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Aula dia 29 de Agosto

2. ESPÉCIES E FONTES DA NORMA


JURÍDICA
2.1. FONTES FORMAIS E MATERIAIS
2.1.1. O PROBLEMA DAS FONTES
– De que fontes provêm o direito de
uma nação?
– Del Vecchio afirma que o Estado é a
única fonte do direito -
POSITIVISMO JURIDICO - que reduz
o direito a uma série de ordens
emanadas da Estado.
2.2. IMPORTÂNCIA E CONCEITO DE LEI
2.2.1. PRIMADO DA LEI
– Nas sociedades modernas, a lei é a
mais importante das fontes farmais
da ordem jurídica.
– Art. 59, II, da CF: "ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de
lei".
– Art. 49, da LINDB (DECRETO-LEI N°
4.657, de 04/09/1942) - "Quando a
lei for omissa, o juiz decidira o caso
de acordo com a analogia, os
costumes e os principios gerais de
direito”.
– E a lei que fixa as linhas
fundamentais no sistema jurídico e
serve de base para a solução da
maior parte dos problemas da
direito.
2.2.2. SENTIDO DE LEI JURÍDICA
– Para definir lei em sentido jurídico,
devemos distinguir três acepções
diferentes do termo:
– a) SENTIDO AMPLISSIMO - Usada
como sinônimo de norma jurídica
para designar quaisquer regras
escritas ou costumeiras. Nesse
caso, a palavra "lei'' tem o sentido
compreensiva de toda norma geral
de conduta..
– Nesse sentido podemos definir lei
como "norma de conduta do homem
no seu relacionamento com seus
semelhantes, garantida pela
eventual aplicação da força social,
tendo em vista a realização da
justiça".
b) SENTIDO AMPLO - O termo é
empregado para indicar quaisquer normas
juridicas escritas, sejam aquelas oriundas
do Poder Legislativo, sejam os decretos,
decretos-leis, regulamentos, medidas
provisórias ou outras normas ditadas pelas
autoridades competentes.
– Nesse sentido lei é "todo ato da
autoridade cuja missão consiste em
editar regras gerais, sob forma de
injunções obrigatórias"
c ) SENTIDO ESTRITO - Esse é o sentido
técnico que distingue lei dos demais atos
normativos emanados da Administração
Pública.
– Assim, "Lei é apenas a norma
juridica aprovada regularmente pelo
Poder Legislativo"
– Tecnicamente "lei é uma regra geral,
abstrata e permanente, proclamada
obrigatória pela vontade da
autoridade competente, e expressa
numa formula escrita".
– Três elementos integram esse
conceito: Material, formal e
instrumental.
2.2.2.1 ELEMENTO MATERIAL
– Que é o conteúdo da lei: regra de
direito geral, abstrata e
permanente.
– A lei é uma norma geral ou comum.
É uma regra estabelecida não em
vista de um caso individual, mas de
todos os casos da mesma espécie.
Dentro de seu campo, ela se aplica
igualmente a todos os casos
ocorrentes.
– A lei disciplina uma situação jurídica
abstrata, isto é, separada das
circunstâncias variáveis em que ela
se apresenta em cada caso
concreto. Ou seja, a lei deve ser
impessoal.
– A lei é uma norma permanente,
pois tem continuidade no tempo, e
se aplica indefinidamente aos casos
ocorrentes, enquanto não for
revogada ou se esgotar o tempo de
sua vigência.
2.2.2.2 ELEMENTO FORMAL.
– É a vontade da legislador;
– Para que haja uma lei, não basta ter
um preceito geral, abstrato e
permanente. E necessário que esse
preceito seja declarado obrigatório
por decisão do órgão legislativo
competente.
– Mas, quem é o legislador? Depende
da regime político.
– Nas ditaduras, o poder legislativo é
exercida pelo chefe de governo.
– Nas democracias modernas, o poder
de legislar é atribuido a uma
assembleia eleita pelo povo
(parlamento ou congresso).
– No Brasil, o art. 44 da CF, dispõe
que: "O Poder Legislativo é exercido
pelo Congresso Nacional, que se
compõe da Câmara dos Deputados
e do Senado Federal."
– Porém, o Presidente da República
também participa do processo
legisiativo.
– Art. 48, da CF. "Cabe ao Congresso
Nacional, com a sanção do
Presidente da República, não exigida
esta para a especificado nos arts.
49, 51 e 52, dispor sobre todas as
matérias de competência da União,
especialmente sobre:"
– A participação do Presidente da

República no processo legislativo se
dá por iniciativa de lei, veto,
delegação de poderes e medidas
provisórias.
A) QUANTO A INICIATIVA - Art. 61, da CF.
Art. 61.. A iniciativa das leis
complementares e ordinárias cabe a
qualquer membro ou Comissão da Câmara
dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal,
aos Tribunais Superiores, ao Procurador-
Geral da República e aos cidadãos, na
forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
§ 1° São de iniciativa privativa da
Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das
Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a criação de cargos, funções ou empregos
públicos na administração direta e
autarquica ou aumento de sua
remuneração;
B ) arganização administrativa e judiciária,
matéria tributária e orçamentária, serviços
públicos e pessoal da administração dos
Territórios;
C ) servidores públicos da União e
Territórios, seu regime juridico, provimento
de cargos, estabilidade e aposentadoria;
D ) organização do Ministério Pública e da
Defensoria Pública da União, bem como
normas gerais para a organização do
Ministério Público e da Defensoria Pública
dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios;
E ) criação e extinção de Ministérios e
órgãos da administração pública,
observado o disposto no art. 84, VI;
F ) militares das Forças Armadas, seu
regime juridico, provimento de cargos,
promoções, estabilidade, remuneração,
reforma e transferência para a reserva.
§ 2° A iniciativa popular pode ser exercida
pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por,
no mínimo, um por centa do eleitorado
nacional, distribuida pela menos por cinco
Estados, com não menos de três décimas
por centa dos eleitores de cada um deles.
B) QUANTO A SANÇÃO - Art. 84, IV, da
CF:
Art. 84. Compete privativamente ao
Presidente da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar
as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;
C) QUANTO AO VETO - Art. 84, V, da CF:
Art. 84. Compete privativamente ao
Presidente da República:
V - vetar projetos de lei, total ou
parcialmente,
– O art. 66, § 19, da CF disciplina o
veto:
Art. 66. A Casa na qual tenha sido
concluída a votação enviará o projeto de
lei ao Presidente da República, que,
aquiescendo, a sancionara.
§ 1° Se o Presidente da República
considerar a projeto, na toda ou em parte,
inconstitucional ou contrária ao interesse
público, veta-lo-a total ou parcialmente,
no prazo de quinze dias úteis, contados da
data do recebimento, e comunicara, dentro
de quarenta e oito horas, ao Presidente da
Senado Federal os motivos do veto.
D) QUANTO À DELEGAÇÃO LEGISLATIVA
- Art. 68, da CF:
Art. 68. As leis delegadas serão
elaboradas pelo Presidente da República,
que deverá solicitar a delegação ao
Congresso Nacional.
§ 1° Não serão objeto de delegação os
atos de competência exclusiva do
Congresso Nacional, os de competência
privativa da Câmara dos Deputados ou do
Senado Federal, a matéria reservada à lei
complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do
Ministério Público, a carreira e a garantia
de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos
individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes
orçamentárias e orçamentos.

§ 2° A delegação ao Presidente da
República terá a forma de resolução do
Congresso Nacional, que especficara seu
conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3° Se a resolução determinar a
apreciação do projeto pelo
Congresso Nacional, este a fará em
votação única, vedada qualquer emenda.
E) QUANTO AS MEDIDAS PROVISÓRIAS -
Art. 62, da CF.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência,
o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei,
devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional.
§ 1° E vedada a edição de medidas
provisórias sobre matéria:
I - relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos
políticos, partidos políticos e direito
eleitoral;
b) direito penal, processual penal e
processual civil;
2.2.2.3. ELEMENTO INSTRUMENTAL
– É a formula escrita.
– O vocabulo "ei", vem do latim
"légere", que significa "ler". Por isso,
lei é um texto escrito, feito para ser
lido.
– Difere do costume jurídico, que
apesar de também ser norma
juridica, não é escrito.
– A lei é sempre formulada num texto
escrito, dividida em artigos, e muitas
vezes, em capítulos, titulos, seções,
etc.
– Os artigos podem ser subdivididos
em parágrafos,

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