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Etimologicamente, a palavra educação tem origem no latim e transporta diferentes

significados. A educação está presente durante toda a vida das pessoas. Ela não se apresenta
apenas na escola, mas a partir da inserção no mundo que inicia com a família. Segundo
nossa Constituição Federal, pode ser conferida no seu artigo 205: “A educação, direito de
todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho”. E para você caro acadêmico, o que significa ou
representa a educação? Contribua com seu comentário.

 EDUCAÇÃO E SOCIEDADE

Não posso falar sobre educação sem relacionar com a sociedade, então a partir
da conexão da educação e a sociedade, temos a consciência de que o indivíduo
não nasce com suas capacidades desenvolvidas e ao longo de seu processo de
formação ele interage em variados meios, como no âmbito familiar onde se
adquire valores e posteriormente no âmbito escolar, onde mais do que
conhecimento das ciências este aprende a socializar e ser apto para agir de
acordo com os preceitos estabelecidos dentro de um contexto social. Sendo
assim ela representa uma sistematização mas também é reconhecida por
proporcionar ao ser humano a oportunidade de racionalizar. (Interação
atualizada, pois não consegui excluir o anterior)

Jessica Rodrigues Martins Sampaio - 15 de abril de 2018

 EDUCAÇÃO E SOCIEDADE

A partir da conexão da educação e a sociedade, temos a consciência de que o


indivíduo não nasce com suas capacidades desenvolvidas e ao longo de seu
processo de formação ele interage em variados meios, como no âmbito familiar
onde se adquire valores e posteriormente no âmbito escolar, onde mais do que
conhecimento das ciências este aprende a socializar e ser apto para agir de
acordo com os preceitos estabelecidos dentro de um contexto social. Sendo
assim ela representa uma sistematização mas também é reconhecida por
proporcionar ao ser humano a oportunidade a racionalização.

Jessica Rodrigues Martins Sampaio - 15 de abril de 2018

 uma luz no fim do túnel

A educação é mas do que o simples fato de aprender algo ou alguma coisa, a


educação é uma luz que ilumina os caminhos nos dando a oportunidade de
sermos seres pensantes e críticos. quanto mas aprendemos, mas percebemos que
ainda não sabemos de nada. através da educação abriremos varias portas para o
conhecimento.

Aline Marinho Sobral - 15 de abril de 2018


 O valor da educação na formação humana

O ser humano para interagir com seu contexto de maneira altruísta e


significativa, necessita passar pelo processo educativo, caso contrário
desenvolverá uma relação hedonista e egoísta, incapaz de estabelecer vínculos
fraternos que priorizem as necessidades do coletivo. Por isso, é suma
importância que a edieduca formal e informal seja prioritária em todas
sociedades..

Edna Regina Silva Almeida - 14 de abril de 2018

 A educação é um direito de todos.

A educação é um processo de desenvolvimento integral de todas as


potencialidades do indivíduo . Requer atuação conjunta de todos os sujeitos
envolvidos no ato de educar ( pais, professores, comunidade etc...) a educação é
um direito de todos é ja começa na infância.

Lucivania Maria de Araujo Guerra - 13 de abril de 2018

 IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO

Acredito que a educação seja o pilar fundamental de todos os aspectos da


vida.Seja no âmbito familiar,social,político ou religioso,a educação aparece
como a melhor forma de aprimorar os nossos conhecimentos e adquirir cada vez
mais.Através da educação é que nos formamos cidadãos prontos para praticar os
valores importantes que necessitamos para manter o bom funcionamento da vida
em sociedade,tais como,solidariedade,respeito,cordialidade,paciência e tantos
outros.A educação tem esse poder,o de transformar a vida das pessoas abrindo a
elas as portas do infinito mundo do conhecimento,que transforma
vidas,escolas,empresas,organizações,famílias,enfim,todos os setores presentes
na sociedade.

Luana Aparecida Muniz da Silva - 13 de abril de 2018

 educacao

a educacao e a base de tudo e onde iniciamos o nosso aprendizado e onde


comecaremos com nossos alunos

Francisca Roselane do Nascimento Cardoso - 13 de abril de 2018


 A educação ao meu ponto de vista

A educação representa todos os conhecimentos que adquirimos desde que


nascemos, não somente nas escolas mas principalmente em casa. Educação é
aprendizagem, na educação que recebemos em casa emitimos comportamentos
iguais no qual convivemos diariamente e na escola sabemos na teoria o que é
certo ou errado, os acontecimentos que se obteve ao longo dos seculos.
Educação na minha opinião é aprender.

Lorena Pacheco Barro - 13 de abril de 2018

 O que representa a educação

Para mim a educação vai se formando em casa,mais também em instituições de


ensino, como troca de experiencias vivida, ,para aqueles que estão aprendendo a
viver. Representa respeito, aprendizado de ambas as partes, informação, leitura e
um futuro melhor.

Elidiane Araujo Ferreira - 13 de abril de 2018

 "O que significa ou representa a educação?"

Para mim, a educação é a ferramenta mais eficaz para empoderar, instruir e


modificar o ser humano e o meio em que vive. Portanto, por direito, ética e
moral, é necessário que a educação eficaz seja assegurada em todas as suas
instâncias.

Amanda Roger Gonçalves Nascimento - 13 de abril de 2018

Os Processos Educacionais Gregos E Romanos


Devemos aos Gregos o surgimento das seguintes idéias e conceitos que, para
eles, se transformavam em idéias:
-O conceito de liberdade política no estado e através dele;
-A ideia de que a educação é a preparação para a cidadania;
-A ideia do desenvolvimento intelectual da personalidade;
-A ideia de amar ao saber pelo saber, isto é, a filosofia; A ideia de viver de acordo com
a razão;
-O conceito de homem como sendo, primeiramente, um ser racional;
-O conceito moral de personalidade, ou seja, cada indivíduo encontra na sua natureza
racional o direito de determinar os seus próprios fins na vida;
-Os conceitos de liberdade moral e responsabilidade moral, isto é, a liberdade sob a lei e
pela lei, contida na natureza;
-O conceito de arte como sendo a corporificação concreta de alguma verdade, de um
ideal ou experiência de validez;
-A ideia de que o individuo deve procurar conhecer-se a si próprio (Sócrates).
O povo romano trás consigo, os valores heróicos e guerreiros,
com isso a Roma se expande cada vez mais em diversos aspectos, tanto
científicos, quanto culturais. Com essa grande expansão Roma influenciou o mundo já
que dominou grande parte da Europa durante o período Imperial, suas características
podem ser reconhecidas até hoje através por exemplo, da divisão dos graus escolares, da
importância da retórica, da valorização do homem honrado como integro, corajoso e
cheio de virtudes.
Uma das questões mais valorizadas tanto em Roma quanto nos dias atuais é a
retórica, ou seja, o falar bem, saber se expressar, ser capaz de convencer o outro a
acreditar naquilo que você defende. A retórica foi muito valorizada em toda a história
romana e é ainda claramente vista nos dias de hoje nas câmaras, no senado, no plenário,
e claro, nas campanhas eleitorais.
A EDUCAÇÃO GREGA
A Grécia é considerada o berço da civilização ocidental da qual nos fazemos
parte e cuja cultura assimilamos desde o nascimento. Daí a importância do seu estudo,
mesmo que apenas em seus aspectos essenciais, principalmente para quem pretende
dedicar-se a educação das novas gerações.
A sociedade grega diferenciava-se particularmente dos demais povos orientais
por privilegiar o desenvolvimento individual, enquanto os outros em seu modo de
educar, procuravam considerar o passado, impondo a maneira de pensar e agir. A
liberdade da organização da sociedade grega, que estimulava o desenvolvimento dos
aspectos da personalidade, das formas de expressão e valor individual, conduziu-a ao
progresso e a educação liberal. “É a educação digna do homem livre, que o habilita a
tirar proveito de sua liberdade ou dela fazer uso.
Entretanto, não podemos esquecer que esse novo conceito de educação refere-se
aos cidadãos livres da Grécia antiga, que podiam tirar proveito da sua liberdade, ao
mesmo tempo em que cerca de 90% da população viviam como escravos.Foram os
gregos os primeiros a traçar e a executar idéias sobre as praticas pedagógica. A própria
palavra “pedagogia” tem origem no grego e refere-se ao escravo que acompanhava as
crianças a escola. Com o passar do tempo com a contribuição de diversos estudiosos e
as teorias surgidas, a palavra “pedagogia” passou a designar a reflexão feita sobre a
educação, uma espécie de metaeducação.”É na Grécia que começa a historia da
educação, com sentido na nossa realidade educativa atual. De fato, são eles que, pela
primeira vez colocam a educação como problema”.(MONROE 1987).
A Grécia caracteriza-se pelo reconhecimento da razão autônoma, pela
inteligência critica, pela personalidade livre capaz de estabelecer a lei humana e não
mais divina. “Surge, pois, a necessidade de formular teoricamente o ideal da formação,
não mais de herói, submetido ao destino, mas do cidadão.” (ARANHA, 1989).Assim, o
homem não fica preso ao passado, ao destino e consegue projetar o futuro, buscando
alcançar a sua utopia.
O PERÍODO HOMÉRICO (900-750 A.C.)
Homero teve uma importância excepcional para a cultura e para a educação
gregas. Tão grande foi a sua importância que muitos estudiosos consideram que os
germens de todo o desenvolvimento posterior estão contidos no período homérico.
A educação nesse período teve um caráter eminente prático. Os poemas
homéricos — a Ilíada e a Odisseia.— falam dos ideais dessa educação, que compreende
um duplo ideal de homem, ou seja,o homem de ação e o homem de sabedoria. Esse
duplo ideal__sabedoria e poder de ação — tinha que ser atingido por todos os gregos
livres.
Diversos aspectos contidos nesse duplo ideal tiveram grande desenvolvimento
durante os períodos posteriores. Um desses aspectos é a bravura. que. no entanto, tinha
de ser moderada pela reverência. "O homem que não conhecia temor, assim como o
homem que não tinha pudor ou modéstia no trato com seus companheiros, ou que era
insolente com os deuses ou com os mais velhos, era acusado de irreverência,isto é,
faltava-lhe o devido equilíbrio de ação." (Id., ibid., p. 31.)
Outro aspecto desse ideal é a sofrosine grega. A sofrosine consiste no domínio
dos desejos e paixões pela razão. Consiste no equilíbrio de pensamento e ação exigido
pelo ideal de reverência.
A EDUCAÇÃO ESPARTANA (750-600 A.C.)
Já no século IX a.C. Licurgo organizou o Estado e a educação em Esparta, uma das
cidades gregas. Licurgo percebeu a importância do Estado nos assuntos educacionais.
Os espartanos, que representavam a mais primitiva forma de cultura grega,
conquistaram, já no período homérico, uma posição de destaque entre os demais povos
helênicos.Para preservar essa soberania o povo espartano adotou a constituição de
Licurgo. Surgiu, assim, um Estado que passou a manter o mais extremado controle
governamental sobre a educação. A sociedade inteira se transformou numa escola, em
que todo o membro adulto tinha a obrigação de participar, como um importante dever
de cidadania, na educação da juventude.
O objetivo da educação espartana era dará cada individuo um nível de perfeição
física, coragem e habito de obediência às leis que o tomasse um soldado ideal. Dessa
maneira o homem espartano passou a ser um modelo de bravura, vigor e tenacidade.
Como essas qualidades faltavam aos demais povos gregos, o Estado espartano passou a
acumular um grande número de triunfos militares.Faltavam aos espartanos, no entanto,
os sentimentos mais delicados e a sensibilidade dos atenienses. Assim, Esparta não
participou muito do esplendor artístico, literário e filosófico de Atenas.
Até os sete anos de idade o menino ficava sob os cuidados diretos de sua mãe, de
quem recebia um treino rigoroso. Depois era tirado do lar e colocado em casernas
públicas custeadas pelo Estado. Nessas casernas os meninos comiam em mesas comuns,
ajudavam no fornecimento do alimento necessário, caçavam os animais selvagens e
participavam de danças corais. Todo o resto do seu tempo era gasto com exercícios de
ginástica, que constituíam o elemento principal de sua educação.Dos dezoito aos vinte
anos o jovem dedicava-se ao estudo das armas e das manobras militares. Dos vinte aos
trinta anos seu treino era na guerra ou, nos intervalos de paz, praticado às custas dos
ilotas servos que moravam em choupanas. Em Esparta, nove mil espartanos tinham que
dominar vinte mil ilotas.Com trinta anos o jovem tornava-se maior de idade e
continuava a dedicar seu tempo integralmente a serviço do Estado, seja nas guerras ou
nos treinamentos necessários.
A EDUCAÇÃO ATENIENSE (600-450 A.C.)

A educação grega em Atenas, outra das grandes cidades gregas,tinha pouco em comum
com a educação de Esparta. Enquanto em Esparta se deu muita importância à_educação
física a serviço da guerra para manter o estado, em Atenas surgiu o ideal da formação
completa do homem. Foram colocadas no mesmo nível a educação física e a eduçaçaõ
intelectual.
"Duas circunstâncias intimamente vinculadas determinaram tão notável
mudança. De um lado, a nova maneira de compreender a estrutura e finalidades do
Estado. Em Atenas vê-se o Estado como um meio de assegurar a liberdade pessoal,
criando as condições vantajosas para sua educação. Sólon considera a instrução da
juventude como missão essencial do Estado, mas não se coage o indivíduo nesta
empresa; deseja-se que, por convicção própria, as classes sociais façam sua a tarefa da
formação das gerações. Daí que, apesar de ver-se no Estado o titular da vida do cidadão,
jamais teve o monopólio educacional. Os pais tinham a obrigação de cuidar que seus
filhos se preparassem eficazmente para a vida, mas dentro de um ambiente de liberdade.
Trata-se de um Estado de cultura, de uma organização política atenta sempre ao
desenvolvimento harmónico da personalidade. (. . .) De outro lado, a própria vocação
cultural de Atenas, tão permeável à revolução da ciência e da Filosofia ocorrida no
século VI a.C., e que de modo tão natural elevou o nível intelectual de seus cidadãos,
convertendo-a no centro da cultura helenica, ‘a escola de toda a Grécia’, como disse
Tucidedes. A partir daí foi adquirindo forma o que mais tarde veio chamar-se o
aticismo,isto é, o gosto elegante e equilibrado em todas as atividades humanas."(larroyo,
Francisco. História geral da Pedagogia. São Paulo, Mestre Jou,1970.p.150.)

Em Atenas a educação da criança, durante os primeiros sete anos, estava


inteiramente a cargo da família. A educação na família, no entanto, não tinha um caráter
tão elevado quanto em Esparta. Em Atenas,geralmente a criança era entregue aos
cuidados de amas e escravos, enquanto as mães espartanas eram famosas em toda a
Grécia pelo elevado nível do treino físico e moral que davam a suas crianças.
O menino ateniense, mal deixava os cuidados da ama, era entregue aos cuidados
de um pedagogo. Os pedagogos eram escravos ou servos a quem os atenienses
confiavam as crianças. A palavra pedagogo (de pais, paidós = criança; agein =
conduzir) designa em sua origem o condutor de meninos; por isso eram chamados de
pedagogos os escravos encarregados de guiar as crianças à escola.O menino ateniense
frequentava dois tipos diferentes de escolas: a escola de música e a escola de ginástica
ou palestra.

OS SOFISTAS (450-400 A.C.)


De 500 a 449 a.C. os atenienses enfrentaram um período de guerras - as guerras
médicas - contra os persas. Passadas essas guerras,Atenas alcançou seu máximo
esplendor: ampliaram-se as relações economicas e as atividades comerciais: a
prosperidade material e a cultura dos cidadãos aumentaram rapidamente; a velha
constituição aristocrática já fora substituída (509 a.C.) pela constituição democrática de
Clístenes.
As exigências impostas à educação por tais modificações foram duplas: "Em
primeiro lugar, com o desenvolvimento da liberdade na esfera política, passou-se a
reclamar da educação maior liberdade individual de pensamento e açao. Em segundo
lugar, impôs-se a necessidade de um treino ou educação que habilitasse o indivíduo a
aproveitar-se das oportunidades sem precedentes que se ofereciam para o
engrandecimento e realizações pessoais. (. . .) Porém, na sociedade ateniense,
organizada sob o velho regime, não havia meios para ministrar a educaçao que
proporcionasse ao indivíduo condições de êxito pessoal. Toda a educação existente
preparava apenas para o serviço cívico. Aparece, então, o instrumento necessário, sob a
forma de uma nova classe de professores - os sofistas". (monroe, P. Op. cit., p. 53.)
Os sofistas(de sophós=sábio) surgiram, como sendo a nova classe de professores
que a sociedade exigia. Geralmente os sofistas eram professores ambulantes que
percorriam as grandes cidades. Eles ensinavam as ciências e as artes, com finalidades
práticas, principalmente a eloquência, em troca de uma elevada contribuição financeira.
Muitos sofistas davam apenas uma preparação superficial que, geralmente, consistia em
fornecer a seus alunos discursos feitos sobre certos tópicos, a serem repetidos em
determinadas ocasiões, tais como nos processos perante os tribunais. Transmitiam aos
alunos sentenças inteligentes ou informações fragmentárias para serem utilizadas nos
momentos oportunos. Outros sofistas davam um curso mais completo, que abrangia o
estudo das ciências naturais e históricas da época e um treino em dialética, por meio da
discussão, e em retórica, por meio do discurso público.
Os gregos mais ponderados e conservadores não gostavam dos sofistas; não viam com
bons olhos o fato de eles se autodenominarem sábios e de exigirem remuneração pêlos
seus serviços. Esses dois fatos iam contra dois princípios muito valorizados pêlos
gregos: o primeiro era o princípio de harmonia e reverência e o segundo, o principio de
que a relação entre professor e aluno devia basear-se na estima mútua e não no caráter
económico.
Dessa maneira surgiu, entre os escritores de tendência conservadora, a mais
violenta antipatia contra os sofistas.Os sofistas, em seus ensinamentos, acentuavam de
forma exagerada o valor da individualidade. Entre eles não havia nenhum sistema
comum de ideias. A única ideia comum era que não havia ideias universais nem padrões
universais de conduta. Nas palavras de Protágoras, um dos maiores sofistas, "o homem
é a medida de todas as coisas". Assim o indivíduo situava-se num tal nível de
independência que ficava acima dos deveres do cidadão.
Para os sofistas a moralidade devia basear-se na razão e não, como no antigo
período, no costume e na tradição. "Tais ideias realmente encorajavam a tendência ao
irrestrito individualismo e muito contribuíram para a esmoralização de Atenas." (Id.,
ibid., p. 56.)

OS GRANDES FILÓSOFOS (400-300 A.C.)


A Guerra do Peloponeso (431-405 a.C.), pela qual Atenas perdeu sua posição
controladora do mundo helénico, veio ressaltar, uma vez mais, a importância da força
politico-militar de Esparta e, com isso, as deficiências do sistema ateniense de
educação. Ao mesmo tempo, porém, todos sabiam das limitações da educação
espartana. O problema, portanto, consistia em formular um ideal educativo que pudesse
satisfazer as necessidades institucionais e o bem coletíivo e, ao mesmo tempo,
promovesse o completo desenvolvimento da personalidade. A oportunidade para que os
filósofos gregos reformulassem a teoria da educação nasceu do conflito entre a nova e a
velha educação grega.

SÓCRATES

Sócrates (470-399 a.C.) foi o primeiro filósofo a definir o problema do conflito entre a
velha e a nova educação grega, entre interesse social e individual. Ele tomou como
ponto de partida o principio básico da doutrina sofista: "O homem é a medida
de todas as coisas". Se o homem é a medida de todas as coisas, conclui Sócrates, a
primeira obrigação de todo homem é procurar conhecer-se a si mesmo.É na consciência
individual, diz Sócrates, que se deve procurar os elementos determinantes da finalidade
da vida e da educação. A consciência individual, porém, deveria deixar de fundar-se em
simples opiniões para guiar-se por ideias de valor universal.
"O fim da educação, então, não era dar a informação sem base que, aliada a um
verbalismo superficial e brilhante, constituía o ideal dos sofistas. Era ministrar saber ao
indivíduo, pelo desenvolvimento do seu poder de pensamento. Todo o indivíduo tem em
si mesmo a capacidade de conhecer e apreciar tais verdades como as de fidelidade,
honestidade, verdade, honra, amizade, sabedoria, virtude, ou pode adquirir essa
capacidade. Nesse tipo de conhecimento é que Sócrates se achava interessado — o
conhecimento derivado da própria experiência, o qual constitui a base da boa conduta."
(Id., ibid., p. 59.)
Através de seus ensinamentos, Sócrates procurava demonstrar que o conhecimento das
verdades universais era a base de toda ação virtuosa. Assim, cada indivíduo deveria
adquirir a capacidade e-.formular tais, verdades. O método utilizado por Sócrates para
chegar a tais verdades consistia em fazer perguntas para obter, dessa forma, as opiniões
do interlocutor.
Depois, através de outras perguntas, levava o interlocutor a descobrir por si mesmo a
contradição e o absurdo das opiniões apresentadas. A primeira parte do método de
Sócrates — fazer perguntas para obter a opinião do interlocutor — é a ironia. Ironia, do
grego eironeía, significa perguntar, fingindo ignorar, para rir-se dos outros. A segunda
parte — fazer outras perguntas para levar o interlocutor a descobrir a verdade — é a
maiêutica, que significa parto ou partejamento (do grego maieutikós). Maiêutica é a arte
de fazer nascer as ideias.
As principais contribuições de Sócrates para a educação foram as Seguintes:

• O conhecimento possui um valor prático ou moral, isto é, um valor de natureza universal e


não individualista.
• O processo objetivo para obter-se conhecimento é o de conversação; o subjetivo é o de
reflexão e organização da própria experiência.
• A educação tem por objetivo imediato o desenvolvimento da capacidade de pensar, não
apenas de ministrar conhecimentos.
PLATAO
Platão (428-348 a.C.) foi outro grande filósofo que teve muita influência sobre a
educação grega. Ele concordou com Sócrates sobre a necessidade de se procurar uma
nova base moral para a vida; concordou também que essa nova base deveria se
encontrar em ideias e na verdade universal.

Com relação ao método, Platão aceitou e desenvolveu a dialética de Sócrates; ele


a definiu como sendo um "contínuo discurso consigo mesmo". Nesse sentido, a
educação seria um processo do próprio educando, mediante o quãrsao dadas a luz as
ideias que fecundam sua alma. A educação, portanto, consiste na atividade que cada
homem desenvolve para conquistar as ideias e viver de acordo com elas. O
conhecimento não vem de fora para o homem; conhecimento é o esforço da alma para
apoderar-se da verdade.
O papel do educador consiste em promover no educando o processo de
interiorização graças ao qual ele pode sentir a presença das ideias. A realidade, para
Platão, nada mais é do que a ideia que se realiza ou atualiza. Ele compara o mundo
sensível a uma caverna iluminada por grande fogueira, onde se encontram homens
imóveis, encadeados, de costas voltadas para as chamas. Os objetos e os seres que
transitam fora da caverna projetam sobre o fundo iluminado das pedras suas formas
mais ou menos alteradas. Toda a visão dos homens na caverna se reduz a sombras, e
nisso reconhecem a única realidade. Libertados os cativos, e voltando eles os olhos para
a luz meridiana, não perceberão, senão confusamente, os objetos cuja sombra era para
eles a única realidade existente.O despertar para o mundo das ideias é um processo
gradual.
Na educação deve-se levar em conta tanto o corpo como o espírito. Os
exercícios corporais, a cultura estética e moral, e a formação científica e filosófica
devem constituir o conteúdo da educação. "A boa educação é a que dá ao corpo e à alma
toda a beleza, toda a perfeição de que são capazes." Uma diferença que convém
ressaltar entre Platão e Sócrates refere-se ao aspecto de quem tem capacidade para
adquirir conhecimentos. Enquanto Sócrates afirmava que todos têm essa capacidade,
Platão afirmava que apenas algumas pessoas a possuem Para Platão a visão da verdade
eterna era uma função de um sentido especial, ou de um sexto sentido, um "sentido para
ideias".
"Por isso, enquanto a influência de Sócrates se adaptou à tendência democrática
da época, a influência de Platão foi mais reacionária. Em seus planos ideais de educação
ele retornou a um governo aristocrático de natureza socialista. Nessa república ideal os
filósofos eram os governadores. O filósofo é que conhece o bem supremo. Só ele pode
determinar em que extensão a existência fenomênica se aproxima da ideia e atinge
assim o bem." (Id., ibid., p. 63.)
ARISTOTELES
Aristóteles (384-322 a.C.), outro grande filósofo grego, apresentou uma visão
bastante diferente da de Sócrates e Platão. Enquanto estes dois afirmavam que a posse
do conhecimento pelo indivíduo constituía a virtude, Aristóteles afirmava que a virtude
está na conquista da felicidade e do bem.
A virtude não consiste no simples conhecimento do bem, mas na sua conquista.
E o bem, na sua integridade, resume-se em bem ser e bem fazer. O bem ser é o bem do
intelecto, ligado intimamente à posse da verdade universal da escola platónica.
O bem fazer é o bem da ação adquirido através do hábito, e representa o aspecto
social do ideal aristotélico. O bem fazer consiste no funcionamento, na vida social, das
ideias ou princípio de conduta de validez universal.
felicidade, que é o bem supremo, consiste em realizar o que é específico do
homem, isto é, a razão. A plena realização do elemento racional humano supõe a
realização nos mais diversos aspectos, tais como saúde, fortuna, situação social, etc.
Aristóteles desenvolveu seu conceito de educação partindo da ideia de imitação.
O que nós animais é apenas capacidade imitativa, no homem se converte numa arte. O
homem se educa na medida em que copia a forma de vida dos adultos. Eles e educa
porque atualiza suas energias. Segundo a doutrina da potência e do ato de Aristóteles, a
educando é potencialmente um'sábio -e,, com a educação, ele atualiza (converte em ato)
o que é suscetível de desenvolver.
Para Aristóteles, os fatores da educação humana são os seguintes: as disposições
naturais (natura), os meios para aprender (are) e a prática ou hábito para afirmar o
assimilado (exercitatio).

Assim, o processo de ensino deve corresponder ao seguinte plano metódico:


• O mestre deve, em primeiro lugar, expor a matéria do conhecimento.
• Em seguida tem de cuidar que se imprima ou retenha o exposto na mente do aluno.
• Por fim, tem de buscar que o educando relacione as diversas representações mediante o
exercício.
Dante Alighieri (1265-1321) denominou Aristoteles “o mestre daqueles que sabem”.
Realmente Aristóteles foi o primeiro grande cientista, o maior sistematizador que o
mundo conheceu. Tão grande foi a influência de Aristóteles que muitos termos da nossa
linguagem diária atual têm origem em seu pensamento. Palavras como fim, indicando o
propósito finai, e causa', os termos forma, matéria, principio, motivo, faculdade,
energia, hábito, categoria, meio; as expressões causa final e causa eficiente; o sentido
de substância sacidente, de ato s potência, etc, são o resultado de seus esforços para
sistematizar o conhecimento humano em todos os campos então investigados.
O PERÍODO COSMOPOLITA DA EDUCAÇÃO .GREGA (300 A.C.-...)
Tão grande foi a influência da cultura grega que se costuma designar por época
helenística o período histórico que se estende desde a morte de Alexandre Magno (323
a.C.) até a conquista do Egito pelos romanos (30 a.C.). Dois fatos caracterizam tal
época: um é de ordem política, ou seja, o império de Alexandre se desmembra em
vários reinos; o outro, de ordem cultural: a civilização grega se espalha por todo o
império.
A helenização do mundo provocou, em grande parte, a perda da pureza helénica.
Não é menos verdade, porém, que com essa expansão a cultura grega se enriqueceu em
muitos aspectos. Algumas cidades chegaram a superar Atenas como centros de atração
de artistas e sábios.Entre elas podemos citar Alexandria, no Egito; Péfgamo, na Ásia
Menor; e Antioquia, na Síria.
Após a morte de Aristóteles, que foi mestre de Alexandre Magno a educação
grega sofreu diversas mudanças. No domínio do saber ganhou terreno o gosto pela
investigação particular (Arquimedes, Aristarco e outros).
"Primeiramente surgiu o conceito de uma instrução que acolhia simultaneamente
os produtos das ciências particulares e mediante a, qual tinha de transmitir-se aos
homens livres a formação cultural. Este é o ideal da enkyclia mathémata e dos enkyclios
paidéía. A palavra enkyclios, da qual se serviu Aristóteles, designa o habitual e geral.
Enkyclios paidéia é, pois, o saber que tem de ser exigido em todo homem culto;
reunidas, formam 'a palavra enciclopédia." (dilthey,W. Apud larroyo, F. Op. cit., p.
186.)
Na época alexandrina, a ciência grega, sobre a qual se edificaram a cultura científica e a
educação ocidentais, achava-se organizada da seguinte forma:
• Conhecimentos filológicos: Gramática, Retórica. e Dialética. A este grupo chamou-se
mais tarde o trivium.
• Conhecimentos reais: Aritmética, Geometria, Teoria Musical e Astronomia. Estas
quatro disciplinas receberam o nome de quadrivium.
• Filosofia (Metafísica, Ética, Política, etc.) e Teologia. Graças à obra dos gregos,
durante este período, o saber tornou-se universal. Como consequência surgiram novos
tipos de instituições educativas. Os principais foram as escolas de retórica, as da
dialética e de filosofia, e as universidades.
As universidades foram fruto das escolas filosóficas e retóricas. Embora
existissem diversos grupos de escolas, somente duas receberam o título de universidade:
a Universidade de Atenas — que resultou da combinação da Academia (escola
peripatética fundada por Aristóteles) com a escola estóica — e a Universidade de
Alexandria. Durante os primeiros séculos da era crista a Universidade de Alexandria
superou a de Atenas como centro intelectual do mundo.
Após a conquista romana (146 a.C.) a cultura grega foi rapidamente assimilada
pelos conquistadores. Assim, a educação romana foi em parte um aspecto da educação
cosmopolita grega.

A EDUCAÇÃO ROMANA

Os romanos tinham uma mentalidade prática; procuravam alcançar resultados concretos


adaptando os meios aos fins. Enquanto os gregos julgavam e mediam todas as coisas
pelo padrão da racionalidade, da harmonia ou da proporção, os romanos julgavam tudo
pelo critério da utilidade ou da eficácia. "Por isso os romanos sempre consideraram os
gregos como um povo visionário e ineficiente, enquanto os gregos consideravam os
romanos como bárbaros sórdidos, com força de caráter e valor militar, mas incapazes de
apreciar os aspectos superiores da vida." (monroe, P. Op. cit., p. 77.)
O Ideal Romano De Educação
O ideal romano de educação decorre, principalmente, da concepção de direitos e
deveres. O cidadão romano tinha os seguintes direitos:
• o direito do pai sobre os filhos (pátria potestas) ,
• o direito do marido sobre a esposa (manus),:
• o direito do senhor sobre os. escravos (potestas dominica) ;
• o direito de um homem livre sobre o outro que a lei lhe dava por contrato ou por
condenação judiciária (manus capere) ;
• o direito sobre a propriedade (dominium).
A tais direitos correspondiam os deveres. E para cumprir seus deveres o cidadão romano
precisava possuir uma série de aptidões e virtudes. Desenvolver tais,aptidões, era o
papel da educação.
E quais eram essas aptidões e virtudes? As principais eram as seguintes:
• a piedade ou a obediência, que incluía tanto a ideia religiosa de reverência como a
noção de respeito à autoridade paterna;
• a varonilidade ou firmeza, que atualmente chamamos de caráter (constantia); era uma
virtude muito valorizada entre os romanos;
• a bravura ou a coragem, que impelia o romano a nunca abandonar voluntariamente
uma luta antes de ter vencido;
• a prudência, que devia ser utilizada principalmente na direção dos negócios
particulares;
• a honestidade, que consistia principalmente na perfeita conduta em todas as relações
econômicas;
• a seriedade (gravitas), que incluía a sobriedade na conduta, a compostura.
Para o indivíduo, todas essas virtudes estavam reunidas no ideal do dever; para o
Estado, no ideal de justiça.
A FAMÍLIA COMO CENTRO DA EDUCAÇÃO ROMANA
Numa educação centralizada na formação do caráter moral das pessoas, é
evidente que a família desempenha papel muito importante.O pai é o principal
responsável pela educação dos filhos, mas o caráter Pratico do povo romano atribui
especial importância à mulher nessa tarefa e em outras relacionadas com o lar. A
situação da mulher em Roma era mais elevada do que no restante dos impérios da
Antiguidade.
Embora não chegasse a participar da vida pública, a mulher exercia grande
autoridade dentro da família. Era comum, na educação de crianças e jovens, serem
apresentados Exemplos concretos da virilidade romana. Nenhum outro povo utilizou
Tão eficazmente as personalidades de importância de sua própria história E o modelo
ideal era em primeiro lugar, o ancestral da família,depois o da comunidade.
A IMITAÇÃO COMO MÉTODO DE EDUCAÇÃO
Enquanto os heróis gregos eram semideuses que dificilmente poderiam ser imitados, os
heróis romanos, ao contrário, podiam ser imitados por todo menino romano. Por isso a
característica fundamental do método da educação romana era a imitação.O jovem
romano tinha de tornar-se piedoso, respeitoso, corajoso,varonil, prudente, honesto pela
imitação de seu pai e de outros romanos cujo heroísmo merecera ser consagrado pelas
lendas e histórias do país.Esses heróis, convém ressaltar, eram homens reais que
andavam nas ruas de Roma e se reuniam no Fórum.
Com relação ao método, outro aspecto que se destaca é que os romanos
rejeitavam como sinais de afeminação, o treino ginástico,a dança, a música, a literatura,
enfim todos os meios educativos utilizados pelos gregos. "Entre os romanos não havia
ginásios. Promovia-se o desenvolvimento físico nos campos marciais e no
acampamento, e por meio de exercícios militares completados pela prática real da
participação na vida rural. De qualquer forma a educação dos meninos era feita ou por
um aprendizado dos ofícios de soldado, de agricultor, de estadista, ou pela participação
direta nas atividades que lhes seriam requeridas como cidadãos. O método romano era,
pois, o método característico da educação prática – Aprendia-se fazendo a coisa que se
tinha_de_fazer." (Id., ibid., p. 81-2
A PRIMITIVA EDUCAÇÃO ROMANA (753-250 A.C.)
Durante esse período predominaram de maneira especial os aspectos que
acabamos de mencionar sobre a educação romana. O lar era praticamente a única
escola. Bem cedo, porém, o menino tornava-seo companheiro de seu pai nos negócios
públicos e privados, na rua,no Fórum e no acampamento.Dava-se especial importância à
educação moral. A disciplina era severa e os ideais eram_seguidos rigorosamente.
Durante a ultima parte desse período surgiram as escolas elementares que
passaram a ministrar os rudimentos das artes de ler, escrever e contar; Estas escolas
eram conhecidas como ludi, palavra latina que significa jogo, divertimento ou
brinquedo.Receberam esse nome por que a instrução nas artes de ler e calcular
representava uma "diversão"quando comparada com a educação no lar. O mestre dessas
escolas tinha o nome de ludi-magister
A INTRODUÇÃO DAS ESCOLAS GREGAS (250-50 A.C.)
Através de suas vitórias militares, os romanos estenderam seu domínio pela Itália e fora
dela. A Grécia, ao ser transformada em província romana (146 a.C.), passou a influir
decisivamente sobre a cultura do conquistador.O contato seguido com outros povos fez
com que a educação romana deixasse de ser estritamente nacional e passasse a receber
grande influência de outros elementos culturais.
"Os militares, comerciantes e diplomatas necessitavam do conhecimento da
língua grega para melhor desempenho de seus empreendimentos; a guerra e a política se
tornaram cada vez mais complexas e difíceis; a jurisprudência foi se convertendo numa
disciplina que exigia certos conhecimentos não mais suscetíveis de serem aprendidos
pela audição das dissertações públicas; por fim, a arte oratória chegou a ser o meio mais
eficaz para ocupar as magistraturas ou influir poderosamente na vida social.Como se
pode compreender, a velha escola do ludi-masisteja nao podia satisfazer por si
mesma .as novas exigências; junto dela se foi gerando um novo tipo de instituições."
(larroyo, F. Op. cit.,p. 207-8.)
Podemos citar como exemplos de tais instituições as escolas gregas de gramática
e de retórica. Posteriormente, a escola de retórica latina abriu campo mais vasto
para_esse tipo de educação, atingindo maior parcela da população.
O INÍCIO DO PERÍODO IMPERIAL (27 A.C.-200 D.C.)
Sob o Império, que teve início em 27 a.C., após o término da República, ocorreram
importantes acontecimentos históricos que precisamos ter presentes para entender as
transformações da educação romana. Graças à prosperidade material, surgiram o luxo e
uma aguda visão de classes sociais. Muitos ex-escravos, libertos, chegam a ser
poderosos. Os que exercem profissão produtiva, como os mestres, os artistas e os
artesãos, vivem à custa dos ricos, aos quais rendem honras.Com as mudanças históricas
a cultura grega continua se impondo nos mais diversos aspectos da vida romana. O tipo
de saber que tinha maior aceitação no período imperial era a retórica'. E os gregos eram
os grandes mestres nessa arte.
A escola do retórico em Roma, a exemplo da escola dos sofistas ou da dos
últimos retóricos gregos, ministrava um treino completo em oratória as escolas de
retórica eram frequentadas por aqueles que pretendiam dedicar-se a uma carreira
pública. Para o romano a oratória era o meio através do qual ele podia tornar o seu saber
útil para os seus semelhantes. Os grandes guerreiros da época eram também grandes
oradores. E, muitas vezes, eles eram grandes líderes porque eram grandes oradores: "O
orador era maior que o filósofo, porque o orador incluía o filósofo. As funções
desempenhadas na sociedade moderna pelo púlpito, imprensa, tribuna pública e
judiciária, debate legislativo,mesmo pela universidade, eram naqueles tempos
desempenhadas pelo orador”.(MONROE, P. Op. cit., p. 87.)
Com o tempo a educacâo retorica se transformou num simples treino para
aquisição de habilidades de falar em público, sem se preocupar com o conteúdo do
discurso. Por esse motivo muitos pensadores passaram a censurar tais escolas. Para
preencher essas deficiências surgiram o estudo da ciência do Direito e da Filologia.
Assim, passou a se tornar indispensável uma formação sistemática do jurista e
magistrado.Surgiram também os professores de Direito. Roma e Constantinopla tiveram
os melhores centros docentes desse genero, junto aos quais floresceram as escolas de
filósofos e os institutos helenísticos, onde se desenvolviam as ciências particulares.Tais
instituições, por sua vez, tornaram possível o surgimento das universidades em Roma. A
fundação do Ateneu - centro de cultura no qual retóricos e poetas instruíam a juventude
- pelo imperador Adriano foi o primeiro passo para a organização das universidades. As
universidades romanas surgiram não apenas para reunir diversas disciplinas, mas
principalmente_para reunir professores e alunos que a elas se consagravam.Na época
imperial o sistema de ensino romano compreendia os seguintes graus:
1°) as escolas dos ludi-magister, que ministravam a educação elementar;
2°) as escolas do gramático, que ensinavam grego e latim e que correspondem ao que
hoje chamamos de curso secundário;
3°) os estabelecimentos de educação terciária, que se iniciaram com a escola do
retórico e que, acolhendo o ensino de Direito
e de Filosofia, converteram-se numa espécie de universidade.
O DECLÍNIO DA EDUCAÇÃO ROMANA
O que mais caracteriza a decadência da educação romana é o fato de ela ter passado a se
limitar à classe mais elevada. “A educação já não se destina a ser a educação prática de
todo o povo, mas o ornamento de uma sociedade oca, superficial e geralmente corrupta
já nao é um estádio de desenvolvimento possível para um povo inteiro, ou para
indivíduos de dada categoria, mas a simples obtenção ou mesmo mera insígnia de
distinção de uma classe favorecida. Quando o antigo vigor político e as oportunidades
para as atividades políticas desapareceram, quando o governo municipal se tornou mera
máquina para coletar impostos, quando o exército se encheu de bárbaros, a classe
superior,agora mais numerosa do que nunca, voltou-se para o único traço remanescente
da primitiva Roma imperial — sua cultura." (Id., ibid., p. 91.)
Assim, a educação ministrada pela primitiva Igreja Cristã veio,gradualmente,
substituir a decadente educação romana. Esta, mesmo mantendo sua estrutura apôs os
bárbaros terem conquistado o Império Romano do Ocidente, em 476 d.C., perdeu a sua
importância social.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Procurei objetivar a História da Educação na Grécia e em Roma, não deixando
de explorar outros fatores importantes para explicar esse estudo, tais como a cultura, a
política, a economia e também a própria educação. “As virtudes (virtutes) têm sua
origem nos romanos, a cultura (doctrinae) nos gregos.” CICERO, aput Manacorda,1989,
p. 73

A Influência Grega
A contribuição dos gregos para a humanidade abrange todos os setores da vida humana.
Eles fundaram a filosofia. As reflexões de Sócrates sobre a natureza e o homem e os
sistemas criados por Platão e Aristóteles tornaram imortal o pensamento grego. Seu
teatro chega ate nós cheio de vida. Demóstenes, mestre da oratória. O esplendor da arte
ainda pode ser admirado nas ruínas do Paternon na Acrópole de Atenas. Na ciência, a
matemática de Euclides e os teoremas de Tales ou Arquimedes se incorporaram ao
patrimônio cultural da humanidade. Hipócrates, o mais ilustre médico da antiguidade,
impulsionou o conhecimento do corpo humano.
O regime democrático de Atenas serviu de exemplo para todos os povos. Os
gregos alimentaram também o ideal cívico, o amor à pátria, ao regime político e à
família, e nos deixaram ainda o ideal esportivo.
A Influência Romana
A influência da cultura Romana é muito forte em nosso meio, principalmente na
língua latina, na engenharia, no direito e na forma de organização do governo. Por isso,
neste tópico veremos alguns aspectos relacionados a história da origem de Roma, à
educação e à influência do cristianismo no processo educativo.
Com a propagação do cristianismo, o poder da igreja sobre a educação tornou-
se, mais uma vez, quase que absoluto. Com o poder sobre a educação, Roam tinha dois
objetivos em mente: o de formar homens da igreja e o de formar cavalheiros. Para o
primeiro grupo, as sete artes liberais: a retórica, a gramática, a música, a dialética, a
aritmética, a geometria e a astronomia eram indispensáveis. Ao segundo grupo, no
entanto, estas artes não eram inteiramente negadas, porém, eles eram mais exigidos
quanto às práticas de caça, montaria, natação, persuasão e prática com arco e flecha,
bem como a escrita em verso, e, alguns dizem, a jogar xadrez.
Postado por: Fabiola Mathias

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