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Colégio Pitruca Camama

A Moeda e o Cheque

Trabalho em grupo

Luanda,
2023
TRABALHO DE ECONOMIA

10ª CONTABILIDADE E GESTÃO


Grupo nº1

Integrantes do Grupo:

-Aida Ndomabsi Simosa;


-Angelina Vimbuado Tchipembe Ndovala;
-António Congo Gomes;
-Ariel Adão Francisco António.

Luanda,
2023
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho as nossas


famílias e amigos que muito apoio e
suporte nos deram para a realização
do trabalho.
AGRADECIMENTOS

Os nossos agradecimentos vão para a professora Adulcénia por ter nos


incentivado a estudar a aprofundar este trabalho, nos dando a oportunidade de
aprofundar os nossos conhecimentos sobre a matéria. Agrademos ainda a
todos que directa ou indirectamente ajudaram na elaboração deste trabalho.
ÍNDICE

1.Introdução……………………………………………………………………….1
2.Desenvolvimento………………………………………………………………..2
2.2.A moeda………………………………………………………………………..2
2.3. Evolução histórica da moeda……………………………………………….2
2.4.O Kwanza………………………………………………………………………7
2.5.O crédito……………………………………………………………………….8
2.6.Como funciona o crédito……………………………………………………..8
2.7. Tipos de crédito………………………………………………………………9
2.8. O efeito do crédito nas relações sociais…………………………………..11
3.Conclusão………………………………………………………………………..12
4.Bibliografia……………………………………………………………………….13
1. INTRODUÇÃO

Moeda e crédito são um dos termos que mais despertam a atenção em


economia, sobretudo em épocas de variação do valor da moeda, de inflação.
Devido à inflação, o assunto moeda é provavelmente o que mais prende a
atenção do público em geral, sendo ao mesmo tempo o assunto menos
acessível aos leigos. O que o povo entende por dinheiro e o que os
especialistas entendem são coisas totalmente diferentes.
A partir daí, as regras do jogo da determinação do volume da moeda, da sua
circulação e assim por diante estão, para o leigo, envolvidas por uma densa
nuvem de mistério tecnocrático.

Mas além de tudo isso, o que veremos neste trabalho foi a tamanha evolução
que sofreu a moeda desde sua criação, seus aspetos fundamentais e suas
estruturas nos dias atuais.

Esperamos que com este trabalho possamos captar a vossa atenção, e que
seja entendido da forma mais clara o possível.

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2. DESENVOLVIMENTO

A MOEDA

Moeda é um meio de troca, ou seja, uma forma de pagamento com um


valor em que todos confiam. É também uma unidade de conta, que
permite atribuir um preço a bens e serviços. E constitui ainda uma
reserva de valor.

Unidade de valor padrão utilizada como instrumento de troca por uma


comunidade. É o meio pelo quais os preços são expressos, as dívidas
liquidadas, as mercadorias e serviços pagos e a poupança efetuada.
A moeda corrente é o dinheiro oficial de um país para todos os tipos de
transações. Como o controle da moeda é vital não apenas para o
equilíbrio da economia de um país mas também para as relações
comerciais entre nações, é criado um sistema monetário internacional.

EVOLUÇÃO HISTÓRIA DA MOEDA

Origem – Na Antiguidade, as mercadorias produzidas numa comunidade


serviam como meio de pagamento para suas transações comerciais.
Destacava-se sempre uma entre as demais. Como moedas, já circularam
peles, fumo, óleo de oliva, sal, mandíbulas de porco, conchas, gado e até
crânios humanos. O ouro e a prata ganham rapidamente preferência devido à
beleza, durabilidade, raridade e imunidade à corrosão.

Os primeiros registros do uso de moedas metálicas datam do século VII a. C.,


quando eram cunhadas na Lídia, reino da Ásia Menor e também na região do
Peloponeso, ao sul da Grécia. O papel-moeda (as notas) surge no século IX na
China. A Suécia é o primeiro país europeu a adotá-lo, no século XVII. Fácil de
transportar e de manusear, o seu uso difunde-se com rapidez. Até então, a
quantidade de moedas correspondia ao volume de ouro ou prata disponível
para cunhagem. O papel-moeda, por não ser feito de metal, permite o aumento
arbitrário da quantidade de dinheiro.

Para combater o desvio, institui-se o padrão ouro, em que o volume de dinheiro


em circulação deve ser igual ao valor das reservas de ouro de um país
depositado nos bancos. Mesmo assim, tornou-se comum a emissão de notas
em quantidades desproporcionais às reservas e que não tinham, em
consequência, o valor declarado. Tal prática leva à desvalorização da moeda,
cuja credibilidade depende da estabilidade da economia nacional e da
confiança junto aos órgãos internacionais. Hoje, as moedas são feitas de níquel
e alumínio e o seu valor nominal é maior que o de fato.

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O Escambo

Os primeiros grupos humanos, em geral nômades, não conheciam a moeda e


recorriam às trocas diretas de objetos (chamada de escambo) quando
desejavam algo que não possuíam. Esses grupos, basicamente, praticavam
uma exploração primitiva da natureza e se alimentavam por meio da pesca,
caça e coleta de frutos. Num ambiente de pouca diversidade de produtos, o
escambo era viável.

Nos primeiros momentos históricos em que a divisão de trabalho começou a


ser praticada, estruturaram-se primitivos sistemas de trocas, inicialmente
baseados no escambo. Como ainda não haviam sido desenvolvidos sistemas
monetários, as trocas realizavam-se em espécie – produto por produto, produto
por serviço ou serviço por serviço. Praticando o escambo, um produtor que
dispusesse de excedentes do produto A iria ao mercado para trocá-los por
unidades de B, C ou D – outros produtos que, eventualmente, seriam mais
importantes para a satisfação de suas necessidades do que os seus próprios
excedentes disponíveis. No mercado, esse produtor deveria defrontar-se com
outros produtores, que, dispondo de excedentes de B, C ou D, estariam
dispostos a permutá-los por A. Assim, ele procuraria negociar com os que
eventualmente tivessem necessidade dos excedentes de seu produto,
realizando-se, então, as correspondentes trocas diretas em espécie.

Aparentemente, esse primitivo sistema de trocas pode parecer simples e


eficiente. Todavia ele evidenciou inúmeros inconvenientes, pois sua
operacionalidade implicava a existência de necessidades coincidentemente
inversas entre os parceiros das trocas. Se um produtor de trigo desejasse lã,
ele deveria encontrar um outro que se apresentasse exatamente com as
necessidades inversas às suas: dispondo de excedentes de lã, desejasse
trocá-los por trigo. Além disso, haveria necessidade de que ambos chegassem
a um acordo sobre a exata relação entre valores de troca para a lã e o trigo,
estabelecendo-se quantas unidades de um produto deveriam ser apresentadas
em troca de outro.

Assim, se as sociedades humanas se restringissem às trocas diretas, todo o


sistema econômico atual, baseado na especialização e na divisão do trabalho,
ficaria inviabilizado (MONTORO FILHO, 1992).
“O escambo força a autossuficiência pela dificuldade da troca direta, isto sem
pensarmos no tempo que se perderia nas transações. A moeda supera estas
dificuldades e permite que cada um se especialize na produção em que for
mais capaz” (MONTORO FILHO, 1992: 278).

Troca direta:
Troca de um bem por outro bem, sem que existisse um intermediário nessa
troca.

Inconvenientes da troca direta:


o Elevado número de transações

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o Fracionamento dos bens

o Transporte dos bens


o Dupla coincidência de desejos

o Atribuição de valor aos bens

Troca indireta:
É a permuta de bens por moeda e de moeda por bens.

As Mercadorias-moeda

As primeiras moedas foram mercadorias e deveriam ser suficientemente raras,


para que tivessem valor, e, como já foi dito, ter aceitação comum e geral. Elas
tinham, então, essencialmente valor de uso; e como esse valor de uso era
comum e geral elas tinham, consequentemente, valor de troca O abandono da
exigência do valor de uso dos bens, em detrimento do valor de troca, foi
gradativo.

Entre os bens usados como moeda está o gado, que tinha a vantagem, de
multiplicar-se entre uma troca e outra — mas, por outro lado, o autor não atenta
para a possibilidade de perder-se um rebanho inteiro com o surgimento de
alguma doença —; o sal na Roma Antiga; o dinheiro de bambu na China; o
dinheiro em fios na Arábia.

“As moedas-mercadorias variaram amplamente de comunidade para


comunidade e de época para época, sob marcante influência dos usos e
costumes dos grupos sociais em que circulavam” (LOPES e ROSSETTI, 1991:
27). Assim, por exemplo, na Babilônia e Assíria antigas utilizava-se o cobre, a
prata e a cevada como moedas; na Alemanha medieval, utilizavam-se gado,
cereais e moedas cunhadas de ouro e prata; na Austrália moderna fizeram a
vez de moeda o rum, o trigo e até a carne.

Da mesma forma como o escambo é considerado o mais primitivo dos


sistemas de troca, as mercadorias-moeda constituem os mais rudimentares
dentre os instrumentos monetários conhecidos. Elas possibilitaram as trocas
indiretas, figurando na história econômica dos povos como uma das mais
importantes criações. Essas mercadorias, ainda que não fossem diretamente
utilizadas pelos que as recebiam em suas atividades de produção ou de
consumo, tinham aceitação tão geral e segura que os seus detentores
poderiam imediatamente trocá-las por quaisquer outros bens e serviços
desejados. Foi, por exemplo, o que ocorreu na Guiné, durante largo espaço de
tempo, quando os escravos, o algodão e o linho funcionaram como
mercadorias-moeda.

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No norte da Europa, os peixes secos desempenharam idêntica função,
enquanto no Canadá e na Virgínia, respetivamente, o tabaco e as peles
constituíram, nas primeiras etapas do processo de sua colonização, um dos
mais utilizados instrumentos monetários. Sabe-se ainda que nas primitivas
organizações econômicas na Índia, a lã, a seda, o açúcar, o chá, o sal e o gado
também foram largamente utilizados como moeda, exercendo as funções de
denominadores comuns das múltiplas relações de troca estabelecidas nos
tradicionais mercados do Oriente.

Com o tempo, as moedas-mercadorias foram sendo descartadas. As principais


razões para isso foram:

• Elas não cumpriam satisfatoriamente a característica de aceitação


geral exigida nos instrumentos monetários. Além disso, perdia-se
a confiança em mercadorias não homogêneas, sujeitas à ação do
tempo (como no caso dos gados citado acima), de difícil
transporte, divisão ou manuseio.
• A dupla característica valor de uso e valor de troca tornava o novo
sistema muito semelhante ao escambo e suas limitações
intrínsecas.

Metalismo

Os metais preciosos passaram a sobressair por terem uma aceitação mais


geral e uma oferta mais limitada, o que lhes garantia um preço estável e alto.
Além disso, não se desgastavam, facilmente reconhecidos, divisíveis e leves.
Entretanto, havia o problema da pesagem.

Em cada transação, os metais preciosos deveriam ser pesados para se


determinar seu valor. Esse problema foi resolvido com a cunhagem, quando
era impresso na moeda o seu valor.

Moeda-Papel

O desenvolvimento de sistemas monetários demandou o surgimento de um


novo tipo de moeda: a moeda-papel. A moeda-papel veio para contornar os
inconvenientes da moeda metálica (peso, risco de roubo), embora valessem
com lastro nela. Assim surgem os certificados de depósito, emitidos por casas
de custódia em troca do metal precioso nela depositado. Por ser lastreada,
essa moeda representativa poderia ser convertida em metal precioso a
qualquer momento, e sem aviso prévio, nas casas de custódia (LOPES e
ROSSETTI, 1991).

A moeda-papel abre espaço para o surgimento da moeda fiduciária, ou papel-


moeda, modalidade de moeda não lastreada totalmente. O lastro metálico
integral mostrou-se desnecessário quando foi constatado que a reconversão da
moeda-papel em metais preciosos não era solicitada por todos os seus
detentores ao mesmo tempo e ainda quando uns a solicitavam, outros pediam
novas emissões. A passagem da moeda-papel para o papel-moeda é tida

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como “uma das mais importantes e revolucionárias etapas da evolução
histórica da moeda” (LOPES e ROSSETTI, 1991: 32).

O Papel-moeda

Mas a evolução dos instrumentos monetários não pararia com descoberta da


operacionalidade da moeda-papel. Os certificados emitidos, devido à sua
aceitação já generalizada, passaram a circular mais que as próprias peças
metálicas. Seu valor não decorreria ainda da regulamentação oficial de sua
emissão, mas simplesmente da confiança geral em sua plena conversibilidade.

Essas emissões monetárias trariam vantagens para produtores, comerciantes e


banqueiros. Os primeiros passaram a ter acesso a uma nova fonte de
financiamento, os comerciantes obtinham créditos suficientes para a expansão
de seus negócios e os banqueiros beneficiavam-se das receitas
correspondentes aos juros.

Em síntese, essa evolução correspondeu à definitiva passagem da moeda-


papel ao papel-moeda – isto é, à passagem da fase em que as notas de banco
eram emitidas com a correspondente e integral garantia metálica à fase em
que, pouco a pouco, a conversibilidade deixou de existir. A partir de então o
papel-moeda passou a receber a garantia das disposições legais que
envolviam a sua emissão, o seu curso e o seu poder liberatório. Sua aceitação
geral como meio de pagamento passou a substituir as garantias metálicas que
apoiavam a moeda-papel.

A Moeda Escritural

Desenvolve-se, juntamente com a moeda fiduciária, a chamada moeda


bancária, escritural (porque corresponde a lançamentos a débito e crédito) ou
invisível (por não ter existência física). O seu desenvolvimento foi acidental,
uma vez que não houve uma conscientização de que os depósitos bancários,
movimentados por cheques, eram uma forma de moeda. Eles ajudaram a
expandir os meios de pagamento através da multiplicação de seu uso. Hoje em
dia, a moeda bancária representa a maior parcela dos meios de pagamento
existentes.

Criada pelos bancos comerciais, essa moeda corresponde à totalidade dos


depósitos à vista e a curto prazo e sua movimentação é feita por cheques ou
por ordens de pagamento — instrumentos utilizados para sua transferência e
movimentação (LOPES e ROSSETTI, 1991).

Nessas condições, recorrendo a essa nova sistemática de pagamento, os


agentes envolvidos passariam, em larga escala, a utilizar moeda escritural. E
os depósitos a vista no sistema bancário, passariam a integrar os meios de
pagamento do sistema. Afinal, os depósitos a vista mantidos em um
estabelecimento bancário por uma unidade familiar representam poder
aquisitivo igual ao representado pelo papel-moeda ou mesmo pela moeda
metálica.

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O kwanza

O kwanza foi introduzido após a independência de Angola. Substituiu o escudo em


paridade e estava subdividido em 100 lwei. O seu código ISO 4217 era AOK.

Moedas
As primeiras moedas foram cunhadas sem data de emissão, apesar de todas ostentarem a
data da independência do país, 11 de Novembro de 1975 e a inscrição "RP DE ANGOLA"
(i.e., República Popular de Angola). Tinham denominações de 10, 20, 50 lwei, 1, 2, 5 e 10
kwanzas. Em 1978 foram cunhadas moedas de 20 kwanzas. A última data a aparecer
nestas moedas foi 1979.

As primeiras cédulas datavam de 1976, mas só foram emitidas em 1977 pelo Banco
Nacional nas denominações de 20, 50, 100, 500 e 1.000 kwanzas. A nota de 20 kwanzas
foi substituída pela moeda em 1978.

Novo Kwanza (AON), 1990-1995


Em 1990, o novo kwanza foi introduzido, com o código ISO 4217 AON. Apesar da sua
paridade em relação ao kwanza anterior, os angolanos só puderam trocar 5% das notas
antigas por novas. O resto das notas teria que ser trocado por títulos do governo. O novo
kwanza foi vítima de uma forte inflação.

Apenas foram emitidas notas. As primeiras cédulas emitidas em 1990 eram apenas
impressões sobrepostas em notas antigas, com a nova designação: novo kwanza. As
cédulas tinham as seguintes denominações: 50 (informação não confirmada), 500, 1.000 e
5.000 novos kwanzas (os 5.000 novos kwanzas eram reimpressões dos antigos 100
kwanzas). Em 1991, a palavra "novo" foi abandonada nas emissões de notas de 100, 500,
1.000, 5.000, 10.000, 50.000, 100.000 e 500.000 kwanzas.

Kwanza Reajustado (AOR), 1995-1999


Apesar da taxa de câmbio para o kwanza anterior ser de 1000 para 1, tão pequeno era o
valor do kwanza antigo, a nota mais pequena emitida foi de 1000 kwanzas reajustados. A
inflação continuou, tendo havido notas de 5 milhões de kwanzas reajustados. Não foram
emitidas moedas.

Apesar de taxa de conversão, o valor do kwanza antigo tinha-se depreciado de tal ordem
que a denominação menor das notas de banco foi de 1.000 kwanzas reajustados. Foram

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também impressas notas de 5.000, 10.000, 50.000, 100.000, 500.000, 1.000.000 e
5.000.000 kwanzas.

Segundo Kwanza (AOA), desde 1999


Em 1999, foi introduzida uma segunda unidade monetária chamada simplesmente kwanza.
Mas, ao contrário do primeiro kwanza, esta nova moeda estava subdividida em
100 cêntimos. Com o segundo kwanza foram reintroduzidas as moedas. Apesar da
inflação inicial, o seu valor encontra-se agora estabilizado.

O Crédito

O crédito é um empréstimo que o cliente pega com os bancos, financeiras ou


cooperativas. Sendo assim, ele funciona como um dinheiro extra que antecipa
gastos.

Uma das vantagens do crédito, é que você pode comprar produtos que não
tem dinheiro para comprar no momento. Desse modo, você compra e paga
depois.

No entanto, ele também tem desvantagens como, por exemplo, o pagamento


de juros. Além disso, se a pessoa não tiver um controle financeiro, ela pode
acabar endividada.

Enfim, existem diferentes tipos, tais como:

• Cartão de crédito
• Crediário
• Cheque especial
• Crédito consignado
• Financiamento
• Leasing
• Penhor
• Crédito pessoal

Como funciona o crédito

O crédito funciona da seguinte forma:

-Você entra em contacto com o seu banco para pedir dinheiro;


-O banco analisa o seu pedido e verifica se é possível ou não liberar um
valor em dinheiro;
-Sendo possível, você receberá esse valor, mas se compromete a pagá-
lo por se tratar de uma dívida com o banco;

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-Sendo que o pagamento dessa dívida deve ser feito nas condições
estabelecidas no contrato (parcelas, vencimentos, forma de pagamento,
juros, etc).

Como pode ter percebido, essa relação entre cliente e banco é uma
relação de confiança, que aliás, é a origem em latim da palavra crédito
que significa “coisa confiada a outrem”, pois o banco confia em oferecer
esse valor em dinheiro ao cliente, esperando um retorno que é o
pagamento, enquanto que o cliente confia nesse valor recebido para
poder realizar os seus sonhos, ou seja, em teoria, se trata de uma
relação ganha-ganha no qual o papel desse valor é beneficiar ambos os
lados, mas na prática, infelizmente, acaba sendo uma relação ganha-
perde em favor do banco.

Tipos de crédito

• Crédito pessoal

O crédito pessoal, normalmente cedido por instituições financeiras, como


bancos e fintechs, é um empréstimo que o tomador pode utilizar da maneira
que desejar.

Ele funciona da seguinte forma: o consumidor pode solicitar uma quantia


(estabelecida nas políticas do credor) sem a necessidade de oferecer uma
garantia para tal. Esse crédito estará sujeito a um prazo para quitação e a
taxas de juros — CET (Custo Efetivo Total).

Por isso, verifique sempre as condições e as taxas envolvidas na tomada do


empréstimo. Além disso, consulte a condição do seu nome e CPF antes de
pedir um empréstimo com o nome sujo.

• Crédito consignado

No empréstimo consignado, as parcelas são cobradas do tomador de maneira


indireta. Ou seja, os valores serão descontados diretamente na folha de
pagamento ou aposentadoria, limitados a, no máximo, 30% desses
rendimentos.

Logo, isso pode complicar o planejamento financeiro mensal do indivíduo, uma


vez que o desconto é feito antes de ele receber o dinheiro.

Como vantagem, trata-se de uma das linhas de crédito mais em conta no


mercado, cobrando taxas de juros menores. Além disso, há mais facilidade
para contratar e, por vezes, prazos mais longos.

Devido à facilidade proporcionada pela internet, tanto o crédito pessoal quanto


o consignado podem ser solicitados muitas vezes de maneira online.

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• Crédito estudantil ou universitário

Destinado aos estudantes de curso superior, esse tipo de crédito beneficia os


alunos que não têm condições de custear os seus estudos. Ele não se limita
apenas à graduação, pois funciona como qualquer outro empréstimo feito com
um banco.

Mas quem o oferece? O crédito estudantil pode ser privado, contratado com
bancos e empresas especializadas em financiamentos de mensalidades. Para
isso, cheque sempre as condições do banco e faça comparativos de taxas e
formas de quitação do empréstimo para tomar a melhor decisão.

O crédito universitário também pode ser público, concedido pelo governo por
meio do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).

• Crédito consolidado

Também é um serviço de natureza bancária, que possibilita juntar vários


créditos devedores em um só. Os consumidores recorrem a essa opção em
casos de dificuldades e renegociação de dívidas. Também é possível optar por
ele para ter mais folga no planejamento financeiro.

Entre as suas principais vantagens, podemos destacar:

-Redução da mensalidade;
-Comodidade;
-Facilidade, pois é preciso lidar com um só credor.

Entretanto, assim como os outros créditos, ele requer muito cuidado, pois entre
as suas desvantagens estão o pagamento de algumas taxas, a burocracia, o
pagamento de juros por mais tempo, as comissões por amortização etc. Logo,
carece de uma análise com parcimônia.

5. Crédito automotivo
Basicamente é o dinheiro que você recebe para comprar um veículo. Como os
automóveis têm valores elevados, o consumidor recorre a uma modalidade de
crédito para realizar a compra. As preferidas dos brasileiros atualmente são o
consórcio e o financiamento.

A recomendação é que o consumidor tente ao máximo dar um valor maior na


entrada do veículo e que financie o restante, para ficar menos tempo exposto
aos juros compostos do financiamento. Ele também deve desconfiar de
anúncios que propõem “taxa zero”, pois os custos e as taxas provavelmente
estarão inclusos em alguma outra cobrança.

• Crédito para habitação

O crédito habitacional disponibiliza recursos às famílias, visando a construção,


a reforma ou a aquisição de imóveis. Também pode ser fornecido por
modalidade de financiamento, ou seja, parcelado conforme uma taxa de juros.

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O crédito imobiliário é realizado normalmente por um banco, e a dívida do
consumidor passa a ser com essa instituição. Cabe verificar com as instituições
bancárias quais são as condições de financiamento e os documentos exigidos.
Uma das vantagens é a possibilidade de usar o saldo do FGTS para solicitar a
compra.

• Outros tipos de crédito

As opções apresentadas são as mais solicitadas pelos consumidores. No


entanto, antes de finalizar o artigo, devemos destacar rapidamente outras
modalidades que devem ser analisadas.

O efeito do crédito nas relações sociais

O crédito pode ter um impacto significativo nas relações sociais, tanto


positivamente quanto negativamente. Por exemplo, quando utilizado de forma
responsável, o crédito pode ajudar as pessoas a alcançar metas financeiras e
melhorar sua qualidade de vida. No entanto, quando mal utilizado, pode levar a
dívidas e problemas financeiros, o que pode afetar negativamente a autoestima
e relacionamentos pessoais. É sempre importante utilizar o crédito com
sabedoria e planejamento adequado para evitar problemas.

A diferença do crédito e do débito

O crédito e débito são formas diferentes de pagamento. O débito é quando o


dinheiro é retirado diretamente da conta bancária do cliente, enquanto o crédito
é um valor emprestado pelo banco ou pela instituição financeira que deve ser
pago de volta com juros. Normalmente, o débito é usado para compras
menores e mais cotidianas, enquanto o crédito é usado para compras maiores
e mais planejadas. É importante verificar as taxas de juros e as condições de
pagamento antes de escolher uma opção.

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3. Conclusão

Conclui-se que desde que a multiplicação das transações comerciais na


antiguidade levou à substituição gradativa do sistema de troca direta de
mercadorias pelos sistemas monetários, a moeda percorreu em sua evolução
um longo caminho, de importância fundamental para o desenvolvimento
econômico das diferentes sociedades. Ao converter-se no primeiro grande
meio de pagamento, por ser uma mercadoria facilmente trocável nas
transações internas ou externas de uma comunidade, o gado bovino afastou as
várias outras que funcionavam como moeda. Sua importância como
instrumento de troca e de reserva transparece em termos usados atualmente,
como “pecúnia” e “pecúlio”, derivados do latim pecus, “rebanho”, “gado”, e
cujas origens remontam ao grego pékos.

A evolução das funções desempenhadas pela moeda é uma decorrência do


crescimento da produção mercantil. A moeda não é um bem de consumo, pois
embora não satisfaça diretamente as necessidades humanas, compra coisas
que têm esse poder; não é um bem de produção, pois se não for empregada
como investimento de capital a rentabilidade de seus depósitos é nula.

A moeda assim gerada se baseia exclusivamente na confiança que o primeiro


cliente, livre para retirar seu dinheiro no momento que desejar, tem no banco.
Por esse motivo as autoridades monetárias impõem às instituições financeiras
a manutenção de reservas, criam fundos de compensação entre os bancos e
chegam até mesmo a eventualmente emprestar dinheiro aos bancos
comerciais para evitar que o sistema bancário desmorone ante uma imprevista
emergência econômica que possa gerar pânico coletivo.

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4. Bibliografia

-Coladaweb

-Wikipédia

-CLUB-K ANGOLA

-Rede Angola

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