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Unidade 3 Aula 4
A comunidade educacional e o processo de reflexão filosófica sobre educação.
Objetivos da Aula:
Fundamentação Teórica
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com
a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A cidadania é um conceito amplo que envolve direitos e deveres dos sujeitos em sua plena
capacidade de ação e participação nas decisões, a liberdade de expressar e organizar-se para
defender seus interesses e necessidades dentro do espaço social.
Coutinho (2005) a define como a capacidade conquistada por alguns indivíduos, ou (no caso de
democracia efetiva), por todos os indivíduos, de se apropriarem dos bens socialmente criados,
de atualizarem todas as potencialidades de realização humana abertas pela vida social em
cada contexto historicamente determinado. O autor enfatiza que “não é dada para os
indivíduos de uma vez para sempre, de cima para baixo, mas é resultado de uma luta
permanente, travada quase sempre a partir de baixo, das classes subalternas, implicando um
processo histórico de longa duração”.
A Escola Cidadã é aquela que se assume como um centro de direitos e de deveres. O que a
caracteriza é a formação para a cidadania. A Escola Cidadã, então, é a escola que viabiliza a
cidadania de quem está nela e de quem vem a ela. Não pode ser uma escola cidadã em si e
para si. Ela é cidadã na medida mesma em que se exercita na construção da cidadania de
quem usa o seu espaço. A Escola Cidadã é uma escola coerente com a liberdade. É coerente
com seu discurso formador, libertador. É toda escola que, brigando para ser ela mesma, luta
para que os educandos-educadores também sejam eles mesmos. E como ninguém pode ser só,
a Escola Cidadã é uma escola de comunidade, de companheirismo. É uma escola de produção
comum do saber e da liberdade. É uma escola que vive a experiência tensa da democracia.
Segundo Chalita (2004, p.117) “a cidadania não é um direito solitário, é a arte de convivência
social e, por isso, nem tudo o que é agradável pode ser feito.” Isto é, exercer a cidadania, é
também saber respeitar o outro, pois como cidadãos, não temos apenas direitos, mas também
deveres e valores, que precisam ser seguidos, para que se tenha uma boa convivência na
sociedade.
O professor precisa compreender seu papel para formação do cidadão. Conhecer seus direitos
e deveres, apresentar posições dentro do cotidiano escolar sobre o espaço democrático que é
a escola, onde as diferenças precisam ser valorizadas, em que as pluralidades possam
acontecer, local em que as minorias não sejam silenciadas.
Observamos que a ideia de Escola Cidadã tem amplo espaço no debate pedagógico. Trata-se
de uma tendência que após o período militar de 1964-1985 ganhou destaque e espaço, pois a
escola tornou-se o centro formativo para o exercício da cidadania e defesa da democracia.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 (LDB), estabelece os colegiados nos
quais todos na escola participam de forma direta ou indireta. São eles: Conselho de Escola,
Associação de Pais e Mestres (APM), Conselho de Classe e Grêmio Estudantil. Cada colegiado
tem atividades a serem desempenhadas e decisões que são deliberadas, que formam decisões
democráticas com efeito para toda comunidade escolar.
Saviani (2008) aponta que a democracia como possibilidade inicial e como realidade no
objetivo final são fundamentais, no que Aranha (1996) chama atenção para o cuidado na
prática do professor em não exercer uma posição autoritária. Uma vez que, a cidadania não é
marcada pelo silenciamento, mas pelas diferenças em conflito. Tampouco, os colegiados
devem ser esvaziados, pois nele se aprende a exercer a cidadania, tomar decisões e
transformar a realidade escolar. Professor e aluno como ensina Freire (1996), estão
aprendendo juntos nesses espaços, reconhecendo comportamentos, para ensinar cidadania é
preciso ser cidadão.
Essa perspectiva aponta para que as contradições existentes no exercício da cidadania sejam
ressignificadas, superando os preconceitos e ampliando a participação consciente dos
indivíduos, seja na escola ou na sociedade. Conhecer e exercer seus direitos observando os
deveres que a cidadania nos traz, faz do espaço escolar e da relação professor/aluno palco de
introdução aos comportamentos que marcam os sujeitos conscientes de seu papel diante dos
conflitos do cotidiano.
Destacando que vivemos numa sociedade desigual, os conflitos são importantes para que as
diferenças sejam discutidas para transformação da realidade. Os colegiados escolares são
espaços de disputa marcados por interesses, onde os princípios democráticos devem ser
observados por todos segmentos escolares.
VIDEO AULA
Esfera formal: a partir da lei garante a todos a cidadania e a cidadania substantiva (aquela
que apresenta os direitos e os deveres pelos quais esses indivíduos dentro do contexto
social passa a exercer no cotidiano.
Séc XVIII: Foi trabalhado questões como os direitos humanos, direitos de minorias,
direitos das mulheres, preconceitos entre outros. Que está relacionado ao valores.
Esses valores são consolidados e no exercício da cidadania eles são praticados.
A pratica da cidadania também é uma pratica do professor. Ele tem que ser
cidadão. Ele precisa transparecer e exercer essa cidadania no cotidiano.
A relação conflituosa com a relação de tensão, ela é natural na sociedade e
precisamos formar os sujeitos para que na dinâmica dos sujeitos, na dinâmica
comportamental lidar com as questões que envolvem tensões e conflitos sempre
em uma perspectiva democrática, onde o valor da democracia é insubstituível por
qualquer outro valor de totalitarismo ou tirania
Quando pensamos e agimos de forma cidadã, agimos para nós e para os outros,
garantindo que a democracia se fortaleça dentro do espaço escolar e a partir daí
se irradie por toda sociedade, garantindo as liberdades individuais e os direitos
fundamentais dos quais todos os cidadãos são detentores na nossa sociedade.
Esse respeito as instituições democrática, se consolidaram a partir de 1998. Está
prevista na lei LDB – lei de diretrizes de bases da educação Nacional de 1996. E
precisa ser trabalhadas de forma intencional pelos os educadores junto aos
educandos.