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DISSERTAÇÃO APRESENTADA EM
CUMPRIMENTO DAS EXIGÊNCIAS
PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE
LICENCIATURA EM TEOLOGIA.
SETEMBRO 2014
INSTITUTO SUPERIOR DE TEOLOGIA EVANGELICA NO LUBANGO
Banca de Júri:
Professor _____________________________________(Mestre em Teologia)
Professor _____________________________________(Doutor em Teologia)
Professor _____________________________________(Mestre em Teologia)
Avaliação do trabalho:
Trabalho escrito_________
Defesa oral_____________
Média_________________
A Deus todo-poderoso por ter traçado este mapa da vida a meu favor e a Jesus
o meu grande advogado que sempre nos livrou dos espinhos aprontados. A ele seja a
hora a gloria e o poder para sempre Amem.
A ti querida mãe Lúcia Rosa Fernando pela capacidade que tiveste de nos
tornar homem de valor que sabe respeitar e valorizar as pessoas. Que Deus saiba te
recompensar pelas tuas lutas.
A vós que ao longo da vida contribuíram de forma especial: Rodrigues Dumba
e Esposa, Adérito e Sandra Cavala, Aires e Adriana Celestino, Daniel e Ruth Reais,
Amândio e Delfina Sapalo, Horácio e Lauriana Pestana. Deus seja exaltado por
fazerem parte da jornada.
A todos que em terras altas da Chela nos trataram como filho amigo e família:
Eduardo e Julina Chiquete, Bernardo e Feca Mussango, Graciano e Elisabeth
Viliengue, Nelson e Joséfina Pinto de Jesus, Avelino e Madalena Rafael, Isaías e
Paula Chicola, José e Adelaide Luacute, Sheila F. Fabiano, José e Rosa Badukila,
Domingos e Mariana Aguinaldo, Adalberto e Eunice Chiquete. O meu muito obrigado
por tudo.
Aos companheiros de jornada meus amados colegas de turma: Rebeca Luís,
Clarice Ngueve G. Maurício, Edmundo Nguza, Adriano Carlos, José Mussango
“Candengue” Teresa David, Esperança Vunge. Sempre vou me lembrar dos nossos
bons momentos.
A ti meu tutor José Luacute que desde sempre admirei a sua capacidade de
pesquisa organização e reflexão que Deus continue a aumentar sua sabedoria.
A família José e Suzana Abias pela oportunidade que nos deram como família
em ampliar o nosso horizonte ministerial através da viagem na África Austral. Deus
seja louvado por isso.
A Igreja da UIEA através do seu Presidente Reverendo Eduardo Chiquete a sua
grande equipa que me deram esta oportunidade de aprender para melhor servir.
Ao ISTEL através do seu Director Avelino Rafael que desde cedo acreditou em
mim dando me oportunidade para crescer em todas as áreas da vida.
LISTA DE ABREVIATURAS
Conteúdo
DEDICATÓRIA 4
AGRADECIMENTOS 5
LISTA DE ABREVIATURAS 7
INDICE 8
INTRODUÇÃO 11
1. TEMA....................................................................................................................................................... 11
2. JUSTIFICATIVA.................................................................................................................................... 11
3. PROBLEMA.......................................................................................................................................... 12
4. OBJECTIVO DA PESQUISA.......................................................................................................... 13
5. HIPÓTESE.............................................................................................................................................. 13
6. DELIMITAÇÃO................................................................................................................................... 13
7. RELEVÂNCIA...................................................................................................................................... 14
7.1. Pessoal e ministerial.......................................................................................................................... 14
7.2. Comunitá ri............................................................................................................................................. 14
7.3. Científica................................................................................................................................................. 14
8. RACIONALIDADE............................................................................................................................ 14
9. METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................................................ 15
9.1. Pressupostos metodoló gicos.......................................................................................................... 15
9.2. Sumá rio................................................................................................................................................... 15
CAPÍTULO I-CAPELANIA À LUZ DA BIBLIA. 17
1.1. Capelania no Antigo Testamento 17
1.1.1.Conceitos................................................................................................................................................ 17
1.1.2.Deus como capelã o no Antigo Testamento..............................................................................18
1.1.3.Deus como assistente dos profetas.............................................................................................. 22
1.1.4.Deus como assistente do profeta Jeremias............................................................................... 23
1.1.5.Deus como assistente em Ezequiel.............................................................................................. 23
1.2. Capelania no Novo Testamento....................................................................................................... 23
1.2.1.Capelania no Livro de Actos........................................................................................................... 24
1.2.2.Capelania nas cartas Paulina.......................................................................................................... 25
Conclusã o Parcial........................................................................................................................................... 26
CAPÍTULO II - EM BUSCA DO ENTENDIMENTO SOBRE CAPELANIA. 27
2.1. Definições 27
2.1.1.Capelania................................................................................................................................................ 27
2.1.2. O Capelão................................................................................................................................................ 29
2.2.3.Capelania Prisional............................................................................................................................. 32
2.2.4.Capelania Escolar................................................................................................................................ 32
2.2.5.Capelania na Universidade............................................................................................................. 33
2.2.5.1. O surgimento da Aliança Bíblica Universitá ria Internacional................................35
2.2.5.2. Histó ria Objectivos e estratégias de trabalho da ABUB............................................36
2.2.5.3. Histó ria, objectivos e estratégias de trabalho do GBECA.........................................36
2.3. Estratégia de capelania universitá ria Cristã ............................................................................ 38
2.4. Estudos Sociológicos sobre capelania............................................................................................ 39
Conclusão Parcial 40
CAPÍTULO III - ESTUDOS EMPIRICOS SOBRE CAPELANIA 41
3.1. Caracterização do Município do Lubango....................................................................................... 41
3.2. Apresentação e Análise dos Resultados do Inquérito...................................................................42
3.2.1. O Perfil dos Inqueridos.................................................................................................................... 42
Tabela nº1- Idade dos Inqueridos........................................................................................................... 43
Tabela nº 2- Formaçã o Académica dos Inqueridos.......................................................................... 43
Tabela nº 3- Igreja a que pertence o Inquerido................................................................................. 43
3.2.2. Apresentação das Respostas dos Inquiridos................................................................................. 44
3.2.3. Conceito sobre Capelania................................................................................................................ 45
Tabela nº4 - Para pastores - Questõ es nº 1,2...................................................................................... 45
Tabela nº 4 - Para estudantes - Questõ es nº 1,2................................................................................ 46
3.2.4. A existência e a efectividade do ministério na cidade.........................................................47
Tabela nº5- para pastores - Questõ es 3,4,5,6,7.................................................................................. 47
Tabela nº5 - Para estudantes - Questõ es 3,4,5,6,7 e 8..................................................................... 49
3.2.5. Quando e como é feito na Igreja e na universidade..............................................................51
Tabela nº6 - Para pastores. - Questõ es nº 8,9,10,11........................................................................51
Tabela nº6 - para estudantes - Questõ es 9,10,11 e 12....................................................................52
Tabela nº 7-Para pastores - Questõ es 12,13,14 e 15.......................................................................53
Tabela nº 7 - para estudantes - Questõ es 13,14................................................................................ 54
3.3. Analise dos resultados do Inquérito................................................................................................... 55
3.3.1- Conceito sobre capelania................................................................................................................ 55
3.3.2- A existência e a efectividade do ministério na cidade........................................................55
3.3.3- Quando e como é feito aos Universitá rios na Igreja............................................................56
Conclusão Parcial 56
CONCLUSÃO GERAL E RECOMENDAÇÕES. 57
Adenda................................................................................................................................................................ 58
RECOMENDAÇÕES 59
Para as Igrejas Evangélicas do Lubango............................................................................................... 59
Para os Pastores Evangélicos no Lubango........................................................................................... 59
Para o Grupo Bíblico de Estudantes Cristã os de Angola (GBECA).............................................60
Para o Instituto Superior de Teologia Evangélica no Lubango (ISTEL)...................................60
BIBLIOGRAFIA. 61
Anexo 1- FICHA DE INQUÉRITO PARA PASTORES 63
Anexo 2-FICHA DE INQUERITO ESTUDANTES 66
INTRODUÇÃO
1. TEMA
2. JUSTIFICATIVA.
Antes de abordar o tema, Capelania aos Estudantes Universitários Cristão: Um desafio
para liderança eclesiástica no Lubango. Gostaria de definir o termo: “Capelania”. Para o
entendimento do nosso tema.
Segundo Aurélio (1986:341) “Capelania como um cargo ou dignidade que o capelão
desempenha” Pereira (2009:2) Capelania:
Olhando para a nossa realidade, constata-se que pouco ou nada tem se feito para a
capelania a universitários. Vê-se estudantes quase sem nenhuma orientação e apoio espiritual.
E quando vão à universidade acabam se desviando. Porque quase não existe um ministério
eclesiástico vocacionado. O Grupo Bíblico de Estudantes Cristãos de Angola (GBECA) tem
feito alguma coisa, como: evangelizar os estudantes por meio de palavra e da demonstração
pratica de vivencia cristã; prepara os membros para que esses possam usar toda sua vida, dons
e treinamento para servir a Deus ao próximo, à igreja e a sociedade; procura manter o
equilíbrio entre o crescimento intelectual e espiritual através do estudo da Bíblia; promovendo
palestras, retiros seminários, acampamentos e outras actividades. porém, sem muito apoio da
liderança em Angola.
Pereira (2009:2) falou da capelania, no entanto, numa perspectiva geral Fields
(2003:137) ao falar da capelania na universidade disse: “cuidar de estudantes significa
dedicar-se a ajuda-los a crescer no seu relacionamento com Deus”.
3. PROBLEMA.
De uma forma geral, nota-se uma debilidade de valores cristãos aos estudantes cristãos
Universitários. Acreditamos que o problema consiste no fraco apoio e acompanhamento
espiritual dos estudantes pela liderança eclesiástica. Pedro na sua primeira carta capítulo 5.2
disse: “pastoreai o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por eles, não por
obrigação, mas de livre vontade como Deus quer” (NVI).
Constatando que a capelania a universitários não tem sido algo real, questiona-se: Que
implicações traz na vida da comunidade quando a liderança não faz o acompanhamento e nem
apoia espiritualmente os estudantes cristãos universitários? Qual devia ser o papel da igreja
perante essa realidade?
12
4. OBJECTIVO DA PESQUISA.
5. HIPÓTESE.
6. DELIMITAÇÃO
13
Acreditamos, que existem alguns cristãos cuja vida tem provocado um impacto
positivo na Universidade através do seu testemunho de vida. Mas neste trabalho, cingir-nos-
emos a identificar os principais problemas que contribuem para a falha dos cristãos, de
encontrarem mecanismos para tratar do problema e apresentar propostas para a mudança. A
nossa delimitação geográfica, é o Município do Lubango na Província da Huíla e num
horizonte temporal de 2002 a 2013. Teremos uma amostra de 60 pessoas dirigido as Igrejas da
UIEA, IESA, IEIA, e IECA, por ser igrejas centenárias e com maior numero de estudantes
universitários
7. RELEVÂNCIA
7.1. Pessoal e ministerial
A realização desta pesquisa será de grande importância para a vida da igreja angolana,
por ser a concretização de um projecto que teve o seu primeiro passo quando frequentamos o
ensino médio. A pesquisa que por nós será realizada é de grande valia para o nosso futuro
ministério. Pois que o nosso desejo é ajudar a igreja a compreender este desafio de capelania.
E a partir disso encontrar respostas adequadas para o desafio que nos é proposto.
7.2. Comunitária.
7.3. Científica.
Este trabalho de pesquisa poderá ser de grande valor para a educação cristã na área de
Teologia Pastoral, no sentido de preparar profissionais de Capelania Universitária.
8. RACIONALIDADE.
O nosso desejo, é apresentar, a questão da Capelania aos Estudantes Universitários
Cristão como; um desafio para liderança eclesiástica no Lubango. No entanto, a nossa
pesquisa, estará orientada na área de teologia prática, visualizando referências teóricas que
nos darão auxílio para um trabalho mais relevância, na Teologia Pastoral da igreja local.
14
9. METODOLOGIA DA PESQUISA.
A nossa pesquisa será bibliográfica ligada à pesquisa empírica, que terá origem primária
a Bíblia e como fonte secundaria as ideias de autores que já se debruçaram sobre a questão da
capelania
Nosso trabalho será dividido em duas partes: Pressuposto teórico e pressuposto prático.
1)Colecta de dados: por meio de pesquisa bibliográfica em bibliotecas da cidade do
Lubango, usando fontes bíblicas (Dicionários Bíblicos, Léxicos, Comentários e enciclopédias)
para a área teológica, iremos revisar a literatura que explica a questão da Capelania e
aconselhamento para termos uma visão crítica do assunto que iremos reflectir no nosso
contexto.
Como o nosso estudo precisa ser comprovado empiricamente, iremos elaborar um
inquérito que servira para recolher informações referentes aos dados dos pesquisados (sexo,
idade, igreja a que pertencem, formação académica) junto de um roteiro de perguntas semi
estruturado (com perguntas abertas e fechadas) que servirá de orientação para nós como
pesquisadores e para os pesquisados, na delimitação do nosso trabalho;
2)Análise dos dados: Os primeiros dois capítulos servirão de referência teórica que vão
auxiliar na busca da melhor compreensão da questão da Capelania. No entanto, as perguntas
serão analisadas valorizando não apenas o conteúdo das mesmas como também o discurso em
geral;
3)Organização dos dados: Os resultados da pesquisa foram apresentados em duas partes:
teórica e prática. Com isto enfatizamos a necessidade de combinar a teoria e à pratica para que
a questão da Capelania seja tomada como algo de grande responsabilidade por parte da igreja.
9.2. Sumário.
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No terceiro capítulo, trabalhamos com a pesquisa empírica. Onde o nosso estudo de
caso, foi feito com os membros estudantes Universitários das igrejas seleccionadas.
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CAPÍTULO I-CAPELANIA À LUZ DA BIBLIA.
1.1.1. Conceitos
O auxilio indicado por essa palavra, é humano e divino. O significado é bem parecido com
o da forma masculina. Em oito vezes (Jz 5.23; 2 Cr 28.21; Is 20.6; 31.1-2; Jr 37.7; Lm 4.17;
Na 3.9) ela denota ajuda militar que se revela ineficaz. Quando usada para designar o
auxilio divino, ela é vista em afirmações (Sl 22.19;27.9; 40.17) ou em súplicas (Sl
35.2;44.26) sendo que a gravidade do assunto se vê no clamor para que a resposta seja
rápida (Sl 22.19; 38.22; 40.13; 70.1; 71.12) no entanto, nestas condições a ajuda humana é
vã.
Ainda segundo Harris em vez de “ezer”, a IBB lê “nezer” e traduz por “coroa” que
indica a ideia de ajuda ou assistência que as vezes é empregado num sentido concreto para
designar aquele que presta ajuda (Cf. Gn 2.18,20, que apresenta Eva como “auxiliadora” de
Adão.).
Mas que em geral essa palavra é usada para designar o auxilio divino e este auxilio é
tanto ajuda material como espiritual.
Quando lemos a Bíblia, no Antigo Testamento, percebemos que existem vários casos de
apoio e assistência ao ser humano. E isto começa quando Deus coloca o homem no jardim.
Deus não deixou de dar assistência e apoio a este ser humano Genesis 3:8-9 mostra-nos que
Deus sempre vinha todas as tardes dar assistência ao Homem que ele mesmo colocara no
jardim. Pois que, antes de pecar, o Homem acolhia as bondosas visitas de Deus com gozo e
humildade Champlin (2001:34) ao comentar este versículo diz:
No versículo seguinte de Génesis 3.9 percebemos que Deus não o deixou o homem só,
foi ao encontro dele afim de ajuda-lo a sair da situação de pecado em que ele estava
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envolvido, com a pergunta: “onde estas? O desejo de Deus, é de tira-lo do esconderijo, e dar-
lhe oportunidade de buscar a sua misericórdia”
Percebe-se que Deus sempre esteve preocupado com o Homem que ele mesmo criou.
Constatamos isto quando ele, chama Moisés e dá-lhe responsabilidade não só de resgatar o
seu povo da mão de Faraó, mas de cuidar e assistir até as portas da terra prometida, quando
lhe disse “Eu serei contigo” “ Eu sou o que sou” “ e que estaria com ele através dos três
sinais” e “ Através do assistente Arão” (Êx. 3.11-21NVI) Adeyemo (2010:93) “ Moisés ao
reconhecer suas fraquezas, suas limitações e seus temores acerca da missão que Deus lhe deu,
apresenta quatro objecções a Deus e recebe quatro respostas”:
Primeira Objecção: Sou a pessoa certa? “Essa pergunta, é a reação natural de todo ser
humano quando lhe é dada uma responsabilidade. Pois que ele, não passava de um pastor que
cuidava dos rebanhos do seu sogro. O seu medo é como iria abordar Faraó, um monarca
poderoso que desprezava todos os Pastores?”
A resposta de Deus neutraliza a objecção de Moisés quando lhe foi dito “Eu serei
contigo” porque eu sou maior que Faraó Adeyemo (2010:93).
Entendemos nesta objecção que Moisés só sabia cuidar de ovelhas mas agora o Senhor
estava a passar para ele a responsabilidade de cuidar pessoas mas dentro da sua ingenuidade
ele tenta refutar a responsabilidade. O Senhor assegura-lhe estar com ele, isto é, guiando-lhe e
dando lhe apoio e assistência.
Segunda Objecção: Eles crerão em mim? “Moisés sabia que o Deus de seus pais é que
estava falando com ele. Mas, os israelitas estavam imbuídos numa sociedade onde se
adoravam inúmeros deuses e o povo queria saber o nome do deus que o enviou. Porque o
nome era importante na cultura hebraica, não servia apenas de rotulo, mas para identificar a
pessoa a quem era associado”. Deus responde esta objecção, usando para si um nome
extremamente significativo “Eu sou o que Sou” com esta resposta Deus garantiu sua presença
pessoal não só a Moisés mas com todo o povo e em toda a parte e em todo tempo. Deus
manda a Moisés dizer isso ao povo, aos anciãos e até mesmo a Faraó Adeyemo (2010:93).
Terceira Objecção: “como vou convence-los? Moisés. Considerava-se incapaz de
expressar adequadamente a mensagem de Deus e convencer os Israelitas a aceita-lo” Deus
tratou das preocupações de Moisés apresentando lhe três sinais a serem usados para persuadir
os israelitas de que ele verdadeiramente havia sido enviado pelo Senhor com um propósito
especifico. Nos três sinais, o primeiro seu bordão de pastor é transformado numa serpente,
que ilustra tanto o poder divino quanto a coragem de Moisés de obedecer as ordens de Deus.
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No segundo sinal mostra que Deus pode debelar enfermidade incurável como a lepra. No
terceiro sinal Deus mostra que a sobrevivência dos Egípcios que adoravam ao rio Nilo, porque
lhes garantia a vida e a fertilidade de sua terra, estava sob controle de Deus que é o soberano
que podia transformar a vida (o rio) em morte (sangue) Adeyemo (2010:94).
Quarta Objecção: Não sou eloquente. Moisés, nunca foi capaz de falar com
eloquência. A resposta de Deus é clara e directa como criador, ele confere aos seres humanos
as habilidades de que precisam incluindo a habilidade de falar, ver e pensar. Diante deste
argumento, Deus faz a concessão de um companheiro a Moisés muito eloquente. Adeyemo
(2010: 94).
Depois deste dialogo com Moisés Deus mostra estar sempre com a nação que ele
mesmo deu a Moisés Em Êxodo 13-21, quando os Israelitas sairam do Egipto, lemos que o
Senhor ia adiante deles, de dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de
noite, numa coluna de fogo, para os alumiar para que caminhassem de dia e de noite e nunca
tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite.
Henry (2002:91) “ O Senhor ia adiante deles em uma coluna, como presença da majestade
divina, pois que aqueles que Deus leva a um deserto não serão por Ele abandonado, nem
deixara que se percam ali, mas cuidara de guia-los na travessia Allen (1988:452),
Esta passagem é uma forma viva, mas figurada, de descrever a realidade da presença
de Deus com o seu povo. Embora se possa relacionar ou não as expressões coluna de
nuvem e coluna de fogo com fenómeno físico a verdade central é que Deus guiou
Israel de maneira única e pessoal. A presença viva de Deus é uma experiencia genuína
e vital que se expressa em linguagem inspirada, mas metafórica.
Este fenómeno, mostra que Deus guiou Israel de maneira única e pessoal, desde o
momento em que saíram do Egipto até passar o deserto, é o mesmo Deus que cuida a sua
Igreja hoje. Adeyemo (2010:106) afirma que:
Deus manifesta sua presença permanente com o povo numa coluna de nuvem que os
conduz durante o dia e de fogo para guia-los á noite. Essa nuvem, é o símbolo da
presença de Deus, repousando sobre a tenda da congregação e indicando quando o
povo deve marchar e quando deve parar em sua longa jornada para a terra de Canaã
Allen ao continuar a explicar este assunto diz que Deus não abandonou Israel, pois
manifestou-se a ele através da experiencia de êxodo e isso significa a presença divina
permanente cobre sempre o povo de Deus.
Davidson (1987:131) afirma que a coluna de nuvem e de fogo, servia como sinal e
orientação para a marcha do povo, mas também como sinal visível da presença de Deus. Na
nossa maneira de pensar, baseando se em Champlin (2008:359) “ A coluna de nuvem servia
20
para proteger os Israelitas do calor do dia e para guiá-los pelo caminho; a de fogo conferia-
lhes calor conforto e orientação durante a noite. As nuvens eram emblema da presença de
Deus com os filhos de Israel, de dia e de noite” “ Deus ao fazer esta assistência tinha como
propósito estabelecer um povo para lhe adorar, exaltar e o seu poder seria exibido, sua justiça
comprovada, sua misericórdia mostrada e sua vingança seria provada contra os injustos
especialmente contra Faraó”. Deus ainda faz saber a Moisés que estará com ele e com a
nação Adeyemo (2010:97) diz que “Deus usa sua imagem dramática ao anunciar o que fará
para libertar o seu povo. Referindo-se a sua mão poderosa, o seu braço estendido e com um
juramento lembra a Moisés quatro vezes dizendo que Eu sou o Senhor o El-Shadai” que
significa o todo suficiente.
Entendemos que a coluna era, ao mesmo tempo, um sinal e um guia. Quando a nuvem
se movia de lugar o povo seguia e quando ela estacava, o povo parava e se acampava. No
dizer de Champlin (2008:359) “o texto sagrado é valioso quanto a sentidos metafóricos e
simbólicos, visto que, em cada geração, as pessoas precisam de orientação de Deus e muitas
vezes essa orientação assume uma forma miraculosa”.
Ainda em êxodo 33:15 vimos Deus dando apoio e assistência ao povo através de
Moisés seu servo Champlin (2008:456) “ Moisés tinha uma grande condição relativa à sua
tarefa. Ele precisava da presença de Deus que o acompanhasse . de outra sorte, de nada
adiantaria prosseguir esse era o seu sine qua non (sem o que, não)”. A presença e a iluminação
divina estaria com ele. Essa seria a força de Moisés, bem como o factor que lhe daria
coragem e entusiasmo para sua tarefa.
Allen (1988:536) “ Moisés, desejava certeza concreta a respeito de quem deveria guiar
o povo de Israel através das áreas desconhecidas além do Sinai” porque essa presença, era
aquilo que acima de tudo, testificava ao mundo que eles eram o povo terreno de Deus.
Com isto aprendemos que Moisés preferia morrer onde estava do que continuar dando
um passo sem Deus. Deus vai com qualquer um, até mesmo com o mais fraco e mais
temeroso que queria tê-lo como seu guia.
Em Génesis 13.14-18, vemos Deus a dar a responsabilidade a Abraão para cuidar não só
a terra que lhe estava a ser atribuída mas tudo quanto tinha até as pessoas. O mesmo
aconteceu com José quando esteve na casa de Potifar, ao ser lançado na prisão onde estavam
os presos do Rei o Senhor deu-lhe a responsabilidade de cuidar os outros presos, dando-lhes
assistência e apoio espiritual Adeyemo (2010:70) “Sob a providencia de Deus, José recebeu a
ordem de servir esses dois prisioneiros, cumprindo assim o seu papel de assistente Espiritual
21
de bom grado e prestativamente” e essa sua atitude o fez chegar até Faraó, onde não só se
tornou assistente Espiritual dos prisioneiros mas da casa de Faraó e mais tarde de todo Egipto.
Com isto podemos ver Deus dando assistência ao seu povo na história. Porque em cada
geração, as pessoas precisam de orientação de Deus.
Fee (1984:54) os profetas são pessoas que anunciavam o futuro de Israel, Judá e outras
nações que existiam em arredor. Logo ele vê os profetas como aqueles que falam em prol de
Deus para seus próprios contemporâneos. Continua este dizendo que, “ para compreender o
que Deus deseja dizer-nos através destes livros inspirados, é preciso compreender qual era o
papel e a função dos profetas em Israel. Que segundo ele os profetas eram mediadores para
fazer cumprir a aliança; eram a boca de Deus e o canal da palavra genuína”
Quando lemos Isaías percebemos que as suas profecias não são experiencias pessoais,
mas palavras de Deus “o Senhor falou” (Isaías 1,2)
Tanto que no capítulo 6 na chamada de Isaías o Senhor mostra claramente que sempre
estaria com Isaías lhe assistindo quando lhe disse “vá, e diga a este povo” 6.9 isto pressupõe
um gesto de autoridade confiança e segurança. Por isso é que o termo o “o Santo de Israel”
neste livro recebe maior atenção.
Segundo Archer, Harris (1998:1323) “serve para pôr os pecados da sociedade da época
de Isaías em marcante contraste com a perfeição moral de Deus (Is 30.11) e exprime a
absoluta separação entre Deus e o mal (Is.17.7). e pelo fato de Deus ser santo, os Israelitas
não podiam servi-lo enquanto persistissem em praticas idólatras, eles deviam estar separados
de tudo aquilo que não era santo. Pois que foram lhes impostos obrigações para que não se
envolvessem em praticas comuns a outros povos. Portanto o chamado deles à santidade, se
baseava no fato de que tinham-se tornado possessão de Deus em virtude de Deus tê-los
separado das nações” com isto podemos entender que Deus é o Santo assistente de Israel no
livro do profeta Isaías. Porque Ele mesmo separa um povo para a sua adoração e impõe
condições de adoração porque ele é santo e chama o seu povo para ser santo dando lhe o
padrão de obediência.
22
1.1.4. Deus como assistente do profeta Jeremias.
Quando lemos o Novo Testamento conseguimos perceber que a ideia de assistência não
é muito comum. Ela tem o sentido de que originalmente significa, segundo Kitle
(1971:78), “correr para prestar ajuda, ou dar assistência ao oprimido, necessitado”que mais
tarde tomou o único sentido de “ajuda” conforme podemos ver em Mateus 15.25;
23
Marcos 9.22-24; Actos 16.9; 21.28 onde alguém clama por ajuda. Neste sentido, podemos
entender Capelania como responder a chamada para ajudar o necessitado, o aflito, o doente
afim de presta-lo assistência. Esta mesma palavra também é usada em Actos 27:17 no sentido
de reforçar ou cingir que é um termo náutico técnico para aludir, a abraçar ou reforçar o navio
do naufrágio. Aqui podemos aproveitar a figura de reforço do navio para informar que o
estudante universitário precisa de reforço porque ele está exposto a tempestade, muitas vezes
essa tempestade é psicológica, emocional, espiritual nisto o capelão precisa estar atento e
disponível para prestar esta assistência. Tanto que em Hebreus 2.18 Cristo mostra-se
disponível para ajudar a todos pois que ele mesmo passou por varias provações. Em Hb 4.16
exorta achegar ao trono da graça com confiança afim de receber esta ajuda no momento da
necessidade. E dizer com confiança que o Senhor é o meu ajudador Hb 13.6 entendemos que
Deus é o primeiro capelão. Outrossim, o tipo de ajuda que estamos a referir, não é aquele em
que a pessoa, fica totalmente dependente do assistente. Mas é o tipo de assistência em que a
pessoa dependa totalmente de Cristo que é o supridor de tudo e de todos. O assistente, apenas
ajuda o assistido a fortalecer-se, a desenvolver a sua própria perspectiva, a empregar os seus
próprios recursos psicológicos intelectuais e espirituais para enfrentar seu problema.
Em João 6.64-69 está claro que Jesus fez o trabalho de Capelania aos seus discípulos,
pois que ele mesmo se declarou como o bom Pastor (João 10.11) e o caminho a verdade, e a
vida (João 14.6) e deixa esta responsabilidade com os seus discípulos quando afirmou “ E eu
dei-lhes a gloria que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um” (João 17.22)
E no fim de sua tarefa em Mateus 28.19-20 ele afirmou que estaria com eles todos os dias até
a consumação dos séculos. No livro de actos encontramos esta constante acção do Espírito
Santo Henry (2002:794) “Os crentes terão sempre a presença constante de seu Senhor a cada
dia. Não há dia nem hora do dia em que o Senhor Jesus não esteja presente na vida, da Igreja,
Escola, e com seus ministros. Porque se não estivesse, em algum dia ou em alguma hora o
mundo seria uma catástrofe. O Deus de Israel, o Salvador, é as vezes um Deus que se oculta,
mas nunca é um Deus distante” porque, a obra do Espírito santo é de especial interesse para o
cristão pois que é através do seu trabalho que Deus se envolve de forma pessoal e actua na
vida do crente.
Segundo Halley (2001:574) o tema de Actos dos Apóstolos é melhor resumido em 1.8
na ocasião em que Jesus Ressurrecto disse aos apóstolos “vós sereis minhas testemunhas em
Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra”, o livro de Actos dos
24
Apóstolos conta, especificamente, a história da expansão do evangelho por toda a palestina
até Antioquia, no norte e no oeste passando pela Ásia Menor e a Grécia, até Roma. E um dos
assuntos principais do livro é a propagação do evangelho entre os gentios. No entanto, a
responsabilidade do crente, é de pregar em toda a parte e todo lugar até na Universidade.
Em Actos 17.15-34 vemos Paulo numa escola atenienses a defender a identidade de um
Deus desconhecido pelos atenienses Champlin (1979:361), “Atenas era o grande centro
cultural da antiguidade, mundialmente renomado por sua filosofia, arquitetura e arte
(Universidade). Pois que das três grandes cidades universitárias (Atenas, Tarso e Alexandria),
Atenas era a mais famosa nos dias do Apostolo Paulo” por isso, segundo Pfeiffer e Harrison
(1983:277) “todo jovem de Roma procurava ir a Atenas para a sua educação universitária”
pois que no nosso entender baseando-se em Halley (2001:593), “ Atenas foi o lar dos grandes
filósofos da idade de ouro da Grécia – (Socrates, Platão, Péricles, Demóstenes). Atenas foi um
centro de filosofia, literatura, ciência e artes. Gloriava-se em possuir a maior universidade do
mundo antigo e era o lugar de encontro de toda a classe intelectual do mundo. Era também
uma cidade pluralista, onde muitos deuses eram adorados lado a lado;”, neste texto vemos
Paulo a enfrentar aquele famoso centro de erudição helénica, tanto que nas suas viagens e
estratégia missionária não incluía a evangelização de Atenas mas estando ali, sentiu-se
profundamente compungido pela evidente idolatria que viu por isso dissertava com os judeus
e com os gentios religiosos. Quando olhamos a realidade das nossas igrejas hoje, nos seus
planos de evangelização não consta a universidade. Mas os universitários precisam de uma
especial atenção pois estão expostos a várias doutrinas e se a igreja não estar preocupada com
eles não teremos um país segundo o coração de Deus mas sim segundo os pensamentos
científicos alienados a vontade de Deus. Por isso que a acção que Paulo exerceu em Atenas,
podemos chamar de capelania universitária.
O Ministério de Paulo em Roma, começou depois dele ter sobrevivido dum naufrágio
quando partia de Mirra Segundo Halley (2001:602) Paulo passou dois anos, no mínimo, em
Roma apesar de ser prisioneiro, teve permissão para morar numa casa alugada com um guarda
e liberdade para receber visita e ensinar sobre Cristo. Halley diz que os dois anos de Paulo em
Roma foram muito frutíferos e até mesmo alcançaram o Palácio imperial” neste argumento
podemos perceber dois tipos de capelania a Prisional e a governamental que Paulo exerceu
durante o tempo em que esteve em Roma. Já no que toca ao argumento principal de Paulo em
Romanos é que a justificação do individuo diante de Deus depende fundamentalmente da
25
misericórdia de Cristo e não da lei de Moisés. Entendemos que a salvação é um dom de Deus
e não através de conhecimentos científicos por isso é que Paulo começa por chamar atenção
de que todos são pecadores e destituídos estão da gloria de Deus (Rom 3.23) Segundo
Adeyemo (2010:1391) “ logo todos precisam de Cristo porque a salvação está disponível a
todo ser humano, independentemente de raça, tribo, sexo, classe social ou nível” Deus não é
apenas dos Judeus mas também dos gentios (Rom 3.29) portanto, assim como qualquer um
precisa de salvação o estudante universitário também precisa de salvação.
Conclusão Parcial
26
CAPÍTULO II - EM BUSCA DO ENTENDIMENTO SOBRE
CAPELANIA.
2.1. Definições
2.1.1. Capelania
28
2.1.2. O Capelão
Neste tópico, gostaríamos fazer entender o nosso leitor sobre quando, onde e como
surgiu a Capelania isto para dar uma visão geral daquilo que é a e origem e historia da
Capelania.
Segundo Ferreira e Ziti (2011:25,26), A ideia de capela originou no contexto militar, na
França; era costume transportar uma relíquia de capela ou oratório de são Martin de Tours
para os acampamentos militares em tempo de guerra. Montava-se uma tenda especial e a
relíquia era posta ali, onde era mantido um sacerdote para ofícios religiosos e
aconselhamento. A tenda era chamada de “capela”
O costume foi se perpetuando e mesmo em tempo de paz “a capela” era mantida no
reino com um sacerdote como conselheiro que com o tempo passou a ser chamado de
“capelão”. O costume passou a ser observado também em Roma. Em 1789, o ofício foi
29
abolido na França, mas restabelecido em 1857 pelo Papa Pio IX. A essa altura, o
“Conselheiro” ou o “Capelão” passou a ser o líder espiritual do soberano Rei e de seus
representantes no reino.
Este mesmo ofício, estendeu-se também para as outras instituições como Parlamento,
Colégios, Cemitérios e Prisões. Com isto nasceu a capelania.
Do contexto militar, o movimento passou para o contexto hospitalar e da saúde, onde a
ideia começou a institucionalizar-se, o que ocorreu no final do século XIX, com uma acirrada
discussão sobre psicologia pastoral, nos Estados Unidos e na Inglaterra. Quem se destacou
nessa discussão, foi o Pastor congregacional Washington Gladden, do Estado de Ohio,
Estados Unidos, que insistia na necessidade de cooperação entre o clero (líderes religiosos) e
a classe médica. O outro que se destacou nessa discussão foi o Anton Boisen (1876-1966) que
assumiu a capelania do hospital estadual de Worcester, para doentes mentais, este foi o
primeiro a introduzir estudantes de teologia num hospital psiquiátrico para treinamento clínico
pastoral Ferreira e Ziti ( 2002:38)
A grande Enciclopédia Larousse Cultural apud Ferreira e Ziti (2002:38) diz que “
antigamente, igreja ou oratório sem qualificação paroquial... compartimento reservado ao
culto um local privado”. E dai, a palavra capelão, segundo a mesma enciclopédia, quer dizer
“ Sacerdote encarregado do serviço religioso em uma igreja não paroquial uma capela de
comunidade religiosa , um hospital, colégio, liceu, exercito, prisão, Faculdade Universidade
etc”.
Segundo ainda estes, o costume vem de tempos remotos, quando senhores feudais
contratavam um pároco para rezar missas em suas capelas particulares. Esse pároco era
chamado “Capelão”, porque cuidava da capela. Era uma espécie de Sacerdote particular para
uma família ou para um grupo especifico.
Portanto hoje mesmo que uma universidade não possua uma capela para serviços
religiosos, a capelania consiste no trabalho de Cristão devidamente qualificado para
assistência espiritual a internos de qualquer entidade, seja prisional, hospitalar, escolar
universitária e outros contextos fechados.
A história faz-nos perceber que o campo em estudo é vasto e que tem muitas áreas de
actuação tais como: Capelania hospitalar; Capelania Militar; Capelania Prisional; Capelania
Escolar.
30
2.2.1. Capelania Hospitalar
Capelania Hospitalar, é cuidar ou dar assistência religiosa e espiritual dentro do
hospital, quer seja a doentes bem como aos trabalhadores Pereira (2009:6),
31
familiares. A actividade de capelania é importante no meio militar, pois contribui na formação
moral, ética e social dos integrantes das Unidades Militares.
A Capelania prisional, é aquela feita na prisão para orar, ouvir, ministrar, assistir prestar
auxílio e ajudar o preso. Uma pessoa presa é oprimida angustiada, sofrida, ela precisa de
muita atenção pois não importa o crime que cometeu ela precisa do amor de Deus e ser
amada.
32
2.2.5. Capelania na Universidade.
Uma universidade provê educação tanto terciária (graduação) quanto quaternária (pós-
graduação).Mas não se importa por este vazio que o estudante enfrenta. Nós gostaríamos
trazer o exemplo de Moisés que passou em uma Universidade Egípcia, Paulo em uma
Faculdade de Gamaliel, Lutero na Universidade de Erfurt que sentiram um vazio dentro de si,
que não conseguiram resolver.
1
(pt.wikipedia.org 20/09/2013)
33
Moisés nasceu de pais comuns, numa família comum, mas que conhecia suas origens.
Os seus pais eram da tribo de Levi, o seu pai chamava-se Anrão e a sua Mãe Joquebe Moisés
ainda tinha dois irmãos Arão e Miriã. Este quando nasceu sofreu ameaças por parte de Faraó
mas foi protegido por Deus através da filha do próprio Faraó que o adoptou como seu filho.
Como filho da filha de Faraó Moisés tornou-se parte da família real. Nesse ambiente, como
Estêvão nos lembra Moisés foi educado em toda ciência dos Egípcios (At 7:22), inclusive em
seu amplo conhecimento científico. Depois de ser devidamente treinado e preparado, Moisés
se tornaria poderoso em palavra e obras. Mas vimos que Moisés ainda não havia
compreendido tudo sobre a vontade de Deus havia um vazio nele que precisava ser
preenchido a sua atitude perante a briga que aconteceu entre o Egípcio e o Hebreu em Êxodo
2.11-12, revela este vazio que precisava ser preenchido que nem mesmo a ciência do Egipto
conseguiu colmatar essa necessidade. Foi necessário Deus aparecer a Moisés para preencher
este vazio Êxodo 3.1-10 Adeyemo (2010:89)
Este grupo, se evidenciou com diversos grupos espalhados por toda Inglaterra e outros
países, mantendo a fidelidade às doutrinas básicas da Bíblia. E esta posição fez com que
outros grupos afiliam-se a eles. Este mesmo grupo depois formou um outro movimento
nacional que se chamou de Intervarsity Fellowship of Evangelical Union, que se estendeu até
aos Estados Unidos e por causa da sua visão missionaria começou o testemunho estudantil
noutras terras universitárias, onde o Espírito Santo fez com que o movimento surgisse em
vários países. O Espírito de Deus movia-se em vários lugares despertando os estudantes
universitários e professores para estabelecer o movimento estudantil. Em 1947 a comissão
organizadora de conferência internacional reuniu-se para avaliar a situação mundial do
movimento estudantil e a sua história, a fim de dar ao movimento internacional uma forma
mais permanente pelo que formou-se a Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos,
onde fazem parte as Alianças Bíblicas Universitárias de vários países Itioka (1981:7), dentre
elas a Aliança Bíblica Universitária do Brasil.
35
2.2.5.2. História Objectivos e estratégias de trabalho da ABUB.
A ABUB deu início no final da década de 50, cristãos de diversos países estimularam o
surgimento de movimentos estudantis evangélicos na América Latina dentre estes Robert
Young Siemens, foi um dos pioneiros no Brasil, despertando os estudantes brasileiros a levar
mensagem de Cristo ao meio universitário. Foi assim que na década de 60 a Aliança Bíblica
Universitária do Brasil foi criada, com a urgência de proclamar um Evangelho Integral e
impactante numa sociedade pluralista e relativista. O seu foco é compartilhar o Evangelho de
Jesus Cristo nas escolas e universidades brasileiras através da iniciativa dos próprios
estudantes, onde o estudante transformado pelo evangelho possa impactar o mundo estudantil,
a igreja e a sociedade. Através da demonstração prática da vivencia cristã objectivando sua
submissão ao senhorio de Jesus Cristo.
36
para ser o orador principal. Após esse evento, no ano seguinte como a situação política militar
do País não estava bem, alguns líderes começaram a ceder às pressões da sociedade e o
movimento desapareceu. Já no ano seguinte, o clima político, foi favorável tempo de paz e
muita esperança para todos, onde o governo abriu as portas para as igrejas e os grupos
cristãos, Pela primeira vez o grupo começou a desenvolver o ministério com estudantes
universitários, isto é indo as residências dos universitários para falar do Evangelho. Com isto
o grupo havia saído das paredes das Igrejas e penetrando num ambiente na qual almejava o de
estudantes que teve resultados animadores. No inicio de 1995 o grupo convidou o Dr. Ross
Douglas, professor titular de física nuclear na Unicamp, cientista reconhecido, para fazer uma
série de palestras em faculdades de Maputo e Luanda. A graça de Deus e o currículo do Dr.
Douglas abriam portas de universidades e faculdades Meer (2006:141-145).
Este grupo tem como objectivos, evangelizar através da demonstração prática de
vivência cristã; desenvolver um equilíbrio entre o crescimento intelectual e espiritual;
preparar os membros e treina-los para servir a Deus, ao próximo, a igreja e a sociedade, de
forma a darem respostas aos problemas com que esta sociedade enfrenta, através de estudos
bíblicos, palestras, retiros, seminários, acampamentos e outras actividades que se revelem
adequadas aos objectivos do grupo (Estatutos do GBECA sd: art 4)
O GBECA, está de certa forma fragilizado por falta de recursos financeiros e de uma
estratégia que reflicta o espírito da sua missão. Em muitos núcleos hoje, o louvor, a adoração
e a exposição bíblica, (pregação) substituíram o estudo bíblico indutivo. Na essência dos
estudantes transportarem a prática das suas igrejas locais para a Universidade, fazem perder
aquilo que é o real objectivo do grupo que é compartilhar, anunciar a mensagem de Jesus
Cristo e vive-la na classe universitária, ou contrariamente, constroem uma pequena ortodoxia
dogmática, que geralmente é algo muito comum nas nossas igrejas conservadoras, onde os
princípios culturais, doutrinários e dogmáticos são muito mais inquestionáveis, criando assim
uma espécie de formatação ao invés de formação de pensadores.
Existe a grande necessidade nesta área de capelania universitária onde deve-se buscar
um conhecimento mais partilhado. Ao estudarmos com cautela o Livro de Daniel
descobrimos que o primeiro núcleo de estudantes universitários descritos na Bíblia,
era-lhes reconhecido o conhecimento em todas as ciências. Jovens sem nenhum
defeito, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, versados
no conhecimento e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei e lhes
ensinassem a cultura e a língua dos caldeus. Daniel 1:4
Esta descrição, faz-nos pensar de facto que apesar de terem saído de Judá muito
jovens de poucos se enquadravam no perfil da selecção feita. Depreendemos desta
descrição que além da aparência física precisam ter outras áreas do conhecimento.
Conhecimento é liberdade e poder, além de ser um abridor de portas. Alguns séculos
37
atrás as principais forças de conquista eram as armas depois a economia. Nesta época
é o conhecimento. Mandavela (2014:1)
Mandavela faz uma excelente análise de capelania ligado ao conhecimento como poder
e abridor de portas onde, devemos ter em conta que o conhecimento é dividido em uma série
de categorias: segundo Chicola e Viliengue (s d: 5.7) o conhecimento é classificado em
Conhecimento popular/ empírico: é o conhecimento que deu embasamento a todos os
outros.
As suas características são: Subjectivo, sensitivo superficial assistemático e acrítico.
Conhecimento Religioso: É um conhecimento que não demonstra e nem experimenta
explica tudo a pela fé e revelação divina.
Conhecimento Filosófico: É valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses,
que não poderão ser submetidas à observação.
Conhecimento científico: visa conhecer pelas causas isto é saber cientificamente e ser
capaz de demonstrar.
Nesta ordem nós acrescentaremos o conhecimento integral que abarca todos esses
conhecimentos pois que se o estudante for um expert num desses conhecimento teremos uma
certa exclusão tal como Mandavela afirma “criar uma capelania dentro de uma igreja local
pode criar uma outra classe dentro do mesmo corpo, o que pode de certa forma ser entendido
como exclusão e prejudicar a igreja”.
Mas como o nosso objectivo neste trabalho é assessorar o estudante universitário
achamos que o capelão deve saber abordar todos esses conhecimentos de forma genérica e
acutilante para que o estudante universitário sinta-se seguro e não naufrague como um navio
no meio da tempestade. O nosso desejo com esta reflexão, é que a igreja crie uma Capelania,
que tem como objectivo final, preparar membros que sirvam de Sal e luz na Universidade.
“Assim Brilhe a luz de vós diante dos homens, para que vejam as vossas boa obras, e
glorifiquem ao vosso Pai que está no céu. Mateus ( 5:6;16).
Sendo a igreja o corpo de Cristo, deve fazer esforços para que os seus membros tenham
uma opinião de qualidade; uma capelania universitária bem realizada, que resulte em uma
igreja que sirva a Deus com todos os seus recursos humanos, onde cada talento serve a Causa
maior do REINO, e não da nossa igreja local, teríamos uma sociedade estruturada com bons
princípios. A Capelania precisa descobrir as necessidades do estudante universitário e qual é a
sua maior preocupação, para que possa dar resposta satisfatória.
38
Portanto, uma das preocupações da igreja é a pregação do evangelho duma forma
integral. Cavalcanti (1972:55) afirma que “se o evangelho for pregado integralmente as coisas
vão mudar porque o Espírito Santo vai começar a operar e a elite social e intelectual das
igrejas ira se transformar também em elite espiritual”
Essa pregação envolve a parte do cuidado Pastoral, Psicológico, emocional, e
profissional.
Cuidado Pastoral: o cuidado pastoral, o ajudará a enfrentar as intempéries universitárias
Segundo Hoff (1996:66)
O Pastor, é a pessoa mais idónea para dar apoio a um crente que está passando por
uma crise, pois ele representa a ajuda divina. Em muitos casos, só o facto dele estar
presente, produz encorajamento e força no crente, porque este oferece um ouvido
atento e compreensivo à pessoa que necessita desabafar, pois que ele o ajuda a encarar
sua situação com realismo a expressar abertamente seus sentimentos de pesar, temor,
frustração, ressentimento e culpa
Conclusão Parcial
40
CAPÍTULO III - ESTUDOS EMPIRICOS SOBRE CAPELANIA
Tem cerca de um milhão e quatrocentos habitantes, com Quarenta e sete (47) igrejas
reconhecidas Trinta e sete (37) não reconhecidas e Dezassete (17) associações religiosas.
Comporta uma rede escolar que funciona em todo o território do município dentre eles
um centro universitário, (Mandume ya Ndemofayo ) constituído pelas faculdades de
Medicina, Economia Direito e o Instituto Superior Politécnico da Arimba; Um Instituto
Superior de Ciências da Educação, e seis Instituições privadas. nomeadamente: Instituto
Superior Politécnico Independente; Instituto Superior Politécnico Tundavala; Instituto
Superior Politécnico Gregório Semedo; Instituto Superior Politécnico Vida; Instituto Superior
Politécnico Pangea; Universidade Evangélica Sinodal de Angola e o Instituto Superior de
Teologia Evangélica no Lubango Ramos (2007:12)
O inquérito foi dirigido a Sessenta (60) pessoas sendo Vinte (20) Pastores e Quarenta
(40) Estudantes Universitários. Dos Sessenta (60) recolhemos Catorze (14) vindo de Pastores
que responderam e seis (6) que não responderam dentre estes que responderam quatro (4) são
da UIEA que corresponde a 28,5%; quatro (4) da IESA que corresponde, a 28,5%; Três (3) da
IEIA que corresponde ,21,4% e Três (3) da IECA que corresponde a, 21,4% fazendo total de
99,8%; os quarenta (40) inquéritos são de estudantes sendo Dez (10) de cada Igreja cujos
dados gerais estão representados nas três tabelas contendo: idade, Sexo, formação académica
e a Igreja a que pertence.
42
Tabela nº1- Idade dos Inqueridos
43
e a efectividade do ministério na cidade 3 à 7. 3) Quando e como é feito aos universitários na
Igreja8 à 16.
As tabelas, são recursos estatísticos que resumem a grande quantidade de dados. Os
resultados apresentados nestas tabelas, revelam a da nossa pesquisa empírica feita na cidade
do Lubango
Nesta tabela procuramos dos entrevistados qual é o conceito que eles têm sobre
Capelania. Nas questões 1 e 2.
44
É assessoria espiritual, apoio espiritual, baseado num 08 40%
aconselhamento bíblico.
É um activismo religioso que ocupa o tempo livre do estudante 03 15%
para evangeliza-lo.
É cuidar daqueles que por razões distintas, estão com problemas 03 15%
espirituais.
Outras definições
TOTAL 14 70%
Nesta tabela temos Catorze (14) pessoas das Vinte (20) prevista que já ouviram falar de
capelania que corresponde a 70% dos inqueridos. Dos quais 8 pessoas que corresponde 40%
disseram que é assessoria espiritual, apoio espiritual, baseado num aconselhamento bíblico.
Três (3) disseram que é activismo religioso que ocupa o tempo livre do estudante para
evangeliza-lo que é 15% dos inqueridos. E os outros 15% disseram que é cuidar daqueles que
por razões distintas, estão com problemas espirituais. Dos 70%; 55% têm o conhecimento do
assunto. Logo percebemos que para os Pastores o assunto sobre capelania não é algo novo, é
conhecido.
Opções Pessoas %
Sim 13 65%
Não 00 00%
Não sei 01 5%
TOTAL 14 70%
5. O ministério de Capelania existe na sua cidade?
Opções Pessoas %
Sim 08 40%
Não 02 10%
Não sei 04 20%
TOTAL 14 70%
6. Se na questão anterior respondeu sim indica onde esse ministério é exercido?
Opções Pessoas %
46
No CEML, Hospital, e na Cadeia. 08 40%
TOTAL 08 70%
7. Acha que o ministério de Capelania é relevante para sua cidade?
Opções Pessoas %
Sim 12 60%
Não 01 5%
Não sei 01 5%
TOTAL 14 70%
Na tabela, acima eles disseram que têm o conhecimento sobre capelania, mas nunca
tiveram uma formação específica sobre o assunto de capelania. Todos foram unânimes em
responder sim na questão que fazia referencia sé é necessário uma formação específica no
ministério pastoral. Porque, é um assunto de extrema importância no ministério, e na cidade é
exercido nos hospitais e nas cadeias e tem sido relevante porque visa transformar vidas, ajuda
no restauro espiritual e emocional dos doentes, é um meio evangelístico, suporte espiritual,
discipulado.
47
Tabela nº5 - Para estudantes - Questões 3,4,5,6,7 e 8
3. O ministério de capelania existe na sua cidade?
Opções Pessoas %
a) Sim 10 25%
b) Não 00 00%
c) Não sei 30 75%
TOTAL 40 100%
4. Se na questão anterior respondeu sim indica onde esse ministério é exercido?
As 10 pessoas que responderam sim disseram que este ministério é exercido nas
IGREJAS, CADEIAS E HOSPITAIS.
5. Acha que o ministério de Capelania exercido é relevante para sua cidade?
Opções Pessoas %
Sim 16
Não 05 12,5%
Não sei 19
TOTAL 40 100%
6. Como estudante universitário, acha que os estudantes da sua cidade precisam deste
ministério de Capelania?
Opções Pessoas %
Sim 29 72,5%
Não 01 2,5%
Não sei 10
TOTAL 40 100%
7. A tua igreja tem um ministério de Capelania com estudantes Universitários?
Opções Pessoas %
Sim 00 00%
Não 30 75%
Não sei 10 25%
TOTAL 40 100%
8. Se na questão anterior respondeu sim que actividades desenvolve.
Opções Pessoas %
00 00%
00 00%
TOTAL 40 100%
49
b) Não 00 00%
c) Não sei 00 00%
d) TOTAL 14 70%
9. Acha que os estudantes Universitários da sua cidade precisam do Ministério de
Capelania?
Opções Pessoas %
Sim 14 70%
Não 00 00%
Não sei 00 00%
TOTAL 14 70%
10. A tua igreja tem um ministério de Capelania com estudantes Universitários
Opções Pessoas %
Sim 00 00%
Não 14 70%
Não sei 00 00%
TOTAL 14 70%
11. Se na questão anterior respondeu sim que actividades desenvolve.
Palestras 00 00%
Debates 00 00%
Estudos Bíblicos 00 00%
Acampamentos 00 00%
Outros 00 00%
TOTAL 14 70%
9. Tem tido assistência espiritual, emocional e psicológica do seu Pastor ou outro líder da
Igreja?
Opções Pessoas %
Sim 22 55%
Não 18 45%
TOTAL 40 100%
10. Se sim como tem sido o dialogo com o seu Pastor sobre os assuntos de Ciência e fé
Cristã.
50
Opções Pessoas %
Bom 06 15%
Razoável 10 25%
Mal 24 60%
TOTAL 40 100%
11. Já foi visitado pelo seu Pastor ou outro líder da sua Igreja na Universidade?
Opções Pessoas %
Sim 05 25%
Não 35 75%
Total 40 100%
12. Se sim como se sentiu ao ser visitado na Universidade.
Encorajado 2 40%
Animado 1 20%
Desafiado 2 40%
TOTAL 05 100%
Nesta tabela, procuramos saber dos nossos inqueridos, se têm tido assistência por parte
do seu Pastor. Dos 100%, 55% disseram sim e 45% disseram não. Quanto ao processo de
visita, 75% dos inqueridos, nunca foram visitados pelo seu líder. Disseram que se tivessem
este privilegio se sentiriam encorajados, animados e desafiados na ideia de que alguém se
interessa por eles e pelo que estão a fazer. Cavalcanti, (1995:10) a ordem de Cristo “ Ide e
fazei discípulos”( Mat 28.19), não é só para pessoas analfabetas mas também para pessoas
cultas. Se os líderes estiverem interessados a levar Cristo na universidade e fazer com que Ele
seja o elemento cêntrico e gerador da dinâmica universitária haverá mudanças para o bem-
estar da sociedade.
12. Quantas vezes por ano tem contacto com os estudantes universitários que frequentam a
sua Igreja?
Opções Pessoas %
a) Uma vez 2 10
b) Duas vezes 3 15%
c) Mais de três vezes 5 25%
d) Nunca 4 20%
TOTAL 14 70%
13.Tem feito assistência espiritual, emocional e psicológica aos seus membros estudantes?
Opções Pessoas %
Sim 13 65%
Não 01 5%
TOTAL 14 70%
14. Se sim como tem sido o dialogo com seus membros estudantes sobre os assuntos de
51
ciência e fé cristã?
Opções Pessoas %
Bom 06 30%
Suficiente 03 15%
Mal 05 25%
TOTAL 14 70%
15. Já visitou o seu membro ou outro estudante na Universidade?
Sim 02 10%
Não 12 60%
Total 14 70%
16. Se sim como este reagiu a sua visita.
Encorajados 01 50%
Desafiado 01 50%
TOTAL 02 70%
Nesta tabela, procuramos saber, se os pastores têm tido pelo menos um contacto com os
membros estudantes que frequentam a sua igreja aqui tivemos uma percentagem equilibrada,
onde 25% disseram que têm tido um encontro com uma frequência de mais de três vezes, 20%
disseram que nunca tiveram nenhum contacto. Dentre estes 65% têm dado assistência
espiritual, emocional e psicológica aos seus membros, com um diálogo de 30% bom para
alguns e 25% mau. Outrossim só 10% dos 70% fez uma visita ao seu membro na universidade
e estes se depararam com uma reacção de surpresa, desafio e de encorajamento por parte dos
seus membros estudantes. Com isto, entendemos que um simples contacto com o estudante
universitário interessando-se pela sua formação dando um apoio moral e espiritual e uma
visita no local da sua formação é bastante desafiador.
52
Na tabela 7 o nosso objectivo foi saber qual é a opinião dos estudantes sobre uma
formação específica sobre Capelania no ministério Pastoral. Dos 40estudantes, 52,5%
disseram que sim e 42,5% disseram que não sabiam se era necessário e somente 5% disseram
não. Estes resultados, levam-nos a concluir que é necessário uma formação específica para os
Pastores apesar de estar de forma implícita na cadeira do aconselhamento bíblico nos
Seminários Teológico.
Dos nossos inqueridos conseguimos perceber que o ministério de Capelania existe mas
a sua acção não é muito abrangente por ser desenvolvido só nos hospitais e cadeias(cf. T5.4).
Tal como nos referimos no nosso projecto de pesquisa que O Grupo Bíblico de Estudantes
Cristãos de Angola (GBECA) tem feito alguma coisa, como: evangelizar os estudantes por
meio de palavra e da demonstração pratica de vivencia cristã; prepara os membros para que
esses possam usar toda sua vida, dons e treinamento para servir a Deus ao próximo, à igreja e
a sociedade; procura manter o equilíbrio entre o crescimento intelectual e espiritual através do
estudo da Bíblia; promovendo palestras, retiros seminários, acampamentos e outras
actividades. Porém, não devemos deixar todo o trabalho para este ministério pois que os
53
ministérios são braços de apoio as Igrejas. A Igreja precisa assumir o seu papel de assistente
espiritual.
Por causa desta responsabilidade, e da importância que o ministério tem, há necessidade
de divulgação e desenvolver este ministério de Capelania nas igrejas locais e não apenas em
hospitais ou cadeias.
Conclusão Parcial
54
55
CONCLUSÃO GERAL E RECOMENDAÇÕES.
No primeiro capitulo onde nos referimos sobre Capelania no Antigo Testamento, vimos
que Deus sempre deu apoio e assistência ao seu povo, aos profetas que eram mediadores para
fazer cumprir a aliança, e no Novo Testamento Jesus se declarou como “O bom Pastor”
aquele que cuida e acompanha as suas ovelhas até a ponto de dar a sua vida por elas. Vimos
também o Apostolo Paulo não só como um bom implantador de Igrejas mas como Mestre que
soube suprir as necessidades de seus seguidores tornando-os seguidores sérios de Cristo.
No segundo Capitulo onde procuramos entender o termo a partir da literatura
pesquisada, percebemos que Capelania, é apoio espiritual aconselhamento bíblico, é cuidar
daqueles que por razões distintas precisam de suporte. Mas que tudo isto deve estar
alicerçado, em princípios bíblicos e da fé cristã. Para tal precisam de alguém a quem
chamamos de Capelão que cuida, aconselha, e dá assistência aos estudantes Universitários
Cristãos. O GBECA tem dado o seu contributo na área do desenvolvimento e equilíbrio entre
o crescimento intelectual e espiritual. Mas precisa do apoio da Igreja “sua mãe”
No terceiro capitulo onde confrontamos a parte teórica com a pesquisa de campo,
(prática) percebemos que, há uma urgência em falar mais sobre Capelania Universitária,
desenvolver actividades que atendam ou visam ter em conta o estudante Universitário Cristão
prestando-lhe maior atenção em assistência e apoio espiritual com o fim de prepara-los para
servir de sal e luz na Universidade e na sociedade.
Adenda
Respostas
R.1. Estes disseram que existe
R.2 Têm desenvolvido as seguintes actividades litúrgicas:
Estudos Bíblicos
Pregações
Oração
Louvores
R.3. Tem sido relevante para aqueles que fazem parte do grupo e que têm participado
das reuniões. Os outros estudantes tendem a hesitar porque a linha de separação entre o
movimento e os outros ministérios é muito tine.
R.4. Todos foram unânimes em afirmar que as universidades precisam de um ministério
como este.
57
RECOMENDAÇÕES
O ISTEL, é uma instituição, que tem como visão de que a Igreja angolana tenha líderes
servos e discipulos que vivem e ensinam a sã doutrina, promovendo a unidade na diversidade
e provocam transformação integral na comunidade”. No entanto, ela visa uma educação
integral, ao nível do saber (conhecimento), do ser, isto é, o carácter do estudante;e,velapelas
habilidades do estudante. Está a responder as necessidades do contexto. Mas que precisa
incluir no seu curriculum uma disciplina especifica para a área de Capelania.
59
BIBLIOGRAFIA.
61
Anexo 1- FICHA DE INQUÉRITO PARA PASTORES
Nome (Opcional)________________________________________________
Formação Académica_____________________________________________
Só para Pastores.
Das opções de respostas apresentadas escolha apenas uma marcando com X .
Sim
Não
Outra definição__________________________________________________
_______________________________________________________________
3. Já teve uma formação sobre Capelania?
Sim
Não
Não sei
Sim
Não
Não sei
Sim 1.
Não
Não sei
Sim
Não
Não sei
Sim
Não
Não sei
Palestras
Debates
Estudos Bíblicos
Acampamentos.
Outro_____________________________________________________________
12. Quantas vezes por ano tem contacto com os estudantes universitários que frequentam
a sua Igreja.
1 vez 1.
2vezes
Masde 3
Nunca 2.
13. Tem feito assistência espiritual, emocional e psicológica aos seus membros
estudantes?
Sim
Não
14. Se sim como tem sido o dialogo com os seus membros estudantes sobre os assuntos de
Ciência e fé Cristã.
___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Sim 1.
Não
64
Anexo 2-FICHA DE INQUERITO ESTUDANTES
Questioná rio
Dados pessoais
Nome (Opcional)________________________________________________
Formação Académica_____________________________________________
Sim
Não
Outra definição_____________________________________________________
_________________________________________________________________
3. O ministério de Capelania existe na sua cidade?
Sim
Não
Não sei
Sim 9.
Não
Não sei
6. Como estudante universitário, acha que os estudantes da sua cidade precisam deste
Ministério de Capelania?
Sim
Não
Não sei
Sim
Não
Não sei
Palestras
Debates
Estudos Bíblicos
Acampamentos.
Outro__________________________________________________________________
Sim
Não
66
10. Se sim como tem sido o dialogo com o seu Pastor sobre os assuntos de Ciência e
fé Cristã.
___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Sim 1.
Não
___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Sim
Não
Não sei
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