receber e conhecer das reclamações
contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares [...]”.
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c) rever processo disciplinar de juiz julgado há dois anos, vez que já ultrapassado o prazo cons-
titucional para tanto.
d) apreciar a legalidade de ato administrativo praticado por órgão do Poder Judiciário e fixar
prazo para que adote providências necessárias ao exato cumprimento da lei, tendo em vista o
princípio da autonomia administrativa dos Tribunais.
e) receber e conhecer de reclamação contra órgãos prestadores de serviços notariais e de re-
gistro que atuem por delegação do poder público, uma vez que não integram o Poder Judiciário.
Letra c.
É vedado, uma vez que o prazo constitucional é de menos de um ano, conforme o art. 103-B, §
4º, inciso V, da CF/1988.
Letra d.
De acordo com o art. 102, I, “r”, da CF/1988, é competência do STF “as ações contra o Conselho
Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público”.
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Letra e.
A composição do CNJ dá-se nos termos do art. 103-B, da CF/1988 e, conforme seu inciso V,
será composto, dentre outros membros, por “um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal
Federal”.
Letra c.
Segundo o art. 102, I, “r”, da CF/1988, é competência do STF, “as ações contra o Conselho Na-
cional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público”.
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Letra e.
A composição do CNJ encontra-se no art. 103-B, da CF/1988, e os membros mencionados
estão especificados nos incisos VI e VIII.
Letra e.
Está em conformidade com o art. 93, “caput”, da CF/1988, que impõe que “lei complementar,
de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura [...]”.
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Letra d.
I – Errado. Segundo o que dispõe o art. 102, I, alínea d), da CF/1988, “compete ao Supremo
Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, ori-
ginariamente o habeas-corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas an-
teriores; o mandado de segurança e o habeas-data contra atos do Presidente da República,
das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do
Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal”. Por outro lado, prevê o
art. 105, inciso I, alínea b), da CF/1988 que “compete ao Superior Tribunal de Justiça processar
e julgar, originariamente os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro
de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal “.
II – Errado. Tal competência recai sobre o STJ, conforme estabelece o art. 105, inciso I, alínea
d), da CF/1988, in verbis: “compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, origina-
riamente os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art.
102, I, “o”, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a
tribunais diversos”.
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III – Certo. É a expressão do art. 102, inciso I, alínea e), da CF/1988, segundo o qual compete
ao Supremo Tribunal Federal “processar e julgar, originariamente o litígio entre Estado estran-
geiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território”.
IV – Certo. É o que dispõe o art. 102, inciso II, alínea b), da CF/1988: “compete ao Supremo
Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar, em recurso or-
dinário, o crime político”.
Letra d.
Segundo o art. 103-B, § 4º “compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e finan-
ceira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe,
além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: III - receber
e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra
seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro
que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência dis-
ciplinar e correcional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e deter-
minar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcio-
nais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa”.
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b) O enunciado da súmula deve versar sobre normas determinadas apenas quando exista con-
trovérsia atual quanto a elas, entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública,
que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos.
c) O procurador-geral da República deverá se manifestar acerca da edição de enunciado de
súmula vinculante apenas nos casos em que o propuser.
d) O Conselho Federal da OAB e seus órgãos seccionais são legitimados a propor a edição de
enunciado de súmula vinculante.
Letra b.
É a expressão do § 1º do art. 103-A, da CF/1988, segundo o qual “a súmula terá por objetivo
a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja con-
trovérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete
grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica”.
Letra c.
De acordo com o art. 109, inciso I, da CF/1988, “aos juízes federais compete processar e julgar
as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas
na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes
de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho”.
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Letra a.
De acordo com a leitura dos incisos do art. 103-B, da CF/1988, que traz a composição do
Conselho Nacional de Justiça, percebemos que esse órgão interno do Poder Judiciário, com
atribuições de controle administrativo, financeiro e disciplinar da magistratura, possui compo-
sição híbrida, formado por membros do Poder Judiciário (art. 103-B, incisos I, a IX), do Minis-
tério Público (art. 103-B, incisos X e XI), da Advocacia (art. 103-B, inciso XII), bem como por
integrantes da sociedade civil (art. 103-B, inciso XIII).
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c) O enunciado da súmula deve versar sobre normas determinadas, quando exista, com rela-
ção a elas, controvérsia atual, entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração públi-
ca, que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos.
d) O procurador-geral da República manifestar-se-á acerca da edição de enunciado de súmula
vinculante apenas nos casos em que o propuser.
Letra c.
É o que prevê o art. 103-A, § 1º, da CF/1988, vejamos: “a súmula terá por objetivo a validade, a
interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual
entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave inseguran-
ça jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica”.
Letra c.
É o que se extrai da leitura do § 2º do art. 103-A da CF/1988, segundo o qual “sem prejuízo
do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula po-
derá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade”.
Sobre o acerto do item, cabe uma ressalva: o rol de legitimados para propor súmula vinculante
ficou ampliado pelo art. 3º, da Lei 11.417/2006. Apesar do caráter ampliativo do art. 3º, da cita-
da Lei 11.417/2006, não se pode falar que a presente assertiva está errada por duas razões:
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i) a questão trouxe a literalidade do citado § 2º, do art. 103-A, da CF/1988; ii) o art. 3º, da Lei
11.417/2006 apenas ampliou o rol de legitimados trazidos pela Constituição Federal. Nesse
sentido, está correta a afirmação de que a edição de súmula vinculante poderá ser provocada
pelos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade, bem como de
outros órgãos elencados no art. 3º, da Lei 11.417/2006.
Letra b.
À luz do art. 103-B, § 4º, inciso V, da CF/1988, “compete ao Conselho [CNJ] o controle da atua-
ção administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais
dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da
Magistratura rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e
membros de tribunais julgados há menos de um ano”.
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Letra c.
Da sentença proferida pelo juiz federal em processo relativo a crime político cabe recurso or-
dinário para o STF (art. 102, II, “b”). Por outro lado, da decisão em processo movido por Estado
estrangeiro contra pessoa residente no Brasil cabe recurso ordinário para o STJ (art. 105, II, “c”).
Letra d.
Caso o Supremo Tribunal Federal equivocadamente formule enunciado normativo extrapolan-
do os limites dos precedentes existentes, os legitimados do art. 3º, da Lei 11.417, de 19 de
dezembro de 2006, podem propor o cancelamento da súmula vinculante. Dentre os legitima-
dos, encontram-se os Governadores de Estado ou do Distrito Federal (art. 3º, inciso X, da Lei
11.417/2006).
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Letra c.
O CNJ exerce o controle interno do Poder Judiciário, justamente porque integra este Poder,
conforme é percebido da leitura do art. 92, I-a) Sua competência é meramente administrativa
(não jurisdicional) de acordo com o art. 103-B, § 4º.
Questão 28 (XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Como determinado minério vem obtendo
alto preço no mercado mundial devido às grandes quantidades compradas pela China, o Esta-
do-membro Alfa recorre ao governo chinês para obter um empréstimo, com vistas à constru-
ção da infraestrutura necessária à sua extração. Sabedor do fato, o prefeito do Município Beta,
onde se localiza o principal porto do Estado Alfa, também solicita um empréstimo à China,
para viabilizar o melhor escoamento do minério. Concedidos os empréstimos, com estrita ob-
servância da sistemática constitucional e gastos os recursos, a crise no setor público acaba
por inviabilizar o pagamento da dívida contraída pelos entes federativos. Insatisfeita, a China
ajuíza ação, no Brasil, contra o Estado Alfa e o Município Beta. Assinale a opção que indica a
competência para processar e julgar as matérias.
a) Supremo Tribunal Federal nos dois processos, posto que a presença da China no polo ativo
da relação processual obriga que a Corte Suprema seja responsável pela solução dos dois
litígios.
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b) Supremo Tribunal Federal na relação jurídica entre a China e o Estado Alfa, e Superior Tribu-
nal de Justiça na relação entre a China e o Município Beta, por expressa determinação consti-
tucional.
c) Supremo Tribunal Federal na relação jurídica entre a China e o Estado Alfa, e juiz federal, na
relação entre a China e o Município Beta, por expressa determinação constitucional.
d) Tribunal de Justiça do Estado Alfa, posto que, não havendo interesse da União nos negócios
jurídicos firmados, os órgãos da Justiça Federal não podem solucionar as lides.
Letra c.
À luz do art. 102, I, “e”, compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamen-
te o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito
Federal ou o Território. Portanto a ação proposta pela China em face do Estado Alfa é de com-
petência do STF. Noutro giro, a relação jurídica entre a China e o Município Beta será julgada
pelo juiz federal de primeira instância com recurso ordinário para o STJ (art. 109, II e art. 105,
II, “c”).
Questão 29 (XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO) O instituto da súmula vinculante aos pou-
cos vai tendo suas características cristalizadas a partir da interpretação dos seus contornos
constitucionais pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Considerando a importância
assumida pelo instituto, determinada associação de classe procura seu advogado e solicita
esclarecimentos a respeito dos legitimados a requerer a edição da súmula vinculante, dos
seus efeitos e do órgão que pode editá-la. Com base no fragmento acima, assinale a opção que
se apresenta em consonância com os delineamentos desse instituto.
a) Pode ser editada pelos tribunais superiores quando houver reiteradas decisões, proferidas
na sua esfera de competência, que recomendem a uniformização de entendimento junto aos
órgãos jurisdicionais inferiores.
b) Estão legitimados a propor a sua edição, exclusivamente, os legitimados para o ajuizamento
da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, estabe-
lecidos no art. 103 da Constituição Federal.
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c) Pode dizer respeito a qualquer situação jurídica constituída sob a égide das normas brasi-
leiras, de natureza constitucional ou infraconstitucional, e ser especificamente direcionada à
resolução de um caso concreto, nele exaurindo a sua eficácia.
d) A vinculação sumular incide sobre a administração pública direta e indireta e os demais ór-
gãos do Poder Judiciário, não podendo, porém, atingir o Poder Legislativo.
Letra d.
Segundo a cabeça do art. 103-A, “o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provo-
cação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre
matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial,
terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua
revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei”. Os efeitos vinculantes não atingem o
Poder Legislativo no exercício de sua função típica de legislar.
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Letra a.
Segundo o art. 102, I, “b”, “compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: [...] b) nas infrações penais
comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional,
seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
Letra a.
Reza o art. 109, §§ 3º e 4º, que “§ 3º serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro
do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de pre-
vidência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se
verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas
e julgadas pela justiça estadual. § 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será
sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau”.
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Questão 32 (XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Nos termos da Constituição Federal, assi-
nale a alternativa que apresenta competência(s) do Superior Tribunal de Justiça.
a) Processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança contra ato do Comandante
da Marinha
b) Julgar as ações contra o Conselho Nacional do Ministério Público.
c) Julgar e processar, originariamente, litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacio-
nal e a União, os Estados, o Distrito Federal ou os Territórios.
d) Julgar, mediante recurso, as causas decididas em única ou última instância, quando a deci-
são recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Letra a.
Determina o art. 105, I, “b”, que “compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar,
originariamente: [...] b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de
Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal”.
Letra d.
É o que preveem os arts. 102, I, “l”, e 105, I, “f”.
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Letra b.
De fato, o litígio entre o Estado estrangeiro e o município é de competência do juiz federal de
primeira instância com recurso ordinário para o STJ (art. 109, II e art. 105, II, “c”).
Certo.
Compete ao CNJ, conforme o art. 103-B, § 4º, IV, da CF/1988, “representar ao Ministério Públi-
co, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade”.
Certo.
Essa competência é dada pelo art. 102, I, “r”, da CF/1988, quando diz que serão de competên-
cia do STF “as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do
Ministério Público”.
Errado.
É uma competência do STJ, segundo o art. 105, I, “b”, da CF/1988.
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Certo.
É o que se retira do art. 92, §§ 1º e 2º, da CF/1988, respectivamente. Vejamos: “o Supremo
Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capi-
tal Federal” e “o Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o
território nacional”.
Errado.
Conforme o art. 95, parágrafo único, I, da CF/1988, não é vedado exercer o magistério público.
Certo.
O art. 103-B, § 5º, da CF/1988, é claro ao estabelecer que “o Ministro do Superior Tribunal de
Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor [...]”.
Certo.
Diz o art. 103-B, § 4º, da CF/1988, que “compete ao Conselho [CNJ] o controle da atuação
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos
juízes [...]”.
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Cabe ao STF processar e julgar ações contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Certo.
Essa competência é mencionada no art. 102, I, “r”, da CF/1988, quando diz que serão de com-
petência do STF “as ações contra o Conselho Nacional de Justiça [...]”.
Os ministros do STJ são escolhidos pelo presidente do STF entre candidatos indicados em
Errado.
Diz o art. 104, parágrafo único, da CF/1988, que “os Ministros do Superior Tribunal de Justiça
serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e
menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de apro-
tatuto da Magistratura, lei complementar de iniciativa privativa do STF, pode prever a delegação
Certo.
Está em conformidade com o art. 93, “caput” e inciso XIV, da CF/1988, que expõe que “lei com-
plementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura
[...]” e que “os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos
de mero expediente sem caráter decisório”.
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Errado.
Conforme o art. 94, da CF/1988, é um quinto e não um terço. Vejamos: “um quinto dos lugares
dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios
será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional [...]”.
Errado.
De acordo com o art. 123, caput, possuem cinco civis que podem ser natos ou naturalizados.
Errado.
Não há essa previsão constitucional
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Errado.
O art. 93, XI, da CF/1988, estabelece que apenas nos tribunais com número superior a vinte e
cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, para o exercício das atribuições ad-
ministrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno. Porém, conforme o
art. 123, “caput”, da CF/1988, o Superior Tribunal Militar possui apenas quinze Ministros.
Letra d.
O item está de acordo com o art. 103-A, “caput”, da CF/1988, que declara que “o Supremo Tri-
bunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus
membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula [vinculante]
que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos de-
mais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas fede-
ral, estadual e municipal [...]”.
Errado.
Conforme o art. 94, da CF/1988, “um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais,
dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do
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Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico
e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em
lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes”.
Errado.
Segundo o art. 103-B, § 4º, da CF/1988, compete ao Conselho Nacional de Justiça o controle
da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres fun-
cionais dos juízes. O CNJ não exerce função jurisdicional.
Certo.
O que limita a inamovibilidade dos juízes é a presença de interesse público, conforme o art. 95,
II, da CF/1988.
Errado.
Não há essa previsão constitucional.
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a) Tribunais de Contas.
b) Tribunais Militares.
c) Tribunais de Justiça Desportiva.
d) Tribunais de Exceção.
e) Tribunais de Comércio.
Letra b.
Conforme o art. 122, inc. II, da CF/1988.
Letra a.
De acordo com o “caput” do art. 123, da CF/1988.
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a) A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar esta-
dual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em
segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados
em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.
b) Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes
militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos militares, cabendo ao Conse-
lho de Justiça, sob a presidência do Oficial de maior posto, processar e julgar os crimes prati-
cados por militares.
c) Os Conselhos de Justiça julgam crimes comuns e militares, cabendo aos juízes de direito
do juízo militar processar e julgar, singularmente, as ações judiciais contra atos disciplinares
militares.
d) As ações judiciais contra atos disciplinares militares, são julgadas pelos Conselhos de Jus-
tiça, sob a presidência do juiz de direito do juízo militar.
Letra a.
Conforme o art. 125, § 3º, da CF/1988.
Letra d.
É o que prevê o art. 125, § 4º, da CF/1988.
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Certo.
É o que estabelece o art. 122, II, da CF/1988.
Letra a.
Conforme a parte inicial do art. 125, § 3º, da CF/1988.
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Letra a.
É o que determina o art. 125, §§ 4º e 5º, da CF/1988.
Certo.
É a possibilidade estabelecida no art. 125, § 3º, da CF/1988.
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Letra a.
É a previsão trazida pelo art. 125, § 3º, da CF/1988.
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Letra b.
Conforme o art. 125, § 6º, da CF/1988, “O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentraliza-
damente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado
à justiça em todas as fases do processo”.
Letra c.
É o que prevê o art. 125, § 2º, da CF/1988.
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Letra b.
É a possibilidade prevista no art. 125, § 6º, da CF/1988.
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Letra c.
Trata-se de uma competência do STJ, em razão do que dispõe o art. 105, I, “g”, da CF/1988.
Letra d.
I. certo – é o que dispõe o art. 105, parágrafo único, II, da CF/1988. II. Certo - é o que prevê o
art. 104, “caput”, da CF/1988. III – certo – em razão do que dispõe o art. 109, III, da CF/1988.
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Letra a.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva é um tribunal administrativo que não integra a estru-
tura do Poder Judiciário brasileiro. Por essa razão, não está previsto no art. 92, da CF/1988.
Letra a.
O Supremo Tribunal Federal é o órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro, previsto no art.
92, I, da CF/1988.
Letra e.
Conforme o art. 103-B, § 4º, da CF/1988, compete ao CNJ o controle da atuação administrativa
e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
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Letra a.
Conforme o art. 109, XI, da CF/1988, trata-se de uma competência do juiz federal de 1ª instân-
cia.
Letra b.
É o que estabelece o art. 102, I, “q”, da CF/1988.
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Letra d.
É o que estabelecem os artigos 106 e 109, I, da CF/1988.
Letra a.
É o que prevê o art. 103-B, “caput”, da CF/1988.
Certo.
É o que estabelece o art. 102, I, “b”, da CF/1988.
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Errado.
Conforme o art. 99, § 1º, da CF/1988, os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias
dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes or-
çamentárias.
Letra d.
Os órgãos do Poder Judiciário estão previstos no art. 92, da CF/1988, onde não se encontram
os tribunais e juízes arbitrais.
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Letra c.
É a cópia literal do art. 93, XI, da CF/1988.
Letra b.
É o que reza o art. 93, XI, da CF/1988.
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Luciano Dutra
Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor de livros. Professor de
Direito Constitucional com ampla experiência em cursos preparatórios para concursos públicos e Exames
de Ordem presenciais e on-line. Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela
Universidade Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado em
Ciências Militares.
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