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MERCADOS
CAPITULO I
INTRODUÇÃO
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RESUMO
i. Por que razão se estuda a disciplina de “Noções
de Comércio”?
ii. Comércio e Economia. Quais as fronteiras?
iii.Considerações gerais sobre o comércio
iv.Conceito de comércio. Actos de comércio
v. Função económica do comércio
vi.O comércio internacional. Razões e vantagens
comparativas
vii.O comércio electrónico ( e-commerce)
viii.Divisões do comércio
ix.Termos de troca. A tese de Prebisch-Singer
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COMÉRCIO E MERCADOS
ÂMBITO DO ESTUDO
Os objectivos gerais desta disciplina podem ser
resumidos como se segue:
a.Compreender o conceito, as funções e os principais
intervenientes do comércio;
b.Adquirir conhecimentos sobre o mercado e os
respectivos mecanismos de funcionamento;
c.Obter uma sensibilidade sobre os mecanismos mais
usuais de comércio e dos contratos;
d.Adquirir conhecimentos sobre as principais operações
bancárias e de seguros;
e.Compreender a importância e as funções do juro;
f.Dominar a linguagem e os instrumentos da actividade
comercial;
g.Identificar e descrever as várias formas de exercício da
actividade comercial e seus principais intervenientes;
h.Ser capaz de negociar e realizar contratos e preencher
os documentos comerciais mais usuais.
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COMÉRCIO E ECONOMIA
COMÉRCIO
Troca e circulação de mercadorias;
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COMÉRCIO
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COMÉRCIO E ECONOMIA
Não há praticamente nenhuma área da Economia onde não haja
operações comerciais ou onde as teorias, as noções e os
instrumentos do comércio não desempenhem um papel de relevo.
Ciência subsidiária da Economia
Economia;
Definição clássica: Economia é a ciência que estuda os
problemas da produção, circulação, repartição e consumo, dando
particular ênfase à explicação dos instrumentos e mecanismos de
funcionamento das economias (procura, oferta, mercadorias,
preços, salários, moeda, etc.). Estuda a escassez e os problemas
dela decorrentes, pois se não houvesse escassez de recursos e a
necessidade de repartição dos bens, esta ciência não existiria e
nós também não existiríamos.
Comércio é um ramo da Economia.
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1.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
O comércio, realiza a distribuição dos bens e serviços produzidos
pela agricultura, pela indústria e por outros sectores económicos e
sociais.
A distribuição opera-se com base em regras e condicionalismos
próprios;
Opera-se por via de transferência ou cedência dos bens ou
serviços;
Essa transferência tem o nome de troca; a troca e a o elemento
dinamizador do comércio.
As formas de troca tem variado e evoluído conforme os períodos
históricos.
Diz-se que o comércio existiu sempre ou pelo menos a origem da
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1.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Diz-se que o comércio existiu sempre ou pelo menos a
origem da permuta está ligada à infância da Homem.
No estudo das civilizações primitivas (período do
neolítico) foram encontrados objectos e utensílios
relacionados com trocas comerciais.
A primeira forma de troca comercial foi a directa de
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1.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Com o desenvolvimento das sociedades e consequente
multiplicidade dos interesses dos indivíduos:
Aqueles dois princípios nem sempre se podiam observar;
Tornou-se imperiosa a utilização nas trocas de um bem ao
qual todos atribuíam a mesma importância social e o mesmo
valor económico;
Foram usados os cereais, as peles, as conchas, o gado, o sal;
No feudalismo e nas sociedades sob dominação colonial
estrangeira foram usados escravos como instrumentos de
troca (uma aberração!!!);
O comércio foi-se tornando mais dinâmico e complexo
ultrapassando regiões e fronteiras, tornando impossível
transportar os instrumentos de troca acima descritos;
Passou-se para a fase do uso de pequenos utensílios metálicos
de uso corrente (o início das civilizações marcado pelo uso da
moeda-utensílio), nomeadamente:
Facas, colheres, taças, brincos, colares.
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1.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Quando se abandona a troca directa, as mercadorias-tipo que
passaram a ser usadas como meio de troca eram já moeda, a
chamada moeda-mercadoria, notando-se que:
Nas sociedades dominadas pela agricultura e pecuária a
riqueza passou a ser medida pelo número de cabeças de
gado; a moeda de troca passou a ser o próprio gado, que em
latim se designa por pecus derivando daí as palavras
“pecunia” que significa dinheiro e “pecuniário” que é relativo
ao dinheiro;
Em muitas regiões utilizou muito o sal como moeda de troca e
acredita-se que a palavra salário deriva daí;
Quer a moeda-utensílio quer a moeda-mercadoria têm muitos
inconvenientes que dificultavam o desenvolvimento do comércio
interno e internacional:
O gado, os cereais, os utensílios vulgares têm uma vida curta,
são facilmente deterioráveis com o uso, para alem das
dificuldades no seu transporte.
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1.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Assim surgiu a necessidade de substituir a moeda-utensílio e a
moeda-mercadoria pela moeda metálica, feita a partir de metais
preciosos (ouro, prata e ligas especiais), pois este tipo de metais:
Conserva-se por muito tempo;
Facilmente transportável.
Cheque bancário;
A letra;
A livrança;
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1.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Nos tempos modernos a tendência é a utilização cada vez mais intensa
de outros meios de troca que vão substituindo gradualmente a moeda
física, tais como:
O encontro de contas em operações de clearing em que os
respectivos saldos são simplesmente escriturados a favor do credor;
O mecanismo contabilístico de debitar e creditar constitui um novo
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EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO
Moeda eletrónica -
cheques electrónicos,
cartões de
débito/crédito
Moeda metálica –
Ouro, prata, cobre
Troca Indirecta -
Feudalismo Escravo como meio
de troca
Troca Directa - Produto
com Produto (1 galinha
por 1 kg de açúcar)
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1.3. ACTOS DE COMÉRCIO
Nos termos do Artigo 4 do Código Comercial, “são considerados
actos de comércio, os actos especialmente regulados no Código
Comercial e, além deles, todos os contratos e obrigações dos
comerciantes, que não forem de natureza exclusivamente civil, se o
contrário do próprio acto não resultar”. Ficámos mais ou menos na
mesma. Desta definição podemos extrair o essencial e dizer que
“São actos de comércio:
Os actos que estão expressamente indicados e regulamentados
no Código Comercial, tais como: a compra e venda, as operações
de banco, a conta corrente, a fiança, o mandato, o depósito, o
aluguer, a conta em participação, entre outros (actos de
comércio objectivos);
As operações realizadas especificamente por entidades ou
pessoas autorizadas a fazer comércio ou actos praticados no
exercício da actividade de uma empresa comercial, desde que
deles resultem obrigações, tais como um negócio ou uma
actividade qualquer não prevista no Código Comercial, mas que
produzem efeitos em termos de comércio (actos de comércio
subjectivos).
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ACTOS DE COMÉRCIO
Actos do Comércio Actos do Comércio
Objectivos Subjectivos
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1.4. FUNÇÃO ECONÓMICA DO
COMÉRCIO
Atendendo a que persistem no mundo dois sistemas económicos,
nomeadamente: a economia centralmente planificada (Socialismo)
e a economia do mercado (Capitalismo). Nos dois sistemas o
comércio tem a função em comum: mediar entre a produção e o
consumo. Nos aspectos diferenciados vamos abordar os referentes
à economia de mercado que é o sistema que seguimos no nosso
País. Assim o comércio tem as seguintes funções na economia:
i.Aproxima os povos e culturas, servindo como um factor importante
da civilização humana;
ii.Estimula o desenvolvimento de vias de comunicação e dos meios
de transporte;
iii.Nivela o valor dos bens e serviços da mesma espécie;
iv.Promove a produção e o consumo das diferentes riquezas
existentes;
v.Abastece os mercados com os bens e serviços que os clientes e
consumidores necessitam para a satisfação das suas necessidades;
vi.Incorpora novos processos tecnológicos, a partir do momento em
que um país abre as suas fronteiras para a entrada de produtos
fabricados em outros países.
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1.5. O COMÉRCIO INTERNACIONAL
É o conjunto de fluxos de mercadorias e serviços que são objecto
de troca entre os diferentes espaços económicos nacionais, sendo
medido pelo total das exportações (X) e importações (M) mundiais
de bens e serviços;
São várias as formas de avaliação quantitativa do comércio
internacional:
O saldo da balança comercial (diferença entre as exportações e
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1.5. O COMÉRCIO INTERNACIONAL
Por que se faz comércio internacional?
i.Por que razão o comércio internacional acontece?
ii.O que determina se um país importa ou exporta
um determinado bem?
iii.O que determina que país deve exportar um
determinado bem e que país deve importa-lo?
iv.Quem ganha e quem perde com esse comércio?
O que é o Comércio Internacional? É a troca de bens
e serviços entre um país e outro, a qual ocorre
porque há diferenças nos custos relativos de
produção entre países e porque aumenta o bem-
estar económico de cada país ao incrementar a
gama de mercadorias e serviços disponíveis para
consumo.
O Comércio Internacional é um conceito muito
antigo, datando dos séculos XIV-XV:
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1.5 O COMÉRCIO
O SignificadoINTERNACIONAL
do Comércio internacional:
O Comércio Internacional significa:
a.A transferência da posse de bens duma pessoa ou entidade
para outra pessoa ou entidade num país diferente,
recebendo dessa pessoa ou entidade outro bem ou serviço
em troca;
b.A componente básica da actividade económica e realiza-se
na base de vantagens ou benefícios mútuos entre os
intervenientes;
c.Uma actividade económica com origem no Sudoeste
Asiático, atribuindo-se à rota de seda transportando
especiarias e seda entre países asiáticos, sendo este o marco
da origem do comércio internacional;
d.Uma actividade económica que amplia o nível de
especialização da mão-de-obra para alcançar economias de
escala através do alargamento dos mercados, sendo
pressuposto que o mesmo deveria ser livre ou isento de
restrições;
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1.5 O COMÉRCIO
INTERNACIONAL
Por que razão os países embarcam em trocas
comerciais?
i.Os países são diferentes entre si em resultado de:
a.Distribuicao desigual de recursos naturais;
b.Diferenças tecnológicas;
c.Diferenças na politicas económicas e sociais;
d.Vantagens em matéria de custos de produção;
e.Gostos e preferências diferentes;
f.Níveis de rendimento diferentes
ii.Os países precisam de alcançar economias de
escala na produção, em resultado da especialização
e intercambio comercial;
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1.5 O COMÉRCIO
INTERNACIONAL
O Papel do Comércio Internacional na Economia dos Países
pode ser resumido nos seguintes pontos:
i.Ajuda a impulsionar o desenvolvimento e a reduzir a pobreza;
ii.Promove a competitividade através da especialização, ajudando os
países em desenvolvimento a reduzir o custo dos insumos produtivos;
iii.Facilita a diversificação e o aumento da exportação, uma actividade
vital para o crescimento e desenvolvimento económico sustentável de
qualquer país, propiciando o investimento onde existam vantagens
comparativas, melhorando a produtividade dos factores, alcançando
economias de escala e a captação de divisas;
iv.Encoraja a inovação através da facilitação da transferência de
know-how e tecnologia, do aumento dos níveis de investimento em
pesquisa e desenvolvimento e duma maior atracção do investimento
nacional e estrangeiro;
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1.5 O COMÉRCIO
INTERNACIONAL
O Papel do Comércio Internacional na Economia dos Países
pode ser resumido nos seguintes pontos:
iv.Alarga as oportunidades de negócio para as empresas nacionais,
através da abertura e acesso a novos mercados, remoção das
barreiras desnecessárias e facilitação das exportações para esses
mercados;
ix.Reforça as relações entre os países, aproximando as pessoas num
ambiente pacífico em prossecução de ganhos mútuos através das
trocas comerciais e através do reforço das acções comuns de busca e
manutenção da paz e estabilidade no mundo;
x.Cria oportunidades de emprego e de auto-emprego através do
reforço dos sectores económicos que geralmente criam mais postos
de trabalho e rendimentos mais elevados, contribuindo para a
melhoria do nível de vida geral das pessoas;
xi.Reduz os preços aos consumidores, melhora a qualidade dos bens e
serviços, amplia a especialização do trabalho e melhora os padrões
ambientais.
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A TEORIA DAS VANTAGENS ABSOLUTAS DE ADAM
SMITH (1776)
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A TEORIA DAS VANTAGENS ABSOLUTAS DE ADAM SMITH
A Teoria das Vantagens Absolutas de Adam Smith (1776)
i.Origem: Teoria desenvolvida por Adam Smith na sua obra “A
Riqueza das Nações” (The Wealth of Nations, 1776 ). Foi a primeira
teoria do comércio a indicar a importância da especialização na
produção, da divisão internacional do trabalho e do intercâmbio entre
os países;
ii.A formulação do argumento: Adam Smith argumenta que
quando um país pode produzir uma unidade de um determinado bem
com menor custo unitário do que outro país, este país tem uma
vantagem absoluta na produção desse bem e, como consequência, os
países deviam especializar-se na produção e exportação dos bens em
que têm uma vantagem absoluta e importar dos outros países os bens
em que têm uma desvantagem absoluta na sua produção.
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A TEORIA DAS VANTAGENS ABSOLUTAS DE ADAM SMITH
iii.Pressupostos da Teoria das Vantagens
Absolutas:
a. Dois países (A e B), ambos produzem dois bens (X
e Y) e as trocas se realizam apenas entre estes dois
países;
b. Apenas dois bens (X e Y) são comercializados;
c. O trabalho (L) é o único factor de produção e de
custo, sendo a sua produtividade constante;
d. Há uma mobilidade perfeita do trabalho (L) entre
os sectores da economia dentro de cada país;
e. Há uma perfeita imobilidade do trabalho entre os
dois países;
f. O comércio entre os dois países é totalmente livre;
g. As taxas de câmbio são estáveis e fixas;
h. Há uma concorrência perfeita:
1. Não há custos de transporte;
2. Não há restrições no movimento dos bens entre
os dois países (comércio livre)
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A TEORIA DAS VANTAGENS ABSOLUTAS DE ADAM SMITH
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A TEORIA DAS VANTAGENS ABSOLUTAS DE ADAM SMITH
Produtividade Média do Trabalho
Bens Estados Unidos Inglaterra
Trigo 6,00 1,00
Tecido 4,00 5,00
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A TEORIA DAS VANTAGENS ABSOLUTAS DE ADAM SMITH
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A TEORIA DAS VANTAGENS ABSOLUTAS DE ADAM SMITH
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A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DE DAVID
RICARDO (1817)
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A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DE
DAVID RICARDO (1817)
A Teoria das Vantagens Comparativas de David Ricardo – Presumivelmente
originário de Lisboa, filho de um judeu holandês, David Ricardo começou a trabalhar
muito cedo e foi fundamentalmente um autodidacta. Pouco mais de 40 anos depois
da obra The Wealth of Nationsde Adam Smith, David Ricardo (1817) publicou a obra
On the Principles of Political Economy and Taxation, na qual apresentou a Lei das
Vantagens Comparativas, uma das mais importantes e até agora não desafiadas leis
da economia, com muitas aplicações práticas ainda hoje.
A Origem da Teoria: No exemplo que usámos para explicar o funcionamento da
Teoria das Vantagens Absolutas de Adam Smith concluímos que:
Produtividade Média do Trabalho
Bens Estados Unidos Inglaterra
Trigo 6,00 1,00
Tecido 4,00 2,00
Num mundo hipotético de 2 países e dois bens (2x2), os Estados Unidos tinham uma
vantagem absoluta na produção de trigo e uma desvantagem absoluta na produção
de tecido; por seu turno, a Inglaterra tinha uma vantagem absoluta na produção de
tecido e uma desvantagem absoluta na produção de trigo;
Era tão bom que fosse sempre assim! Mas, infelizmente, nem sempre é
assim!
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A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DE
DAVID RICARDO (1817)
A Origem da Teoria (cont.):
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A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DE
DAVID RICARDO (1817)
O que diz a Lei das Vantagens Comparativas de David
Ricardo: Mesmo que o país A seja ineficiente ou não tenha
nenhuma vantagem absoluta em relação ao país B na produção de
ambos os bens (X e Y), existe, ainda assim, uma base para um
comércio mutuamente benéfico; o país A deveria especializar-se na
produção e exportação do bem em que a sua desvantagem absoluta
é menor (o bem da sua vantagem comparativa) e importar o bem
em que a sua desvantagem absoluta é maior (o bem da sua
desvantagem comparativa).
Dito doutro modo: é melhor para um país que é ineficiente na
produção de ambos os bens ou serviços que se especialize na
produção daquele bem ou serviço em que é o menos ineficiente, em
comparação com a produção de quaisquer outros bens ou serviços.
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A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DE
DAVID RICARDO (1817)
As Proposições do Modelo:
i.A base para que o comércio internacional exista é a diferença dos
preços relativos dos bens entre os países antes do comércio;
ii.Um país vai exportar aquele bem em que tiver uma vantagem
comparativa na produtividade do trabalho;
iii.Há ganhos de comércio para os parceiros comerciais.
Os Pressupostos do Modelo: Do lado da oferta o modelo
pressupõe:
i.Um só factor de produção, o trabalho (L), cuja oferta total é fixa e
W é o salário de cada unidade de trabalho;
ii.As funções de produção obedecem estritamente a rendimentos
constantes de escala;
iii.O comércio realiza-se sem custos de transporte, nem barreiras
tarifárias e não tarifárias ou qualquer outra forma de intervenção do
governo (comércio internacional livre);
iv.Existem apenas dois países (A = doméstico e B = estrangeiro)
dois bens (X e Y), ou seja um modelo 2x2);
v.Há uma imobilidade total do factor de produção (L) entre países;
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A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DE
DAVID RICARDO (1817)
vi. Mas há uma mobilidade total do factor de produção (L) dentro de cada
país, isto é, do sector de produção do bem X para o de produção do
bem Y e vice-versa. Significa que a concorrência permite que o trabalho
seja remunerado com o um W “competitivo”, em função da sua
produtividade e do preço do bem que pode vender e trabalhar no
sector que paga o salário mais elevado;
vii. As trocas são directas, não havendo dinheiro como intermediário das
trocas;
viii. Há concorrência perfeita nos mercados dos bens e dos factores de
produção;
ix. O factor de produção (L) é homogéneo, isto é, idêntico em eficiência,
em ambos os países;
x. Há pleno emprego, isto é, não há recursos subutilizados em ambos os
países;
xi. Não há mudança tecnológica;
xii. Os custos de produção são expressos em termos de trabalho, isto é, o
valor de um determinado bem é medido em termos de horas ou dias de
trabalho necessários para produzi-lo, sendo também trocados na base
do conteúdo do trabalho de cada um (Teoria do Valor Trabalho).
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A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DE
DAVID RICARDO (1817)
Um Exemplo Numérico da Teoria das Vantagens
Comparativas: Assumamos:
i.Dois países: Inglaterra e Estados Unidos;
ii.Dois bens: Trigo e Máquinas
iii.Um único factor (L). As produtividades médias do trabalho são as
reflectidas na Tabela abaixo:
Produtividade Marginal ou Preços
Produtividade Média do Trabalho Relativos
Bens Estados Unidos Inglaterra Bens Estados Unidos Inglaterra
Trigo 6,00 1,00 Trigo 6,00 0,17
Máquinas 4,00 2,00 Máquinas 2,00 0,50
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A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DE
DAVID RICARDO (1817)
Como regra, divide-se as PMe em cada país. Comecemos pelos Estados Unidos:
a)PMe(T)(EUA)/(PMe(T)(UK), isto é, a produtividade média na produção do trigo nos
Estados Unidos a dividir pela produtividade média na produção do trigo na Inglaterra:
(6/1) = 6 ou 600%, significa que a produtividade dos Estados Unidos na produção de
trigo é 6 vezes maior do que a da Inglaterra;
b)PMe(M)(EUA)/(PMe(M)(UK), isto é, a produtividade média na produção de máquinas
nos Estados Unidos a dividir pela produtividade média na produção de máquinas na
Inglaterra: (4/2) = 2 ou 200%, significa que a produtividade dos Estados Unidos na
produção de máquinas é apenas 2 vezes maior do que a da Inglaterra;
c)As alíneas a) e b) precedentes indicam que, embora os Estados Unidos tenham uma
vantagem absoluta na produção de ambos os bens, a sua maior vantagem absoluta
está na produção do trigo do que nas máquinas, uma vez que (6/1)>(4/2), ou seja,
6>2. Assim, sendo o trigo o bem da maior vantagem absoluta dos Estados Unidos, ele
torna-se o bem da sua vantagem comparativa, devendo nele especializar-se;
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A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DE
DAVID RICARDO (1817)
Produtividade Marginal ou
Produtividade Média do Trabalho Preços Relativos
Bens Estados Unidos Inglaterra Bens Estados Unidos Inglaterra
Trigo 6,00 1,00 Trigo 6,00 0,17
Máquinas 4,00 2,00 Máquinas 2,00 0,50
Agora vamos dividir a PMe da Inglaterra pela PMe dos Estados Unidos, ou
seja:
a)PMe(T)(UK)/(PMe(T) (EUA), isto é, a produtividade média na produção de
trigo na Inglaterra a dividir pela produtividade média na produção de trigo
nos Estados Unidos: (1/6) = 0.17, significa que a PMe na produção de trigo
na Inglaterra é apenas 0.17 vezes ou 17% da PMe na produção de trigo
nos Estados Unidos, o que confirma a sua desvantagem ou inferioridade
em relação aos Estados Unidos;
b)PMe(M)(UK)/(PMe(M)(EUA), isto é, a PMe na produção de máquinas na
Inglaterra a dividir pela PMe na produção de máquinas nos Estados Unidos:
(2/4) = 0.5, significa que a PMe na produção de máquinas na Inglaterra é
apenas 0.5 vezes ou 50% da PMe na produção de máquinas nos Estados
Unidos, o que confirma a sua desvantagem ou inferioridade em relação aos
Estados Unidos;
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A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DE
DAVID RICARDO (1817)
Produtividade Marginal ou Preços
Produtividade Média do Trabalho Relativos
Bens Estados Unidos Inglaterra Bens Estados Unidos Inglaterra
Trigo 6,00 1,00 Trigo 6,00 0,17
Máquinas 4,00 2,00 Máquinas 2,00 0,50
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A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DE
DAVID RICARDO (1817)
Produtividade Marginal ou Preços
Produtividade Média do Trabalho Relativos
Bens Estados Unidos Inglaterra Bens Estados Unidos Inglaterra
Trigo 6,00 1,00 Trigo 6,00 0,17
Máquinas 4,00 2,00 Máquinas 2,00 0,50
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O MODELO DE HECKSCHER-
OHLIN
(HO)
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O MODELO DE HECKSCHER-OHLIN (HO)
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O MODELO DE HECKSCHER-OHLIN (HO)
O Modelo de Heckscher-Ohlin
(HO) ELI HECKSCHER E BERTIL OHLIN
Até aqui vimos que de acordo com a
Teoria das Vantagens Comparativas:
a)O comércio baseia-se nas
diferenças nos preços relativos dos
bens entre os dois países parceiros
antes do comércio;
b)Estas diferenças nos preços
relativos dos bens constituem a base
para um comércio internacional
mutuamente vantajoso;
c)Apesar da importância dos gostos
e preferências de procura entre os
dois países, a Teoria das Vantagens
Comparativas não se debruça
profundamente na sua análise;
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O MODELO DE HECKSCHER-OHLIN (HO)
O Modelo de Heckscher-Ohlin (HO) ELI HECKSCHER E BERTIL OHLIN
estende a análise da Teoria das
Vantagens Comparativas para:
a)Uma melhor explicação das causas das
diferenças nos preços relativos dos bens
dentro de cada país antes das trocas;
b)Avaliação dos efeitos do comércio sobre
os rendimentos dos factores de produção
nos dois países que se engajam no
comércio internacional um com o outro.
O Modelo de Heckscher-Ohlin mantém os
argumentos de que:
a)A tecnologia e os gostos e preferências
são similares entre os países;
b)As diferenças nos preços relativos dos
factores são a causa do comércio
internacional mutuamente vantajoso;
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O MODELO DE HECKSCHER-OHLIN (HO)
O Modelo de Heckscher-Ohlin (HO): ELI HECKSCHER E BERTIL OHLIN
No entanto:
a)Argumenta que essas diferenças resultam
das diferenças nas dotações relativas iniciais
dos factores de produção;
a.Introduz os conceitos de intensidade e
abundância de factores;
b.Explica como a abundância se relaciona com
os preços dos factores e com a forma da FPP
em cada país;
c.Conclui que cada país exporta o bem em cuja
produção emprega mais intensivamente o seu
factor mais abundante (menos caro) e importa
o bem em cuja produção emprega mais
intensivamente o seu factor mais escasso (mais
caro).
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O MODELO DE HECKSCHER-OHLIN (HO)
Os Pressupostos do Modelo
i.Há dois países (1 e 2), dois bens (X e Y) e
dois factores de produção (L=trabalho e
K=Capital);
ii.Ambos os países usam a mesma tecnologia;
ELI HECKSCHER E BERTIL OHLIN
iii.O bem X é de trabalho intensivo (L-
intensivo) e o bem Y é de capital intensivo (K-
intensivo) em ambos os países;
iv.Ambos os bens são produzidos com
rendimentos constantes de escala em ambos
os países;
v.Há uma especialização incompleta na
produção em ambos os países;
vi.Os gostos são iguais em ambos os países;
vii.Há uma concorrência perfeita nos mercados
dos bens e dos factores de produção;
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O MODELO DE HECKSCHER-OHLIN (HO)
Os Pressupostos do Modelo:
viii.Há uma mobilidade perfeita dos factores de
produção dentro de cada país, mas uma
imobilidade internacional total;
ix.Não há custos de transporte, nem direitos
ELI HECKSCHER E BERTIL OHLIN
aduaneiros ou quaisquer outras formas de
obstrução ao fluxo livre do comércio
internacional;
x.Todos os recursos são plenamente
empregues em ambos os países;
xi.O comércio internacional entre os dois países
é equilibrado, isto é, o valor total das
exportações de cada país é igual ao valor total
das suas importações.
Na base destes pressupostos, o modelo de
Heckscher-Ohlin preconizava que o país rico
em capital se especializaria na produção do
bem de capital intensivo e o país rico em
trabalho se especializaria na produção do bem
de trabalho intensivo.
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RISCOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
HÁ DOIS TIPOS DE RISCOS:
Riscos Políticos e Riscos Económicos
Riscos Políticos: Os riscos políticos ocorrem devido a
circunstâncias decorrentes de acções do governo do país de
acolhimento do negócio;
a)Pressões para Pagamento de Suborno: É qualquer forma
forçada de pagamento de valores monetários para obter a
aprovação de contratos ou a adjudicação de concursos por qualquer
terceira entidade;
b)Risco de Transferências: São os riscos que ocorrem quando os
governos impõem controlos cambiais ou de movimentos de capitais
que impeçam as empresas de converter moeda local em divisas
e/ou as transferências de fundos para o pagamento a credores
residentes fora do país; limitação nos montantes de lucros a serem
convertidos na moeda local, demoras nas transferências dos
pagamentos a efectuar ao país do investidor e restrições nos
montantes a transferir para o país do investidor;
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RISCOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Riscos Políticos (cont.):
d)Incumprimento de Contratos: Violação dos
contratos ou qualquer incumprimento nos pagamentos
da dívida;
e)Nacionalização: Venda forçada da propriedade
(estabelecimento ou fábrica) ou outros activos ao
governo a um preço mais baixo do que o do mercado;
f)Cancelamento da Licença: Término ou modificação
da licença da empresa como resultado da falta de apoio
popular em momentos eleitorais;
g)Banimento da comercialização de bens após o seu
embarque do país de origem;
03/30/22 50
RISCOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Riscos Políticos (cont.):
h)Protestos e Greves: Incapacidade de operar devido a
levantamentos políticos, greves e outras manifestações que
afectam negativamente o negócio;
i)Alterações Regulamentares: Leis laborais complexas
e regulamentos governamentais muito rigorosos que
afectam gravemente o funcionamento da empresa;
j)Tributação: Cobrança de impostos muito elevados sobre
os lucros, duplicação dos impostos e outras cobranças que
reduzem os lucros;
k)Guerra e Terrorismo: Encerramento de fronteiras e
ameaças abertas de ataques terroristas, bem como a
rivalidade entre países que pode afectar o fornecimento de
matérias-primas.
03/30/22 51
RISCOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Riscos Económicos: Consistem na probabilidade de que
desenvolvimentos económicos num dado país possam
afectar negativamente as transacções internacionais. São
eles:
i. Insolvência do comprador - incapacidade de
pagamento do importador devida a constrangimentos
financeiros;
ii. Atraso no pagamento - a falha do comprador em pagar
a sua factura na data estipulada no contrato;
iii. Flutuações cambiais – Impacto das alterações das taxas
de câmbio sobre o valor das transacções;
iv. Incapacidade do banco central de honrar os seus
compromissos;
v. Relacionados com a soberania económica, tais como:
a) Um governo proteccionista pode alterar as condições
dos negócios;
b) Taxas de inflação;
c) Incapacidade de pagar as suas dívidas;
03/30/22 52
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
Desde o início dos anos 90 a economia mundial experimenta uma
nova e bem destacada fase do seu ciclo que podemos designar por
boom económico (grande prosperidade económica), alimentada
pelo despontar de novas tecnologias de comunicação e
informação, as quais culminaram com o aparecimento da Internet;
Esse boom económico ja deu origem, na ciência económica, a uma
03/30/22 53
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
Com a Netscapesurgiram os primeiros passos de uma economia
de rede que liga virtualmente todos os intervenientes e
organismos dinamizadores da actividade económica.
Podemos dizer que o comércio electrónico ( e-commerce ) é a
integração de telecomunicações, gestão de dados e mecanismos
de segurança, permitindo às organizações a troca de informação
sensível relacionada com vendas de produtos e serviços,
constituindo-se uma rede sólida, segura e fiável e garantindo nesta
comunhão de interesses a viabilização de um novo mercado.
O “ e-com ” ( Electronic Commerce ) é a abreviatura comum
para designar comércio electrónico;
O comércio electrónico, com suas aplicações inovadoras e
revolucionárias, é tido como uma das tendências emergentes com
maior potencial de inovação nas estratégias e nos processos de
negócio nos vários sectores económicos.
Estamos a caminhar para a era da inteligência em rede -
economia digital
03/30/22 54
COMÉRCIO ELECTRÓNICO
Silicon Valley
Silicon Valley é uma
região localizada a sul de
São Francisco na Califórnia
(EUA) que serve como um
centro global para a alta
tecnologia, inovação e
redes sociais, sendo a
região onde se regista o
terceiro PIB per capita
mais alto no mundo,
depois de Zurich (Suíça) e
Oslo (Noruega);
A palavra “silicon” no
nome da região deriva
do grande número de
inovadores e
fabricantes de artigos
tecnológicos que no
passado usavam o
silicone.
03/30/22 56
COMÉRCIO ELECTRÓNICO
Silicon Valley
A região
alberga hoje
muitas das
maiores
empresas de
alta tecnologia
(Google,
Adobe,
Samsung, etc);
03/30/22 57
COMÉRCIO ELECTRÓNICO
Silicon Valley
•A região alberga 39 das
maiores empresas do grupo
Fortune 1000, tendo sido onde
nasceu a tecnologia dos
circuitos integrados fabricados
à base de silicone, os
chamados microprocessadores
e microcomputadores;
•Em 2013 a região empregava
250.000 especialistas de
tecnologias de informação.
03/30/22 58
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
03/30/22 59
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
Definição de Comércio Electrónico
Os países da OCDE consideram três dimensões na definição do e-
commerce: redes, processos e actores.
i.As redes através das quais as actividades de e-commerce se
realizam, tendo adoptado duas definições (ampla e estreita):
a) Definição Ampla, de acordo com a qual uma transacção
electrónica é a venda ou a compra de bens e serviços entre
agentes económicos, famílias, indivíduos, governos e outras
organizações públicas ou privadas, conduzida através de
redes operacionalizadas por computadores. Os bens e
serviços são encomendados através destas redes, mas os
pagamentos e a entrega final dos bens e serviços pode ser
efectuada onlineou off-line.
03/30/22 60
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
Definição de Comércio Electrónico
b) Definição Estreita, segundo a qual uma transacção de
Internet é a venda ou a compra de bens e serviços entre
agentes económicos, famílias, indivíduos, governos e outras
organizações públicas ou privadas, conduzida através da
Internet. Os bens e serviços são encomendados através da
Internet, mas os pagamentos e a entrega final dos bens e
serviços pode ser efectuada onlineou off-line.
Ambas as definições referem-se a transacções entre duas ou mais
partes e envolvem a aceitação das partes em comprar ou vender os
bens ou serviços, o que está de conformidade com o conceito geral
de transacção comercial. Em ambas as definições se usa a palavra
“conduzida” e não apenas “completada”, o que significa que as
encomendas electrónicas estão incluídas na definição
independentemente do pagamento se efectuar ou não
electronicamente.
03/30/22 61
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
Definição de Comércio Electrónico
ii.Os processos a incluir no domínio geral do e-commerce,
respeitantes às actividades ou negócios a incluir ou excluir do
domínio do e-commerce. Dada a contínua importância destes
processos à medida que se atinge a sua maior integração nos
negócios, com grandes benefícios para a produtividade, torna-se
imperioso que as definições os abarquem;
iii.Os actores envolvidos nas transacções de e-commerce,
consistindo em três categorias:
a) Business-to-Business(B2B) – As transacções se realizam
entre agentes económicos, representando cerca de 80% do
valor das transacções electrónicas hoje, sendo aqui onde o e-
commerce proporciona grandes oportunidades de realização
de ganhos de produtividade;
03/30/22 62
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
Definição de Comércio Electrónico
b) Business-to-Consumer (B2C) – As transacções se realizam
entre os agentes económicos e os consumidores, com um
grande potencial de afectar substancialmente a forma como
as pessoas vivem e interagem umas com as outras,
tornando-se, por isso, num aspecto importante a tomar em
conta na medição estatística do e-commerce;
c) Business-to-Government(B2G) – As transacções se realizam
entre os agentes económicos e o governo. Aqui apenas um
número muito limitado de países realizou até agora um
trabalho relativo à medição do e-commerceB2G.
03/30/22 63
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
O Comércio Electrónico e os Países em Desenvolvimento
O e-commercetem um impacto positivo nos negócios:
a)Reduz os custos de transacção;
b)Melhora a afectação de recursos;
c)Aumenta as economias de escala;
d)Melhora a competitividade dos negócios em geral.
Mas há dúvidas quanto ao impacto do e-commerceno crescimento
macroeconómico e no aumento da produtividade, pelo facto de
alguns países que lideram o uso do e-commerce e das TICs em
geral terem experimentado um crescimento significativo do PIB
desde 1995, pela via de:
a)Aceleração no crescimento da produtividade;
b)Baixas taxas de desemprego;
c)Baixas taxas de inflação;
d)Uma redução dos défices fiscais.
03/30/22 64
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
O Comércio Electrónico e os Países em Desenvolvimento
Contudo, as estatísticas de produtividade não proporcionam
nenhuma evidência do impacto directo da Internet e das ICTs nesta
aceleração, fenómeno também conhecido como o paradoxo da
produtividade.
03/30/22 65
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
O Comércio Electrónico e os Países em
Desenvolvimento
Primeiro cenário:
a)Enquanto os países desenvolvidos vão obter ganhos de
bem-estar na ordem dos US$117 biliões, os países em
desenvolvimento, à excepção da Ásia, vão sofrer uma
perda de bem-estar na ordem dos US$726 biliões;
b)A região asiática vai aumentar o seu bem-estar em cerca
de US$802 biliões, em especial a partir dos ganhos do
sector dos serviços de transporte;
c)Para além das perdas de PIB e bem-estar, os países em
desenvolvimento vão experimentar uma redução de
salários e deterioração dos termos de troca, tornando-se o
e-commercenum factor adicional de alargamento do fosso
entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento.
03/30/22 66
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
O Comércio Electrónico e os Países em Desenvolvimento
Segundo cenário:
a)A convergência na produtividade nos sectores de serviços permite
que os países em desenvolvimento aumentem a sua competitividade
externa e o volume do produto, dos salários e do bem-estar;
b)No caso asiático, um aumento de 1% na produtividade nos
sectores de serviços, geraria:
i. Um ganho de US$12 biliões em bem-estar;
ii. Um crescimento do PIB na ordem dos 0.4%;
iii.Um aumento de salários de 0.4%;
iv.Um crescimento das exportações de serviços da ordem dos
2% a 3%;
c)A redução de custos, aumento da eficiência, redução do tempo e
das distâncias, o e-commerce poderia tornar-se num instrumento
importante do desenvolvimento.
Estes seriam, em termos globais, os impactos económicos do e-
commerce, segundo o vaticínio da UNCTAD há 22 anos. E hoje, o
que observamos na realidade?
03/30/22 67
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
O Comércio Electrónico e os Países Menos Avançados
(PMAs)
A Terceira Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos
Avançados (PMAs)1, realizada em Bruxelas, Bélgica, em 2001,
acordou na necessidade de identificar:
i.Empresas que aplicaram com sucesso o comércio electrónico e-(
commerce) nas suas operações de negócios;
ii.Potenciais oportunidades de negócios resultando da world wide
web ( www) e de tecnologias capacitadas pelo web ( web-enabled
technologies);
iii.Parceiros (instituições governamentais e não-governamentais)
que actualmente estão a promover e/ou a apoiar iniciativas de
comércio electrónico ao nível empresarial.
03/30/22
1: Bangladeche, Camboja, Etiópia, Madagáscar, Moçambique, 68
Myanmar, Nepal, Togo, Uganda e Tanzânia.
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
O Comércio Electrónico e os Países Menos Avançados
(PMAs)
Um número considerável de empresas foram identificadas, tendo
03/30/22 69
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
O Comércio Electrónico e os Países Menos Avançados
(PMAs)
Os resultados globais daquele trabalho ao nível de cada país,
referentes apenas aos países estudados podem ser assim
agrupados: i) A infra-estrutura física do comércio electrónico; ii) A
política e o ambiente regulador; iii) Recursos institucionais e
humanos;
i)A Infra-Estrutura Física do E-Commerce– A qual aborda o
ambiente físico necessário para se levar a cabo uma estratégia de e-
commerce, incluindo os serviços relacionados com a Internet,
telecomunicações e sistemas de pagamentos electrónicos, tendo-se
concluído que ainda há insuficiências em termos de:
a. Disponibilidade da Internet;
b. A qualidade do acesso à Internet (número, fiabilidade,
capacidade, custos e alcance dos serviços dos Provedores dos
Serviços de Internet (PSIs);
03/30/22 70
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
O Comércio Electrónico e os Países Menos Avançados
(PMAs)
c. Disponibilidade e qualidade das telecomunicações, em
particular nas zonas rurais;
d. Custos relativamente altos das telecomunicações locais (cerca
de $10c por minuto);
e. Uma correlação entre disponibilidade e qualidade do acesso
à Internet;
f. Penetração de cafés Internet;
ii.Política e Ambiente Regulador – O qual aborda as políticas ou
regulamentos que mais facilitam ou impedem as empresas de se
engajarem no comércio electrónico. Registam-se vários estágios de
liberalização dos seus ambientes de telecomunicações. Nenhum dos
países visitados tem uma política de e-commerce em vigor, à
excepção de Moçambique e do Bangladeche;
03/30/22 71
1.6. COMÉRCIO ELECTRÓNICO
O Comércio Electrónico e os Países Menos
Avançados (PMAs)
iii) Recursos Institucionais e Humanos – O qual
aborda a base de habilidades nacionais e os recursos
para o desenvolvimento de capacidades necessárias para
as empresas se engajarem nas estratégias de e-
commerce. Muitas das universidades nacionais dos
países visitados têm prestado alguma atenção à
Internet, às tecnologias de informação e a assuntos
relacionados com e-commerce. À excepção do
Bangladeche e possivelmente Nepal, quase todos os
PMAs visitados não têm capacidade de desenvolver
softwares.
03/30/22 72
FUNÇÕES DO E-COMMERCE
Interacção com os clientes
Escolha de produtos
Contrato e negociação
Entrega
Pagamento
Facturação
Suporte ao cliente
Publicidade
03/30/22 73
CONSEQUÊNCIAS DO E-COMMERCE
Profundas alterações ao nível das estruturas e do funcionamento de todo
o sector do comércio e distribuição;
Aumento global da concorrência, cujos principais beneficiários são os
consumidores;
Redução de custos de transacção - redução de custos para obtenção de
03/30/22 74
CONSEQUÊNCIAS DO E-COMMERCE
O tempo para alcançar o mercado é crítico, quando os produtos
têm uma vida competitiva de um ano, um mês, uma semana ou
algumas horas, como no caso de produtos financeiros;
A inovação, mais que o acesso a recursos ou capital, tem se
tornado crítica.
Os clientes têm mudado, criando a expectativa de que as
empresas precisam prover melhor qualidade, produtos adequados,
rapidez, menor preço, com melhor serviço e garantia de
responsabilidade social.
03/30/22 75
DIVISÕES DO COMÉRCIO
1. Comércio Interno: Aquele que se realiza entre pessoas
singulares ou colectivas de um país:
a) Com as mercadorias e serviços existentes nesse país;
b) A mercadoria é tramitada do vendedor pelo comprador de
forma directa;
c) Realiza-se dentro dum país;
d) O Estado regula a transferência de propriedade, mas não
interfere no concernente à posse ou propriedade do produto
comercializado, salvo em casos excepcionais.
2. Comércio Externo: É o que se realiza entre pessoas singulares
ou colectivas de um país e as de outros países:
a) Utilizando as respectivas mercadorias ou serviços;
b) É relativo à importação e exportação;
c) O conjunto normativo que define uma operação de
importação ou exportação divide-se em normas de comércio
externo do próprio país e normas de comércio internacional.
03/30/22 76
COMÉRCIO EXTERNO E COMÉRCIO
INTERNACIONAL
As normas de comércio externo são aquelas emanadas dos
órgãos do executivo do país em causa, que disciplinam a entrada
de mercadorias provenientes do exterior e a saída de mercadorias
do território nacional, com suas repercussões nas áreas tributária,
administrativa, comercial, aduaneira e financeira;
As normas de comércio internacional são aquelas que se
aplicam, uniformemente, a mais de um país, visando a facilitação
dos negócios internacionais;
As regras são disciplinadas através de acordos e tratados entre
03/30/22 77
DIVISÕES DO COMÉRCIO
EXPORTAÇÃO NORMAL – Também designada por exportação
definitiva, é a saída de produtos nacionais ou nacionalizados de um
país para o outro com o intuito de os vender;
EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA – É a operação de saída de bens
nacionais ou nacionalizados do país, condicionada à reimportação no
prazo de um ano,
ano podendo ser prorrogado por igual período e, em
casos especiais, até 5 anos.
anos Normalmente, estes bens pagam um
depósito em dinheiro às autoridades alfandegarias ou apresenta
uma garantia bancária, o qual é restituído aos interessados logo que
os bens regressem ao país. Esta modalidade abrange:
a)Produtos para exposição em feiras internacionais;
b)Quadros, esculturas e outras obras de arte para exposição no
estrangeiro;
03/30/22 78
DIVISÕES DO COMÉRCIO
c) Bens para reparação, conserto ou restauração no estrangeiro;
d) Amostras comerciais, na condição de retornarem integralmente.
REEXPORTAÇÃO – Saída para o estrangeiro bens provenientes de
um terceiro país e não destinados ao consumo no país
reexportador. Os bens neste regime não pagam direitos; o país
que faz a reexportação beneficia dos lucros resultantes da
diferença de preços (exportação/importação) e de receitas de
tráfego, armazenagem e manuseamento da carga. Exemplos:
Moçambique importa mercadorias da África do Sul para
reexporta-las para a Zâmbia. Para a Zâmbia pode ser mais
vantajoso no sentido da importação que ela faz de Moçambique
sair mais barata em relação a uma importação directamente da
África do Sul. Moçambique ganha na armazenagem,
manuseamento ferro-portuário e no tráfego das mercadorias.
03/30/22 79
DIVISÕES DO COMÉRCIO
03/30/22 80
DIVISÕES DO COMÉRCIO
REIMPORTAÇÃO – É o retorno ao país de mercadorias exportadas
temporariamente. Tem a grande desvantagem de as mercadorias voltarem
danificadas ou então trocadas por outras que não correspondem às
verdadeiras.
BALDEAÇÃO – É o transbordo de toda ou parte da carga de um navio
para o outro dentro das águas territoriais de um dado país. Geralmente não
há lugar à cobrança de direitos aduaneiros sobre a carga baldeada;
COMÉRCIO ESPECIAL – É toda a importação para consumo ou em
regime de draubaque ou ainda as mercadorias que, estando em regime de
armazém alfandegado tenha sofrido uma transformação e inclui toda a
exportação de mercadorias nacionais ou nacionalizadas, quer por terem
sido despachadas para consumo, quer por terem sofrido uma
transformação em regime de draubaque ou de armazém alfandegado.
03/30/22 81
DIVISÕES DO COMÉRCIO
COMÉRCIO GERAL – É composto pelo
comércio especial mais o transito indirecto, ou
seja todas as mercadorias que entram no país
apenas para serem exportadas sem serem
submetidas a operações de transformação física
ou química;
03/30/22 82
OS TERMOS DE TROCA
OS TERMOS DE TROCA
O Significado dos Termos de
Troca .
Os termos de troca são o rácio do
preço médio das exportações sobre
o preço médio das importações
multiplicado por 100. Podem ser
medidos também como o rácio do
índice de preços de exportação
sobre o índice de preços de
importação multiplicado por 100,
como se indica a seguir:
ITT=(IPX/IPM)*100, onde:
OS TERMOS DE TROCA
O Significado dos Termos de Troca .
Os termos de troca de um país melhoram
quando o seu rácio aumenta e pioram
quando o seu rácio diminui. Isto significa
que:
a)Quando os preços das exportações
sobem mais depressa em relação aos
preços das importações diz-se que os
termos de troca melhoram;
b)Quando os preços das importações
sobem mais depressa em relação aos das
exportações, diz-se que os termos de
troca pioram ou deterioram-se;
03/30/22 84
OS TERMOS DE TROCA
2000 = 100
País
2005 2010 2015
África do Sul 158 143 111 248 176 141 183 137 133
Austrália 189 135 140 294 166 177 252 162 156
Canada 127 113 112 153 130 118 131 122 108
Mundo 130 126 103 167 156 107 162 149 109
Reino Unido 141 136 104 174 100 173 165 105 157
Suíça 140 108 129 189 121 156 197 169 117
03/30/22 86
OS TERMOS DE TROCA
A TESE DE PREBISH-SINGER
Raul Prebish,
Prebish economista argentino conhecido pela sua contribuição para
a formulação da Tese de Prebish-Singer, em 1950, a qual constituiu uma
base para alimentar a Teoria da Dependência Económica. Nasceu na
Argentina em 17/04/1901 e morreu no Chile em 1986. Estudou na
Universidade de Buenos Aires, Argentina, tendo exercido, para além da
docência, várias funções, incluindo a de Secretário da Fazenda no governo
argentino e de Director Executivo da Comissão Económica das Nações
Unidas para a América Latina.
Hans Wolfgang Singer,Singer economista alemão, conhecido pela sua
contribuição para a formulação da Tese Prebish-Singer, em 1950. Nasceu
na Alemanha em 29/11/1910 e morreu em Brighton, Inglaterra, em
26/02/2006. Formado em Economia do Desenvolvimento na Universidade
de Bona, Alemanha, tendo-se dedicado a várias actividades de pesquisa e
docência na Alemanha e na Inglaterra. Adquiriu a nacionalidade britânica
em 1946 com o apoio de John M. Keynes e, em 1947 ingressou no
Departamento de Economia das Nações Unidas, onde trabalhou durante
mais de duas décadas.
03/30/22 87
OS TERMOS DE TROCA
A TESE DE PREBISH-SINGER
Embora não tivessem realizado pesquisas em conjunto, os dois
economistas chegaram à mesma conclusão de que os termos de
troca dos países em desenvolvimento têm uma tendência secular de
diminuir.
Os países em desenvolvimento do sul (economias periféricas) são
abundantes em mão-de-obra. Na produção de produtos primários
emprega-se intensivamente a mão-de-obra. Então, os países do sul
especializam-se na produção e exportação de produtos primários ou
produtos de base.
Em contrapartida, os países do norte (economias centrais
poderosas) são relativamente abundantes em capital. Na produção
de produtos manufacturados emprega-se intensivamente o capital.
Então, os países do norte especializam-se na produção e exportação
de produtos manufacturados.
03/30/22 88
OS TERMOS DE TROCA
A TESE DE PREBISH-SINGER
A tendência de deterioração dos termos de troca nos países do sul é
explicada pelas características estruturais dos mercados mundiais de
produtos de base e dos produtos manufacturados:
a)A procura de produtos de base é inelástica em relação ao rendimento (lei
de Engel), pois à medida que o rendimento cresce nos países do norte, a
procura de produtos de base cresce menos proporcionalmente ou
simplesmente não cresce (efeito substituição);
b)Esta situação produz uma baixa nos preços que é agravada pelo facto de
que os mercados mundiais destes produtos são altamente competitivos;
c)A essência da Tese de Prebish-Singer é que os países da periferia,
especialmente os PMAs, têm que exportar quantidades cada vez maiores
dos seus produtos de base para conseguirem importar as mesmas
quantidades de produtos manufacturados dos países do centro.
03/30/22 89
OS TERMOS DE TROCA
A TESE DE PREBISH-SINGER
d)Em contraste, os mercados mundiais de produtos manufacturados são
dominados pelas multinacionais e mercados não competitivos, onde os
preços são controlados por grupos económicos cartelizados;
e)Por outro lado, a procura de produtos manufacturados é elástica em
relação ao rendimento, isto é, à medida que o rendimento aumenta, a
procura destes produtos aumenta mais do que proporcionalmente;
f)Com os países desenvolvidos a especializarem-se na produção de
produtos manufacturados os países em desenvolvimento (especialmente os
PMAs) a especializarem-se na produção de produtos de base, toda a
dinâmica (força de trabalho melhor treinada, inovações, preços das
exportações mais elevados e mais estáveis, melhor PIB per capita , etc.)
beneficia os países desenvolvidos, deixando os países em desenvolvimento
cada vez mais pobres e mais dependentes.
03/30/22 90
OS TERMOS DE TROCA
A TESE DE PREBISH-SINGER
03/30/22 91
MERCADO
Mercado é um local ou espaço geográfico e/ou
virtual onde se realizam operações comerciais e
financeiras sobre bens e serviços;
Ex: mercado da baixa, mercado da região
austral de África, mercado nacional, mercado
regional, mercado internacional, mercado
financeiro, entre outros;
Os mercados formam-se de maneira diferente
os seus planos individuais, mas não há um plano geral nacional que coordene
todos os planos empresariais com carácter obrigatório; então cada uma
procura meter-se no negócio que rende mais, ainda que isso possa prejudicar
ou levar à falência outras empresas do ramo;
A atitude mais normal das empresas que funcionam numa economia de
03/30/22 93
OS MERCADOS EM GERAL E SEUS
MECANISMOS
Em economia diz-se que a
procura é uma função do
preço (depende do preço); a
maneira como ela se
relaciona com o preço ou,
dito doutro modo, o
andamento da função de
procura é decrescente,
decrescente no
sentido de que para preços
altos a procura diminui e
para preços baixos ela
aumenta;
03/30/22 94
OS MERCADOS EM GERAL E SEUS
MECANISMOS
Olhando agora para o lado da
oferta,
oferta vemos que, por
definição, oferta é a quantidade
de produtos que os vendedores
colocam no mercado a um
determinado preço, o que
representa a posição contrária
(de vendedor);
Os vendedores reagem
conforme os preços: a um preço
alto colocam mais produtos; se
os preços baixam eles estão
dispostos a vender menores
quantidades.
03/30/22 95
OS MERCADOS EM GERAL E SEUS
MECANISMOS
Então diz-se em linguagem
económica que a curva da
oferta ou a função oferta
tem inclinação positiva (ou
crescente)
crescente no sentido de
que quanto mais altos forem
os preços maiores são as
quantidades oferecidas pelos
vendedores.
03/30/22 96
OS MERCADOS EM GERAL E SEUS
MECANISMOS
O ponto E, de cruzamento entre
as funções da procura e da
oferta, traduz o equilíbrio de
mercado, isto é, ao preço Pm
tanto os compradores como os
vendedores estão dispostos a
negociar a quantidade Qm
(significa que, em princípio, não
há contradições de interesses);
Se os vendedores sobem o
preço para P1 há rotura do
equilíbrio, isto é, começa a haver
contradições entre os
vendedores e os compradores;
03/30/22 97
OS MERCADOS EM GERAL E SEUS
MECANISMOS
Ao preço P1 há excesso de
oferta em relação à procura,
medido por (Q1´-Q1) e alguns
vendedores vão baixar o preço
para poderem vender mais
quantidades e os restantes
vendedores, para não ficarem
atrás, acabarão por fazer o
mesmo. Alguns compradores
passam a aceitar o novo preço
ajustado. No decorrer do
processo todos os compradores
que constituem a procura global
passarão a comprar ao novo
preço e assim sucessivamente,
até que surja um novo
equilíbrio.
03/30/22 98
OS MERCADOS EM GERAL E SEUS
MECANISMOS
Os Mercados em Sentido Restrito
Em muitos países, a ideia de mercado está associada ao lugar onde se vendem bens
comestíveis e outros géneros, geralmente frescos. Resulta desta ideia a definição que se
ensina nas escolas comercias: “Os mercados ou praças são os locais certos onde em
dias e a horas fixas se vendem ao público géneros vindos de fora que se têm, em regra,
de consumir frescos ou em bom estado de conservação”.
Os mercados funcionam todos os dias, a horas regulamentares, nas cidades. Nas
localidades menos populosas funcionam três, duas ou uma vez por semana, consoante a
importância de cada uma.
A organização dos mercados, a fixação do aluguer do espaço de cada vendedor, bem
assim a fiscalização que neles se exerce cabem aos Conselhos Autárquicos, embora, por
vezes concedam às sociedades comerciais, mediante certas condições, o privilégio da
exploração.
É nestes mercados que a lei da oferta e da procura realizam melhor o papel de
autorregulador dos preços, sendo daí que em linguagem económica os países capitalistas
também sejam designados por países de economia de mercado.
mercado
03/30/22 99
OS MERCADOS EM GERAL E SEUS
MECANISMOS
Formas de Mercado:
Nas economias capitalistas podemos distinguir os seguintes tipos de
mercado:
Concorrência perfeita (ou pura);
Monopólio bilateral;
Monopólio;
Monopsónio;
Oligopólio.
competição;
Quarto: Uma descrição sumária das situações de mercado mais
correntes.
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FORMAS DE MERCADO SEGUNDO O CRITÉRIO DE
DIMENSÃO DAS EMPRESAS
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FORMAS DE MERCADO SEGUNDO
O CRITÉRIO DA DIMENSÃO DAS EMPRESAS
2. Mapa resumo
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FORMAS DE MERCADO SEGUNDO
O CRITÉRIO DA DIMENSÃO DAS EMPRESAS
a) Concorrência perfeita (ou pura)
Em mercado de concorrência perfeita há muitas empresas, em geral de dimensão
reduzida, cada uma delas sem força ou capacidade suficiente para impor as suas
regras de jogo. Cada uma luta por conseguir o máximo de lucro e sobreviver no
mercado, ainda que isso implique inviabilizar ou mesmo sufocar a actividade do
parceiro;
A importância das unidades empresariais mede-se normalmente pelo volume de
vendas anual em relação ao mercado total ou do sector; o número de trabalhadores
também costuma ser um indicador bastante significativo da importância e poderio das
empresas;
Podemos afirmar que um mercado de concorrência perfeita só existe em teoria. Com
efeito, este tipo de mercado, por definição, exige que os concorrentes possam fixar os
preços à sua livre vontade, tenham a liberdade de negociar as quantidades que
quiserem e que os produtos sejam homogéneos (isto é, sejam iguais ou sendo
diferentes satisfaçam exactamente as mesmas necessidades).
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FORMAS DE MERCADO SEGUNDO
O CRITÉRIO DA DIMENSÃO DAS EMPRESAS
b) Concorrência imperfeita - A chamada concorrência imperfeita
corresponde a situações mais realistas. Há vários tipos dos quais
destacamos os seguintes:
Monopólio bilateral - Um só comprador e um só vendedor.
Acontece muito poucas vezes e dá-se quando no mercado há um só
vendedor a lançar um determinado produto e por outro lado um só
comprador a "disputar" o referido produto. Suponhamos o caso mais
simples de idealizar de um único construtor de uma cidade a fazer
pontes aéreas sobre estradas para o Estado. Há um monopólio na
procura (o Estado) e na oferta (o construtor).
Monopólio - É o termo mais conhecido e designa aquelas situações
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FORMAS DE MERCADO SEGUNDO
O CRITÉRIO DA DIMENSÃO DAS EMPRESAS
b) Concorrência imperfeita (continuação) - A chamada
concorrência imperfeita corresponde a situações mais realistas. Há
vários tipos dos quais destacamos os seguintes:
Monopsónio - É uma situação inversa da do monopólio e que se
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