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Artigo 59 da Constituição Federal de 1988

O art. 59, (C. F.), dispõe sob as regras básicas do processo legislativo federal,


perante a sua competência, que são de criação das normas expostas por ele e as
emendas, que são as alterações permitidas pelo nosso ordenamento. O dispositivo em
si, deve ser absorvido compulsoriamente pelos Estados-Membros e em todo
ordenamento brasileiro.

Constituição Federal de 1988


ÍNDICE TEMÁTICO
Subseção I
Disposição Geral
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e
consolidação das leis.

Falaremos a seguir sobre cada uma das normas que integram as formas legislativas;
I - emendas à Constituição;
No campo jurídico, é chamada emenda constitucional a modificação imposta ao
texto da Constituição Federal após sua promulgação. É o processo que garante que
a Constituição de um país seja modificada em partes, para se adaptar e permanecer
atualizada diante de relevantes mudanças sociais.
II - leis complementares;
A lei complementar diferencia-se da lei ordinária desde o quorum para sua formação.
A lei ordinária exige apenas maioria simples de votos para ser aceita; enquanto a lei
complementar exige maioria absoluta. Na verdade, não há hierarquia entre lei
ordinária e lei complementar; que há são campos de atuação diversos. Segundo
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não existe tal hierarquia, mas o Superior
Tribunal de Justiça acha que existe, justamente por causa da diferença entre
os quorum, sendo a lei complementar hierarquicamente superior à lei ordinária
(baseia-se na regra da pirâmide de Kelsen sobre a hierarquia das leis).

III - leis ordinárias;


A matéria das leis ordinárias é considerada residual. Assim, o que não for
regulamentado por lei complementar, decreto legislativo (ar. 49) e resoluções (arts. 51
a 52), o será por lei ordinária.
O quorum de votação para lei ordinária é de maioria simples (art. 47). Deve ser
ressaltado que tanto para votação da lei complementar quanto da lei ordinária o
quorum de instalação da sessão é de pelo menos 51 (maioria absoluta).
A relação da competência para propor leis ordinárias está disposto no art.61, da
Subseção III (Das Leis).
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer
membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional,
ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores, ao
Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos
nesta
Constituição.

IV - leis delegadas;


A lei delegada, como o próprio nome diz, trata-se de uma delegação do Poder
Legislativo ao Executivo (art. 68). Assim, a lei delegada será elaborada pelo
Presidente da República após prévia solicitação ao Congresso Nacional que, através
de resolução, delimita o conteúdo e os termos de exercício (art. 68, 2º). 
            No §1º e incisos, do art. 68 a Constituição veda a delegação de : (i) atos de
competência exclusiva do Congresso Nacional; (ii) de competência privativa da
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; (iii) a matéria reservada à lei
complementar e (iv) a legislação sobre organização do Poder Judiciário e do Ministério
Público, a carreira e a garantia de seus membros,  nacionalidade, cidadania, direitos
individuais, políticos e eleitorais e III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
orçamentos.

V - medidas provisórias;


A medida provisória é espécie normativa editada pelo Presidente da República, mas
que deve ser submetida de imediato ao Congresso Nacional. Possui força de lei e só
pode ser editadas nos casos de urgência e relevância (art. 62).
            A medida provisória é um ato unilateral do Presidente da República (art. 84,
XXVI, CF). Ela nasce apenas pela manifestação exclusiva do Chefe do Executivo, com
a publicação no DOU. 
            Tem prazo de vigência de 60 dias, prorrogável apenas uma vez por igual
período (art. 62, §3º). Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até
sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações
jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência
conservar-se-ão por ela regidas (art. 62, § 11).  

VI - decretos legislativos;


 O decreto legislativo é o instrumento normativo que regulamenta as matérias do art.
49 da Constituição Federal. Além dessas matérias, o Congresso Nacional deverá
regulamentar também os efeitos decorrentes da medida provisória não convertida em
lei (art. 62, § 3º).
            O decreto legislativo não existe a sanção do Presidente (art. 48)

Resoluções 
            Por fim, as resoluções regulamentam as matérias de competência privativa da
Câmara dos Deputados (art. 51) e do Senado Federal (art. 52). A tramitação é
determinada pelos regimentos internos das respectivas casas legislativas, de forma
que a única hipótese de previsão constitucional expressa está no art. 68, § 2º , no
qual  prevê a forma de resolução do Congresso Nacional para a edição de leis
delegadas pelo Presidente. Assim, como o decreto legislativo, as resoluções não
precisam de sanção do Presidente da República.

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