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1. Formas de Comércio
O comércio envolve a aquisição de bens de locais distantes de maneira pacífica e bidirecional,
distinguindo-se das atividades como caçadas ou expedições. Dentro do mercado, todas as
transações comerciais implicam na transferência de bens através do próprio mercado e estão
intrinsicamente ligadas à existência do mercado em si. No entanto, o comércio externo é uma
atividade coletiva que envolve o encontro de comunidades diferentes para trocar bens.

As motivações para o comércio podem ser ligadas ao status social ou ao lucro pessoal,
destacando-se a honra e o dever como motivações primárias distintas. Em sociedades antigas,
a classe média comercial era rara, e os comerciantes eram geralmente membros das elites ou
trabalhadores de transporte.

O comércio também varia dependendo do tipo de mercadorias, distância, obstáculos e


condições políticas e ecológicas. O comércio era originalmente específico, não havendo
comércio "em geral" antes dos tempos modernos.

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A história do comércio está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento de mercados, e a
transição para o comércio mercantil é um ponto de interesse para os historiadores econômicos,
pois essa forma de comércio liberou uma grande quantidade de riqueza material na Europa
Ocidental e na América do Norte. A relação entre o comércio e os mercados é complexa e varia
ao longo do tempo e do espaço.

1. Tipos de Comerciantes nas Civilizações:


O texto destaca a presença de diferentes tipos de comerciantes em várias civilizações
ao longo da história:

● Tamkarum: Nas civilizações mesopotâmicas, como a Suméria, os tamkarum


dominavam o cenário comercial. Esses comerciantes desempenhavam um papel
crucial no comércio de longa distância e tinham uma influência significativa nas
rotas comerciais e nas trocas culturais.

● Meteco: Na Grécia Antiga, os metecos eram residentes estrangeiros que se


envolviam em atividades comerciais. Inicialmente, eles ocupavam uma posição
social mais baixa e eram considerados comerciantes de classe baixa. Com o
tempo, especialmente durante o período helenístico, os metecos ascenderam
socialmente e se tornaram uma classe média comercial significativa em cidades
gregas e além.

● Estrangeiro: Os estrangeiros, como o nome sugere, eram comerciantes que não


pertenciam à comunidade local. Eles estavam envolvidos em comércio
internacional, frequentemente usando navios estrangeiros e tripulações
estrangeiras. Eles não tinham vínculos estreitos com a comunidade local e
operavam em um contexto comercial internacional.

2. Povos Mercantis:

O termo "povos mercantis" refere-se a grupos de pessoas cuja subsistência dependia


principalmente do comércio, seja direta ou indiretamente.

● Povos Mercantis Propriamente Ditos: Este grupo de povos era altamente


especializado no comércio e sua economia girava principalmente em torno
dessa atividade. Eles eram conhecidos por serem comerciantes por excelência e
desempenhavam um papel fundamental na facilitação do comércio de longa
distância. Alguns exemplos notáveis incluem os fenícios, os rodienses e os
habitantes de Gades (atual Cádiz). Para esses povos, o comércio era uma parte
vital de sua cultura e modo de vida.

● Outros Grupos com Envolvimento no Comércio: Além dos "povos mercantis


propriamente ditos," havia grupos em que apenas uma parte considerável da
população se dedicava ao comércio de tempos em tempos. Eles não eram
especializados no comércio, mas ainda assim estavam envolvidos em atividades
comerciais. Os hauçás e os mandingas, no Sudão ocidental, são exemplos
citados no texto. Eles eram conhecidos como "dualas" quando se envolviam em
comércio no exterior.

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1. Reciprocidade: A reciprocidade se refere a sistemas econômicos baseados em
princípios de troca direta e mutualidade. Em uma economia de reciprocidade, os
indivíduos ou grupos trocam bens e serviços uns com os outros, muitas vezes sem a
necessidade de um mercado formal. Essa troca é guiada por normas sociais e
expectativas de reciprocidade, onde a ênfase está na manutenção de relações sociais e
na criação de laços comunitários, e não no lucro.

2. Redistribuição: A redistribuição é outro modo de organização econômica discutido por


Polanyi. Envolve a coleta centralizada de recursos, seguida pela redistribuição desses
recursos pela autoridade central. Em sistemas de redistribuição, o Estado ou alguma
autoridade central acumula bens e riqueza da sociedade e, em seguida, redistribui
esses recursos de maneira a atender às necessidades da comunidade como um todo.
Isso pode ser feito por meio de impostos, tributos ou outros mecanismos.
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A diversidade de comércio estava ligada à diversidade de modos de organização econômica
que existiam em sociedades pré-capitalistas

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Polanyi enfatizava que as práticas econômicas eram moldadas pelas características
específicas de uma sociedade e que a diversidade era uma característica natural das formas
de comércio e organização econômica. Ele argumentava que a compreensão dessa
diversidade era crucial para avaliar as implicações sociais e ambientais das mudanças
econômicas, como a transição para o capitalismo.
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1. Troca de Presentes: A troca de presentes envolve a troca de bens ou serviços entre


parceiros com o objetivo de criar e manter relações de reciprocidade. Isso pode ocorrer
em contextos como a hospitalidade, cerimônias especiais ou rituais, onde a troca de
presentes fortalece os laços sociais. É uma forma de comércio que não envolve
necessariamente mercados formais e pode ser bastante cerimoniosa.

2. Comércio Administrado: O comércio administrado é caracterizado por relações


comerciais que são baseadas em tratados ou acordos formais, muitas vezes
envolvendo governos ou entidades licenciadas por eles. A importação e exportação são
geralmente controladas e regulamentadas, e os negócios são realizados por métodos
administrativos. Isso inclui a padronização de bens, regulamentação de preços e
medidas, controle da qualidade, armazenamento e outros aspectos do comércio. O
regateio pode ocorrer em relação a aspectos não relacionados ao preço, como
qualidade ou medidas.

3. Trocas Mercantis: As trocas mercantis representam uma forma moderna de comércio,


que é caracterizada pela ampla variedade de bens comerciáveis e pela organização de
acordo com o mecanismo de oferta, procura e preço. É um tipo de comércio que segue
os princípios do mercado, com uma gama quase ilimitada de mercadorias disponíveis
para negociação. Nesse tipo de comércio, os mercados desempenham um papel
fundamental na determinação dos preços e nas transações comerciais, abrangendo não
apenas a troca de bens, mas também aspectos relacionados ao armazenamento,
transporte, crédito e outros serviços relacionados.
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Polanyi argumenta que o surgimento do capitalismo e da economia de mercado representou
uma "grande transformação" na história econômica. A lógica do mercado, com sua busca pelo
lucro, commoditização generalizada e alocação de recursos com base na oferta e demanda,
tornou-se dominante em uma escala sem precedentes. Ele enfatiza que essa mudança para
uma economia de mercado não era uma evolução natural, mas sim uma transformação social e
institucional significativa.
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2. Usos do dinheiro

O dinheiro na economia de mercado é um meio de troca indireto e moderno, usado em


pagamentos e como padrão. Ele existe para diversos fins, sendo seus usos principais o
pagamento, o padrão e a troca. Os pagamentos envolvem a transferência de objetos
quantificáveis para cumprir obrigações. O dinheiro também serve como padrão, igualando
valores de bens diferentes para facilitar a contabilidade. Além disso, é usado como moeda de
troca em mercados organizados, embora em sociedades sem mercados seja um traço cultural
secundário. O dinheiro pode se estender a unidades ideais (não físicas) e ser usado como
recurso operacional em contextos não monetários. Esses usos podem se desenvolver
independentemente, permitindo um amplo desenvolvimento das atividades comerciais, mesmo
na ausência de mercados.
Abordagem geral (pq eu esqueci de fazer o slide :\ )
3. Elementos de Mercado

O mercado é o local da troca na economia formal, e ambos são interligados. A troca envolve a
apropriação mútua de bens entre agentes, podendo ter proporções fixas ou negociadas. Os
mercados são instituições que abrangem grupos de oferta e demanda. Existem diferentes
elementos do mercado, como grupos ofertantes, grupos demandantes, equivalência (proporção
da troca), concorrência e elementos funcionais como localização, bens presentes, costumes e
lei. A ideia de "preço" está ligada às equivalências e não é necessariamente flutuante, podendo
ser uma quantidade fixa. Os sistemas de preços podem conter camadas de equivalências que
se originaram em diferentes formas de integração ao longo da história. Esses conceitos não
catalíticos (não acelerar) de comércio, dinheiro e mercado são essenciais para compreender
problemas históricos e sociais, como a origem dos preços flutuantes e o desenvolvimento do
comércio mercantil. A transformação institucional gradual desde a Primeira Guerra Mundial
exige uma abordagem mais ampla que transcenda o mercado como único quadro de
referência. A tarefa intelectual atual é desenvolver uma estrutura conceitual baseada no
significado substantivo do econômico.

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