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CONSTITUCIONAL
Processo Legislativo Constitucional
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Processo Legislativo Constitucional
Luciano Dutra
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Fase Introdutória
A fase introdutória resume-se na apresentação do projeto de lei, por meio dos legitimados
pela Constituição Federal previstos no art. 61, caput, e § 2º. De acordo com o art. 61, caput,
a iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da Repú-
blica, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República
e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição Federal.
Ademais, o art. 61, § 2º, cuida da chamada iniciativa popular de leis que exige, no mínimo,
um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados (incluso o
Distrito Federal), com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
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DICA DO LD
Além de tratar da iniciativa popular no processo legislativo
federal no art. 61, § 2º, a Constituição Federal também pre-
vê a iniciativa popular no processo legislativo estadual e no
processo legislativo municipal. No art. 27, § 4º, a Constituição
Federal assinala que a lei disporá sobre a iniciativa popular no
processo legislativo estadual. Ao passo que, no art. 29, XIII, a
Constituição Federal prevê a iniciativa popular de projetos de
lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bair-
ros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento
do eleitorado.
O projeto de lei será apresentado em uma das Casas do Congresso Nacional que funciona-
rá como Casa iniciadora, cumprindo a outra a função de Casa revisora.
Questão interessante de se saber é quem será a Casa iniciadora. Via de regra, a Câmara
dos Deputados será a Casa Iniciadora. Só será o Senado Federal a Casa iniciadora se o projeto
de lei for de autoria de Senador ou de Comissão do Senado. Ou seja, terá início na Câmara dos
Deputados a votação dos projetos de leis complementares e ordinárias quando propostos por
qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, pelo Presidente da República, pelo
Supremo Tribunal Federal, pelos Tribunais Superiores, pelo Procurador-Geral da República e
pelos cidadãos.
Errado.
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dos projetos de lei de iniciativa popular, das medidas provisórias e dos projetos de lei de inicia-
Certo.
Conforme dissemos, terá início, na Câmara dos Deputados, a votação dos projetos de leis com-
dos Deputados, pelo Presidente da República, pelo Supremo Tribunal Federal, pelos Tribunais
ciativa popular deve ser apresentado perante a Câmara dos Deputados, desde que preenchidos
os requisitos constitucionais.
Certo.
Exatamente isso!!!
Aprofundando o estudo dos tipos de iniciativa, podemos dizer que a iniciativa pode ser
classificada em parlamentar, extraparlamentar, privativa, concorrente ou popular.
A iniciativa parlamentar (como o próprio nome sugere) é aquela realizada por Deputados e
Senadores. Já a iniciativa extraparlamentar é aquela em que o projeto de lei é apresentado por
qualquer outra pessoa ou órgão estranho ao Congresso Nacional, como, por exemplo, projeto
de lei apresentado pelo Presidente da República, pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Procura-
dor-Geral da República etc. A iniciativa privativa, também chamada de reservada ou exclusiva,
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é aquela em que a Constituição atribui a iniciativa legiferante a apenas uma pessoa ou órgão,
como, por exemplo, o art. 61, § 1º, em que somente o Presidente da República poderá apresen-
tar o projeto de lei acerca dos assuntos ali previstos. Por sua vez, a iniciativa concorrente (ou
comum) é aquela em que a Constituição Federal permite que mais de uma pessoa ou órgão
apresente o projeto de lei sobre um assunto. Por fim, a iniciativa popular é aquela em que a
Constituição Federal outorga aos cidadãos a capacidade legiferante, respeitados os requisitos
já tratados.
A fase introdutória, portanto, resume-se à apresentação do projeto de lei. Uma vez apre-
sentado o projeto de lei na Casa Iniciadora competente, passamos para a fase constitutiva, que
estudaremos agora. Venha comigo!!!
FASE
INTRODUTÓRIA
REGRA GERAL: Câmara dos Deputados (art. 64)
CASA INICIADORA Senado Federal se o Senador
projeto for de iniciativa
Comissão do Senado
Fase Constitutiva
Nas Casas do Congresso Nacional ocorrerá boa parte dessa fase constitutiva, formada
pela deliberação parlamentar (discussão e votação), além da possível análise de veto.
Na Casa iniciadora, após a discussão e votação, na Comissão de Constituição e Justiça,
nas Comissões Temáticas e no Plenário, se for o caso, o projeto de lei poderá ter dois destinos:
1) rejeitado: situação em que será arquivado, só podendo constituir novo projeto de lei na
mesma sessão legislativa se houver solicitação de maioria absoluta dos membros de uma das
Casas do Congresso Nacional (art. 67);
2) aprovado: ocasião em que seguirá para a Casa revisora para a discussão e votação em
um só turno (art. 65, caput, parte inicial).
Na Casa revisora, após a deliberação (discussão e votação) na Comissão de Constituição
e Justiça, nas Comissões Temáticas e no Plenário, se for o caso, o projeto de lei poderá ter três
destinos:
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1) rejeitado: ocasião em que será arquivado (art. 65, caput, parte final), só podendo consti-
tuir novo projeto de lei na mesma sessão legislativa se houver solicitação de maioria absoluta
dos membros de uma das Casas do Congresso Nacional (art. 67);
Errado.
Muito cuidado com o art. 67, que autoriza que a matéria constante de projeto de lei rejeitado
possa ser objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
DICA DO LD
Será que é possível uma lei ordinária ou uma lei complementar
ser aprovada pelo Congresso Nacional sem nunca ter ido para
o Plenário? Sim, é possível. Basta que o regimento interno não
exija a análise pelo Plenário da matéria posta a deliberação.
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Errado.
O silêncio do Presidente da República por mais de 15 dias úteis prova a sanção tácita do pro-
jeto de lei.
Errado.
O veto sempre será expresso e motivado.
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Certo.
É exatamente o que diz o art. 66, § 2º, da CF/1988.
Errado.
Conforme ensinamos, pode haver veto parcial, desde que abranja texto integral de artigo, de
parágrafo, de inciso ou de alínea.
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concordância
15 dias úteis
SANÇÃO EXPRESSA
Art. 66, “caput”
15 dias úteis
FASE TÁCITA
CONSTITUTIVA Art. 66, § 3º
(DELIBERAÇÃO
EXECUTIVA)
discordância
sempre expresso
Caso o Presidente da República vete, mesmo que parcialmente, o projeto de lei, o Con-
gresso Nacional poderá derrubar o veto. Essa análise do veto pelo Congresso Nacional será
realizada em sessão conjunta, dentro de 30 dias a contar de seu recebimento, só podendo ser
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em votação aberta.
Se o veto não for mantido, o projeto será enviado ao Presidente da República para promul-
gação.
Esgotado sem deliberação o prazo de 30 dias, o veto será colocado na ordem do dia da
sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final (art. 66, §§ 4º a 6º).
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Art. 66, §§ 4° ao 6°
sessão conjunta
votação aberta
Questão 9 (DELEGADO-TO/2008) Se o veto não for mantido, o projeto de lei será enviado,
para promulgação, ao presidente da República, que, nesse caso, não poderá mais optar por
sancioná-lo ou novamente vetá-lo.
Certo.
Em conformidade com o art. 66, § 5º, da CF/1988.
Com a análise do veto pelo Congresso Nacional, terminamos a fase constitutiva. Passe-
mos à fase complementar, que se constitui na promulgação e na publicação da lei.
Fase Complementar
Meu(minha) aluno(a), sancionado o projeto de lei ou derrubado o veto pelo Congresso Na-
cional, chegamos à fase complementar, formada pela:
1) promulgação: ato que atesta a existência da lei. A promulgação é ato próprio do Presi-
dente da República. Mas há situações em que o Presidente poderá deixar de promulgar, nos ca-
sos da sanção tácita e da derrubada do veto. Nesses casos, se a lei não for promulgada dentro
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Errado.
De acordo com o STF, não há hierarquia entre lei ordinária e lei complementar.
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Certo.
É a chamada reserva de matéria.
Esse processo legislativo ordinário também é observado para a elaboração das leis com-
plementares. Qual seria, portanto, as diferenças entre uma lei ordinária e uma lei complemen-
tar no que tange ao processo legislativo?
A primeira diferença reside na citada reserva de matéria, ou seja, só será lei complementar
quando a Constituição exigir. A segunda distinção está no quórum de aprovação. O art. 69 de-
termina que as leis complementares sejam aprovadas por maioria absoluta.
Já que citamos a chamada maioria absoluta, avancemos sobre a teoria das maiorias.
A chamada maioria simples (ou relativa) é aquela que diferencia o quórum de instalação
do quórum de votação. Vale dizer, nas deliberações por maioria simples, a instalação da ses-
são só se dará se estiver presente a maioria dos membros. Presente a maioria dos membros,
atinge-se a maioria simples pela maioria dos presentes. Por exemplo, pensemos no Plenário
do Senado Federal. Lá temos 81 Senadores. Para instalar a sessão, precisamos de 41 Sena-
dores presentes, no mínimo. Se estiverem presentes o quórum mínimo para instalação – ou
seja, 41 – a maioria simples será atingida com a votação de 21 Senadores, isto é, a maioria dos
presentes. Ok? É o que está no art. 47.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Co-
missões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Agora, a maioria absoluta significa, sempre, a maioria dos membros. Se o Plenário do Se-
nado Federal for deliberar sobre um projeto de lei complementar, deverá atingir o quórum de
pelo menos 41 Senadores para a aprovação da matéria.
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Por fim, a maioria qualificada é aquela representada por uma fração. Por exemplo, para
aprovar uma emenda à Constituição são necessários 3/5 dos votos dos respectivos membros.
DICA DO LD
É possível a tramitação de proposta de lei complementar que
trate de matéria de lei ordinária. É o que a doutrina chama de
“pseudo” lei complementar. A consequência jurídica é que
essa “pseudo” lei complementar poderá ser alterada por uma
lei ordinária, haja vista que a matéria por ela trazida é própria
de lei ordinária. O que não pode é lei ordinária tratar de matéria
de lei complementar. OK?
Outro ponto que merece destaque: será que matéria de iniciativa privativa (aquela em que
o projeto de lei só pode ser apresentado por uma determina pessoa, conforme ensinamos)
pode sofrer emenda parlamentar? Sim, desde que sejam respeitados dois requisitos:
a) não haja aumento de despesa;
b) haja pertinência temática com a matéria do projeto de lei.
Errado.
Necessita de pertinência temática.
Diga-se que o STF entende que o Poder Legislativo não pode fixar prazo para que o deten-
tor da iniciativa privativa apresente o projeto de lei, em respeito à separação dos Poderes (ADIs
546 e 2.305).
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Guardamos, como última observação, a mais importante delas: será que a sanção do Pre-
sidente da República convalida o vício de iniciativa? Explico. A Constituição, no art. 61, § 1º,
traz um rol de matérias de iniciativa privativa do Presidente da República. Caso um parlamentar
apresente um projeto de lei sobre matéria prevista nesse art. 61, § 1º, de iniciativa privativa do
Presidente, a futura sanção do Presidente convalidaria o vício de iniciativa? A resposta é não.
Segundo o STF, a posterior aquiescência do Chefe do Poder Executivo, mediante sanção do
projeto de lei, ainda quando dele seja a prerrogativa usurpada, não tem o condão de sanar o
vício de iniciativa.
Por importante, leiamos as matérias de iniciativa privativa do Presidente da República. É
um assunto que cai com frequência.
Para fechar, vamos a um mapa mental que sintetiza as observações finais, à luz da juris-
prudência do STF.
não há hierarquia entre lei ordinária e lei
complementar - há apenas reserva de matéria
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Errado.
A sanção de projeto de lei NÃO sana o vício decorrente da falta de iniciativa do Poder Executivo.
Certo.
Exatamente como tratamos.
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À luz do § 1º do art. 64, poderá o Presidente da República solicitar urgência para aprecia-
ção de projetos de sua iniciativa.
Caso o Presidente da República apresente um projeto de lei e peça urgência para sua análi-
se, instaura-se o chamado processo legislativo sumário. Ou seja, o processo legislativo sumá-
rio possui 2 requisitos:
a) projeto de autoria do Presidente da República (seja da sua iniciativa privativa ou não); e
b) pedido de urgência pelo Presidente da República.
Segundo a Constituição Federal, nesse processo legislativo sumário, a Câmara dos Depu-
tados terá 45 dias para apreciar o projeto de lei, e o Senado Federal mais 45 dias, sob pena de
trancamento da pauta.
Se houver alguma proposição legislativa com prazo constitucional determinado (medida
provisória, por exemplo), este ato prevalecerá sobre a urgência solicitada pelo Presidente da
República (art. 64, § 2º).
Caso o Senado Federal faça alguma emenda ao projeto de lei, a Câmara dos Deputados
terá o prazo de 10 dias para apreciar as emendas (art. 64, § 3º).
Esses prazos não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional e não se apli-
cam para projetos de código, em razão de sua complexidade (art. 64, § 4º).
É isso. Para fechar, vamos a um mapa mental.
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Emendas à Constituição
A Constituição Federal poderá ser emendada mediante proposta de um terço dos mem-
bros da Câmara dos Deputados, de um terço dos membros do Senado Federal, do Presidente
da República ou de mais da metade das Assembleias Legislativas, manifestando-se, cada uma
delas, pela maioria relativa (o mesmo que maioria simples) de seus membros (art. 60, I a III).
DE OLHO NA DIVERGÊNCIA
Será que poderia iniciativa popular para proposta de emenda à Constituição (PEC)? Parcela
minoritária da doutrina entende que sim. Porém, a doutrina majoritária afirma não ser possível
a iniciativa popular para PEC, por entender que o rol do art. 60 é taxativo.
A proposta de emenda será deliberada em cada uma das Casas do Congresso Nacional
(Câmara dos Deputados e Senado Federal), em 2 turnos de votação, devendo, para ser aprova-
da, ter em cada turno o voto de 3/5 dos respectivos membros. Caso aprovada nas duas Casas,
em dois turnos de votação, por 3/5 dos votos, a emenda à Constituição será promulgada pelas
Mesas da Câmara e do Senado (art. 60, §§ 2º e 3º).
Muito cuidado: não é a Mesa do Congresso Nacional que promulgará, mas as Mesas da Câma-
ra dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
Errado.
Quem promulga a emenda à Constituição são as Mesas da Câmara dos Deputados e do Sena-
do Federal, com o respectivo número de ordem (art. 60, § 3º, da CF/1988).
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Errado.
Na verdade, o correto seria que a proposta de emenda constitucional deve ser discutida e vo-
tada nas duas Casas do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se
obtiver três quintos dos votos dos seus respectivos membros. Na fase constitutiva do proces-
so legislativo, não se conta com a participação do Presidente da República, e a promulgação
deve realizar-se, conjuntamente, pelas Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
Certo.
O direito de propriedade é uma cláusula pétrea presente no art. 60, § 4º, IV, da CF/1988.
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Medidas Provisórias
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Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, tran-
ca-se a pauta (art. 62, § 6º). Esse trancamento se dará na Casa Legislativa em que estiver tra-
mitando a MP. Se, por exemplo, ultrapassar 45 dias ainda na Câmara dos Deputados, trancará
a pauta da Câmara enquanto ainda estiver nesta Casa; nesse caso, ao ser remetida ao Senado
Federal, a MP já chega trancando a pauta.
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Decidiu o STF que o trancamento da pauta pelas medidas provisórias só alcança proje-
tos de lei sobre temas passíveis de serem tratados por MP, excluídas, em consequên-
cia disso, as propostas de emenda à Constituição, os projetos de lei complementar, de
decreto legislativo, de resolução e até mesmo os projetos de lei ordinária que veiculem
temas pré-excluídos do âmbito de incidência das medidas provisórias (MS 27.931).
Muito cuidado com o que vou dizer agora: é vedada a reedição, na mesma sessão legis-
lativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por
decurso de prazo (art. 62, § 10).
3) Rejeitada: se a MP for expressamente rejeitada pelo Congresso Nacional, deixa de exis-
tir desde a sua publicação, aplicando-se as consequências acima tratadas quanto à vedação
a reedição e ao dever de disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes. Ou seja, é dever do
Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas decorrente da MP.
Não editado este decreto legislativo até 60 dias após a rejeição ou perda de eficácia por de-
curso do prazo da medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos
praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas (aquela causa de perpetuação
da MP já tratada). E, ainda, é absolutamente vedada a reedição, na mesma sessão legislativa,
de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso
de prazo.
DICA DO LD
No caso dos processos legislativos especiais das emendas à
Constituição e das medidas provisórias, a reedição na mesma
sessão legislativa é absolutamente vedada. O art. 67 só se
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mum), vira projeto de lei de conversão, seguindo, a partir de então, o processo legislativo or-
dinário, inclusive devendo ser submetida ao Presidente para fins de sanção ou veto (art. 62, §
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O Congresso Nacional não pode incluir em medidas provisórias emendas parlamentares
que não tenham pertinência temática com a norma, o chamado “contrabando legislativo”.
Asseverou o STF que a prática de inserção, mediante emenda parlamentar, no processo
legislativo de conversão de medida provisória em lei, de matérias de conteúdo temático
estranho ao objeto originário da medida provisória viola a Constituição, notadamente o
princípio democrático e o devido processo legislativo.
É muito importante saber quais matérias não podem ser normatizadas por medida provi-
sória. Nesse contexto, diz o art. 62, § 1º, que é vedada a edição de medidas provisórias sobre
matéria:
I – relativa a:
membros;
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matérias vedadas (art. 62, § 1°) comissão mista de Deputados e Senadores para
emitir parecer (art. 62, § 9°)
arquivada
Congresso Nacional deve disciplinar as APROVADA vira lei ordinária
relações jurídicas por decreto legislativo
(art. 62. § 3º )
arquivada
não editado o decreto legislato – causa de REJEITADA
prazo de 60 + 60 dias (art. 62, §§ 3º e 7º)
perpetuação da MP (art. 62, § 11)
com 45 dias tranca a pauta (art. 62, § 6º)
vedada reedição na mesma SESSÃO
LEGISLATIVA (art. 62, § 1º) prazo suspende no recesso (art. 62, § 4º)
PERDER A EFICÁCIA POR
Congresso Nacional deve disciplinar as relações
DECURSO DO PRAZO
jurídicas por decreto legislativo (art. 62, § 3º)
não editado o decreto legislato – causa de
perpetuação da MP (art. 62, § 11)
MS 27.931: o STF entendeu que a interpretação adequada do art. 62, § 6º implicaria vedada reedição na mesma SESSÃO LEGISLATIVA
o sobrestamento apenas dos projetos de lei ordinária. Em outras palavras, o (art. 62, § 1º)
sobrestamento refere-se apenas às matérias passíveis de regramento por medida
provisória. Excluem-se, portanto, as propostas de emenda à Constituição e os projetos
de lei complementar, de decreto legislativo, de resolução e, até mesmo, de lei ordinária,
desde que veiculem temas pré-excluídos do âmbito de incidência das medidas
provisórias.
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Certo.
Segundo o art. 62, § 1º, da CF/1988, é vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
Errado.
No rol do art. 62, § 1º, da CF/1988, não há vedação de MP em matéria tributária.
Certo.
Conforme o art. 62, § 1º, da CF/1988, é vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a: d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais
e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º, da CF/1988 (crédito extraordinário).
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Leis Delegadas
As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional. A delegação ao Presidente da República terá a forma de
resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício
(art. 68, caput e § 2º).
Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará
em votação única, vedada qualquer emenda. É o que se denomina delegação imprópria
(art. 68, § 3º).
Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional,
os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reser-
vada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I – organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
II – nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III – planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos (art. 68, § 1º).
LEI DELEGADA
possibilidade de delegação imprópria (art. 62, § 3°)
(ART. 68)
Decretos legislativos
Os processos legislativos especiais dos decretos legislativos e das resoluções estão regu-
lamentados nos Regimentos Internos das Casas do Congresso Nacional (Câmara e Senado) e
no Regimento Interno Comum do Congresso Nacional.
Isto é, aqui em Constitucional, basta-nos saber que o decreto legislativo é uma espécie de
lei mediante a qual são materializadas as competências exclusivas do Congresso Nacional
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(art. 49). Tramitam nas duas Casas do parlamento federal e não se fala em sanção ou veto
presidencial.
DECRETO
LEGISLATIVO (RI) tramita nas duas Casas
Resoluções
Por fim, as resoluções são espécies de lei que disciplinam as competências privativas da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal (arts. 51 e 52). Tramitam tão somente na Casa
respectiva e não se fala, também, em sanção ou veto presidencial.
RESOLUÇÃO
(RI) tramita na Casa competente
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2) ADI 4.425: A CF de 1988 não fixou um intervalo temporal mínimo entre os dois turnos
de votação para fins de aprovação de emendas à Constituição (CF, art. 60, § 2º), de sorte
que inexiste parâmetro objetivo que oriente o exame judicial do grau de solidez da von-
tade política de reformar a Lei Maior. A interferência judicial no âmago do processo polí-
tico, verdadeiro locus da atuação típica dos agentes do Poder Legislativo, tem de gozar
de lastro forte e categórico no que prevê o texto da CF.
[ADI 4.425, rel. p/ o ac. min. Luiz Fux, j. 14-3-2013, P, DJE de 19-12-2013.]
3) ADI 3.367: Não precisa ser reapreciada pela Câmara dos Deputados expressão supri-
mida pelo Senado Federal em texto de projeto que, na redação remanescente, aprovada
de ambas as Casas do Congresso, não perdeu sentido normativo.
[ADI 3.367, rel. min. Cezar Peluso, j. 13-4-2005, P, DJ de 22-9-2006.]
5) ADI 5.889: O Plenário, por maioria, deferiu medida cautelar em ação direta de incons-
titucionalidade para suspender, com eficácia ex tunc, o art. 59-A da Lei 9.504/1997, inclu-
ído pela Lei 13.165/2015 (Lei da Minirreforma Eleitoral), o qual determina que, na votação
eletrônica, o registro de cada voto deverá ser impresso e depositado, de forma automá-
tica e sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado. (...) O ministro Ale-
xandre considerou que o art. 59-A e o seu parágrafo único permitem a identificação de
quem votou, ou seja, a quebra do sigilo, e, consequentemente, a diminuição da liberdade
do voto. Cabe ao legislador fazer a opção pelo voto impresso, eletrônico ou híbrido, visto
que a CF nada dispõe a esse respeito, observadas, entretanto, as características do voto
nela previstas.
[ADI 5.889, rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 6-6-2018, P, Informativo 905.]
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6) RE 424.674: (...) não mais assiste, ao chefe do Poder Executivo, a prerrogativa consti-
tucional de fazer instaurar, com exclusividade, em matéria tributária, o concernente pro-
cesso legislativo. (...) sob a égide da Constituição republicana de 1988, também o membro
do Poder Legislativo dispõe de legitimidade ativa para iniciar o processo de formação das
leis, quando se tratar de matéria de índole tributária, não mais subsistindo, em consequ-
ência, a restrição que prevaleceu ao longo da Carta Federal de 1969 (art. 57, I) (...).
[RE 328.896, rel. min. Celso de Mello, j. 9-10-2009, dec. monocrática, DJE de 5-11-2009.]
= RE 424.674, rel. min. Marco Aurélio, j. 25-2-2014, 1ª T, DJE de 19-3-2014
7) ADI 2.305: Tratando-se de projeto de lei de iniciativa privativa do chefe do Poder Exe-
cutivo, não pode o Poder Legislativo assinar-lhe prazo para o exercício dessa prerrogativa
sua. Não havendo aumento de despesa, o Poder Legislativo pode emendar projeto de
iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo, mas esse poder não é ilimitado, não se
estendendo ele a emendas que não guardem estreita pertinência com o objeto do projeto
encaminhado ao Legislativo pelo Executivo e que digam respeito a matéria que também
é da iniciativa privativa daquela autoridade.
[ADI 546, rel. min. Moreira Alves, j. 11-3-1999, P, DJ de 14-4-2000.]
= ADI 2.305, rel. min. Cezar Peluso, j. 30-6-2011, P, DJE de 5-8-2011
8) ARE 878.911: Não usurpa a competência privativa do chefe do Poder Executivo lei que,
embora crie despesa para a administração pública, não trata da sua estrutura ou da atri-
buição de seus órgãos nem do regime jurídico de servidores públicos.
[ARE 878.911 RG, rel. min. Gilmar Mendes, j. 29-9-2016, P, DJE de 11-10-2016, Tema 917.]
9) ADI 5.004: Viola a cláusula de reserva de iniciativa do chefe do Poder Executivo (art.
61, § 1º, II, a, extensível aos Estados-membros por força do art. 25 da CF) a concessão
de gratificação a policiais militares integrantes de assessoria militar junto ao Tribunal de
Contas estadual. O exercício funcional junto a outros órgãos ou Poderes não desnatura o
vínculo entre esses servidores e seu cargo e órgão de origem.
[ADI 5.004, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 12-4-2018, P, DJE de 25-4-2018.]
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11) ARE 743.480: A norma não reserva à iniciativa privativa do presidente da República
toda e qualquer lei que cuide de tributos, senão apenas a matéria tributária dos Territó-
rios.
[ARE 743.480 RG, voto do rel. min. Gilmar Mendes, j. 10-10-2013, P, DJE de 20-11-2013,
Tema 682.]
12) ADI 3.980: Legislação estadual paulista de iniciativa parlamentar que trata sobre a
vedação de assédio moral na administração pública direta, indireta e fundações públi-
cas. Regulamentação jurídica de deveres, proibições e responsabilidades dos servidores
públicos, com a consequente sanção administrativa e procedimento de apuração. Inter-
ferência indevida no estatuto jurídico dos servidores públicos do Estado de São Paulo.
Violação da competência legislativa reservada do chefe do poder executivo. Descumpri-
mento dos arts. 2º e 61, §1º, II, c, da constituição federal.
[ADI 3.980, rel. min. Rosa Weber, j. 29-11-2019, P, DJE de 18-12-2019.]
13) ADI 4.827: Lei 7.372/2012 do Estado de Alagoas, que dispõe sobre a fixação do efe-
tivo da polícia militar. Emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa exclusiva do chefe
do poder executivo. Criação do quadro de oficiais veterinários. Distribuição de quadro de
assessorias militares dos Poderes Judiciário e Legislativo. (...) O desmembramento do
Quadro de Oficiais de Saúde (QOS) para criação de um Quadro novo e isolado, composto
apenas por Oficiais Veterinários (QOV), além de desbordar do conteúdo do projeto origi-
nal, viola a iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo, que é aquele que tem ini-
ciativa para propor normas que repercutam sobre o regime jurídico dos servidores esta-
duais, no que se inclui, a composição de Quadros de Oficiais da Polícia Militar estadual.
(...) O art. 10 da lei impugnada, no que revogou expressamente o art. 64 da Lei Delegada
44/2011, suprimiu dispositivo que regia questões relacionadas às funções e atividades
internas desempenhadas pelas Assessorias Militares e pelo Núcleo de Apoio à Auditoria
da justiça Militar, matéria estranha ao Projeto de Lei encaminhado pelo Chefe do Poder
Executivo. Na espécie, incide, por simetria, o disposto no art. 61, § 1º, da Constituição.
[ADI 4.827, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 27-9-2019, P, DJE de 15-10-2019.]
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salas de aula que tiverem alunos com diagnóstico de deficiências e transtornos especifi-
cados no texto normativo, a lei estadual, de iniciativa parlamentar, viola regra constitucio-
nal que determina a iniciativa privativa do Poder Executivo para dispor sobre servidores
públicos, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria (CF, art.
61, § 1º, II, c).
[ADI 5.786, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 13-9-2019, P, DJE de 26-9-2019.]
15) ADI 5.520: A Emenda Constitucional 61/2012 de Santa Catarina conferiu status de
carreira jurídica, com independência funcional, ao cargo de delegado de polícia. Com isso,
alterou o regime do cargo e afetou o exercício de competência típica da chefia do Poder
Executivo, o que viola a cláusula de reserva de iniciativa do chefe do Poder Executivo (art.
61, § 1º, II, c, extensível aos Estados-Membros por força do art. 25 da CF).
[ADI 5.520, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 6-9-2019, P, DJE de 20-9-2019.]
16) ADI 5.213: Direito de greve de servidores públicos estaduais. Regulamentação por lei
estadual. (...) A norma impugnada, ao disciplinar o exercício do direito de greve dos ser-
vidores públicos do Estado de Rondônia, apresenta peculiar disciplina normativa concer-
nente à relação jurídica havida entre os servidores públicos estaduais e a administração
pública. Considerada a iniciativa parlamentar da norma impugnada, é de se reconhecer
sua inconstitucionalidade formal (art. 61, §1º, II, c, CF)
[ADI 5.213, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 13-6-2018, P, DJE de 21-6-2018.]
17) ADI 5.293: Lei 16.285/2013 de Santa Catarina. (...) Os arts. 1º, 4º, 6º e 7º da lei impug-
nada não afrontam a regra, de reprodução federativamente obrigatória, que preserva sob
a autoridade do chefe do Poder Executivo local a iniciativa para iniciar leis de criação e/ou
extinção de ministérios e órgãos da administração pública (art. 61, § 1º, II, e, da CF). Mera
especificação de quais cuidados médicos, entre aqueles já contemplados nos padrões
nacionais de atendimento da rede pública de saúde, devem ser garantidos a determinada
classe de pacientes (portadores de sequelas graves causadas por queimaduras).
[ADI 5.293, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 8-11-2017, P, DJE de 21-11-2017.]
18) ADIs 5.709, 5.716, 5.717 e 5.727: Medida provisória não revoga lei anterior, mas
apenas suspende seus efeitos no ordenamento jurídico, em face do seu caráter transi-
tório e precário. Assim, aprovada a medida provisória pela Câmara e pelo Senado, surge
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nova lei, a qual terá o efeito de revogar lei antecedente. Todavia, caso a medida provisória
seja rejeitada (expressa ou tacitamente), a lei primeira vigente no ordenamento, e que
estava suspensa, volta a ter eficácia.
[ADI 5.709, ADI 5.716, ADI 5.717 e ADI 5.727, rel. min. Rosa Weber, j. 27-3-2019, P, DJE de
28-6-2019.]
19) ADPF 216: O § 11 do art. 62 da Constituição visa garantir segurança jurídica àqueles
que praticaram atos embasados na medida provisória rejeitada ou não apreciada, mas
isso não pode se dar ao extremo de se permitir a sobreposição da vontade do Chefe do
Poder Executivo sob a do Poder Legislativo, em situações, por exemplo, em que a preser-
vação dos efeitos da medida provisória equivalha à manutenção de sua vigência. Inter-
pretação diversa ofenderia a cláusula pétrea constante do art. 2º da Constituição, que
preconiza a separação entre os Poderes. Quanto aos pedidos de licença para exploração
de CLIA não examinados na vigência da Medida Provisória n. 320/2006, não havia rela-
ção jurídica constituída que tornasse possível a invocação do § 11 do art. 62 da Consti-
tuição para justificar a aplicação da medida provisória rejeitada após o término de sua
vigência. Interpretação contrária postergaria indevidamente a eficácia de medida provi-
sória já rejeitada pelo Congresso Nacional, ofendendo não apenas o § 11 do art. 62 da
Constituição, mas também o princípio da separação dos Poderes.
[ADPF 216, rel. min. Cármem Lúcia, j. 14-3-2018, P, DJE de 23-3-2020.]
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22) ADI 774: Processo legislativo da União: observância compulsória pelos Estados de
seus princípios básicos, por sua implicação com o princípio fundamental da separação
e independência dos Poderes: jurisprudência do Supremo Tribunal. Processo legislativo:
emenda de origem parlamentar a projeto de iniciativa reservada a outro poder: inconsti-
tucionalidade, quando da alteração resulte aumento da despesa consequente ao projeto
inicial (...).
[ADI 774, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 10-12-1998, P, DJ de 26-2-1999.]
= RE 745.811 RG, rel. min. Gilmar Mendes, j. 17-10-2013, P, DJE de 6-11-2013, Tema 686
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23) ADI 5.003: A lei complementar, conquanto não goze, no ordenamento jurídico nacional,
de posição hierárquica superior àquela ocupada pela lei ordinária, pressupõe a adoção de
processo legislativo qualificado, cujo quórum para a aprovação demanda maioria abso-
luta, ex vi do artigo 69 da CRFB. A criação de reserva de lei complementar, com o fito de
mitigar a influência das maiorias parlamentares circunstanciais no processo legislativo
referente a determinadas matérias, decorre de juízo de ponderação específico realizado
pelo texto constitucional, fruto do sopesamento entre o princípio democrático, de um lado,
e a previsibilidade e confiabilidade necessárias à adequada normatização de questões de
especial relevância econômica, social ou política, de outro. A aprovação de leis comple-
mentares depende de mobilização parlamentar mais intensa para a criação de maiorias
consolidadas no âmbito do Poder Legislativo, bem como do dispêndio de capital político
e institucional que propicie tal articulação, processo esse que nem sempre será factível
ou mesmo desejável para a atividade legislativa ordinária, diante da realidade que marca
a sociedade brasileira – plural e dinâmica por excelência – e da necessidade de tutela
das minorias, que nem sempre contam com representação política expressiva. A amplia-
ção da reserva de lei complementar, para além daquelas hipóteses demandadas no texto
constitucional, portanto, restringe indevidamente o arranjo democrático-representativo
desenhado pela Constituição Federal, ao permitir que Legislador estadual crie, por meio
do exercício do seu poder constituinte decorrente, óbices procedimentais – como é o
quórum qualificado – para a discussão de matérias estranhas ao seu interesse ou cujo
processo legislativo, pelo seu objeto, deva ser mais célere ou responsivo aos ânimos
populares.
[ADI 5.003, rel. min. Luiz Fux, j. 5-12-2019, P, DJE de 19-12-2019.]
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RESUMO
Conceito de Processo Legislativo: é o conjunto de atos previstos na Constituição Federal
que devem ser observados pelo Congresso Nacional e pela Presidência da República para ela-
boração das leis. Entendem-se por leis as emendas à Constituição, as leis complementares, as
leis ordinárias, as leis delegadas, as medidas provisórias, os decretos legislativos e as resolu-
ções, todos com previsão no art. 59, da Constituição Federal.
Processo Legislativo Ordinário: é o procedimento exigido para a elaboração das leis ordi-
nárias.
Fases do Processo Legislativo Ordinário: introdutória, constitutiva e complementar.
Fase Introdutória: resume-se na apresentação do projeto de lei, por meio dos legitimados
pela Constituição Federal.
Que será a Casa Iniciadora: via de regra, a Câmara dos Deputados será a Casa Iniciadora.
Só será o Senado Federal a Casa iniciadora se o projeto de lei for de autoria de Senador ou de
Comissão do Senado.
Fase Constitutiva: nas Casas do Congresso Nacional ocorrerá boa parte dessa fase cons-
titutiva, formada pela deliberação parlamentar (discussão e votação), além da possível análise
de veto.
Na Casa Iniciadora: após a discussão e votação, na Comissão de Constituição e Justiça,
nas Comissões Temáticas e no Plenário, se for o caso, o projeto de lei poderá ter dois desti-
nos: 1) rejeitado: situação em que será arquivado, só podendo constituir novo projeto de lei na
mesma sessão legislativa se houver solicitação de maioria absoluta dos membros de uma das
Casas do Congresso Nacional; 2) aprovado: ocasião em que seguirá para a Casa revisora.
Na Casa Revisora: após a deliberação na Comissão de Constituição e Justiça, nas Co-
missões Temáticas e no Plenário, se for o caso, o projeto de lei poderá ter três destinos: 1)
rejeitado: ocasião em que será arquivado, só podendo constituir novo projeto de lei na mesma
sessão legislativa se houver solicitação de maioria absoluta dos membros de uma das Casas
do Congresso Nacional; 2) aprovado: nessa situação, o projeto de lei será encaminhado ao
Presidente da República para sanção ou veto; 3) emendado: se o projeto de lei for modificado
na Casa Revisora, retornará à Casa iniciadora para apreciação das emendas.
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De Volta à Casa Iniciadora: caso as emendas apresentadas pela Casa Revisora sejam
aprovadas, o texto final, contemplando as emendas, seguirá para o Presidente da República
para fins de sanção ou veto. Por outro lado, caso as emendas sejam rejeitadas, seguirá para o
Presidente da República o texto inicial do projeto.
Sanção: é a concordância do Presidente da República ao projeto de lei que tramitou pelo
Congresso Nacional, que pode ser expressa ou tácita. Permanecendo o Presidente da República
em silêncio por quinze dias úteis, será o projeto de lei considerado tacitamente sancionado.
Veto: é a discordância do Presidente da República com relação ao projeto de lei apresen-
tado pelo Congresso Nacional. Este veto sempre será expresso e sempre será motivado. Se o
Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrá-
rio ao interesse público, poderá vetá-lo total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis con-
tados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do
Senado Federal os motivos do veto.
Veto Jurídico: é aquele em que o Presidente da República julga o projeto de lei inconstitu-
cional.
Veto Político: é aquele em que o Presidente da República julga que há falta de interesse
público à aprovação da lei.
Veto Total: é a contrariedade do Presidente da República a todo o projeto de lei.
Veto Parcial: a contrariedade se manifesta em relação a parte do projeto de lei. Porém,
caso o Presidente resolva vetar parcialmente o projeto de lei, esse veto parcial somente abran-
gerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
Análise do Veto: o Presidente da República comunicará, dentro de quarenta e oito horas,
ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. Caso o Presidente da República vete,
mesmo que parcialmente, o projeto de lei, o Congresso Nacional poderá derrubar o veto. Essa
análise do veto pelo Congresso Nacional será realizada em sessão conjunta, dentro de 30 dias
a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos De-
putados e Senadores, em votação aberta. Se o veto não for mantido, o projeto será enviado ao
Presidente da República para promulgação. Esgotado sem deliberação o prazo de 30 dias, o
veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições,
até sua votação final.
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de 10 dias para apreciar as emendas. Esses prazos não correm nos períodos de recesso do
Congresso Nacional e não se aplicam para projetos de código, em razão de sua complexidade.
Emendas à Constituição: a Constituição Federal poderá ser emendada mediante proposta
de um terço dos membros da Câmara dos Deputados, de um terço dos membros do Senado
Federal, do Presidente da República ou de mais da metade das Assembleias Legislativas, ma-
nifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. A proposta de emenda
será deliberada em cada uma das Casas do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e
Senado Federal), em 2 turnos de votação, devendo, para ser aprovada, ter em cada turno o voto
de 3/5 dos respectivos membros. Caso aprovada nas duas Casas, em dois turnos de votação,
por 3/5 dos votos, a emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara e do Se-
nado. A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado
de defesa ou de estado de sítio. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tenden-
te a abolir: I – a forma federativa de Estado; II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes; IV – os direitos e garantias individuais. A matéria constante de
proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta
na mesma sessão legislativa.
Medidas Provisórias: em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá
adotar medidas provisórias (MP) com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Con-
gresso Nacional. Publicada a MP e encaminhada ao Congresso Nacional, o primeiro ato a ser
realizado pelo Congresso é a criação de uma comissão mista de Deputados e Senadores que
deverão emitir um parecer. Após isso, a tramitação inicia-se na Câmara dos Deputados. Como
medida preliminar à análise do mérito das medidas provisórias, deverão a Câmara e o Senado
deliberar sobre o atendimento dos pressupostos constitucionais da relevância e da urgência
da MP. Após a deliberação pelas Casas do Congresso Nacional, a medida provisória poderá
ter 4 destinos: 1) aprovada: se aprovada, vira lei ordinária; 2) perder a eficácia por decurso do
prazo: diz o texto constitucional que as medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição,
se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável por mais 60 dias, a partir de
sua publicação, suspendendo-se o prazo durante os períodos de recesso parlamentar, devendo
o Congresso Nacional, por meio de decreto legislativo, disciplinar as relações jurídicas delas
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decorrentes. Não editado o aludido decreto legislativo até 60 dias após a rejeição ou perda de
eficácia da medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos prati-
cados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. Se a medida provisória não for
apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, tranca-se a pauta; 3) rejeitada: se a MP
for expressamente rejeita pelo Congresso Nacional, deixa de existir desde a sua publicação,
aplicando-se as consequências acima tratadas quanto à vedação a reedição e ao dever de dis-
ciplinar as relações jurídicas dela decorrentes; 4) emendada: vira projeto de lei de conversão,
seguindo, a partir de então, o processo legislativo ordinário, inclusive devendo ser submetida
ao Presidente para fins de sanção ou veto. Mas continua submetida ao prazo fatal de 120 dias.
Matérias Vedadas às Medidas Provisórias: art. 62, § 1º.
Leis Delegadas: serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a dele-
gação ao Congresso Nacional. A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolu-
ção do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. Se a
resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação
única, vedada qualquer emenda. É o que se denomina delegação imprópria.
Matérias Vedadas às Leis Delegadas: art. 68, § 1º.
Decretos Legislativos: são uma espécie de lei mediante a qual são materializadas as com-
petências exclusivas do Congresso Nacional. Tramitam nas duas Casas do parlamento federal
e não se fala em sanção ou veto presidencial.
Resoluções: são espécies de lei que disciplinam as competências privativas da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal. Tramitam tão somente na Casa respectiva e não se fala,
também, em sanção ou veto presidencial.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-GO/POLICIAL LEGISLATIVO/2019) De acordo
com o direito constitucional, o processo legislativo no âmbito federal envolve a elaboração de
a) regimento interno de Assembleia Legislativa.
b) Constituição estadual.
c) decreto estadual.
d) lei municipal.
e) emendas à Constituição.
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Senado e, por fim, sancionado pelo Presidente da República. Esta hipótese não está de acordo
com a Constituição Federal porque o referido projeto de lei contém matéria
a) de iniciativa privativa do Congresso Nacional.
b) de iniciativa privativa do Presidente da República.
c) de iniciativa popular, sem a obrigatoriedade de ser sancionado pelo Presidente da República.
d) de iniciativa privativa do Supremo Tribunal Federal.
e) que deve ser aprovada por meio de decreto do Presidente da República.
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d) não está de acordo com a Constituição Federal porque projeto de lei que sofreu emenda de re-
visão deve retornar à Casa iniciadora para que as alterações ao projeto original sejam analisadas.
e) não está de acordo com a Constituição Federal porque os projetos de lei que tramitam no
Congresso Nacional não dependem de sanção ou veto do Presidente da República.
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a) para disciplinar matéria de direito processual civil, por Governador de Estado, que deverá
remetê-las à análise do Congresso Nacional.
b) se ocorrerem calamidades de grandes proporções na natureza, pelas Mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, para liberação de recursos financeiros.
c) na ocorrência de comoção grave de repercussão nacional, pelo Presidente da República e
pelos Governadores de Estado.
d) quando não votada a lei orçamentária anual até 31 de dezembro do ano anterior, pelo Presi-
dente da República, a fim de regular os gastos da União.
e) em caso de relevância e urgência, pelo Presidente da República, que deverá submetê-las de
imediato ao Congresso Nacional.
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Senado Federal tem 81 senadores, referido projeto demandará, no mínimo, 41 votos para que
seja aprovado.
b) Um projeto de lei que disponha sobre parcelamento tributário de dívidas do imposto so-
bre propriedade veicular (IPVA) não pode ser apresentado por parlamentar, por ser matéria de
competência privativa do chefe do Poder Executivo.
c) Considere que o Congresso Nacional já tenha aprovado determinado projeto de lei, agora
em fase de sanção ou veto, alterando o projeto inicial encaminhado pelo presidente da Repú-
blica. Não satisfeito com a referida alteração, poderá o presidente da República editar nova
medida provisória (MP) sobre a matéria rejeitada.
d) A matéria veiculada em MP rejeitada pelo Congresso Nacional não poderá ser reapresenta-
da na mesma sessão legislativa, cabendo a esse órgão disciplinar, por meio de decreto legisla-
tivo, as relações jurídicas decorrentes da edição da MP rejeitada.
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e votar projetos de lei que dispensarem a competência do plenário, mas não têm o poder de
apresentar tais projetos para dar início ao processo legislativo.
b) A emenda à CF será promulgada, com o respectivo número de ordem, pelo presidente do
Senado Federal, na condição de presidente do Congresso Nacional. Se a promulgação não
ocorrer dentro do prazo de quarenta e oito horas após a sua aprovação, as mesas da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal deverão fazê-lo.
c) São de iniciativa privativa do presidente da República as leis que disponham sobre o aumen-
to de remuneração dos cargos, funções e empregos na administração direta e autárquica.
d) A iniciativa popular de lei pode ser exercida pela apresentação, à Câmara dos Deputados ou
ao Senado Federal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distri-
buído, pelo menos, por cinco estados.
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a) A Lei Complementar exige aprovação por maioria absoluta, enquanto a lei ordinária é apro-
vada por maioria simples dos membros presentes à sessão, desde que presente a maioria
absoluta dos membros de cada Casa ou de suas Comissões.
b) As matérias que devem ser regradas por Lei Complementar encontram-se taxativamente
indicadas no texto constitucional e, desde que não seja assunto específico de normatização
por decreto legislativo ou resolução, o regramento de todo o resíduo competirá à lei ordinária.
c) As matérias reservadas à Lei Complementar não serão objeto de delegação do Congresso
ao Presidente da República.
d) A discussão e votação dos projetos de lei ordinária devem, obrigatoriamente, ter início na
Câmara dos Deputados.
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Questão 47 (XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO) O deputado federal João da Silva, em seu
primeiro mandato, propõe um projeto de lei sobre regulamentação de aplicativos de mensa-
gens. As discussões em plenário se mostram acirradas, sendo o projeto de lei rejeitado. Incon-
formado, o deputado, por entender que a rejeição do projeto se deveu a fatores circunstanciais
e passageiros, quer voltar a tê-lo reavaliado, ainda na mesma sessão legislativa. Em dúvida se
poderia vir a fazê-lo, consulta sua assessoria que, em consonância com a CRFB/88, presta a
seguinte informação:
a) A matéria constante do referido projeto de lei somente poderá constituir objeto de novo pro-
jeto na próxima sessão legislativa, em deferência ao princípio da oportunidade.
b) A matéria objeto do projeto de Lei rejeitado ainda poderá ser apreciada na mesma sessão
legislativa, desde que proposta pela maioria absoluta dos membros de qualquer uma das ca-
sas do Congresso Nacional.
c) A matéria, objeto do projeto de lei rejeitado, somente poderá ser apreciada na mesma ses-
são legislativa se comprovadamente tratar de direito que aumente o grau de dignidade e pro-
teção da pessoa humana.
d) A matéria, discutida em projeto de lei rejeitado pelo Congresso Nacional, não pode ser apre-
ciada na mesma sessão legislativa, exceto se o Presidente da República, alegando interesse
nacional, assim o determinar.
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seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei, determinando, igualmente, a majora-
ção da remuneração dos servidores públicos federais da área de saúde pública. Aprovado em
ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao Presidente da Repúbli-
ca. Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de incons-
titucionalidade formal, ainda que possa vetá-lo por entendê-lo contrário ao interesse público,
devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis.
b) O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício de
inconstitucionalidade formal, poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto presidencial,
editar medida provisória com igual conteúdo ao do projeto de lei aprovado pelo Congresso
Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes.
c) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade material e
não por inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que acarretem despesas
para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da República.
d) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na
parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa
nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo
de quinze dias úteis.
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c) sanção tácita, o que convalida eventual vício de iniciativa, ainda que da lei decorra aumento
de despesa.
d) veto parcial, que ainda será apreciado em sessão separada, pelo plenário de cada uma das
Casas do Congresso Nacional.
Questão 50 (XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Determinado projeto de lei aprovado pela
Câmara dos Deputados foi devidamente encaminhado ao Senado Federal. Na Casa revisora,
o texto foi aprovado com pequena modificação, sendo suprimida certa expressão sem, con-
tudo, alterar o sentido normativo do texto aprovado na Câmara. Assim, o projeto foi enviado
ao Presidente da República, que promoveu a sua sanção, dando origem à Lei “L”. Neste caso,
segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
a) não houve irregularidade no processo legislativo, porque não há necessidade de reaprecia-
ção, pela Câmara dos Deputados, do projeto de lei que tenha expressão suprimida pelo Senado
Federal, quando sentido o normativo da redação remanescente não foi alterado.
b) não houve irregularidade no processo legislativo, porque é função precípua da Casa revi-
sora estabelecer as mudanças que lhe parecerem adequadas, sendo desnecessário o retorno
à Casa iniciadora, mesmo nas situações em que a alteração modifique o sentido normativo
inicial.
c) houve irregularidade no processo legislativo, pois qualquer alteração realizada, pela Casa
revisora, no texto do projeto de lei implica a necessária devolução à Casa iniciadora, a fim de
que aprecie tal alteração.
d) houve irregularidade no processo legislativo, mas, por tratar-se de problema de natureza
interna corporis do Congresso Nacional, somente uma ADI proposta pela Mesa da Câmara dos
Deputados teria o condão de suscitar a inconstitucionalidade da Lei “L”.
Questão 51 (XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO) O Presidente da República edita Medida Pro-
visória que dispõe sobre a injeção extraordinária de verbas para o Fundo de Financiamento Es-
tudantil (FIES). O tema, porém, já havia sido objeto de projeto de lei anteriormente aprovado pelo
Congresso Nacional e remetido ao próprio Presidente da República para sanção. Nessa linha,
observado o regramento estabelecido pela Constituição Federal, assinale a afirmativa correta.
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a) É vedada a edição da Medida Provisória, pois a matéria já havia sido disciplinada em projeto
de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto pelo Presidente da
República.
b) A Medida Provisória narrada na questão não poderia ser editada, visto que é vedado pela
Constituição Federal dispor sobre matéria orçamentária por meio dessa espécie legislativa.
c) A Medida Provisória é juridicamente viável, mas, se não for apreciada em até sessenta dias
contados da sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma
das Casas, ficando sobrestadas todas as demais deliberações legislativas da Casa em que
estiver tramitando, até que se ultime a votação.
d) A Medida Provisória é juridicamente viável e prorrogar-se-á por duas vezes, por igual perío-
do, a sua vigência se, no prazo de 45 dias contados de sua publicação, não tiver a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.
Questão 52 (XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Maria da Silva, deputada federal integran-
te do partido Alfa, vem a ter projeto de sua iniciativa aprovado, com apoio de outros partidos
políticos. Para sua surpresa, o texto do seu projeto veio a ser vetado na integralidade por deci-
são do Presidente da República. Após tomar ciência do veto presidencial, a deputada, com o
intuito de derrubá-lo, procura as lideranças dos partidos que apoiaram seu projeto. Nos termos
da Constituição Federal, assinale a opção que apresenta o procedimento correto.
a) Vetado o projeto de lei, ocorrerá o seu arquivamento.
b) Após o veto, a matéria somente poderá ser reapreciada no ano subsequente.
c) O veto poderá ser rejeitado, o que acarretará o envio do projeto para promulgação pelo Pre-
sidente da República.
d) A apreciação do veto deverá ocorrer, em separado, por cada Casa Legislativa, podendo ser
rejeitado pela maioria absoluta de cada uma delas.
Questão 53 (X EXAME DE ORDEM UNIFICADO) A Constituição brasileira não pode ser emen-
dada:
a) na implantação do estado de emergência e durante a intervenção da União nos Estados.
b) na vigência do estado de sítio e na implantação do estado de emergência.
c) quando em estado de sítio e durante a intervenção da União nos Municípios.
d) na vigência de estado de defesa, de estado de sítio e de intervenção federal.
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e) as leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República após delegação de com-
petência do Senado Federal.
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b) pode ser levada adiante, já que apenas não seria possível a proposta de emenda que viesse
a facilitar o processo legislativo para a alteração de leis ordinárias.
c) é inconstitucional, pois, com base no princípio da simetria, o tema objeto da suposta emen-
da tem de ser disciplinado com observância das regras estabelecidas pela Constituição Fede-
ral de 1988.
d) é inválida, pois a Constituição Federal de 1988 veda aos detentores do cargo de Chefe do
Poder Executivo o poder de iniciativa para propor a alteração no texto constitucional estadual.
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GABARITO
1. e 30. d 59. b
2. a 31. d 60. e
3. c 32. a 61. C
4. c 33. c 62. c
5. d 34. d 63. b
6. d 35. a 64. b
7. c 36. d 65. b
8. d 37. a 66. b
9. d 38. c 67. e
10. b 39. c 68. c
11. b 40. b 69. e
12. c 41. d 70. d
13. d 42. c 71. d
14. d 43. d 72. a
15. a 44. d 73. c
16. e 45. c 74. C
17. a 46. a 75. a
18. c 47. b 76. a
19. e 48. d 77. b
20. a 49. b 78. d
21. c 50. a 79. e
22. a 51. a 80. a
23. b 52. c 81. c
24. d 53. d 82. e
25. a 54. d 83. E
26. d 55. d 84. b
27. a 56. b 85. b
28. e 57. a 86. b
29. d 58. c 87. c
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-GO/POLICIAL LEGISLATIVO/2019) De acordo
com o direito constitucional, o processo legislativo no âmbito federal envolve a elaboração de
A - regimento interno de Assembleia Legislativa.
B - Constituição estadual.
C - decreto estadual.
D - lei municipal.
E - emendas à Constituição.
Letra e.
É o que estabelece o art. 59, I, da CF/1988.
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Letra a.
A vedação está expressa no art. 62, § 1º, II, da CF/1988, que diz que “é vedada a edição de me-
didas provisórias sobre matéria que vise a detenção ou sequestro de bens”.
Letra c.
Via de regra, a Câmara dos Deputados será a Casa Iniciadora. Só será o Senado Federal a
Casa Iniciadora se o projeto de lei for de autoria de Senador ou de Comissão do Senado. Ou
seja, terá início na Câmara dos Deputados a votação dos projetos de leis complementares e
ordinárias quando propostos por qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados,
pelo Presidente da República, pelo Supremo Tribunal Federal, pelos Tribunais Superiores, pelo
Procurador-Geral da República e pelos cidadãos.
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Letra c.
Conforme o art. 68, § 1º, da CF/1988, “não serão objeto de delegação os atos de competência
exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou
do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar”.
Letra d.
Tal situação é regida pelo art. 66, § 1º, da CF/1988, de tal forma que se o prefeito “[...] consi-
derar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-
-lo-á total ou parcialmente [...]”. Lembremos que, muito embora a Constituição Federal fale do
Presidente da República, o processo legislativo federal deve ser replicado pelas Constituições
Estaduais e Leis Orgânicas, em razão do princípio da simetria.
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Letra d.
Segundo o art. 62, § 1º:
Letra c.
Diz o art. 61, § 2º, que:
A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de
lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
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Letra d.
Conforme o art. 62, § 1º, acima transcrito.
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c) I e III, apenas.
d) I, apenas.
e) I, II e III.
Letra d.
O item I está correto, conforme o art. 59, da CF/1988. O item II está incorreto, tendo em vista
que o art. 60, da CF/1988, fala que se trata de no mínimo um terço. O item III está incorreto,
haja vista que sanção é a concordância do Presidente da República ao projeto de lei que trami-
tou pelo Congresso Nacional.
Letra b.
O item está de acordo com o art. 61, § 2º, da CF/1988, segundo o qual “ a iniciativa popular
pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por,
no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados,
com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles”. Isso combinado
com o art. 65, da CF/1988, para quem “o projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela
outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa
revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar”.
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Letra b.
Tal iniciativa privativa do Presidente da República está disposta no art. 61, § 1º, II, “f”, da
CF/1988.
Letra c.
A matéria não consta no rol de vedações do art. 62, § 1º, da CF/1988.
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conforme deliberado pela Casa Revisora, foi diretamente enviado para a sanção ou veto do
Presidente da República.
O referido processo legislativo
a) está de acordo com a Constituição Federal porque o limite de até duas emendas de revisão
permite o encaminhamento do projeto de lei diretamente para o veto ou a sanção presidencial,
sem a necessidade de retornar à Casa que iniciou sua votação.
b) está de acordo com a Constituição Federal porque caberá ao Presidente da República de-
liberar sobre as emendas apresentadas e, após, decidir sobre o veto ou a sanção do projeto
de lei.
c) não está de acordo com a Constituição Federal porque projeto de lei proposto e inicialmente
aprovado pela Câmara dos Deputados deve seguir diretamente para a sanção do Presidente
da República.
d) não está de acordo com a Constituição Federal porque projeto de lei que sofreu emenda de
revisão deve retornar à Casa iniciadora para que as alterações ao projeto original sejam anali-
sadas.
e) não está de acordo com a Constituição Federal porque os projetos de lei que tramitam no
Congresso Nacional não dependem de sanção ou veto do Presidente da República.
Letra d.
O art. 65, parágrafo único, da CF/1988, é claro ao impor que “sendo o projeto emendado, voltará
à Casa iniciadora”.
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b) o projeto possuía vício formal, pois a matéria, que não é reservada a lei complementar, deve-
ria ter sido objeto de projeto de lei ordinária.
c) o projeto não poderia ter sido encaminhado ao Senado Federal, já que não atingiu o quorum
de aprovação exigido pela Constituição da República para a espécie legislativa em questão.
d) a matéria somente poderá ser objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
e) a matéria não poderia ter sido, nem poderá ser, objeto de projeto de lei, por se tratar de di-
reito assegurado constitucionalmente aos empregados domésticos, independentemente de
regulamentação.
Letra d.
O item está em conformidade com o art. 67, da CF/1988, que diz que “a matéria constante de
projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão
legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do
Congresso Nacional”.
Letra a.
De acordo com o art. 60, § 5º, da CF/1988, “a matéria constante de proposta de emenda re-
jeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão
legislativa”.
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Letra e.
É justamente o exposto no art. 60, III, da CF/1988, ao falar sobre a possibilidade de apresenta-
ção de proposta de emenda à Constituição.
Letra a.
É a única opção que não consta expressamente no art. 60, § 4º, da CF/1988.
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Letra c.
Complementa perfeitamente o enunciado, uma vez que está de acordo com o art. 62, § 1º, I a
IV, da CF/1988.
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b) O processo legislativo ordinário é voltado para a elaboração de leis ordinárias, de leis com-
plementares e das emendas à Constituição.
c) De acordo com a Constituição Federal, as leis complementares serão aprovadas por maio-
ria simples, exigindo-se, entretanto para o início da sessão deliberativa o quórum de maioria
absoluta.
d) A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto na mesma sessão legislativa, mediante proposta de um décimo por cento dos mem-
bros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
e) Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas co-
missões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Letra e.
É precisamente o art. 47, da CF/1988, que afirma que, “salvo disposição constitucional em
contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos
votos, presente a maioria absoluta de seus membros”.
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Letra a.
Está em perfeita consonância com o art. 60, § 3º, da CF/1988, segundo o qual “a emenda à
Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
com o respectivo número de ordem”.
Letra c.
A edição de medidas provisórias sobre essa matéria é especificamente vedada no art. 62, § 1º,
I, “a” da CF/1988.
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e) não será objeto de deliberação a proposta de emenda constitucional tendente a abolir a for-
ma federativa do Estado e as normas constitucionais relativas aos servidores públicos.
Letra a.
Existem algumas matérias que não podem ser objeto de medidas provisórias. O direito penal,
processual penal e processual civil são algumas dessas matérias. Essa vedação encontra-se
no art. 62, § 1º, I, “b”, da CF/1988.
Letra b.
Essa vedação está normatizada no art. 62, § 1º, I, “a”, da CF/1988.
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Letra d.
São as espécies normativas previstas no art. 59, da CF/1988, especificamente nos incisos V,
III, VII e VI.
Letra a.
Conforme o art. 61, § 2º, da CF/1988, “a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação
à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento
dos eleitores de cada um deles”.
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Letra d.
A lei nasce com a sanção e, eventualmente, com a derrubada do veto.
Letra a.
De acordo com o art. 60, § 4º, I, da CF/1988, não será objeto de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado.
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Letra e.
Segundo o art. 62, “caput”, da CF/1988, “em caso de relevância e urgência, o Presidente da Re-
pública poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional”.
Letra d.
É a vedação apresentada no art. 62, § 1º, I, “a”, da CF/1988.
Letra d.
É a regra estabelecida no art. 60, § 4º, II, da CF/1988.
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b) não podem ser editadas sobre matéria que pode ser disciplinada por lei ordinária.
c) terão sua votação iniciada no Senado Federal.
d) não podem ser editadas sobre matéria relativa a direito processual civil.
e) perderão a sua eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de qua-
renta e cinco dias, prorrogável uma vez por igual período.
Letra d.
É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a direito processual civil, con-
forme o art. 62, § 1º, I, “b”, da CF/1988.
Letra a.
É o exercício da função atípica de legislar pelo Chefe do Poder Executivo.
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Letra c.
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Letra d.
De acordo com o art. 62, § 10, é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida
provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
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Letra a.
Não se fala em manifestação do Presidente da República no processo legislativo especial das
emendas constitucionais. Vale dizer que a proposta de emenda será discutida e votada em
cada uma das Casas do Congresso Nacional, em 2 turnos, devendo, para ser aprovada, ter em
cada turno o voto de 3/5 dos respectivos membros. Uma vez aprovada, a emenda será promul-
gada pelas Mesas da Câmara e do Senado (art. 60, §§ 2º e 3º, da CF/1988), sem se falar na
fase de sanção ou veto presidencial.
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Letra d.
De fato, as Constituições estaduais podem prever a edição de medidas provisórias, cumpridas
as regras básicas do processo legislativo no âmbito da União, em razão do princípio da sime-
tria.
Letra a.
As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, o qual deverá solicitar a de-
legação ao Congresso Nacional, que, por resolução, especificará seu conteúdo e os termos de
seu exercício (art. 68, caput, e seu § 2º, da CF/1988). Se a resolução determinar a apreciação
futura do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer
emenda (art. 68, § 3º, da CF/1988). A citada delegação não impede que o Congresso Nacional
legisle sobre o mesmo tema. O ato de delegação é sempre temporário, ou seja, se o Presidente
não legislar no prazo determinado, extingue-se automaticamente os efeitos da resolução. O li-
mite temporal do ato de delegação não pode exceder ao período de uma legislatura.
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Letra c.
É a expressão do art. 127, § 2º, da CF/1988, que preleciona:
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c) São de iniciativa privativa do presidente da República as leis que disponham sobre o aumen-
to de remuneração dos cargos, funções e empregos na administração direta e autárquica.
d) A iniciativa popular de lei pode ser exercida pela apresentação, à Câmara dos Deputados ou
ao Senado Federal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distri-
buído, pelo menos, por cinco estados.
Letra c.
De acordo com o art. 61, 1º, II, “a”:
São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: II - disponham sobre: a) criação
de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração.
Letra b.
É a expressão do art. 62, § 10, da CF/1988, que reza:
É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou
que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
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Letra d.
À luz do art. 64, caput, da CF/1988, se o projeto de lei for apresentado pelo Presidente da Re-
pública, Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores ou pelos cidadãos (iniciativa popular),
a Casa Iniciadora será, obrigatoriamente, a Câmara dos Deputados. Frise-se que a Câmara
dos Deputados atuará como Casa Iniciadora nos projetos de lei apresentados por todos os
legitimados do art. 61 da CF/1988, exceto nos casos de iniciativa de Senador da República
ou de Comissão do Senado Federal, hipóteses em que o Senado Federal atuará como Casa
Iniciadora.
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c) finanças públicas.
d) contratação por tempo determinado na administração pública.
Letra c.
As matérias que devem ser veiculadas por leis complementares estão taxativamente previstas
na Constituição Federal. Assim, dos temas referenciados na questão, apenas as finanças pú-
blicas reclamam lei complementar, conforme o art. 163, inciso I, da CF/1988.
Letra d.
É vedado às medidas provisórias tratar de partidos políticos e direito eleitoral, segundo o art. 62,
§ 1º, inciso I, alínea a, da CF/1988.
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c) inconstitucional, uma vez que os projetos de lei de iniciativa dos Deputados Estaduais não
se submetem à sanção do Governador do Estado, sob pena de ofensa à separação de poderes.
d) inconstitucional, uma vez que são de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que
disponham sobre aumento de remuneração de servidores públicos da administração direta e
autárquica estadual.
Letra d.
Inicialmente, é importante consignar que, segundo o princípio da simetria, o processo legisla-
tivo previsto na Constituição Federal deve ser seguido pelos estados-membros, pelo Distrito
Federal e pelos municípios. Segundo o princípio da simetria, exige-se uma relação simétrica
entre os institutos da Constituição Federal e das Constituições dos estados-membros e do
Distrito Federal. Vale dizer que os princípios estruturantes previstos na Constituição Federal
(como exemplo, o processo legislativo) devem ser cotejados nas Constituições Estaduais e
nas Lei Orgânicas do Distrito Federal e dos municípios. Assim, para a resolução da presente
questão, basta-nos o conhecimento do processo legislativo federal que, obrigatoriamente,
será replicado em todas as Constituições Estaduais e Leis Orgânicas (Distrital e municipais).
Dito isso, passemos à análise da questão. Projeto de lei estadual de iniciativa parlamentar
que concede aumento de remuneração a servidores públicos estaduais da área da saúde é
inconstitucional, haja vista que a matéria é de iniciativa do Chefe do Poder Executivo estadu-
al, conforme consignado pelo art. 61, § 1º, inciso II, alínea a), da CF/1988, segundo o qual:
São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre criação de car-
gos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remu-
neração.
Ademais, a sanção do Governador de Estado não convalida o vício de iniciativa, ou seja, a lei
em epígrafe é inconstitucional (inconstitucionalidade formal subjetiva) e poderá ser guerre-
ada perante o Poder Judiciário, seja no controle difuso, bem como no controle concentrado.
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Letra c.
A Constituição Federal outorga legitimação aos cidadãos, desde que observados os requisitos
impostos pelo art. 61, § 2º, da CF/1988, vejamos:
A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de
lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
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d) A exigência é inconstitucional, pois a lei delegada é espécie normativa cujo fundamento en-
contra-se alicerçado no princípio da total independência de um Poder nos assuntos de outro.
Letra a.
Segundo o art. 68, § 3º, pode o Congresso Nacional determinar a futura apreciação do projeto
de lei delegada pelo parlamento, nos seguintes termos “se a resolução determinar a apreciação
do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda”.
Questão 47 (XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO) O deputado federal João da Silva, em seu
primeiro mandato, propõe um projeto de lei sobre regulamentação de aplicativos de mensa-
gens. As discussões em plenário se mostram acirradas, sendo o projeto de lei rejeitado. Incon-
formado, o deputado, por entender que a rejeição do projeto se deveu a fatores circunstanciais
e passageiros, quer voltar a tê-lo reavaliado, ainda na mesma sessão legislativa. Em dúvida se
poderia vir a fazê-lo, consulta sua assessoria que, em consonância com a CRFB/88, presta a
seguinte informação:
a) A matéria constante do referido projeto de lei somente poderá constituir objeto de novo pro-
jeto na próxima sessão legislativa, em deferência ao princípio da oportunidade.
b) A matéria objeto do projeto de Lei rejeitado ainda poderá ser apreciada na mesma sessão
legislativa, desde que proposta pela maioria absoluta dos membros de qualquer uma das ca-
sas do Congresso Nacional.
c) A matéria, objeto do projeto de lei rejeitado, somente poderá ser apreciada na mesma ses-
são legislativa se comprovadamente tratar de direito que aumente o grau de dignidade e pro-
teção da pessoa humana.
d) A matéria, discutida em projeto de lei rejeitado pelo Congresso Nacional, não pode ser apre-
ciada na mesma sessão legislativa, exceto se o Presidente da República, alegando interesse
nacional, assim o determinar.
Letra b.
É o que prevê o art. 67, segundo o qual:
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A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na
mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das
Casas do Congresso Nacional.
Letra d.
De acordo com o art. 66, § 1º:
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Letra b.
Inicialmente, aplica-se o art. 66, § 3º, para quem “decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do
Presidente da República importará sanção [ a chamada sanção tácita]”. Nesse caso de sanção
tácita, muito embora não seja obrigatória a promulgação da norma pelo Presidente da Repúbli-
ca, ele poderá fazê-lo. É o que se extrai do art. 66, § 7º, segundo o qual:
Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos
dos § 3º [sanção tácita]e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual
prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
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Questão 50 (XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Determinado projeto de lei aprovado pela
Câmara dos Deputados foi devidamente encaminhado ao Senado Federal. Na Casa revisora,
o texto foi aprovado com pequena modificação, sendo suprimida certa expressão sem, con-
tudo, alterar o sentido normativo do texto aprovado na Câmara. Assim, o projeto foi enviado
ao Presidente da República, que promoveu a sua sanção, dando origem à Lei “L”. Neste caso,
segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
a) não houve irregularidade no processo legislativo, porque não há necessidade de reaprecia-
ção, pela Câmara dos Deputados, do projeto de lei que tenha expressão suprimida pelo Senado
Federal, quando sentido o normativo da redação remanescente não foi alterado.
b) não houve irregularidade no processo legislativo, porque é função precípua da Casa revi-
sora estabelecer as mudanças que lhe parecerem adequadas, sendo desnecessário o retorno
à Casa iniciadora, mesmo nas situações em que a alteração modifique o sentido normativo
inicial.
c) houve irregularidade no processo legislativo, pois qualquer alteração realizada, pela Casa
revisora, no texto do projeto de lei implica a necessária devolução à Casa iniciadora, a fim de
que aprecie tal alteração.
d) houve irregularidade no processo legislativo, mas, por tratar-se de problema de natureza
interna corporis do Congresso Nacional, somente uma ADI proposta pela Mesa da Câmara dos
Deputados teria o condão de suscitar a inconstitucionalidade da Lei “L”.
Letra a.
A jurisprudência do STF admite que modificações meramente redacionais ao projeto de lei
aprovado na Casa iniciadora sigam diretamente à sanção presidencial, de modo que o dispo-
sitivo constitucional “só determina o retorno do projeto de lei à Casa iniciadora se a emenda
parlamentar introduzida acarretar modificação no sentido da proposição jurídica” (ADI 2.238
MC, Rel. Min. Ayres Britto).
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pelo Congresso Nacional e remetido ao próprio Presidente da República para sanção. Nessa
linha, observado o regramento estabelecido pela Constituição Federal, assinale a afirmativa
correta.
a) É vedada a edição da Medida Provisória, pois a matéria já havia sido disciplinada em projeto
de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto pelo Presidente da
República.
b) A Medida Provisória narrada na questão não poderia ser editada, visto que é vedado pela
Constituição Federal dispor sobre matéria orçamentária por meio dessa espécie legislativa.
c) A Medida Provisória é juridicamente viável, mas, se não for apreciada em até sessenta dias
contados da sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma
das Casas, ficando sobrestadas todas as demais deliberações legislativas da Casa em que
estiver tramitando, até que se ultime a votação.
d) A Medida Provisória é juridicamente viável e prorrogar-se-á por duas vezes, por igual perío-
do, a sua vigência se, no prazo de 45 dias contados de sua publicação, não tiver a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.
Letra a.
À luz do art. 62, § 1º, IV:
É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: já disciplinada em projeto de lei aprovado
pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
Questão 52 (XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Maria da Silva, deputada federal integran-
te do partido Alfa, vem a ter projeto de sua iniciativa aprovado, com apoio de outros partidos
políticos. Para sua surpresa, o texto do seu projeto veio a ser vetado na integralidade por deci-
são do Presidente da República. Após tomar ciência do veto presidencial, a deputada, com o
intuito de derrubá-lo, procura as lideranças dos partidos que apoiaram seu projeto. Nos termos
da Constituição Federal, assinale a opção que apresenta o procedimento correto.
a) Vetado o projeto de lei, ocorrerá o seu arquivamento.
b) Após o veto, a matéria somente poderá ser reapreciada no ano subsequente.
c) O veto poderá ser rejeitado, o que acarretará o envio do projeto para promulgação pelo Pre-
sidente da República.
d) A apreciação do veto deverá ocorrer, em separado, por cada Casa Legislativa, podendo ser
rejeitado pela maioria absoluta de cada uma delas.
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Letra c.
De acordo com os §§ 4º e 5º do art. 66:
O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só
podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores; se o veto não for
mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República.
Questão 53 (X EXAME DE ORDEM UNIFICADO) A Constituição brasileira não pode ser emen-
dada:
a) na implantação do estado de emergência e durante a intervenção da União nos Estados.
b) na vigência do estado de sítio e na implantação do estado de emergência.
c) quando em estado de sítio e durante a intervenção da União nos Municípios.
d) na vigência de estado de defesa, de estado de sítio e de intervenção federal.
Letra d.
São as chamadas limitações circunstanciais trazidas pelo art. 60, § 1º, segundo o qual “a
Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defe-
sa ou de estado de sítio”.
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Letra d.
A rejeição expressa da medida provisória acarreta sua imediata perda de eficácia, cabendo ao
Congresso Nacional editar um decreto legislativo para disciplinar as relações jurídicas delas
decorrentes (art. 62, § 3º).
Letra d.
Segundo o art. 60, III, da CF/1988, a Constituição poderá ser emendada mediante proposta de
mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, não de um terço.
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b) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de proje-
to de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos
por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
c) As leis ordinárias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.
d) Se o Presidente da República considerar o projeto de lei ordinária ou complementar, no todo
ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente,
no prazo de quinze dias, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e
oito horas, ao Presidente do Congresso Nacional os motivos do veto.
Letra b.
É a expressão do art. 61, § 2º, da CF/1988.
Letra a.
I. Certo, em razão do que prevê o art. 60, § 1º, da CF/1988.
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II. Errado, uma vez que o art. 60, III, da CF/1988, exige apenas maioria relativa (simples).
III. Errado, haja vista que a emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal (art. 60, § 3º, da CF/1988).
Letra c.
É o que estabelece o art. 62, § 1º, I, “a”, da CF/1988.
Letra b.
É a previsão trazida pelo art. 69, da CF/1988.
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Letra e.
É o que determina o art. 62, § 9º, da CF/1988.
Certo.
É o que a doutrina chama de “pseudo” lei complementar. A consequência jurídica é que essa
“pseudo” lei complementar poderá ser alterada uma lei ordinária, haja vista que a matéria por
ela trazida é própria de lei ordinária.
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Letra b.
É a previsão trazida pelo art. 66, § 1º, da CF/1988.
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Letra b.
I. Falso. Quanto ao quórum de aprovação, a lei ordinária deve ser aprovada por maioria sim-
ples, e a lei complementar, por maioria absoluta.
II. Falso. Quanto à matéria, a lei complementar irá regulamentar matérias específicas, já des-
tinadas a ela pela Constituição Federal, já a lei ordinária, irá regulamentar quaisquer outras
matérias.
III. Verdadeiro.
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b) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de proje-
to de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos
por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
c) As leis ordinárias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.
d) Se o Presidente da República considerar o projeto de lei ordinária ou complementar, no todo
ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente,
no prazo de quinze dias, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e
oito horas, ao Presidente do Congresso Nacional os motivos do veto.
Letra b.
É o que estabelece o art. 61, § 2º, da CF/1988.
Letra b.
É a previsão trazida pelo art. 66, § 7º, da CF/1988.
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c) As leis delegadas serão elaboradas pelo Congresso Nacional após delegação do Chefe do
Executivo.
d) A emenda à constituição será aprovada por no mínimo um terço dos membros da Câmara
dos Deputados ou do Senado Federal.
e) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de
defesa ou de estado de sítio.
Letra e.
É o que determina o art. 60, § 1º, da CF/1988.
Letra c.
Segundo o art. 67, da CF/1988, “a matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá
constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional”.
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a) uma vez vetado o projeto de lei, ocorrerá o seu arquivamento definitivo, independentemente
de qualquer medida a ser tomada pelo parlamentar.
b) a apreciação do veto deverá ocorrer, separadamente, em cada Casa Legislativa, só podendo
ser rejeitado pelo voto de dois terços dos membros respectivos.
c) diante do veto da Presidência da República, a matéria tratada no projeto de lei somente po-
derá ser reapreciada na próxima legislatura.
d) o veto poderá ser rejeitado pelo Congresso Nacional, ocasião em que a lei será promulgada
pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
e) o veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento,
só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.
Letra e.
De acordo com o art. 66, § 4º, da CF/1988, “o veto será apreciado em sessão conjunta, dentro
de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria ab-
soluta dos Deputados e Senadores”.
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e) as leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República após delegação de com-
petência do Senado Federal.
Letra d.
Conforme o art. 67, da CF/1988, “a matéria constante de projeto de lei rejeitado somente po-
derá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da
maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional”.
Ledra d.
À luz do art. 62, § 10, da CF/1988, “é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medi-
da provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo”.
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Letra a.
A participação do Chefe do Poder Executivo no processo legislativo das emendas constitucio-
nais resume-se na possibilidade de apresentação das propostas de emenda à Constituição,
não existindo a fase de sanção ou veto.
Letra c.
As matérias que não podem ser disciplinadas por medida provisória estão elencadas no art.
62, § 1º, da CF/1988, segundo o qual “é vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
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Certo.
A edição de medida provisória caracteriza a função atípica de legislar exercida pelo Poder
Executivo.
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e) O Presidente da República, na vigência de seu mandato, pode ser responsabilizado por atos
estranhos ao exercício de suas funções.
Letra a.
Conforme o art. 60, § 4º, da CF/1988, “não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e perió-
dico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais”
Letra a.
Segundo o art. 61, “caput”, da CF/1988, “a iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe
a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Con-
gresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Supe-
riores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição”.
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Letra b.
De acordo com o art. 69, da CF/1988, “as leis complementares serão aprovadas por maioria
absoluta”.
Letra d.
Se uma lei complementar tratar de matéria própria de lei ordinária, esta lei complementar po-
derá ser alterada futuramente por outra lei ordinária. O STF já definiu que não há hierarquia
entre lei complementar e lei ordinária, remanescendo apenas a reserva de matéria. Vale dizer,
as matérias reservadas à lei complementar estão taxativamente previstas na Constituição Fe-
deral. Se não houver exigência constitucional que um determinado assunto seja tratado por lei
complementar, isso significa que a matéria é própria de lei ordinária. Sendo assim, caso uma
lei complementar trate de matéria típica de lei ordinária, esta lei será apenas formalmente com-
plementar, mas materialmente ordinária, o que autoriza sua alteração por outra lei ordinária.
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Letra e.
Segundo o art. 62, “caput”, da CF/1988, “em caso de relevância e urgência, o Presidente da Re-
pública poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional”.
Letra a.
Em respeito ao § 1º do art. 68 da CF/1988, “não serão objeto de delegação os atos de com-
petência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Depu-
tados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
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Letra c.
Conforme o art. 62, “caput”, da CF/1988, “em caso de relevância e urgência, o Presidente da
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de ime-
diato ao Congresso Nacional”.
Letra e.
Conforme o art. 62, § 1º, da CF/1988, “é vedada a edição de medidas provisórias sobre maté-
ria: I – relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito elei-
toral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário e
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Errado.
Conforme o art. 63, I, da CF/1988, “não será admitido aumento da despesa prevista nos proje-
tos de iniciativa exclusiva do Presidente da República”.
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Letra b.
Ocorre o contrabando legislativo quando o Congresso Nacional inclui em medidas provisórias
emendas parlamentares que não tenham pertinência temática com a norma. Sobre o ponto,
asseverou o STF que a prática de inserção, mediante emenda parlamentar, no processo legis-
lativo de conversão de medida provisória em lei, de matérias de conteúdo temático estranho
ao objeto originário da medida provisória viola a Constituição, notadamente o princípio demo-
crático e o devido processo legislativo.
Letra b.
Conforme o art. 61, § 1º, da CF/1988, “a Constituição não poderá ser emendada na vigência de
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio”.
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Letra b.
De acordo com o art. 64, “caput”, da CF/1988, “A discussão e votação dos projetos de lei de
iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores
terão início na Câmara dos Deputados”.
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b) pode ser levada adiante, já que apenas não seria possível a proposta de emenda que viesse
a facilitar o processo legislativo para a alteração de leis ordinárias.
c) é inconstitucional, pois, com base no princípio da simetria, o tema objeto da suposta emen-
da tem de ser disciplinado com observância das regras estabelecidas pela Constituição Fede-
ral de 1988.
d) é inválida, pois a Constituição Federal de 1988 veda aos detentores do cargo de Chefe do
Poder Executivo o poder de iniciativa para propor a alteração no texto constitucional estadual.
Letra c.
Conforme jurisprudência pacífica do STF, o processo legislativo estabelecido na Constituição
Federal deve ser simetricamente seguido pelas Constituições Estaduais.
Luciano Dutra
Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor de livros. Professor de
Direito Constitucional com ampla experiência em cursos preparatórios para concursos públicos e Exames
de Ordem presenciais e on-line. Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela
Universidade Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado em
Ciências Militares.
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