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Troca direta: Há 6000 anos começou a ser costume realizar trocas diretas, as

trocas diretas ocorrem sempre que há uma troca imediata, sem mediação, entre os
bens propostos, sendo assim, o homem por necessidade de bens essenciais
começou a fazer trocas em busca de sobrevivência. Esse sistema de trocas diretas
onde um bem era diretamente trocado pelo outro perdurou durante vários séculos,
até que incomodados pela dificuldade que as trocas diretas traziam consigo
passaram a utilizar outros meios para troca.
Porém a troca direta mesmo que viabilizasse a obtenção de bens trazia diferentes
tipos de dificuldades, como:
— A dupla coincidência de Desejos;
— A atribuição de valor dos Bens;
— O fracionamento dos Bens;
— O transporte dos Bens;
— O elevado número de transações.
Por conta destas dificuldades atribuídas as trocas diretas outros meios de transação
indiretas passaram a ser criados.
Troca Indireta: A troca indireta surge em oposição a troca direta utilizando a moeda
como meio de transação, sendo assim também conhecida como troca monetária.
Ela consiste num sistema onde o bem é trocado pela moeda e a moeda se torna
uma forma de conseguir fazer outras trocas. Agora então ao invés de trocar um bem
por outro diretamente, há um meio em que você recebe a moeda e por meio dela
consegue obter outro bem.
Por tanto a moeda vai exercer alguns papeis nas trocas indiretas:
— Medida de Valor; - expressa o valor dos bens e serviços;
— Meio de Pagamento; - sendo aceita por todos facilita a obtenção dos bens e
serviços;
— Reserva de Valor; - trás a possibilidade de retenção para utilização posterior.
Ou seja, a moeda é um meio de transações econômicas indiretas, sendo um bem
de utilização generalizada, aceita por todos sem distinção, sendo também um bem
fundamental, pois permite ao indivíduo a opção de usufruir dos múltiplos mercados
por meio do poder de compra, podendo assim satisfazer suas necessidades básicas
e também supérfulas.
Moeda Mercadoria:
Moeda-mercadoria consiste de objetos que possuem valor intrínseco, podendo ser
utilizada para fins não monetários.
As primeiras moedas-mercadoria começaram cerca de 2.600-3.000 a.c. como a
cevada e as pedras gigantes encontradas recentemente na Micronésia. As
cidades-estado da Suméria desenvolveram uma economia de mercado baseada
originalmente na moeda-mercadoria do shekel, que era uma medida de peso de
cevada, enquanto a Babilônia e outras cidades-estado vizinhas mais tarde
desenvolveram o sistema mais antigo de economia, usando uma métrica de várias
mercadorias, que foi fixada em um código legal.
Outras mercadorias comuns para troca eram: Azeite, Pimenta Preta, Sal, Ocre
Vermelho, Conchas, Pedras Preciosas, Joias, Marfim, Escravos, Arroz, Cacau,
Cigarros, Vinho, Semente de Côco e Tinta Púrpura (principalmente pelos povos
fenícios).
Vários séculos após a invenção da escrita cuneiforme e o início da utilização de
mercadorias como moeda de troca, começaram a ser emitidos certificados de
pagamento/dívida e listas de inventário para organizar as moedas-mercadorias
também as quantificando.
Porém apesar da moeda-mercadoria ter diversas vantagens em relação a troca
direta ainda trazia consigo muitas dificuldades:
— Falta de moeda; - Por ser um bem não monetária haviam outras utilizações;
— Dificuldade no fracionamento; - Como eram mercadorias de uso não monetário
muitas vezes traziam dificuldade na fração dos bens;
— Problemática no Transporte; - A depender da mercadoria utilizada como moeda
muitas vezes era um transporte complicado e nada prático;
— Falta de Durabilidade; - Muitas das mercadorias eram bens perecíveis, então
acaba por tornar a utilização não confiável e também dificultosa a retenção de
moeda.
Por intermédio dessas dificuldades os metais passaram a ser utilizados como
principal moeda em transação.
Moeda Metálica: Moeda fracionária feita de metais preciosos ou nobres que é
pesada contada e cunhada
Então as primeiras moedas metálicas apareceram há cerca de 2.700-3.000 anos.
Foram cunhadas no reino de Lídia, atualmente a Turquia, na Ásia Menor, com uma
liga de ouro e prata chamada eletro, na Grécia também foram desenvolvidas umas
das primeiras moedas, foram colocadas a circular as primeiras moedas com figuras
de animais e plantas que representavam a Ilha de Egina, famosa por sua rica
diversidade.
Na formação da moeda o que deveria ser ressaltado nas peças era marcado
através da pancada de um objeto pesado, geralmente o martelo, em primitivos
cunhos na rodela de metal. Os signos monetários passaram a ser valorizados
também pela nobreza dos metais empregados, como o ouro, a prata e o bronze.
Assim a moeda metálica possuía diversas vantagens em relação ao seu antecessor,
a moeda-mercadoria, são eles:
— Maior facilidade de transporte;
— Mais Durabilidade;
— Maior Possibilidade de Fracionamento;
— Mais aceitação pela população
Moeda Papel: Moeda de papel que representa o ouro e pode ser trocada por ele no
banco e emissor. Assim a moeda papel é uma moeda representativa e conversível.
Diante da necessidade de facilitação do transporte de grandes quantidades de
moeda de metal, para o auxílio dos comerciantes o estado chinês começou a
emissão de moeda-papel que originalmente estava contido no ouro agora era
representado no papel. Isso foi durante a dinastia Tang a quase 1.500 anos, no ano
de 618.
Concomitantemente no mundo mulçumano medieval entre os séculos VI e XII foram
criados diversos meios de transação dessa moeda-papel, sendo eles listados
abaixo:
O crédito; Cheques; Contas poupança; Empréstimos; Notas promissórias; Contas
correntes; Taxas de câmbio; Transferência de crédito e débito;Instituições bancárias.
Desmaterialização da moeda: Aos poucos a moeda passou a ser desmaterializada,
primeiro saindo da mercadoria com valor próprio e indo em direção ao metal com
valor atribuído por meio da escassez, depois por meio da moeda representativa,
onde ela representava o material até enfim se desmaterializar mais, tornando-se
totalmente desligada da mercadoria ou do metal. Desta forma a moeda se torna
independente do material tendo um valor superior ao material que a constitui. Isso
vem sendo ainda mais acentuado com o crescimento exponencial da tecnologia.
Moeda Fiduciária: Moeda que circula com base na confiança que as pessoas nela
depositavam, sem valor intrínseco a si mesmo.
Durante esse período histórico a moeda ainda possuía valor em si mesmo,
entretanto com o passar dos anos, mais precisamente nos anos 960 durante agora
a Dinastia Song, novamente o estado chinês após anos onde a moeda-papel se
estabelecia agora se separava totalmente da mercadoria, nem sendo ela mesmo
nem a representando, sendo assim a primeira moeda fiduciária e o primeiro
papel-moeda.
Papel Moeda: Uma Cédula de moeda de curso legal de um País, não pode ser
convertida em ouro não tendo nenhum tipo de lastro metálico, sendo também sem
valor intrínseco e portanto fiduciária.
Curiosidade: No México desde o ano de 2002 as notas de 20 e 50 pesos mexicanos
tem como material base o plástico e não o papel.
Somente em 1661 na Suécia, oitocentos anos depois, após as viagens de Marco
Polo descrevendo as moedas orientais que elas chegaram à Europa. Vendo este
modelo oriental e também devido à falta e à incredulidade das moedas de baixo
valor em cobre e a escassez de prata até então correntes, foram emitidas as
primeiras cédulas sem lastro na Europa pelo Stockholms Banco.
Sendo assim o papel-moeda e as moedas metálicas ou divisionárias as moedas em
maior circulação.
Moeda Escritural: a moeda escritural traduz-se em inscrições contabilísticas
realizadas pelos bancos nas contas dos seus clientes que previamente construíram
um depósito à ordem
A necessidade de guardar as moedas em segurança deu surgimento aos bancos.
Os negociantes de ouro e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço,
passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e a
dar recibos escritos das quantias guardadas. Esses recibos (então conhecidos como
“goldsmith´s notes”) passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por
seus possuidores, por serem mais seguros de portar do que o dinheiro vivo.
Os primeiros bancos reconhecidos oficialmente surgiram, respectivamente, na
Suécia, em 1656; na Inglaterra, em 1694; na França, em 1700 e no Brasil, em 1808
e a palavra “bank” veio da italiana “banco”, peça de madeira que os comerciantes de
valores oriundos da Itália e estabelecidos em Londres usavam para operar seus
negócios no mercado público londrino. Com isso os depósitos à vista passaram a ter
valor de moeda - a chamada "moeda escritural".
Webgrafia/Bibliografia:

National Geographic, Fernando López Sánchez (2020). As primeiras moedas da história.


Consultado em 20 de fevereiro de 2024.

Oconnor, Ashling (2007). Coins run out as smugglers turn rupees into razors. The Times.
London. Consultado em 20 de fevereiro de 2024.

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Radford, RA (1945). The Economic Organisation of a PoW Camp. Consultado em 21 de


Fevereiro de 2024.
ABREU, Yolanda Vieira de Coelho, Sanay Bertelle. Evolução histórica da moeda.
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Marco Polo (1818). The Travels of Marco Polo, a Venetian, in the Thirteenth Century: Being
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