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Evolução Histórica dos Bancos

A dinâmica actual da economia exige recursos


tecnológicos para acompanhar a moderna
estruturação administrativa e financeira das
empresas essencialmente na circulação de meios
de pagamento, comandados pelas instituições
financeiras que procuram colocar os seus serviços
ao menor custo possível, sem que lhes escape os
controlos adequados, fazendo uso da mais
avançada tecnologia de informação processando a
informação em tempo real.
A história dos bancos inicia da maneira mais
rudimentar; tanto é que existem divergências entre
os historiadores na sua narração. As primeiras
transacções bancárias surgiram com o advento das
primeiras moedas, as quais tiveram origem em
diversos países desenvolvidos da antiguidade,
cerca de cinco séculos antes de cristo, como na
Lídia (Ásia Antiga), Argus (Grécia).

Em Antenas (Grécia) e Roma surgiram,


posteriormente, comerciantes de moeda, que
efectuavam trocas ou câmbio. Eram os trapezistas,
na Grécia, e os argentáris, em Roma, que se
encontravam em bancas rústicas, instaladas em
praça pública, nas quais expunham as moedas
destinadas à comercialização.

Com o decorrer do tempo, as operações de troca


foram ganhando vulto, passando os cambistas a
receber depósitos, pagando juros a taxas baixas e
emprestando aos mercadores a taxas mais
elevadas.

Somente na Idade Média surgiram os primeiros


estabelecimentos com a designação de bancos e o
primeiro, segundo os historiadores, foi o Banco da
Veneza, fundando em 1171, sendo admitida
também a existência de uma instituição bancária
criado pelo governo chinês em 1050.

Consoante as divergências existentes entre os


inúmeros “tratados” sobre a matéria, a relação da
constituição dos bancos abaixo classificados
expressa os registos históricos mais comummente
utilizados a saber (veja a tabela abaixo):
Ano Banco Pais
1050 Banco China China
1171 Banco da Veneza Veneza
1408 Banco de São Jorge Gênova
1609 Banco de Amsterdão Holanda
1619 Banco de Hamburgo Alemanha
1621 Banco de Nuremberga Alemanha
1656 Banco de Emissão, Suécia
1694 Banco da Inglaterra Inglaterra
1716 Banco da França França
1791 Banco de Emissão Norte Americano
1808 Banco do Brasil Brasil
1824 Handel-Maatschappij Holanda
1860 Banco Imperial da Rússia Rússia
1863 Crédit Lyonnais França
1864 Société Génerale França
1880 Banco de Roma Itália
1887 Nuevo Banco Italiano Argentina
1894 Banca Commerciale Italiana Itália
Definição do conceito do banco
Banco e a instituição financeira especializada em
intermediar o dinheiro entre poupadores e aqueles
que precisam de empréstimo, além de custodiar
esse dinheiro.
EVOLUÇÃO HISTÓRIA DAMOEDA

Na antiguidade as mercadorias produzidas numa


comunidade serviam como meio de pagamento
para suas transacções comerciais. Destacava-se
sempre uma entre as demais.
Como moedas, já circularam peles, óleo de oliva,
sal, mandíbulas de porco, conchas, gado e até
crânios humanos. O ouro e a prata ganham
rapidamente preferência devido à beleza,
durabilidade, raridade e imunidade à corrosão.
Os primeiros registos do uso de moedas metálicas
datam do século VII a.C., quando eram cunhadas
na Lídia, reino da Ásia Menor e também na região
do Peloponeso, ao sul da Grécia. O papel-moeda
(as notas) surge no século IX na China. A Suécia é
o primeiro país europeu a adoptá-lo, no século
XVII. Fácil de transportar e de manusear, os elos
só difunde-se com rapidez. Até então, quantidade
de moedas correspondia ao volume de ouro ou
prata disponível para cunhagem. O papel-moeda,
por não ser feito de metal ,permite o aumento
arbitrário da quantidade de dinheiro.
A história da moeda está intimamente liga da à
história do dinheiro e das trocas comerciais,
especialmente no que diz respeito à passagem de
uma economia baseada na troca directa para outra
baseada na troca indirecta (também chamada de
monetária).A moeda surgiu em diversas civilizações,
com diversas formas de representação do valor
monetário: conchas, o sal, o ouro, a prata etc. Em
uma acepção mais estrita, a palavra moeda refere-se
a aparição de pedaços de metal estilizados e
cunhados por uma instância governativa. A função
das moedas metálicas e, posteriormente, do papel-
moeda, foi, pois, facilitar as trocas comerciais
Entre os bens usados como moeda está o gado , a
vantagem, de multiplicar –se que tinha entre uma
troca e outra mas ,por outro lado, o autor não atenta
para a possibilidade de perder-se um rebanho inteiro
com o surgimento de alguma doença ; o salna Roma
Antiga; o dinheiro de bambu na China; dinheiro em
fios na Arábia. “As moedas-mercadorias variaram
amplamente de comunidade para comunidade e de
época para época, sob marcante influência dos usos
e costumes dos grupos sociais em que circulavam”
(LOPESeROSSETTI,1991 :27) .Assim, por
exemplo, na Babilónia e Assíria antiga utilizava-se o
cobre, a prata e a cevada como moedas; na
Alemanha medieval, utilizavam-se gado, cereais e
moedas cunhadas de ouro e prata; na Austrália
moderna fizeram a vez de moeda o rum, o trigo e até
a carne. Da mesma forma como o escambo é
considerado o mais primitivo dos sistemas de troca,
as mercadorias-moeda constituem os mais
rudimentares dentre os instrumentos monetários
conhecidos. Elas possibilitaram as trocas indirectas,
figurando na história económica dos povos como
uma das mais importantes criações. Essas
mercadorias, ainda que não fossem directamente
utilizadas pelos que as recebiam em suas actividades
de produção ou de consumo, tinham aceitação tão
geral e segura que os seus detentores poderiam
imediatamente trocá-las por quaisquer outros bens e
serviços desejados.
No norte da Europa, os peixes secos desempenharam
idêntica função, enquanto no Canadá e na Virginia,
respectivamente, o tabaco e as peles constituíram,
nas primeiras etapas do processo de sua colonização,
um dos mais utilizados instrumentos monetários.
Sabe-se ainda que nas primitivas organizações
económicas na Índia, a lã, a seda, o açúcar, o chá, o
sal e o gado também foram largamente utilizados
como moeda, exercendo as funções de
denominadores comuns das múltiplas relações de
troca estabelecidas nos tradicionais mercados do
Oriente. Com o tempo, as moedas-mercadorias
foram sendo descartadas.
As principais razões para isso foram:
 Elas não cumpriam satisfatoriamente a
característica de aceitação geral exigida nos
instrumentos monetários. Além disso, perdia-se a
confiança em mercadorias não homogêneas, sujeitas
à acção do tempo (como no caso dos gados citado a
cima), de difícil transporte, divisão ou manuseio.
 A dupla característica valor de uso e valor de
troca tornava o novo sistema muito semelhante ao
escambo e suas limitações intrínsecas.
Tipos de moeda
Actualmente, os tipos de moeda podem ser
classificados das seguintes maneiras.
Moeda
Na acepção mais elementar dapalavra, moeda é o
objecto metálico, normalmente em formato redondo
e achatado, usado para pagar, dar ou receber troco.
Elas são, de certo modo, “patinhos feios”, porque
não são muito práticas de se carregar.
Papel-moeda Enquanto as moedas de metal ficam
paradas, como constatou um levantamento feito pelo
Banco Central, as cédulas de papel-moeda
continuam circulando a todo vapor.
Embora tenham perdido espaço para os meios de
pagamento electrónicos, as
Populares notas continuam em movimento.
Moeda escritural
Enquanto cédulas são objectos físicos, ou seja, com
existência real, há também as chamadas moedas
invisíveis.
Enquadram-se nessa categoria as transferências
feitas entre bancos, que servem, inclusive, para
definir as taxas de rendimento das aplicações
financeiras.
Moeda nacional
Dólar americano, real brasileiro, euro e o yen
japonês são apenas algumas das centenas de moedas
nacionais existentes mundo afora.
Cabe ressaltar que o dólar dos Estados Unidos veio a
ser adoptado como referência somente depois da 2ª
Guerra Mundial.
Foi a partir daí que a economia norte-americana
emergiu como grande potência e, para facilitar as
transações comerciais, sua moeda passou a ser usada
como lastro.
É importante destacar que as moedas nacionais são
aceita sem fidúcia e são uma categoria de
investimento, como acontece no mercado de Forexe
nos fundos cambiais.
Moeda-mercadoria
No passado distante, quando não existiam moedas
nacionais, cabia às moedas mercadorias fazer o
papel de meio de pagamento.
Moeda fiduciária
Já as moedas fiduciárias são aquelas que só têm
valor porque alguém confia no seu préstimo
enquanto meio de pagamento.
Ou seja, uma nota de cem dólares só circulam pois
existe a confiança, ou fidúcia, de que ela será
posteriormente aceita por outras pessoas.
Sendo assim, uma moeda fiduciária caracteriza-se
dessa maneira porque, sem a aceitação de todos, elas
não passariam de cédulas ou discos metálicos sem
valor.
Funções da moeda
A moeda tem diversas funções, cito algumas a
baixo:
Meio de troca: A moeda é o instrumento
intermediário de aceitação geral, para ser recebido
em contrapartida da cessão de um bem e entregue na
aquisição de outro bem (troca indirecta em vez de
troca directa). Isto significa que a moeda serve para
solver débitos e é um meio de pagamento geral.
Unidade de conta: Permite contabilizar ou exprimir
numericamente os activos e os passivos, os haver e
se as dívidas. Esta função da moeda suscita a
distinção entre preço absoluto e preço relativo. O
preço absoluto é a quantidade de moeda necessária
para se obter uma unidade de um bem, ou seja, é o
valor expresso em moeda. O preço relativo exige
que se considere dois preços absolutos, uma vez que
é definido como um quociente. Assim, P1 e P2
designam os preços absolutos dos bens 1 e2,
respectivamente. P1/P2 é o preço relativo do bem1
expresso em unidades do bem2. Ou seja, é a
quantidade de unidades do bem2 a pagar porcada
unidade do bem1.
Reserva de valor: A moeda pode ser utilizada para
acumulação de poder aquisitivo, a usar no futuro.
Assim, tem subjacente o pressuposto de que um
encaixe monetário pode ser utilizado no futuro. Isto
porque pode não haver sincronia entre os fluxos da
despesa e das receitas, por motivos de precaução ou
de natureza psicológica. A moeda não é o único
activo a desempenhar esta função; o ouro, as acções,
as obras de arte e mesmo os imóveis também são
reservas de valor. A grande diferença entre a moeda
e as outras reservas de valor está na possibilidade de
mobilização imediata do poder de compra (maior
liquidez), enquanto os outros activos têm de ser
transformados em moeda antes de serem trocados
por outro bem. Sachs e Larrain (2000) observam
ainda que, em períodos de alta inflação, a moeda
deixa de ser utilizada como reserva de valor, mas,
em outros casos (embora haja activos tão seguros
quanto a moeda mas que rendem juros), ela é
preferida como reserva de valor por alguns grupos
(especialmente aqueles que realizam actividades
ilegais), pois mantém o anonimato de seu dono - ao
contrário, por exemplo, dos depósitos aprazo, que
podem ser facilmente rastreados.
A Evolução Histórica do Sistema Bancário
Moçambicanos, bancos que operavam antes e
depois da independência e bancos que deram
origem ao banco de Moçambique e BPD

A caracterização da evolução do sistema bancário


moçambicano pode se dividir em três partes: período
antes da independência, desde a independência até
1987, período após a introdução do programa de
reabilitação económica (PRE).

O sistema financeiro moçambicano antes da


independência contava com cerca de dez bancos
comerciais de entre eles se destacam: o Instituto de
Crédito de Moçambique, Montepio de
Moçambique Banco, Nacional Ultramarino
(BNU), Banco Pinto & Sotto Maior e o Banco
Standard Totta de Moçambique (BSTM).

No período colonial, as actividades do banco central


no país eram exercidas pelo BNU que, na prática,
funcionava como uma dependência do Banco de
Portugal (banco central português), portanto sem
nenhuma autonomia, e funcionava sobretudo como
um banco comercial. Depois da independência, as
actividades do BNU foram herdadas pelo então
Banco de Moçambique que, simultaneamente,
passou a desenvolver as funções de banco central e
de banco comercial.

Com a independência e através da lei 5/77 e 6/77


que preconizava a restruturação da banca foram
nacionalizados todos os bancos com excepção do
BSTM. A partir daquelas instituições financeiras
herdadas do colonialismo, foram criados em 1977
apenas dois bancos estatais: o Banco de
Moçambique (BM) e o Banco Popular de
Desenvolvimento (BPD) e o sector financeiro
passam a contar com três bancos comerciais uma
vez que o B.M. para além das suas funções como
banco central também desempenhava funções
comerciais.

Em 1987, o governo introduziu o PRE que, dentre


vários objectivos visavam reverter a tendência cada
vez mais degradante da economia e do desempenho
das firmas. No entanto, o PRE implicou a
liberalização da economia que por sua vez, impôs
novas tarefas ao Banco de Moçambique. Daí, surgiu
a necessidade de uma maior dinâmica do Banco de
Moçambique no seu papel de condutor da política
monetária e de crédito, e de supervisão do sistema
financeiro nacional. A concretização dessa
necessidade determinou a retirada das funções
comerciais e a criação do Banco Comercial de
Moçambique em 1992.
No âmbito da política da liberalização da economia,
e através da lei 28/91 o sector bancário é aberto ao
investimento privado e como resultado desta
política, nascem novos bancos comerciais em
Moçambique, tais como: Banco de Fomento (BF),
Banco Comercial e de Investimento (BCI), Banco
Internacional de Moçambique (BIM), Banco
Internacional de Comércio (ICB), African Banking
Corporation (ABC), Banco Mercantil e de
Investimentos (BMI), Banco de Desenvolvimento e
Comercio (BDC). Actualmente os bancos
comerciais estão embarcar numa política de
diversificação dos seus negócios, caracterizado por
criação de pequenas empresas do grupo viradas para
serviços especializados tais como: banca de
investimentos, private banking, leasing e dealers.

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