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A evolução da moeda

Trabalho realizado por:


-José Santos nº15 10ºL
Introdução
Neste trabalho irei mostrar a evolução da moeda desde os
primeiros momentos das transações económicas até aos dias
de hoje, e sua importância na evolução económica das
nações, pois o fundamento de uma economia de trocas
depende basicamente da moeda.
Muito cedo, na história da humanidade, surgiu a necessidade
de um instrumento monetário que servisse como
intermediário nas trocas, como medida e reserva de valor.
A própria moeda gera os seus próprios paradoxos. Instaura
um espaço social homogêneo e coerente – o mercado – mas
cria dentro desse espaço desigualdades, ou seja, uma
hierarquia económica
A moeda
A moeda é a unidade representativa de valor, aceite
como instrumento de troca. É hoje parte integrante da
sociedade, controla, interage e participa dela,
independentemente da cultura.
Em termos económicos a moeda é aquilo que é aceite
para liquidar transações, isto é, pagar bens e serviços
para pagar obrigações. De acordo com esta definição,
qualquer coisa pode ser aceite como moeda desde que
seja uma forma de pagamento.
A evolução da moeda –
Formas e funções
O sedentarismo veio possibilitar a melhoria dos
instrumentos de trabalho e o aumento da
produtividade. O aumento da produtividade originou o
aparecimento de excedente económico (diferença entre
o que se produz e o que se consome).
O aparecimento do excedente económico provocou e
dinamizou o sistema de trocas. No inicio as trocas
eram diretas, isto é, trocavam-se produtos por
produtos. Porém, as trocas diretas tinham alguns
inconvenientes.
Inconvenientes da troca direta

Dificuldade que cada pessoa sentia em encontrar outra


interessada na troca de determinados produtos;
O facto das pessoas atribuírem valores diferentes aos
produtos por vezes, não fracionáveis, não permitia o
acordo quanto à transação a efetuar;
Peso dos produtos a transportar por vezes era difícil;
A dupla coincidência de desejos;
O transporte dos bens;
O elevado número de transações.
Troca Indireta
A troca indireta é realizada através de um ato de
compra e venda por intermédio de uma unidade de
medida.
A troca indireta torna-se uma forma de distribuição das
mercadorias produzidas, constituindo um vínculo entre
produtores especializados e simultaneamente
separados, ligando a produção e a distribuição com o
consumo.
O aparecimento da moeda
Os obstáculos que se colocaram à troca direta
acabaram por ser ultrapassados quando a moeda
passou a ser utilizada como intermediária nas trocas.
As trocas passaram então a ser feitas em duas fases:
numa primeira fase, o produtor troca o resultado da sua
atividade por moeda e, numa segunda fase, troca a
moeda pelo produto que pretende adquirir, é a
chamada troca indireta.
O aparecimento da moeda
A introdução da moeda no ato da troca veio permitir o
aumento da atividade comercial e da atividade
produtiva , bem como do consumo.
A moeda pode ser definida como um bem de aceitação
generalizada que se utiliza como intermediário nas
trocas.
Formas/Tipos de moeda
Ao longo da história a moeda foi evoluindo
aparecendo sob formas diferentes: A moeda-
mercadoria; a moeda metálica; a moeda-papel e por
fim, a moeda escritural.
Moeda mercadoria
A moeda-mercadoria é
a moeda cujo valor corresponde à própria
mercadoria da qual ela é feita. Isto é, o produto em
questão é aceite como se fosse dinheiro. No entanto, é
fundamental que o produto seja de aceitação geral para
que possa ser transacionado como moeda.
Para além disso, qualquer produto pode ser utilizado
como moeda-mercadoria. Porém, o que vai definir se o
produto é interessante ou não para negociar é o seu
valor de uso. Ou seja, a utilidade que o produto pode
trazer para quem o vai receber.
Moeda metálica
Como a moeda-mercadoria apresentava várias
desvantagens visto que: o gado não era divisível, tal
facto dificultava as trocas de menor valor, o peixe
estragava-se e o sal não era duradouro porque sofria
com a humidade.
Para superar estes inconvenientes foi-se generalizando
a utilização de metais como moeda que traz algumas
vantagens.
Vantagens da utilização dos
metais como moeda
Facilidade de transporte;
Durabilidade;
Divisibilidade;
Maior aceitação.
Moeda Papel
Com os Descobrimentos houve um grande incremento
da atividade comercial, o que originou o transporte de
grandes quantidades de moeda, tarefa difícil e
perigosa.
Para resolver este problema os cambistas e os ourives
ao receberem as moedas guardavam-nas e emitiam os
respetivos certificados de depósito ou letras de câmbio,
de fácil transporte, originando o aparecimento da
moeda-papel.
Moeda Papel
A moeda-papel, constituída por notas de banco, foi
assumindo diferentes espécies em função do grau de
vinculação à moeda metálica.
A moeda-papel, constituída por notas de banco,
começou por ser uma moeda representativa, pois à
quantidade de notas em circulação equivalia um igual
valor de ouro ou prata retido nos cofres dos bancos.
No final do séc. XVII, esta nova forma de moeda já se
tinha generalizado em toda a Europa.
Moeda fiduciária
No séc. XVIII o Banco de Estocolmo emitiu pela
primeira vez notas de banco cujo valor era superior à
quantidade de ouro retida nos seus cofres.
Surgiram assim, as primeiras emissões de moeda de
papel a descoberto, ou seja, sem igual contrapartida de
ouro retido nos cofres do banco. O valor do ouro
depositado correspondia apenas a uma parte do valor
das notas emitidas.
Este tipo de moeda é designado por moeda
fiduciária por se basear na confiança que os clientes
depositam nos bancos.
Moeda fiduciária
Esta situação tornava-se arriscada para os depositantes, na
medida em que os bancos se encontravam incapacitados de
reembolsar em ouro, em simultâneo, todos os seus clientes.
No sentido de ultrapassar o problema, e já no século XIX, os
governos intervirão no mecanismo de emissão de moeda,
confiando esta função apenas aos bancos emissores por si
controlados.
Esta medida  é acompanhada pela decisão
de inconvertibilidade das notas de banco em ouro, cabendo
aos governos estabelecer o valor  da moeda-papel emitida,
podendo este valor coincidir ou não como valor do ouro
depositado no banco emissor.
Moeda Escritural
Esta moeda resulta dos depósitos feitos pelos
particulares e pelas empresas nos bancos e traduz-se
nas movimentações de valores monetários feitas pelos
bancos por simples jogos de escrita nas contas dos seus
clientes.
A moeda-escritural resulta, assim, da circulação dos
depósitos à ordem.
Moeda Escritural
Atualmente, a circulação das quantias depositadas nas
contas à ordem dos clientes dos bancos é processada
por computador e movimentam-se através dos
seguintes instrumentos: cheques, transferências
bancárias, cartões de débito, cartões de crédito, etc.
A moeda-escritural tem-se desenvolvido em todo o
mundo, intervindo na maior parte dos pagamentos
efetuados, dadas as suas enormes vantagens ao nível
da divisibilidade, conservação e transporte.
Funções da moeda
A moeda desempenha em simultâneo várias funções:
- Meio de pagamento ou instrumento geral de trocas,
pois sendo aceite por todos, é utilizada na aquisição de
todos os bens;
- Unidade de conta ou medida de valor, visto ser
através da moeda que se mede o valor dos bens entre
si, isto é, o seu preço.
- Reserva de valor, que se traduz na possibilidade de
se conservar a moeda por algum tempo, utilizando-a
mais tarde.
A desmaterialização da moeda
Da moeda-mercadoria até aos nossos dias
desenvolveu-se um longo processo de
desmaterialização da moeda. Isto é,  a moeda foi
perdendo o seu conteúdo material, pois passou a ser
formada por pedaços de papel impressos, legalizados
pelo Banco Central (papel-moeda) e, mais
recentemente, por meros registos contabilísticos,
efetuados pelos bancos, da circulação dos depósitos
(moeda escritural), não tendo a moeda já nenhuma
realidade material.
A desmaterialização da moeda
O incremento das trocas e o desenvolvimento da
atividade económica são responsáveis pelo progressivo
recurso à moeda escritural, que torna o processo de
transação fácil e mais rápido.
Atualmente, enormes quantias circulam entre contas
bancárias no mesmo país, ou entre países, através de
meios eletrónicos, o que constitui mais um passo
no  processo de desmaterialização da moeda – grande
parte das transações atuais são efetuadas através da
movimentação contabilística dos depósitos por via
informática.
Conclusão
Para concluir, podemos afirmar que as mudanças e evoluções
que a moeda apresentou foram de essencial importância para as
mudanças no nosso ambiente económico. Pensando como
consumidor, foi devido a essa evolução que hoje há um maior
conforto ao realizar uma compra ou pagamento.
O sistema monetário tem vindo a evoluir, podendo formular
novas possíveis formas de meios de pagamento, para facilitar
ainda mais a vida no quotidiano dos consumidores e nas relações
comerciais entre as empresas dos diferentes segmentos
produtivos e distantes mercados.
A moeda permitiu contar, pagar e poupar, mas também expressar
o preço dos bens e o valor dos serviços, além de saldar dívidas.
Webgrafia
https://pt.slideshare.net/ciganito5/a-evoluo-da-moeda-17161310
https://
pt.slideshare.net/Sarinhasssss/historia-e-evoluo-da-moeda
http://
ecl-economia.blogspot.com/2010/04/troca-directa-e-troca-indire
cta.html
http://
supereconomicoo.blogspot.com/2010/04/troca-directa-e-indirec
ta.html
https://politicamonetaria.webnode.com.br/moeda /
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/moeda-mercadoria /
https://codigo430.blogs.sapo.pt/22806.html
https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/historia-da
-moeda

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